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INTRODUÇÃO:

Teoria musical é o conjunto de sistemas destinados a analisar, classificar,


compreender e comunicar a respeito da música, seja ela popular ou de
concerto.

É a descrição em palavras de elementos musicais e sua simbologia para a


performance prática.

A teoria musical apresenta diversas escolas e pode apresentar conceitos


divergentes, mas toda a teoria é necessária para o real e completo aprendizado
da música.

Pollyanna De Navasquez
LIÇÃO UM:

SOM:

É o resultado do choque entre dois ou mais corpos – sólidos ou não - que


alteram ondas invisíveis aos olhos e que estimulam de formas diferentes a
membrana timpânica.

Existem sons musicais e não musicais.

Sons musicais são aqueles produzidos por instrumentos e sons não musicais
são aqueles do dia a dia – como um liquidificador, carro, objeto caindo, etc.

O som apresenta quatro propriedades:

1- Altura – Propriedade que nos permite reconhecer se o som é grave,


médio ou agudo;
2- Intensidade – Propriedade que o som tem de ser forte ou fraco –
também chamado popularmente de volume;
3- Duração – Propriedade do tempo que se prolonga o som – longo ou
curto;
4- Timbre – Propriedade que nos permite reconhecer a origem do som
musical e não musical.

MÚSICA:

Existem diversas definições de música, mas a mais aceita hoje é: Música é a


arte de combinar sons.

Uma visão religiosa que está caindo em desuso define a música como: A arte
de manifestar os afetos da alma mediante o som.

A música tem três elementos fundamentais:

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1- Harmonia – Combinação de sons tocados ao mesmo tempo – tem
sentido vertical;
2- Melodia – Combinação de sons tocados um após o outro – tem sentido
horizontal;
3- Ritmo – Combinação de figuras que nos dará a duração exata de cada
som.

É necessário lembrar que podemos combinar os três elementos, Harmonia com


Ritmo ou Melodia com Ritmo, mas nunca poderemos ter a combinação sem o
elemento Ritmo.

LIÇÃO DOIS:

PAUTA OU PENTAGRAMA:

É o conjunto de cinco linhas paralelas, horizontais e equidistantes, que formam


entre si quatro espaços onde escrevemos a música. Essas linhas e espaços
são contados de baixo para cima:

LINHAS SUPLEMENTARES:

São linhas auxiliares a pauta, usadas quando está não é suficiente para a
escrita musical.

Existem linhas suplementares superiores – usadas para escrever notas mais


agudas – e linhas suplementares inferiores – usadas para escrever notas mais
graves.

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A quantia de linhas suplementares é infinita, mas habitualmente são usadas
cinco linhas que são contadas da pauta para elas.

LIÇÃO TRÊS:

CLAVES:

São símbolos colocados no início da pauta e que tem como função dar nome e
altura as notas.

Existem três claves diferentes e que são utilizadas para determinados


instrumentos, onde cada uma será predominante em uma altura de som.

1- Clave de Sol:

Ela é escrita na segunda linha (portando essa linha será a nota sol) e
utilizada para instrumentos de sons mais agudos como o violino, flauta
transversal, clarinete, mão direita do piano, etc.

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2- Clave de Fá:

Ela é escrita na terceira ou quarta linha (portanto essa linha será a nota
fá) e utilizada para instrumento de sons mais graves como o violoncelo, fagote,
contrabaixo, mão esquerda do piano, etc.

A clave de Fá na terceira linha é raramente é usada.

3– Clave de Dó:

Ela é escrita na primeira, segunda, terceira e quarta linha (portando essa


linha será a nota dó) é utilizada para instrumentos de sons médios como a viola
de arco.

A clave de Dó na primeira e segunda linha é raramente usada.

LIÇÃO QUATRO:

NOTAÇÃO MUSICAL:

É tudo aquilo relacionado a escrita musical, ao que está na partitura da


música ou exercício a ser executado.

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Exemplos: fórmula de compasso, clave, figuras de som, pausas, barras,
sinais de repetição, andamento, sinais de dinâmica, arcadas, etc.

NOTAS:

São símbolos usados para representar as diferentes alturas dos sons.

As notas musicais são 7 – Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá e Si.

A origem das notas musicais está no século X, onde o monge Guido


D’Arezzo utilizou um hino em louvor a São João, usando o início de cada verso:

Ut quant laxis

Resonare fibris

Mira gestorum

Famuli tuorum

Solve polluti

Labii reaturm

Sancte Johannes

Mais tarde, um músico chamado Doni, substituiu o UT por Do de seu


nome e temos as atuais notas musicais no sistema ocidental.

CIFRAS:

São letras maiúsculas que representam as notas musicas e que em


instrumentos populares também são utilizadas para representar acordes.

