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Apontamentos para a questão indígena na história da América Hispânica

Ivia Minelli

Pensar o lugar indígena num todo chamado "América" é uma proposta, se não
impossível, no mínimo audaciosa. Desde o período pré-colonial, passando pelos longos
séculos de contato com os colonizadores até os dias de hoje, a experiência na relação
com o indígena revela-se bastante divergente em cada canto do continente. Em alguns
pontos, no entanto, a presença dos europeus foi ecoada: genocídio, escravização,
catequização, etc., motivos que acabam aproximando as diversas narrativas sobre o ser
autóctone latino-americano. No caso da América Hispânica, cujo legado indígena talvez
seja paralelo ao dos africanos na região de ocupação portuguesa, a visão colonizadora
deixou marcas difíceis de serem suplantadas sobre os habitantes locais e sua cultura,
reparação histórica a que muito têm se dedicado os debates historiográficos.

A partir do século XIX, quando os discursos pós-independentistas tinham como


desafio construir uma perspectiva do nacional que distinguisse os novos países da antiga
metrópole,1 o indígena passa a ser um entrave político e cultural às jovens elites, uma
vez que o argumento republicano, partindo das peculiaridades do território, não poderia
ignorar o índio como parte constitutiva da sua população. No entanto, isso não
significou valorá-lo. Domingo Faustino Sarmiento (1811-1888) escreveu em 1845 o seu
mais famoso livro, Facundo: civilização e barbárie,2 que circulou rapidamente por toda
a América Latina e ofereceu importantes balizas interpretativas ao novo imaginário
civilizador: tudo estava por ser feito em terras americanas, e caberia aos homens
instruídos o empenho dessa jornada.3 Nesse ínterim, o indígena estava classificado
como selvagem e, por isso, impossível de ser salvo ante a almejada civilização, devendo
ser superado em sua ignorância e passividade. Nas palavras de Sarmiento:

Muito se deve ter contribuído para produzir esse resultado infeliz [a baixa instrução
dos homens interioranos argentinos] a incorporação de indígenas feita pela


Doutoranda em História pela Universidade Estadual de Campinas.
1
GUERRA, François-Xavier. "Las mutaciones de la identidad en la América Hispánica". In: ANNINO,
Antonio; GUERRA, F. Inventando la nación. Iberoamérica, siglo XIX. México: FCE, 2003.
2
Sarmiento também foi presidente da Argentina entre 1868 e 1874.
3
SARMIENTO, Domingo F. Facundo: civilização e barbárie. Rio de Janeiro: Vozes, 1996 [1a edição
1845], p. 192.
colonização. As raças americanas vivem na ociosidade e se mostram incapazes,
mesmo pela coação, de se dedicarem a um trabalho duro e contínuo. 4

Além de construir a incompatibilidade da cultura indígena com o futuro promissor


da região, essa perspectiva também ajudava os projetos civilizatórios a romper com a
governabilidade do passado colonial e os sujeitos nela implicados, abrindo espaço para
o referencial francês e norte-americano de progresso e de liberalismo. Dessa forma, a
figura do indígena passava a ser depositária de todas as características indesejáveis para
as jovens nações, sendo o referencial do atraso econômico hispânico, do primitivismo
cultural e da instabilidade política. Sendo difícil encaixá-lo nessa nova lógica
civilizacional, o caminho encontrado foi desarticulá-lo biologicamente como ser inferior
e condicionado aos ditames da sociedade crioula.

É possível notar a força alcançada por esse discurso nas diferentes formas com que
os indígenas foram preteridos nos diversos episódios de guerras civis5, por exemplo, do
final do XIX. Na Argentina, a perspectiva do "vazio" sobre as regiões ocupadas pelos
agrupamentos indígenas justificaram o massacre da Campanha do Deserto em 1880, que
dizimou a maior parte da população da Patagônia. Na Bolívia, entre 1870 e 1899, os
indígenas eram redefinidos em seu papel de cidadãos, ou não, segundo articulações
legais que embasavam apenas os interesses governamentais nos processos de ocupação
territorial. Esses e outros tantos episódios nos falam da acepção de um outro que
precisava ser exterminado, não apenas fisicamente, mas também na sua presença
cultural.

