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POLÍTICA ANTICORRUPÇÃO E DE

RELACIONAMENTO COM O PODER


PÚBLICO

CARLINHOS ALIMENTOS
Elaborador por:
Angelita Maria Warmling
Eduardo Kirsten
Leandro Lopes
Talita Borba de Freitas de Oliveira

Revisado por:
Comitê de Ética

Aprovado por:
Conselho de Administração

Edição I
Março/2020
1 - OBJETIVO

Esta política tem como objetivo orientar os colaboradores, sobre os pontos de atenção
que devem ser observados, nos diversos casos de relacionamento que a organização
mantém com o Poder Público, seja direta ou indiretamente.
Também, visa assegurar que todas as partes envolvidas nos negócios da Carlinhos
Alimentos estejam cientes e respeitem, não apenas os requisitos da Legislação
Brasileira Anticorrupção, mas também os valores e princípios da organização.
A Política Anticorrupção veda expressamente que os diretores, administradores,
gerentes e colaboradores da Carlinhos Alimentos e todos os parceiros com quem
mantem relação comercial, ofereçam qualquer valor material, ou não, como favores e
benefícios, a qualquer Agente Público ou a qualquer pessoa física ou jurídica, com o
propósito de acumular ou obter vantagens indevidas.
Cada Colaborador deve assumir responsabilidade pela integridade da organização,
discutindo suas dúvidas e comunicando prontamente ao seu gestor ou ao Comitê de
Ética a respeito de quaisquer solicitações impróprias ou tentativas de extorsão por
parte de Agentes Públicos, assim como quaisquer suspeitas quanto à violação de
princípios contidos nesta Política.

2 - DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Código de Conduta da Carlinhos Alimentos.

3 - DEFINIÇÕES

3.1 Agente Público:


Qualquer funcionário público brasileiro ou estrangeiro, indicado ou concursado, de
qualquer ente da federação;
Quaisquer candidatos a cargos públicos;
Dirigentes de partidos políticos;
Pessoas em cargos diplomáticos e em organizações internacionais (como Ex-Im
Bank, OPIC e demais instituições de fomento internacional);
Funcionários de empresas controladas, direta ou indiretamente, por entidades
públicas, nacionais ou estrangeiros,
Qualquer representante de tais pessoas, podendo incluir seus Familiares.

3.2 Parceiros: todo e qualquer parceiro de negócios da Carlinhos Alimentos, inclusive


clientes, fornecedores, sociedades consorciadas ou quaisquer outros terceiros.

3.3 Relacionamento: Qualquer interação ou comunicação mantida entre duas ou


mais pessoas, de forma direta ou indireta, mediante a troca de informações,
negociações, envolvendo ou não tomada de decisões.

3.4 Compliance: O termo Compliance tem origem no inglês, e significa estar em


conformidade com as leis e normas, internas e externas, que regulamentam a
atividade do negócio empresarial.

3.5 Corrupção: Consiste nos atos lesivos à administração pública, nacional ou


estrangeira, que atentem contra o patrimônio público nacional ou estrangeiro, contra
princípios da administração pública ou contra os compromissos internacionais
assumidos pelo Brasil.

4 - ATIVIDADES, RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES

A responsabilidade de seguir diariamente o Código de Ética e Conduta e as políticas


internas da Carlinhos Alimentos é um compromisso de todos.
A presente política anticorrupção abrange todos os Colaboradores (Próprios e
Terceiros) e demais parceiros comerciais, agindo em nome desta, sejam pessoas
físicas ou jurídicas, com ou sem fins lucrativos, tais como, mas não limitados a
associações, fornecedores, subcontratados, despachantes, consultores, prestadores de
serviços, clientes, entre outros.
5 - PRINCÍPIOS E DEVERES

5.1 A Carlinhos Alimentos não tolera nenhuma forma de corrupção, nacional ou


transnacional, tampouco aceita a oferta de vantagens indevidas, seja em benefício do
colaborador ou da empresa;

5.2 Havendo a identificação de irregularidades ou fragilidade em algum processo,


podendo representar risco de ocorrência de atos de corrupção, fraudes ou
concorrência desleal, a Carlinhos Alimentos prontamente interromperá a prática,
aplicando a solução adequada para a efetiva correção.

5.3 É dever de todos os colaboradores fiscalizar e informar a Organização sobre


qualquer violação e suspeita de violação a esta política, à Lei Anticorrupção ou ao
Código de Ética e Conduta;

5.4 Não será tolerado pela organização qualquer tipo de retaliação contra denunciantes
de boa-fé, estando quem realizar retaliação sujeito à aplicação de penas disciplinares;

5.5 Nenhum colaborador será penalizado pelo atraso ou perda de negócios resultantes
de sua recusa a pratica de atos de corrupção.

