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O inconsciente ótico

sim, ele ainda não foi traduzido. Eu o considero um dos livros importantes
dela. Afora a revista October, claro, que ela fundou junto com a Annette
michelson; nem tudo que tem da Krauss na October tem em livro, creio. O
inconsciente ótico dela difere muito do inconsciente ótico de Benjamin; ela
até comenta isto no livro.
Anos antes, em 'O fotográfico', benjamin é um autor axial para Krauss.
Benjamin seria um dos teóricos que não são exatamente teóricos que fazem
teoria da fotografia -- ele e Barthes são os dois clássicos escolhidos por
Krauss --, mas dos que fazem “teoria a partir da fotografia”. É uma
abordagem interdisciplinar: os pensadores se postam em um campo outro
para, a partir dali, tratar do seu campo. Benjamin se posiciona no campo da
fotografia para tratar da modernidade, Barthes para tratar da perda da mãe.
De forma resumida e grosso modo é isso. Para saber com maior precisão o
que pontuo, rapidamente, aqui nesta micro-nota, é bom ler os dois textos que
abrem o ‘O fotográfico’, de Rosalind Kruass; um dos textos é dela (não sei se
prefácio ou introdução) e o outro do mestre, mestre dela e de toda uma
geração de franceses e norte americanos, o teórico e historiador da arte,
Hubert Damisch.

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