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- Revisão Bibliográfica -
Luciana Almeida-Lopes
São Carlos, SP
2010
Almeida-Lopes, Luciana
1. Título
“Fim de caminhada
A estrada foi só flores
Porque os espinhos do caminho
Vocês os retiraram
Obrigada amigos!...
Agradecimentos
A minha mãe, Maria Nazareth Almeida Lopes, que a cada fim de semana de aula, se
deslocava de ônibus, de sua cidade, só para estar com meus filhos e cuidar deles.
Ao meu pai, sempre disposto a discutir meus “conflitos lingüísticos e terapêuticos”.
A Profa. Joana D’Arc pela ousadia e desafio de iniciar um curso complementar em uma
cidade de excelência tecnológica.
Ao Prof. Eduardo pelo carinho com que sempre nos recebeu, nos fazendo sentir tão
queridos e importantes! Obrigada por suas palavras de motivação e respeito!
A companheira Rose, sempre tão solicita e entusiasta, por estar sempre aberta a
discussões.
Ao Professor e colega, Dr. Mário Pansini, que me fez acreditar no aspecto científico da
Medicina Tradicional Chinesa.
A meu tão querido amigo René Orosco, ele que me “apresentou” à Medicina Tradicional
Chinesa. Sem suas “conversas” e “ relatos”, seguramente não teria chegado aqui.
Ao estagiário Bruno Alex do Prado, pelo desenho da capa e de outros croquis. Sua boa
vontade é contagiante!
“Hay hombres que luchan un día
Y son buenos
Hay otros que luchan un año
Y son mejores
Hay quienes luchan muchos años
Y son muy buenos
Pero hay los que luchan
Toda la vida
Esos son los imprescindibles”.
B. Brecht
Dedicatória
Camões
Sumário
Pág.
Nota ......................................................................................................................................i
Abreviaturas ........................................................................................................................ii
Resumo ............................................................................................................................. iv
Abstract ...............................................................................................................................v
1. Introdução .................................................................................................................... 01
2. Revisão da Literatura ....................................................................................................04
2.1. Laser ...............................................................................................................05
2.2. Acupuntura .....................................................................................................23
2.3. Laserpuntura ..................................................................................................36
3. Proposição .....................................................................................................................42
4. Material e Método .........................................................................................................44
5. Resultados .................................................................................................................... 46
6. Discussão ......................................................................................................................50
6.1. Nomenclatura .................................................................................................51
6.2. Laserpuntura – As Vantagens ........................................................................51
6.3. Laserpuntura – Os Problemas ........................................................................52
7. Conclusões ....................................................................................................................53
8. Perspectivas ...................................................................................................................55
Apêndices ..........................................................................................................................57
Referências Bibliográficas................................................................................................ 60
Nota
Esta monografia apresenta-se dentro das normas explicitadas pela Escola Spaço
Alternativo para obtenção do título de Habilitação do Curso de Pós-Graduação em
Medicina Tradicional Chinesa. Para aproximar expressões técnicas às normas
lexicográficas, o texto foi adequado segundo os seguintes dicionários:
• Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Instituto Antônio Houaiss, 1a edição. Rio de
Janeiro, 2001. Editora Objetiva.
• Dicionário Latino Português Geraldo de Ulhoa Cintra e José Cretela Júnior. São Paulo,
1944. Editora Anchieta Limitada.
Para as referências bibliográficas, foram adaptadas e simplificadas as normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT-NBR6623/1989.
A abreviatura de títulos e periódicos obedecem às listagens do “Index to Dental
Literature”.
i
Abreviaturas
Å: Angström
A.C.: Antes de Cristo
AsGa: Arsenieto de gálio
AsGaAl: Arsenieto de gálio-alumínio
ATP: Adenosina-trifosfato
ADP: Adenosina-difosfato
C: Centígrado
cél: Célula
cels: Células
cm: Centímetro
cm2: Centímetro quadrado
λ: Comprimento de onda
CO2: Dióxido de carbono
DE: Densidade de Energia
DP: Densidade de Potência
DNA: Ácido desoxirribonucléico
f: Freqüência
Φ: Diâmetro do feixe laser
g: Grama
Ga: Gálio
h: Horas
HeCd: Hélio Cádmio
HeNe: Hélio Neônio
Hz: Hertz
InGaAlP: Índio, gálio, alumínio e fósforo
InP: Índio e fósforo
J: Joules
Kg: Kilograma
ii
m: Metro
M: Mol
mg: Miligramo
min: Minutos
mm: Milímetro
m/s: Minutos por segundo
mrad: Miliradiano
MTC: Medicina Tradicional Chinesa
mW: Miliwatts
µm: Micrômetro
Nd:YAG: Cristal de ytrio, alumínio e granada dopado com íons de neodímio
nm: Nanômetros
P: Potência
PONV: Postoperative nausea and vomiting
RNA: Ácido ribonucléico
seg: Segundo
SiO2: Silício cristalizado
TEM: Transversal Eletromagnetic Mode = Modo eletromagnético transversal
TENS: Transcutaneous Electric Nerve Stimulation
W: Watts
°C: Graus Celsius
iii
Resumo
iv
Abstract
v
“Antes de tocar Mozart,
É preciso aprender as notas”
Gerard Zwang
1. Introdução
1
1. Introdução
2
(LUBART et al., 1995; WEBB et al., 1998; ALMEIDA-LOPES et al., 1998b) assim como
aumento da síntese de colágeno por parte dos fibroblastos (ENWEMEKA et al., 1990;
SKINNER et al., 1996). Muitos estudos clínicos têm sido publicados confirmando esses
efeitos observados em laboratório (TRELLES et al., 1989a; BIHARI e MESTER, 1989;
ROCHKIND et al., 1989; BAXTER, 1994; KAMEYA et al., 1995; TANG et al., 1997;
REDDY et al., 1998).
Muitos clínicos têm lançado mão desta ferramenta em sua prática clínica em MTC,
entretanto o que se observa é uma escassa literatura sobre o tema: muito pobre em casuística,
controversa em resultados e com trabalhos publicados de muito baixo rigor científico e
critério de execução. Protocolos sem nenhuma padronização nos são apresentados e
parâmetros de aplicação são praticamente esquecidos nas discussões destes ditos trabalhos
científicos.
A ação dos diferentes comprimentos de onda do laser vem sendo estudada por diferentes
autores. Já se sabe que a ação desses laseres varia segundo a posição que ocupam no espectro de
radiações eletromagnéticas, e que sua ação sobre as células é diferente para os comprimentos de
onda infravermelhos e para os visíveis (KARU, 1988). Entretanto, a resposta clínica não varia
intensamente. Também se sabe que os parâmetros de irradiação, tais como: irradiância, fluência e
intermitência do laser, assim como número total e freqüência de aplicações, são de fundamental
importância para a obtenção dos resultados na medicina tradicional.
O objetivo deste trabalho é buscar na literatura uma padronização mínima de
parâmetros para a utilização deste poderoso “instrumento”, a fim de normatizar minimamente
sua utilização na MTC, começando pela padronização de um nome.
