Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ILSI BRASIL
INTERNATIONAL LIFE SCIENCES INSTITUTE DO BRASIL
Rua Hungria, 664 — conj.113
01455-904 — São Paulo — SP — Brasil
Tel./Fax: 55 (11) 3035-5585 e-mail: ilsibr@ilsi.org.br
© 2019 ILSI Brasil International Life Sciences Institute do Brasil
Esta publicação foi possível graças ao apoio da Força-Tarefa Nu-
trição da Criança, subordinada ao Comitê de Nutrição e este ao
Conselho Científico e de Administração do ILSI Brasil.
ILSI BRASIL
International Life Sciences do Brasil
Coordenação Geral:
Franco Maria Lajolo
Editores:
Graziela Biude Silva Duarte
Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo. Mestre e Doutora em Ciência dos
Alimentos/Nutrição Experimental pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP.
Autores:
Franco Maria Lajolo
Dan Waitzberg
Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP (1974), Mestrado pela Uni-
versidade de São Paulo (1981) e Doutorado pela Universidade de São Paulo (1986). Atu-
almente é Professor Associado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,
Diretor Presidente do Grupo de Nutrição Humana e Coordenador do Grupo de Pesquisa
(NAPAN) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Tem experiência na
área de Medicina, com ênfase em Cirurgia, atuando principalmente nos seguintes temas:
Nutrição, Gastric Bypass, Índice de Massa Corporal, Obesidade Mórbida e Nutrição
parenteral.
Barbara Peters
Karina Tonon
Doutora Ciências pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo
(EPM/UNIFESP), onde desenvolveu metodologia para a análise de oligossacarídeos do
leite humano (HMOs), avaliou a composição de HMOs no leite de nutrizes brasileiras e a
sua relação com características maternas e a microbiota intestinal do lactente. É mestre
em Ciência dos Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e
graduada em Nutrição pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Cintia Silva
Marilia Seelaender
Possui graduação em Biologia pela Universidade de São Paulo (1989), Mestrado em Ciên-
cias (Fisiologia Geral) pela Universidade de São Paulo (1992) e Doutorado em Ciências
(Fisiologia Humana) pela Universidade de São Paulo (1994). Pos-Doutorado em Metabo-
lismo (Universidade de Oxford, Reino Unido, em Bioquímica da Nutrição (Universidade de
Potsdam, Alemanha), em Bioquímica do Câncer (Universidade de Barcelona, Espanha).
Livre-Docência em Histologia e Embriologia (Universidade de São Paulo, 2004). Atual-
mente é Professor Associado da Universidade de São Paulo (Departamento de Biologia
Celular), com vinculação subsidiária- Departamento de Cirurgia, FMUSP. Tem experiência
na área de Bioquímica, com ênfase em Metabolismo e Bioenergética, atuando princi-
palmente nos seguintes temas: Caquexia associada ao câncer, tecido adiposo, exercício,
suplementação nutricional e metabolismo lipídico.
Georgia Castro
Bruna Mattioni
Tania Martinez
Magdalena Rossi
Rodrigo Garcia
Cristina Bogsan
ÍNDICE
1. Perspectivas dos alimentos funcionais bioativos e saúde 03
9. Atualizações em ômega 3 29
01
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
PREFÁCIO
O Evento “Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Con-
sumo”, realizado em São Paulo, no dia 07 de novembro de 2018, foi mais uma iniciativa
da série de Simpósios Internacionais sobre Alimentos com Alegações de Propriedades
Funcionais e/ou de Saúde.
Com revisão do conteúdo pelos próprios palestrantes, é possível, então, situar-se nos
avanços das áreas tratadas neste fiel compilado do evento.
Boa leitura!
02
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
03
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
O Brasil é um país com uma grande variedade de frutas e vegetais, o que torna os es-
tudos na área de alimentos funcionais bastante promissores. Além dos benefícios para
a saúde, este campo abre oportunidades de inovação não só na área da agronomia,
mas também para a indústria de alimentos. No campo da agronomia, com o avanço
da tecnologia e inovação de técnicas e metodologias é possível controlar fatores como
temperatura, exposição à luz e genética de plantas por exemplo, que podem implicar
na qualidade das frutas e vegetais e, consequentemente nas concentrações de com-
postos fenólicos (Poiroux-Gonord, 2010). Desse modo, obtém-se produtos com quali-
dade nutricional que podem contribuir para a promoção da saúde. A preocupação do
consumidor com a escolha de alimentos mais saudáveis é de grande interesse para
a indústria de alimentos que ao investir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico
na área da ciência de alimentos, como por exemplo na linha de alimentos funcionais,
proporcionará novas oportunidades para o desenvolvimento de novos produtos mais
saudáveis para a população (Nehir El e Simsek, 2012).
04
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
05
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
06
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
podem ser eficazes na prevenção deste tipo de diarreia em adultos e crianças (Sanchez
et al., 2017). Em casos de diarreia hospitalar, a profilaxia e o tratamento com probióticos
e prebióticos são seguros e reduzem efeitos colaterais dos antibióticos em pelo menos
20% dos casos (Claassen, 2014).
A síndrome do intestino irritável (SII) é uma desordem gastrintestinal comum e seu di-
agnóstico é feito por meio de critérios baseados em sintomas e sinais que incluem dor
abdominal, empachamento e alterações nos hábitos intestinais (diarreia ou constipação).
Estudos têm mostrado que a disbiose intestinal pode alterar a fisiologia gastrintestinal
(permeabilidade e motilidade intestinal, e atividade do sistema imune) e desencadear
mecanismos subjacentes à SII (Binns, 2013; Principi et al., 2018). A gravidade dos sin-
tomas na SII pode estar associada com a assinatura microbiana distinta na microbiota
fecal e de mucosa intestinal (Tap et al., 2017). A utilização de probióticos na SII é in-
teressante visto que a microbiota intestinal destes indivíduos encontra-sese encontra
quantitativamente e qualitativamente modificada. Probióticos como o Lactobacillus
spp e Bifidobacterium spp têm se mostrado eficientes em restaurar a composição nor-
mal da microbiota por apresentarem atividade antagonista contra bactérias patogêni-
cas que estão em maior quantidade (Principi et al., 2018). Dados de uma meta-análise
mostraram que outros probióticos como B. breve, B. longum e L. acidophilus apresen-
taram benefícios significativos no alivioalívio da dor. Em crianças, com SII, o uso de L.
rhamnosus teve efeito significativo na melhora da dor.
07
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
3. ATUALIDADES EM PREBIÓTICOS
Diante de todas essas definições, as principais conclusões atuais sobre prebióticos in-
dicam que embora estes substratos mais atuais sejam administrados por via oral, eles
também podem ser administrados diretamente a outros locais do corpo colonizados
por microrganismos como o trato vaginal e a pele. Além disso, os efeitos na saúde
conferidos pelos prebióticos estão evoluindo e, atualmente, incluem benefícios para o
trato gastrointestinal, cardiometabólicos, saúde mental e óssea, entre outros. Os pre-
bióticos atualmente estabelecidos são à base de carboidratos, porém outras substân-
cias como polifenóis e ácidos graxos poli-insaturados convertidos nos respectivos áci-
dos graxos conjugados podem se adequar à definição atualizada (Gibson et al., 2017).
