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apresentação

Importância e necessidade
da obra O método formal
nos estudos literários:
introdução a uma poética sociológica
Beth Brait

Mas a prosa ficcional devora tudo o que encontra pela frente


e é capaz de assimilar vários tipos de discurso não ficcional –
carta, diários, depoimentos, até mesmo listas – e adaptá-los
a seus propósitos específicos.
David Lodge

Os estudos advindos do que se denomina, hoje, pensamento bakhtiniano envolvem


os trabalhos produzidos, ao longo de várias décadas, por Mikhail Bakhtin (1895-1975)
e outros intelectuais russos: Valentin N. Volóchinov (1895-1936); Pável N. Medviédev
(1891-1938); Matvei I. Kagan (1889-1937); Lev V. Pumpiánski (1891-1940); Ivan
I. Sollertínski (1902-1944); M. Iúdina (1899-1970); K. Váguinov (1899-1934); B.
Zubákin (1894-1937). O conhecimento produzido em diálogo intelectual por esses
cientistas/literatos, filólogos, filósofos/professores/artistas integra o que pesquisadores
contemporâneos denominam, não sem polêmica, Círculo (de Bakhtin). Se a abertura de
arquivos e a profusão de trabalhos desses pensadores levam os estudiosos contemporâne-
os a ampliar as reflexões sobre a produtividade dos conhecimentos por eles construídos

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O método formal nos estudos literários

e, ainda, à tentativa de especificar a participação maior, menor, ou exclusiva de cada


um deles em determinados estudos, é verdade inequívoca que a postura diferenciada
em relação à linguagem – constantemente em polêmica com tendências de peso, caso
do estruturalismo e do formalismo, por exemplo – fez história para além da Rússia.
A partir, especialmente, da maneira como as traduções realizadas no Ocidente
influíram nos estudos linguísticos, literários e, também, sobre diferentes ramos das
ciências humanas, inaugurou-se a era bakhtiniana, cuja marca indelével é oferecer ele-
mentos, em confluência interdisciplinar, para a reflexão sui generis sobre a linguagem em
uso, artístico ou cotidiano, sobre as relações constitutivas existentes entre linguagem,
sujeitos, sociedades, culturas. Atualmente, diferentes teorias e análises do discurso,
assim como a Linguística Aplicada, a Teoria Literária e os estudos da comunicação,
para compor um leque reduzido, remetem e/ou referem-se à concepção bakhtiniana de
linguagem, dela se utilizando com diferentes objetivos e com importantes consequências
para seus horizontes teóricos e metodológicos.
E essa história, no ponto que chegou, não tem possibilidade de ser apagada ou
interrompida. A concepção bakhtiniana da linguagem está aí, dada pelo conjunto
das obras e suas traduções. Seria como não reconhecer, depois do conhecimento de
Saussure para além do Curso de linguística geral, que foi esta obra que criou a Linguís-
tica como ciência, disciplina, definindo seus objetivos e métodos, diferenciando-a de
outras ciências que tinham na língua e na linguagem apenas uma referência, e não
um objeto exclusivo.
Na verdade, os trabalhos e suas traduções, se por um lado deixam ver que algumas
obras são indiscutivelmente de Bakhtin, assinadas por ele em todas as edições russas
e nas traduções (caso, por exemplo, de Problemas da poética de Dostoiévski, A cultura
popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais e das coletâ-
neas póstumas Estética da criação verbal e Questões de literatura e de estética: a teoria do
romance), em outras (como Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do
método sociológico na ciência da linguagem [mfl] e O método formal nos estudos literários:
introdução crítica a uma poética sociológica [mfel]), para ficarmos apenas em duas, as
assinaturas oscilam: um dos nomes – mfl: Bakhtin ou Volóchinov; os dois: Bakhtin
e Volóchinov, Volóchinov e Bakhtin; em mfel, acontece coisa semelhante, sendo a
combinatória Bakhtin/Pável Medviédev e, na última edição francesa (2008), Pável
Medviédev/Cercle de Bakhtine. Até o momento, sem estudos suficientes para resolver
com fundamentos científicos o enigma das assinaturas disputadas, resta reconhecer que
as obras em seu conjunto, e não os autores empíricos, é que impulsionam essa nova
maneira já histórica, mas não esgotada, de enfrentar a linguagem e suas produtivas
consequências para as ciências humanas.