A palavra laser é um acrônimo (do grego, acro significa ponta; extremidade; nomos
significa lei). Acrônimo por definição significa: palavra formada pela inicial ou por mais de
uma letra de cada um dos segmentos sucessivos de uma locução, HOUAISSI, 2001.
Acupuntura por sua vez, vem do latim (acutus: agudo; punctura: ponta). Por isso propomos a
utilização da terminologia: Laserpuntura e não Laseracupuntura neste trabalho, uma vez que o
estímulo do ponto eleito em MTC não é feito com a agulha, nem com a agulha e o laser em
conjunto, e sim apenas com o laser.
3
“Assim que você pensar que sabe
como são realmente as coisas,
descubra outra maneira de olhar para elas”
Robin Willians
2. Revisão da Literatura
4
2.1. Laser
A luz pode ser descrita como uma oscilação eletromagnética, e como tal tem algumas
características que a identificam plenamente.
Essas oscilações também são conhecidas por radiações ou ondas eletromagnéticas, e
dentro dessa classe de ondas, genericamente, existem as que não podemos ver, tais como as
ondas sonoras emitidas por alguém que fala ou canta, as ondas de rádio AM e FM, e existem
aquelas que podemos ver: as luminosas, compostas por fótons, tais como a luz emitida pelas
lâmpadas dos lustres das casas. Estas emissões estão organizadas segundo o que se chama de
espectro de radiações eletromagnéticas, e estão classificadas segundo uma característica
particular: o seu Comprimento de Onda. Esse espectro é composto por radiações
infravermelhas, radiações visíveis, radiações ultravioletas, radiações ionizantes (raios x e raios
gama), além de outros tipos de radiação que não dizem respeito a este trabalho. Os laseres
utilizados para tratamento médico, odontológico e veterinário emitem radiações que estão
situadas na faixa das radiações visíveis, infravermelhas e ultravioleta próximo, não ionizantes.
Para podermos identificar em que parte do espectro está classificada uma determinada
radiação, precisamos conhecer seu comprimento de onda, que nada mais é do que a distância
medida entre dois picos consecutivos desta trajetória (figura 2.1). A unidade utilizada para
expressar essa grandeza é uma fração do metro, normalmente o nanômetro, que é equivalente
a 0,000000001 metros (ou 10-9).
Uma maneira simples de entender o conceito de espectro é observando um arco-íris
(figura 2.2). Este fenômeno natural é formado pela decomposição da luz branca em sete cores
básicas. Estas sete cores, que podemos enxergar, fazem parte do espectro de radiações
eletromagnéticas e são definidas por seus comprimentos de onda. Cada luz tem um
comprimento de onda próprio, e isso acontece com todas as cores básicas. Existem, porém,
outras “cores” que não conseguimos enxergar, mas que podemos sentir seus efeitos.
5
Figura 2.1. Mensuração de um comprimento de onda eletromagnética.
6
O laser nada mais é do que luz e, portanto, tem o comportamento de luz, ou seja, pode
ser refletido, absorvido, transmitido ou sofrer espalhamento. Entretanto é uma luz com
características muito especiais: paralelismo, coerência e monocromaticidade.
O laser é um tipo de luz cujos fótons se propagam sobre trajetórias paralelas,
diferentemente da luz comum, onde fótons de comprimentos de onda diversos são emitidos e
se propagam de forma caótica, em todas as direções. O laser é uma luz coerente, onde os
picos e vales de todas as trajetórias em forma de ondas dos diferentes fótons que a compõem
coincidem em termos de direção, amplitude, comprimento e fase. Difere da luz comum, onde
não existe sincronia entre os fótons emitidos. Todos os fótons emitidos se propagam segundo
trajetórias idênticas, sendo assim, são dispositivos capazes de emitir luz com comprimento de
onda único e definido. De forma simplista, fótons de cor pura.
7
Para a identificação do laser precisamos conhecer sua fonte geradora (caracterizada pelo
meio ativo que vai gerar a luz laser) e sua intensidade (caracterizada pela potência do laser):
do mesmo modo que as lâmpadas residenciais são identificadas por sua potência,
normalmente expressa em Watts, também utilizamos esta unidade (ou fração dela), para
identificar a potência dos laseres (mW = miliWatt = 0,001 Watt).
A última característica relevante dos laseres é referente ao seu regime de
funcionamento, isto é, existem aqueles que quando acionados, permanecem ligados
continuamente até serem desligados (laseres contínuos). Existem outros tipos que funcionam
de forma pulsada ou chaveada (figura 2.4), ou seja, estão parte do tempo ligados e parte do
tempo desligados. Nesta categoria encontramos a maioria dos laseres de alta intensidade.
8
Figura 2.4. Diferentes tipos de emissão de um diodo laser.
9
tipo de estrutura apresenta certas vantagens em relação à homojunção, que são:
• Maior ganho óptico por unidade de volume.
• A radiação laser fica confinada na região onde se produz o ganho óptico,
produzindo-se um efeito de guia de onda por diferença de índices de refração.
Para se obter a ação laser, duas faces do elemento semicondutor são cortadas
paralelamente e polidas, sendo que nas outras duas é necessário que o acabamento seja
rugoso, a fim de evitar que se produza o fenômeno laser entre as mesmas. Freqüentemente as
duas superfícies polidas não são recobertas com revestimentos anti-reflexivos, já que o índice
de refração de um semicondutor é grande, e existe suficiente refletividade (cerca de 35 por
100) na superfície entre o semicondutor e o ar para produzir uma realimentação óptica
aceitável.
A região ativa por onde circula a energia laser tem seção retangular, com dimensões
típicas de 0,5 µm x 10 µm nos laseres de heterounião. O raio laser de saída tem sessão
elíptica, com divergências diferentes no plano paralelo à união e no perpendicular. Com
adequados sistemas ópticos, esta sessão pode ser convertida em circular, mais conveniente
para sua posterior focalização.
É interessante analisar os diagramas potência-intensidade para um diodo laser
convencional. Observam-se dois aspectos relevantes:
• A presença de uma corrente limite, abaixo da qual não se produz o fenômeno
laser.
• A forte correlação entre a resposta do diodo e a temperatura de trabalho.
Com a presente tecnologia de diodos laser, são habituais patamares de densidade de
corrente de ordem de 50 A/cm2 e as potências ópticas máximas estão próximas dos 2000 mW.
As aplicações dos diodos laser são muito variadas, mas se destacam sobretudo aquelas
no campo das comunicações por fibra óptica.
Outras aplicações de interesse são: reconhecimento dimensional, leitura de código de
barras, leitura de compact disk, impressoras de escritório, sistemas de ponteira, aplicações
médicas, entre outras.
10
Figura 2.5.a. Configuração básica de um diodo laser.
11
2.1.2. Aspectos Históricos do Laser
12
um trabalho sobre lesões retinais produzidas pela focalização da luz e com conseqüente perda
de visão.
Em 1961 foi fundado por Leon Goldman, na Universidade de Cincinnati, o primeiro
laboratório de laser para aplicações médicas (GOLDMAN, 1981), onde as primeiras
experiências em animais foram realizadas.