A nova definição de prebióticos é justificável em virtude de diversas questões a serem
esclarecidas. Uma das questões refere-se ao esclarecimento de que os alvos prebióti-
cos vão além da estimulação de bifidobactérias e lactobacilos e reconhece que os
benefícios para a saúde podem derivar dos efeitos de outras bactérias benéficas como
Roseburia, Eubacterium ou Faecalibacterium spp. Os probióticos dependem do me-
tabolismo microbiano, portanto, efeitos não microbianos não se encaixam na classifica-
ção atual. Além disso, esta nova definição permite que um prebiótico invoque mudan-
08
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Entre os candidatos com potencial papel prebiótico estão as fibras dietéticas. Os mais
amplamente aceitos como prebióticos são os fruto-oligossacarídeos (FOS), a inulina e
os galacto-oligossacarídeos (GOS). Evidências sugerem que a polidextrose (PDX) tam-
bém pode atuar como prebiótico (Do Carmo et al., 2016).
Em relação à sua potencial ação prebiótica, estudos mostram que a PDX pode modi-
ficar beneficamente a composição e a atividade colônica microbiana. Ao contrário de
outros probióticos, a PDX é fermentada de forma mais lenta e se mantêm disponível
como uma fonte de carbono para a microbiota ao longo do cólon, incluindo a parte
distal. Este fator implica em uma produção sustentada de AGCC e quantidades meno-
res de gás. Além disso, a produção de AGCC resulta em uma diminuição do pH no
cólon, inibindo o crescimento de patógenos. Nesse sentido, o aumento de butirato
é capaz de promover o crescimento e o desenvolvimento do epitélio colônico. O au-
mento de AGCC na parte distal do cólon também pode mediar os efeitos benéficos
relacionados ao consumo de PDX como a absorção de minerais e a melhora da fun-
ção gastrointestinal (Jie et al., 2000; Do Carmo et al., 2016). Um estudo realizado em
animais que receberam PDX duas vezes ao dia por sonda oral (equivalente a 25g para
dose humana) observou uma redução da ingestão acumulada de alimentos, da con-
centrações de triglicerídeos e colesterol total e aumento da quantidade de gordura
09
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
nas fezes. Além disso, o consumo da PDX por estes animais aumentou a quantidade de
bactérias benéficas ao organismo. Verificou-se também que a PDX atua na regulação
de genes (FIAF, CD36, DGATI, FXR) relacionados ao metabolismo lipídico.
Portanto, diante das evidências e de acordo com o novo conceito estabelecido para
prebióticos, conclui-se que a PDX pode ser considerada uma fibra prebiótica.
10
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Os HMOs são considerados o terceiro maior componente do leite humano, não são
digeridos pelo lactente e apresentam mais de 200 estruturas distintas. As maiores con-
centrações destes oligossacarídeos são encontradas no colostro (20-25 g/L) e, após
duas semanas, já no leite maduro, observa-se uma redução destes açúcares (10-15 g/L).
O leite não-humano, como o leite de vaca, apresenta uma composição muito diferente
de oligossacarídeos e em concentrações muito mais baixas do que o leite humano e as
fórmulas infantis não contêm HMOs. (Coppa et al., 2004; Andreas et al., 2015; Vanden-
plas et al., 2018). Os HMOs são glicanos sintetizados a partir de cinco monossacarídeos
(glicose, galactose, N-acetil-glicosamina, fucose e ácido siálico) e são encontrados ex-
clusivamente no leite humano em quantidades significativas (Coppa et al., 2004). No
leite humano existem três principais categorias de HMOs: os fucosilados, que corre-
spondem de 35 a 50% do total de oligossacarídeos; os sializados, perfazendo de 12 a
14% e, por fim, os não-fucosilados neutros, com uma proporção de 42 a 55% do total
de HMOs (Vandenplas et al., 2018).
11
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
concentrações. Mais de 90% dos HMOs são encontrados intactos e não metaboliza-
dos nas fezes de crianças. Estes oligossacarídeos promovem o crescimento de bac-
térias benéficas como as dos gêneros Bifidobacteriae Bacteroides (Bode, 2009; 2012;
Donovan e Comstock, 2016). Além disso, exercem o efeito anti-adesivo , impedindo
a adesão de patógenos ao epitélio intestinal, conferindo ao lactente proteção contra
infecções e diarreia. Uma das principais causas de diarreia bacteriana está relacionada
com àa espécie Campylobacter jejuni que, na presença de HMOs fucosilados, tem
sua adesão à mucosa intestinal inibida . Estudos in vivo mostram que estes HMOs têm
um efeito inibitório na colonização por C. jejuni em camundongos lactentes e estudos
in vitro mostram uma inibição da adesão a células epiteliais. Estudos observacionais
mostraram que a incidência de diarreia em crianças amamentadas é inversamente rela-
cionada com a presença HMOs fucosilados no leite materno. (Ruiz-Palacios et al., 2003;
Bode, 2009). Dados de um estudo clinico observacional mostram que quanto maior a
concentração de HMOs no leite materno de mulheres que foram infectadas pelo vírus
da imunodeficiência adquirida (HIV), menor o risco de transmissão do vírus através
do aleitamento (Bode et al., 2012). Além dessas funções biológicas, os HMOs podem
modular de forma direta a resposta celular e no epitélio intestinal do hospedeiro. Um
estudo in vitro observou que o HMO 3’-sialilactose (3’-SL) reduziu a expressão de sialil-
transferases e diminuiu a presença de ácido siálico na superfície celular. Assim, como
consequência, a ligação de E. coli enteropatogênica foi significativamente reduzida
visto que esta bactéria utiliza o ácido siálico para se ligar à célula epitelial do hospe-
deiro (Angeloni et al., 2005).
12
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
tados com fórmulas infantis (Wang et al., 2003; Bode, 2012). Nesse sentido, os HMOs si-
alisados contribuem de forma significativa para o ácido siálico no leite humano. No en-
tanto, ainda não é conhecido se os HMOs sialisados são os portadores primários deste
composto aparentemente importante para o desenvolvimento cerebral (Bode, 2012).
13
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Para que a meta de reduzir a mortalidade precoce por DCNT em um terço até 2030 seja
atingida são necessárias medidas conjuntas para reduzir os principais fatores de risco
como: uso do tabaco, poluição do ar, dieta inadequada, sedentarismo e uso nocivo do
álcool (WHO, 2018). Nesse contexto, a obesidade figura como um fator de risco modi-
ficável de extrema importância no âmbito da saúde pública, destacando-se o papel da
dieta como determinante em seu desenvolvimento (González-Muniesa et al., 2017).
