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E NOTAS TÉCNICAS DO
CONASS
Expediente
Apresentação
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Sumário
Parte I
Parte II
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PACTO PELA SAÚDE 2006
três componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do A concretização desse Pacto passa por um movi-
SUS e Pacto de Gestão do SUS. mento de repolitização da saúde, com uma clara estra-
Estas prioridades são expressas em objetivos e me- tégia de mobilização social envolvendo o conjunto da
tas no Termo de Compromisso de Gestão e estão deta- sociedade brasileira, extrapolando os limites do setor
lhadas no documento Diretrizes Operacionais do Pacto e vinculada ao processo de instituição da saúde como
pela Saúde 2006 direito de cidadania, tendo o financiamento público da
saúde como um dos pontos centrais.
I – O PACTO PELA VIDA:
As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são:
O Pacto pela Vida está constituído por um conjunto
de compromissos sanitários, expressos em objetivos de IMPLEMENTAR UM PROJETO PERMANENTE DE
processos e resultados e derivados da análise da situa- MOBILIZAÇÃO SOCIAL COM A FINALIDADE
ção de saúde do País e das prioridades definidas pelos DE:
governos federal, estaduais e municipais. Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS
Significa uma ação prioritária no campo da saúde que como sistema público universal garantidor desses direitos;
deverá ser executada com foco em resultados e com a ex- Alcançar, no curto prazo, a regulamentação da Emen-
plicitação inequívoca dos compromissos orçamentários e da Constitucional nº 29, pelo Congresso Nacional;
financeiros para o alcance desses resultados. Garantir, no longo prazo, o incremento dos recursos
As prioridades do PACTO PELA VIDA e seus objeti- orçamentários e financeiros para a saúde.
vos para 2006 são: Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos orça-
SAÚDE DO IDOSO: Implantar a Política Nacional de mentos das três esferas de gestão, explicitando o com-
Saúde da Pessoa Idosa, buscando a atenção integral. promisso de cada uma delas.
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO E DE MAMA: Con-
tribuir para a redução da mortalidade por câncer de ELABORAR E DIVULGAR A CARTA DOS
colo do útero e de mama. DIREITOS DOS USUÁRIOS DO SUS
MORTALIDADE INFANTIL E MATERNA: Reduzir a
mortalidade materna, infantil neonatal, infantil por do- III – O PACTO DE GESTÃO DO SUS
ença diarréica e por pneumonias.
DOENÇAS EMERGENTES E ENDEMIAS, COM ÊN- O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades
FASE NA DENGUE, HANSENÍASE, TUBERCULOSE, claras de cada ente federado de forma a diminuir as
MALÁRIA E INFLUENZA: Fortalecer a capacidade de competências concorrentes e a tornar mais claro quem
resposta do sistema de saúde às doenças emergentes e deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortaleci-
endemias. mento da gestão compartilhada e solidária do SUS.
PROMOÇÃO DA SAÚDE: Elaborar e implantar a Esse Pacto parte de uma constatação indiscutível:
Política Nacional de Promoção da Saúde, com ênfase o Brasil é um país continental e com muitas diferen-
na adoção de hábitos saudáveis por parte da população ças e iniqüidades regionais. Mais do que definir dire-
brasileira, de forma a internalizar a responsabilidade in- trizes nacionais é necessário avançar na regionalização
dividual da prática de atividade física regula,r alimenta- e descentralização do SUS, a partir de uma unidade de
ção saudável e combate ao tabagismo. princípios e uma diversidade operativa que respeite as
singularidades regionais.
ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE Esse Pacto radicaliza a descentralização de atribui-
Consolidar e qualificar a estratégia da Saúde da Fa- ções do Ministério da Saúde para os estados, e para os
mília como modelo de atenção básica à saúde e como municípios, promovendo um choque de descentraliza-
centro ordenador das redes de atenção à saúde do ção, acompanhado da desburocratização dos processos
SUS. normativos. Reforça a territorialização da saúde como
base para organização dos sistemas, estruturando as
II – O PACTO EM DEFESA DO SUS: regiões sanitárias e instituindo colegiados de gestão re-
gional.
O Pacto em Defesa do SUS envolve ações concretas Reitera a importância da participação e do controle
e articuladas pelas três instâncias federativas no sentido social com o compromisso de apoio à sua qualificação.
de reforçar o SUS como política de Estado mais do que Explicita as diretrizes para o sistema de financiamen-
política de governos; e de defender, vigorosamente, os to público tripartite: busca critérios de alocação eqüita-
princípios basilares dessa política pública, inscritos na tiva dos recursos; reforça os mecanismos de transferên-
Constituição Federal. cia fundo a fundo entre gestores; integra em grandes
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PACTO PELA SAÚDE 2006
blocos o financiamento federal e estabelece relações contempla o pacto firmado entre os três gestores do
contratuais entre os entes federativos. SUS a partir de uma unidade de princípios que, guar-
dando coerência com a diversidade operativa, respeita
As prioridades do Pacto de Gestão são: as diferenças loco-regionais, agrega os pactos anterior-
mente existentes, reforça a organização das regiões
DEFINIR DE FORMA INEQUÍVOCA A RESPONSA- sanitárias instituindo mecanismos de co-gestão e pla-
BILIDADE SANITÁRIA DE CADA INSTÂNCIA GESTO- nejamento regional, fortalece os espaços e mecanismos
RA DO SUS: federal, estadual e municipal, superando o de controle social, qualifica o acesso da população a
atual processo de habilitação. atenção integral à saúde, redefine os instrumentos de
ESTABELECER AS DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO regulação, programação e avaliação, valoriza a macro
SUS, com ênfase na Descentralização; Regionalização; função de cooperação técnica entre os gestores e pro-
Financiamento; Programação Pactuada e Integrada; põe um financiamento tripartite que estimula critérios
Regulação; Participação e Controle Social; Planejamen- de equidade nas transferências fundo a fundo.
to; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. A implantação desse Pacto, nas suas três dimensões
Este PACTO PELA SAÚDE 2006 aprovado pelos - Pacto pela Vida, Pacto de Gestão e Pacto em Defesa
gestores do SUS na reunião da Comissão Intergesto- do SUS - possibilita a efetivação de acordos entre as
res Tripartite do dia 26 de janeiro de 2006, é abaixo três esferas de gestão do SUS para a reforma de aspec-
assinado pelo Ministro da Saúde, o Presidente do Con- tos institucionais vigentes, promovendo inovações nos
selho Nacional de Secretários de Saúde - CONASS e o processos e instrumentos de gestão que visam alcançar
Presidente do Conselho Nacional de Secretários Muni- maior efetividade, eficiência e qualidade de suas res-
cipais de Saúde - CONASEMS e será operacionalizado postas e ao mesmo tempo, redefine responsabilidades
por meio do documento de Diretrizes Operacionais do coletivas por resultados sanitários em função das ne-
Pacto pela Saúde 2006. cessidades de saúde da população e na busca da equi-
Ministério da Saúde dade social.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde CONASS
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde I – PACTO PELA VIDA
CONASEMS
O Pacto pela Vida é o compromisso entre os ges-
Anexo II tores do SUS em torno de prioridades que apresentam
impacto sobre a situação de saúde da população bra-
DIRETRIZES OPERACIONAIS DO sileira.
PACTO PELA SAÚDE EM 2006 A definição de prioridades deve ser estabelecida
através de metas nacionais, estaduais, regionais ou mu-
CONSOLIDAÇÃO DO SUS nicipais. Prioridades estaduais ou regionais podem ser
agregadas às prioridades nacionais, conforme pactua-
Transcorridas quase duas décadas do processo de ção local.
institucionalização do Sistema Único de Saúde, a sua Os estados/região/município devem pactuar as
implantação e implementação evoluíram muito, espe- ações necessárias para o alcance das metas e dos obje-
cialmente em relação aos processos de descentraliza- tivos propostos.
ção e municipalização das ações e serviços de saúde. São seis as prioridades pactuadas:
O processo de descentralização ampliou o contato do Saúde do idoso;
Sistema com a realidade social, política e administrativa Controle do câncer de colo de útero e de mama;
do país e com suas especificidades regionais, tornan- Redução da mortalidade infantil e materna;
do-se mais complexo e colocando os gestores a frente Fortalecimento da capacidade de respostas às doen-
de desafios que busquem superar a fragmentação das ças emergentes e endemias, com ênfase na dengue,
políticas e programas de saúde através da organização hanseníase, tuberculose, malária e influenza;
de uma rede regionalizada e hierarquizada de ações e Promoção da Saúde;
serviços e da qualificação da gestão. Fortalecimento da Atenção Básica.
Frente a esta necessidade, o Ministério da Saúde,
o Conselho Nacional de Secretários de Saúde - CO- A – SAÚDE DO IDOSO
NASS e o Conselho Nacional de Secretários Municipais Para efeitos desse Pacto será considerada idosa a
de Saúde - CONASEMS, pactuaram responsabilidades pessoa com 60 anos ou mais.
entre os três gestores do SUS, no campo da gestão do 1 - O trabalho nesta área deve seguir as seguintes
Sistema e da atenção à saúde. O documento a seguir diretrizes:
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Reduzir a menos de 1% a infestação predial por Ampliar e qualificar a estratégia de saúde da família
Aedes aegypti em 30% dos municípios prioritários ate nos grandes centros urbanos.
2006; Garantir a infra-estrutura necessária ao funciona-
mento das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de
2 - Meta para a Eliminação da Hanseníase: recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes
Atingir o patamar de eliminação enquanto proble- para o conjunto de ações propostas para esses servi-
ma de saúde pública, ou seja, menos de 1 caso por ços.
10.000 habitantes em todos os municípios prioritários, Garantir o financiamento da Atenção Básica como
em 2006. responsabilidade das três esferas de gestão do SUS.
Aprimorar a inserção dos profissionais da Atenção
3 - Metas para o Controle da Tuberculose: Básica nas redes locais de saúde, por meio de vínculos
Atingir pelo menos 85% de cura de casos novos de de trabalho que favoreçam o provimento e fixação dos
tuberculose bacilífera diagnosticados a cada ano; profissionais.
Implantar o processo de monitoramento e avaliação
4- Meta para o Controle da Malária da Atenção Básica nas três esferas de governo, com vis-
Reduzir em 15% a Incidência Parasitária Anual, na tas à qualificação da gestão descentralizada.
região da Amazônia Legal, em 2006; Apoiar diferentes modos de organização e fortaleci-
mento da Atenção Básica que considere os princípios da
5 – Objetivo para o controle da Influenza estratégia de Saúde da Família, respeitando as especifi-
Implantar plano de contingência, unidades sen- cidades loco-regionais.
tinelas e o sistema de informação - SIVEP-GRIPE, em
2006. II - PACTO EM DEFESA DO SUS
1 - Diretrizes
E – PROMOÇÃO DA SAÚDE
O trabalho dos gestores das três esferas de governo
e dos outros atores envolvidos dentro deste Pacto deve
1 - Objetivos:
considerar as seguintes diretrizes:
Elaborar e implementar uma Política de Promoção
Expressar os compromissos entre os gestores do SUS
da Saúde, de responsabilidade dos três gestores;
com a consolidação da Reforma Sanitária Brasileira, ex-
Enfatizar a mudança de comportamento da popula-
plicitada na defesa dos princípios do Sistema Único de
ção brasileira de forma a internalizar a responsabilidade
Saúde estabelecidos na Constituição Federal.
individual da prática de atividade física regular, alimen-
Desenvolver e articular ações, no seu âmbito de
tação adequada e saudável e combate ao tabagismo;
competência e em conjunto com os demais gestores,
Articular e promover os diversos programas de pro-
que visem qualificar e assegurar o Sistema Único de
moção de atividade física já existentes e apoiar a cria-
Saúde como política pública.
ção de outros;
Promover medidas concretas pelo hábito da alimen- 2 - O Pacto em Defesa do SUS deve se firmar atra-
tação saudável; vés de iniciativas que busquem:
Elaborar e pactuar a Política Nacional de Promoção A repolitização da saúde, como um movimento que
da Saúde que contemple as especificidades próprias dos retoma a Reforma Sanitária Brasileira aproximando-a
estados e municípios devendo iniciar sua implementa- dos desafios atuais do SUS;
ção em 2006; A Promoção da Cidadania como estratégia de mo-
bilização social tendo a questão da saúde como um di-
F – FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA reito;
1 - Objetivos A garantia de financiamento de acordo com as ne-
Assumir a estratégia de saúde da família como es- cessidades do Sistema;
tratégia prioritária para o fortalecimento da atenção
básica, devendo seu desenvolvimento considerar as di- 3 – Ações do Pacto em Defesa do SUS:
ferenças loco-regionais. As ações do Pacto em Defesa do SUS devem con-
Desenvolver ações de qualificação dos profissionais da templar:
atenção básica por meio de estratégias de educação per- Articulação e apoio à mobilização social pela pro-
manente e de oferta de cursos de especialização e residên- moção e desenvolvimento da cidadania, tendo a ques-
cia multiprofissional e em medicina da família. tão da saúde como um direito;
Consolidar e qualificar a estratégia de saúde da fa- Estabelecimento de diálogo com a sociedade, além
mília nos pequenos e médios municípios. dos limites institucionais do SUS;
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Ampliação e fortalecimento das relações com os deve orientar a descentralização das ações e serviços de
movimentos sociais, em especial os que lutam pelos di- saúde e os processos de negociação e pactuação entre
reitos da saúde e cidadania; os gestores.
Elaboração e publicação da Carta dos Direitos dos Os principais instrumentos de planejamento da
Usuários do SUS; Regionalização são o Plano Diretor de Regionalização
Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Na- – PDR, o Plano Diretor de Investimento – PDI e a Pro-
cional, com aprovação do PL nº 01/03, já aprovado e gramação Pactuada e Integrada da Atenção em Saúde
aprimorado em três comissões da Câmara dos Depu- – PPI, detalhados no corpo deste documento.
tados; O PDR deverá expressar o desenho final do pro-
Aprovação do orçamento do SUS, composto pelos cesso de identificação e reconhecimento das regiões de
orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e
compromisso de cada uma delas em ações e serviços de no Distrito Federal, objetivando a garantia do acesso, a
saúde de acordo com a Constituição Federal. promoção da equidade, a garantia da integralidade da
atenção, a qualificação do processo de descentralização
III - PACTO DE GESTÃO e a racionalização de gastos e otimização de recursos.
Para auxiliar na função de coordenação do processo
Estabelece Diretrizes para a gestão do sistema nos de regionalização, o PDR deverá conter os desenhos
aspectos da 1 - Descentralização; 2 - Regionalização; das redes regionalizadas de atenção à saúde, organiza-
3 - Financiamento; 4 - Planejamento; 5 - Programação das dentro dos territórios das regiões e macrorregiões
Pactuada e Integrada – PPI; 6 - Regulação; 7 - Partici- de saúde, em articulação com o processo da Programa-
pação Social; 8 - Gestão do Trabalho; 9 - Educação na ção Pactuada Integrada.
Saúde. O PDI deve expressar os recursos de investimentos
para atender as necessidades pactuadas no processo de
A - DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS planejamento regional e estadual. No âmbito regional
deve refletir as necessidades para se alcançar a sufici-
1 - Descentralização ência na atenção básica e parte da média complexidade
Buscando aprofundar o processo de descentraliza- da assistência, conforme desenho regional e na macror-
ção, com ênfase numa descentralização compartilhada, região no que se refere à alta complexidade. Deve con-
são fixadas as seguintes premissas, que devem orientar templar também as necessidades da área da vigilância
este processo: em saúde e ser desenvolvido de forma articulada com o
Cabe ao Ministério da Saúde a proposição de políti- processo da PPI e do PDR.
cas, participação no co-financiamento, cooperação téc-
nica, avaliação, regulação, controle e fiscalização, além 2.1- Objetivos da Regionalização:
da mediação de conflitos; Garantir acesso, resolutividade e qualidade às ações
Descentralização dos processos administrativos re- e serviços de saúde cuja complexidade e contingente
lativos à gestão para as Comissões Intergestores Bipar- populacional transcenda a escala local/municipal;
tite; Garantir o direito à saúde, reduzir desigualdades so-
As Comissões Intergestores Bipartite são instâncias ciais e territoriais e promover a eqüidade, ampliando a
de pactuação e deliberação para a realização dos pactos visão nacional dos problemas, associada à capacidade
intraestaduais e a definição de modelos organizacionais, de diagnóstico e decisão loco-regional, que possibilite
a partir de diretrizes e normas pactuadas na Comissão os meios adequados para a redução das desigualdades
Intergestores Tripartite; no acesso às ações e serviços de saúde existentes no
As deliberações das Comissões Intergestores Bipar- país;
tite e Tripartite devem ser por consenso; Garantir a integralidade na atenção a saúde, am-
A Comissão Intergestores Tripartite e o Ministério da pliando o conceito de cuidado à saúde no processo de
Saúde promoverão e apoiarão processo de qualificação reordenamento das ações de promoção, prevenção,
permanente para as Comissões Intergestores Bipartite; tratamento e reabilitação com garantia de acesso a to-
O detalhamento deste processo, no que se refere à dos os níveis de complexidade do sistema;
descentralização de ações realizadas hoje pelo Ministé- Potencializar o processo de descentralização, forta-
rio da Saúde, será objeto de portaria específica. lecendo estados e municípios para exercerem papel de
gestores e para que as demandas dos diferentes inte-
2 - Regionalização resses loco-regionais possam ser organizadas e expres-
A Regionalização é uma diretriz do Sistema Único sadas na região;
de Saúde e um eixo estruturante do Pacto de Gestão e Racionalizar os gastos e otimizar os recursos, possi-
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bilitando ganho em escala nas ações e serviços de saú- alguns estados com mais adensamento tecnológico, a
de de abrangência regional. alta complexidade pode estar contemplada dentro de
uma Região.
Regiões de Saúde As regiões podem ter os seguintes formatos:
Regiões intraestaduais, compostas por mais de um
As Regiões de Saúde são recortes territoriais inse- município, dentro de um mesmo estado;
ridos em um espaço geográfico contínuo, identifica- Regiões Intramunicipais, organizadas dentro de um
das pelos gestores municipais e estaduais a partir de mesmo município de grande extensão territorial e den-
identidades culturais, econômicas e sociais, de redes de sidade populacional;
comunicação e infra-estrutura de transportes comparti- Regiões Interestaduais, conformadas a partir de mu-
lhados do território; nicípios limítrofes em diferentes estados;
A Região de Saúde deve organizar a rede de ações Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de muni-
e serviços de saúde a fim de assegurar o cumprimen- cípios limítrofes com países vizinhos.
to dos princípios constitucionais de universalidade do Nos casos de regiões fronteiriças o Ministério da
acesso, eqüidade e integralidade do cuidado; Saúde deve envidar esforços no sentido de promover
A organização da Região de Saúde deve favorecer articulação entre os países e órgãos envolvidos, na
a ação cooperativa e solidária entre os gestores e o for- perspectiva de implementação do sistema de saúde e
talecimento do controle social; conseqüente organização da atenção nos municípios
Para a constituição de uma rede de atenção à saúde fronteiriços, coordenando e fomentando a constituição
regionalizada em uma determinada região, é necessá- dessas Regiões e participando do colegiado de gestão
rio a pactuação entre todos os gestores envolvidos, do regional.
conjunto de responsabilidades não compartilhadas e
das ações complementares; Mecanismos de Gestão Regional
O conjunto de responsabilidades não compartilha-
das se refere à atenção básica e às ações básicas de vi- Para qualificar o processo de regionalização, bus-
gilância em saúde, que deverão ser assumidas por cada cando a garantia e o aprimoramento dos princípios do
município; SUS, os gestores de saúde da Região deverão constituir
As ações complementares e os meios necessários um espaço permanente de pactuação e co-gestão soli-
para viabilizá-las deverão ser compartilhados e integra- dária e cooperativa através de um Colegiado de Gestão
dos a fim de garantir a resolutividade e a integralidade Regional. A denominação e o funcionamento do Cole-
de acesso; giado devem ser acordados na CIB;
Os estados e a união devem apoiar os municípios O Colegiado de Gestão Regional se constitui num
para que estes assumam o conjunto de responsabili- espaço de decisão através da identificação, definição
dades; de prioridades e de pactuação de soluções para a or-
O corte no nível assistencial para delimitação de ganização de uma rede regional de ações e serviços de
uma Região de Saúde deve estabelecer critérios que atenção à saúde, integrada e resolutiva;
propiciem certo grau de resolutividade àquele territó- O Colegiado deve ser formado pelos gestores muni-
rio, como suficiência em atenção básica e parte da mé- cipais de saúde do conjunto de municípios e por repre-
dia complexidade; sentantes do(s) gestor(es) estadual(ais), sendo as suas
Quando a suficiência em atenção básica e parte da decisões sempre por consenso, pressupondo o envol-
média complexidade não forem alcançadas deverá ser vimento e comprometimento do conjunto de gestores
considerada no planejamento regional a estratégia para com os compromissos pactuados.
o seu estabelecimento, junto com a definição dos in- Nos casos onde as CIB regionais estão constituídas
vestimentos, quando necessário; por representação e não for possível a imediata incor-
O planejamento regional deve considerar os parâ- poração de todos os municípios da Região de Saúde
metros de incorporação tecnológica que compatibili- deve ser pactuado um cronograma de adequação, no
zem economia de escala com eqüidade no acesso; menor prazo possível, para a inclusão de todos os mu-
Para garantir a atenção na alta complexidade e em nicípios nos respectivos colegiados regionais.
parte da média, as Regiões devem pactuar entre si ar- O Colegiado deve instituir processo de planeja-
ranjos inter-regionais, com agregação de mais de uma mento regional, que defina as prioridades, as respon-
Região em uma macrorregião; sabilidades de cada ente, as bases para a programação
O ponto de corte da média complexidade que deve pactuada integrada da atenção a saúde, o desenho do
estar na Região ou na macrorregião deve ser pactua- processo regulatório, as estratégias de qualificação do
do na CIB, a partir da realidade de cada estado. Em controle social, as linhas de investimento e o apoio para
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O financiamento para as ações de vigilância sanitá- vos e programas de saúde específicos, inseridos na rede
ria deve consolidar a reversão do modelo de pagamento de cuidados da atenção básica, sendo de responsabili-
por procedimento, oferecendo cobertura para o custeio dade dos três gestores do SUS.
de ações coletivas visando garantir o controle de riscos O Componente Básico é composto de uma Parte
sanitários inerentes ao objeto de ação, avançando em Fixa e de uma Parte Variável, sendo:
ações de regulação, controle e avaliação de produtos e Parte Fixa: valor com base per capita para ações de
serviços associados ao conjunto das atividades. assistência farmacêutica para a Atenção Básica, trans-
O Limite Financeiro de Vigilância em Saúde será ferido Municípios, Distrito Federal e Estados, conforme
transferido em parcelas mensais e o valor da transfe- pactuação nas CIB e com contrapartida financeira dos
rência mensal para cada um dos Estados, Municípios e estados e dos municípios.
