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CENTRO UNIVERSITARIO LUTERANO DO BRASIL

ANDREW AMARAL DA SILVA


RAMON DE ARAÚJO VITAL
RAILTON DE ARAÚJO VITAL
RODRIGO WILLERS MOREIRA

TRABALHO DE OBRAS GEOTÉCNICAS

Santarém-PA

2019
ANDREW AMARAL DA SILVA
RAMON DE ARAÚJO VITAL
RAILTON DE ARAÚJO VITAL
RODRIGO WILLERS MOREIRA

TRABALHO DE OBRAS GEOTÉCNICAS

Trabalho de Obras Geotécnicas do


curso de Engenharia Civil do centro
Universitário Luterano de Santarém –
CEULS/ULBRA, como critério de
avaliação parcial do grau 02.

Prof. Renato Aguiar

Santarém-PA

2019
1. INTRODUÇÃO

Houve um tempo em que a presença de solos com alta deformabilidade e baixa


capacidade de suporte era o suficiente para tornar uma área imprópria para receber uma
construção. Mas o desenvolvimento tecnológico nos últimos anos mudou esse cenário.
Hoje, os solos moles e outros solos compressíveis, como as areias fofas, já não
representam desafios que não possam ser vencidos.
Na fase de investigação geotécnica do terreno, solos compressíveis são
identificados principalmente por índices baixos de resistência à penetração
nas sondagens a percussão. Nesses locais, frequentemente recorre-se às fundações
profundas, capazes de avançar até uma camada de solo mais rígida para suportar as
cargas. São consideradas fundações profundas aquelas cujo comprimento da estaca
predomina sobre sua seção transversal, ou a camada de suporte está a uma profundidade
maior que dois metros.
As técnicas existentes para executar fundações profundas podem ser pré-
fabricadas ou moldadas in loco. No primeiro grupo enquadram-se as estacas que
chegam prontas ao canteiro para serem cravadas por bate-estacas. Entre as mais
utilizadas estão as estacas metálicas, constituídas por perfis e chapas de aço laminado ou
soldado, indicadas para situações que demandam alta resistência a esforços de tração,
como em instalações portuárias. Há também as estacas de concreto, recomendadas para
transpor camadas extensas de solo mole e em terrenos onde o plano de fundação tem
profundidade homogênea. Existem, ainda, as estacas de madeira, em desuso em função
do baixo desempenho e por razões ambientais.

2. SOLOS MOLES
Solos moles são solos sedimentares com baixa resistência à penetração (SPT≤ 4)
em que a fração argila imprime as características de solo coesivo e compressível. São
em geral, argilas moles ou areias argilosas fofas de deposição recente (formadas durante
o Quaternário).
Os solos ditos “muito mole” (N - SPT entre 0 e 2) apresentam todas as
características destacadas acima, porém em condições de comportamento ainda mais
desfavorável. A estes solos é comum se referir também como “solo mole”, de uma
forma generalizada.
3. PARAMETROS DE PROJETO

Para aterros convencionais é necessário o estudo e/ou investigação bem detalhada


do solo o que vai incluir a realização de:

 Sondagens complementares para o detalhamento das seções geotécnicas


longitudinal e transversal do subsolo, onde os critérios para a distribuição na
área do aterro devem ser estabelecidos de modo a melhor caracterizar zonas
críticas em termos de espessura da camada mole, ou locais onde o perfil seja
mais heterogêneo. Algumas dessas sondagens devem ser executadas nas bordas
do aterro, para o conhecimento do perfil geotécnico também no sentido
transversal.

 A coleta de amostras indeformadas da camada compressível, com amostrador de


tubo aberto, para a execução em laboratório de ensaios de resistência ao
cisalhamento e de compressibilidade, onde se realiza ensaios de palheta, dentro
de um programa global de investigações visando a obtenção dos dados
necessários às decisões de oprojeto (remoção parcial ou total, bermas, altura
crítica, recalques ao longo do tempo, drenagem vertical, etc).

 Ensaios de palheta in situ (vane test) ao longo da camada de argila de baixa


consistência, em furos de sondagem escolhidos nos locais de maiores altura e
espessura da camada compreessível, para a definição dos parâmetros de
resistência ao cisalhamento.

Para aterros especiais, quando o vulvo dos problemas geotécnicos do aterro


conduzirem a sua classificação como aterro especial, as investigações geotécnicas de
campo deverão ser mais amplas e envolver a participação de consultoria especializada
em mecânica dos solos, que desenvolverá, de comum acordo com o DNER, um plano
de investigações adequado ao problema identificado.

Em princípio, além das investigações previstas para os aterros convencionais, será


realizado um maior número de sondagens de grande diâmetro (φ 100 mm, 125 mm ou
150 mm), e a coleta de amostras indeformadas será feita com amostrados de pistão
estacionário, também de grane diâmetro (75 mm, 10 mm e 125 mm), instalação de
instrumentação geotécnica.

4. ESTABILIDADE DO ATERRO APÓS A CONSTRUÇÃO


Solução de Fellenius, pode-se considerar que não há repetições entre as várias
lamelas, admitindo-se que as resultantes das forças laterais em cada lado da lamela são
colineares e de igual magnitude, o que permite eliminar os efeitos dessas forças
considerando o equilíbrio na direção normal a base da lamela. A única igualdade entre
as lamelas se origina da consideração da ruptura progressiva que sempre ocorre a partir
da ruptura de qualquer massa de solo. Este fato é considerado implicitamente nos
parâmetros de resistência do solo, coesão e angulo e atrito. A única que se segue,
considera-se o caso mais genérico de talude com percolação de água. O valor da pressão
neutra ao longo da superfície de ruptura é obtido traçando-se a rede de percolação. Em
cada ponto desta superfície toma-se o valor da carga piezométrica, hw.