A insulina é produzida pelas células beta do pâncreas, e a sua concentração sérica tam-
bém é proporcional à adiposidade. Entretanto, sua alta concentração também está dire-
tamente relacionada a quadros de resistência. Devido ao seu efeito anabólico, a insulina
14
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Acredita-se que muitos compostos bioativos presentes nos alimentos como: a fibra ali-
mentar, os ácidos graxos ômega-3, os compostos fenólicos e os peptídeos bioativos
tenham efeitos benéficos à saúde.
Os peptídeos bioativos derivados de proteínas são cada vez mais reconhecidos por seu
vasto potencial para melhorar a saúde humana e prevenir doenças crônicas. Peptídeos
bioativos são definidos como fragmentos proteicos específicos que apresentam um im-
pacto positivo nas funções do organismo, podendo beneficiar a saúde da população
(Kitts e Weiler, 2003; Li et al., 2018).
Diversos peptídeos bioativos foram identificados a partir de vários tipos de fontes ali-
mentares (conforme descrito no Quadro 1). Soja, ovo, leite e peixe são as proteínas mais
estudadas para a preparação de peptídeos bioativos. Além da proteólise, os peptídeos
bioativos também podem ser formados durante o processamento dos alimentos – em
particular a fermentação –, ou serem naturalmente presentes (Li et al., 2018).
15
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
para a prevenção da obesidade. Foi demonstrado que a proteína isolada do soro de leite
inibe a expressão do PPARy e o acúmulo de lipídios em pré-adipócitos 3T3-L1 e também
reduz significativamente o ganho de peso em ratos alimentados com dietas ricas em
gordura (Rajic et al., 2010). Os lactotripeptídeos Val-Pro-Pro e Ile-Pro-Pro também po-
dem induzir a diferenciação benéfica dos adipócitos, a adequada expressão de PPARy
e a secreção de adiponectina nas células 3T3-F442A, indicando seu potencial papel no
tratamento da obesidade (Chakrabarti e Wu, 2015).
Para pacientes com DM2, concentrações normais de glicose plasmática nos estados de
jejum ou pós-prandial é de grande importância. A glicemia pós-prandial é regulada prin-
cipalmente pelas enzimas a-glicosidase e pela dipeptidil peptidase-IV (DPP-IV). Assim, a
redução ou inibição da atividade destas enzimas é uma estratégia importante no manejo
do DM2. Nesse contexto, diversos peptídeos bioativos podem ter potencial anti-hiper-
glicêmico devido à sua capacidade de inibir a DPP-IV e aumentar os neuropeptídeos
GLP-1 e GIP, promovendo maior saciedade (Patil et al., 2015).
16
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
g/kg, grupo PRO) ou seu hidrolisado (0,3 g/kg, grupo PROh). Os resultados mostraram
que a co-ingestão de proteínas aumentou significativamente a liberação de insulina pós-
prandial e reduziu em cerca de 23% a glicose plasmática pós-prandial quando compara-
da ao grupo CHO. Os autores sugerem que a co-ingestão proteica representa uma estra-
tégia dietética eficaz para atenuar o aumento pós-prandial na concentração de glicose
em pacientes com DM2 (Manders et al., 2014).
É importante salientar que a maior parte dos estudos sobre os efeitos dos peptídeos
bioativos foram realizados in vitro ou em animais. Dessa forma, ainda não é possível esta-
belecer seus efeitos em seres humanos. Entretanto, os resultados parecem promissores
e encorajam o desenvolvimento de mais pesquisas nesta área.
17
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
18
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
19
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Os peptídeos bioativos são cada vez mais reconhecidos por seu vasto potencial para
contribuir com a manutenção da saúde favorecendo o processo anabólico, ou seja,
mantendo a homeostase destes tecidos naturalmente ricos em colágeno que estão con-
stantemente em estresse oxidativo. Peptídeos bioativos são definidos como fragmentos
proteicos específicos que apresentam um impacto positivo nas funções fisiológicas e
metabólicas do organismo, podendo beneficiar a saúde da população (Kitts e Weiler,
2003; Li et al., 2018). É importante ressaltar, ainda, que nem todos os peptídeos de co-
lágeno são iguais, havendo diferenças importantes em relação ao à massa molecular e
aos aminoácidos terminais, conferindo características diferentes, com funções biológicas
distintas, Estas características específicas ocorrem devido ao processo único de obtenção
destes BCPs, sendo, geralmente, patenteados, pois conferem especificidade biológica
de acordo com a distribuição da massa molecular destes peptídeos (Figura 2).
20
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
associada a uma mudança favorável nos marcadores ósseos, indicando aumento da for-
mação óssea e redução da degradação óssea, favorecendo a homeostase óssea (König
et al., 2018).
A suplementação com BCP também parece ser eficaz na melhora da força muscular em
indivíduos com sarcopenia. Um estudo duplo-cego realizou a suplementação com 15
g/dia de BCP durante 12 semanas em idosos, associada a um treinamento de resistên-
cia 3 vezes/semana. Em comparação ao grupo placebo, os indivíduos que receberam o
BCP apresentaram maior ganho de força, maior ganho de massa livre de gordura (tecido
muscular esquelético) e maior redução de massa de gordura (p<0,05), demonstrando ser
uma estratégia coadjuvante eficaz no tratamento da sarcopenia em idosos (Zdzieblik et
al., 2015; Jendricke et al., 2019; Oertzen-Hagemann et al., 2019).
Além dos efeitos à saúde, os peptídeos bioativos de colágeno tem sido bastante estu-
dados com em relação aos seus efeitos na fisiologia cutânea atuando no aumento de
elasticidade e prevenção do envelhecimento e rugosidade da pele. Um estudo duplo-
cego conduzido com 69 mulheres com idade entre 35 e 55 anos comparou os efeitos da
suplementação de BCP em diferentes doses (2,5 g/dia e 5 g/dia) durante oito semanas.
No final do estudo a elasticidade da pele em ambos os grupos que recebeu receberam
BCP mostrou uma melhoria significativa em comparação ao placebo, sendo ainda mais
evidente entre as mulheres com mais de 55 anos (Proksch et al., 2014). A rugosidade de
uma mesma paciente do grupo de intervenção após 8 semanas, reduziu em 32% em
relação ao tempo zero, e 49,9% em relação ao grupo placebo (p<0,05) (Proksch et al.,
2014). Outro estudo, quantificou a biossíntese de próo-colágeno e elastina na pele de
indivíduos do grupo de intervenção. Houve um aumento de 65% de próo-colágeno e
18% de elastina após 8 semanas (Proksch et al., 2014).
Dessa forma, considerando as diversas funções biológicas dos BCP ressalta-se a sua
relevância como tratamento coadjuvante em situações que aumentam a demanda fisi-
ológica de proteínas e, particularmente, de colágeno pelos tecidos naturalmente ricos
em colágeno nos seres humanos.