Distrito Federal, bem como o Limite Financeiro respec- Parte Variável: valor com base per capita para ações
tivo será estabelecido em Portaria específica e detalhará de assistência farmacêutica dos Programas de Hiperten-
os diferentes componentes que o formam, com memó- são e Diabetes, exceto insulina; Asma e Rinite; Saúde
rias de cálculo anexas. Mental; Saúde da Mulher; Alimentação e Nutrição e
Comporão ainda, o bloco do financiamento da Vigi- Combate ao Tabagismo.
lância em Saúde – Sub-bloco Vigilância Epidemiológica, A parte variável do Componente Básico será trans-
os recursos que se destinam às seguintes finalidades, ferida ao município ou estado, conforme pactuação na
com repasses específicos: CIB, à medida que este implementa e organiza os servi-
Fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde ços previstos pelos Programas específicos.
em Estados e Municípios (VIGISUS II) O Componente Estratégico da Assistência Farma-
Campanhas de Vacinação cêutica consiste em financiamento para ações de assis-
Incentivo do Programa DST/AIDS tência farmacêutica de programas estratégicos.
Os recursos alocados tratados pela Portaria MS/GM O financiamento e o fornecimento de medicamen-
nº 1349/2002, deverão ser incorporados ao Limite Fi- tos, produtos e insumos para os Programas Estratégi-
nanceiro de Vigilância em Saúde do Município quando cos são de responsabilidade do Ministério da Saúde e
o mesmo comprovar a efetiva contratação dos agentes reúne:
de campo. Controle de Endemias: Tuberculose, Hanseníase,
No Componente da Vigilância Sanitária, os recursos Malária e Leischmaniose, Chagas e outras doenças en-
do Termo de Ajuste e Metas – TAM, destinados e não dêmicas de abrangência nacional ou regional;
transferidos aos estados e municípios, nos casos de exis- Programa de DST/AIDS (anti-retrovirais);
tência de saldo superior a 40% dos recursos repassados Programa Nacional do Sangue e Hemoderivados;
no período de um semestre, constituem um Fundo de Imunobiológicos;
Compensação em VISA, administrado pela ANVISA e Insulina;
destinado ao financiamento de gestão e descentraliza- O Componente Medicamentos de Dispensação Ex-
ção da Vigilância Sanitária. cepcional consiste em financiamento para aquisição e
Em Estados onde o valor per cápita que compõe distribuição de medicamentos de dispensação excep-
o TAM não atinge o teto orçamentário mínimo da- cional, para tratamento de patologias que compõem
quele Estado, a União assegurará recurso financeiro o Grupo 36 – Medicamentos da Tabela Descritiva do
para compor o Piso Estadual de Vigilância Sanitária SIA/SUS.
– PEVISA. A responsabilidade pelo financiamento e aquisição
dos medicamentos de dispensação excepcional é do
d) Bloco de financiamento para a Assistência Ministério da Saúde e dos Estados, conforme pactuação
Farmacêutica e a dispensação, responsabilidade do Estado.
A Assistência Farmacêutica será financiada pelos O Ministério da Saúde repassará aos Estados, men-
três gestores do SUS devendo agregar a aquisição de salmente, valores financeiros apurados em encontro de
medicamentos e insumos e a organização das ações de contas trimestrais, de acordo com as informações en-
assistência farmacêutica necessárias, de acordo com a caminhadas pelos Estados, com base nas emissões das
organização de serviços de saúde. Autorizações para Pagamento de Alto Custo – APAC.
O Bloco de financiamento da Assistência Farmacêu- O Componente de Medicamentos de Dispensação
tica se organiza em três componentes: Básico, Estraté- Excepcional será readequado através de pactuação en-
gico e Medicamentos de Dispensação Excepcional. tre os gestores do SUS, das diretrizes para definição de
O Componente Básico da Assistência Farmacêutica política para medicamentos de dispensação excepcional.
consiste em financiamento para ações de assistência As Diretrizes a serem pactuadas na CIT, deverão
farmacêutica na atenção básica em saúde e para agra- nortear-se pelas seguintes proposições:
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Definição de critérios para inclusão e exclusão de me- investimentos na rede básica de serviços, destinados
dicamentos e CID na Tabela de Procedimentos, com base conforme disponibilidade orçamentária, transferidos
nos protocolos clínicos e nas diretrizes terapêuticas. fundo a fundo para municípios que apresentarem pro-
Definição de percentual para o co-financiamento jetos selecionados de acordo com critérios pactuados
entre gestor federal e gestor estadual; na Comissão Intergestores Tripartite.
Revisão periódica de valores da tabela;
Forma de aquisição e execução financeira, conside- 4 - Planejamento no SUS
rando-se os princípios da descentralização e economia
de escala. O trabalho com o Planejamento no SUS deve
seguir as seguintes diretrizes:
e) Bloco de financiamento para a Gestão do O processo de planejamento no âmbito do SUS
Sistema Único de Saúde deve ser desenvolvido de forma articulada, integrada
O financiamento para a gestão destina-se ao custeio e solidária entre as três esferas de gestão. Essa forma
de ações específicas relacionadas com a organização de atuação representará o Sistema de Planejamento do
dos serviços de saúde, acesso da população e aplicação Sistema Único de Saúde baseado nas responsabilidades
dos recursos financeiros do SUS. de cada esfera de gestão, com definição de objetivos
O financiamento deverá apoiar iniciativas de forta- e conferindo direcionalidade ao processo de gestão do
lecimento da gestão, sendo composto pelos seguintes SUS, compreendendo nesse sistema o monitoramento
sub-blocos: e avaliação.
Regulação, controle, avaliação e auditoria Este sistema de planejamento pressupõe que cada
Planejamento e Orçamento esfera de gestão realize o seu planejamento, articulan-
Programação do-se de forma a fortalecer e consolidar os objetivos
Regionalização e diretrizes do SUS, contemplando as peculiaridades,
Participação e Controle Social necessidades e realidades de saúde locorregionais.
Gestão do Trabalho Como parte integrante do ciclo de gestão, o sistema
Educação em Saúde de planejamento buscará, de forma tripartite, a pac-
Incentivo à Implementação de políticas específicas tuação de bases funcionais do planejamento, monito-
Os recursos referentes a este Bloco serão transferi- ramento e avaliação do SUS, bem como promoverá a
dos fundo a fundo e regulamentados por portaria es- participação social e a integração intra e intersetorial,
pecífica. considerando os determinantes e condicionantes de
saúde.
Financiamento para Investimentos No cumprimento da responsabilidade de coordenar
Os recursos financeiros de investimento devem ser alo- o processo de planejamento se levará em conta as di-
cados com vistas á superação das desigualdades de acesso versidades existentes nas três esferas de governo, de
e à garantia da integralidade da atenção à saúde. modo a contribuir para a consolidação do SUS e para a
Os investimentos deverão priorizar a recuperação, a resolubilidade e qualidade, tanto da sua gestão, quanto
re-adequação e a expansão da rede física de saúde e a das ações e serviços prestados à população brasileira.
constituição dos espaços de regulação.
Os projetos de investimento apresentados para o Objetivos do Sistema de Planejamento do SUS:
Ministério da Saúde deverão ser aprovados nos res- Pactuar diretrizes gerais para o processo de planeja-
pectivos Conselhos de Saúde e na CIB, devendo refletir mento no âmbito do SUS e o elenco dos instrumentos a
uma prioridade regional. serem adotados pelas três esferas de gestão;
São eixos prioritários para aplicação de recursos de Formular metodologias e modelos básicos dos ins-
investimentos: trumentos de planejamento, monitoramento e avalia-
Estímulo à Regionalização - Deverão ser priorizados ção que traduzam as diretrizes do SUS, com capacidade
projetos de investimentos que fortaleçam a regionaliza- de adaptação às particularidades de cada esfera admi-
ção do SUS, com base nas estratégicas nacionais e esta- nistrativa;
duais, considerando os PDI (Plano de Desenvolvimento Promover a análise e a formulação de propostas
Integrado) atualizados, o mapeamento atualizado da destinadas a adequar o arcabouço legal no tocante ao
distribuição e oferta de serviços de saúde em cada es- planejamento no SUS;
paço regional e parâmetros de incorporação tecnológi- Implementar e difundir uma cultura de planejamen-
ca que compatibilizem economia de escala e de escopo to que integre e qualifique as ações do SUS entre as três
com eqüidade no acesso. esferas de governo e subsidiar a tomada de decisão por
Investimentos para a Atenção Básica - recursos para parte de seus gestores;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Desenvolver e implementar uma rede de coopera- A PPI é um processo que visa definir a programação
ção entre os três entes federados, que permita um am- das ações de saúde em cada território e nortear a alo-
plo compartilhamento de informações e experiências; cação dos recursos financeiros para saúde a partir de
Promover a institucionalização e fortalecer as áreas critérios e parâmetros pactuados entre os gestores.
de planejamento no âmbito do SUS, nas três esferas A PPI deve explicitar os pactos de referencia entre
de governo, com vistas a legitimá-lo como instrumento municípios, gerando a parcela de recursos destinados à
estratégico de gestão do SUS; própria população e à população referenciada.
Apoiar e participar da avaliação periódica relativa à
situação de saúde da população e ao funcionamento do As principais diretrizes norteadoras do processo
SUS, provendo os gestores de informações que permi- de programação pactuada são:
tam o seu aperfeiçoamento e ou redirecionamento;
Promover a capacitação contínua dos profissionais A programação deve estar inserida no processo de
que atuam no contexto do planejamento no SUS; planejamento e deve considerar as prioridades defini-
Promover a eficiência dos processos compartilhados das nos planos de saúde em cada esfera de gestão;
de planejamento e a eficácia dos resultados, bem como Os gestores estaduais e municipais possuem flexi-
da participação social nestes processos; bilidade na definição de parâmetros e prioridades que
Promover a integração do processo de planejamen- irão orientar a programação, ressalvados os parâmetros
to e orçamento no âmbito do SUS, bem como a sua pactuados nacional e estadualmente.
intersetorialidade, de forma articulada com as diversas A programação é realizada prioritariamente, por
etapas do ciclo de planejamento; áreas de atuação a partir das ações básicas de saúde
para compor o rol de ações de maior complexidade;
Monitorar e avaliar o processo de planejamento, as
A tabela unificada de procedimentos deve orientar a
ações implementadas e os resultados alcançados, de
programação das ações que não estão organizadas por
modo a fortalecer o planejamento e a contribuir para a áreas de atuação, considerando seus níveis de agrega-
transparência do processo de gestão do SUS. ção, para formar as aberturas programáticas;
A programação da assistência devera buscar a inte-
Pontos de pactuação priorizados para o gração com a programação da vigilância em saúde;
Planejamento Os recursos financeiros das três esferas de governo
devem ser visualizados na programação.
Considerando a conceituação, caracterização e ob- O processo de programação deve contribuir para a
jetivos preconizados para o sistema de planejamento garantia de acesso aos serviços de saúde, subsidiando o
do SUS, configuram-se como pontos essenciais de pac- processo regulatório da assistência;
tuação: A programação deve ser realizada a cada gestão,
Adoção das necessidades de saúde da população revisada periodicamente e sempre que necessário, em
como critério para o processo de planejamento no âm- decorrência de alterações de fluxo no atendimento ao
bito do SUS; usuário; de oferta de serviços; na tabela de procedi-
Integração dos instrumentos de planejamento, tan- mentos; e no teto financeiro, dentre outras.
to no contexto de cada esfera de gestão, quanto do A programação pactuada e integrada deve subsidiar
SUS como um todo; a programação física financeira dos estabelecimentos
Institucionalização e fortalecimento do Sistema de de saúde.
Planejamento do SUS, com adoção do processo plane- A programação pactuada e integrada deve guardar re-
jamento, neste incluído o monitoramento e a avaliação, lação com o desenho da regionalização naquele estado.
como instrumento estratégico de gestão do SUS;
Revisão e adoção de um elenco de instrumentos de 6 - Regulação da Atenção à Saúde e Regulação
planejamento – tais como planos, relatórios, programa- Assistencial
ções – a serem adotados pelas três esferas de gestão,
com adequação dos instrumentos legais do SUS no to- Para efeitos destas diretrizes, serão adotados os
cante a este processo e instrumentos dele resultantes; seguintes conceitos:
Cooperação entre as três esferas de gestão para o
fortalecimento e a eqüidade no processo de planeja- Regulação da Atenção à Saúde - tem como objeto
mento no SUS. a produção de todas as ações diretas e finais de atenção
à saúde, dirigida aos prestadores de serviços de saúde,
5 - Programação Pactuada e Integrada da Atenção públicos e privados. As ações da Regulação da Atenção
em Saúde – PPI à Saúde compreendem a Contratação, a Regulação do
Acesso à Assistência ou Regulação Assistencial, o Con-
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PACTO PELA SAÚDE 2006
trole Assistencial, a Avaliação da Atenção à Saúde, a Pelo gestor estadual que se relacionará com a cen-
Auditoria Assistencial e as regulamentações da Vigilân- tral municipal que faz a gestão do prestador.
cia Epidemiológica e Sanitária. Pelo gestor estadual que se relacionará diretamente
Contratação - o conjunto de atos que envolvem com o prestador quando este estiver sob gestão esta-
desde a habilitação dos serviços/prestadores até a for- dual.
malização do contrato na sua forma jurídica. Pelo gestor municipal com co-gestão do estado e
Regulação do Acesso à Assistência ou Regulação representação dos municípios da região;
Assistencial - conjunto de relações, saberes, tecnolo- Modelos que diferem do item ‘d’ acima devem ser
gias e ações que intermedeiam a demanda dos usuários pactuados pela CIB e homologados na CIT.
por serviços de saúde e o acesso a estes.
Complexos Reguladores - uma das estratégias de São metas para este Pacto, no prazo de um ano:
Regulação Assistencial, consistindo na articulação e in- Contratualização de todos os prestadores de serviço;
tegração de Centrais de Atenção Pré-hospitalar e Ur- Colocação de todos os leitos e serviços ambulato-
gências, Centrais de Internação, Centrais de Consultas riais contratualizados sob regulação;
e Exames, Protocolos Assistenciais com a contratação, Extinção do pagamento dos serviços dos profissio-
controle assistencial e avaliação, assim como com outras nais médicos por meio do código 7.
funções da gestão como programação e regionalização.
Os complexos reguladores podem ter abrangência in- 7 - Participação e Controle Social
tra-municipal, municipal, micro ou macro regional, es- A participação social no SUS é um princípio dou-
tadual ou nacional, devendo esta abrangência e respec- trinário e está assegurado na Constituição e nas Leis
tiva gestão, serem pactuadas em processo democrático Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90), e é parte
e solidário, entre as três esferas de gestão do SUS. fundamental deste pacto.
Auditoria Assistencial ou clínica – processo regular
que visa aferir e induzir qualidade do atendimento am- As ações que devem ser desenvolvidas para for-
parada em procedimentos, protocolos e instruções de talecer o processo de participação social, dentro
trabalho normatizados e pactuados. Deve acompanhar deste pacto são:
e analisar criticamente os históricos clínicos com vistas Apoiar os conselhos de saúde, as conferências de
a verificar a execução dos procedimentos e realçar as saúde e os movimentos sociais que atuam no campo
não conformidades. da saúde, com vistas ao seu fortalecimento para que os
mesmos possam exercer plenamente os seus papéis;
Como princípios orientadores do processo de Apoiar o processo de formação dos conselheiros;
regulação, fica estabelecido que: Estimular a participação e avaliação dos cidadãos
Cada prestador responde apenas a um gestor; nos serviços de saúde;
A regulação dos prestadores de serviços deve ser Apoiar os processos de educação popular em saúde,
preferencialmente do município conforme desenho da para ampliar e qualificar a participação social no SUS;
rede da assistência pactuado na CIB, observado o Ter- Apoiar a implantação e implementação de ouvido-
mo de Compromisso de Gestão do Pacto e os seguintes rias nos estados e municípios, com vistas ao fortaleci-
princípios: mento da gestão estratégica do SUS;
da descentralização, municipalização e comando Apoiar o processo de mobilização social e institucio-
único; nal em defesa do SUS e na discussão do pacto;
da busca da escala adequada e da qualidade;
considerar a complexidade da rede de serviços locais; 8 - Gestão do Trabalho
considerar a efetiva capacidade de regulação;
considerar o desenho da rede estadual da assistência; As diretrizes para a Gestão do Trabalho no SUS
a primazia do interesse e da satisfação do usuário são as seguintes:
do SUS. A política de recursos humanos para o SUS é um
A regulação das referencias intermunicipais é res- eixo estruturante e deve buscar a valorização do tra-
ponsabilidade do gestor estadual, expressa na coorde- balho e dos trabalhadores de saúde, o tratamento dos
nação do processo de construção da programação pac- conflitos, a humanização das relações de trabalho;
tuada e integrada da atenção em saúde, do processo de Estados, Municípios e União são entes autônomos
regionalização, do desenho das redes; para suprir suas necessidades de manutenção e expansão
A operação dos complexos reguladores no que se dos seus próprios quadros de trabalhadores de saúde;
refere a referencia intermunicipal deve ser pactuada na O Ministério da Saúde deve formular diretrizes de
CIB, podendo ser operada nos seguintes modos: cooperação técnica para a gestão do trabalho no SUS;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
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PACTO PELA SAÚDE 2006
tado e da União. A gestão do Sistema Único de Saúde dades, um processo de planejamento, regulação, pro-
é construída de forma solidária e cooperada, com apoio gramação pactuada e integrada da atenção à saúde,
mútuo através de compromissos assumidos nas Comis- monitoramento e avaliação;
sões Intergestores Bipartite (CIB) e Tripartite (CIT). formular e implementar políticas para áreas priori-
Algumas responsabilidades atribuídas aos muni- tárias, conforme definido nas diferentes instâncias de
cípios devem ser assumidas por todos os municípios. pactuação;
As outras responsabilidades serão atribuídas de acordo organizar o acesso a serviços de saúde resolutivos e
com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de de qualidade na atenção básica, viabilizando o planeja-
serviços localizada no território municipal. mento, a programação pactuada e integrada da aten-
No que se refere às responsabilidades atribuídas aos ção à saúde e a atenção à saúde no seu território, expli-
estados devem ser assumidas por todos eles. citando a responsabilidade, o compromisso e o vínculo
Com relação à gestão dos prestadores de serviço do serviço e equipe de saúde com a população do seu
fica mantida a normatização estabelecida na NOAS território, desenhando a rede de atenção e promoven-
SUS 01/2002. As referências na NOAS SUS 01/2002 do a humanização do atendimento;
às condições de gestão de estados e municípios ficam organizar e pactuar o acesso a ações e serviços
substituídas pelas situações pactuadas no respectivo de atenção especializada a partir das necessidades da
Termo de Compromisso de Gestão. atenção básica, configurando a rede de atenção, por
meio dos processos de integração e articulação dos ser-
RESPONSABILIDADES GERAIS DA viços de atenção básica com os demais níveis do siste-
GESTÃO DO SUS ma, com base no processo da programação pactuada e
integrada da atenção à saúde;
– MUNICÍPIOS pactuar e fazer o acompanhamento da referência
Todo município é responsável pela integralidade da atenção que ocorre fora do seu território, em coo-
da atenção à saúde da sua população, exercendo essa peração com o estado, Distrito Federal e com os demais
responsabilidade de forma solidária com o estado e a municípios envolvidos no âmbito regional e estadu-
união; al, conforme a programação pactuada e integrada da
atenção à saúde;
Todo município deve: garantir estas referências de acordo com a progra-
garantir a integralidade das ações de saúde presta- mação pactuada e integrada da atenção à saúde, quan-
das de forma interdisciplinar, por meio da abordagem do dispõe de serviços de referência intermunicipal;
integral e contínua do indivíduo no seu contexto fami- garantir a estrutura física necessária para a realiza-
liar, social e do trabalho; englobando atividades de pro- ção das ações de atenção básica, de acordo com as nor-
moção da saúde, prevenção de riscos, danos e agravos; mas técnicas vigentes;
ações de assistência, assegurando o acesso ao atendi- promover a estruturação da assistência farmacêutica
mento às urgências; e garantir, em conjunto com as demais esferas de go-
promover a eqüidade na atenção à saúde, conside- verno, o acesso da população aos medicamentos cuja
rando as diferenças individuais e de grupos populacio- dispensação esteja sob sua responsabilidade, promo-
nais, por meio da adequação da oferta às necessidades vendo seu uso racional, observadas as normas vigentes
como princípio de justiça social, e ampliação do acesso e pactuações estabelecidas;
de populações em situação de desigualdade, respeita- assumir a gestão e execução das ações de vigilância
das as diversidades locais; em saúde realizadas no âmbito local, compreendendo
participar do financiamento tripartite do Sistema as ações de vigilância epidemiológica, sanitária e am-
Único de Saúde; biental, de acordo com as normas vigentes e pactua-
assumir a gestão e executar as ações de atenção bá- ções estabelecidas;
sica, incluindo as ações de promoção e proteção, no elaborar, pactuar e implantar a política de promoção
seu território; da saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no
assumir integralmente a gerência de toda a rede âmbito nacional.
pública de serviços de atenção básica, englobando as
unidades próprias e as transferidas pelo estado ou pela – ESTADOS
união; Responder, solidariamente com municípios, Distrito
com apoio dos estados, identificar as necessidades Federal e união, pela integralidade da atenção à saúde
da população do seu território, fazer um reconheci- da população;
mento das iniqüidades, oportunidades e recursos; Participar do financiamento tripartite do Sistema
desenvolver, a partir da identificação das necessi- Único de Saúde;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Formular e implementar políticas para áreas priori- ação articulada e simultânea entre os municípios;
tárias, conforme definido nas diferentes instâncias de Apoiar técnica e financeiramente os municípios para
pactuação; que executem com qualidade as ações de vigilância
Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito esta- em saúde, compreendendo as ações de vigilância epi-
dual, a implementação dos Pactos Pela Vida e de Ges- demiológica, sanitária e ambiental, de acordo com as
tão e seu Termo de Compromisso; normas vigentes e pactuações estabelecidas;
Apoiar técnica e financeiramente os municípios, para Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção
que estes assumam integralmente sua responsabilidade da saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no
de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes; âmbito nacional;
Apoiar técnica, política e financeiramente a gestão Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de
da atenção básica nos municípios, considerando os ce- saúde pública;
nários epidemiológicos, as necessidades de saúde e a Assumir a gestão e a gerência de unidades públi-
articulação regional, fazendo um reconhecimento das cas de hemonúcleos / hemocentros e elaborar normas
iniquidades, oportunidades e recursos; complementares para a organização e funcionamento
Fazer reconhecimento das necessidades da popula- desta rede de serviço.