Em 1962 Patel desenvolveu o primeiro laser que posteriormente seria usado com
finalidade terapêutica, um hélio-neônio (He-Ne) com comprimento de onda de 632,8 nm
(PÖNTINEN, 1992).
Na antiga União Soviética, diferentes cientistas trabalhavam simultaneamente no
desenvolvimento do laser. Basov e Prokhorov fizeram grandes progressos nessa tecnologia e
junto com Townes ganharam o Premio Nobel de 1964.
Em 1966, as primeiras aplicações clínicas com laser operando em baixa potência foram
relatadas por Endre Mester de Budapeste, Hungria, que apresentou os primeiros relatos de casos
clínicos sobre “Bioestimulação com Laser” de úlceras crônicas de membros inferiores usando
laseres de rubi e de argônio, tendo publicado seus primeiros artigos em 1966 (MESTER, 1966).
Ele produziu um grande volume de trabalhos científicos, clínicos e experimentais, tendo o laser
de He-Ne como tema central.
Os laseres terapêuticos mais utilizados nas décadas de 70 e 80 foram os de He-Ne com
emissão na região do vermelho. Nesta região do espectro eletromagnético, a radiação laser
apresenta pequena penetração nos tecidos biológicos, o que limitava a sua utilização. Para a
aplicação desse tipo de laser em lesões mais profundas, era necessária uma fibra óptica para
guiar a radiação para o interior do corpo do paciente, limitando e contra-indicando muitas vezes
esse tipo de terapia, por ser uma técnica invasiva. Outra limitação dos laseres de He-Ne era sua
grande dimensão e também o fato de seu meio ativo estar contido por ampolas de vidro que
poderiam romper-se facilmente, além do gás hélio permear rapidamente a parede da ampola,
reduzindo drasticamente o tempo de vida destes aparelhos.
Em 1973, seguindo a mesma linha de Mester, Heinrich Plogg de Fort Coulombe,
Canadá, apresentou um trabalho sobre “O uso do laser em acupuntura sem agulhas”, para
atenuação de dores (BAXTER, 1994). A partir do final dessa década começaram a ser
desenvolvidos diodos laseres semicondutores, dando origem ao primeiro diodo operando na
região do infravermelho próximo (λ = 904 nm), constituído de um cristal de arseneto de gálio
(As-Ga). As vantagens dele sobre o He-Ne é que, além da menor dimensão, apresenta maior
penetração no tecido biológico. Outra vantagem é que este dispositivo pode operar de forma
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contínua ou pulsada, enquanto que o He-Ne só opera em modo contínuo. O efeito da foto-
bioestimulação com laser pulsado foi tema de diferentes trabalhos, sendo que MORRONE et
al., em 1998, demonstraram que para aplicações in vivo a radiação contínua apresenta melhores
resultados que a radiação pulsada.
Em 1981, apareceu pela primeira vez o relato da aplicação clínica de um diodo laser de
As-Ga-Al, publicado por Glen Calderhead, do Japão, que comparava a atenuação de dor
promovida por um diodo laser e o laser de Nd:YAG (Cristal de ytrio, alumínio e granada
dopado com íons de neodímio), operando em 1064 nm (CALDERHEAD, 1981).
No mesmo ano se concedeu o Prêmio Nobel a Schawlow, Bloemberger e Siegmahn, por
seus estudos em espectroscopia aplicada a tecnologia laser (GOLDMAN, 1991).
A partir dos anos 90, diferentes dopantes foram introduzidos na tecnologia para
obtenção de diodos laser gerando uma larga faixa de comprimentos de onda. Com estes
dispositivos hoje se podem ter aparelhos pequenos, de fácil transporte e manuseio, com alta
durabilidade e baixa freqüência de manutenção além de baixo custo.
14
Aliado à característica de baixo rendimento óptico, existe ainda o fato de que este
comprimento de onda é altamente absorvido por tecido mole, o que compromete muito a
penetrabilidade da luz.
Estas limitações técnicas impuseram a necessidade de se buscar laseres de baixo custo,
com níveis de potência superiores e com comprimentos de onda que pudessem atravessar o
tecido mole, sem, contudo comprometer a integridade destes tecidos. Isso foi possível com o
surgimento dos laseres de diodo, que são dispositivos eletrônicos relativamente simples e de
baixo custo.
Os laseres de diodo mais utilizados em Fisioterapia têm como meio ativo o composto de
AsGaAl, com comprimento de onda variando entre 760 e 850 nm (o mais utilizado atualmente
é o de 830 nm), que está situado fora da faixa visível do espectro de luz, mais precisamente na
faixa do infravermelho próximo, com potência variando entre 20 e 400 mW.
Outro tipo de meio ativo utilizado é o composto de InGaAlP, que produz luz com
comprimento de onda variando entre 635 e 690 nm, que está situado dentro da faixa visível do
espectro de luz, mais precisamente na região da cor vermelha, com potência variando entre 1
e 50 mW. A luz gerada por este tipo de emissor tem as mesmas características descritas para o
emissor de gás He-Ne e, portanto, as mesmas limitações em termos de penetrabilidade.
15
como alta energia, causando inclusive dano no tecido alvo. Se o mesmo laser for focalizado
sobre uma área de 8 cm2, (Φ = 0,4 mm), a irradiância será aumentada em 8 vezes,
possivelmente gerando dano térmico ao tecido. Se neste segundo caso, o tempo de exposição
for reduzido a 1 milisegundo (0,001 seg.), então a fluência decresce drasticamente atingindo
valores da ordem de 8 J/cm2, valores tipicamente utilizados em terapia com laser de baixa
intensidade.
A fluência é um conceito fundamental na biomedicina. O jargão da medicina é a dose.
Em antibioticoterapia, por exemplo, para que se obtenha determinado efeito medicamentoso, a
dose terapêutica administrada é fundamental, ou seja, se é prescrita uma dose muito baixa de
determinado medicamento por quilograma peso do paciente, não se obtém o resultado esperado.
Se ao contrário, prescreve-se uma dose muito alta do mesmo medicamento, pode-se levar o
paciente a uma intoxicação, ou mesmo a um choque anafilático. Da mesma forma é feita a
prescrição em terapia com laser de baixa intensidade: doses muito baixas não causam efeitos
satisfatórios nos tecidos, enquanto que doses muito altas em tecido mole, podem levar a uma
inibição do processo cicatricial. A fluência equivaleria então a quantidade de energia necessária
para ativar um determinado número de moléculas suficientes para levar o tecido a reagir de
alguma maneira. Essa quantidade de energia vai estimular o tecido cada vez que o excitem com
laser.
16
passar e ir agir em um alvo instalado na intimidade tecidual (geralmente a membrana celular).
A isso denominamos “seletividade” do laser. Uma vez absorvida a energia por parte de uma
célula, a energia se converterá em outro tipo de energia. Quando utilizamos os laseres
operando em alta intensidade de energia, na maioria das vezes, essa energia se converterá em
calor. Quando utilizamos os laseres operando em baixa intensidade de energia, os
comprimentos de onda baixos são capazes de excitar eletronicamente as moléculas, enquanto
que para os comprimentos de onda maiores haverá uma vibração celular através da excitação
da membrana celular.