No entanto, com o advento dos Centenários de independência e os impasses


trazidos pela modernidade, os discursos sobre a nação ganhariam uma faceta mais
social, cultural e econômica, pois estavam malogradas as inspirações políticas em
modelos estrangeiros.6 Muitas eram as pendências: por um lado, o repertório indígena
fazia-se impreterível no cotidiano do México e do Peru, o que pode ser visto, por
exemplo, no sincretismo religioso do culto à Virgem de Guadalupe, e na permanência
de costumes tradicionais como a Festa ao Sol, o Inti Raymi; por outro, a desejada,
porém, desmesurada vinda de imigrantes europeus para a Argentina e para o Chile

4
Idem, p. 71-72.
5
As guerras civis marcaram as disputas internas dos novos países por motivos de governança, expansão
territorial e proteção das fronteiras, acabando por redefinir o contorno interno do continente.
6
Os impasses políticos vividos entre os países europeus na virada do século XIX para o XX
distanciavam-se do modelo proposto pela elite política dos países hispano-americanos. Assim como ficou
abalada a confiança interna de um futuro próspero, por conta das numerosas e custosas disputas locais.
balançava o tom nacionalista cobiçado pela elite ilustrada que, num afã pelo progresso,
acreditou no controle sobre a multidão. Ou seja, a historiografia do século XX precisou
revisar o elemento indígena, ainda que repleto de estigmas, marcando uma guinada na
base analítica sobre a história latino-americana. O índio deixaria de ser um outro
indomável para assumir o lugar de representante da originalidade, sendo ele a tradição
(particular) de que tanto se precisava mediante o categórico discurso da modernidade
(universal).7

Para que a historiografia lograsse incorporar o indígena em seu discurso, foi preciso
toda uma operação simbólica de pensar a nação sob uma forma etnicamente homogênea
e monocromática. A historiadora Patrícia Funes marca na consolidação de dois
conceitos bastante complexos parte do desenrolar desses processos, que nos revelam
continuidades e rupturas em relação ao pensamento oitocentista: a mestiçagem e o
indigenismo.

Na década de 1920, o problema indígena no México e no Peru, a nosso ver, inverte a


lógica da Independência. No México, no calor da Revolução [1910-1930] e -
sobretudo - da busca por uma ordem, o nacionalismo mexicano fez do mestiço o
centro de sua ideologia. Embora recuperasse o indígena no âmbito retórico e
simbólico (inclusive prático, especificamente por conta da repartição de terras do
general Obregón), o discurso intelectual dominante era miscigenado e
assimilacionista. O radicalismo agrário dos exércitos indígena-campesinos e sua
incorporação "de fato" na arena política, era uma herança complicada para qualquer
reivindicação exclusivamente étnica e social do mundo rural a partir do Estado. Por
isso, é só aparentemente paradoxal que não encontremos em meio ao processo
revolucionário um pensamento exclusivamente "indigenista". (...) No Peru, no
entanto, o regime político e cultural fortemente oligárquico e excludente obrigou os
intelectuais a pensarem a cultura nacional "fora" e contrário ao espaço estatal. Com
isso, foi gerado um pensamento sobre o problema indígena mais complexo, mais
8
frutífero e - no general - mais radical e contestatório. (tradução livre)

O lugar do discurso indígena sofria transformações conforme a relação que


intelectuais e historiadores estabeleceram com o Estado, revelando o manejo da causa
indígena sob demandas locais e específicas. Essa abordagem de cunho sociológico
fundamentaria a presença indígena nas narrativas históricas até as décadas de 1950 e
1960, articulado por renomados pensadores de influência marxista, começando com