ção no âmbito estadual e cooperar técnica e financei-
ramente com os municípios, para que possam fazer o – DISTRITO FEDERAL
mesmo nos seus territórios; Responder, solidariamente com a união, pela inte-
Desenvolver, a partir da identificação das necessi- gralidade da atenção à saúde da população;
dades, um processo de planejamento, regulação, pro- Garantir a integralidade das ações de saúde presta-
gramação pactuada e integrada da atenção à saúde, das de forma interdisciplinar, por meio da abordagem
monitoramento e avaliação; integral e contínua do indivíduo no seu contexto fami-
Coordenar o processo de configuração do desenho liar, social e do trabalho; englobando atividades de pro-
da rede de atenção, nas relações intermunicipais, com moção da saúde, prevenção de riscos, danos e agravos;
a participação dos municípios da região; ações de assistência, assegurando o acesso ao atendi-
mento às urgências;
Organizar e pactuar com os municípios, o proces-
Promover a eqüidade na atenção à saúde, conside-
so de referência intermunicipal das ações e serviços de
rando as diferenças individuais e de grupos populacio-
média e alta complexidade a partir da atenção básica,
nais, por meio da adequação da oferta às necessidades
de acordo com a programação pactuada e integrada da
como princípio de justiça social, e ampliação do acesso
atenção à saúde; de populações em situação de desigualdade, respeita-
Realizar o acompanhamento e a avaliação da aten- das as diversidades locais;
ção básica no âmbito do território estadual; Participar do financiamento tripartite do Sistema
Apoiar técnica e financeiramente os municípios para Único de Saúde;
que garantam a estrutura física necessária para a reali- Coordenar, acompanhar e avaliar, no âmbito esta-
zação das ações de atenção básica; dual, a implementação dos Pactos Pela Vida e de Ges-
Promover a estruturação da assistência farmacêutica tão e seu Termo de Compromisso de Gestão;
e garantir, em conjunto com as demais esferas de go- Assumir a gestão e executar as ações de atenção
verno, o acesso da população aos medicamentos cuja básica, incluindo as ações de promoção e proteção, no
dispensação esteja sob sua responsabilidade, fomen- seu território;
tando seu uso racional e observando as normas vigen- Assumir integralmente a gerência de toda a rede
tes e pactuações estabelecidas; pública de serviços de atenção básica, englobando as
Coordenar e executar e as ações de vigilância em unidades próprias e as transferidas pela união;
saúde, compreendendo as ações de média e alta com- Garantir a estrutura física necessária para a reali-
plexidade desta área, de acordo com as normas vigen- zação das ações de atenção básica, de acordo com as
tes e pactuações estabelecidas; normas técnicas vigentes;
Assumir transitoriamente, quando necessário, a execu- Realizar o acompanhamento e a avaliação da aten-
ção das ações de vigilância em saúde no município, com- ção básica no âmbito do seu território;
prometendo-se em cooperar para que o município assu- Identificar as necessidades da população do seu
ma, no menor prazo possível, sua responsabilidade; território, fazer um reconhecimento das iniqüidades,
Executar algumas ações de vigilância em saúde, em oportunidades e recursos;
caráter permanente, mediante acordo bipartite e con- Desenvolver, a partir da identificação das necessi-
forme normatização específica; dades, um processo de planejamento, regulação, pro-
Supervisionar as ações de prevenção e controle da gramação pactuada e integrada da atenção à saúde,
vigilância em saúde, coordenando aquelas que exigem monitoramento e avaliação;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Formular e implementar políticas para áreas prioritá- Participar do financiamento tripartite do Sistema
rias, conforme definido nas instâncias de pactuação; Único de Saúde;
Organizar o acesso a serviços de saúde resolutivos e Formular e implementar políticas para áreas priori-
de qualidade na atenção básica, viabilizando o planeja- tárias, conforme definido nas diferentes instâncias de
mento, a programação pactuada e integrada da aten- pactuação;
ção à saúde e a atenção à saúde no seu território, expli- Coordenar e acompanhar, no âmbito nacional, a
citando a responsabilidade, o compromisso e o vínculo pactuação e avaliação do Pacto de Gestão e Pacto pela
do serviço e equipe de saúde com a população do seu Vida e seu Termo de Compromisso;
território, desenhando a rede de atenção e promoven- Apoiar o Distrito Federal, os estados e conjunta-
do a humanização do atendimento; mente com estes, os municípios, para que assumam
Organizar e pactuar o acesso a ações e serviços integralmente as suas responsabilidades de gestores da
de atenção especializada a partir das necessidades da atenção à saúde;
atenção básica, configurando a rede de atenção, por Apoiar financeiramente o Distrito Federal e os muni-
meio dos processos de integração e articulação dos ser- cípios, em conjunto com os estados, para que garantam
viços de atenção básica com os demais níveis do siste- a estrutura física necessária para a realização das ações
ma, com base no processo da programação pactuada e de atenção básica;
integrada da atenção à saúde; Prestar cooperação técnica e financeira aos estados,
Pactuar e fazer o acompanhamento da referência ao Distrito Federal e aos municípios para o aperfeiço-
da atenção que ocorre fora do seu território, em co- amento das suas atuações institucionais na gestão da
operação com os estados envolvidos no âmbito regio- atenção básica;
nal, conforme a programação pactuada e integrada da Exercer de forma pactuada as funções de norma-
atenção à saúde; tização e de coordenação no que se refere à gestão
Promover a estruturação da assistência farmacêuti- nacional da atenção básica no SUS;
ca e garantir, em conjunto com a união, o acesso da Identificar, em articulação com os estados, Distrito
população aos medicamentos cuja dispensação esteja Federal e municípios, as necessidades da população
sob sua responsabilidade, fomentando seu uso racional para o âmbito nacional, fazendo um reconhecimento
e observando as normas vigentes e pactuações estabe- das iniqüidades, oportunidades e recursos; e cooperar
lecidas; técnica e financeiramente com os gestores, para que
Garantir o acesso de serviços de referência de acor- façam o mesmo nos seus territórios;
do com a programação pactuada e integrada da aten- Desenvolver, a partir da identificação de necessida-
ção à saúde; des, um processo de planejamento, regulação, progra-
Elaborar, pactuar e implantar a política de promoção mação pactuada e integrada da atenção à saúde, moni-
da saúde, considerando as diretrizes estabelecidas no toramento e avaliação;
âmbito nacional; Promover a estruturação da assistência farmacêutica
Assumir a gestão e execução das ações de vigilância e garantir, em conjunto com as demais esferas de go-
em saúde realizadas no âmbito do seu território, com- verno, o acesso da população aos medicamentos que
preendendo as ações de vigilância epidemiológica, sa- estejam sob sua responsabilidade, fomentando seu uso
nitária e ambiental, de acordo com as normas vigentes racional, observadas as normas vigentes e pactuações
e pactuações estabelecidas; estabelecidas;
Executar e coordenar as ações de vigilância em saú- Definir e pactuar as diretrizes para a organização
de, compreendendo as ações de média e alta comple- das ações e serviços de média e alta complexidade, a
xidade desta área, de acordo com as normas vigentes e partir da atenção básica;
pactuações estabelecidas; Coordenar e executar as ações de vigilância em saú-
Coordenar, normatizar e gerir os laboratórios de de, compreendendo as ações de média e alta comple-
saúde pública; xidade desta área, de acordo com as normas vigentes e
Assumir a gestão e a gerência de unidades públi- pactuações estabelecidas;
cas de hemonúcleos / hemocentros e elaborar normas Coordenar, nacionalmente, as ações de prevenção
complementares para a organização e funcionamento e controle da vigilância em saúde que exijam ação ar-
desta rede de serviço. ticulada e simultânea entre os estados, Distrito Federal
e municípios;
– UNIÃO Proceder investigação complementar ou conjunta
Responder, solidariamente com os municípios, o Dis- com os demais gestores do SUS em situação de risco
trito Federal e os estados, pela integralidade da atenção sanitário;
à saúde da população; Apoiar e coordenar os laboratórios de saúde públi-
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Implementar a avaliação das ações de saúde nos Operar os complexos reguladores no que se refere
estabelecimentos de saúde, por meio de análise de no que se refere à referencia intermunicipal, conforme
dados e indicadores e verificação de padrões de con- pactuação;
formidade; Monitorar a implementação e operacionalização das
Implementar a auditoria sobre toda a produção de centrais de regulação;
serviços de saúde, públicos e privados, sob sua gestão, Cooperar tecnicamente com os municípios para a
tomando como referência as ações previstas no plano qualificação das atividades de cadastramento, contra-
municipal de saúde e em articulação com as ações de tação, controle, avaliação, auditoria e pagamento aos
controle, avaliação e regulação assistencial; prestadores dos serviços localizados no território muni-
Realizar auditoria assistencial da produção de servi- cipal e vinculados ao SUS;
ços de saúde, públicos e privados, sob sua gestão; Monitorar e fiscalizar contratos e convênios com
Elaborar normas técnicas, complementares às das prestadores contratados e conveniados, bem como das
esferas estadual e federal, para o seu território. unidades públicas;
Elaborar contratos com os prestadores de acordo
– ESTADOS com a política nacional de contratação de serviços de
Elaborar as normas técnicas complementares à da saúde, em conformidade com o planejamento e a pro-
esfera federal, para o seu território; gramação da atenção;
Monitorar a aplicação dos recursos financeiros re- Credenciar os serviços de acordo com as normas vi-
cebidos por meio de transferência regular e automática gentes e com a regionalização e coordenar este proces-
(fundo a fundo) e por convênios; so em relação aos municípios;
Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos finan- Fiscalizar e monitorar o cumprimento dos critérios
ceiros transferidos aos fundos municipais; estaduais e nacionais de credenciamento de serviços
Monitorar o cumprimento pelos municípios: dos pelos prestadores;
planos de saúde, dos relatórios de gestão, da operação Monitorar o cumprimento, pelos municípios, das
dos fundos de saúde, indicadores e metas do pacto de programações físico-financeira definidas na programa-
gestão, da constituição dos serviços de regulação, con- ção pactuada e integrada da atenção à saúde;
trole avaliação e auditoria e da participação na progra- Fiscalizar e monitorar o cumprimento, pelos mu-
mação pactuada e integrada da atenção à saúde; nicípios, das normas de solicitação e autorização das
Apoiar a identificação dos usuários do SUS no âm- internações e dos procedimentos ambulatoriais espe-
bito estadual, com vistas à vinculação de clientela e à cializados;
sistematização da oferta dos serviços; Estabelecer e monitorar a programação físico-financei-
Manter atualizado o cadastramento no Sistema Na- ra dos estabelecimentos de saúde sob sua gestão; observar
cional de Cadastro de Estabelecimentos e Profissionais as normas vigentes de solicitação e autorização dos pro-
de Saúde, bem como coordenar e cooperar com os mu- cedimentos hospitalares e ambulatoriais, monitorando e
nicípios nesta atividade; fiscalizando a sua execução por meio de ações de controle,
Elaborar e pactuar protocolos clínicos e de regulação avaliação e auditoria; processar a produção dos estabeleci-
de acesso, no âmbito estadual, em consonância com os mentos de saúde próprios e contratados e realizar o paga-
protocolos e diretrizes nacionais, apoiando os Municí- mento dos prestadores de serviços;
pios na implementação dos mesmos; Monitorar e avaliar o funcionamento dos Consór-
Controlar a referência a ser realizada em outros es- cios Intermunicipais de Saúde;
tados, de acordo com a programação pactuada e in- Monitorar e avaliar o desempenho das redes regio-
tegrada da atenção à saúde, procedendo a solicitação nais hierarquizadas estaduais;
e/ou autorização prévia, quando couber; Implementar avaliação das ações de saúde nos esta-
Operar a central de regulação estadual, para as re- belecimentos, por meio de análise de dados e indicado-
ferências interestaduais pactuadas, em articulação com res e verificação de padrões de conformidade;
as centrais de regulação municipais; Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
Coordenar e apoiar a implementação da regulação realizadas pelos municípios e pelo gestor estadual;
da atenção pré-hospitalar às urgências de acordo com Supervisionar a rede de laboratórios públicos e
a regionalização e conforme normas vigentes e pactu- privados que realizam análises de interesse da saúde
ações estabelecidas; pública;
Estimular e apoiar a implantação dos complexos regu- Elaborar normas complementares para a avaliação
ladores municipais; tecnológica em saúde;
Participar da co-gestão dos complexos reguladores mu- Avaliar e auditar os sistemas de saúde municipais
nicipais, no que se refere às referências intermunicipais; de saúde;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Implementar auditoria sobre toda a produção de prestadores contratados e conveniados, bem como das
serviços de saúde, pública e privada, sob sua gestão e unidades públicas;
em articulação com as ações de controle, avaliação e Elaborar contratos com os prestadores de acordo
regulação assistencial; com a política nacional de contratação de serviços de
Realizar auditoria assistencial da produção de servi- saúde, em conformidade com o planejamento e a pro-
ços de saúde, públicos e privados, sob sua gestão. gramação da atenção;
Credenciar os serviços de acordo com as normas vi-
– DISTRITO FEDERAL gentes e com a regionalização;
Elaborar as normas técnicas complementares à da Monitorar e avaliar o funcionamento dos Consór-
esfera federal, para o seu território; cios de Saúde;
Monitorar a aplicação dos recursos financeiros re- Monitorar e avaliar o desempenho das redes regio-
cebidos por meio de transferência regular e automática nais hierarquizadas;
(fundo a fundo) e por convênios; Implementar avaliação das ações de saúde nos esta-
Realizar a identificação dos usuários do SUS no belecimentos, por meio de análise de dados e indicado-
âmbito do Distrito Federal, com vistas à vinculação de res e verificação de padrões de conformidade;
clientela e à sistematização da oferta dos serviços; Monitorar e fiscalizar a execução dos procedimentos
Manter atualizado o cadastramento no Sistema Na- realizados em cada estabelecimento por meio das ações
cional de Cadastro de Estabelecimentos e Profissionais de controle e avaliação hospitalar e ambulatorial;
de Saúde no seu território, segundo normas do Minis- Supervisionar a rede de laboratórios públicos e pri-
tério da Saúde; vados que realizam análises de interesse da saúde pú-
Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde, blica;
realizadas em seu território, por intermédio de indica- Elaborar normas complementares para a avaliação
dores de desempenho, envolvendo aspectos epidemio- tecnológica em saúde;
lógicos e operacionais; Implementar auditoria sobre toda a produção de
Elaborar e implantar protocolos clínicos, terapêuti- serviços de saúde, pública e privada, em articulação
cos e de regulação de acesso, no âmbito do Distrito com as ações de controle, avaliação e regulação assis-
Federal, em consonância com os protocolos e diretrizes tencial.
nacionais;
Controlar a referência a ser realizada em outros es- – UNIÃO
tados, de acordo com a programação pactuada e in- Cooperar tecnicamente com os estados, o Distrito
tegrada da atenção à saúde, procedendo a solicitação Federal e os municípios para a qualificação das ativi-
e/ou autorização prévia; dades de cadastramento, contratação, regulação, con-
Operar a central de regulação do Distrito Federal, trole, avaliação, auditoria e pagamento aos prestadores
para as referências interestaduais pactuadas, em arti- dos serviços vinculados ao SUS;
culação com as centrais de regulação estaduais e mu- Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos finan-
nicipais; ceiros transferidos fundo a fundo e por convênio aos
Implantar e operar o complexo regulador dos servi- fundos de saúde dos estados, do Distrito Federal e dos
ços presentes no seu território, de acordo com a pactu- municípios;
ação estabelecida; Monitorar o cumprimento pelos estados, Distrito
Coordenar e apoiar a implementação da regulação Federal e municípios dos planos de saúde, dos relató-
da atenção pré-hospitalar às urgências de acordo com rios de gestão, da operação dos fundos de saúde, dos
a regionalização e conforme normas vigentes e pactu- pactos de indicadores e metas, da constituição dos ser-
ações estabelecidas viços de regulação, controle avaliação e auditoria e da
Executar o controle do acesso do seu usuário aos realização da programação pactuada e integrada da
leitos disponíveis, às consultas, terapias e exames es- atenção à saúde;
pecializados, disponíveis no seu território, que pode ser Coordenar, no âmbito nacional, a estratégia de
feito por meio de centrais de regulação; identificação dos usuários do SUS;
Coordenar e cooperar com os estados, o Distrito Fe-
Definir a programação físico-financeira por estabe-
deral e os municípios no processo de cadastramento de
lecimento de saúde; observar as normas vigentes de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde;
solicitação e autorização dos procedimentos hospitala- Definir e pactuar a política nacional de contratação
res e ambulatoriais; processar a produção dos estabe- de serviços de saúde;
lecimentos de saúde próprios e contratados e realizar o Propor e pactuar os critérios de credenciamento dos
pagamento dos prestadores de serviços; serviços de saúde;
Monitorar e fiscalizar contratos e convênios com Propor e pactuar as normas de solicitação e autoriza-
28
PACTO PELA SAÚDE 2006
ção das internações e dos procedimentos ambulatoriais acordo com o pactuado e/ou com a complexidade da
especializados, de acordo com as Políticas de Atenção rede de serviços localizada no território municipal
Especializada; Estabelecer, sempre que possível, espaços de nego-
Elaborar, pactuar e manter as tabelas de procedi- ciação permanente entre trabalhadores e gestores;
mentos enquanto padrão nacional de utilização dos Desenvolver estudos e propor estratégias e finan-
mesmos e de seus preços; ciamento tripartite com vistas à adoção de política refe-
Estruturar a política nacional de regulação da aten- rente aos recursos humanos descentralizados;
ção à saúde, conforme pactuação na CIT, contemplan- Considerar as diretrizes nacionais para Planos de
do apoio financeiro, tecnológico e de educação perma- Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS,
nente; quando da elaboração, implementação e/ou reformu-
Estimular e apoiar a implantação dos complexos re- lação de Planos de Cargos e Salários no âmbito da ges-
guladores; tão local;
Cooperar na implantação e implementação dos Implementar e pactuar diretrizes para políticas de
complexos reguladores; educação e gestão do trabalho que favoreçam o provi-
Coordenar e monitorar a implementação e opera- mento e a fixação de trabalhadores de saúde, no âmbi-
cionalização das centrais de regulação interestaduais, to municipal, notadamente em regiões onde a restrição
garantindo o acesso às referências pactuadas; de oferta afeta diretamente a implantação de ações es-
Coordenar a construção de protocolos clínicos e de tratégicas para a atenção básica.
regulação de acesso nacionais, em parceria com os es-
tados, o Distrito Federal e os municípios, apoiando–os – ESTADOS
na utilização dos mesmos; Promover e desenvolver políticas de gestão do tra-
Acompanhar, monitorar e avaliar a atenção básica, balho, considerando os princípios da humanização, da
nas demais esferas de gestão, respeitadas as competên- participação e da democratização das relações de tra-
cias estaduais, municipais e do Distrito Federal; balho;
Monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde, Desenvolver estudos e propor estratégias e finan-
realizadas pelos municípios, Distrito Federal, estados e ciamento tripartite com vistas à adoção de política refe-
pelo gestor federal, incluindo a permanente avaliação rente aos recursos humanos descentralizados;
dos sistemas de vigilância epidemiológica e ambiental Promover espaços de negociação permanente entre
em saúde; trabalhadores e gestores, no âmbito estadual e regio-
Normatizar, definir fluxos técnico-operacionais e su- nal;
pervisionar a rede de laboratórios públicos e privados Adotar vínculos de trabalho que garantam os direi-
que realizam análises de interesse em saúde pública; tos sociais e previdenciários dos trabalhadores de saú-
Avaliar o desempenho das redes regionais e de refe- de na sua esfera de gestão e de serviços, promovendo
rências interestaduais; ações de adequação de vínculos, onde for necessário,
Responsabilizar-se pela avaliação tecnológica em conforme legislação vigente e apoiando técnica e fi-
saúde; nanceiramente os municípios na mesma direção;
Avaliar e auditar os sistemas de saúde estaduais e Considerar as diretrizes nacionais para Planos de
municipais. Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS,
quando da elaboração, implementação e/ou reformu-
RESPONSABILIDADES NA GESTÃO DO lação de Planos de Cargos e Salários no âmbito da ges-
TRABALHO tão estadual;
Propor e pactuar diretrizes para políticas de educa-
- MUNICÍPIOS ção e gestão do trabalho que favoreçam o provimento
Todo município deve: e a fixação de trabalhadores de saúde, no âmbito es-
promover e desenvolver políticas de gestão do tra- tadual, notadamente em regiões onde a restrição de
balho, considerando os princípios da humanização, da oferta afeta diretamente a implantação de ações estra-
participação e da democratização das relações de tra- tégicas para a atenção básica.
balho;
adotar vínculos de trabalho que garantam os direi- – DISTRITO FEDERAL
tos sociais e previdenciários dos trabalhadores de saú- Desenvolver estudos quanto às estratégias e finan-
de na sua esfera de gestão e de serviços, promovendo ciamento tripartite de política de reposição da força de
ações de adequação de vínculos, onde for necessário, trabalho descentralizada;
conforme legislação vigente; Implementar espaços de negociação permanente
As responsabilidades a seguir serão atribuídas de entre trabalhadores e gestores, no âmbito do Distrito
29
PACTO PELA SAÚDE 2006
30
PACTO PELA SAÚDE 2006
nente em saúde e processos relativos à mesma, orien- apoiar o processo de mobilização social e institucio-
tados pela integralidade da atenção à saúde, criando nal em defesa do SUS;
quando for o caso, estruturas de coordenação e de prover as condições materiais, técnicas e administra-
execução da política de formação e desenvolvimento, tivas necessárias ao funcionamento do Conselho Muni-
participando no seu financiamento; cipal de Saúde, que deverá ser organizado em confor-
Promover a integração de todos os processos de midade com a legislação vigente;
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à organizar e prover as condições necessárias à reali-
política de educação permanente; zação de Conferências Municipais de Saúde;
Articular e participar das políticas regulatórias e de estimular o processo de discussão e controle social
indução de mudanças no campo da graduação e da es- no espaço regional;
pecialização das profissões de saúde; apoiar o processo de formação dos conselheiros de
Articular e cooperar com a construção e implemen- saúde;
tação de iniciativas políticas e práticas para a mudança promover ações de informação e conhecimento
na graduação das profissões de saúde, de acordo com acerca do SUS, junto à população em geral;
as diretrizes do SUS; Apoiar os processos de educação popular em saúde,
Articular e pactuar com o Sistema Estadual de Edu- com vistas ao fortalecimento da participação social do
cação, processos de formação de acordo com as neces- SUS;
sidades do SUS, cooperando com os demais gestores, A responsabilidade a seguir será atribuída de acordo
para processos na mesma direção; com o pactuado e/ou com a complexidade da rede de
Desenvolver ações e estruturas formais de educação serviços localizada no território municipal
técnica em saúde com capacidade de execução descen- Implementar ouvidoria municipal com vistas ao for-
talecimento da gestão estratégica do SUS, conforme
tralizada no âmbito do Distrito Federal;
diretrizes nacionais.