21
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Há alguns anos a sarcopenia foi reconhecida como doença, recebendo um CID (código
internacional de doença) identificado como M62.84 (Anker et al.., 2016). Isso deve pro-
porcionar um aumento na disponibilidade de ferramentas de diagnóstico e um maior
interesse no estudo de drogas para o seu tratamento.
Uma das causas da sarcopenia do idoso é a baixa ingestão de proteínas, nutriente essen-
cial para a manutenção da massa muscular. Entre os idosos observa-se que esse nutriente
é capaz de promover saciedade demasiadamente prolongada, podendo comprometer
o apetite ao longo do dia (Paddon-Jones e Leidy, 2014).
Associado a esste fator, observa-se que o envelhecimento tem sido associado a uma
redução da síntese proteica muscular em resposta à ingestão de proteínas, denominada
“resistência anabólica”. Alguns autores sugerem que esse quadro de resistência é de-
rivado da deficiência na digestão e absorção de proteínas, menor perfusão e, conse-
quentemente, menor captação de aminoácidos no tecido muscular e redução da ex-
pressão de vias de sinalização anabólica (Burd et al., 2013).
22
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Até hoje não há tratamento único que reverta a caquexia e a sarcopenia inflamatória
associada àsa doenças crônicas. A associação da atividade física a um correto manejo
dietético é a principal abordagem na prevenção da sarcopenia. Considerando apenas
o manejo dietético, deve-se considerar que o aumento na ingestão total de proteínas
pelo paciente irá proporcionar maior saciedade, podendo reduzir a ingestão calórica
total. Sendo assim, é importante priorizar a ingestão de tipos específicos de proteínas e
aminoácidos que sejam mais eficientes em atenuar a perda de massa magra associada à
resistência anabólica e à doença crônica.
A suplementação com HMB é capaz de aumentar seus níveis plasmáticos, podendo ser
efetivamente captado pelo músculo esquelético (Vukovich, Slater, et al., 2001) e a sua
segurança é estabelecida com doses de até 6 g/dia sem efeitos tóxicos (Molfino et al.,
2013; Wilson et al., 2013).
23
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
24
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
O consumo de cereais pela espécie humana é datado de pelo menos 14 mil anos atrás,
na forma de pão, na região do crescente fértil (Arranz-Otaegui et al., 2018).
Os cereais são gramíneas cujas sementes (grãos) são caracterizadas pela semelhança
na estrutura anatômica. Para ser considerado integral, o cereal deve apresentar o grão
intacto, quebrado ou flocado após a remoção de partes não comestíveis, como a casca,
mantendo o endosperma, o gérmen e o farelo nas mesmas proporções relativas como
existem no grão intacto (Van Der Kamp et al., 2014; Ross et al., 2017).
25
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
As camadas externas (farelo) podem ser removidas com grande precisão em métodos
modernos de moagem. Entretanto, a remoção de cada camada afeta o perfil nutricional
do grão, com perdas significativas de fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos – compro-
metendo o potencial antioxidante deste alimento (Seal et al., 2016).
A maior parte do grão é o endosperma, que corresponde a até 85% do peso seco dos
cereais. Nutricionalmente, o endosperma é composto majoritariamente por amido, e,
em menor proporção, por proteínas (Seal et al., 2016).
O gérmen é a menor fração do grão, constituindo cerca de 2,5% do peso total. Ele possui
altos teores de lipídios, proteínas e minerais como K, Ca, Mg e Zn, além de vitamina A,
tocoferóis e tocotrienóis (Seal et al., 2016).
26
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Os compostos bioativos dos cerais integrais veem recebendo destaque na literatura desde
que algumas pesquisas mostraram que o conteúdo de fitoquímicos e a atividade antioxi-
dante desse grupo alimentar é maior do que o esperado. Além disso, a composição de
fitoquímicos dos grãos integrais se diferencia daquela observada em frutas e hortaliças,
fazendo com que esses grupos alimentares se complementem na alimentação (Liu, 2007).
A maioria dos fitoquímicos dos grãos integrais estão presentes na fração farelo/gérmen
(Figura 1). Na farinha de trigo integral, a fração farelo/gérmen contribui com 83% do con-
teúdo total de fenólicos, 79% do teor total de flavonoides, 78% do total de zeaxantina,
51% do total de luteína e 42% do total de b-criptoxantina (Liu, 2007).
Os benefícios à saúde conferidos pelos grãos integrais se devem à sua ampla composição
nutricional, que inclui fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos, além de um potencial
antioxidante elevado (Slavin, 2003). A Figura 2 esquematiza os possíveis mecanismos de
ação dos cerais integrais na saúde, ilustrando as interações entre os componentes dos
grãos integrais e a microbiota, com implicações importantes na saúde e na doença.
27
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Figura 2: Interações entre os componentes dos grãos integrais e a microbiota, com suas
possíveis implicações na saúde e na doença.
28
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
9. ATUALIZAÇÃO EM ÔMEGA 3
Dra. Tânia Martinez
Os ácidos graxos ômega-3 são compostos pelo ácido alfa-linolênico (ALA-C18:3) que é
proveniente de fontes de origem vegetal como a soja, a canola e a linhaça, e pelos áci-
dos eicosapentaenoico (EPA – C20:5) e docosa-hexaenoico (DHA – C22:6), cuja as princi-
pais fontes alimentares como peixes e outros frutos do mar. O óleo de peixe de bacalhau
é conhecido pelo seu alto teor de ômega-3 e é obtido de peixes oleosos ou magros. Os
ácidos graxos ômega-3 são essênciasessenciais para a saúde humana e são adquiridos
por meio da alimentação visto que mamíferos são incapazes de sintetizá-los por limita-
ções biossintéticas. A bioconversão do ácido alfa-linolênico em mamíferos resulta na for-
mação de EPA e DHA por meio de processos de elongações e dessaturações e pode ser
influenciada por fatores fisiológicos e externos. (Calder, 2012; Faludi et al., 2017). Em pro-
porções adequadas, tanto EPA quanto o DHA podem ter influência na natureza física das
membranas celulares, nas respostas mediadas por proteínas de membrana, na geração
de mediadores lipídicos, na sinalização celular e na expressão gênica de diferentes tipos
de células. Desse modo, esses nutrientes podem impactar tanto na fisiologia das células
e dos tecidos, bem como na resposta destes aos sinais externos (Calder e Yaqoob, 2009).
Os primeiros dados dos benefícios do consumo de ácidos graxos ômega-3 são proveni-
entes de um estudo onde observou-se que esquimós residentes na Groenlândia tinham
uma menor incidência de doenças cardiovasculares comparado com outras populações
do mundo. Os autores desta pesquisa, verificaram que esta população consumia grandes
quantidades de peixes, focas e outros animais marinhos daquela região, ricos em ôme-
ga-3 (Dyerberg e Bang, 1979). Segundo dados da FAO (2018), o consumo de pescados
por ano é de cerca de 5 a 10kg, com previsão de aumento para toda região da América.