Figura 2.6: Coeficientes de absorção para diferentes tecidos em função do comprimento de onda,
proposto por JACQUES em 1995.
17
resultados no tratamento de feridas e úlceras abertas, estimulando seu processo de cicatrização.
Porém, com o passar do tempo, essa terapia começou a ser utilizada não só para estimular e
acelerar processos, mas também para detê-los. MESTER (1969) escolheu a terminologia
“Bioestimulação” porque ele basicamente utilizava essa terapia para acelerar o processo de
cicatrização em úlceras varicosas e de decúbito. Entretanto, essa terapia passou a ser utilizada
muitas vezes buscando-se efeitos antagônicos no tecido biológico: foi utilizada para remover
excessos de pigmento, mas também para restaurar a falta deles (SASAKI e OHSHIRO, 1989);
para tratar cicatrizes deprimidas, mas também cicatrizes hipertróficas (STRONG, 1997); para
aliviar a dor, mas também para fazer com que a sensibilidade voltasse a instalar-se em áreas de
parestesia ou paralisia (ROCHKIND et al., 1989); para controlar hipotensão, mas também para
tratar hipertensões (ASAGAI et al., 1998). A partir de estudos clínicos e laboratoriais pôde-se
concluir que essa terapia não somente acelerava determinados processos, mas também retardava
outros, ou simplesmente modulava outros tantos. Os autores começaram então a entender que
nesse tipo de terapia o laser desempenhava um papel de normalizador das funções celulares e
OSHIRO e CALDERHEAD em 1991, propuseram o nome de “Balanceador e Normalizador de
funções”.
A energia dos fótons de uma radiação laser absorvida por uma célula será transformada
em energia bioquímica e utilizada em sua cadeia respiratória. TINA KARU, em 1988,
descreveu um mecanismo de ação diferente para os laseres emitindo radiação no visível e no
infravermelho próximo (Fig. 2.1).
A luz laser visível induz uma reação foto-química, ou seja, há uma direta ativação da
indução de síntese de enzimas (BOLOGNANI et al., 1993; OSTUNI et al., 1994; BOLTON et
al., 1995), e essa luz tem como primeiro alvo os lisossomos e as mitocôndrias das células.
As organelas não absorvem luz infravermelha, apenas as membranas apresentam
resposta a este estímulo. As alterações no potencial de membrana causadas pela energia de
fótons no infravermelho próximo (PASSARELA et al., 1984) induzem efeitos foto-físico e foto-
elétrico, causando excitação de elétrons, vibração e rotação de moléculas ou rotação de partes
delas como um todo, que se traduzem intracelularmente com um incremento na síntese de ATP
(COLLS, 1986).
O mecanismo de interação do laser em nível molecular foi descrito primeiramente por
KARU (1988). Os incrementos de ATP mitocondrial (PASSARELA et al., 1984; POURREAU-
18
SCHNEIDER et al., 1989; FRIEDMANN et al., 1991) que se produzem após a irradiação com
laser, favorecem um grande número de reações que interferem no metabolismo celular (Fig.
2.1). Em estados patológicos, o laser interfere no processo de troca iônica, acelerando o
incremento de ATP (KARU et al., 1991a; YOUNG et al., 1990; LUBART, et al., 1992b;
LOEVSCHALL E ARENHOLT-BINDSLEV, 1994; LUBART et al., 1996; LUBART et al.,
1997).
Figura 2.7: Modelo de KARU modificado por SMITH. Ação foto-química do laser visível na
cadeia redox da mitocôndria. Ação foto-física do laser infravermelho na membrana celular.
Ambos desencadeiam respostas celulares, que geram uma cascata bioquímica de reações.
Os laseres utilizados nesse tipo de terapia estão situados na porção visível do espectro
das radiações eletromagnéticas, bem como no infravermelho próximo. Os comprimentos de
onda mais utilizados estão entre 600 e 1000 nm, estes comprimentos de onda são relativamente
pouco absorvidos e consequentemente apresentam uma boa transmissão na pele e nas mucosas
(RIGAU, 1996).
19
O significado biológico e clínico da coerência ainda não está bem definido. Alguns
autores como KARU em 1987, baseados em achados em cultura de células e de bactérias,
demonstraram que a coerência não é importante. Outros autores como YOUNG et al., 1990, da
equipe de MARY DYSON, trabalharam com cultura de células utilizando linhagem de
macrófagos e fibroblastos e demonstraram efeitos foto-bioestimulativos significativos
utilizando igualmente fontes de luz não-coerente. Também SVAASAND, em 1990, demonstrou
que a absorção de fótons advindos das radiações de laser de baixa intensidade por parte de um
sistema biológico, em condições de homeostase, são de natureza não-coerente. A coerência da
luz perde-se nos primeiros estratos da pele, devido ao fenômeno de dispersão da luz, antes que
se produza a absorção dos fótons por cromóforos como a melanina, hemoglobina, porfirinas,
citocromo oxidase, entre outros, e não é essencial in vivo, como demonstraram PARRISH,
1980; JORI, 1980; ANDERSON e PARRISH, 1982; MCKINLEY et al., 1988; HAZEKI e
TAMURA 1989; YOUNG et al., 1990; TERRIBILE et al., 1992 e LUBART et al., 1995. Dessa
forma conclui-se que os efeitos biológicos dos laseres de baixa intensidade dependem
principalmente de sua monocromaticidade (MESTER et al., 1978; BERKI et al., 1988; KARU
1987; KUBOTA et al. 1989; BIHARI e MESTER, 1989) e da fluência (SHIROTO et al., 1989;
LUBART et al., 1992a; AL-WATBAN e ZHANG, 1994; WEI YU et al., 1994; KARU, et al.,
1996), assim como da fase de crescimento celular em que as células receberam a irradiação
(KARU et al., 1995).
Os diodos laseres e o laser de He-Ne rotineiramente utilizados em aplicações clínicas
com finalidade bioestimulativa, e não inibitória, operam bem abaixo de 1 W, o miliwatt (mW =
0,001 W) é mais comumente utilizado para especificar a irradiância nesses sistemas. A
irradiância média situa-se entre 0,01 e 100 mW/cm2, enquanto que a fluência entre 0,1 e 10
J/cm2 (TRELLES et al., 1989a ; 1989b; MESTER e MESTER, 1989; ROCHKIND et al., 1989;
TERRIBILE et al., 1992; WEI YU et al., 1994; BOLTON et al., 1995; ALMEIDA-LOPES et
al., 2001).
Para os laseres com emissão intermitente (pulsados e chaveados), alguns autores
(DYSON et al., 1991; KARU et al., 1997) especificaram que diferentes freqüências produzem
diferentes efeitos biológicos. Em 1996, EL SAYED e DYSON apresentaram um estudo in vitro
sobre o efeito da média de pulso e pulso de duração sobre o número de mastócitos e sua
degranulação. Os autores observaram que o aumento do número de mastócitos não foi
dependente da freqüência de pulso, enquanto que sua degranulação foi.