Promover e articular junto às Escolas Técnicas de
Saúde uma nova orientação para a formação de pro- – ESTADOS
fissionais técnicos para o SUS, diversificando os campos
Apoiar o processo de mobilização social e institucio-
de aprendizagem;
nal em defesa do SUS;
Apoiar e promover a aproximação dos movimentos
Prover as condições materiais, técnicas e administra-
de educação popular em saúde da formação dos profis-
tivas necessárias ao funcionamento do Conselho Esta-
sionais de saúde, em consonância com as necessidades
dual de Saúde, que deverá ser organizado em confor-
sociais em saúde;
Incentivar, junto à rede de ensino, a realização de midade com a legislação vigente;
ações educativas e de conhecimento do SUS; Organizar e prover as condições necessárias à reali-
zação de Conferências Estaduais de Saúde;
Estimular o processo de discussão e controle social
– UNIÃO
no espaço regional;
Formular, promover e pactuar políticas de educação
Apoiar o processo de formação dos conselheiros de
permanente em saúde, apoiando técnica e financeira-
saúde;
mente estados e municípios no desenvolvimento das
Promover ações de informação e conhecimento
mesmas; acerca do SUS, junto à população em geral;
Promover a integração de todos os processos de Apoiar os processos de educação popular em saúde,
capacitação e desenvolvimento de recursos humanos à com vistas ao fortalecimento da participação social do SUS;
política de educação permanente, no âmbito da gestão Implementar ouvidoria estadual, com vistas ao for-
nacional do SUS; talecimento da gestão estratégica do SUS, conforme
Propor e pactuar políticas regulatórias no campo da diretrizes nacionais.
graduação e da especialização das profissões de saúde;
Articular e propor políticas de indução de mudanças – DISTRITO FEDERAL
na graduação das profissões de saúde; Apoiar o processo de mobilização social e institucio-
Propor e pactuar com o sistema federal de educa- nal em defesa do SUS;
ção, processos de formação de acordo com as necessi- Prover as condições materiais, técnicas e administra-
dades do SUS, articulando os demais gestores na mes- tivas necessárias ao funcionamento do Conselho Esta-
dual de Saúde, que deverá ser organizado em confor-
ma direção;
midade com a legislação vigente;
Organizar e prover as condições necessárias à reali-
RESPONSABILIDADES NA PARTICIPAÇÃO E zação de Conferências Estaduais de Saúde;
CONTROLE SOCIAL Estimular o processo de discussão e controle social
no espaço regional;
- MUNICÍPIOS Apoiar o processo de formação dos conselheiros de
Todo município deve: saúde;
31
PACTO PELA SAÚDE 2006
Promover ações de informação e conhecimento Anualmente, no mês de março, devem ser revistas
acerca do SUS, junto à população em geral; as metas, os objetivos e os indicadores do Termo de
Apoiar os processos de educação popular em saúde, Compromisso de Gestão.
com vistas ao fortalecimento da participação social do O Termo de Compromisso de Gestão substitui o
SUS; atual processo de habilitação, conforme detalhamento
Implementar ouvidoria estadual, com vistas ao for- em portaria específica.
talecimento da gestão estratégica do SUS, conforme Fica extinto o processo de habilitação para estados
diretrizes nacionais e municípios, conforme estabelecido na NOB SUS 01/–
96 e na NOAS SUS 2002.
- UNIÃO Ficam mantidas, até a assinatura do Termo de Com-
Apoiar o processo de mobilização social e institucio- promisso de Gestão constante nas Diretrizes Operacio-
nal em defesa do SUS; nais do Pacto pela Saúde 2006, as mesmas prerrogati-
Prover as condições materiais, técnicas e administra- vas e responsabilidades dos municípios e estados que
tivas necessárias ao funcionamento do Conselho Nacio- estão habilitados em Gestão Plena do Sistema, confor-
nal de Saúde, que deverá ser organizado em conformi- me estabelecido na Norma Operacional Básica - NOB
dade com a legislação vigente; SUS 01/96 e na Norma Operacional da Assistência à
Organizar e prover as condições necessárias à reali- Saúde - NOAS SUS 2002.
zação de Conferências Nacionais de Saúde;
Apoiar o processo de formação dos conselheiros de B - PROCESSO DE MONITORAMENTO
saúde; O processo de monitoramento dos Pactos deve se-
Promover ações de informação e conhecimento guir as seguintes diretrizes:
acerca do SUS, junto à população em geral; Ser um processo permanente, de cada ente com re-
Apoiar os processos de educação popular em saúde, lação ao seu próprio âmbito, dos estados com relação
com vistas ao fortalecimento da participação social do aos municípios do seu território, dos municípios com
SUS; relação ao estado, dos municípios e estado com relação
Apoiar o fortalecimento dos movimentos sociais, à União e da união com relação aos estados, municípios
aproximando-os da organização das práticas da saúde e Distrito Federal;
e com as instâncias de controle social da saúde; Ser orientado pelos indicadores, objetivos, metas e
Formular e pactuar a política nacional de ouvidoria responsabilidades que compõem o respectivo Termo de
e implementar o componente nacional, com vistas ao Compromisso de Gestão;
fortalecimento da gestão estratégica do SUS. Estabelecer um processo de monitoramento dos
cronogramas pactuados nas situações onde o muni-
V - IMPLANTAÇÃO E MONITORAMENTO DOS cípio, estado e DF não tenham condições de assumir
PACTOS PELA VIDA E DE GESTÃO plenamente suas responsabilidades no momento da as-
sinatura do Termo de Compromisso de Gestão;
A - PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO Desenvolver ações de apoio para a qualificação do
processo de gestão.
Para a implantação destes Pactos ficam acordados
A operacionalização do processo de monitoramento
os seguintes pontos:
A implantação dos Pactos pela Vida e de Gestão, deve ser objeto de regulamentação específica em cada
enseja uma revisão normativa em várias áreas que se- esfera de governo, considerando as pactuações reali-
rão regulamentadas em portarias específicas, pactuadas zadas.
na CIT.
Fica definido o Termo de Compromisso de Gestão, VI - DIREÇÃO E ARTICULAÇÃO DO SUS
Federal, Estadual, do DF e Municipal, como o docu-
mento de formalização deste Pacto nas suas dimensões A direção do SUS, em cada esfera de governo, é
Pela Vida e de Gestão. composta pelo órgão setorial do poder executivo e pelo
O Termo de Compromisso de Gestão, a ser regula- respectivo Conselho de Saúde, nos termos das Leis Nº
mentado em normatização específica, contém as metas 8.080/90 e Nº 8.142/1990.
e objetivos do Pacto pela Vida, referidas no item I deste
O processo de articulação entre os gestores, nos
documento; as responsabilidades e atribuições de cada
gestor, constantes do item III e os indicadores de mo- diferentes níveis do Sistema, ocorre, preferencialmen-
nitoramento. te, em dois colegiados de negociação: a Comissão In-
Os Termos de Compromisso de Gestão devem ser tergestores Tripartite - CIT e a Comissão Intergestores
aprovados nos respectivos Conselhos de Saúde. Bipartite - CIB, que pactuarão sobre a organização, di-
Nos Termos de Compromisso de Gestão Estadual e reção e gestão da saúde.
Municipal, podem ser acrescentadas as metas munici- A CIT é composta, paritariamente, por representa-
pais, regionais e estaduais, conforme pactuação; ção do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de
32
PACTO PELA SAÚDE 2006
Secretários de Saúde - CONASS e do Conselho Nacio- definição das normas ordenadoras do Sistema Único de
nal de Secretários Municipais de Saúde – CONASEMS, Saúde;
sendo um espaço tripartite para a elaboração de pro- Considerando as Comissões Intergestores Bipartite
postas para a implantação e operacionalização do SUS. (CIB) como instâncias de pactuação para a realização
A CIB, composta igualmente de forma paritária, é dos pactos intra-estaduais e a definição de modelos or-
integrada por representação da Secretaria Estadual de ganizacionais, a partir de diretrizes e normas pactuadas
Saúde (SES) e do Conselho Estadual de Secretários Mu- na Comissão Intergestores Tripartite (CIT); e
nicipais de Saúde (COSEMS) ou órgão equivalente é a Considerando o Anexo II – Diretrizes Operacionais
instância privilegiada de negociação e decisão quanto do Pacto pela Saúde – Consolidação do SUS, da Portaria
aos aspectos operacionais do SUS. Um dos represen- nº 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006,
tantes dos municípios é, necessariamente, o Secretário
de Saúde da Capital. Como parte do processo de cons- R E S O L V E:
tituição das regiões de saúde devem ser constituídos
Colegiados de Gestão Regionais. Art. 1º Definir que os processos administrativos re-
A definição sobre o número de membros de cada lativos à gestão do SUS sejam definidos e pactuados no
CIB deve considerar as diferentes situações de cada es- âmbito das Comissões Intergestores Bipartite (CIB).
tado, como número de municípios, número de regiões § 1º Os processos pactuados no âmbito de cada
de saúde, buscando a maior representatividade possí- CIB deverão respeitar as diretrizes aprovadas na CIT e
vel. os critérios técnicos das portarias específicas do Minis-
As decisões da CIB e CIT serão tomadas sempre por tério da Saúde.
consenso. § 2º A CIB terá o prazo de 30 dias para se posicionar.
As conclusões das negociações pactuadas na CIT Art. 2º Serão descentralizados na primeira etapa os
e na CIB serão formalizadas em ato próprio do gestor processos referentes às áreas: hospitalar, de saúde do
respectivo. trabalhador e de média e alta complexidade, conforme
As decisões das Comissões Intergestores que versa- o Anexo a esta Portaria.
rem sobre matéria da esfera de competência dos Con- Parágrafo único. As áreas constantes do Anexo a
selhos de Saúde deverão ser submetidas à apreciação esta Portaria têm prazos distintos para o processo de
do Conselho respectivo. descentralização.
Art. 3º Definir que para a garantia da permanente
PORTARIA GM/MS 598 qualificação do processo de descentralização seja efe-
(DE 23 DE MARÇO DE 2006). tuado o desenvolvimento de ações como:
I - oferta de capacitação das equipes técnicas de
Define que os processos administrativos relati- estados e de municípios para adequada realização das
vos à gestão do SUS sejam definidos e pactuados no ações descentralizadas;
âmbito das Comissões Intergestores Bipartite. II - apoio técnico às CIBs, por parte da CIT e do Mi-
nistério da Saúde (MS), como forma de estabelecer um
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de processo permanente de qualificação das pactuações
suas atribuições, e em curso; e
Considerando o art. 198 da Constituição Federal e o III - definição das informações estratégicas, cons-
inciso IX do art. 7º da Lei nº 8.080 de 1990, que apon- tantes do Anexo a esta Portaria, que devem ser envia-
tam a descentralização como uma diretriz e princípio, das ao MS para subsidiar o processo de homologação,
respectivamente, do Sistema Único de Saúde (SUS); monitoramento e avaliação.
Considerando a disposição do Ministério da Saúde Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua
em priorizar seu papel de proposição de políticas, par- publicação.
ticipação no co-financiamento, desenvolvimento das Art. 5º Fica revogado itens 1.1.3 e 1.1.4 do Anexo
ações de cooperação técnica, avaliação, controle e fis- II à Portaria nº 1.273/GM, de 21 de novembro de 2000,
calização, além da mediação de conflitos; publicada no Diário Oficial da União de 23 de novem-
Considerando a necessidade de aproximar os pro- bro de 2000, Seção 1, página 51, os itens 2.5, 2.6, 2.8,
cessos de descentralização, de organização e de gestão 3.3, 3.4 e 3.5 do Anexo I à Portaria SAS/MS nº 95, de
do SUS às suas atuais exigências e demandas; 16 de fevereiro de 2005, publicada no Diário Oficial
Considerando a necessidade de fortalecer as Comis- da União nº 31, de 16 de fevereiro de 2005, Seção 1,
sões Intergestores Bipartite e Tripartite como espaços página 32, o art. 9º, o § 2º do art. 9º e o item 1.2.4 do
privilegiados para processos de pactuação intergesto- Anexo I à Portaria SAS nº 118, de 23 de fevereiro de
res, objetivando a qualificação, o aperfeiçoamento e a 2005, publicada no Diário Oficial da União nº 37, de 24
33
PACTO PELA SAÚDE 2006
SARAIVA FELIPE
34
PACTO PELA SAÚDE 2006
35
PACTO PELA SAÚDE 2006
15 de julho de 2004, Seção 1, página 36, nº 2.023/ A Atenção Básica tem como fundamentos:
GM, de 23 de setembro de 2004, publicada no Diário I - possibilitar o acesso universal e contínuo a ser-
Oficial da União nº 185, de 24 de setembro de 2004, viços de saúde de qualidade e resolutivos, caracteriza-
Seção 1, página 44, nº 2.024/GM, de 23 de setembro dos como a porta de entrada preferencial do sistema
de 2004, publicada no Diário Oficial da União nº 185, de saúde, com território adscrito de forma a permitir o
de 24 de setembro de 2004, Seção 1, página 44, nº planejamento e a programação descentralizada, e em
2.025/GM, de 23 de setembro de 2004, publicada no consonância com o princípio da eqüidade;
Diário Oficial da União nº 185, de 24 de setembro de II - efetivar a integralidade em seus vários aspectos,
2004, Seção 1, página 45, nº 619/GM, de 25 de abril a saber: integração de ações programáticas e deman-
de 2005, publicada no Diário Oficial da União nº 78, de da espontânea; articulação das ações de promoção à
26 de abril de 2005, Seção 1, página 56, nº 873/GM, saúde, prevenção de agravos, vigilância à saúde, trata-
de 8 de junho de 2005. publicada no Diário Oficial da mento e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar
União nº 110, de 10 de junho de 2005, Seção 1, página e em equipe, e coordenação do cuidado na rede de
74 e nº 82/SAS, de 7 de julho de 1998, publicada no serviços;
Diário Oficial da União nº 128, de 8 de julho de 1998, III - desenvolver relações de vínculo e responsabili-
Seção 1, página 62. zação entre as equipes e a população adscrita garantin-
do a continuidade das ações de saúde e a longitudina-
SARAIVA FELIPE lidade do cuidado;
IV - valorizar os profissionais de saúde por meio do
estímulo e do acompanhamento constante de sua for-
POLITICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA mação e capacitação;
V - realizar avaliação e acompanhamento sistemáti-
CAPÍTULO I co dos resultados alcançados, como parte do processo
Da Atenção Básica de planejamento e programação; e
VI - estimular a participação popular e o controle
1 - DOS PRINCÍPIOS GERAIS social.
A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto Visando à operacionalização da Atenção Básica, de-
de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que finem-se como áreas estratégicas para atuação em todo
abrangem a promoção e a proteção da saúde, a pre- o território nacional a eliminação da hanseníase, o con-
venção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a rea- trole da tuberculose, o controle da hipertensão arterial,
bilitação e a manutenção da saúde. É desenvolvida por o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnu-
meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias de- trição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a
mocráticas e participativas, sob forma de trabalho em saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde.
equipe, dirigidas a populações de territórios bem deli- Outras áreas serão definidas regionalmente de acordo
mitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitá- com prioridades e pactuações definidas nas CIBs.
ria, considerando a dinamicidade existente no território Para o processo de pactuação da atenção bási-
em que vivem essas populações. Utiliza tecnologias de ca será realizado e firmado o Pacto de Indicadores da
elevada complexidade e baixa densidade, que devem Atenção Básica, tomando como objeto as metas anuais
resolver os problemas de saúde de maior freqüência e a serem alcançadas em relação a indicadores de saúde
relevância em seu território. É o contato preferencial acordados. O processo de pactuação da Atenção Básica
dos usuários com os sistemas de saúde. Orienta-se pe- seguirá regulamentação específica do Pacto de Gestão.
los princípios da universalidade, da acessibilidade e da Os gestores poderão acordar nas CIBs indicadores es-
coordenação do cuidado, do vínculo e continuidade, da taduais de Atenção Básica a serem acompanhados em
integralidade, da responsabilização, da humanização, seus respectivos territórios.
da equidade e da participação social.
A Atenção Básica considera o sujeito em sua singu- 2 - DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ESFE-
laridade, na complexidade, na integralidade e na inser- RA DE GOVERNO
ção sócio-cultural e busca a promoção de sua saúde, a Os municípios e o Distrito Federal, como gestores
prevenção e tratamento de doenças e a redução de da- dos sistemas locais de saúde, são responsáveis pelo
nos ou de sofrimentos que possam comprometer suas cumprimento dos princípios da Atenção Básica, pela or-
possibilidades de viver de modo saudável. ganização e execução das ações em seu território.
A Atenção Básica tem a Saúde da Família como es- 2.1 - Compete às Secretarias Municipais de
tratégia prioritária para sua organização de acordo com Saúde e ao Distrito Federal:
os preceitos do Sistema Único de Saúde. I - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações
36
PACTO PELA SAÚDE 2006
de Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu ção permanente dos profissionais das equipes; e
território, incluindo as unidades próprias e as cedidas XVII - buscar a viabilização de parcerias com orga-
pelo estado e pela União; nizações governamentais, não governamentais e com o
II - incluir a proposta de organização da Atenção setor privado para fortalecimento da Atenção Básica no
Básica e da forma de utilização dos recursos do PAB âmbito do seu território.
fixo e variável, nos Planos de Saúde municipais e do
Distrito Federal; 2.2 - Compete às Secretarias Estaduais de Saúde
III - inserir preferencialmente, de acordo com sua e ao Distrito Federal:
capacidade institucional, a estratégia de Saúde da Fa- I - contribuir para a reorientação do modelo de
mília em sua rede de serviços, visando à organização atenção à saúde por meio do apoio à Atenção Básica e
sistêmica da atenção à saúde; estímulo à adoção da estratégia Saúde da Família pelos
IV - organizar o fluxo de usuários, visando a garan- serviços municipais de saúde em caráter substitutivo às
tia das referências a serviços e ações de saúde fora do práticas atualmente vigentes para a Atenção Básica;
âmbito da Atenção Básica; II - pactuar, com a Comissão Intergestores Bipartite,
V - garantir infra-estrutura necessária ao funciona- estratégias, diretrizes e normas de implementação da
mento das Unidades Básicas de Saúde, dotando-as de Atenção Básica no Estado, mantidos os princípios gerais
recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes regulamentados nesta Portaria;
para o conjunto de ações propostas; III - estabelecer, no Plano de Saúde Estadual e do
VI - selecionar, contratar e remunerar os profissio- Distrito Federal, metas e prioridades para a organização
nais que compõem as equipes multiprofissionais de da Atenção Básica no seu território;
Atenção Básica, inclusive os da Saúde da Família, em IV - destinar recursos estaduais para compor o fi-
conformidade com a legislação vigente; nanciamento tripartite da Atenção Básica;
VII - programar as ações da Atenção Básica a partir V - pactuar com a Comissão Intergestores Bipartite
de sua base territorial, utilizando instrumento de pro- e informar à Comissão Intergestores Tripartite a defini-
gramação nacional ou correspondente local; ção da utilização dos recursos para Compensação de
VIII - alimentar as bases de dados nacionais com Especificidades Regionais;
os dados produzidos pelo sistema de saúde municipal, VI - prestar assessoria técnica aos municípios no
mantendo atualizado o cadastro de profissionais, de processo de qualificação da Atenção Básica e de amplia-
serviços e de estabelecimentos ambulatoriais, públicos ção e consolidação da estratégia Saúde da Família, com
e privados, sob sua gestão; orientação para organização dos serviços que considere
IX - elaborar metodologias e instrumentos de mo- a incorporação de novos cenários epidemiológicos;
nitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera VII - elaborar metodologias e instrumentos de mo-
nitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera
municipal;
estadual;
X - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias
VIII - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias
organizacionais de qualificação de recursos humanos
organizacionais de qualificação de recursos humanos
para gestão, planejamento, monitoramento e avaliação para gestão, planejamento, monitoramento e avaliação
da Atenção Básica; da Atenção Básica;
XI - definir estratégias de articulação com os servi- IX - definir estratégias de articulação com as gestões
ços de saúde com vistas à institucionalização da avalia- municipais do SUS com vistas à institucionalização da
ção da Atenção Básica; avaliação da Atenção Básica;
XII - firmar, monitorar e avaliar os indicadores do X - firmar, monitorar e avaliar os indicadores do Pac-
Pacto da Atenção Básica no seu território, divulgando to da Atenção Básica no território estadual, divulgando
anualmente os resultados alcançados; anualmente os resultados alcançados;
XIII - verificar a qualidade e a consistência dos da- XI - estabelecer outros mecanismos de controle e
dos alimentados nos sistemas nacionais de informação regulação, monitoramento e avaliação das ações da
a serem enviados às outras esferas de gestão; Atenção Básica e da estratégia Saúde da Família no âm-
XIV - consolidar e analisar os dados de interesse das bito estadual ou do Distrito Federal;
equipes locais, das equipes regionais e da gestão mu- XII - ser co-responsável, junto ao Ministério da Saú-
nicipal, disponíveis nos sistemas de informação, divul- de, pelo monitoramento da utilização dos recursos da
gando os resultados obtidos; Atenção Básica transferidos aos municípios e ao Distrito
XV - acompanhar e avaliar o trabalho da Atenção Federal;
Básica com ou sem Saúde da Família, divulgando as in- XIII - submeter à CIB, para resolução acerca das ir-
formações e os resultados alcançados; regularidades constatadas na execução do PAB fixo e
XVI - estimular e viabilizar a capacitação e a educa- variável, visando:
37
PACTO PELA SAÚDE 2006
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PACTO PELA SAÚDE 2006
ção Básica nos municípios e no Distrito Federal: I - definição do território de atuação das UBS;
I - Unidade(s) Básica(s) de Saúde (UBS) com ou sem II - programação e implementação das atividades,
Saúde da Família inscrita(s) no Cadastro Nacional de com a priorização de solução dos problemas de saúde
Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde, de mais freqüentes, considerando a responsabilidade da
acordo com as normas sanitárias vigentes; assistência resolutiva à demanda espontânea;
II – UBS com ou sem Saúde da Família que, de acor- III - desenvolvimento de ações educativas que pos-
do com o desenvolvimento de suas ações, disponibili- sam interferir no processo de saúde-doença da popula-
zem: ção e ampliar o controle social na defesa da qualidade
III - equipe multiprofissional composta por médico, de vida;
IV - desenvolvimento de ações focalizadas sobre
enfermeiro, cirurgião dentista, auxiliar de consultório
os grupos de risco e fatores de risco comportamentais,
dentário ou técnico em higiene dental, auxiliar de en-
alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de pre-
fermagem ou técnico de enfermagem e agente comu-
venir o aparecimento ou a manutenção de doenças e
nitário de saúde, entre outros;
danos evitáveis;
IV - consultório médico, consultório odontológico
V - assistência básica integral e contínua, organi-
e consultório de enfermagem para os profissionais da
zada à população adscrita, com garantia de acesso ao
Atenção Básica;
apoio diagnóstico e laboratorial;
V - área de recepção, local para arquivos e registros,
VI - implementação das diretrizes da Política Nacio-
uma sala de cuidados básicos de enfermagem, uma sala
nal de Humanização, incluindo o acolhimento;
de vacina e sanitários, por unidade;
VII - realização de primeiro atendimento às urgên-
VI - equipamentos e materiais adequados ao elenco
cias médicas e odontológicas;
de ações propostas, de forma a garantir a resolutivida-
de da Atenção Básica; VIII - participação das equipes no planejamento e
VII - garantia dos fluxos de referência e contra-refe- na avaliação das ações;
rência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico IX - desenvolvimento de ações intersetoriais, inte-
e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e grando projetos sociais e setores afins, voltados para a
VIII - existência e manutenção regular de estoque promoção da saúde; e
dos insumos necessários para o funcionamento das uni- X - apoio a estratégias de fortalecimento da gestão
dades básicas de saúde, incluindo dispensação de medi- local e do controle social.
camentos pactuados nacionalmente.
Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da 6 - DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS
Família em grandes centros urbanos, recomenda-se o EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA
parâmetro de uma UBS para até 30 mil habitantes, lo- As atribuições específicas dos profissionais da Aten-
calizada dentro do território pelo qual tem responsa- ção Básica deverão constar de normatização do municí-
bilidade sanitária, garantindo os princípios da Atenção pio e do Distrito Federal, de acordo com as prioridades
Básica. definidas pela respectiva gestão e as prioridades nacio-
Para UBS com Saúde da Família em grandes centros nais e estaduais pactuadas.
urbanos, recomenda-se o parâmetro de uma UBS para
até 12 mil habitantes, localizada dentro do território 7 - DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO
pelo qual tem responsabilidade sanitária, garantindo os PERMANENTE
A educação permanente dos profissionais da Aten-
princípios da Atenção Básica.
ção Básica é de responsabilidade conjunta das SMS e
das SES, nos estados, e da Secretaria de Saúde do Dis-
4 - DO CADASTRAMENTO DAS UNIDADES QUE trito Federal.
PRESTAM SERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE Os conteúdos mínimos da Educação Permanente
O cadastramento das Unidades Básicas de Saúde devem priorizar as áreas estratégicas da Atenção Bási-
será feito pelos gestores municipais e do Distrito Fede- ca, acordadas na CIT, acrescidos das prioridades estadu-
ral em consonância com as normas do Cadastro Nacio- ais, municipais e do Distrito Federal.
nal de Estabelecimentos de Saúde. Devem compor o financiamento da Educação Per-
manente recursos das três esferas de governo acorda-
5 - DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUI- dos na CIT e nas CIBs.
PES DE ATENÇÃO BÁSICA Os serviços de atenção básica deverão adequar-se
São características do processo de trabalho das equi- à integração ensino-aprendizagem de acordo com pro-
pes de Atenção Básica: cessos acordados na CIT e nas CIBs.
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PACTO PELA SAÚDE 2006
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PACTO PELA SAÚDE 2006
IX - prestar assessoria técnica aos municípios no realizado a partir da população cadastrada no sistema
processo de implantação e ampliação da SF; de informação vigente.
X - articular com as instituições formadoras de re-
cursos humanos do estado estratégias de expansão e 3 - DA INFRA-ESTRUTURA E DOS RECURSOS
qualificação de cursos de pós-graduação, residências NECESSÁRIOS
médicas e multiprofissionais em Saúde da Família e São itens necessários à implantação das Equipes de
educação permanente, de acordo com demandas e ne- Saúde da Família:
cessidades identificadas nos municípios e pactuadas nas I - existência de equipe multiprofissional responsável
CIBs; e por, no máximo, 4.000 habitantes, sendo a média reco-
XI - acompanhar, monitorar e avaliar o desenvolvi- mendada de 3.000 habitantes, com jornada de trabalho
mento da estratégia Saúde da Família nos municípios, de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e
identificando situações em desacordo com a regula- composta por, no mínimo, médico, enfermeiro, auxiliar
mentação, garantindo suporte às adequações necessá- de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes
rias e divulgando os resultados alcançados. Comunitários de Saúde;
II - número de ACS suficiente para cobrir 100% da
2.3. Compete ao Distrito Federal: população cadastrada, com um máximo de 750 pessoas
I - estabelecer, no Plano de Saúde do Distrito Fede- por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família;
ral, metas e prioridades para a Saúde da Família; III - existência de Unidade Básica de Saúde inscri-
II - analisar e consolidar as informações referentes à ta no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do
implantação e ao funcionamento das equipes de Saúde Ministério da Saúde, dentro da área para o atendimen-
da Família, de Saúde Bucal e ACS; to das Equipes de Saúde da Família que possua mini-
III - responsabilizar-se junto ao Ministério da Saúde mamente:
pelo monitoramento, o controle e a avaliação da uti- a) consultório médico e de enfermagem para a
lização dos recursos de incentivo da Saúde da Família Equipe de Saúde da Família, de acordo com as neces-
transferidos ao Distrito Federal; e sidades de desenvolvimento do conjunto de ações de
IV - acompanhar, monitorar e avaliar o desenvolvi- sua competência;
mento da estratégia Saúde da Família no Distrito Fede- b) área/sala de recepção, local para arquivos e re-
ral, identificando e adequando situações em desacordo gistros, uma sala de cuidados básicos de enfermagem,
com a regulamentação e divulgando os resultados al- uma sala de vacina e sanitários, por unidade;
cançados. c) equipamentos e materiais adequados ao elenco
de ações programadas, de forma a garantir a resolutivi-
2.4 Compete ao Ministério da Saúde: dade da Atenção Básica à saúde;
I - definir e rever, de forma pactuada, na Comis- IV - garantia dos fluxos de referência e contra-refe-
são Intergestores Tripartite, as diretrizes e as normas da rência aos serviços especializados, de apoio diagnóstico
Saúde da Família; e terapêutico, ambulatorial e hospitalar; e
II - garantir fontes de recursos federais para com- V - existência e manutenção regular de estoque dos
por o financiamento da Atenção Básica organizada por insumos necessários para o funcionamento da UBS.
meio da estratégia Saúde da Família;
III - apoiar a articulação de instituições, em parceria São itens necessários à incorporação de profissionais
com Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do de saúde bucal nas Equipes de Saúde da Família:
Distrito Federal, para capacitação e garantia de educa- I - no caso das Equipes de Saúde Bucal (ESB), mo-
ção permanente específica aos profissionais da Saúde dalidade 1: existência de equipe multiprofissional, com
da Família; composição básica de cirurgião dentista e auxiliar de
IV - articular com o Ministério da Educação estra- consultório dentário, com trabalho integrado a uma ou
tégias de expansão e de qualificação de cursos de pós- duas ESF, com responsabilidade sanitária pela mesma
graduação, residências médicas e multiprofissionais em população e território que as ESF às quais está vincu-
Saúde da Família e em educação permanente; lada, e com jornada de trabalho de 40 horas semanais
V - analisar dados de interesse nacional relaciona- para todos os seus componentes;
dos com a estratégia Saúde da Família, gerados pelos II - no caso das ESB, modalidade 2: existência de
sistemas de informação em saúde, divulgando os resul- equipe multiprofissional, com composição básica de
tados obtidos; e cirurgião dentista, auxiliar de consultório dentário e
VI - para a análise de indicadores, de índices de va- técnico de higiene dental, com trabalho integrado a
lorização de resultados e de outros parâmetros, o cálcu- uma ou duas ESFs, com responsabilidade sanitária pela
lo da cobertura populacional pelas ESF, ESB e ACS será mesma população e território que as ESFs, às quais está
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PACTO PELA SAÚDE 2006
vinculada, e com jornada de trabalho de 40 horas se- duos, das famílias e da própria comunidade;
manais para todos os seus componentes; V - trabalho interdisciplinar e em equipe, integrando
III - existência de Unidade de Saúde inscrita no Ca- áreas técnicas e profissionais de diferentes formações;
dastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Minis- VI - promoção e desenvolvimento de ações interse-
tério da Saúde, dentro da área para atendimento das toriais, buscando parcerias e integrando projetos sociais
equipes de Saúde Bucal, que possua minimamente: e setores afins, voltados para a promoção da saúde, de
a) consultório odontológico para a Equipe de Saúde acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão
Bucal, de acordo com as necessidades de desenvolvi- municipal;
mento do conjunto de ações de sua competência; e VII - valorização dos diversos saberes e práticas na
b) equipamentos e materiais adequados ao elenco perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva,
de ações programadas, de forma a garantir a resolutivi- possibilitando a criação de vínculos de confiança com
dade da Atenção Básica à saúde. ética, compromisso e respeito;
VIII - promoção e estímulo à participação da comu-
É prevista a implantação da estratégia de Agentes nidade no controle social, no planejamento, na execu-
Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde ção e na avaliação das ações; e
como uma possibilidade para a reorganização inicial da IX - acompanhamento e avaliação sistematica das
Atenção Básica. São itens necessários à organização da ações implementadas, visando à readequação do pro-
implantação dessa estratégia: cesso de trabalho.
I - a existência de uma Unidade Básica de Saúde, As atribuições dos diversos profissionais das Equi-
inscrita no Cadastro Geral de estabelecimentos de saú- pes de Saúde da Família, de Saúde Bucal, ACS e enfer-
de do Ministério da Saúde, de referência para os ACS e meiros das equipes PACS estão descritas no Anexo I.
o enfermeiro supervisor;
II - a existência de um enfermeiro para até 30 ACS, 5 - DA CAPACITAÇÃO E EDUCAÇÃO
o que constitui uma equipe de ACS; PERMANENTE DAS EQUIPES
III - o cumprimento da carga horária de 40 horas O processo de capacitação deve iniciar-se concomi-
semanais dedicadas à equipe de ACS pelo enfermeiro tantemente ao início do trabalho das ESF por meio do
supervisor e pelos ACS; Curso Introdutório para toda a equipe.
IV - definição das microareas sob responsabilidade Recomenda-se que:
de cada ACS, cuja população não deve ser superior a I - o Curso Introdutório seja realizado em até 3 me-
750 pessoas; e ses após a implantação da ESF;
V - o exercício da profissão de Agente Comunitário II - a responsabilidade da realização do curso intro-
de Saúde regulamentado pela Lei nº 10.507/2002. dutório e/ou dos cursos para educação permanente das
equipes, em municípios com população inferior a 100
4. DO PROCESSO DE TRABALHO DA SAÚDE mil habitantes, seja da Secretaria de Estado da Saúde
DA FAMÍLIA em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde; e
Além das características do processo de trabalho das III - a responsabilidade da realização do curso intro-
equipes de Atenção Básica, são características do pro- dutório e/ou dos cursos para educação permanente das
cesso de trabalho da Saúde da Família: equipes, em municípios com população superior a 100
I - manter atualizado o cadastramento das famílias e mil habitantes, e da Secretaria Municipal de Saúde, que
dos indivíduos e utilizar, de forma sistemática, os dados poderá realizar parceria com a Secretaria de Estado da
para a análise da situação de saúde considerando as Saúde. No Distrito Federal, a sua Secretaria de Saúde é
características sociais, econômicas, culturais, demográ- responsável pela realização do curso introdutório e/ou
ficas e epidemiológicas do território; dos cursos para educação permanente das equipes.
II - definição precisa do território de atuação, mape- Os conteúdos mínimos do Curso Introdutório e da
amento e reconhecimento da área adstrita, que com- Educação Permanente para as ESFs serão objeto de
preenda o segmento populacional determinado, com regulamentação específica editada pelo Ministério da
atualização contínua; Saúde.
III - diagnóstico, programação e implementação das
atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizan- 6 - DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO
do solução dos problemas de saúde mais freqüentes; I - O município e o Distrito Federal deverão elaborar
IV - prática do cuidado familiar ampliado, efetivada a proposta de implantação ou expansão de ESF, ESB e
por meio do conhecimento da estrutura e da funcio- ACS e em conformidade com a regulamentação estadu-
nalidade das famílias que visa propor intervenções que al aprovada pela CIB. Na ausência de regulamentação
influenciem os processos de saúde-doença dos indiví- específica, poderão ser utilizados os quadros constantes
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PACTO PELA SAÚDE 2006
no Anexo II a esta Portaria. A proposta deve definir: VII - O fluxo dos usuários para garantia da referên-
a) território a ser coberto, com estimativa da popu- cia e contra-referência à atenção especializada, nos ser-
lação residente, definição do número de equipes que viços assistenciais de média complexidade ambulatorial,
deverão atuar e com o mapeamento das áreas e micro- incluindo apoio diagnóstico laboratorial e de imagem
áreas; - RX e ultra-som, saúde mental e internação hospitalar,
b) infra-estrutura incluindo área física, equipamen- levando em conta os padrões mínimos de oferta de ser-
tos e materiais disponíveis nas UBS onde atuarão as viços de acordo com os protocolos estabelecidos pelo
equipes, explicitando o número e o local das unidades Ministério da Saúde e a proposta para garantia da as-
onde irão atuar cada uma das equipes; sistência farmacêutica básica devem constar no Plano
c) ações a serem desenvolvidas pelas equipes no Municipal de Saúde.
âmbito da Atenção Básica, especialmente nas áreas
prioritárias definidas no âmbito nacional; CAPÍTULO III
d) processo de gerenciamento e supervisão do tra- Do Financiamento Da Atenção Básica
balho das equipes;
e) forma de recrutamento, seleção e contratação 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
dos profissionais das equipes, contemplando o cumpri- O financiamento da Atenção Básica se dará em
mento da carga horária de 40 horas semanais; composição tripartite.
f) implantação do Sistema de Informação da Aten- O Piso da Atenção Básica (PAB) constitui-se no
ção Básica (SIAB), incluindo recursos humanos e mate- componente federal para o financiamento da Atenção
riais para operá-lo; Básica, sendo composto de uma fração fixa e outra va-
g) processo de avaliação do trabalho das equipes, riável.
da forma de acompanhamento do Pacto dos Indicado- O somatório das partes fixa e variável do Piso da
res da Atenção Básica e da utilização dos dados dos Atenção Básica (PAB) comporá o Teto Financeiro do
sistemas nacionais de informação; Bloco Atenção Básica conforme estabelecido nas dire-
h) a contrapartida de recursos do município e do trizes dos Pactos pela Vida, em Defesa do SUS e de
Distrito Federal. Gestão.
Os recursos do Teto Financeiro do Bloco Atenção
II - A proposta elaborada deverá ser aprovada pelos Básica deverão ser utilizados para financiamento das
Conselhos de Saúde dos Municípios e encaminhada à ações de Atenção Básica descritas nos Planos de Saúde
Secretaria Estadual de Saúde ou sua instância regional do município e do Distrito Federal.
para análise. O Distrito Federal, após a aprovação por
seu Conselho de Saúde, deverá encaminhar sua pro- 2 - DO PISO DE ATENÇÃO BÁSICA
posta para o Ministério da Saúde; O Piso da Atenção Básica - PAB consiste em um
III - A Secretaria Estadual de Saúde ou sua instância montante de recursos financeiros federais destinados à
regional terá o prazo máximo de 30 dias após a data viabilização de ações de Atenção Básica à saúde e com-
do protocolo de entrada do processo para sua análise põe o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica.
e encaminhamento à Comissão Intergestores Bipartite O PAB é composto de uma parte fixa (PAB fixo) des-
(CIB); tinada a todos os municípios e de uma parte variável
IV - Após aprovação na CIB, cabe à Secretaria de (PAB variável) que consiste em montante de recursos
Saúde dos Estados e do Distrito Federal informar ao Mi- financeiros destinados a estimular a implantação das
nistério da Saúde, até o dia 15 de cada mês, o número seguintes estratégias nacionais de reorganização do
de ESF, de ESB e de ACS que fazem jus ao recebimento modelo de atenção à saúde: Saúde da Família – SF;
de incentivos financeiros do PAB variável; Agentes Comunitários de Saúde – ACS; Saúde Bucal
V - O município, com as equipes previamente cre- – SB; Compensação de Especificidades Regionais; Saú-
denciadas pelo estado, conforme decisão da CIB, pas- de Indígena – SI; e Saúde no Sistema Penitenciário.
sará a receber o incentivo correspondente às equipes Os repasses dos recursos dos PABs fixo e variável aos
efetivamente implantadas, a partir do cadastro de pro- municípios são efetuados em conta aberta especifica-
fissionais no sistema nacional de informação definido mente para essa finalidade, com o objetivo de facilitar o
para esse fim, e da alimentação de dados no sistema acompanhamento pelos Conselhos de Saúde no âmbito
que comprovem o início de suas atividades; dos municípios, dos estados e do Distrito Federal.
VI -O Ministério da Saúde, os estados e os municí- Os recursos serão repassados em conta específica
pios terão o prazo de até 180 dias para implantação do denominada “FMS – nome do município – PAB” de
novo fluxo de credenciamento e implantação de ESF, de acordo com a normatização geral de transferências fun-
ESB e de ACS; e do a fundo do Ministério da Saúde.
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PACTO PELA SAÚDE 2006
O Ministério da Saúde definirá os códigos de lan- de saúde para a população, incluindo quantitativos
çamentos, assim como seus identificadores literais, que mensais e anuais de produção de serviços de Aten-
constarão nos respectivos avisos de crédito, para tornar ção Básica.
claro o objeto de cada lançamento em conta. O aviso
de crédito deverá ser enviado ao Secretário de Saúde, 2.1. Da parte fixa do Piso da Atenção Básica
ao Fundo de Saúde, ao Conselho de Saúde, ao Poder Os recursos do PAB serão transferidos mensalmen-
Legislativo e ao Ministério Público dos respectivos ní- te, de forma regular e automática, do Fundo Nacional
veis de governo. de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e do Distrito
Os registros contábeis e os demonstrativos geren- Federal.
ciais mensais devidamente atualizados relativos aos Excepcionalmente, os recursos do PAB correspon-
recursos repassados a essas contas, ficarão, permanen- dentes à população de municípios que não cumpri-
temente, à disposição dos Conselhos responsáveis pelo rem com os requisitos mínimos regulamentados nesta
acompanhamento, e a fiscalização, no âmbito dos Mu- Portaria podem ser transferidos, transitoriamente, aos
nicípios, dos Estados, do Distrito Federal e dos órgãos Fundos Estaduais de Saúde, conforme resolução das
de fiscalização federais, estaduais e municipais, de con- Comissões Intergestores Bipartites.
trole interno e externo. A parte fixa do PAB será calculada pela multiplicação
Os municípios deverão remeter por via eletrônica o de um valor per capita fixado pelo Ministério da Saúde
processamento da produção de serviços referentes ao pela população de cada município e do Distrito Federal
PAB à Secretaria Estadual de Saúde, de acordo com cro- e seu valor será publicado em portaria específica. Nos
nograma por ela estabelecido. As Secretarias de Saúde municípios cujos valores referentes já são superiores ao
dos Estados e do Distrito Federal devem enviar as infor- mínimo valor per capita proposto, será mantido o maior
mações ao DATASUS, observando cronograma estabe- valor.
lecido pelo Ministério da Saúde. A população de cada município e do Distrito Fede-
Os municípios e o Distrito Federal deverão efetuar ral será a população definida pelo IBGE e publicada em
suas despesas segundo as exigências legais requeridas portaria específica pelo Ministério da Saúde.
a quaisquer outras despesas da administração pública Os municípios que já recebem incentivos referentes
(processamento, empenho, liquidação e efetivação do a equipes de projetos similares ao PSF, de acordo com
pagamento). a Portaria nº 1.348/GM, de 18 de novembro de 1999,
De acordo com o artigo 6º, do Decreto nº 1.651/95, e Incentivos de Descentralização de Unidades de Saúde
a comprovação da aplicação dos recursos transferidos da FUNASA, de acordo com Portaria nº 1.502/GM, de
do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estadu- 22 de agosto de 2002, terão os valores corresponden-
ais e Municipais de Saúde, na forma do Decreto nº tes incorporados a seu PAB fixo a partir da publicação
1.232/94, que trata das transferências, fundo a fundo, do teto financeiro do Bloco da Atenção Básica.
deve ser apresentada ao Ministério da Saúde e ao Es- Ficam mantidas as ações descritas nos Grupos dos
tado, por meio de relatório de gestão, aprovado pelo Procedimentos da Atenção Básica, na Tabela do Sis-
respectivo Conselho de Saúde. tema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único
Da mesma forma, a prestação de contas dos valores de Saúde que permanecem como referência para a ali-
recebidos e aplicados no período deve ser aprovada no mentação dos bancos de dados nacionais.
