ESTÉTICA CAPILAR

Profª. MA. Allana Salinet

CLASSIFICAÇÃO DOS CABELOS
Couro Cabeludo e fio
 Cabelos Normais: apresenta somente a oleosidade
necessária para proteger o fio, não interferindo no brilho ou
leveza do cabelo

 Cabelos Secos: falta oleosidade ao longo do fio, deixando o

cabelo sem brilho e com as pontas ressecadas

 Cabelos Oleosos:muita gordura no couro cabeludo e ao longo

do fio, deixando os cabelos pesados e sem balanço

 Cabelos Mistos: mínima oleosidade no couro cabeludo e fio,

normalmente são ondulados e finos, podem apresentar pontas
duplas (tricoptilose), secas e sem brilho.
A curvatura permite classificar o cabelo
como: Liso; Ondulado; Crespo; Muito
Crespo.
Espessura ou Textura (fino, grosso ou
médio): a variação da espessura do
cabelo é dada pelo diâmetro de um único
fio.

Quanto a oleosidade se
classificam em normais,
secos, oleosos ou mistos.
Quanto a oleosidade
Cabelos secos:

 Falta de brilho, aspecto seco ou ressecado

desde a raiz até as pontas. Geralmente são
cabelos armados, volumosos e de toque mais
áspero, costumam também ser mais difíceis de
pentear e sem balanço. Não confunda cabelos
secos com cabelos crespos ou encaracolados
porque um cabelo pode ser encaracolado sem
ser seco.
Cabelos oleosos:

 Gordurosos, pesados, sem volume, geralmente

finos. Têm brilho que, às vezes, é decorrente do
excesso de óleo existente no couro cabeludo.
Chegam ao final do dia com aspecto sujo e
grudado na cabeça. Várias são as causas:
hereditariedade, estresse, variações emocionais,
problemas com hormônios, alimentação errada,
poluição, sol e clima quente e úmido.
Cabelos normais:
 Características: aparência saudável são cabelos
brilhantes, com vida, maciez, balanço e volume. Não
sofrem problemas de oleosidade nem de
ressecamento, graças às glândulas sebáceas que
trabalham bem e liberam só o suficiente para lubrificar
os fios. Lavagem em dias alternados ou quando sentir
necessidade.
Cabelos mistos:
 Os fios são oleosos na raiz e normais nas
pontas; ou ainda normais na raiz e secos nas
pontas. São ásperos ao tocar. Bastante comum,
pois a alimentação inadequada ou mudanças de
visual, como tinturas, alisamentos e
permanentes podem alterar o aspecto do cabelo.
QUANTO ESPESSURA
Tipo 1: cabelo oriental-asiático e indígena

Tipo 2: cabelo oriental-asiático, indígena e

 pouca ocorrência de
cabelo caucasiano

Tipo 3: cabelo caucasiano e possibilidade de ocorrência

em afro-negroide

Tipo 4: cabelo caucasiano

e possibilidade de
ocorrência em
afro-negroide
 Tipo 5: cabelo afro-negroide
 e ocorrência de cabelo
 caucasiano

 Tipo 6: cabelo
 afro-negroidee
 pouca possibilidade
 em caucasiano

 Tipo 7: cabelo
 afro-negroidee pouca
 possibilidade em caucasiano

 Tipo 8: cabelo afro-negroide

 e pouca possibilidade
 em outras curvaturas
Quanto a espessura
Cabelos finos:

