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HIPNOLOGIA

Hipnologia, é uma palavra de origem Grega.


Hypnós que significa sono, Logein que significa estudo ou seja, hipnologia é o
estudo da hipnose.

Sob os aspetos filosóficos, ontológicos, psicológicos, é admitida como


incursões espirituais e metafísicas e místicas. Pode ser considerada disciplina
autónoma e, usualmente é praticada com supervisão médica.

Hipnose Clássica detém as suas raízes na ancestralidade, nas civilizações


antigas, era usada principalmente para fins de cura. Como a Hipnose começou
a receber mais respeito e pesquisa no século XIX, os investigadores de outras
ciências sociais começaram a fazer observações mais detalhadas dos
fenómenos hipnóticos. Um dos aspectos mais fascinantes, foi as tradições do
transe, o mais conhecido deles é o Xamanismo.

Os antigos indianos tinham os seus templos do Sono, os Templos do Sono


eram hospitais para cura de uma variedade de doenças, o tratamento envolvia
o canto e a dança, colocando o paciente em um estado hipnótico, para
analisarem os seus sonhos, com a finalidade de determinar o melhor tipo de
tratamento. As induções hipnóticas foram usadas para colocar o indivíduo num
estado de sono rápido, embora hoje, Hipnose já seja considerada diferente de
sono.

O primeiro tipo de Hipnose Formal, que foi desenvolvido foi a “Hipnose Animal”,
com esta técnica, os agricultores no século XVII podiam acalmar galinhas,
hipnoticamente em 1800, já hipnotizavam pássaros, coelhos, rãs, cães, gatos,
cavalos, entre outros animais para obter assim rentabilidade deles. O médico
austríaco Franz Anton Mesmer (1734-1815) que é reconhecido como o Pai da
Hipnose, foi quem criou o primeiro tipo de tratamento por meio do magnetismo
animal.

Mesmer acreditava que havia um magnetismo em todas as partículas de ar que


respiramos, e um fluido cósmico que é capaz de ser guardado em objectos
inanimados e transferi-los para os pacientes a fim de curar a doença.

Em 1835 um grupo de investigadores ligados à Faculdade de Medicina de


Paris, como Marquês de Puységur, Charles Deslon, Barão du Potet e Millet,
voltaram ao assunto do magnetismo animal, dedicando-se desta vez ao
chamado sonambulismo e outros fenómenos provocados pela ação Mesmer.
Um cirurgião Inglês, John Elliotson (1791-1868) em 1834, realizou inúmeras
operações cirúrgicas indolores, utilizando o magnetismo.

Um cirurgião escocês, James Braid (1795-1860), considerado o iniciador da


Hipnose Científica, foi o primeiro a dar uma explicação científica para o
Mesmerismo. Ele descobriu que alguns estudos experimentais podiam fazer
uma pessoa entrar em transe, simplesmente fixando os seus olhos sobre um
objeto brilhante. Ele acreditava que o Mesmerismo é um sono nervoso e com
isto ele decidiu criar a palavra Hipnose, derivada da palavra grega “Hypnos”,
que significa sono. Porém, rejeitando a ideia de Mesmer que a Hipnose fosse
induzida por magnetismo, por sua vez Sigmund Freud (1856-1939), o Pai da
Psicanálise, demonstrou interesse pela Hipnose, e chegou a ler o livro de
Bernheim sobre Hipnose, para encontrar uma explicação fisiológica da
sugestão, no Sistema Nervoso. Ele observou que os pacientes entravam num
estado hipnótico. Freud começou então a reconhecer a existência do
inconsciente. No entanto, Freud rejeitou a Hipnose como a ferramenta para
desbloquear memórias reprimidas, favorecendo suas técnicas de associação
livre e interpretação dos sonhos. Com o surgimento da Psicanálise, na primeira
metade do século XX, a Hipnose caiu em popularidade. E foi assim, que a
Hipnoterapia, ou seja, a Terapia por Hipnose, foi amplamente utilizada na
Primeira Guerra Mundial, na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia.
As suas técnicas foram então fundidas com a Psiquiatria, e foi especialmente
útil no tratamento do que hoje é conhecido como Stress Pós-Traumático.

Em 1950, a Medicina começou a usar a Hipnose como terapia.

Em 1952, na Grã-Bretanha, a Lei de Hipnotismo foi instituída para regular os


espetáculos públicos e o ofício dos hipnotizadores.

Em 1955, a Associação Médica Britânica reconheceu o uso terapêutico da


Hipnose.

Em 1958, a Associação Médica Americana aprovou um relatório sobre o uso


medicinal da Hipnose. E dois anos após a aprovação, a American
Psychological Association, aprovou a Hipnose como um ramo da Psicologia.

Mas foi o psiquiatra americano Milton Erickson (1901-1980), quem desenvolveu


novos estudos, muitas pesquisas e novas técnicas de Hipnose, que eram muito
diferentes do que era comumente praticado. Seu estilo é conhecido como
Hipnose Ericksoniana, que vem influenciando fortemente muitas escolas
modernas de Hipnose.
Dave Elman (1900-1967) foi um dos pioneiros no uso médico da Hipnose. A
definição de Hipnose por Elman, ainda é amplamente utilizada entre muitos
hipnotizadores profissionais. Ele é conhecido por ter treinado a maioria dos
médicos e psicoterapeutas nos Estados Unidos, no uso da Hipnose. Elman
também ficou muito conhecido por apresentar induções rápidas para o campo
do hipnotismo.

John Cerbone ficou mais conhecido por seu trabalho na área de induções
instantâneas (indução speedtrance). O seu trabalho baseia-se em seis
métodos de indução de transe (tédio, confusão, perda de equilíbrio, a fixação
dos olhos, desorientação, choque e sobrecarga), numa única técnica, que
produz indução instantânea de 3 a 7 segundos. Richard Nongard tem sido um
colaborador no desenvolvimento destes métodos com Cerbone.

Atualmente, a Hipnose é uma ferramenta médica altamente eficaz e popular. É


amplamente utilizada para o controle de hábitos e comportamentos – como
parar de fumar, controle de peso, e muitos outros problemas de saúde.

Pesquisa:
http://akaiesramana.com/artigos/blog/2016/02/20/a-origem-da-hipnose/

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