Conselho Municipal de Saúde e encaminhada ao Tri-
bunal de Contas do Estado ou Município e à Câmara 2.2. Do Piso da Atenção Básica Variável
Municipal. Os recursos do PAB variável são parte integrante do
A demonstração da movimentação dos recursos de Bloco da Atenção Básica e terão sua utilização definida
cada conta deverá ser efetuada, seja na Prestação de nos planos municipais de saúde, dentro do escopo das
Contas, seja quando solicitada pelos órgãos de contro- ações previstas nesta Política.
le, mediante a apresentação de: O PAB variável representa a fração de recursos fe-
I - relatórios mensais da origem e da aplicação dos derais para o financiamento de estratégias nacionais de
recursos; organização da Atenção Básica, cujo financiamento
II - demonstrativo sintético de execução orçamen- global se dá em composição tripartite.
tária; Para fazer jus ao financiamento específico do PAB
III - demonstrativo detalhado das principais despe- variável, o Distrito Federal e os municípios devem aderir
sas; e às estratégias nacionais:
IV - relatório de gestão. I - Saúde da Família (SF);
O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a II - Agentes Comunitários de Saúde (ACS);
aplicação dos recursos financeiros resultou em ações III - Saúde Bucal (SB);
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Para municípios dos estados da Região Norte, Ma- 3 - REQUISITOS MÍNIMOS PARA
ranhão e Mato Grosso, a fórmula será: população IBGE MANUTENÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DO PAB
da área urbana / 400 + população da área rural IBGE/ Os requisitos mínimos para a manutenção da trans-
280. ferência do PAB são aqueles definidos pela legislação
A fonte de dados populacionais a ser utilizada para federal do SUS.
o cálculo será a mesma vigente para cálculo da parte O Plano de Saúde municipal ou do Distrito Federal,
fixa do PAB, definida pelo IBGE e publicada pelo Minis- aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde e atua-
tério da Saúde. lizado a cada ano, deve especificar a proposta de or-
ganização da Atenção Básica e explicitar como serão
Equipes de Saúde Bucal (ESB) utilizados os recursos do Bloco da Atenção Básica. Os
Os valores dos incentivos financeiros para as Equi- municípios e o Distrito Federal devem manter a guarda
pes de Saúde Bucal implantadas serão transferidos a desses Planos por no mínimo 10 anos, para fins de ava-
cada mês, tendo como base o número de Equipes de liação, monitoramento e auditoria.
Saúde Bucal (ESB) registrados no cadastro de Equipes O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a
e profissionais do Sistema de Informação de Atenção aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de
Básica – SIAB, na respectiva competência financeira. saúde para a população, incluindo quantitativos men-
Farão jus ao recebimento dos incentivos financei- sais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica,
ros referentes a Equipes de Saúde Bucal (ESB), quantas e deverá ser apresentado anualmente para apreciação e
equipes estiverem implantadas no SIAB, desde que não aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde.
ultrapassem o número existente de Equipes de Saúde Os valores do PAB fixo serão corrigidos anualmente
da Família, e considerem a lógica de organização da mediante cumprimento de metas pactuadas para indi-
Atenção Básica - Saúde da Família. cadores da Atenção Básica. Excepcionalmente o não
São estabelecidas duas modalidades de financia- alcance de metas poderá ser avaliado e justificado pe-
mento para as ESB: las Secretarias Estaduais de Saúde e pelo Ministério da
I - Equipe de Saúde Bucal Modalidade 1: composta Saúde de maneira a garantir esta correção.
por no mínimo 1 cirurgião-dentista e 1 auxiliar de con- Os indicadores de acompanhamento para 2006
sultório dentário; são:
II - Equipe de Saúde Bucal Modalidade 2: composta I - Cobertura firmada pelo gestor municipal e do
por no mínimo 1 cirurgião-dentista, 1 auxiliar de con- Distrito Federal para o ano anterior no Pacto da Aten-
sultório dentário e 1 técnico de higiene dental. ção Básica, para:
a) média anual de consultas médicas por habitante
Compensação de Especificidades Regionais nas especialidades básicas;
Os valores do recurso Compensação de Especifici- b) proporção de nascidos vivos de mães com quatro
dades Regionais serão definidos em Portaria Ministerial ou mais consultas de pré-natal;
especifica para este fim. c) razão entre exames citopatológico cérvico-vagi-
A utilização dos recursos de Compensação de Es- nais em mulheres entre 25 e 59 anos e a população
pecificidades Regionais será definida periodicamente feminina nessa faixa etária; e
pelas CIBs. II - Cobertura vacinal da terceira dose de tetrava-
A CIB selecionará os municípios a serem contempla- lente em menores de um ano de idade maior ou igual
dos, a partir de critérios regionais, bem como a forma a 95%;
de utilização desses recursos de acordo com as espe- O Ministério da Saúde publicará anualmente, em
cificidades regionais e/ou municipais de cada estado, portaria específica, os indicadores de acompanhamento
a exemplo de sazonalidade, migrações, dificuldade de para fins de reajuste do PAB fixo.
fixação de profissionais, IDH, indicadores de resultados,
educação permanente, formação de ACS. 4 - DA SOLICITAÇÃO DE CRÉDITO RETROATIVO
Os critérios definidos devem ser informados ao ple- Considerando a ocorrência de problemas na ali-
nário da CIT. No caso do Distrito Federal, a proposta de mentação do Sistema de Informação de Atenção Básica
aplicação deste recurso deverá ser submetida à aprova- – SIAB, por parte dos municípios e/ou do Distrito Fe-
ção pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal. deral, e na transferência dos arquivos, realizada pelos
As Secretarias Estaduais de Saúde enviarão a lista- municípios, o Distrito Federal e os estados, o Fundo
gem de municípios com os valores e o período de trans- Nacional de Saúde - FNS/SE/MS poderá efetuar crédito
ferência dos recursos pactuados nas CIBs ao Departa- retroativo dos incentivos financeiros a equipes de Saú-
mento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, para de da Família, a equipes de Saúde Bucal e a de Agentes
que os valores sejam transferidos do FNS para os FMS. Comunitários de Saúde, com base em solicitação da Se-
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Define valores de financiamento para o ano Define valores de financiamento do PAB fixo e
de 2006, com vistas à estruturação de Unidades variável mediante a revisão de diretrizes e nor-
Básicas de Saúde para as equipes Saúde da Família, mas para a organização da Atenção Básica, para a
como parte da Política Nacional de Atenção Básica. estratégia de Saúde da Família e para o Programa
de Agentes Comunitários de Saúde, instituídos pela
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de Política Nacional de Atenção Básica.
suas atribuições, e
Considerando a Política Nacional de Atenção Bási- O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de
ca definida por meio da Portaria deDiretrizes e Normas suas atribuições, e considerando a Política Nacional de
para a Atenção Básica, Portaria nº 648/GM, de 28 de Atenção Básica definida por meio da Portaria de Dire-
março de 2006, queregulamenta o desenvolvimento trizes e Normas para a Atenção Básica, Portaria nº 648/
das ações de atenção básica à saúde no Sistema Único GM, de 28 de março de 2006, que regulamenta o de-
de Saúde (SUS) e define critérios para uso dos recursos senvolvimento das ações de atenção básica à saúde no
da atenção básica, resolve: SUS e define critérios para repasse do Piso de Atenção
Art. 1º Definir, para o ano de 2006, a transferên- Básica, fração fixa e variável, resolve:
cia, em parcela única, no valor de R$ 100.000,00 (cem Art. 1º Definir que o valor mínimo per capita do
mil reais) por curso de graduação, aos municípios que Piso de Atenção Básica - PAB, fração fixa (PAB fixo) cor-
aderiram ao PROSAÚDE e recebem alunos de enferma- responde a R$ 13,00 (treze reais)/habitante por ano.
gem, medicina e/ou odontologia nas Unidades Básicas Parágrafo único. Prevalecerá o maior valor per ca-
de Saúde municipais das equipes de Saúde da Família. pita do PAB fixo nos municípios cujos valores referentes
Art. 2º Definir, para o ano de 2006, como valor já são superiores ao mínimo valor per capita proposto,
de transferência para estruturação de Unidades Bási- com base na data da publicação desta Portaria.
cas de Saúde municipais das equipes Saúde da Família, Art. 2º Incorporar ao PAB fixo dos municípios que
aos municípios que recebem nessas unidades, médicos recebem incentivos referentes a equipes de projetos si-
residentes de Medicina de Família e Comunidade, ca- milares, em acordo com a Portaria nº 1.348/GM, de 18
dastrados na Comissão Nacional de Residência Médica de novembro de 1999 (Anexo I), os valores correspon-
(CNRM), parcela única de R$ 30.000,00 (trinta mil re- dentes aos pagos pelas equipes de saúde dos projetos
ais) por aluno residente. similares ao PSF e os Incentivos à Descentralização de
Art. 3º Definir que os recursos tratados nos artigos Unidades de Saúde da Fundação Nacional de Saúde
1º e 2º desta Portaria sejam transferidos do Fundo Na- (FUNASA), de acordo com a Portaria nº 233/GM, de
cional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde para 24 de março de 1999, e a Portaria nº 1.502/GM, de 22
reformas, adequações de área física e equipamentos. de agosto de 2002 (Anexo II), a partir da competência
Art. 4º Definir que cabe à Secretaria de Atenção março de 2006.
a Saúde (SAS/MS), em conjunto com a Secretaria de Art. 3º Criar duas modalidades de Incentivo Finan-
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/ ceiro para as Equipes de Saúde da Família, implantadas
MS), a publicação da listagem de municípios que aten- em conformidade aos critérios estabelecidos pela Políti-
dam aos critérios desta Portaria, com seus respectivos ca Nacional de Atenção Básica.
§ 1º O valor dos Incentivos Financeiros referentes às
valores.
Equipes de Saúde da Família na Modalidade 1 é de R$
Art. 5º Definir que os recursos orçamentários, de
8.100,00 (oito mil e cem reais) a cada mês, por equipe.
que trata a presente Portaria, corram por conta do or- § 2º Fazem jus ao recebimento na Modalidade 1
çamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os todas as Equipes de Saúde da Família dos municípios
seguintes Programas de Trabalho: constantes do Anexo III a esta Portaria e as Equipes de
I - 10.846.1214.0587 - Atendimento Assistencial Saúde da Família dos municípios constantes do Anexo
Básico nos Municípios Brasileiros; e IV a esta Portaria, que atendam a populações residen-
II - 10.845.1214.0589 - Incentivo Financeiro a Mu- tes em assentamentos ou remanescentes de quilombos,
nicípios Habilitados à Parte Variável do Piso da Atenção respeitado o número máximo de equipes definido neste
Básica - PAB para a Saúde da Família. Anexo IV.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua § 3º O valor dos Incentivos Financeiros referentes
publicação. às Equipes de Saúde da Família na Modalidade 2 é de
R$ 5.400,00 (cinco mil e quatrocentos reais) a cada
SARAIVA FELIPE mês, por equipe.
53
PACTO PELA SAÚDE 2006
Art. 4º Definir que o valor do Incentivo Financeiro que trata esta Portaria, corram por conta do orçamento
para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) seja de do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes
R$ 350,00 (trezentos e cinqüenta reais) por ACS a cada Programas de Trabalho:
mês, a partir da competência financeira abril de 2006, I - 10.846.1214.0587 - Atendimento Assistencial
estabelecendo como base de cálculo, o número de ACS Básico nos Municípios Brasileiros;
registrados no cadastro de equipes e profissionais do II - 10.845.1214.0589 - Incentivo Financeiro a Mu-
Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), na nicípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção
respectiva competência financeira. Básica - PAB para a Saúde da Família.
Parágrafo único. No último trimestre de cada ano, Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua
será repassada uma parcela extra, calculada com base publicação, com efeitos financeiros a partir do mês de
no número de Agentes Comunitários de Saúde regis- competência abril de 2006.
trados no cadastro de equipes e profissionais do Sis-
tema de Informação de Atenção Básica (SIAB) no mês SARAIVA FELIPE
de agosto do ano vigente, multiplicado pelo valor do
incentivo fixado no caput deste artigo. PORTARIA Nº 675/GM
Art. 5º Definir os seguintes valores de Incentivo Fi- DE 30 DE MARÇO DE 2006.
nanceiros das Equipes de Saúde Bucal (ESB) nas Mo-
dalidades 1 e 2, segundo critérios estabelecidos pela Aprova Carta dos Direitos dos Usuários da Saú-
Política Nacional de Atenção Básica: de, que consolida os direitos e deveres do exercício
I - Para as ESB na Modalidade 1 serão transferidos da cidadania na saúde em todo o País.
R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) a cada mês,
por equipe; e O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de
II - Para as ESB na Modalidade 2 serão transferidos suas atribuições, e
R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais) a cada mês, por Considerando o disposto no art. 196 da Constitui-
equipe. ção, relativamente ao acesso universal e igualitário às
Parágrafo único. Fazem jus a 50% a mais sobre os ações e serviços de saúde para sua promoção, proteção
valores transferidos referentes as ESB implantadas de e recuperação;
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de
acordo com as modalidades definidas no caput deste
1990, que dispõe sobre as condições para a promoção,
artigo, todas as Equipes de Saúde Bucal dos municípios
a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o
constantes do Anexo III a esta Portaria e as Equipes de funcionamento dos serviços correspondentes;
Saúde Bucal dos municípios constantes no Anexo IV a Considerando a importância do fortalecimento do
esta Portaria, que atendam a populações residentes em SUS como política pública de saúde pelas três esferas
assentamentos ou remanescentes de quilombos, res- de governo e pela sociedade civil;
peitado o número máximo de equipes definido neste Considerando a Lei nº 9.656, de 1998, da Saúde Su-
Anexo IV. plementar, sua regulamentação e a criação da Agência
Art. 6º Definir como valor de transferência para Nacional de Saúde Suplementar (Lei nº 9.961/2000);
cada Equipe Saúde da Família implantada R$ 20.000,00 Considerando as diretrizes da Política Nacional de
(vinte mil reais) a ser transferido em duas parcelas de Humanização da Atenção e da Gestão do SUS em im-
R$ 10.000,00 (dez mil reais) nos meses subseqüentes plementação pelo Ministério da Saúde a partir de maio
de 2003;
ao mês de implantação, como recurso para investimen-
Considerando a necessidade de garantir o atendi-
to nas Unidades Básicas de Saúde e realização do Curso
mento humanizado, acolhedor e resolutivo para os usu-
Introdutório. ários dos serviços de saúde;
Art. 7º Definir como valor de transferência para Considerando a necessidade de definir parâmetros
cada Equipe Saúde Bucal implantada R$ 7.000,00 (sete de qualificação do atendimento humanizado para a po-
mil reais) a ser transferido em parcela única no mês pulação brasileira, respeitando as diversidades culturais,
subseqüente ao de implantação, como recurso para in- ambientais e locais; e
vestimento nas Unidades Básicas de Saúde e realização Considerando a necessidade de promover mudan-
do Curso Introdutório. ças de atitude em todas as práticas de atenção e gestão
Art. 8º Atualizar a base populacional para o cálculo que fortaleçam a autonomia e o direito do cidadão,
do PAB fixo e variável com base na população IBGE
2005 e população assentada de 2005, segundo infor- RESOLVE
mação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, con-
forme Anexo V a esta Portaria. Art. 1º Aprovar, na forma do Anexo a esta Portaria,
Art. 9° Definir que os recursos orçamentários, de a Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, que conso-
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PACTO PELA SAÚDE 2006
A carta que você tem nas mãos baseia-se em seis Assegura ao cidadão o acesso ordenado e organiza-
princípios básicos de cidadania. Juntos, eles asseguram do aos sistemas de saúde, visando a um atendimento
ao cidadão o direito básico ao ingresso digno nos siste- mais justo e eficaz.
mas de saúde, sejam eles públicos ou privados. A carta Todos os cidadãos têm direito ao acesso às ações e
é também uma importante ferramenta para que você aos serviços de promoção, proteção e recuperação da
conheça seus direitos e possa ajudar o Brasil a ter um saúde promovidos pelo Sistema Único de Saúde:
sistema de saúde com muito mais qualidade. I - o acesso se dará prioritariamente pelos Serviços
de Saúde da Atenção Básica próximos ao local de mo-
PRINCÍPIOS DESTA CARTA radia;
II - nas situações de urgência/emergência, o aten-
I - todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e dimento se dará de forma incondicional, em qualquer
organizado aos sistemas de saúde; unidade do sistema;
II - todo cidadão tem direito a tratamento adequado III - em caso de risco de vida ou lesão grave, deverá
e efetivo para seu problema; ser assegurada a remoção do usuário em condições se-
III - todo cidadão tem direito ao atendimento huma- guras, que não implique maiores danos, para um esta-
nizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação; belecimento de saúde com capacidade para recebê-lo;
IV - todo cidadão tem direito a atendimento que IV - o encaminhamento à Atenção Especializada e
respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos; Hospitalar será estabelecido em função da necessidade
V - todo cidadão também tem responsabilidades para de saúde e indicação clínica, levando-se em conta crité-
que seu tratamento aconteça da forma adequada; e rios de vulnerabilidade e risco com apoio de centrais de
VI - todo cidadão tem direito ao comprometimento regulação ou outros mecanismos que facilitem o acesso
dos gestores da saúde para que os princípios anteriores a serviços de retaguarda;
sejam cumpridos. V - quando houver limitação circunstancial na ca-
pacidade de atendimento do serviço de saúde, fica sob
SE PRECISAR, PROCURE A SECRETARIA DE SAÚDE responsabilidade do gestor local a pronta resolução das
DO SEU MUNICÍPIO. condições para o acolhimento e devido encaminhamen-
to do usuário do SUS, devendo ser prestadas informa-
Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde: ções claras ao usuário sobre os critérios de priorização
do acesso na localidade por ora indisponível. A priori-
Considerando o art. 196, da Constituição Federal, que dade deve ser baseada em critérios de vulnerabilidade
garante o acesso universal e igualitário a ações e serviços clínica e social, sem qualquer tipo de discriminação ou
para promoção proteção e recuperação da saúde; privilégio;
Considerando a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de VI - as informações sobre os serviços de saúde con-
1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, tendo critérios de acesso, endereços, telefones, horá-
proteção e recuperação da saúde, a organização e o rios de funcionamento, nome e horário de trabalho dos
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PACTO PELA SAÚDE 2006
profissionais das equipes assistenciais devem estar dis- pêutica, avaliações da equipe multiprofissional, proce-
poníveis aos cidadãos nos locais onde a assistência é dimentos e cuidados de enfermagem e, quando for o
prestada e nos espaços de controle social; caso, procedimentos cirúrgicos e anestésicos, odonto-
VII - o acesso de que trata o caput inclui as ações lógicos, resultados de exames complementares labora-
de proteção e prevenção relativas a riscos e agravos à toriais e radiológicos;
saúde e ao meio ambiente, as devidas informações re- b) registro da quantidade de sangue recebida e da-
lativas às ações de vigilância sanitária e epidemiológica dos que permitam identificar sua origem, sorologias
e os determinantes da saúde individual e coletiva; e efetuadas e prazo de validade;
VIII - a garantia à acessibilidade implica o fim das c) identificação do responsável pelas anotações.
barreiras arquitetônicas e de comunicabilidade, ofere- IV - o acesso à anestesia em todas as situações em
cendo condições de atendimento adequadas, especial- que for indicada, bem como a medicações e procedi-
mente às pessoas que vivem com deficiências, idosos e mentos que possam aliviar a dor e o sofrimento;
gestantes. V - o recebimento das receitas e prescrições tera-
pêuticas, que devem conter:
SEGUNDO PRINCÍPIO a) o nome genérico das substâncias prescritas;
b) clara indicação da posologia e dosagem;
Assegura ao cidadão o tratamento adequado e efe- c) escrita impressa, datilografadas ou digitadas, ou
tivo para seu problema, visando à melhoria da qualida- em caligrafia legível;
de dos serviços prestados. d) textos sem códigos ou abreviaturas;
É direito dos cidadãos ter atendimento resolutivo e) o nome legível do profissional e seu número de
com qualidade, em função da natureza do agravo, com registro no órgão de controle e regulamentação da pro-
garantia de continuidade da atenção, sempre que ne- fissão;
cessário, tendo garantidos: f) a assinatura do profissional e data;
I - atendimento com presteza, tecnologia apropria- VI - o acesso à continuidade da atenção com o apoio
da e condições de trabalho adequadas para os profis- domiciliar, quando pertinente, treinamento em autocuida-
sionais da saúde; do que maximize sua autonomia ou acompanhamento em
II - informações sobre o seu estado de saúde, exten- centros de reabilitação psicossocial ou em serviços de me-
sivas aos seus familiares e/ou acompanhantes, de ma- nor ou maior complexidade assistencial;
neira clara, objetiva, respeitosa, compreensível e adap- VII - encaminhamentos para outras unidades de
tada à condição cultural, respeitados os limites éticos saúde, observando:
por parte da equipe de saúde sobre, entre outras: a) caligrafia legível ou datilografados/digitados ou
a) hipóteses diagnósticas; por meio eletrônico;
b) diagnósticos confirmados; b) resumo da história clínica, hipóteses diagnósticas,
c) exames solicitados; tratamento realizado, evolução e o motivo do encami-
d) objetivos dos procedimentos diagnósticos, cirúr- nhamento;
gicos, preventivos ou terapêuticos; c) a não-utilização de códigos ou abreviaturas;
e) riscos, benefícios e inconvenientes das medidas d) nome legível do profissional e seu número de re-
diagnósticas e terapêuticas propostas; gistro no órgão de controle e regulamentação da pro-
f) duração prevista do tratamento proposto; fissão, assinado e datado; e
g) no caso de procedimentos diagnósticos e tera- e) identificação da unidade de referência e da uni-
pêuticos invasivos ou cirúrgicos, a necessidade ou não dade referenciada.
de anestesia e seu tipo e duração, partes do corpo afe-
tadas pelos procedimentos, instrumental a ser utilizado, TERCEIRO PRINCÍPIO
efeitos colaterais, riscos ou conseqüências indesejáveis,
duração prevista dos procedimentos e tempo de recu- Assegura ao cidadão o atendimento acolhedor e li-
peração; vre de discriminação, visando à igualdade de tratamen-
to e à uma relação mais pessoal e saudável.
h) finalidade dos materiais coletados para exames;
É direito dos cidadãos atendimento acolhedor na
i) evolução provável do problema de saúde;
rede de serviços de saúde de forma humanizada, livre
j) informações sobre o custo das intervenções das de qualquer discriminação, restrição ou negação em
quais se beneficiou o usuário; função de idade, raça, cor, etnia, orientação sexual,
III - registro em seu prontuário, entre outras, das identidade de gênero, características genéticas, condi-
seguintes informações, de modo legível e atualizado: ções econômicas ou sociais, estado de saúde, ser por-
a) motivo do atendimento e/ou internação, dados tador de patologia ou pessoa vivendo com deficiência,
de observação clínica, evolução clínica, prescrição tera- garantindo-lhes:
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PACTO PELA SAÚDE 2006
bém deve ter para que seu tratamento aconteça de for- II - adotar as providências necessárias para subsidiar
ma adequada. a divulgação desta declaração, inserindo em suas ações
as diretrizes relativas aos direitos e deveres dos usuá-
Todo cidadão deve se comprometer a: rios, ora formalizada;
I - prestar informações apropriadas nos atendimen- III - incentivar e implementar formas de participa-
tos, nas consultas e nas internações, sobre queixas, ção dos trabalhadores e usuários nas instâncias e nos
enfermidades e hospitalizações anteriores, história de órgãos de controle social do SUS;
uso de medicamentos e/ou drogas, reações alérgicas e IV - promover atualizações necessárias nos regimen-
demais indicadores de sua situação de saúde; tos e/ou estatutos dos serviços de saúde, adequando-
II - manifestar a compreensão sobre as informações os a esta declaração; e
e/ou orientações recebidas e, caso subsistam dúvidas, V - adotar formas para o cumprimento efetivo da
solicitar esclarecimentos sobre elas; legislação e normatizações do sistema de saúde.