 Não têm volume e são frágeis, propensos a quebras,

embaraçando com facilidade. Eriçam e parecem
elétricos, em geral é macio ao toque.
 Não retém normalmente o enrolamento tão bem quanto
um cabelo mais espesso.
 Os produtos químicos penetram no cabelo fino rápido e
facilmente, o que não significa que o resultado do
tratamento seja eficiente.
 O cabelo muito fino é sensível a tratamentos agressivos
e muito frequentes. Os reagentes dos produtos químicos
afetam muito a sua estrutura.
Quanto a curvatura:
Cabelos crespos
 Cabelos crespos quanto mais cacheados, mais frágeis e
secos, são extremamente sensíveis, ressecados e
opacos, já que a oleosidade produzida naturalmente pelo
couro cabeludo não é distribuída ao longo do fio.
 DIFERENÇA MORFOLÓGICA ENTRE LISOS E
CRESPOS
 Embora o processo de formação seja exatamente
igual, existem diferenças quanto ao tipo de pigmento,
e o padrão de curvatura da fibra. Este padrão deve-se
as diferenças entre os processos de crescimento da
haste capilar em função do formato do folículo piloso
(apresenta o formato da letra C, no que se refere ao
cabelo crespo);
 E devido à presença de dois tipos de córtex:
paracórtex (estrutura com macrofibris bemdefinidos e
de formato arredondado) e ortocórtex (alongados e
achatados) .
 No cabelo crespo, existe maior concentração
de ortocórtex, que atribuem maior
flexibilidade e diferenciação no processo de
crescimento da haste, fator que influencia
diretamente no padrão de curvatura.
 Cabelos Brancos
 Canície é o nome dado despigmentação capilar. Surge
gradualmente após a terceira década de vida,
culminando com o avanço da idade, podendo ocorrer
mais cedo em alguns indivíduos.
 Com o passar dos anos, a atividade dos melanócitos se
altera, diminuindo também a atividade da tirosinase,
acontecendo então o embranquecimento do cabelo,
chamado de canície.
 Não só a idade, mas o estresse e algumas doenças,
como as tireoidites ou a anemia perniciosa, também
promovem a canície.
 Tratamento para cabelos envelhecidos: Necessitam
conter ômega 3 e 6 combinados com argila branca,
que combatem radicais livres, nutrição e hidratação
dos fios evitando os efeitos nocivos do tempo.

 Tratamentos com reposições dos minerais, nutrientes

e proteínas perdidos no envelhecimento capilar,
defendem os fios de futuros processos oxidativos.
Anamnese

A análise do cabelo está baseada nas propriedades dos fios e permite

PRODUTOS

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Etapas de cuidados do cabelo

Higiene

Proteção

Tratamento

Estilo
Higiene
 Substrato a ser limpo:

 1 cabeça = 100.000 a 120.000 fios de

cabelo
 Comprimento = 20 cm
 Diâmetro = 80 micras
 Superfície total = 4 a 8 m2
 Sujeira/ Sebo
 Mistura complexa de óleos e
 gorduras, variável com idade, sexo, estação
do ano e nutrição
 Sujeito a reações químicas (hidrólise,
oxidação)
 Remoção relacionada à
 consistência e polaridade
 Incrustado entre outros materiais
 Restos de célula do couro cabeludo, proteínas
 Componentes orgânicos e inorgânicos do suor
 Partículas depositadas provenientes do ambiente
 Ingredientes provenientes de preparados para o
cabelo: resina e óleos
Shampoos
 Objetivo de limpar a sujidade, higienização, retira
o excesso de oleosidade, trata o cabelo e o
couro cabeludo. Os shampoos realizam limpeza
sem agressividade, com aspecto e odor
agradável, proporciona espuma rica e cremosa,
promove massageabilidade, de fácil enxague,
adaptado a características de cada cabelo.

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Shampoos para Cabelos Infantis e
extra-suave
 Suavidade e baixo potencial irritante, pois são
destinados a crianças (linha kids ou baby).
Toda matéria prima deste produto é suave
desde tensoativos até os condicionantes.

 Xampus infantis foram desenvolvidas para as

crianças, não para os adultos, muita gente
acredita que o pH desses produtos é neutro e,
por este motivo, seria ideal para adultos.
 Na verdade, o pH do xampu infantil é neutro
em comparação com o pH do couro cabeludo
da criança, que é naturalmente alto (em torno
de 7,5) e diferente do nosso (em torno de 5).