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Apresentação

No Brasil, o pensamento bakhtiniano, reconhecido como resultado do envolvi-


mento de Mikhail Bakhtin com outros intelectuais russos, tem grande alcance no
meio acadêmico, como comprovam vários núcleos de estudos atuantes desde a década
de 1980, grande número de artigos, coletâneas, livros autorais publicados, traduções,
um periódico científico, Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso, a presença em
documentos oficiais de orientação de ensino/aprendizagem. Apesar dessa participação
ativa nas reflexões sobre a linguagem, e contando com o papel decisivo, em especial,
das traduções de Paulo Bezerra, não se tinha até o momento a versão para o português
de O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica
(mfel). Agora ela vem a público, realizada a partir do russo por Sheila Camargo Grillo
e Ekaterina Vólkova Américo.
A importância e a oportunidade desse acontecimento editorial, com consequências
muito positivas para os estudos bakhtinianos no Brasil, podem ser evidenciadas de
várias maneiras. Em primeiro lugar, é necessário observar que a iniciativa é de uma
linguista/estudiosa do Discurso, professora de graduação e pós-graduação na fflch/
usp, participante do gt/Anpoll Estudos Bakhtinianos, líder do gp/CNPq/usp Grupo de
Estudos do Discurso; membro do gp/CNPq Linguagem, identidade e memória, atividades
acadêmico-científicas que atestam a coerência de sua pesquisa em torno das obras do
Círculo. Há alguns anos dedica-se ao estudo da língua russa, para poder consultar
as obras do Círculo no original, tendo estagiado na Rússia em dois momentos para
aperfeiçoamento da língua e pesquisa em arquivos. Coerente com seus princípios
científicos, Sheila Camargo Grillo chamou para compartilhar a tradução de O método
formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica a professora de
russo, falante nativa, Ekaterina Vólkova Américo.
Se os aspectos anteriores credenciam a tradutora, a obra escolhida referenda sua
perspicácia para as necessidades brasileiras de conhecimento de trabalhos do Círculo.
Trata-se de estudo publicado em 1928, conhecido pelos brasileiros a partir das versões
para a língua inglesa e para a língua espanhola, notabilizado pelo diálogo polêmico
com a importante vertente dos estudos literários: o formalismo russo. Da mesma
maneira que outras obras dos anos 1920 instauram o estruturalismo, a estilística,
o freudismo, a psicologia e o marxismo ortodoxo como interlocutores, na busca de
reflexões inovadoras e diferenciadas sobre a linguagem, O método formal nos estudos
literários: introdução crítica a uma poética sociológica encarrega-se da reflexão sobre a
questão literária, no que diz respeito a seus métodos e à necessidade de uma perspectiva
sociológica, dimensão que interliga os diversos estudos do Círculo, incluindo a obra
sobre Dostoiévski, o livro O freudismo, e Marxismo e filosofia da linguagem.

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O método formal nos estudos literários

A delicada e espinhosa questão da autoria desse trabalho – Pável Medviédev? M.