III - seguir o plano de tratamento recomendado pelo
profissional e pela equipe de saúde responsável pelo RESPONSABILIDADE PELA SAÚDE DO
seu cuidado, se compreendido e aceito, participando CIDADÃO
ativamente do projeto terapêutico;
IV - informar ao profissional de saúde e/ou à equipe Compete ao município “prestar, com a cooperação
responsável sobre qualquer mudança inesperada de sua técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
condição de saúde; atendimento à saúde da população” – Constituição da
V - assumir responsabilidades pela recusa a proce- República Federativa do Brasil, art. 30, item VII.
dimentos ou tratamentos recomendados e pela inob-
servância das orientações fornecidas pela equipe de RESPONSABILIDADES PELA GESTÃO DO
saúde; SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
VI - contribuir para o bem-estar de todos que cir-
culam no ambiente de saúde, evitando principalmente Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990
ruídos, uso de fumo, derivados do tabaco e bebidas al-
coólicas, colaborando com a limpeza do ambiente; I - DOS GOVERNOS MUNICIPAIS E DO DISTRITO
VII - adotar comportamento respeitoso e cordial FEDERAL:
com os demais usuários e trabalhadores da saúde; a) gerenciar e executar os serviços públicos de saúde;
VIII - ter sempre disponíveis para apresentação seus b) celebrar contratos com entidades prestadoras de ser-
documentos e resultados de exames que permanecem viços privados de saúde, bem como avaliar sua execução;
em seu poder;
c) participar do planejamento, programação e orga-
IX - observar e cumprir o estatuto, o regimento ge-
nização do SUS em articulação com o gestor estadual;
ral ou outros regulamentos do espaço de saúde, desde
d) executar serviços de vigilância epidemiológica,
que estejam em consonância com esta declaração;
sanitária, de alimentação e nutrição, de saneamento
X - atentar para situações da sua vida cotidiana em
que sua saúde esteja em risco e as possibilidades de básico e de saúde do trabalhador;
redução da vulnerabilidade ao adoecimento; e) gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
XI - comunicar aos serviços de saúde ou à vigilância f) celebrar contratos e convênios com entidades
sanitária irregularidades relacionadas ao uso e à oferta prestadoras de serviços privados de saúde, assim como
de produtos e serviços que afetem a saúde em ambien- controlar e avaliar sua execução; e
tes públicos e privados; e g) participar do financiamento e garantir o forneci-
XII - participar de eventos de promoção de saúde mento de medicamentos básicos.
e desenvolver hábitos e atitudes saudáveis que melho-
rem a qualidade de vida. II - DOS GOVERNOS ESTADUAIS E DO DISTRITO
FEDERAL:
SEXTO PRINCÍPIO a) acompanhar, controlar e avaliar as redes assisten-
ciais do SUS;
Assegura o comprometimento dos gestores para b) prestar apoio técnico e financeiro aos municípios;
que os princípios anteriores sejam cumpridos. Os ges- c) executar diretamente ações e serviços de saúde
tores do SUS, das três esferas de governo, para obser- na rede própria;
vância desses princípios, se comprometem a: d) gerir sistemas públicos de alta complexidade de
I - promover o respeito e o cumprimento desses di- referência estadual e regional;
reitos e deveres com a adoção de medidas progressivas e) acompanhar, avaliar e divulgar os seus indicado-
para sua efetivação; res de morbidade e mortalidade;
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institucionalizados de controle social, implicando, por No texto constitucional tem-se ainda que o sistema
meio da criatividade e do espírito inovador, a criação sanitário brasileiro encontra-se comprometido com a
de mecanismos de mobilização e participação como os integralidade da atenção à saúde, quando suas ações e
vários movimentos e grupos sociais, organizando-se serviços são instados a trabalhar pela promoção, prote-
em rede. ção e recuperação da saúde, com a descentralização e
O trabalho em rede, com a sociedade civil com a participação social.
organizada,favorece que o planejamento das ações em No entanto, ao longo dos anos, o entendimento da
saúde esteja mais vinculado às necessidades percebidas integralidade passou a abranger outras dimensões, au-
e, vivenciadas pela população nos diferentes territórios mentando a responsabilidade do sistema de saúde com
e, concomitantemente, garante a sustentabilidade dos a qualidade da atenção e do cuidado. A integralidade
processos de intervenção nos determinantes e condi- implica, para além da articulação e sintonia entre as es-
cionantes de saúde. tratégias de produção da saúde, a ampliação da escuta
A saúde, como produção social de determinação dos trabalhadores e serviços de saúde na relação com
múltipla e complexa, exige a participação ativa de to- os usuários, quer individual e/ou coletivamente, de
dos os sujeitos envolvidos em sua produção – usuários, modo a deslocar a atenção da perspectiva estrita do seu
movimentos sociais, trabalhadores da saúde, gestores adoecimento e dos seus sintomas para o acolhimento
do setor sanitário e de outros setores –, na análise e de sua história, de suas condições de vida e de suas ne-
na formulação de ações que visem à melhoria da qua- cessidades em saúde, respeitando e considerando suas
lidade de vida. O paradigma promocional vem colocar especificidades e suas potencialidades na construção
a necessidade de que o processo de produção do co- dos projetos e da organização do trabalho sanitário.
nhecimento e das práticas no campo da saúde e, mais A ampliação do comprometimento e da co-respon-
ainda, no campo das políticas públicas faça-se por meio sabilidade entre trabalhadores da saúde, usuários e ter-
da construção e da gestão compartilhadas. ritório em que se localizam altera os modos de atenção
Desta forma, o agir sanitário envolve fundamen- e de gestão dos serviços de saúde, uma vez que a pro-
talmente o estabelecimento de uma rede de compro- dução de saúde torna-se indissociável da produção de
missos e co-responsabilidades em favor da vida e da subjetividades mais ativas, críticas, envolvidas e solidá-
criação das estratégias necessárias para que ela exista. rias e, simultaneamente, exige a mobilização de recur-
A um só tempo, comprometer-se e co-responsabilizar- sos políticos, humanos e financeiros que extrapolam
se pelo viver e por suas condições são marcas e ações o âmbito da saúde. Assim, coloca-se ao setor saúde
próprias da clínica, da saúde coletiva, da atenção e da o desafio de construir a intersetorialidade.
gestão, ratificando-se a indissociabilidade entre esses Compreende-se a intersetorialidade como uma ar-
planos de atuação. ticulação das possibilidades dos distintos setores de
Entende-se, portanto, que a promoção da saúde pensar a questão complexa da saúde, de co-responsa-
é uma estratégia de articulação transversal na qual se bilizar-se pela garantia da saúde como direito humano
confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da e de cidadania e de mobilizar-se na formulação de in-
população em risco e às diferenças entre necessidades, tervenções que a propiciem.
territórios e culturas presentes no nosso país, visando O processo de construção de ações intersetoriais
à criação de mecanismos que reduzam as situações de implica a troca e a construção coletiva de saberes, lin-
vulnerabilidade, defendam radicalmente a equidade e guagens e práticas entre os diversos setores envolvi-
incorporem a participação e o controle sociais na ges- dos na tentativa de equacionar determinada questão
tão das políticas públicas. sanitária, de modo que nele torna-se possível produzir
Na Constituição Federal de 1988, o Estado brasileiro soluções inovadoras quanto à melhoria da qualidade de
assume como seus objetivos precípuos a redução das vida. Tal processo propicia a cada setor a ampliação de
desigualdades sociais e regionais, a promoção do bem sua capacidade de analisar e de transformar seu modo
de todos e a construção de uma sociedade solidária de operar a partir do convívio com a perspectiva dos
sem quaisquer formas de discriminação. Tais objetivos outros setores, abrindo caminho para que os esforços
marcam o modo de conceber os direitos de cidadania e de todos sejam mais efetivos e eficazes.
os deveres do Estado no país, dentre os quais a saúde O compromisso do setor saúde na articulação in-
(BRASIL, 1988). tersetorial é tornar cada vez mais visível que o proces-
Neste contexto, a garantia da saúde implica asse- so saúde-adoecimento é efeito de múltiplos aspectos,
gurar o acesso universal e igualitário dos cidadãos aos sendo pertinente a todos os setores da sociedade e de-
serviços de saúde, mas também a formulação de polí- vendo compor suas agendas. Dessa maneira, é tarefa
ticas sociais e econômicas que operem na redução dos do setor saúde nas várias esferas de decisão convocar
riscos de adoecer. os outros setores a considerarem a avaliação e os pa-
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PACTO PELA SAÚDE 2006
râmetros sanitários quanto à melhoria da qualidade de entende-se que é urgente superar a cultura administra-
vida da população quando forem construir suas políti- tiva fragmentada e desfocada dos interesses e necessi-
cas específicas. dades da sociedade, evitando o desperdício de recursos
Ao se retomar as estratégias de ação propostas pela públicos, reduzindo a superposição de ações e, conse-
Carta de Ottawa (BRASIL, 1996) e analisar a literatura qüentemente, aumentando a eficiência e a efetividade
na área observa-se que, até o momento, o desenvolvi- das políticas públicas existentes.
mento de estudos e evidências aconteceu em grande Nesse sentido, a elaboração da Política Nacional de
parte vinculado às iniciativas ligadas ao comportamen- Promoção da Saúde é oportuna posto que seu proces-
to e aos hábitos dos sujeitos. Nesta linha de interven- so de construção e de implantação/implementação nas
ção já é possível encontrar um acúmulo de evidências várias esferas de gestão do SUS e na interação entre o
convincentes, que são aquelas baseadas em estudos setor sanitário e os demais setores das políticas públicas
epidemiológicos demonstrativos de associações con- e da sociedade provoca a mudança no modo de orga-
vincentes entre exposição e doença a partir de pesqui- nizar, planejar, realizar, analisar e avaliar o trabalho em
sas observacionais prospectivas e, quando necessário, saúde.
ensaios clínicos randomizados com tamanho, duração e
qualidade suficientes (BRASIL, 2004d). 2. OBJETIVOS
Entretanto, persiste o desafio de organizar estudos
e pesquisas para identificação, análise e avaliação de Objetivo Geral
ações de promoção da saúde que operem nas estraté- Promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabi-
gias mais amplas que foram definidas em Ottawa (BRA- lidade e riscos à saúde relacionados aos seus determi-
SIL, 1996) e que estejam mais associadas às diretrizes nantes e condicionantes – modos de viver, condições de
propostas pelo Ministério da Saúde na Política Nacional trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura,
de Promoção da Saúde, a saber: integralidade, equida- acesso a bens e serviços essenciais.
de, responsabilidade sanitária, mobilização e participa-
ção social, intersetorialidade, informação, educação e Objetivos específicos
comunicação, e sustentabilidade. • Incorporar e implementar ações de promoção da
A partir das definições constitucionais, da legislação saúde, com ênfase na atenção básica;
que regulamenta o SUS, das deliberações das conferên- • Ampliar a autonomia e a co-responsabilidade de
cias nacionais de saúde e do Plano Nacional de Saúde sujeitos e coletividades, inclusive o poder público, no
(2004-2007) (BRASIL, 2004a), o Ministério da Saúde cuidado integral à saúde e minimizar e/ou extinguir as
propõe a Política Nacional de Promoção da Saúde num desigualdades de toda e qualquer ordem (étnica, racial,
esforço para o enfrentamento dos desafios de produ- social, regional, de gênero, de orientação/opção sexu-
ção da saúde num cenário sócio¬histórico cada vez al, dentre outras);
mais complexo e que exige a reflexão e qualificação • Promover o entendimento da concepção amplia-
contínua das práticas sanitárias e do sistema de saúde. da de saúde, entre os trabalhadores em saúde, tanto
Entende-se que a promoção da saúde apresenta-se das atividades-meio, como os da atividade-fim;
como um mecanismo de fortalecimento e implantação • Contribuir para o aumento da resolubilidade do
de uma política transversal, integrada e intersetorial, Sistema, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e se-
que faça dialogar as diversas áreas do setor sanitário, gurança das ações de promoção da saúde;
os outros setores do Governo, o setor privado e não go- • Estimular alternativas inovadoras e socialmente
vernamental e a sociedade, compondo redes de com- inclusivas/contributivas no âmbito das ações de pro-
promisso e co¬responsabilidade quanto à qualidade de moção da saúde;
vida da população em que todos sejam partícipes na • Valorizar e otimizar o uso dos espaços públicos de
proteção e no cuidado com a vida. convivência e de produção de saúde para o desenvolvi-
Vê-se, portanto, que a promoção da saúde realiza- mento das ações de Promoção da Saúde;
se na articulação sujeito/coletivo, público/privado, Es- • Favorecer a preservação do meio ambiente e a
tado/sociedade, clínica/política, setor sanitário/outros promoção de ambientes mais seguros e saudáveis;
setores, visando romper com a excessiva fragmentação • Contribuir para elaboração e implementação de
na abordagem do processo saúde-adoecimento e redu- políticas públicas integradas que visem à melhoria da
zir a vulnerabilidade, os riscos e os danos que nele se qualidade de vida no planejamento de espaços urbanos
produzem. e rurais;
No esforço por garantir os princípios do SUS e a • Ampliar os processos de integração baseados na
constante melhoria dos serviços por ele prestados e por cooperação, solidariedade e gestão democrática;
melhorar a qualidade de vida de sujeitos e coletividades • Prevenir fatores determinantes e/ou condicionan-
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diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutri- tares saudáveis por parte dos beneficiários dos progra-
ção e da Estratégia Global. mas de transferência de renda.
• Contribuir com a formulação, implementação e • Estimular ações de empoderamento do consumi-
avaliação de políticas públicas que garantam o acesso à dor para o entendimento e uso prático da rotulagem
alimentação saudável, considerando as especificidades geral e nutricional dos alimentos.
culturais, regionais e locais. • Produção e distribuição de material educativo e
• Mobilização de instituições públicas, privadas e de desenvolvimento de campanhas na grande mídia para
setores da sociedade civil organizada visando a RATIFI- orientar e sensibilizar a população sobre os benefícios
CAR a implementação de ações de combate à fome e da amamentação.
de aumento do acesso ao alimento saudável pelas co- • Sensibilização dos trabalhadores em saúde quanto
munidades e grupos populacionais mais pobres. à importância e benefícios da amamentação.
• Articulação intersetorial no âmbito dos conselhos • Incentivo para a implantação de bancos de leite
de segurança alimentar, para que o crédito e o finan- humano nos serviços de saúde.
ciamento da agricultura familiar incorpore ações de fo- • Sensibilização e educação permanente dos traba-
mento à produção de frutas, legumes e verduras visan- lhadores em saúde no sentido de orientar as gestantes
do o aumento da oferta e o conseqüente aumento do HIV-positivo quanto às especificidades da amamenta-
consumo destes alimentos no país, de forma segura e ção (utilização de banco de leite humano e de fórmula
sustentável, associado às ações de geração de renda. infantil).
• Firmar uma agenda/pacto/compromisso social
com diferentes setores (poder legislativo, setor produ- 6.2.4 Desenvolver ações para a promoção da ali-
tivo, órgãos governamentais e não governamentais, mentação saudável no ambiente escolar
organismos internacionais, setor de comunicação e ou- • Fortalecimento das parcerias com a SGTES, Anvi-
tros), definindo os compromissos e responsabilidades sa, Ministério da Educação e FNDE/MEC para promo-
sociais de cada setor, com o objetivo de favorecer/ga- ver a alimentação saudável nas escolas.
rantir hábitos alimentares mais saudáveis na popula- • Divulgação de iniciativas que favoreçam o acesso à
ção, possibilitando a redução e o controle das taxas das alimentação saudável nas escolas públicas e privadas.
DCNT no Brasil. • Implementação de ações de promoção da alimen-
• Articulação e mobilização dos setores público e tação saudável no ambiente escolar.
privado para a adoção de ambientes que favoreçam a • Produção e distribuição do material sobre alimen-
alimentação saudável, o que inclui: espaços propícios tação saudável para inserção de forma transversal no
à amamentação pelas nutrizes trabalhadoras, oferta de conteúdo programático das escolas em parceria com as
refeições saudáveis nos locais de trabalho, nas escolas e Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e Educação.
para as populações institucionalizadas. • Lançamento dos “10 Passos da ALIMENTAÇÃO
• Articulação e mobilização intersetorial para a pro- SAUDÁVEL NA ESCOLA”.
posição e elaboração de medidas regulatórias que vi- • Sensibilização e mobilização dos gestores estadu-
sem promover a alimentação saudável e reduzir o risco ais e municipais de saúde e de educação e as respecti-
do DCNT, com especial ênfase para a regulamentação vas instâncias de controle social para a implementação
da propaganda e publicidade de alimentos. das ações de promoção da alimentação saudável no
ambiente escolar. Com a adoção dos dez passos.
6.2.3 Disseminar a cultura da alimentação saudável • Produção e distribuição de vídeos e materiais ins-
em consonância com os atributos e princípios do Guia trucionais sobre a promoção da alimentação saudável
Alimentar da População Brasileira nas escolas.
• Divulgação ampla do “Guia Alimentar da Popula-
ção Brasileira” para todos os setores da sociedade. 6.2.5 Implementar as ações de vigilância alimentar
• Produção e distribuição de material educativo e nutricional para a prevenção e controle dos agravos e
(guia alimentar da população brasileira, 10 passos para doenças decorrentes da má alimentação.
uma alimentação saudável para diabéticos e hiperten- • Implementação do SISVAN como sistema na-
sos, cadernos de atenção básica sobre prevenção e tra- cional obrigatório vinculado às transferências de re-
tamento da obesidade e orientações para a alimentação cursos do PAB.
saudável dos idosos). • Envio de informações referentes ao SISVAN para
• Desenvolvimento de campanhas na grande mídia o Relatório de Análise de Doenças Não Transmissíveis e
para orientar e sensibilizar a população sobre os bene- Violências.
fícios de uma alimentação saudável. • Realização de inquéritos populacionais para o mo-
• Estimular ações que promovam escolhas alimen- nitoramento do consumo alimentar, e do estado nutricio-
66
PACTO PELA SAÚDE 2006
nal da população brasileira, a cada cinco anos de acordo res nos três níveis de gestão a importância de ações
com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição. voltadas para melhorias ambientais com o objetivo de
• Prevenção das carências nutricionais por defici- aumentar os níveis populacionais de atividade física.
ência de micronutrientes (suplementação universal de • Constituir mecanismos de sustentabilidade e con-
ferro medicamentoso para gestantes e crianças e admi- tinuidade das ações do Pratique Saúde no SUS (área
nistração de megadoses de vitamina A para puérperas física adequada e equipamentos, equipe capacitada,
e crianças em áreas endêmicas). articulação com a rede de atenção).
• Realização de inquéritos de fatores de risco para • Incentivar articulações intersetoriais para a melho-
as DCNT da população em geral a cada cinco anos e ria das condições dos espaços públicos para a realização
para escolares a cada dois anos, conforme previsto na de práticas corporais/atividades físicas (urbanização
Agenda Nacional de Vigilância de Doenças e Agravos dos espaços públicos; criação de ciclovias e pistas de
Não Transmissíveis do Ministério da Saúde. caminhadas; segurança, outros).
• Monitoramento do teor de sódio dos produtos
processados, em parceria com a ANVISA e os órgãos da 6.3.3 Ações de aconselhamento/divulgação
vigilância sanitária em Estados e Municípios. • Organizar os serviços de saúde de forma a de-
• Fortalecimento dos mecanismos de regulamenta- senvolver ações de aconselhamento junto à população,
ção, controle e redução do uso de substâncias agrotóxi- sobre os benefícios de estilos de vida saudáveis.
cas e de outros modos de contaminação dos alimentos. • Desenvolver campanhas de divulgação estimu-
lando modos de viver saudáveis e objetivando reduzir
6.2.6 Reorientação dos serviços de saúde com fatores de risco para doenças não transmissíveis.
ênfase na Atenção Básica
• Mobilização e capacitação dos profissionais de 6.3.4 Ações de intersetorialidade e mobilização de
saúde da atenção básica para a promoção da alimen- parceiros
tação saudável nas visitas domiciliares, atividades de • Pactuar com os gestores do SUS e outros setores
grupo e nos atendimentos individuais. nos três níveis de gestão a importância de desenvolver
• Incorporação do componente alimentar no Siste- ações voltadas para estilos de vida saudáveis, mobili-
ma de Vigilância Alimentar e Nutricional de forma a zando recursos existentes.
permitir o diagnóstico e o desenvolvimento de ações • Estimular a formação de redes horizontais de troca
para a promoção da alimentação saudável. de experiências entre municípios.