 O pH do xampu infantil é alcalino e, por isso

abre demais as escamas do cabelo adulto. O
resultado: fios secos, ásperos e sem brilho.
• Cabelos Normais: fórmula com
combinação balanceada de ativos
tensoativos, agentes condicionantes e
também agentes para reposição de
componentes engordurantes para proteção
natural do cabelo;

 • Cabelos Oleosos: maior quantidade de

tensoativos para limpar a oleosidade dos
cabelos e pouco ou nenhum agente
condicionante. Podem conter também
adstringentes com objetivo de controle da
oleosidade;
• Cabelos Secos: quantidade menor de tensoativos
e maior efeito condicionante. Objetivo é não ressecar
o fio, sem retirar totalmente a sua oleosidade natural,
oferecendo o efeito condicionante que ele necessita;

 • Cabelos Ressecados: maior efeito condicionante

que os para cabelos secos;

 • Cabelos Mistos: difícil encontrar um produto

específico para esse tipo de cabelo recomenda-se
utilizar neste caso shampoo para cabelos oleosos
(cabelos mistos apresentam raiz oleosa) e nas
pontas para evitar ressecamento um bom
condicionador;
 Cabelos Afro-étnicos: seguem a estrutura dos
cabelos ressecados, com ativos
condicionantes em grande concentração,
extratos e substâncias hidratantes para
melhorar a penteabilidade;

 • Cabelos Frágeis e quebradiços:

normalmente shampoos contendo hidratantes
como aminoácidos e extratos vegetais
• Anticaspa: representam uma classe especial por
apresentarem ativos específicos importantes no
tratamento e controle da caspa. Podem também
conter antifúngicos e ainda regulam o processo de
descamação do couro cabeludo;

 • Anti-resíduos: objetivo de limpar e retirar totalmente

outros produtos possuem basicamente tensoativos
eficientes com praticamente nada de condicionante;

 • Fortalecedores de raiz: esses produtos tem apelo

de nutrir o bulbo capilar, apresentando produtos
capazes de agir no couro cabeludo. Pós-tinturas,
colorantes, neutralizantes, pós-permanente e pós-
alisamentos;
•
 Anti-cloro e pós-piscina: devem proporcionar
excelente poder ação de limpeza (para retirar
os produtos de piscina) além de agentes
“sequestrantes” (que eliminam o cálcio dos
cabelos) como o EDTA e seus sais, também
podem conter substâncias que reagem com o
cloro, eliminando-o completamente, como
tiossulfato de sódio.
 Em cabelos claros se observa um tom
esverdeado após o banho de piscina, pela
presença de íons de cobre na água. Nesse
caso os sequestrantes também agem como
neutralizantes desses íons.
Efeitos dos shampoos:

 Build Up: efeito decorrente de excesso de condionamento.

Alguns shampoos ou condicionadores deixam um residual
grande após aplicação, se acumulando e tem efeito
pesado, sem volume, e sem flexibilidade ou movimento.

 Fly way: efeito quando o shampoo deixa cargas residuais

no cabelo e ele fica “esvoaçado” com fios levantados,
cheios de eletricidade estática. Esse efeito dificulta fixação
de penteados, pode ser percebido após varias aplicações
ou logo na primeira. Pode ser resolvido com um leave-in
ou gel no cabelo seco.
 Frisado: acontece quando cabelo originalmente
crespo ou cacheado absorve água e começa
recompor sua curvatura natural ao longo do fio.
Essa recuperação acontece
desorganizadamente, e os fios ganham
aparência “amassada” ou desalinhada, com
volume bastante aumentado.