7
Ver: FUNES, Patrícia. "Leer versos con los ojos de la historia. Literatura y nación en Ricardo Rojas y
Jorge Luis Borges". História, vol.22, nº2, Franca, 2003. "La construcción de una tradición impone forjar
un abolengo, un linaje que revele espesuras, honduras e inmemorialidades (que el acto “original” de la
construcción vuelve precisamente recordable e historiable) para conjurar las inestabilidades e
incertidumbres del futuro. En este sentido, tradición y modernidad no se oponen, se complementan. Es la
modernidad la que necesita de tradiciones. Aunque secularizadas y laicas, también elabora sus panteones
y rituales", p. 99.
8
FUNES, Patrícia. Salvar la nación. Intelectuales, cultura y política en los años veinte latinoamericanos.
Buenos Aires: Prometeo Libros, 2006, p. 146-147.
José Carlos Mariátegui, Víctor Andrés Belaúnde, José Vasconcelos e, mais tarde, com
José Luis Romero, por exemplo.9 O campo, lugar do indígena por excelência, em
oposição aos desmandos da cidade moderna, cosmopolita e segregadora, reverberava o
já antigo papel de vítimas, passivos e selvagens dos índios, sendo eles também velhos
coadjuvantes da construção histórica nacional. O binarismo que implantara Sarmiento
em outros tempos - civilização e barbárie - vestia novas roupagens, embora reafirmasse
a marginalidade indígena.

Com a chegada da história cultural nos anos 1970 e 1980, parte da historiografia
latino-americana empenhou-se em lançar luz nessa ausência histórica, procurando
fontes e abordagens próprias da vida e do cotidiano indígena a partir de numa
perspectiva antropológica. Nesse cenário, vários conceitos caros à disciplina ganham
força, como aculturação, relativismo e alteridade, que surgem numa proposta de refletir
as particularidades da população indígena e seu espaço de atuação na história do
continente. As diferentes e numerosas etnias passam a ser consideradas e, no olhar sobre
esse outro, os estudiosos necessitaram pensar o arbitrariedade do seu próprio discurso.
Segundo Mary Louise Pratt,

Nenhum processo de explicação poderia ser mais excitante (e desconcertante) do


que nossa crescente constatação de que a história é direcionada tanto pela maneira
como as pessoas imaginam que as coisas são, quanto pela maneira como as coisas
realmente podem ser.10

Sendo pioneira na revisão historiográfica indígena na Argentina, a historiadora


Mónica Quijada definiu algumas importantes linhas de estudo a fim de desconstruir o
mito do país sobre ser a nação branca da América Latina.11 Quijada propôs pensar a
diversidade e a heterogeneidade indígena no território para compreender não apenas as
sociedades nativas, mas suas interações com a sociedade crioula. Ela buscou considerar
as relações entre os próprios indígenas e os processos internos delas derivados, como no
contato entre diferentes grupos por meio da Cordilheira dos Andes e, inclusive,

9
Na apresentação do livro de José Romero para a edição brasileira de 2004, Afonso Carlos Marques dos
Santos indica uma leitura de cunho marxista existente na obra, indicando a importância de o autor ter
iniciado um debate de base mais ampla, latino-americana, pouco comum antes dos anos 1970. Ver:
ROMERO, José Luis. América Latina: a cidade e as idéias. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004,
10
PRATT, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. Bauro, SP: EDUSC,
1999 [1a edição 1992], p. 17.
11
A Argentina sempre apresentou um discurso diferente em relação aos seus indígenas dentro da
América, os quais teriam ficado reduzidos ao longínquo passado da colonização.
valorizar os aspectos de sociabilidade indígena no que se referisse aos meios sociais,
políticos e econômicos de suas organizações internas.12