Quando os experimentos são feitos in vitro, por exemplo em cultura de células cujos
cultivos apresentem-se em monocamadas, a luz laser incide e conserva sua polarização e
20
coerência. Ali sim, esses fatores podem ser determinantes nos resultados biológicos gerados.
A absorção de fótons por parte da célula, seja diretamente por captação pelos
crómoforos mitocondriais ou por ação em sua membrana celular, produz estimulação ou
inibição de atividades enzimáticas e de reações foto-químicas. Estas ações determinam
alterações foto-dinâmicas em cascatas de reações e em processos fisiológicos com conotações
terapêuticas (FUNK et al., 1992; LOEVSCHALL e ARENHOLT-BINDSLEV et al., 1994;
LUBART et al., 1997).
21
Existe ainda sua indicação no tratamento de doenças sistêmicas com manifestação
bucal, como o Líquen-Plano e as Mucosites de modo geral, bem como as auto-imunes como o
Lupus Eritematoso e o Pênfigo Vulgar (ALMEIDA-LOPES, 2002; ALMEIDA-LOPES &
MASSINI, 2002). A manifestação bucal dessas doenças são lesões ulceradas, com exposição do
conjuntivo e, portanto, extremamente dolorosas. Essas doenças não têm cura e causam grande
desconforto ao paciente quando os mesmos estão em surto. Elas aparecem ciclicamente e, por
ocasião do surto, o paciente sente muita dor e desconforto: é necessária a utilização de
medicação analgésica potente para o paciente poder deglutir e alimentar-se. Além disso, essas
lesões comprometem esteticamente o paciente, daí a grande indicação do laser de baixa
intensidade para o tratamento durante sua cicatrização. Pelas mesmas razões, existe hoje uma
grande indicação para o tratamento de pacientes imunodeprimidos com Mucosites, causadas
pós-radioterapia ou pós-infusão medular. Seu uso está tão amplamente difundido que já
tratamos dessas lesões preventivamente (BENSADOUN et al., 1999), imediatamente antes da
infusão medular, para minimizar as reações adversas em mucosa, pós-infusão medular.
Em medicina utiliza-se essa terapia para melhorar a cicatrização no tratamento de
queimados e de pacientes que receberam algum tipo de enxerto ou retalho, ativando a
vascularização dessas regiões. Também é utilizada para o tratamento de dores agudas e crônicas
de diversos tipos (KERT e ROSE, 1989) e aquelas causadas por herpes genitais e em pós-
operatórios diversos em ginecologia, dermatologia e cirurgia plástica. Também é freqüente sua
utilização em medicina do esporte e em fisioterapia em pacientes que sofreram trauma
esportivo, devido ao seu emprego com sucesso em quadros de distensões, contraturas
musculares, lesões por esforços repetitivos (LER), artrites, artroses entre outros (TUNÉR e
HODE, 2010).
22
2.2. Acupuntura
23
2.2.2. Práticas Terapêuticas orientais utilizadas em MTC
2.2.2.2. Moxibustão: técnica pela qual a moxa (Artemisia vulgaris), com ou sem
ervas, é submetida á combustão, acima ou sobre a pele, mais frequentemente sobre os
acupontos (JIRUI e WANG, 2008), ativando o fluxo de tchi. Também é muito utilizada para
expulsar o frio dos canais.
2.2.2.3. Ventosa: técnica que se utiliza de copos que produzem vácuo sobre uma
determinada região através de uma pressão negativa, promovendo assim a superficialização
sanguinea, com isto a estagnação do sangue é desfeita. Muitas vezes também é utilizada para
promover a sangria da região.
24
2.2.2.7. Feng Shui: estudo das moradias tem como objetivo harmonizar o local onde
trabalhamos ou moramos. Esta prática pode ser utilizada para escolher o local onde se vai
adquirir u imóvel, onde se vai construí-lo, ou até mesmo para se definir o tipo de construção.
2.2.2.8. I Ching: técnica cabalística que tende, através da sabedoria dos hexagramas e
sua interpretação, mostrar as opções do caminho a seguir.
O mais antigo livro de medicina que ainda hoje se mantém em uso é o "HUANG DI
NEI JING" (Tratado de Medicina Interna do Imperador Amarelo), tendo sido encontrado um
exemplar, em escavações arqueológicas, datado de cerca de 500 a.C. Atribui-se sua autoria a
HUANG DI (Imperador Amarelo), que em realidade é o título e não o nome pelo qual ele era
chamado.
HUANG DI foi um dos três imperadores míticos da China. Os outros dois foram FU SHI, a
quem se atribui a criação das trigramas - a primeira escrita chinesa - e o "YI JING" (ou "I
Ching", como é mais conhecido), e SHEN NONG, a quem se atribui o ensino da agricultura.
São míticos porque não há registros históricos de sua passagem, apenas a tradição oral.
HUANG DI teria sido o unificador da China e reinado de 2690 a 2590 A.C,
aproximadamente.
25
O "HUANG DI NEI JING" é dividido em dois volumes: "SOU WEN" e "LING SHU".
O primeiro é referido como sendo o “Livro das Patologias” e o segundo como o “Livro da
Acupuntura”. Portanto, podemos assegurar uma história escrita de pelo menos 2.500 anos à
MTC. Se considerarmos verdadeira sua autoria, poderíamos ampliar isso para 4.500 anos.
Hipócrates, conhecido por ser o “Pai da Medicina” (Ocidental), viveu por volta de 500 A.C., o
que justifica dizer que o livro que trata de MTC seria a mais antiga obra de medicina (mesmo
que Oriental. O mais incrível é que ainda está em uso hoje, pois toda a literatura a respeito faz
referência ao "NEI JING".
No Brasil, a MTC foi trazida principalmente pela imigração japonesa que aqui
introduziu o Shiatsu e a Acupuntura, há cerca de cem anos. A fitoterapia chinesa e o tchi kun
foram introduzidos posteriormente, pela imigração chinesa. Mas estas técnicas só começaram
a ser amplamente divulgadas após a criação do Instituto Brasileiro de Chi Kung.
26
2.2.3.1. Filosofia Taoísta
Tao é tudo o que existe e ao mesmo tempo nada. É o princípio da unicidade. A palavra
Tao pode ser traduzida de diversas formas. Literalmente, significa: falar, dizer ou conduzir.
Poderia ser traduzida como "orientação da mente" ou "o caminho para a mente espiritual". Ou
como alguns autores preferem: "o caminho para a imortalidade". Segundo Lao-Tsé: "O Tao
que pode ser definido, não é o Tao Eterno".
Lao-Tsé ensina que o Tao (Caminho) não passa de um termo aceitável para que fora
melhor chamado "o Inominado".