 É comum quando o cabelo passa por

tratamentos térmicos e acaba seco ou
ressecado pela ação de escova ou chapinha.
Ocorre também em cabelo muito danificado,
sob condição de alta umidade.
CONDICIONADORES OU
SOBREENGORDURANTES:
 Se a lavagem é eficaz, o cabelo fica totalmente sem
gordura tornando-se difícil de pentear. Os
condicionadores são capazes de neutralizar esse efeito,
compensando o excesso de oleosidade retirada na
lavagem. São usados principalmente em cabelos
submetidos a agressões mecânicas ou químicas.
 HIDRATAÇÃO CAPILAR

 Consiste em tratamentos a base de queratina, proteínas,

vitaminas, extrato de seda, óleos vegetais, ceramidas,
silicone e lanolina. Com objetivo de reposição da
humidade natural dos fios.
 Os fios devem estar tratados, com as cutículas fechadas
e com uma espécie de película protetora que retém brilho
e reflete.

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Cauterização Capilar
 Tratamento à base de colágeno, proteínas e queratina.
Hidratação profunda que sela as cutículas do cabelo e
suaviza as pontas duplas. Tem objetivo de reestruturar os
fios, cicatrizando as cutículas do cabelo, recuperando
elasticidade (age no córtex).

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Reconstituição Capilar
 Objetivo é revitalizar e recuperar os fios proporcionando
mais flexibilidade, elasticidade e saúde à fibra capilar. As
ações químicas e mecânicas são as que mais causam
danos aos cabelos, que algumas vezes ficam tão
danificados que apenas as hidratações não conseguem
recuperar, havendo a necessidade de tratamento mais
profundo como a reconstituição capilar.
 A queratina utilizada é de baixo peso molecular para que
alcance o córtex.
 Nutrição dos cabelos

Existe uma correlação direta entre o que comemos e

a nossa saúde. Os alimentos são a fonte de energia e
matéria prima para manter em atividade nosso
organismo e produzir os hormônios, as enzimas e as
proteínas necessárias ao nosso desenvolvimento.

•A composição do cabelo é de 90% proteína, 8%

água, 2% minerais.

•Qualquer fator do organismo que reduza a síntese de

proteína repercutirá sobre o crescimento dos cabelos.
 Regimes radicais ou estados de desnutrição
com falta de proteína, vitaminas ou óleos
essenciais aumentam perda do brilho e a
interrupção do crescimento dos fios.

 •O ressecamento é o primeiro sinal de que os

cabelos estão desnutridos, sendo que a perda
da umidade dos fios provoca uma diminuição
da coesão entre as células facilitando com
que eles se quebrem.
 Ácido Fólico;
 Biotina;
 Cálcio;
 Cisteína;
 Enxofre;
 Ferro;
 Magnésio;
 Potássio;
 Sódio;
 Selênio;
 Proteínas;
 Zinco;
 Soja.

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VITAMINAS
 A: ajuda no fortalecimento dos
 B2: age na glândula tireóide, responsável no transporte de oxigênio
para os tecidos;
 B6: é o complexo mais importante para os cabelos na nutrição;
 B12: atua estimulando o metabolismo ;
 Vitamina C: potente antioxidante, elimina radical livre, retarda
envelhecimento;
 PP: ação vasodilatadora, aumentando calibre dos vasos sanguíneos
periféricos;
 Zinco: constituinte de diversas enzimas, importante no metabolismo
dos ácidos nucléicos que são componentes das proteínas. Sua
deficiência é uma causa da alopecia.

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ÁGUA

 Sempre é bom lembrar que a beleza dos fios esta

ligada ao conteúdo hídrico. A perda de água provoca
uma diminuição na coesão das células da cutícula os
que deixara com escamas abertas e em decorrência o
cabelo áspero e sem brilho.
 Os aminoácidos permeiam a cutícula carregando a água
 ( hidroscópicos) para as células do córtex ajudando a
hidratar o fio, estão nos shampoos, condicionadores e
produtos de reconstrução capilar. Os aminoácidos do leite
rico em aminoácidos L-arginina e lisina que penetram na
fibra, promovem brilho, maciez, suavidade e maior
resistência da mesma- aminácidos do trigo e da seda.