Bakhtin? Medviédev e Bakhtin? – é discutida pela tradutora no “Prefácio”. Com base
em consultas a bibliotecas de Moscou, e também em longas conversas com professores
russos, estudiosos do pensamento bakhtiniano e com o filho de Pável Medviédev, Iuri
Medviédev, as informações são trazidas para o leitor brasileiro sem paixão, radicalis-
mos ou última palavra: o problema é apresentado de acordo com o ponto em que se
encontra nas pesquisas, isto é, sem unanimidade.
O leitor encontrará, ao longo dos capítulos que obedecem à ordem original do
texto russo, notas esclarecedoras que, muitas vezes, dizem respeito à escolha de pala-
vras e expressões, ou ainda a importantes fontes para a compreensão do trabalho em
russo e em português.
Se a obra como um todo é fundamental para que os leitores brasileiros conheçam
aspectos importantes do formalismo russo, tendência bastante estudada até o final dos
anos 1980, não para ser aplicada, mas para refletir a importância das artes e de seus
estudos, e, ainda, de que maneira esse movimento é enfrentado pelo Círculo, é o ca-
pítulo “Os elementos da construção artística”, que contribui para uma concepção de
gênero fundada na ideia de que a linguagem se materializa por meio de enunciados
concretos articulando “interior” e “exterior”, viabilizando a noção de sujeito histórica e
socialmente situado. Nessa obra, em que a criação artística é vista como a combinação
de elementos vinculados à comunicação ideológica social e à compreensão temática da
realidade, esse capítulo, subdividido em oito partes, trata especificamente de gênero.
Embora os títulos, da obra e dos capítulos, sugiram a ideia de estudos exclusiva-
mente literários, a discussão passa por questões fundamentais para a compreensão do
gênero do discurso de forma geral. Se a interlocução se dá com os formalistas russos,
o leitor de hoje precisa conhecer essa forte tendência dos estudos da linguagem para
compreender que, como nos demais trabalhos do Círculo, especialmente os produzi-
dos na década de 1920, há sempre uma espécie de resposta a importantes pensadores
da linguagem, cujos traços fundamentais são recuperados e problematizados a partir
de uma nova visão sobre o tema. Sem entender a importância dos formalistas russos,
fica difícil compreender os principais argumentos apresentados por Medviédev para
fundamentar um novo conceito de gênero.1
Ao afirmar, por exemplo, que os formalistas não compreenderam a importância dos
gêneros, quando estes devem ser o ponto de partida da Poética, Medviédev constrói
o contexto teórico-metodológico em que a proposição sobre gênero estará ancorada,
contrapondo-se ao estudo do gênero entrevisto unicamente por meio dos elementos
formais da língua e propondo sua compreensão a partir da totalidade da obra/enuncia-
do. Importante observar, de imediato, um primeiro traço que caracteriza o conjunto

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Apresentação

dos trabalhos do Círculo sobre gênero e que está aqui destacado: sem dispensar os
aspectos formais da língua, eles propõem a articulação necessária com um novo ponto
de vista, isto é, com a totalidade do enunciado.
Oferecendo uma fina discussão teórica e metodológica, o capítulo vai construin-
do definições de forma a explicitar aspectos essenciais à compreensão de gênero do
discurso, que, ao final, poderia ser resumido da seguinte maneira: o gênero emerge da
totalidade concluída e solucionada do enunciado, que é o ato realizado por sujeitos orga-
nizados socialmente de uma determinada maneira. Trata-se de uma totalidade temática,
orientada pela realidade circundante, marcada por um tempo e um espaço. É importante
destacar, aqui, o sentido de enunciado como todo que articula interior/exterior, que o
autor reitera em outros momentos, e que coincide com os demais trabalhos do Círculo.
Dentre as características de gênero do discurso merece atenção, ainda, a ideia
de que o gênero se define a partir de uma dupla orientação na realidade. Esse aspecto
reitera a ideia presente em todos os trabalhos do Círculo, ou seja, para conceber gênero
é necessário considerar as circunstâncias temporais, espaciais, ideológicas que orien-
tam o discurso e o constituem, assim como os elementos linguísticos, enunciativos,
formais que possibilitam sua existência. A primeira orientação é considerada a partir
da exterioridade implicada no gênero, ou seja, relacionada à vida, no que diz respeito
a tempo, espaço e esfera ideológica a que o gênero se filia. Compreende-se, assim, que
o enunciado como totalidade se produz em um espaço e em um tempo reais, podendo
ser oral ou escrito, implicando a existência de um auditório de receptores, destinatá-
rios, ouvintes e/ou leitores, e, de certo modo, a reação dessa recepção. Estabelece-se,
portanto, entre o receptor e o autor uma inter-relação, uma interação.
A segunda orientação, também voltada para a vida, se dá a partir da interioridade
do gênero, relacionada a formas, estruturas e conteúdo temático do enunciado em
sua totalidade, fator que lhe permite ocupar um lugar na vida cotidiana, unindo-se
ou aproximando-se de uma esfera ideológica. A reiteração da dimensão marcada por
aspectos linguísticos, forma, conteúdo temático, não pode ser desvinculada de outro
aspecto essencial à concepção de gênero presente no pensamento bakhtiniano: a noção
de esfera ideológica que envolve e constitui a produção, circulação e recepção de um
gênero, pontuando sua relação com a vida, no sentido cultural, social etc. Medviédev
dá dois exemplos da dupla orientação do gênero na realidade: o primeiro é a ode, que,
situada num determinado tempo e voltada para um auditório específico, é parte de
uma festividade, unida à vida política e seus atos; o segundo é a lírica litúrgica, que é
parte do serviço religioso.
Considerar gênero enquanto enunciado em sua totalidade, com dupla orientação
na realidade, significa entender que ele