Dizer que ele existe equivale a dizer que não existe, apesar do vazio ser a sua
verdadeira natureza. Dizer que não existe é excluir a plenitude permeada por ele. As palavras
limitam, e o Tao não tem limites. É T’ai Hsu (o Grande Vazio), isento de características, auto-
existente, indiferenciado vasto, mas presente todo inteiro numa semente. É também T’ai Chi
(a Causa Final, a Mola Mestra do Cosmos). E ainda T’ai I (o Grande Modificador), suas
mutações não conhecem termo. Apreendido pela visão limitada do homem, é também T’ien (o
Céu), fonte do governo e ordem. É a Mãe do Céu e da Terra, e nada existiria sem seu
alimento.
27
Essa concepção do Tao torna-o muito maior que Deus, de maneira que os deístas
asseguram estar o criador para sempre separado de suas criaturas. O cristão, embora aspire
viver diante da face de Deus, jamais sonharia em ser um Deus! Assim, Deus é menos que
infinito e exclui aquilo que não é Deus. Para o Taoísta nada está separado do Tao.
YIN E YANG
MUDANÇAS CÍCLICAS
VEIAS DE DRAGÃO
São linhas invisíveis, que fazem a união do Yang puro, e do Yin puro, correndo do céu
para as montanhas e destas para a terra, sua função é similar a dos canais energia do corpo
humano que tanta importância tem para a acupuntura e o tchi kun.
Os taoístas observaram que em certos lugares existem essas veias de dragão, por onde
flui Yang tchi (vitalidade Cósmica) que vai ao encontro de Yin tchi (vitalidade da Terra). Tais
veias podem ser observadas por indivíduos treinados na ciência do Yin e Yang. Da noção das
veias de dragão originou-se a ciência do Feng Shui (vento e água). A localização de novas
moradas, assim como o local das sepulturas, são escolhidos de acordo com essa ciência, para
se tirar o máximo proveito do fluxo de vitalidade cósmica e assegurar o correto equilíbrio do
Yin eYang.
OS TRÊS TESOUROS
28
WU WEI
Um taoísta dedicado é alguém que procura viver o mais possível de acordo com a
Natureza: contemplação de seus caminhos, reconhecimento de sua adequação e consciência de
que tudo nela é bom porque é essencial ao Único.
SERENIDADE
Está inscrita na entrada de todos os mosteiros, escavada nas rochas, pintada nas
paredes, e é proferida por todos os mestres e incluída em qualquer livro direta ou
indiretamente, ligado ao cultivo do Caminho. Ë o estado mais importante para ser um Taoísta.
Nada poderia existir sem ela. A própria ciência Ocidental se baseia em diversos
conceitos de energia, e para isso utiliza-se de nomes como: energia solar, térmica, eólica,
sonora, luminosa, ATP, ADP de combustão e etc. Dentro das práticas Orientais, sejam elas
filosóficas, marciais ou terapêuticas, utilizamos a palavra tchi (que pode ser escrito chi, ki, qi)
para expressar energia. O tchi é invisível, mas todos sabem que ela existe e está presente. Sua
parte material é o sangue (xue). O tchi transforma-se o tempo todo, portanto ele é mutável.
Newton já dizia em seus tratados científicos: "Nada se perde, nada se ganha, tudo se
transforma". Esta frase também pode ser aplicada à MTC. O tchi está em constante mutação
da energia do céu (Yang) para energia da terra (Yin). São estas transformações que fazem as
estações mudarem, o ser humano crescer, existir o calor e o frio, o dia e a noite, o homem e a
mulher, a ação e a não ação, entre outras transformações.
Nos seres vivos estas energias fluem por canais (meridianos), é como se a água de um
rio fosse o tchi e o rio os meridianos. Nos seres vivos o tchi recebe diversas denominações de
acordo com suas funções: Yuan Qi - Tchi original; Jing – essência; Jing Qi Inato - energia
herdada de nossos pais; Jing Qi Adquirido - este é adquirido através da alimentação e da
respiração; Gu Qi - tchi dos alimentos; Kong Qi - origina-se no ar que respiramos através dos
29
pulmões (Fei), Zhong Qi - o Baço envia o Gu Qi aos pulmões, que reage com Kong Qi
absorvido e forma o Zhong Qi; Zhen Qi - o tchi verdadeiro.
30
Através desta teoria, podemos compreender as influências da força da natureza na vida do
homem, no meio ambiente e no relacionamento do homem para com ele mesmo. Esta teoria
determinou um ciclo (figura 2.9). Podem-se observar algumas classificações envolvendo essas
cinco energias na tabela 2.1:
Crescimento e
Germinação Crescimento Transformação Colheita Armazenagem
Desenvolvimento
31
2.2.3.5. Teoria dos Meridianos
A teoria dos Meridianos pressupõe que no organismo existem canais e colaterais que
distribuem o tchi pelas diversas camadas e pelos Zang/Fu. O termo correto para os canais e
colaterais de acordo com a MTC é Jing Luo.
O sistema de canais e colaterais é composto de 12 canais regulares (jing mai), oito canais
extras (qing jing mai) e 15 meridianos colaterais (luo mai). Subordinado aos 12 canais
regulare, estão 12 canais divergentes (jing bie), os 12 meridianos tendineo-musculares (jing
jin) e os 12 meridianos das zonas cutâneas (Pi bu).
PONTOS DE ESTÍMULO
São regiões por onde se podem harmonizar os meridianos. Estes pontos têm características
próprias e ações fisiológicas características.
Os pontos dos cinco elementos são pontos de abertura que correspondem aos elementos,
facilitando a interação energética do elemento com ele mesmo e com os outros. Portanto, são
cinco que situam-se entre os cotovelos e as mãos e entre os joelhos e os pés.
• Pontos Ting (Nascente) – estão situados nas extremidades dos dedos, correspondem ao
elemento madeira para os Zang Yin e ao elemento metal para os Fu Yang.
32
• Ponto Ho (Lago) – estão situados próximos as articulações dos cotovelos e joelhos
Correspondem ao elemento água para os Zang Yin e ao elemento terra para os Fu
Yang.
2.2.4. Acupuntura
33
No entanto, a tradução literal do termo chinês é bem diferente: o correto seria:
“ZHEN” = agulha e “JIU” = moxa, ou seja, longo tempo de aplicação do fogo. A tradução
causa a impressão de que o terapeuta só trabalha com agulhas. O pontos e meridianos também
podem ser estimulados por outros tipos de técnicas.
34
• Moxa = bastão de artemísia em brasa, que é aproximado da pele para aquecer
o ponto de acupuntura.
35
2.3. Laserpuntura
2.3.1. Introdução
36
relatados no experimento anterior) aplicadas em ambos os lados da base da cauda (os autores
consideravam que esse local corresponderia ao ponto VG 1), durante 1 min. Outros dois
grupos eram testados: um com eletroacupuntura (utilizando agulhas estimuladas por uma
corrente elétrica) e outro controle, com aplicação de injeção de morfina. A laserpuntura não
aumentou o tempo para o reflexo de tail-flick, embora os outros dois grupos apresentaram
resultado positivo.
Acreditamos que a dose de laser utilizada, assim como sua irradiância em ambos os
trabalhos tenham sido insuficientes, uma vez que, embora os parâmetros dos laseres utilizados
estivessem incompletos e não tenhamos podido analisar seguramente a dose depositada, nos
pareceu que foi insuficiente. Também sabemos que o laser vermelho, continuo e de baixa
irradiância, que são características do laser de HeNe não é o mais indicado para alívio de dor.
