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Coleta
• A coleta dos espécimes clínicos é a primeira etapa do
Coleta e diagnóstico laboratorial e deve ser feita corretamente.
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MATERIAL NECESSÁRIO
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• Não é necessário fazer raspagem profunda porque o • Nas lesões cutâneas com vesículas (bolhas pequenas)
fungo se encontra na camada mais superficial da pele e pústulas (bolhas pequenas inflamadas com pus) faz-
chamada córnea, e uma amostra úmida, favorece o se punção com seringa e agulha ou pressiona-se com
desenvolvimento de bactérias e fungos o swab, dispondo a amostra em tubo contendo salina.
contaminantes.
• Nos casos em que não há escamas aparentes, • O teto das vesículas (pele que cobre as vesículas) deve
procura-se raspar bem o local e apelar para a técnica ser retirado com pinça de depilação.
da fita adesiva.
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• Se o paciente tiver “frieira” (lesão úmida) entre os • Nas lesões inguinais, inguino-crurais ou axilares, como
dedos das mãos ou pés, colher a amostra com swab são regiões de dobras, geralmente encontram-se
acondicionando em tubo com salina. úmidas, fazendo-se necessária a assepsia com álcool a
70%.
• Se a lesão for seca, descamativa fazer duas lâminas
com durex e tentar obter por raspagem, em placa as • Deixar a região secar um pouco e tentar raspar a pele.
escamas, usando lâmina de microscopia ou bisturi.
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CABELOS E PÊLOS
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UNHAS
• Para exame de escamas ungueais, deve-se retirar
totalmente o esmalte pelo menos 2 (dois) dias antes da
coleta.
• As regiões de onde vão ser coletadas as amostras devem
ser limpas com gaze ou algodão com álcool a 70%, para
eliminar contaminantes bacterianos superficiais.
• Os fragmentos de unhas alteradas podem ser colhidos,
raspando-os com o bisturi ou com o auxílio de uma tesoura
limpa.
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• O material que se deposita embaixo da unha pode ser • Em casos de paroníquia (lesões na região da cutícula),
retirado cuidadosamente com o bisturi, com um palito colhem-se as escamas e, se possível, o pus, com um
(tipo de manicure), previamente esterilizado, ou outro swab.
objeto pontiagudo estéril.
• Procurar penetrar bem e colher sempre na região
• Se as lesões são manchas esbranquiçadas na
limite entre a parte saudável e a afetada pelo fungo.
superfície da unha, raspar por cima com bisturi,
• Desprezar sempre as escamas mais externas ou o removendo as escamas em placa de Petri.
material mais superficial, pois se encontram
contaminados com a poeira.
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MEMBRANAS MUCOSAS
• No caso de coleta vulvar/vaginal, o swab (sempre
embebido em salina ou água estéril) é o mais
• Para as infecções de boca ou vagina, o raspado com adequado.
lâmina de bisturi ou espátula, nas partes afetadas
(áreas com eritema e/ou placas brancas), é melhor do
que o swab, se o material for processado • Não esquecer que o swab tem que ser mantido úmido
imediatamente. até ser processado o exame.
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OUVIDO
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OLHO
• Deve ser solicitado meio de cultura ao laboratório e o
material retirado das áreas de ulcerações e
supurações pelo oftalmologista deve ser inoculado
imediatamente no meio;
• Lágrima e fluídos podem se coletados com pipeta
plástica estéril – chamada de pipeta Pasteur
descartável ou pipeta de transferência.
• O swab não é adequado para este tipo de material.
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AMOSTRAS SUBCUTÂNEAS
• Pode ser raspado as escamas ou crostas da parte
superficial da lesão.
• Aspirado do pus e/ou biopsia, são mais apropriados
para o exame.
• O pus é coletado assepticamente de abscessos não
drenados com uma agulha estéril em seringa.
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Considerações Importantes
• Todas as vezes que a coleta for com swab, este deve
ser umedecido em salina ou água estéril antes da
• Para todas as coletas descritas até aqui, colher todo o coleta.
material disponível na lesão.
• Após a coleta, deve permanecer em um frasco estéril
com salina suficiente para mantê-lo úmido até o
• Quanto mais material mais viabilidade na visualização procedimento do exame.
e no crescimento em cultura.
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ESCARRO
• O escarro deve ser colhido de tosse profunda pela
• Preferencialmente deve ser colhido por broncoscopia: manhã, logo após o paciente despertar.
lavado ou aspirado brônquico.
• O material deve ser coletado em recipiente de boca
• Quando não for possível, o escarro deve ser colhido larga ou placa de Petri estéreis, devidamente
da mesma maneira como é colhido para o exame de identificados.
tuberculose, não esquecendo da higiene da boca
antes da coleta, para diminuir a contaminação pelos • Solicitar três amostras em dias diferentes.
saprófitas da cavidade bucal e da faringe.
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Processamento
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SEMEADURA
EXAME MICOLÓGICO DIRETO • Materiais de sítios estéreis - fazer a
• Aguardar o tempo suficiente para o clareamento do material semeadura em cabine de fluxo. Se não for
• Evitar o uso de lamínula da mesma largura da lâmina possível, fazer a semeadura o mais próximo
• Fazer pressão sobre a lamínula antes de levar ao microscópio de uma chama de bico de Bunsen.
• Não utilizar excesso do material biológico • Adotar os seguintes cuidados:
• Cortar as biópsias em pequenos fragmentos dentro de placas de
Petri • Usar luvas
• Utilizar objetivas de aumento de 10 e 40X - nunca usar a de 100X • Abrir o tubo de meio na hora da semeadura.
quando utilizar KOH.
• Exames diretos também podem ser feitos em materiais fixados e • Após semeadura, fechar imediatamente os
corados tubos.
• Em casos suspeitos de Cryptococcus, utilizar tinta nanquim
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Obrigado!
lucas.buenoo@hotmail.com
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