6 - RELACIONAMENTO COM O PODER PÚBLICO

As atividades industriais e comerciais da Carlinhos Alimentos exigem diversas


interações e relacionamento com Agentes Públicos, as quais necessitam atenção. Neste
sentido, a Política Anticorrupção serve como uma diretriz, indicando os procedimentos
adequados para o correto relacionamento com Agentes Públicos, bem como alertando
sobre os cuidados que devem ser tomados para fins de manutenção da integridade da
organização.
6.1 SITUAÇÕES DE ATENÇÃO

6.1.1 Relacionamentos

Os relacionamentos deverão ser pautados por uma comunicação estritamente objetiva,


transparente e clara, com finalidade exclusivamente empresarial, eliminando qualquer
caráter de pessoalidade entre os envolvidos.
Qualquer situação de relacionamento individual com Agente Público deverá ser evitada,
procurando sempre garantir o envolvimento e a presença de mais um representante da
Carlinhos Alimentos durante as interações.
Agentes públicos não poderão atuar como representantes da Carlinhos Alimentos e não
estão autorizados a atuar em defesa de interesse particular da empresa, em qualquer
situação.

Nota: Caso você tenha dúvidas se está apto a estabelecer contato ou relacionamento
com Agentes Públicos, contate seu superior imediato ou a área de Compliance.

6.1.2 Pagamentos

Qualquer pagamento devido ao Poder Público, direto ou indireto, seja municipal,


estadual ou federal, por regra estará sempre previsto em leis ou normativas e seguem
procedimentos próprios e claros.
Nenhum colaborador ou parceiro de negócio da Carlinhos Alimentos está autorizado a
realizar pagamentos em espécie a Agentes Públicos, através de depósito em contas
bancárias de pessoas físicas, ou através de outros tipos de vantagens e benefícios.

Nota: Quando você estiver diante de uma situação em que lhe surjam dúvidas quanto
a forma de pagamento indicada ou quando esteja em desacordo com o determinado
por lei ou regulamento, não realize o pagamento e busque suporte junto à área de
Compliance.

6.1.3 Solicitação e envio de informações

Toda solicitação ou envio de informações aos órgãos públicos deverá ser feito por
escrito, sempre fazendo referência expressa ao ofício/requerimento ou processo
específico, contendo informações completas, verídicas e precisas, em tempo hábil,
observando sempre a política de confidencialidade das informações e as leis existentes.
Toda informação prestada ou requerida deverá ser protocolada no órgão público
competente e ser solicitada ou enviada através de meios oficiais transparentes e
isentos de suspeita.
Deve ser evitada qualquer comunicação com Agentes Públicos mediante a troca de e-
mails, ligações e outros meios de comunicação pessoais destes. O envio de e-mails
para endereços oficiais e, desde que este meio de comunicação seja aceito pelo órgão
público, está autorizado.
Nos casos em que o contato telefônico não puder ser evitado, o teor do que foi
conversado ou acordado deverá sempre ser formalizado por escrito, através de envio
de e-mail, sempre para o endereço eletrônico oficial e, se possível, enviar com cópia
para mais um Agente Público, incluindo sempre mais um colaborador da Carlinhos
Alimentos.

6.1.4 Custeio de despesas e viagens

Todo pagamento para custeio de despesas e gastos com viagens de Agentes Públicos
deverá ser evitado pelos colaboradores da Carlinhos Alimentos, ainda que os custos
tenham origem em razão de necessidade específica, quando não estiver autorizado por
lei ou norma própria.
Para casos específicos, em que não houver impedimento legal e a natureza da situação
exigir a presença ou deslocamento dos Agentes Públicos, as despesas poderão ser
custeadas pela Carlinhos Alimentos, mediante autorização da Gerência competente.
Quando permitido o custeio, este deve se restringir apenas a despesas necessárias do
Agente responsável, como hospedagem, refeições e locomoções, obedecendo os
mesmos parâmetros e limites estabelecidos para os cargos de diretoria, conforme a
norma de viagens da Carlinhos Alimentos.
Despesas que envolvam o cônjuge ou membros da família do Agente Público, não
estão autorizadas pela Carlinhos Alimentos.
Exemplo de permissão de custeio:

Uma determinada concessionária do Poder Público, em razão de contrato de compra e


venda assinado com a Carlinhos Alimentos, necessita que especialistas técnicos
compareçam na unidade, para realizarem a homologação in loco do produto.
Neste caso está caracterizada a necessidade da viagem, nos termos da norma interna
de viagens.