Já outros autores (KILDE e MARTIN), em 1989, em um experimento desenhado com
um equipamento de potência similar, trabalharam em modelo de estudo animal em cavalos,
para tratamento de alívio de dor crônica no dorso do animal, aplicaram tratamentos com
duração de 2 min., semanalmente, durante 11 semanas, em acupontos de modelo animal
eqüino, com os seguintes parâmetros de laser: 904 nm, 0,3 mW, 360 Hz). Foram utilizados 14
animais, e de todos os animais tratados, 11 tiveram alívio. Este resultado foi similar ao
segundo grupo, onde os animais foram tratados com acupuntura tradicional com agulhas e
também ao grupo controle, onde utilizaram injeção salina sobre os acupontos.
Acreditamos que os poucos estudos em animais que estão relatados na literatura são
contraditórios, pouco confiáveis de difícil reprodutibilidade, uma vez os modelos de estudos
não reproduzem a realidade clínica de humanos.
37
2.3.3.1. Tratamento para alívio da dor
38
LUNDERBERG et al., em 1987, e no de KRECZI e KLINGLER, em 1986. No primeiro
trabalho, os autores usaram um laser de 632,8 nm, de 0,07 mW e um de 904 nm, de 0,07 mW,
trabalharam em modelo de tail-flick em calda de rato, obtendo sucesso nos grupos tratados
com laserpuntura, mas usando os mesmos parâmetros em pacientes portadores de ombro de
tenista, os resultados foram negativos. Será que a dose ideal para tratamento em ratos, seria
baixa ou insuficiente para o tratamento de humanos (adultos esportistas). Isto é um ponto
importante a ser discutido, uma vez que em farmacologia, temos a questão dos resultados
esperados com determinada droga serem dependentes da dualidade: peso do paciente e
quantidade da droga. Outro estudo de 1986, usando um laser de He-Ne de 2 mW relatou êxito
no tratamento de alívio de dor espinal tratando acupontos localizados nas costas, onde a pele é
grossa e a transmissão da luz laser é limitada (KRECZI e KLINGLER).
Estes estudos demonstram que “a qualidade das evidências não deve ser medida pelo
método pelo qual o resultado foi obtido, mas sim pela sua força ou fraqueza (BLACK, 1998).
Assim, muitos estudos na literatura, assim como estes, embora tenham sido bem desenhados
em outros aspectos, são inconclusivos e não podem ser considerados relevantes, uma vez que
no concernente aos parâmetros laser são bastante contestáveis, já que justamente estes
parâmetros são variáveis de primeira ordem e, portanto, determinante dos resultados obtidos.
Paradoxalmente, ZHOU, em 1984, relatou em seu trabalho de maneira mais minuciosa
os parâmetros do laser utilizado (632,8 nm, 2,8 a 6,0 mW, diâmetro do spot: 1,5-2,0 mm) para
extração dental e de cirurgia oral menor. No pré-operatório, 1-5 min. de laser foram aplicados
em um de três pontos faciais (E 1, E 6, ou ID 18) determinado pela natureza do procedimento
e localização, e então o laser era irradiado no acuponto IG 4 (localizado entre o primeiro e
segundo metacarpo) durante a duração da cirurgia (10-70 min.). Nenhum dos 610 pacientes,
receberam anestesia nem sedativos, e o autor relata um impressionante e espantoso êxito com
taxa de sucesso > 95%. O mesmo autor, em 1988, relatou em seu estudo enorme, com 7.000
pacientes, êxito na utilização de um laser de CO2 (100 mW) neste tipo de estudo.
Além dos problemas detectados em trabalhos com relação a pobreza de detalhes em
relação aos parâmetros do laser, temos em alguns a inequívoca atribuição de resultados
positivos á laserpuntura comprometida pelo desenho no estudo. CECCHERELLI et al., em
1989, aos irradiou acupontos sistêmicos com laser, mas mesclou seu tratamento com
manopuntura, enquanto que NAESER et al., 2002, combinou laserpuntura com TENS (do
inglês: transcutaneous electric nerve stimulation) para tratar dor na Síndrome do Túnel do
Carpo. Nestes estudos, obviamente o resultado positivo não pode ser atribuído
exclusivamente aos efeitos da laserpuntura.
39
A laserpuntura também foi testada em auriculopuntura. Em um estudo de1990, KING
et al., trabalharam com um laser de He-Ne em limiar de dor. Os resultados mostraram que a
auriculoterapia com laser pode aumentar o limiar de dor e os autores a colocam como uma
possível indicação para pacientes intolerantes à acupuntura tradicional com agulhas.
Em um estudo curioso, IRNICH et al., em 2002, estudaram pacientes portadores de
dor crônica cervical e utilizaram a laserpuntura como grupo controle no desenho deste estudo,
onde o grupo considerado tratado era submetido à acupuntura tradicional com agulhas.
Em 2005, EBNESHAHIDI et al., trataram pacientes com dor de cabeça causada por
tensão crônica. O trabalho foi bem desenhado e os parâmetros do laser utilizado foram muito
bem descritos. Foi utilizado um laser infravermelho, CW, durante 43 seg. em cada acuponto
(830 nm, 39 mW/cm2, 1,3J, 13J/cm2). Para o grupo controle, o laser foi aplicado desligado,
para verificação de efeito placebo. A laserpuntura foi considerada efetiva no tratamento desta
enfermidade.
40
ainda gera muita controvérsia.
Há situações ainda passíveis de muita discussão. Por exemplo, o fato de haver grande
controvérsia no sentido de haver ou não efetiva ação da acupuntura tradicional com agulhas
no tratamento anti-emético em pacientes no pós-operatório cirúrgico - PONV (VICKERS,
1996). Os próprios usuários da técnica contestam sua ação. Entâo, como haveria de se esperar
resultados favoráveis com a laserpuntura nesses pacientes? É surpreendente então que se
elabore um estudo nesse sentido. Mas foi o que ocorreu em 1999, quando LEE e DONE
apresentaram resultados negativos para esses pacientes tratados com laserpuntura.
Com o passar do tempo verificamos que os autores ficaram muito mais criteriosos, e a
partir do ano 2000, os trabalhos relatam de forma muito mais bem documentadas todas as
variáveis de primeira ordem do ponto de vista de delineamento do experimento, como
veremos nos trabalhos sumarizados a seguir.
No tratamento da osteoartrite de joelho, a laserpuntura provou sua eficiência em 2007,
em um estudo bastante criterioso e muito bem delineado, executado por YURTKURAN et al.,
onde seu grupo tratou de pacientes com um laser infravermelho (904 nm, 10 mW/cm2, 4 mW,
spot size de 0,4 cm2, dose de 0,48 J, 120 seg.) e verificou que no grupo tratado, os pacientes
apresentaram redução do edema periarticular quando comparado ao grupo placebo.