Os principais mecanismos de ação dos ácidos graxos ômega-3 estão relacionados com
efeitos nos marcadores inflamatórios e de disfunção endotelial, alteração nos níveis de
lipídeos plasmáticos, ação antitrombótica, prevenção da arritmia cardíaca, redução da
pressão arterial, estresse oxidativo e efeito nos níveis de homocisteina e óxido nítrico.
Nesse contexto, os benefícios clínicos do consumo desses ácidos graxos polinsaturados
estão associados ao seu efeito hipolipemiante, hipotensor, anti-agregante, anti-arritimi-
co e anti-inflamatório.
29
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
des (TG) por meio da diminuição da síntese hepática de VLDL por meio de mecanis-
mos que incluem: a redução da disponibilidade de ácidos graxos para a síntese de TG
em virtude da diminuição da lipogênese de novo; aumento da beta-oxidação de ácidos
graxos; redução da captação de ácidos graxos não esterificados para o fígado; redução
de atividade enzimática para síntese de TG e aumento da síntese hepática de fosfolipí-
dios (Harris et al., 2008; Mozaffarian e Wu, 2011).
O efeito anti-trombótico associado à ingestão dos ácidos graxos ômega-3 está asso-
ciado à inibição da síntese de tromboxano A2, um eicosanoide responsável por induzir a
agregação plaquetária em detrimento da produção do tromboxano A3. O tromboxano
A2 tem sua produção reduzida de forma competitiva na presença destes ácidos graxos
(Cintra et al., 2017). No entanto, em estudos realizados com humanos os efeitos do con-
sumo de ômega-3 na agregação plaquetária e nos fatores de coagulação ainda não são
consistentes (Mozaffarian e Wu, 2011).
Os ácidos graxos ômega-3 podem atuar no processo inflamatório por diversos mecanis-
mos associados por exemplo à composição fosfolipidica da membrana celular, o que
resulta na síntese de mediadores lipídicos de baixo potencial inflamatório. Além disso,
podem atuar como agonistas do receptor de ativação de proliferação de peroxissomas
(PPAR), que uma vez ativado exerce efeitos anti-inflamatórios ao impedir a ativação de fa-
tores de transcrição (NF-k B; AP-1) e, consequentemente a expressão de genes pró-infla-
matórios (TNF-a, IL-6, IL-1b). Outro mecanismo associado a esta função anti-inflamatória
está associado ao receptor acoplado à proteína G-120 (GPR120). Os ácidos graxos ôme-
ga-3, tanto EPA como DHA, são capazes de se ligar a este receptor e ao final do processo
30
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
que inclui váarias etapas, inibir a via de sinalização do NF-kB, reduzindo a expressão de
genes com ação pró-inflamatória. Nesse contexto, os ácidos graxos ômega-3 também
estão envolvidos na modulação da produção de prostaglandinas, importantes para a
resposta inflamatória (Calder, 2010; Cintra et al., 2017). Em relação a biomarcadores in-
flamatórios como por exemplo a proteína C- reativa (PCR), não foi observado mudanças
neste parâmetro. Desse modo, ainda não está claro se estes efeitos são clinicamente
significativos diante das recomendações de ingestão habituais (Mozaffarian e Wu, 2011).
31
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Além disso, os indivíduos com sobrepeso e obesidade também podem ser afetados
por deficiências de micronutrientes (vitaminas e minerais), que geralmente são causadas
pela ingestão dietética insuficiente ou baixa biodisponibilidade. Por cursarem por vezes
despercebidas, estas deficiências têm sido denominadas como “Fome Oculta” (FAO,
2018; Gödecke et al., 2018).
Apesar dos esforços da fortificação industrial estarem se tornando mais difundidos nos
países em desenvolvimento, estes são limitados por seus custos contínuos e pela cober-
tura imperfeita da população-alvo, particularmente a população rural pobre e crianças jo-
vens (FAO; WHO, 2018). A principal desvantagem do uso de suplementação é o seu
custo relativamente alto. Além disso, enquanto certas populações são fáceis de alcançar
através das instituições existentes (por exemplo, crianças em idade escolar através das
escolas), muitas vezes é difícil de realizar uma cobertura completa de mais pessoas em
risco, mulheres pobres e crianças muito jovens. Assim, a suplementação tem sido muitas
32
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
vezes mais eficaz quando entregue juntamente com outras intervenções de saúde ma-
terna e infantil (FAO, 2018).
Historicamente, desde que o homem cultiva espécies vegetais das quais se alimenta há
mais de 10.000 anos, tem domesticado espécies e produzido variedades geneticamente
modificadas (GMO) por meio da seleção de caracteres de interesse (ex: tamanho dos
órgãos colheitáveis, cor, sabor etc). Com o avanço dos conhecimentos de genética, os
programas de melhoramento têm visado a obtenção de variedades com maior produ-
tividade e resistência a estresses bióticos e abióticos para atender a necessidade de
alimentos para a população mundial crescente.
A obtenção de GMO pode ser feita por métodos clássicos de melhoramento por meio
de cruzamentos entre plantas que possuam os caracteres desejados, ou com uso de
técnicas de engenharia genética (ex: transgênesetransgênesis, mutagênese dirigida, etc)
(Figura 3). A escolha da estratégia depende do caráter que se pretende alterar e da espé-
cie vegetal. Geralmente, o uso de técnicas de engenharia genética permite intervenções
mais rápidas e precisas. Por exemplo, em situações onde o gene de interesse que se
pretende introduzir não existe na espécie de interesse ou espécies próximas, o método
biotecnológico utilizando técnicas de engenharia genética é a única alternativa. Nesses
casos, o gene pode vir de organismos diversos como outra espécie vegetal ou até de
bactérias (Zorrilla López et al., 2013; Farré et al., 2014).
Um exemplo disso é o arroz dourado (golden rice), uma variedade de arroz transgênico
que acumula b-caroteno (provitamina A) no endosperma da semente (órgão comestível).
O objetivo dessa estratégia foi ajudar a combater os graves problemas causados pela
deficiência de vitamina A, principalmente em países asiáticos onde o arroz é compo-
nente fundamental da alimentação. Não existem variedades de arroz nem espécies
correlatas que acumulem b-caroteno nas sementes, inviabilizando assim a estratégia de
cruzamento convencional para se obter uma variedade rica nesta provitamina. Por meio
da engenharia genética foram incorporados genes que permitem que o grão de arroz
dourado apresente até 23 vezes mais b-caroteno que o arroz convencional (Paine et al.,
2005). O fornecimento de b-caroteno em um alimento básico, como o arroz, pode ser um
complemento simples e eficaz para programas de suplementação, tendo em vista que,
por meio da agricultura, seria onipresente e autossustentável (Beyer et al., 2002).
33
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
34
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
35
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
36
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Além disso, os ensaios clínicos randomizados podem ser cegos – quando apenas o partici-
pante não sabe o que está recebendo – ou duplo-cego – quando nem os pesquisadores
nem os participantes sabem o que estão recebendo.