Quando houver uma sobrecarga ou berma no pé do talude, por exemplo,


considera-se a sua interferência incluindo-o no somatório de momentos.

5. RECALQUE
5.1 Tipos de recalques
Recalques são deformações no solo quando este é submetido a uma carga. Os recalques
não previstos acarretam danos às estruturas envolvidas e consequentemente grandes
gastos monetários, e se forem considerados aterros para pavimentação de rodovias, por
exemplo, tem-se também o risco de perda de vidas humanas, dados os possíveis
batentes ou desníveis provocados pelos recalques. (Quando se trabalha com recalque de
solos, é importante notar que cada solo se comportará de uma maneira diferente,
dependendo da sua composição, de suas propriedades, e das tensões sobre ele
aplicadas.) os recalques podem ser classificados em 3 (três) tipos de acordo com o
processo que os origina, sendo o recalque total calculado pela soma dos três, conforme a
Equação.

𝑆𝑇 = 𝑆𝑐 + 𝑆𝑠 + 𝑆𝑒

Onde Sc , Ss e Se são respectivamente o recalque por adensamento primário, o recalque


por adensamento secundário e o recalque imediato ou recalque elástico. Esses recalques
são detalhados abaixo.

5.1.2 Recalque imediato


O recalque imediato, também conhecido como recalque elástico, é causado pela
deformação elástica do solo, não ocorrendo qualquer variação no teor de umidade deste.
Ocorre pela acomodação das partículas, quando submetidas a carregamento, e em
tempos muito curtos em comparação aos outros recalques. As equações para a
determinação do recalque imediato são baseadas na teoria da elasticidade.

5.1.3 Recalque por adensamento primário


O recalque por adensamento primário ocorre quando um solo compressível, geralmente
uma argila saturada, é submetido a uma tensão. Inicialmente a tensão aplicada eleva a
pressão neutra, o que ocasiona a expulsão de água dos poros do solo e a gradual
elevação da tensão efetiva enquanto a poropressão se dissipa. Com a saída de água do
interior do solo há a diminuição do índice de vazios, diminuindo o volume do solo e
aumentando sua rigidez. O recalque por adensamento primário costuma ser demorado
devido à baixa permeabilidade dos solos nos quais ocorre. Para o estudo do
adensamento primário, é necessário conhecer alguns parâmetros do solo. Um desses é a
tensão de pré-adensamento, que é a tensão máxima à qual o solo já foi submetido desde
a sua formação. A razão de sobreadensamento (RSA, em português, ou OCR, em
inglês) é a relação entre a tensão de pré-adensamento (𝜎𝑎 ′) e a tensão inicial no solo.
Esses parâmetros podem ser obtidos através da curva de adensamento do ensaio
edométrico, de onde são obtidas também as inclinações das curvas de compressão,
recompressão e descompressão. A curva de recompressão é a aquela que se estende até
a maior tensão à qual o solo já foi submetido no passado, a tensão de sobre adensamento
ou pré-adensamento do solo. Já a curva de compressão, ou reta virgem, é a curva cujas
tensões nunca foram antes suportadas por aquele solo. E a curva de descompressão se
trata da curva obtida com o descarregamento desse solo. Essas inclinações são
respectivamente Cr, Cc e Cd. Estes parâmetros são empregados nas equações utilizadas
para a determinação do recalque por adensamento primário. A deformação do solo,
quando submetido a uma tensão, depende do seu estado de tensões atual, bem como o
seu histórico de tensões. Assim, têm-se três classificações para um solo submetido a um
aumento de tensão efetiva. O solo normalmente adensado é aquele cuja tensão inicial no
solo é igual à tensão de sobreadensamento. Caso a tensão de pré-adensamento supere a
tensão efetiva, o solo é considerado sobre adensado. Uma terceira possibilidade que
pode acontecer esporadicamente é se a tensão efetiva for superior à tensão de pré-
adensamento, onde o solo se encontra em processo de adensamento.

5.1.4 Recalque por adensamento secundário


O recalque por adensamento secundário é observado posteriormente à dissipação da
pressão neutra, ou seja, após o adensamento primário. O “Recalque por compressão
secundária, observado em solos coesivos saturados e resultado do ajuste plástico do
tecido do solo. É uma forma adicional de compressão que ocorre sob tensão efetiva
constante.” Esse processo costuma ser tão lento quanto o adensamento primário e, chega
a ser mais importante que este quando se tratam de solos orgânicos e inorgânicos
altamente compressíveis mas possui menor significância em argilas inorgânicas
sobreadensadas, onde o índice de compressão secundária é muito pequeno.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, B. N. (01 de fevereiro de 2019). Fonte: https://www.bbc.com/:
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47077083

CONFEA/CREA. (2018). CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DA ENGENHARIA,


DA AGRONOMIA, DA GEOLOGIA, DA GEOGRAFIA E DA
METEOROLOGIA. BRASÍLIA-DF: erência de Comunicação do Confea .

DIAS, L. G. (29 de janeiro de 2019). SABE | Inteligência em Ações da Bolsa. Fonte:


http://www.sabe.com.br/alertas/detalhe/tragedia-de-brumadinho-de-quem-e-a-
culpa-

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