Por outro lado, na mesma década, em 2006, a laserpuntura foi utilizada por AIGNER
et al., para tratar injurias lombares da espinha cervical. O protocolo aplicado no tratamento de
tais injúrias envolvia além da laserpuntura, colar cervical mais terapia medicamentosa. O
grupo controle era considerado o grupo que recebeu todos os tratamentos, mas com o laser
desligado (para descartar um possível efeito placebo). Um laser de HeNe de 5 mW foi
utilizado em 22 pontos de acupuntura e concluiu-se que a laserpuntura foi ineficiente.
Estamos em 2010, o laser de He Ne já não é utilizado há cerca de uma década. Com o advento
dos laseres de diodo vermelho, este tipo de laser foi abandonado, e sequer existem empresas
no Brasil que façam manutenção destes equipamentos. Hoje se sabe que uma potência desta
ordem (5 mW) é absolutamente ineficaz, e os equipamentos que a utilizam limitam-se a
ponteiras para projeção em salas de aula, ou equipamentos para leitura de código de barras em
supermercado. A própria questão do protocolo de 20 pontos é contestável, pois em acupuntura
tenta-se utilizar o menor número de pontos possíveis. Outra agravante contra a credibilidade
do delineamento deste trabalho é o protocolo de mesclas entre: terapia complementar,
mecânica e medicamentosa.
41
“Faça as coisas o mais simples que você puder,
porém não as mais simples”
Einstein
3. Proposição
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3. Proposição
1. 2. Padronizar um nome adequado para a técnica de tratamento com acupuntura cujos estímulos
aplicados no acuponto são através da irradiação com laser de baixa intensidade.
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“Os homens se distinguem pelo que aparentam
E se assemelham pelo que escondem
Os abismos são muito parecidos:
As vegetações que os cobrem é que são diferentes”
Paul Valery
4. Material e Métodos
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4. Material e Método
4.1. Material
Por tratar-se de uma Revisão Bibliográfica fizemos uso de dados obtidos a partir da
literatura compulsada.
Foram utilizados livros base de laserterapia, livros base de acupuntura e foram
revisados artigos nas bases de dados da PubMed, Med Line, Ciscopus, ISI e Scielo,
compreendidos no período de 1984 até 2010.
4.2. Método
Os artigos compulsados foram lidos, tiveram seus dados copilados e foram discutidos.
Tabelas foram elaboradas com os parâmetros que julgamos necessários quando da descrição
de um tratamento com laser, quais sejam: comprimento de onda utilizado, potência do
equipamento, irradiância utilizada no tratamento, dose e fluência utilizados nos pontos de
tratamento, número de acupontos e número de sessões de tratamento.
Os parâmetros obtidos foram normatizados e foram geradas tabelas para análise e
respectiva discussão.
45
“Quando se elimina o impossível,
o que sobra, por improvável que seja,
Deve ser a verdade”
5. Resultados
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5. Resultados
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Tabela 5.1: Literatura compulsada – Estudos em Laserpuntura que apresentaram resultados
desfavoráveis.
Referência Números Estudo Grupo
Bibliografia Assunto Parâmetos do Laser de cego contro
acupontos le
Comprimento Potência Frequênci Diâmetro Tempo de
de onda (nm) (mW) a (Hz) do spot tratamento
(mm) (s)
TANDON et Asma 632.8 5.6 CW 1 13a 10-20 >8 incluindo Sim Sim
al,1991 pontos
autriculares
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Tabela 5.2: Literatura compulsada – Estudos em Laserpuntura que apresentaram resultados
favoráveis.
ZHOU Y-C, Analgesia 632.8 2.8-6.0 CW 1.5 2.0 300 2/4 Não Não
1984 dental
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“Quando se elimina o impossível,
o que sobra, por improvável que seja,
Deve ser a verdade”
6. Discussão
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6. Discussão
6.1. Nomenclatura
Embora WHITTAKER, em 2004, tenha feito uma extensa revisão sobre a utilização
do laser na acupuntura, ele utiliza o termo para essa nova proposta nova de tratamento com
sendo “Laser Acupuntura”.
Nós contestamos esse termo, uma vez que vimos que o termo Acupuntura deriva do
latim, acum (significa agulha) e punctum (significa picada ou punção). Já que na Acupuntura
Tradicional o estímulo de pontos é feito por “picadas”, ou seja, pela introdução de agulhas, e
na técnica proposta desta monografia o estímulo seria feito pelo laser de baixa intensidade
aplicado sobre o acuponto, sem introdução de agulhas ou outros instrumentos invasivos,
propomos a terminologia “Laserpuntura”. Acreditamos ser essa a palavra mais correta, do
ponto de vista de léxico.
51
6.2.1. Meio Ambiente: as agulhas utilizadas em acupuntura precisam ser descartadas
no meio ambiente de maneira especial. Já na clínica, em nível ambulatorial, seu sistema de
descarte é bastante específico. É necessário um coletor especial para o seu descarte. Uma vez
que este coletor está cheio, é necessário que um sistema de coleta de lixo especial seja
solicitado para que o mesmo seja descartado de maneira especial, após passar por um serviço
de incineração e não vá parar em aterros sanitários nem “lixões” comuns.
52
“Que os nossos esforços desafiem as impossibilidades.
Lembrai-vos de que as maiores proezas da história
foram conquistadas do que parecia impossível”
Charles Chaplin
7. Conclusões
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7. Conclusões
1. Não existe uma padronização de parâmetros no que se refere a: comprimento de onda, energia
utilizada no tratamento, fluência utilizada por ponto; número de sessões, nem tempo de tratamento.
2. Não existe um consenso em relação a qual nomenclatura utilizar para a técnica de tratamento com
acupuntura cujos estímulos aplicados no acuponto são através da irradiação com laser de baixa
intensidade.
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“É mais fácil viver sem pão,
que sem ilusões”
Danuso
8. Perspectivas
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8. Perspectivas
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“O caminho da sabedoria é longo, através de preceitos
E eficaz através de exemplos”
Sêneca
Apêndices
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Apêndices
3. Preparação do paciente
3.1. Informe seu paciente sobre a eficiência e a segurança da técnica = isto é importante para
garantir a adesão do paciente ao tratamento. O medo do desconhecido pode fazer com que o
paciente rejeite a técnica.
58
3.2. Preparo da pele = a limpeza da pele é importante para evitar a reflexão do raio (caso a pele
esteja com gordura, pode-se ter de 15 a 20% de perda, segundo FÜCHTENBUSCH e
BRINGMANN, 2004). Limpe com água e sabão ou com uma solução à base de álcool.
3.3. Evite a interferência de campos artificiais = eles podem reduzir a densidade de energia
presente no campo de irradiação. Entre outras coisas, isto inclui jóias e relógios de quartzo.
Mantenha o nível de ruído no local sob controle, é importante que o paciente esteja relaxado,
em posição cômoda, preferencialmente deitado.
3.4. A aplicação do laser deve ser feita sempre o mais perpendicular possível sobre o acuponto
estimulado, ou seja, sobre a superfície da pele.
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“O principal da vida não é o conhecimento
Mas o uso que dele se faz”
Talmude
Referências Bibliográficas
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Referências Bibliográficas
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