Vale ressaltar que tal esforço de aproximação com o mundo indígena não resolve o
déficit historiográfico. No próprio movimento de pensar esse contato, a historiadora
foca sua análise na sociedade pós-independentista e acaba sobrepondo sentidos crioulos
às distintas organizações sociais recém observadas. Não há dúvidas do ganho teórico,
conceitual e social dessas propostas, sendo que a própria ideia de cultura estava
ampliada. No entanto, em termos historiográficos, ao circunscrever as relações
históricas entre indígenas e crioulos às problemáticas da construção do Estado, Quijada
esmorece o protagonismo indígena e perpetua uma expectativa tutelar sobre ele.13

Nesse brevíssimo olhar sobre o indígena na América Hispânica, a pergunta que


prevalece é: poderia ser diferente? A escrita da história tem sim suas tramas e artifícios,
mas ela também tem o predicado de se reinventar. E na busca por consolidar o
protagonismo indígena na História, muitos estudos atuais têm se aventurado em
construir uma linha discursiva propriamente indígena, gerando outros tantos conflitos
argumentativos. Com o objetivo de iluminar a força da política pluriétnica de Evo
Morales na Bolívia, Marta Irurozqui recorre a diversos episódios do século XIX em que
os indígenas teriam realizado ativa participação nas políticas do Estado, direta ou
indiretamente. Assim, a autora sugere uma explicação histórica que, além de justificar o
lugar que ocupam hoje no cenário nacional, atesta-lhes um discurso de autenticidade.

A aliança entre os índios e os grupos armados revolucionários e governamentais


evidencia que os primeiros não estiveram apenas de costas ao processo de
construção do nacional e nem foram alheios às concepções, projetos ou ações
políticas oitocentistas, mas que se constituíram como sujeitos fundamentais para a
institucionalização / rearticulação territorial do Estado por terem assumido, como
própria, a narrativa cidadã de cooperação nacional (...).14

Em 2007, a revista Tempo da Universidade Federal Fluminense lançou um dossiê


intitulado "Os índios na História: abordagens interdisciplinares", organizado pela
historiadora Maria Regina Celestino de Almeida e contou com a colaboração de

12
QUIJADA, Mónica. “De mitos nacionales, definiciones cívicas, y clasificaciones grupales. Los
indígenas en la construcción nacional argentina, siglos XIX a XXI”. In: ANSALDI, Waldo (coord.).
Calidoscopio latinoamericano: imágenes históricas para un debate vigente. Buenos Aires: Ariel, 2004
[1a edição 1994], p. 433.
13 MINELLI, Ivia. "Debate historiográfico argentino e a construção da questão indígena". Revista

Eletrônica da ANPHLAC, n.11, p. 105-140, jul./dez. 2011, pp. 119-121.


14
IRUROZQUI, Marta. "¿Ciudadanos armados o traidores a la patria? Participación indígena en las
revoluciones bolivianas de 1870 y 1899". ÍCONOS. Revista de Ciencias Sociales, vol.10, nº26, 2006, p.
44-45.
renomados pesquisadores, numa proposta de rediscutir essa prática da história sobre o
índio. Para a historiadora, sem forçar seu enquadramento aos moldes do discurso
crioulo, as atuações indígenas seriam consideradas em suas importantes variáveis, o que
ajudaria a compreender os processos históricos em que se inserem.15

Num dos artigos que compõem esse dossiê, Guillaume Boccara, antropólogo
dedicado à história mapuche do período colonial no Chile, chama-nos atenção para o
perigo de essas novas abordagens essencializar a cultura indígena, tratando-a como
algo puro e que apenas se transformaria pela contaminação de outrem. Essa forma de
análise estaria presa, ainda, ao discurso colonial, uma vez que realoca o índio num
marco ideológico evolucionista e estato-nacional.

