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NEW CRITICISM

by Manuel Frias Martins | Dez 24, 2009 | 0 comments

A expressão New Criticism refere se invariavelmente aos nomes e aos trabalhos dos críticos americanos
John Crowe Ransom, William K. Wimsatt, Cleanth Brooks, Allen Tate Richard Palmer Blackmur, Robert Penn
Warren e ao do filósofo Monroe Beardsley, os quais escreveram as suas obras mais influentes durante as décadas de
40 e 50. Aliás, a designação surgiu exatamente porque esse era o título de uma das obras de John Crowe Ransom,
publicada em 1941. No entanto, o inglês I. A. Richards, bem como o anglo americano T. S. Eliot, são tidos como os
grandes inspiradores de uma prática crítica cuja ênfase se situava maioritariamente no  texto ou na escrita.
Essa inspiração foi claramente admitida embora também se sublinhassem reações próprias, designadamente a
rejeição da teoria psicológica de I. A. Richards (Vd. Richards, 1920) por parte dos vários autores americanos
envolvidos, nomeadamente por Cleanth Brooks numa preciosíssima entrevista concedida em 1975 (Brooks, 1975: 1
35).
A crítica daquilo a que Wimsatt e Beardsley chamaram ”falácia intencional” e ”falácia afetiva” constitui talvez o
mais estruturado conjunto de ideias por que este movimento se pretendia afastar dos aspectos extra textuais no
estudo da  poesia.
Os nomes dos ingleses William Empson e F. R. Leavis são também quase sempre associados ao
movimento, na medida em que também a sua atividade crítica é fortemente marcada por uma mesma rejeição dos
modos críticos e de investigação de tipo biográfico, sociológico e historicista. Aliás, a influência de Richards
na crítica literária inglesa exerceu se sobretudo através do seu discípulo William Empson, que em Seven Types of
Ambiguity, publicado em 1930, oferecia um desenvolvimento prático e analítico da insistência de Richards (Vd.
Richards, 1924) na atenção que o crítico devia dar a todas as particularidades de um texto literário, e que ficou
conhecido por close reading ou método de leitura próxima do texto.
Diga se também, no entanto, que a hostilidade para com a teoria que Empson sempre manifestou não
encontra grande suporte na obra de Richards, e muito menos um eco significativo nos seus congéneres americanos.
Registe se esta afirmação de William Empson: “Um crítico deve confiar no seu próprio nariz, como o cão de caça, e
se deixar que um qualquer tipo de teoria ou princípio o distraia disso, então ele não está a cumprir a sua tarefa.” (W.
Empson, 1950: 594). Este foi o modelo que durante várias décadas dominou a crítica literária inglesa. Não admira,
por isso, que fosse a parte americana, mais receptiva ao desenvolvimento sistemático de ideias que a teoria
possibilita do que ao dogmatismo das asserções que o «faro» crítico impõe, a construir alguns dos principais textos
teóricos do nosso século, possibilitando uma pujança e uma produtividade na investigação literária que até há bem
pouco tempo não encontrava paralelo em Inglaterra. É por isso que merecem ser registadas as diferenças que L. C.
Knights assinala entre o chamado Cambridge Criticism (Escola de Cambridge), ou a vertente inglesa do New
Criticism, e o New Criticism norte americano: “Em várias e algumas vezes conflituosas publicações, a crítica de
Cambridge (Cambridge Criticism) parece ser sido vista no mundo literário como um aliado ou um percursor
do New Criticism americano, um método de leitura próxima do texto, bem como de análise (close reading and
analysis). Esta designação é inadequada. Claro que era importante desde o início que a nova Escola encorajasse
a fruição direta, pessoal da literatura: falando cruamente, ela queria que os estudantes fossem leitores inteligentes,
em vez de eruditos e historiadores da literatura. (…) Quando apareceu o Seven Types de Empson e as primeiras
obras publicadas de Leavis, [estes trabalhos] pareciam confirmar a noção de que o traço distintivo da crítica de
Cambridge era o rigor analítico. Mas isto não faz justiça à ideia (…) da nova Escola. (…) Esta abordagem orientava
se para a qualidade de vida dos indivíduos e, portanto, para a qualidade da civilização que os enformou e pela qual
eles eram responsáveis. ” (L. C. Knights, 1987: 164 165).
{bibliografia}
Cleanth Brooks: «Notes for a Revised History of the New Criticism: An Interview», in Tennesse Studies in
Literature, vol. XXIV, 1979; David Lodge (org.): 20th Century Literary Criticism—A Reader, 1977; I. A.
Richards: Science and Poetry, 1920; Principles of Literary Criticism, 1924; L. C. Knights: «Cambridge Criticism:
What was it?», in Robert Druce (org.), (1987); Robert Druce (org.): A Centre of Excellence. Essays Presented to
Seymour Betsky. Costerus, vol. LVIII, 1987; William Empson: Seven Types of Ambiguity, 1930; «The Verbal
Analysis», in Kenyon Review, vol. XII, 1950; William K. Wimsatt & Monroe Beardsley: «The Intentional Fallacy»,
1946, in David Lodge (org.), 1977; «The Afective Fallacy», 1949, in David Lodge (org.), 1977.
http://www.mc.maricopa.edu/users/eberle/svcInewc.htm
O formalismo russo foi um movimento múltiplo, que não produziu uma doutrina unificada e
nem um consenso entre seus participantes. O "formalismo russo" descreve dois movimentos
distintos: o OPOJAZ (Obscestvo izucenija Poeticeskogo Jazyka - Sociedade para o Estudo da
Linguagem Poética) de São Petersburgo e o Círculo Linguístico de Moscou, de Moscou. Assim é
mais preciso referir-se aos "formalistas russos" do que usar um termo mais amplo e vago como
"formalismo".
O formalismo russo é caracterizado por sua ênfase no papel funcional dos dispositivos
literários e sua concepção original de história literária. Os formalistas russos defenderam um método
"científico" para estudar a linguagem poética para a exclusão das tradicionais abordagens psicológica
e histórico-cultural. Como Erlich indica, "interessado em delimitar a escola literária entre as
disciplinas próximas como psicologia, sociologia e história, os teóricos do formalismo focaram nas
'características distintivas' da literatura, nos estratagemas artísticos próprios da escrita imaginativa"
(The New Princeton Encyclopedia, p. 1101).