As cifras tem origem saxônica.

A = Lá; B = Si; C = Dó; D = Ré; E = Mi; F = Fá; G = Sol.

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LIÇÃO CINCO:

FIGURAS DE SOM:

As figuras de som são usadas para representar a duração de cada som


e também são chamadas de valores positivos. Toda figura de som tem sua
pausa correspondente que também são chamadas de valores negativos.

FIGURAS DE SOM NOME PAUSAS

SEMIBREVE

MÍNIMA

SEMÍNIMA

COLCHEIA

SEMICOLCHEIA

FUSA

SEMIFUSA

Algumas figuras caíram em desuso, como é o caso da quartifusa, breve,


longa e máxima.

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Importante: Cair em desuso não significa que nunca são utilizadas.

Quartifusa

Breve

Longa

Máxima

As figuras possuem um valor relativo, onde a semibreve é a figura de


maior duração e a semifusa a figura de menor duração.

Essa proporção é sempre de 2:1, ou seja, de dois para um. Exemplo:


Preciso de duas mínimas para ter a mesma duração de uma semibreve;
Preciso de duas colcheias para ter a mesma duração de uma semínima, etc.

É muito comum ser passado ao aluno iniciante o conceito de que a


semibreve vale quatro tempos, a mínima dois tempos, a semínima um tempo e
assim por diante, mas isso não é real. As figuras não apresentam valor fixo.
Esse valor é dado pela Fórmula de Compasso que iremos estudar no próximo
volume.

LIÇÃO 6:

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PARTES DA FIGURA:

As figuras de som apresentam três partes, sendo que não é obrigatória a


presença de todas elas em todas as figuras.

O colchete também é muitas vezes chamado de bandeirola.

HASTEAÇÃO:

É o nome dado ao processo de colocação da haste e do colchete nas


figuras de som. Esse processo apresenta quatro regras básicas:

1- Sempre que a figura se localizar na terceira linha da pauta, poderá


receber a haste para cima ou para baixo. O que estipula se essa
haste estará para cima ou para baixo é a sequencia de notas
apresentadas no trecho que ela se encontrar.

2- As figuras que se localizam da terceira linha para cima, recebem a


haste para baixo e do lado esquerdo.

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3- As figuras que se localizam da terceira linha para baixo, recebem a
haste para cima e do lado direito.

4- O colchete (ou bandeirola) será sempre colocado ao lado direito da


figura.

LIÇÃO 7:

BARRAS:

Usamos na música quatro barras:

1- BARRA DE COMPASSO, SIMPLES OU DIVISÓRIA:

É uma barra fina e vertical que tem como finalidade separar compassos,
que é a divisão da música em partes iguais.

2- BARRA DUPLA OU DE PERÍODO:

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São duas barras finas e verticais que tem como finalidade indicar uma
mudança importante da música, como por exemplo, separar a estrofe do refrão,
indicar uma mudança de tonalidade, etc.

3- BARRA DE REPETIÇÃO OU RITORNELLO:

São duas barras, sendo uma fina e outra espessa, verticais e


acompanhadas por dois pontos que indicam um trecho da música (ou de um
exercício) que deve ser repetida. Podemos ter uma barra indicando início da
repetição e outra indicando o término da mesma.

4- BARRA FINAL:

São duas barras, sendo uma fina e outra espessa na posição vertical
que indicam o término da música ou do exercício.

a – Barra de Compasso, Simples ou Divisória;

b – Barra Dupla ou de Período;

c – Barra Final;

d – Barra de Repetição ou Ritornello – Início;

e – Barra de Repetição ou Ritornello – Final.

SINAIS DE ALTERAÇÃO:

São símbolos colocados antes da nota e que tem como função alterar a
entonação da nota. Esses símbolos também são chamados de acidentes
musicais.

Atualmente utilizamos cinco acidentes musicais:

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Sustenido – Eleva a nota um semitom – meio tom

Bemol – Abaixa a nota um semitom – meio tom

Dobrado Sustenido – Eleva a nota dois semitons - um tom

Dobrado Bemol – Eleva a nota dois semitons – um tom

Bequadro – Anula qualquer acidente

Fora isso, os acidentes podem aparecer de três formas na música:

1- Acidentes fixos – São aqueles que aparecem na armadura de clave e


tem valor durante toda a música e em todas as alturas da nota
acidentada.

2- Acidentes ocorrentes – São aqueles que aparecem no meio da música e


tem valor apenas dentro do compasso que foram escritos e na altura da
nota acidentada.

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3- Acidente de precaução – Algumas vezes usado entre parênteses, outras
não, aparece na frente da nota para que o músico ou aluno se recorde
que aquela nota sofreu algum tipo de alteração.

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