A partir dos estudos experimentais ou não, são feitas as revisões sistemáticas, que consiste
em uma síntese rigorosa de pesquisas relacionadas à questão de estudo, envolvendo a
interpretação dos dados organizados, apresentando as similaridades e diferenças impor-
tantes entre as pesquisas já realizadas. Quando a revisão sistemática é feita de forma quan-
titativa, aplicando testes estatísticos aos estudos avaliados, denomina-se de metanálise –
técnica estatística adequada para combinar resultados provenientes de diferentes estudos.
37
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
É importante destacar que a revisão sistemática difere da revisão narrativa, uma vez que
esta última apenas descreve uma situação por meio de um levantamento bibliográfico
simples, sem apresentar características de reprodutibilidade e repetibilidade. A revisão
sistemática requer uma questão clara, critérios de seleção bem definidos – de modo que
garanta a qualidade dos estudos sintetizados e possa ser reproduzida por outrem – e uma
conclusão que forneça novas informações com base no conteúdo pesquisado. Essa con-
clusão pode ser ainda mais objetiva e quantitativa quando há uma metanálise.
A ANVISA vem debatendo uma proposta de unificar em uma única categoria de suple-
mentos alimentares quaisquer produtos atualmente enquadrados em seis categorias de
alimentos e uma categoria de medicamento. É uma abordagem que poderia auxiliar na
gestão do estoque regulatório, na uniformização dos critérios sanitários e na redução das
lacunas de informação do setor.
Assim, a abordagem proposta para tratamento dos componentes bioativos visa favorecer
acesso e, ao mesmo tempo, coibir práticas enganosas, estabelecendo-se como patamar
inicial a comprovação da segurança de uso e a demonstração do potencial efeito benéfico.
38
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
AL-ASSAL, K. et al. Gut microbiota and obesity. Clinical Nutrition Experimental, v. 20, p. 60-
64, 2018. ISSN 2352-9393. Disponível em: < https://doi.org/10.1016/j.yclnex.2018.03.001
>. Acesso em: 2019/01/21.
ANDREAS, N. J.; KAMPMANN, B.; MEHRING LE-DOARE, K. Human breast milk: A review
on its composition and bioactivity. Early Hum Dev, v. 91, n. 11, p. 629-35, Nov 2015. ISSN
0378-3782.
ANKER, S. D.; MORLEY, J. E.; HAEHLING, S. Welcome to the ICD-10 code for sarcopenia.
Journal of cachexia, sarcopenia and muscle, v. 7, n. 5, p. 512-514, 2016. ISSN 2190-6009.
AUNE, D. et al. Whole grain consumption and risk of cardiovascular disease, cancer,
and all cause and cause specific mortality: systematic review and dose-response meta-
analysis of prospective studies. bmj, v. 353, p. i2716, 2016. ISSN 1756-1833.
AZIZ, Q. et al. Gut microbiota and gastrointestinal health: current concepts and future
directions. Neurogastroenterol Motil, v. 25, n. 1, p. 4-15, Jan 2013. ISSN 1350-1925.
BARILLARO, C. et al. The new metabolic treatments for sarcopenia. Aging clinical and
experimental research, v. 25, n. 2, p. 119-127, 2013. ISSN 1720-8319.
BEAUDART, C. et al. Quality of life and physical components linked to sarcopenia: the
SarcoPhAge study. Experimental gerontology, v. 69, p. 103-110, 2015. ISSN 0531-5565.
BENHAMOU, C.-L.; ROUX, C.; BLAIS, A. Hydrolyzed collagen improves bone metabolism
and biomechanical parameters in ovariectomized mice: An in vitro and in vivo study. 2009.
BENISI-KOHANSAL, S. et al. Whole-Grain Intake and Mortality from All Causes, Cardio-
39
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
BEYER, P. et al. Golden rice: Introducing the b-carotene biosynthesis pathway into rice
endosperm by genetic engineering to defeat vitamin A deficiency. The Journal of nutri-
tion, v. 132, n. 3, p. 506S-510S, 2002. ISSN 0022-3166.
BINDELS, L. B. et al. Towards a more comprehensive concept for prebiotics. Nat Rev
Gastroenterol Hepatol, v. 12, n. 5, p. 303-10, May 2015. ISSN 1759-5045.
BODE, L. Human milk oligosaccharides: prebiotics and beyond. Nutr Rev, v. 67 Suppl 2,
p. S183-91, Nov 2009. ISSN 0029-6643.
______. Human milk oligosaccharides: Every baby needs a sugar mama. In: (Ed.). Glycobi-
ology, v.22, 2012. p.1147-62. ISBN 0959-6658 (Print)1460-2423 (Electronic).
BODE, L. et al. Human milk oligosaccharide concentration and risk of postnatal transmis-
sion of HIV through breastfeeding123. In: (Ed.). Am J Clin Nutr, v.96, 2012. p.831-9. ISBN
0002-9165 (Print)1938-3207 (Electronic).
BURD, N. A.; GORISSEN, S. H.; VAN LOON, L. J. C. Anabolic resistance of muscle protein
synthesis with aging. Exercise and sport sciences reviews, v. 41, n. 3, p. 169-173, 2013.
ISSN 0091-6331.
______. Mechanisms of action of (n-3) fatty acids. J Nutr, v. 142, n. 3, p. 592s-599s, Mar
2012. ISSN 0022-3166.
CHAKRABARTI, S.; WU, J. Milk-derived tripeptides IPP (Ile-Pro-Pro) and VPP (Val-Pro-Pro)
40
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
promote adipocyte differentiation and inhibit inflammation in 3T3-F442A cells. PloS one,
v. 10, n. 2, p. e0117492, 2015. ISSN 1932-6203.
CINTRA, D. E.; YAMADA, M.; ROGERO, M. M. Ácidos graxos poli-instaurados. In: COMI-
NETTI, C.;ROGERO, M. M., et al (Ed.). Genômica Nutricional: dos fundamentos à nu-
trição molecular. 1. Barueri: Manole, v.1, 2017.
COPPA, G. V. et al. The first prebiotics in humans: human milk oligosaccharides. Journal
of clinical gastroenterology, v. 38, p. S80-S83, 2004. ISSN 0192-0790.
CZECH, M. P. Insulin action and resistance in obesity and type 2 diabetes. Nature medi-
cine, v. 23, n. 7, p. 804, 2017. ISSN 1546-170X.
D’ARGENIO, V.; SALVATORE, F. The role of the gut microbiome in the healthy adult sta-
tus. Clin Chim Acta, v. 451, n. Pt A, p. 97-102, Dec 7 2015. ISSN 0009-8981.
DYERBERG, J.; BANG, H. O. Haemostatic function and platelet polyunsaturated fatty ac-
ids in Eskimos. Lancet, v. 2, n. 8140, p. 433-5, Sep 1 1979. ISSN 0140-6736 (Print)0140-6736.