Exemplos de custeios não permitidos:

razão do relacionamento mantido com a Carlinhos Alimentos ao longo do ano. Não há


finalidade específica para a viagem, não existe propósito relacionado com as atividades
comerciais da organização.
Carlinhos
Alimentos, o Agente Público viaja acompanhado de sua esposa. Neste caso as
despesas do cônjuge não deverão ser custeadas pela organização, conforme as regras
desta política.

6.2 - OUTRAS SITUAÇÕES COM RISCO DE CORRUPÇÃO

6.2.1 Contratação de Agentes Externos ou Consultores

Diversas situações do dia a dia empresarial necessitam de apoio com conhecimentos


específicos ou mesmo de agentes para praticarem atos necessários ao funcionamento
do negócio, como é o caso de consultores em geral, despachantes, intermediários e
demais assessores.
A contratação de agentes ou consultores merece atenção especial, pois são
prestadores de serviço que atuam em ambiente externo, em caráter de representação
da Carlinhos Alimentos e, muitas vezes, mediante instrumento de procuração.
Agentes ou consultores não estão autorizados a executar ações que não estejam
previamente contratadas com a Carlinhos Alimentos, atos que atentem contra a
legislação anticorrupção nacional e internacional, bem como contra as políticas e
princípios da organização.
PONTOS DE ATENÇÃO:

-se de que a
Carlinhos Alimentos não possui a área interna operacional necessária ou pessoas com
conhecimento específico que possa lhe auxiliar.
organização, conforme políticas
específicas.
-se de que o parceiro adota postura de respeito à ética e contrária a
práticas abusivas e de corrupção.
liance quanto à verificação do
histórico de integridade do novo parceiro de negócio.
Carlinhos Alimentos, quando surgirem
situações atípicas durante a relação de negócio.
verá receber o Código de Ética e Conduta, bem
como esta política Anticorrupção.

documentos comprobatórios e emissão de nota fiscal.


ntos em espécie ou através de benefícios.

O QUE DEVE SER EVITADO:

Carlinhos Alimentos,
sem que haja um contrato formal entre as partes.
estados.

comissões de caráter duvidoso.

Nota: Diante da constatação de algum dos pontos de atenção descritos ou mesmo de


situações que não estejam claras durante o processo de contratação ou no decorrer da
parceria, o colaborador deverá comunicar imediatamente o seu superior hierárquico e
a área de Compliance da organização.
6.2.2 Oferecimento ou recebimento de vantagens indevidas

Vantagens indevidas são caracterizadas por serem benefícios ofertados ou recebidos,


sem que haja fundamento lícito para tanto. Decorrentes normalmente em razão da
posição ou cargo ocupado pelo envolvido ou, da troca de favores que possam gerar
prejuízo aos cofres públicos ou afrontar a livre concorrência.
As vantagens poderão se concretizar em forma de valores ou mesmo de benefícios,
como produtos, presentes, vagas de trabalho, viagens, etc.

6.2.2.1 Abuso de poder

Situações de abuso de poder ocorrem quando o Agente Público se utiliza de cargo,


emprego, ou posição privilegiada dentro da Administração Pública, direta ou indireta,
exigindo vantagem pessoal e indevida, em troca pelo que lhe está sendo solicitado.
Os casos de abuso de poder estão comumente relacionados a vantagens solicitadas
pelo Agente Público, onde este se vale do chamado “poder da caneta”. Ao contrário do
suborno, onde a ação parte da pessoa envolvida com o Agente Público.

Exemplo de abuso de poder:

Público diretamente responsável pela análise, solicita ingressos para um determinado


evento esportivo para a sua família.

6.2.2.2 Suborno e pagamento de facilitação

O suborno se caracteriza pelo oferecimento de valores ou vantagens ao Agente


Público, com o objetivo de determina-lo a praticar, omitir ou retardar ato contrário a lei
ou aos procedimentos oficiais, beneficiando os interesses do pagador,
Já o pagamento de facilitação se caracteriza pelo oferecimento de valores ou
vantagens ao Agente Público, em troca de aceleração em processos, também
conhecido como “taxa de urgência”. Neste caso não há manipulação, apenas se
acelera o resultado final já esperado.
Os subornos e os pagamentos de facilitação fazem com que etapas de avaliação sejam
suprimidas, que os critérios de análise não sejam observados, que processos tenham
preferência sobre outros, independentemente do critério oficial de preferência,
causando prejuízo à coletividade, aos cofres públicos e à livre concorrência.

