Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1º Teorias Explicativas
a) Teoria da Vontade ou Voluntarista
Os adeptos desta teoria explicavam o negócio jurídico,
traduzindo-o como a simples vontade interna ou intenção
do declarante. Esta teoria influenciou fortemente o CC/02,
conforme podemos extrair da leitura do art. 112:
2º Planos de análise
a) Plano de existência
Aqui, estuda-se os pressupostos de existência do negócio
jurídico, sem os quais ele é um nada. São pressupostos de
existência do negócio jurídico:
1º Manifestação de vontade;
2º Agente emissor da vontade;
3º Objeto;
4º Forma.
b) Plano de Validade
2º Espécies
a) Erro ou ignorância
1º – Aspectos Gerais
Teoricamente, podemos diferenciar o erro da ignorância.
Enquanto o erro é uma falsa representação positiva da
realidade, a ignorância traduz um estado de total
desconhecimento. Assim, o erro é um estado positivo, de
forma que quem atua em erro atua comissivamente de forma
equivocada. A ignorância, ao seu turno, é um estado
negativo.
2º - Conceito e consequências
O erro é a opinião errada acerca de uma circunstância
fática, é um vício invalidante do negócio jurídico.
Segundo a doutrina clássica, o erro só invalidaria o
negócio jurídico se concorressem dois elementos: o erro
deveria ser escusável (perdoável) e essencial.
3º Modalidades de erro
b) Dolo
1º Conceito e consequências
O dolo, vício invalidante do negócio jurídico, consiste
no artifício malicioso provocado por uma das partes ou
por um terceiro, em prejuízo de outrem, quando da
celebração do negócio. É, portanto, um erro provocado.
2º Espécies de dolo
O Código Civil distingue duas espécies de dolo:
a) Dolo principal
b) Dolo acidental
c) Dolo Negativo
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o
silêncio intencional de uma das partes a respeito
de fato ou qualidade que a outra parte haja
ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que
sem ela o negócio não se teria celebrado.
d) Dolo Bilateral
3º Dolo do Representante
4º Dolo de Terceiro
c) Coação (Moral)
1º Conceito e Consequências
d)Lesão
1º Conceito e Consequência
e) Estado de Perigo
1º Conceito e Consequências
O Estado de Perigo, vício invalidante do negócio jurídico,
configura-se quando o agente, diante de uma situação de
perigo de dano, conhecida da outra parte, assume
obrigação excessivamente onerosa. Trata-se de uma
aplicação do estado de necessidade ao direito civil.
f) Simulação
2º Espécies
a) Simulação Absoluta
Aqui, as partes criam um negócio jurídico destinado a não
gerar efeito algum.
c) Simulação maliciosa
É aquela onde as partes efetivamente visam prejudicar
terceiros ou violar a lei com a simulação.
d) Simulação inocente
É aquela onde as partes não desejam prejudicar terceiros
ou violar a lei, apenas querem ocultar de terceiros a
verdadeira natureza do negócio, sem, no entanto, causar
dano a interesses de qualquer pessoa. A doutrina entende
que tanto a simulação maliciosa quanto a inocente são
nulas:
5º Ação Pauliana
a) Aspectos gerais
Denomina-se ação pauliana a ação judicial que visa a
impugnar o negócio jurídico feito em fraude contra
credores. Trata-se de ação pessoal, com prazo decadencial
de 04 anos para sua propositura. É uma ação específica
para a fraude contra credores, o que explica a
impossibilidade de se discutir a fraude contra credores
em sede de embargos de terceiro (Súmula 195 do STJ).
b) Legitimidade
A ação pauliana deverá ser proposta em face do devedor
insolvente, e, se for o caso, contra a pessoa com que ele
contratou e, também, contra o terceiro de má-fé. Por
outro lado, com base no princípio da boa fé, que orienta
a interpretação do art. 161 do CC, se o terceiro a quem
se transferiu o bem demonstrar a sua boa-fé, não poderá
ser prejudicado. Nesse caso, o credor deverá buscar
outras vias de satisfação do seu crédito.
1º Condição
a) Conceito
Trata-se de um elemento acidental, consistente em um
acontecimento futuro e incerto, por meio do qual
subordina-se ou resolvem-se os efeitos jurídicos de um
determinado negócio.
b) Características
1º Futuridade: a condição é sempre futura. Fatos
pretéritos não caracterizam uma condição (Ex: não é uma
condição a promessa de dividir um prêmio de loteria, que
foi sorteado no dia anterior). A morte, por se tratar de
um fato certo em nossas vidas, em regra, não traduz uma
condição. Contudo, se a previsão da morte for dentro de
um determinado prazo, neste caso, não se sabe se ela
ocorrerá, de maneira que poderá haver uma condição.
2º Incerteza: toda condição deve ser incerta. A incerteza
aqui, refere-se a ocorrência ou não do fato.
c) Classificação
1º Quanto ao modo de atuação
a) Condição suspensiva: é aquela que subordina o início
da eficácia jurídica do negócio. Enquanto não verificada,
paralisa ou suspende o início da eficácia do negócio.
b) Condição resolutiva: é aquela que resolve ou desfaz os
efeitos jurídicos até então produzidos pelo negócio.
A luz do art. 125 do CC, a condição suspensiva suspende
não apenas a exigibilidade, mas também a própria
aquisição do direito e da obrigação correspondente.
2º Quanto a licitude
3º Quanto a origem
a) condição causal: aquela em que o evento futuro e
incerto decorre de um fato da natureza.
b) condição mista: é aquela que deriva da vontade de uma
das partes e de um fator externo, em geral a vontade de
um terceiro.
c) Condição potestativa: é aquela que deriva da vontade
de uma das partes, podendo ser pura (ilícita) ou simples
(lícita).
2º Termo
a) Conceito
É o acontecimento futuro e certo que interfere na
eficácia jurídica do negócio.
b) Características
1º Futuridade
2º Certeza: a certeza é quanto a ocorrência do fato,
ainda que não se saiba quando, ele ocorrerá.
c) Classificação
Teoricamente, costuma-se classificar o termo da seguinte
maneira:
1º Termo convencional: aquele estipulado pelas partes.
2º Termo legal: aquele estipulado por lei. Ao contrário
da condição, o termo não deriva exclusivamente da vontade
das partes.
3º Termo judicial ou termo de graça: é aquele fixado pelo
poder judiciário.
d) Formas de contagem