O formalismo eslavo, também conhecido por crítica formalista, foi uma influente escola de
crítica literária que existiu na Rússia de 1910 até 1930. Teve como objetivo o estudo da linguagem
poética enquanto tal. Dela fazem parte as obras de um grande número de acadêmicos russos e
soviéticos de grande influência como (Viktor Chklovsky, Vladimir Propp, Yuri Tynianov, Boris
Eichenbaum, Roman Jakobson e Grigory Vinokur) que revolucionaram a crítica literária entre 1914 e
a década de 30, estabelecendo o estudo da especificidade e da autonomia da linguagem poética e
literária. O formalismo russo exerceu grande influência em pensadores como Mikhail Bakhtin e Yuri
Lotman e no estruturalismo. Os membros do movimento são considerados os fundadores da crítica
literária moderna, principalmente durante o período do estruturalismo e pós-estruturalismo.

Escola Morfológica Alemã


Surgiu por volta de 1925, centrou seus esforços nas descrições de gêneros e formas de literatura,
entendidos como esquemas cristalizados na linguagem.
Descrição de gêneros: Podem ser classificados em três categorias básicas: gêneros épico, lírico e
dramático.
Gênero Épico: Narrador. Ex: Fábula, Conto, Novela e Romance.
Gênero Lírico: Expressam sentimentos. Ex: Elegia, Ode, Soneto.
Gênero Dramático: Obras literárias, Ex: Comédia, Tragédia e Farsa.
Formas de literatura: Poesia, Peças de Teatro, Ficcção em Prosa.

Estilística e a sintaxe:
A sintaxe traz diversos recursos expressivos, podendo interagir com a estilística de várias maneiras:
uma delas é retirar os conectivos de uma oração para desacelerar o ritmo, ou repeti-los para acelerar.
Estilística e semântica:
A semântica trabalha com os significados das palavras, e usando-a como recurso expressivo, é possível fazer
com o que uma palavra tenha um significado que não pertence a ela, mas no contexto seja possível perceber ao
que se refere.
Elementos da estilística:
O estudo aprofundado da estilística a diversos outros assuntos é importante para a expressão e para entender
melhor não só a literatura, mas qualquer obra que carregue o mínimo de expressão. São itens pertinentes a
estilística:
Figuras de linguagem e Funções de linguagem.
O estruturalismo é uma corrente teórica do Século XX voltada para o estudo das estruturas do texto literário.
Ela questiona a necessidade de sempre associarmos a literatura a algo externo, sendo assim evita as
interpretações sociológicas, históricas e filosóficas do texto, fazendo uma análise do texto pelo texto, através
da intertextualidade. É composta por correntes diversas, das menos até as mais ortodoxas. O estruturalismo
tem suas raízes na obra do linguista suíço Ferdinand Saussure, o “Curso de Linguística Geral”. O formentalista
defendia o percurso psíquico da linguagem, observando a relação entre linguagem e pensamento. Para melhor
compreender o processo da linguagem, foi desenvolvido o método de separá-la em quatro pares de conceitos
opostos, as Dicotomias.
Sendo a mais importante delas a da Língua e Fala (ou Langue e Parole). Sendo Langue o sistema abstrato de
normas segundo se manifesta a parole. A parole é a projeção concreta daquela estrutura ideal, formada pelo
conjunto hipotético de todas as paroles do homem. Sendo assim, qualquer obra literária deve ser entendida
como uma parole. O principal objetivo do estruturalismo é isolar o sistema narrativo da obra literária. Para os
estruturalistas as estruturas narrativas são universais, tanto que, para eles, o processo evolutivo e mutante é
rejeitado.

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