41
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
ENGELEN, M. et al. High anabolic potential of essential amino acid mixtures in ad-
vanced nonsmall cell lung cancer. Annals of Oncology, v. 26, n. 9, p. 1960-1966, 2015.
ISSN 1569-8041.
FAO. Dairy products: Milk production., 2015. Disponível em: < http://www.fao.org/agri-
culture/dairy-gateway/milk-production/en/#.Vf9eEt9Viko . >. Acesso em: 17/01.
FAO, I., UNICEF, WFP AND WHO. The State of Food Security and Nutrition in the World 2018.
Building climate resilience for food security and nutrition. FAO. Rome. 2018
FAO, W. Joint child malnutrition estimates - Levels and trends. FAO. 2018
GIACCO, R. et al. Whole grain intake in relation to body weight: from epidemiological
evidence to clinical trials. Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases, v. 21, n. 12,
p. 901-908, 2011. ISSN 0939-4753.
______. Dietary modulation of the human colonic microbiota: updating the concept of
prebiotics. Nutr Res Rev, v. 17, n. 2, p. 259-75, Dec 2004. ISSN 0954-4224.
______. Dietary prebiotics: current status and new definition. Food Science and Technol-
ogy Bulletin: Functional Foods, v. 7, n. 1, p. 1-19, 2011.
42
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
chanical parameters in ovariectomized mice: an in vitro and in vivo study. Bone, v. 46, n. 3,
p. 827-834, 2010. ISSN 8756-3282.
GÖDECKE, T.; STEIN, A. J.; QAIM, M. The global burden of chronic and hidden hun-
ger: Trends and determinants. Global Food Security, v. 17, p. 21-29, 2018/06/01/ 2018.
ISSN 2211-9124. Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/
S2211912417301578 >.
HARRIS, W. S. et al. Omega-3 fatty acids and coronary heart disease risk: clinical and
mechanistic perspectives. Atherosclerosis, v. 197, n. 1, p. 12-24, Mar 2008. ISSN 0021-9150.
HAYS, N. P. et al. Effects of whey and fortified collagen hydrolysate protein supplements
on nitrogen balance and body composition in older women. Journal of the American
dietetic association, v. 109, n. 6, p. 1082-1087, 2009. ISSN 0002-8223.
HILL, C. et al. Expert consensus document: The International Scientific Association for
Probiotics and Prebiotics consensus statement on the scope and appropriate use of the
term probiotic. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, v. 11, n. 8, p. 506, 2014-
06-10 2014.
KHO, Z. Y.; LAL, S. K. The Human Gut Microbiome - A Potential Controller of Wellness
and Disease. Front Microbiol, v. 9, p. 1835, 2018. ISSN 1664-302X (Print)1664-302x.
KITTS, D. D.; WEILER, K. Bioactive proteins and peptides from food sources. Applications
of bioprocesses used in isolation and recovery. Current pharmaceutical design, v. 9, n. 16,
p. 1309-1323, 2003. ISSN 1381-6128.
43
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
KÖNIG, D. et al. Specific Collagen Peptides Improve Bone Mineral Density and Bone
Markers in Postmenopausal Women—A Randomized Controlled Study. Nutrients, v. 10,
n. 1, p. 97, 2018.
LARRIEU, T.; LAYÉ, S. Food for Mood: Relevance of Nutritional Omega-3 Fatty Acids for
Depression and Anxiety. Front Physiol, v. 9, 2018. ISSN 1664-042X (Electronic).
LAVIANO, A. et al. Carnitine administration reduces cytokine levels, improves food in-
take, and ameliorates body composition in tumor-bearing rats. Cancer investigation, v.
29, n. 10, p. 696-700, 2011. ISSN 0735-7907.
LEVY, M. et al. Dysbiosis and the immune system. Nat Rev Immunol, v. 17, n. 4, p. 219-
232, Apr 2017. ISSN 1474-1733.
LI, S. et al. Molecular targets and mechanisms of bioactive peptides against metabolic
syndromes. Food & function, v. 9, n. 1, p. 42-52, 2018.
LIU, R. H. Whole grain phytochemicals and health. Journal of Cereal Science, v. 46, n. 3,
p. 207-219, 2007. ISSN 0733-5210.
LIU, X. et al. Dietary supplements for treating osteoarthritis: a systematic review and
meta-analysis. Br J Sports Med, v. 52, n. 3, p. 167-175, 2018. ISSN 0306-3674.
MACCAFERRI, S.; BIAGI, E.; BRIGIDI, P. Metagenomics: key to human gut microbiota.
44
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
MARQUES, M. R. et al. Peptides from cowpea present antioxidant activity, inhibit cho-
lesterol synthesis and its solubilisation into micelles. Food chemistry, v. 168, p. 288-293,
2015. ISSN 0308-8146.
MORRIS, M. C.; SACKS, F.; ROSNER, B. Does fish oil lower blood pressure? A meta-
analysis of controlled trials. Circulation, v. 88, n. 2, p. 523-33, Aug 1993. ISSN 0009-7322
(Print)0009-7322.
MOZAFFARIAN, D.; WU, J. H. Omega-3 fatty acids and cardiovascular disease: effects
on risk factors, molecular pathways, and clinical events. J Am Coll Cardiol, v. 58, n. 20, p.
2047-67, Nov 8 2011. ISSN 0735-1097.
MÉRIC, E. et al. Insulin and glucose responses after ingestion of different loads and
forms of vegetable or animal proteins in protein enriched fruit beverages. Journal of
Functional Foods, v. 10, p. 95-103, 2014. ISSN 1756-4646.
NEHIR EL, S.; SIMSEK, S. Food Technological Applications for Optimal Nutrition: An
Overview of Opportunities for the Food Industry. Comprehensive Reviews in Food Sci-
ence and Food Safety, v. 11, n. 1, p. 2-12, 2012/01/01 2012. ISSN 1541-4337. Disponível
em: < https://doi.org/10.1111/j.1541-4337.2011.00167.x >. Acesso em: 2019/01/11.
O’NEIL, C. E. et al. Whole grain and fiber consumption are associated with lower body
45
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
weight measures in US adults: National Health and Nutrition Examination Survey 1999-
2004. Nutrition research, v. 30, n. 12, p. 815-822, 2010. ISSN 0271-5317.
OESSER, S. et al. Oral administration of 14C labeled gelatin hydrolysate leads to an ac-
cumulation of radioactivity in cartilage of mice (C57/BL). The Journal of nutrition, v. 129,
n. 10, p. 1891-1895, 1999. ISSN 0022-3166.
PADDON-JONES, D.; LEIDY, H. Dietary protein and muscle in older persons. Current
opinion in clinical nutrition and metabolic care, v. 17, n. 1, p. 5, 2014.
PAINE, J. A. et al. Improving the nutritional value of Golden Rice through increased pro-
vitamin A content. Nature biotechnology, v. 23, n. 4, p. 482, 2005. ISSN 1546-1696.