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O método formal nos estudos literários

[...] entra na vida e está em contato com os diferentes aspectos da realidade


circundante mediante o processo de sua realização efetiva, como executada, ouvida,
lida em determinado tempo, lugar e circunstâncias. Ela ocupa certo lugar, que é
concedido pela vida, enquanto corpo sonoro real. Esse corpo está disposto entre as
pessoas que estão organizadas de determinada forma. Essa orientação imediata da
palavra como fato, mais exatamente como feito histórico na realidade circundante,
determina toda a variedade de gêneros dramáticos, líricos e épicos.2

Além dessa característica essencial, é necessário destacar ao menos outra, relacio-


nada à dimensão temática, e que está assim definida:
Cada gênero é capaz de dominar somente determinados aspectos da realidade, ele
possui certos princípios de seleção, determinadas formas de visão e de compreensão
dessa realidade, certos graus na extensão de sua apreensão e na profundidade de
penetração nela.3

A partir de minuciosa discussão, o autor esclarece, ainda, o difícil conceito de


tema, de unidade temática, demonstrando que essa dimensão do gênero constitui-se
com a ajuda dos elementos semânticos da língua, pois é com a ajuda da língua que domi-
namos o tema, mas que este transcende a língua. O que está orientado para o tema é o
enunciado inteiro como atuação discursiva, a totalidade e suas formas, irredutíveis às
formas linguísticas. Segundo o autor, o tema deriva do enunciado completo, enquanto
ato sócio-histórico determinado, inseparável tanto da situação da enunciação quanto
dos elementos linguísticos. O tema, que não pode ser confundido simplesmente com
assunto, é tratado de forma detalhada, podendo ser assim resumido: (i) o conjunto dos
significados dos elementos verbais da obra é um dos recursos para dominar o tema,
mas não o tema em si mesmo; (ii) constitui-se com a ajuda dos elementos semânti-
cos da língua; (iii) não é uma palavra isolada que está orientada para o tema, mas o
enunciado inteiro como atuação discursiva; (iv) advém do enunciado completo/obra
completa enquanto ato sócio-histórico determinado, sendo, portanto, inseparável
tanto da situação da enunciação como dos elementos linguísticos; (v) não pode ser
introduzido no enunciado e encerrado.
Como se pode observar, essa concepção de tema está ligada, teórica e metodolo-
gicamente, à dupla orientação do gênero na realidade:
[...] a unidade temática da obra é inseparável de sua orientação original na realidade
circundante, isto é, inseparável das circunstâncias espaciais e temporais.
Assim, entre a primeira e a segunda orientação da obra na realidade (orientação
imediata a partir de fora e temática a partir de dentro) estabelece-se uma ligação
e uma interdependência indissolúveis. Uma é determinada pela outra. A dupla
orientação acaba por ser única, porém bilateral.