Exceção:
Na única e exclusiva ocasião em que o pagamento de facilitação seja exigido pelo
Agente Público, representando ameaça à integridade física da pessoa de quem se
exige/pagador, o pagamento poderá ser realizado.

Exemplo de suborno:

cumprir com as exigências legais para a sua emissão. Para conseguir a emissão, o
profissional da empresa oferece R$ 6.000,00 ao Agente Público responsável, para que
este manipule os dados de forma a garantir a emissão da respectiva certidão.

Exemplo de pagamento de facilitação:


-se retido na alfândega por um longo período,
impactando diretamente na linha de produção da empresa. Para agilizar a liberação
deste bem, o funcionário da alfândega exige o recebimento de um valor extraoficial
(espécie, benefício, brinde, desconto, etc.).

COMO AGIR? Diante de situações que envolvam o oferecimento ou o recebimento de


vantagens indevidas, subornos ou pagamentos de facilitação, é dever do colaborador:

o departamento de Compliance;
órgão público, até que uma solução seja
apresentada pela Carlinhos Alimentos, através do departamento de Compliance ou de
seu gestor.

autoriza o pagamento de facilitação, após realizar o pagamento, o responsável deverá


preencher o formulário específico fornecido pelo departamento de Compliance, a fim
de possibilitar a devida análise e o reembolso, quando cabível.
6.2.3 Patrocínios, contribuições e doações

Patrocínios, doações ou contribuições para Agentes Públicos não estão autorizados


pela Carlinhos Alimentos, de acordo com a Política de Doações e Patrocínios da
empresa.

6.2.4 Brindes e presentes

De acordo com o item 05 do Código de Ética e Conduta, os colaboradores da Carlinhos


Alimentos não poderão oferecer cortesias, presentes ou brindes a Agentes Públicos.
Vale ressaltar que o oferecimento de presentes para Agentes Públicos é vedado por
diversos diplomas legais que tratam do assunto, no Brasil.
Não obstante, quando se tratar de relacionamento da área comercial que envolva
Agente Público, e com o objetivo de manter boas relações comerciais, poderão ser
oferecidos brindes de pequeno valor (abaixo de R$ 100,00, no total), contendo a
logomarca da empresa, desde que previamente aprovado pelo gestor da área.

6.2.5 Lavagem de bens, direitos e valores

O termo “lavagem” se refere a ocultar ou dissimular a natureza, origem, localização,


disposição, movimentação ou propriedade de bens, direitos ou valores, direta ou
indiretamente.
A Carlinhos Alimentos preza pela integridade no desenvolvimento de seus negócios e
não irá tolerar qualquer prática que se caracterize ou possa se caracterizar como
lavagem de bens, direitos e valores.

6.2.6 Livros e registros contábeis

Todas as transações efetuadas pela empresa devem ser registradas de forma precisa,
transparente, de acordo com os princípios e normas de contabilidade, refletindo de
maneira correta a natureza, origem e destino dos valores, livre de qualquer tipo de
fraude ou atividades que possam ser caracterizadas por lavagem de bens, direitos e
valores.
A necessidade de observância desta regra se aplica não apenas aos livros contábeis,
mas a qualquer transação realizada pela empresa, devendo a descrição constar de
forma clara e exata, sejam em recibos, relatórios de despesas, faturas e demais
documentos de registro.
Documentos falsos, duvidosos ou enganosos jamais deverão constar nos livros e
registros da empresa.

7 - CANAL DE ÉTICA

Ficar atento se as atitudes e comportamentos dos profissionais estão de acordo com os


princípios e valores da organização, é um compromisso seu!
Portanto, sempre que notar alguma atitude que não pareça correta, consulte o nosso
Código de Ética e Conduta e as nossas políticas. Se perceber que algo está errado,
informe.
A Carlinhos Alimentos não tolerará qualquer forma de retaliação a quem realizar uma
denúncia ou relato de boa-fé, quanto a ofensas aos princípios e valores da empresa.

8- BIBLIOGRAFIA
Não se aplica.

9 - ANEXOS
Não se aplica.
TERMO DE COMPROMISSO
CARLINHOS ALIMENTOS

Declaro que : (a) recebi, li e compreendi a POLÍTICA ANTICORRUPÇÃO E DE


RELACIONAMENTO COM O PODER PÚBLICO da CARLINHOS ALIMENTOS; (b) concordo
integralmente com as regras e orientações nele contidas e (c) assumo o compromisso
de cumpri-las integralmente.

NOME: ________________________________________________________

CPF/CNPJ: _____________________________________________________

DATA: ____/____/____

ASSINATURA: __________________________________________________

www.carlinhosalimentos.com.br

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