PEREIRA, P. C. Milk nutritional composition and its role in human health. Nutrition, v. 30,
n. 6, p. 619-27, Jun 2014. ISSN 0899-9007.
46
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
PRINCIPI, N. et al. Gut dysbiosis and irritable bowel syndrome: The potential role of
probiotics. J Infect, v. 76, n. 2, p. 111-120, Feb 2018. ISSN 0163-4453.
RAJIC, A. et al. A novel dairy-derived isolate that inhibits adipogenesis and significantly
reduces weight gain in a high fat animal model. International dairy journal, v. 20, n. 7, p.
480-486, 2010. ISSN 0958-6946.
RIJKERS, G. T. et al. Guidance for substantiating the evidence for beneficial effects of
probiotics: current status and recommendations for future research. J Nutr, v. 140, n. 3, p.
671s-6s, Mar 2010.
RINDOM, E. et al. Effect of protein quality on recovery after intense resistance training. Eu-
ropean journal of applied physiology, v. 116, n. 11-12, p. 2225-2236, 2016. ISSN 1439-6319.
47
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
SANCHEZ, B. et al. Probiotics, gut microbiota, and their influence on host health and
disease. Mol Nutr Food Res, v. 61, n. 1, Jan 2017. ISSN 1613-4125.
SCHIPPA, S.; CONTE, M. P. Dysbiotic Events in Gut Microbiota: Impact on Human Health.
In: (Ed.). Nutrients, v.6, 2014. p.5786-805. ISBN 2072-6643 (Electronic).
SEAL, C. J. et al. Whole-grain dietary recommendations: the need for a unified global
approach. British Journal of Nutrition, v. 115, n. 11, p. 2031-2038, 2016. ISSN 0007-1145.
SILVÉRIO, R. et al. l-carnitine and cancer cachexia: Clinical and experimental aspects.
Journal of cachexia, sarcopenia and muscle, v. 2, n. 1, p. 37-44, 2011. ISSN 2190-5991.
SLAVIN, J. Why whole grains are protective: biological mechanisms. Proceedings of the
Nutrition society, v. 62, n. 1, p. 129-134, 2003. ISSN 1475-2719.
SLAVIN, J. L. et al. Plausible mechanisms for the protectiveness of whole grains. The
American journal of clinical nutrition, v. 70, n. 3, p. 459s-463s, 1999. ISSN 0002-9165.
SUZUKI, K. et al. The role of gut hormones and the hypothalamus in appetite regulation.
Endocrine journal, v. 57, n. 5, p. 359-372, 2010. ISSN 0918-8959.
TOLEA, M. I.; GALVIN, J. E. Sarcopenia and impairment in cognitive and physical perfor-
mance. Clinical interventions in aging, v. 10, p. 663, 2015.
VAN DER KAMP, J. W. et al. The HEALTHGRAIN definition of ‘whole grain’. Food & nutri-
tion research, v. 58, n. 1, p. 22100, 2014. ISSN 1654-6628.
48
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
WANG, B. et al. Brain ganglioside and glycoprotein sialic acid in breastfed compared
with formula-fed infants. Am J Clin Nutr, v. 78, n. 5, p. 1024-9, Nov 2003. ISSN 0002-9165
(Print)0002-9165.
WANG, H. et al. Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and
cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980–2015: a systematic analysis for
the Global Burden of Disease Study 2015. The Lancet, v. 388, n. 10053, p. 1459-1544,
2016/10/08/ 2016. ISSN 0140-6736. Disponível em: < http://www.sciencedirect.com/sci-
ence/article/pii/S0140673616310121 >.
WHO. World health statistics 2018: monitoring health for the SDGs, sustainable develop-
ment goals. World Health Organization. Geneva: 2018-05-17 14:19:58. 2018
WU, H. et al. Association between dietary whole grain intake and risk of mortality: two
large prospective studies in US men and women. JAMA internal medicine, v. 175, n. 3, p.
373-384, 2015. ISSN 2168-6106.
YU, Z. et al. Novel peptides derived from egg white protein inhibiting alpha-glucosidase.
Food Chemistry, v. 129, n. 4, p. 1376-1382, 2011. ISSN 0308-8146.
49
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
effects and mechanisms of action. Amino Acids, v. 40, n. 4, p. 1015-1025, 2011/04/01 2011.
ISSN 1438-2199. Disponível em: < https://doi.org/10.1007/s00726-010-0678-0 >.
ZONG, G. et al. Whole Grain Intake and Mortality From All Causes, Cardiovascular Dis-
ease, and CancerCLINICAL PERSPECTIVE: A Meta-Analysis of Prospective Cohort Stud-
ies. Circulation, v. 133, n. 24, p. 2370-2380, 2016. ISSN 0009-7322.
50
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
Diretoria Financeira
- Mariela Weingarten Berezovsky –
Danone Ltda.
Diretoria
- Amanda Poldi – Cargill
- Fernanda Oliveira Martins - Unilever - Franco Lajolo – Faculdade de Ciências
- Helio Vannucchi – Faculdade de Farmacêuticas da USP
Medicina de Ribeirão Preto - USP - Helio Vannucchi – Faculdade de Me-
- Luiz Henrique Fernandes - Pfizer dicina de Ribeirão Preto - USP
- Maria Cecília Toledo – Universidade - Ione Lemonica – UNESP Botucatu
Estadual de Campinas - Luiz Henrique Fernandes - Pfizer
- Mauro Fisberg – Instituto PENSI e - Maria Cecília Toledo – Fac. Eng. Alimen-
Pediatria EPM / UNIFESP tos / UNICAMP
- Paulo Stringheta – Universidade Federal - Mariela Weingarten Berezovsky – Da-
de Viçosa none Ltda.
- Taiana Trovão – Mondelez - Mauro Fisberg – Instituto PENSI e Pe-
diatria EPM / UNIFESP
Conselho Científico e de Administração - Othon Abrahão - Futuragene
- Amanda Poldi – Cargill - Paulo Stringheta – UFV
- Antonio Marcos Pupin - Nestlé - Renata Cassar – Tate & Lyle
- Bernadette Franco – Faculdade de - Silvia Maria Franciscato Cozzolino – Facul-
Ciências Farmacêuticas da USP dade de Ciências Farmacêuticas da USP
- Carlos Nogueira-de-Almeida – Univer- - Taiana Trovão - Mondelez
sidade Federal de São Carlos Cristiana - Tatiana da Costa Raposo Pires – Herbalife
- Leslie Corrêa – Planitox
- Deise M. F. Capalbo - EMBRAPA Fer-
nanda de Oliveira Martins – Unilever
- Felix Reyes – Fac. Eng. Alimentos / UNICAMP
- Flavio Zambrone - Instituto Brasileiro de
Toxicologia
51
Alimentos Funcionais e Compostos Bioativos: Ciência, Avaliação e Consumo / ILSI Brasil
52