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Apresentação

A unidade temática da obra e seu lugar real na vida unem-se, de forma orgânica,
na unidade dos gêneros.4

Considerando que “cada gênero possui seus recursos e modos de ver e conceber
a realidade, só acessíveis a ele”,5 exemplifica com as artes plásticas para demonstrar
que visão, representação e gênero se fundem:
Seria ingênuo considerar que, nas artes plásticas, o homem primeiro vê e
depois retrata o que viu, inserindo sua visão no plano do quadro com a ajuda de
determinados meios técnicos. Na verdade, a visão e a representação geralmente
fundem-se. Novos meios de representação forçam-nos a ver novos aspectos da
realidade, assim como estes não podem ser compreendidos e introduzidos, de modo
essencial, no nosso horizonte sem os novos recursos de sua fixação.6

Todos esses aspectos dizem respeito ao gênero e suas características essenciais, e não
apenas aos gêneros englobados pela poética, como se pode observar em outro exemplo
dado por Bakhtin/Medviédev: a piada, que, como gênero, caracteriza-se pela capacidade
de construir e contar aspectos anedóticos da vida, segundo um modo particular de
organização do material. Nem o material vale por si mesmo, tampouco os aspectos
anedóticos isolados. É necessário um enunciado anedótico, construído e contado por
um sujeito, participante de uma comunidade organizada de um determinado modo,
que se dirige a um determinado auditório, objetivando sua reação, estabelecendo o
processo de interação, para a piada se concretizar como gênero.
Esse texto demonstra, criteriosa e detalhadamente, que gênero é o conjunto dos
modos de orientação coletiva dentro da realidade, encaminhado para a conclusão de
que, por meio do gênero, é possível compreender novos aspectos da realidade, ou, em
outras palavras, a realidade do gênero é a realidade social de sua realização no processo
da comunicação, ligados de forma estreita ao pensar.
Como se pode constatar por essa síntese, e confirmar pela leitura completa da
obra, O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica
chega em um momento muito oportuno para os estudos bakhtinianos em língua
portuguesa, ampliando o número de leitores, o que significa a probabilidade de um
acréscimo qualitativo às discussões em torno do Círculo e de sua contribuição para
os estudos da linguagem.

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O método formal nos estudos literários

Notas
1
A esse respeito, ver a leitura de Morson e Emerson, “Teoria dos gêneros”, em Mikhail Bakhtin: criação de uma
prosaística, Trad. Antonio de P. Danesi, São Paulo, Edusp, 2008, p. 287-322. No item “Ler de baixo para cima”,
estão elencados os argumentos dos formalistas a respeito de gênero e a maneira como Medviédev se contrapõe a eles.
2
Ver, neste livro, a página 195.
3
Idem, p. 196.
4
Idem, p. 197.
5
Idem, p. 199. Em “Os estudos literários hoje”, resposta a uma pergunta da revista Novi Mir, 1970, Bakhtin afirma
basicamente o mesmo: “Ao longo de séculos de sua vida, os gêneros (da literatura e do discurso) acumulam formas
de visão e assimilação de determinados aspectos do mundo”. M. Bakhtin, “Os gêneros do discurso”, em Estética
da criação verbal, Trad. P. Bezerra, São Paulo, Martins Fontes, 2003, p. 364.
6
M. Bajtin (P. N. Medviédev), “Los elementos de la construcción artística”, em El método formal en los estudios
literários: introducción crítica a una poética sociológica, Trad. Tatiana Bubnova, Madrid, Alianza Editorial, 1994, p. 214.

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