Em conseqüência [da essencialização], toda modificação da tradição ou


reconfiguração identitária é percebida como uma perda da pureza original e como a
primeira etapa em direção a um processo de total assimilação. Em segundo lugar,
tende a invisibilizar ou silenciar o protagonismo indígena na medida em que as
ações políticas dos grupos nativos aparecem como reações desordenadas e
oportunistas à política hispano-crioula.16

Conforme podemos observar, a tensão existente nos debates historiográficos


atuais está na complexidade tanto de articular o protagonismo indígena, quanto de
revisar as premissas da arraigada história crioula da América Hispânica. A busca
desenfreada por compor um espaço negado ao indígena na nossa história pode gerar
inúmeros outros teleologismos e, mesmo assim, não abandonar a tutela desse ato.
Acreditamos que a crítica da reparação histórica está em enxergar outros atores para
além dos que já estão consolidados, ao invés de radicalizar o argumento e substituir os
protagonistas da mesma história. Nas palavras de Serge Gruzinski, "seria melhor
comparar situações e processos, em vez de casos, zonas, etnias ".17

Por fim, esse é o jogo da historiografia: rever problemas estruturais de análise,


reinventar perguntas e vislumbrar novas e permutáveis respostas. Os diferentes
exemplos aqui utilizados tiveram como proposta desarticular a recorrente
homogeneidade com que são consideradas as história hispano-americanas, ao mesmo
tempo em que as aproximou em seus impasses historiográficos. Nota-se que a

15
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. "Os índios na história: abordagens interdisciplinares".
Tempo, vol.12, no.23, Niterói, 2007, p. 1.
16
BOCCARA, Guillaume. "Poder colonial e etnicidade no Chile: territorialização e reestruturação entre
os Mapuche da época colonial". Tempo, vol.12, no.23, Niterói, 2007, p. 58-59.
17
GRUZINSKI, Serge. "História dos índios na América: abordagens interdisciplinares e comparativas
Entrevista com Serge Gruzinski". Tempo, vol.12, no.23, Niterói, 2007, p. 198.
complexidade do discurso sobre o indígena permanece até os dias de hoje, pois, embora
ele já não seja visto como simples vítima ou selvagem passivo, sua perspectiva da
história incomoda porque abala clássicos marcos explicativos.

Bibliografia

ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. "Os índios na história: abordagens interdisciplinares".
Tempo, vol.12, no.23, Niterói, 2007

ANNINO, Antonio; GUERRA, F. Inventando la nación. Iberoamérica, siglo XIX. México:


FCE, 2003.

BOCCARA, Guillaume. "Poder colonial e etnicidade no Chile: territorialização e reestruturação


entre os Mapuche da época colonial". Tempo, vol.12, no.23, Niterói, 2007

FUNES, Patrícia. "Leer versos con los ojos de la historia. Literatura y nación en Ricardo Rojas
y Jorge Luis Borges". História, vol.22, nº2, Franca, 2003.

FUNES, Patrícia. Salvar la nación. Intelectuales, cultura y política en los años veinte
latinoamericanos. Buenos Aires: Prometeo Libros, 2006.

GRUZINSKI, Serge. "História dos índios na América: abordagens interdisciplinares e


comparativas Entrevista com Serge Gruzinski". Tempo, vol.12, no.23, Niterói, 2007

IRUROZQUI, Marta. "¿Ciudadanos armados o traidores a la patria? Participación indígena en


las revoluciones bolivianas de 1870 y 1899". ÍCONOS. Revista de Ciencias Sociales, vol. 10, nº
26, 2006.

MINELLI, Ivia. "Debate historiográfico argentino e a construção da questão indígena". Revista


Eletrônica da ANPHLAC, n.11, p. 105-140, jul./dez. 2011.

PRATT, Mary Louise. Os olhos do império: relatos de viagem e transculturação. Bauro, SP:
EDUSC, 1999.

QUIJADA, Mónica. “De mitos nacionales, definiciones cívicas, y clasificaciones grupales. Los
indígenas en la construcción nacional argentina, siglos XIX a XXI”. In: ANSALDI, Waldo
(coord.). Calidoscopio latinoamericano: imágenes históricas para un debate vigente. Buenos
Aires: Ariel, 2004.

SARMIENTO, Domingo F. Facundo: civilização e barbárie. Rio de Janeiro: Vozes, 1996.

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