• Reforço da implantação do SISVAN como instru- • Estimular a inserção e fortalecimento de ações já
mento de avaliação e de subsídio para o planejamento existentes no campo das práticas corporais em saúde
de ações que promovam a segurança alimentar e nutri- na comunidade.
cional em nível local. • Resgatar as práticas corporais / atividades físicas
de forma regular nas escolas, universidades e demais
6.3 Prática Corporal/Atividade Física espaços públicos.
• Articular parcerias estimulando práticas corporais /
6.3.1 Ações na rede básica de saúde e na comu- atividade física no ambiente de trabalho.
nidade
Mapear e apoiar as ações de práticas corporais / ati- 6.3.5 Ações de monitoramento e avaliação
vidade física existentes nos serviços de Atenção Básica e • Desenvolver estudos e formular metodologias
estratégia de Saúde da Família, e inserir naqueles onde capazes de produzir evidências e comprovar a efetivi-
não há ações. dade de estratégias de práticas corporais / atividades
• Ofertar práticas corporais / atividade física como físicas no controle e prevenção das doenças crônicas
caminhadas, prescrição de exercícios, práticas lúdicas, não transmissíveis.
esportivas e de lazer, na rede básica de saúde, voltadas • Estimular a articulação com instituições de ensino
tanto para a comunidade como um todo quanto para e pesquisa para monitoramento e avaliação das ações
grupos vulneráveis. no campo das práticas corporais / atividade física.
• Capacitar os trabalhadores de saúde em conteú- • Consolidar a Pesquisa de Saúde dos Escolares
dos de promoção à saúde e práticas corporais / ativida- (SVS/MS) como forma de monitoramento de práticas
de física na lógica da educação permanente, incluindo corporais / atividade física de adolescentes.
a avaliação como parte do processo.
• Estimular a inclusão de pessoas com deficiências 6.4 Prevenção e controle do tabagismo
em projetos de práticas corporais / atividades físicas.
• Pactuar com os gestores do SUS e outros seto- 6.4.1 Sistematizar ações educativas e mobilizar
67
PACTO PELA SAÚDE 2006
ações legislativas e econômicas, de forma a criar um crescente demanda de fumantes que buscam algum
contexto que: tipo de apoio para esse fim.
• reduza a aceitação social do tabagismo, 6.5 Redução da morbi-mortalidade em decorrên-
• reduza os estímulos para que os jovens comecem cia do uso abusivo de álcool e outras drogas
a fumar e os que dificultam os fumantes a deixarem de
fumar, 6.5.1 Investimento em ações educativas e sensibi-
• proteja a população dos riscos da exposição à po- lizadoras para crianças e adolescentes quanto ao uso
luição tabagística ambiental, abusivo de álcool e suas conseqüências.
• reduza o acesso aos derivados do tabaco, 6.5.2 Produzir e distribuir material educativo para
• aumente o acesso dos fumantes ao apoio para orientar e sensibilizar a população sobre os malefícios
cessação de fumar, do uso abusivo do álcool.
• controle e monitore todos os aspectos relacio- 6.5.3 Promover campanhasmunicipais em interação
nados aos produtos de tabaco comercializados, desde com as agências de trânsito no alerta quanto às conse-
seus conteúdos e emissões até as estratégias de comer- qüências da “direção alcoolizada”.
cialização e de divulgação de suas características para 6.5.4 Desenvolvimento de iniciativas de redução
o consumidor. de danos pelo consumo de álcool e outras drogas que
6.4.2 Realizar ações educativas de sensibilização da envolvam a co-responsabilização e autonomia da po-
população para a promoção de “comunidades livres de pulação.
tabaco”, divulgando ações relacionadas ao tabagismo e 6.5.5 Investimento no aumento de informações vei-
seus diferentes aspectos. culadas pela mídia quanto aos riscos e danos envolvidos
na associação entre o uso abusivo de álcool e outras
• Dia a Mundial sem Tabaco (31 de maio) drogas e acidentes/violências.
• Dia Nacional de Combate ao Fumo (29 de agosto) 6.5.6 Apoio à restrição de acesso a bebidas alco-
ólicas de acordo com o perfil epidemiológico de dado
6.4.3 Fazerarticulações com a mídia para divulga- território, protegendo segmentos vulneráveis e priori-
ção de ações e de fatos que contribuam para o controle zando situações de violência e danos sociais.
do tabagismo em todo o território nacional.
6.4.4 Mobilizar e incentivar as ações contínuas atra- 6.6 Redução da morbi-mortalidade por acidentes
vés de canais comunitários (Unidades de Saúde, Escolas de trânsito
e Ambientes de Trabalho) capazes de manter um fluxo
contínuo de informações sobre o tabagismo, seus riscos 6.6.1 Promoção de discussões intersetoriais que in-
para quem fuma e os riscos da poluição tabagística am- corporem ações educativas à grade curricular de todos
biental para todos que convivem com ela. os níveis de formação
6.4.5 Investir na promoção de ambientes de traba- 6.6.2 Articulação de agendas e instrumentos de
lho livres de tabaco: planejamento, programação e avaliação, dos setores
• realizando ações educativas, normativas e organi- diretamente relacionados ao problema.
zacionais que visem estimular mudanças na cultura or- 6.6.3 Apoio às campanhas de divulgação em massa
ganizacional que levem à redução do tabagismo entre dos dados referentes às mortes e seqüelas provocadas
trabalhadores; por acidentes de trânsito.
• atuando junto a profissionais da área de saúde
ocupacional e outros atores-chave das organizações/ 6.7 Prevenção da violência e estímulo à cultura
instituições para a disseminação contínua de informa- de paz
ções sobre os riscos do tabagismo e do tabagismo pas-
sivo, a implementação de normas para restringir o fumo 6.7.1 Ampliação e fortalecimento da Rede Nacional
nas dependências dos ambientes de trabalho, a sinali- de Prevenção da Violência e Promoção da Saúde.
zação relativa às restrições ao consumo nas mesmas e a 6.7.2 Investimento na sensibilização e capacitação
capacitação de profissionais de saúde ocupacional para dos gestores e profissionais de saúde na identificação
apoiar a cessação de fumar de funcionários. e encaminhamento adequado de situações de violência
intra-familiar e sexual.
6.4.6 Articular com MEC/Secretarias Estaduais e 6.7.3 Estímulo à articulação intersetorial que envol-
Municipais de Educação o estímulo à iniciativa de Pro- va a redução e o controle de situações de abuso, explo-
moção da Saúde no ambiente escolar ração e turismo sexual.
6.4.7 Aumentar o acesso do fumante aos métodos 6.7.4 Implementação da ficha de notificação de vio-
eficazes para cessação de fumar, e assim atender a uma lência interpessoal.
68
PACTO PELA SAÚDE 2006
6.7.5 Incentivo ao desenvolvimento de Planos Esta- operacionais do Pacto pela Saúde 2006;
duais e Municipais de Prevenção da Violência. Considerando os princípios do SUS de universalida-
6.7.6 Monitoramento e avaliação do desenvolvi- de do acesso e de integralidade da atenção;
mento dos Planos Estaduais e Municipais de Prevenção Considerando o processo de descentralização e or-
da Violência mediante a realização de coleta, sistemati- ganização do SUS;
zação, análise e disseminação de informações. Considerando que o financiamento do SUS é de
6.7.7 Implantação de Serviços Sentinela, que serão responsabilidade conjunta da União, Estados, Distrito
responsáveis pela notificação dos casos de violências. Federal e Municípios; e
Considerando o contínuo movimento de pactuação
6.8 Promoção do Desenvolvimento Sustentável entre as três esferas de gestão com vistas ao aperfeiço-
amento do SUS,
6.8.1 Apoio aos diversos centros colaboradores
existentes no país que desenvolvem iniciativas promo- R E S O L V E:
toras do desenvolvimento sustentável.
6.8.2 Apoio à elaboração de planos de ação esta- Art 1º Definir que o custeio das ações de saúde é
duais e locais, incorporados aos Planos Diretores das de responsabilidade das três esferas de gestão do SUS,
Cidades. observado o disposto na Constituição Federal e na Lei
6.8.3 Fortalecimento de instâncias decisórias inter- Orgânica do SUS.
setoriais com o objetivo de formular políticas públicas Art. 2º Os recursos federais destinados ao custeio
integradas voltadas ao desenvolvimento sustentável. de ações e serviços de saúde passam a ser organizados
6.8.4 Apoio ao envolvimento da esfera não go- e transferidos na forma de blocos de financiamento.
vernamental (empresas, escolas, igrejas e associações Parágrafo único. Os blocos de financiamento são
várias) no desenvolvimento de políticas públicas de constituídos por componentes, conforme as especifici-
Promoção da Saúde, em especial no que se refere ao dades de suas ações e os serviços de saúde pactuados.
movimento por ambientes saudáveis. Art. 3º Ficam criados os seguintes blocos de finan-
6.8.5 Reorientação das práticas de saúde de modo a ciamento:
permitir a interação saúde, meio ambiente e desenvol- I - Atenção Básica;
vimento sustentável. II - Atenção de Média e Alta Complexidade Ambu-
6.8.6 Estímulo à produção de conhecimento e de- latorial e Hospitalar;
senvolvimento de capacidades em desenvolvimento III - Vigilância em Saúde;
sustentável. IV - Assistência Farmacêutica; e
6.8.7 Promoção do uso de metodologias de reco- V - Gestão do SUS.
nhecimento do território, em todas as suas dimensões Art. 4º Os recursos federais para custeio de ações
– demográfica, epidemiológica, administrativa, política, e serviços de saúde serão transferidos a Estados, Distri-
tecnológica, social e cultural, como instrumento de or- to Federal e Municípios, de forma automática fundo a
ganização dos serviços de saúde. fundo, observando os atos normativos específicos refe-
rentes a cada bloco.
PORTARIA Nº 698/GM Parágrafo único. Os recursos federais de custeio
DE 30 DE MARÇO DE 2006. provenientes de acordos de empréstimos internacionais
serão transferidos conforme seus atos normativos.
Define que o custeio das ações de saúde é de Art. 5º As bases de cálculo que formam cada blo-
responsabilidade das três esferas de gestão do SUS, co e componente, bem como os montantes financeiros
observado o disposto na Constituição Federal e na transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios
Lei Orgânica do SUS. deverão estar expressos em memórias de cálculo, para
fins de histórico e monitoramento.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de Art. 6º Os recursos de cada Bloco de Financia-
suas atribuições, e mento devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações
Considerando o disposto na Lei nº 8080 de e serviços de saúde relacionados ao Bloco.
19/11/90 e na lei nº 8142 de 28/12/90; § 1º Os recursos oriundos da prestação de serviços
Considerando o disposto no Decreto nº 1.232, de 30 de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar
de agosto de 1994, que trata do repasse de recursos fede- resultantes da produção das unidades públicas não se
rais de saúde a Estados, Distrito Federal e Municípios; aplicam ao previsto no caput deste artigo.
Considerando o disposto na Portaria nº 399/GM, § 2º No Bloco de Financiamento da Assistência Far-
de 22 de fevereiro de 2006, que aprova as diretrizes macêutica, os recursos devem ser aplicados, exclusiva-
69
PACTO PELA SAÚDE 2006
mente, nas ações definidas para cada Componente que pecificidades estaduais e regulamentados por ato nor-
compõem o Bloco. mativo específico.
DO BLOCO DA ATENÇÃO BÁSICA DO BLOCO DA ATENÇÃO DE MÉDIA E
ALTA COMPLEXIDADE AMBULATORIAL E
Art. 7º O Bloco da Atenção Básica será constituído HOSPITALAR
por dois componentes: Piso de Atenção Básica – PAB
Fixo e Piso da Atenção Básica Variável - PAB Variável. Art. 10. O Bloco da Atenção de Média e Alta Com-
Art 8º O Piso de Atenção Básica – PAB Fixo, se refere plexidade Ambulatorial e Hospitalar será constituído
ao custeio de ações de atenção básica à saúde, cujos re- por dois componentes: Componente Limite Financeiro
cursos serão transferidos mensalmente, de forma regular da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospita-
e automática, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de lar – MAC e Componente Fundo de Ações Estratégicas
e Compensação – FAEC.
Saúde do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 11. O Componente Limite Financeiro da Média
Parágrafo único. Os recursos do incentivo à des-
e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC
centralização de unidades de saúde da Funasa, incor-
- dos Estados, Distrito Federal e Municípios, é destina-
porados ao PAB fixo, podem ser aplicados no custeio do ao financiamento de procedimentos e de incentivos
destas unidades. permanentes, transferidos mensalmente, para custeio
Art 9º O Piso da Atenção Básica Variável - PAB de ações de média e alta complexidade em saúde.
Variável, é constituído por recursos financeiros destina- § 1º O financiamento dos incentivos permanentes
do ao custeio de estratégias, realizadas no âmbito da do Componente MAC, incluem aqueles atualmente de-
Atenção Básica em Saúde, tais como: signados aos:
I - Saúde da Família; I - Centro de Especialidades Odontólogicas (CEO);
II - Agentes Comunitários de Saúde; II - Laboratório de Prótese Dentária;
III - Saúde Bucal; III - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
IV - Compensação de Especificidades Regionais; (SAMU);
IV - Centro de Referencia em Saúde do Trabalhador;
V - Fator de Incentivo de Atenção Básica aos Povos
V - Hospitais de Pequeno Porte;
Indígenas;
VI - Incentivo de Integração do SUS – INTEGRASUS;
VI - Incentivo à Saúde no Sistema Penitenciário;
VII - Fator de Incentivos ao Desenvolvimento do En-
VII - Política de Atenção Integral à Saúde do Adoles- sino e Pesquisa Universitária em Saúde – FIDEPS;
cente em conflito com a lei em regime de internação e VIII - Programa de Incentivo de Assistência à Popu-
internação provisória; e lação Indígena – IAPI; e
VIII - Outros que venham a ser instituídos por meio IX - Outros que venham a ser instituídos por
de ato normativo específico. meio de ato normativo para fins de custeio de ações
de média e alta complexidade e não financiados por
§ 1º Os recursos do PAB Variável serão transferidos
procedimento.
do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde do § 2º Os recursos federais de que trata este arti-
Distrito Federal e dos Municípios, mediante adesão e go, serão transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos
implementação das ações a que se destinam e desde Fundos de Saúde dos Estados, Distrito Federal e Muni-
que constantes do respectivo plano de saúde. cípios, conforme a Programação Pactuada e Integrada
§ 2º Os recursos do PAB Variável transferidos atual- da Assistência, publicada em ato normativo específico.
mente para custeio das ações de assistência farmacêu- Art. 12. O Componente Fundo de Ações Estraté-
gicas e Compensação – FAEC, são recursos destinados
tica e de vigilância sanitária passam a compor o Bloco
ao custeio dos seguintes procedimentos:
de Financiamento da Assistência Farmacêutica e o da
I - procedimentos regulados pela Central Nacional
Vigilância em Saúde, respectivamente.
de Regulação da Alta Complexidade - CNRAC;
§ 3º Os recursos destinados à estratégia de Com- II - transplantes;
pensação de Especificidades Regionais, correspondem III - ações estratégicas ou emergenciais, de caráter
a 5% do valor mínimo do PAB Fixo multiplicado pela temporário e implementadas com prazo pré-definido; e
população do Estado. IV - novos procedimentos, não relacionados aos
§ 4º Os critérios de aplicação dos recursos de constantes da tabela vigente ou que não possuam pa-
Compensação de Especificidades Regionais devem ser râmetros para permitir a definição de limite de financia-
pactuados nas Comissões Intergestores Bipartite - CIB mento, que serão custeados pelo FAEC por um período
e informados ao plenário da CIT, devendo atender a es- de seis meses com vistas a permitir a formação de série
histórica necessária à sua agregação ao Componente
70
PACTO PELA SAÚDE 2006
Limite Financeiro da Atenção de Média e Alta Comple- – TAM e do Piso da Atenção Básica em Vigilância Sani-
xidade Ambulatorial e Hospitalar – MAC. tária – PAB VISA.
Parágrafo único. Os recursos destinados ao custeio DO BLOCO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
de procedimentos atualmente financiados por meio do
FAEC e não contemplados neste artigo, serão incorpo- Art. 16. O Bloco de Financiamento para a Assistên-
rados ao Limite Financeiro da Média e Alta Complexi- cia Farmacêutica é constituído por quatro componen-
dade Ambulatorial e Hospitalar dos Estados, Distrito Fe- tes: Componente Básico da Assistência Farmacêutica;
deral e Municípios, conforme ato normativo específico, Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica;
observando as pactuações da Comissão Intergestores Componente Medicamentos de Dispensação Excepcio-
Tripartite. nal e Componente de Organização da Assistência Far-
macêutica.
DO BLOCO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Art. 17. O Componente Básico da Assistência Far-
macêutica destina-se à aquisição de medicamentos e
Art. 13. O Bloco de Financiamento para a Vigilân- insumos de assistência farmacêutica no âmbito da aten-
cia em Saúde será constituído por dois componentes: ção básica em saúde e aquelas relacionadas a agravos
Componente da Vigilância Epidemiológica e Ambien- e programas de saúde específicos, inseridos na rede de
tal em Saúde e Componente da Vigilância Sanitária em cuidados da atenção básica.
Saúde. § 1º O Componente Básico é composto de uma Parte
Parágrafo único. As responsabilidades de cada Financeira Fixa e de uma Parte Financeira Variável.
uma das esferas de governo estão estabelecidas na le- § 2º A Parte Financeira Fixa do Componente Básico
gislação vigente, devendo as adequações e atualizações consiste em um valor per capita destinado a aquisição
ser pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite. de medicamentos e insumos de assistência farmacêu-
Art 14. O Componente da Vigilância Epidemio- tica em atenção básica, transferido ao Distrito Federal,
lógica e Ambiental em Saúde, se refere aos recursos Estados e/ou Municípios, conforme pactuação nas Co-
federais destinados às ações de vigilância, prevenção e missões Intergestores Bipartite.
controle de doenças, composto pelo atual Teto Finan- § 3º Os gestores estaduais e municipais devem
ceiro de Vigilância em Saúde que incluem os seguintes compor o financiamento da Parte Fixa do Componente
incentivos : Hospitais do Sub Sistema de Vigilância Epi- Básico, como contrapartida, em recursos financeiros ou
demiológica em Âmbito Hospitalar, Registro de Câncer insumos, conforme pactuação na Comissão Intergesto-
de Base Populacional, Atividade de Promoção à Saúde, res Bipartite e normatização da política de assistência
Laboratórios de Saúde Pública e outros que vierem a ser farmacêutica vigente.
implantados através de ato normativo específico. § 4º A Parte Financeira Variável do Componente
§ 1º No componente Vigilância Epidemiológica e Básico consiste em valores per capita destinados a aqui-
Ambiental em Saúde também estão incluídos recursos
sição de medicamentos e insumos de assistência far-
federais com repasses específicos, destinados às se-
macêutica dos Programas de Hipertensão e Diabetes,
guintes finalidades:
I - fortalecimento da Gestão da Vigilância em Saúde Asma e Rinite, Saúde Mental, Saúde da Mulher, Ali-
em Estados e Municípios (VIGISUS II); mentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo.
II - campanhas de vacinação; e § 5º Os recursos da Parte Variável do Componente
III - incentivo do Programa DST/AIDS; Básico poderão ser executados centralizadamente pelo
§ 2º . Os recursos federais destinados à contrata- Ministério da Saúde ou descentralizados a Estados,
ção de pessoal para execução de atividades de cam- Municípios e Distrito Federal, conforme pactuação na
po no combate ao vetor transmissor da dengue serão Comissão Intergestores Tripartite, mediante a imple-
alocados no Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde mentação e organização dos serviços previstos nestes
dos Estados, Distrito Federal e Municípios – componen- Programas.
te da Vigilância Epidemiológica e Ambiental em saúde, § 6º Os recursos destinados ao medicamento Insu-
na medida que se comprove a efetiva contratação dos lina Humana, do grupo de medicamentos do Programa
agentes de campo. Hipertensão e Diabetes, serão executados centralizada-
§ 3º Os recursos de que trata o componente da Vi- mente pelo Ministério da Saúde, conforme pactuação
gilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde deverá da Comissão Intergestores Tripartite, retificando a Por-
contemplar ações de rotina e poderá ser acrescido de taria GM nº 399 de 22/02/2006.
valores específicos para a execução de ações contin- Art. 18. O Componente Estratégico da Assistência
genciais, conforme pactuação na CIT. Farmacêutica destina-se ao financiamento para o cus-
Art 15. O Componente da Vigilância Sanitária em teio de ações de assistência farmacêutica nos seguintes
Saúde será constituído do Termo de Ajuste e Metas programas de saúde estratégicos:
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PACTO PELA SAÚDE 2006
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Considerando que as Diretrizes Operacionais do pactuação das metas municipais, estaduais e do DF, no que
Pacto pela Saúde, instituídas pela portaria nº399/GM se refere às prioridades estabelecidas no Pacto pela Vida.
de 22 de fevereiro de 2006, alteram várias dimensões § 4º Deverá constar no verso dos documentos dos
do funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS, Termos de Compromisso de Gestão um glossário para
necessitando de normatizações específicas para sua re- facilitar sua compreensão.
gulamentação; § 5º O Termo de Compromisso de Gestão terá os
Considerando que a implementação dos Pactos seguintes Anexos, que ficam instituídos conforme res-
pela Vida e de Gestão, enseja uma revisão normativa pectivos modelos:
em várias áreas que serão regulamentadas em porta- I - Extrato do Termo de Cooperação entre Entes Pú-
rias específicas pactuadas na Comissão Intergestores blicos, quando couber – Anexo V;
Tripartite - CIT; II - A Declaração da CIB de Comando Único do Sis-
Considerando que os Termos de Compromisso de tema pelo Gestor Municipal – Anexo VI;
Gestão Municipal, do Distrito Federal, Estadual e Fe- III - O Termo do Limite Financeiro Global do Muni-
deral são os documentos de formalização do Pacto nas cípio e do Estado e do DF – Anexo VII; e
suas dimensões Pela Vida e de Gestão; IV - Relatório dos Indicadores de Monitoramento, a
Considerando que a assinatura dos Termos de Com- ser implantado a partir de 2007.
promisso de Gestão Municipal, do Distrito Federal, Es- Art. 3º O Termo de Cooperação entre Entes Públicos,
tadual e Federal é a declaração pública dos compromis- cujo conteúdo será pactuado entre Ministério da Saúde,
sos assumidos pelo gestor perante os outros gestores e Conass e Conasems em portaria específica, é destinado à
perante a população sob sua responsabilidade; formalização da relação entre gestores quando unidades
públicas prestadoras de serviço, situadas no território de
Considerando que os Termos de Compromisso de
um município, estão sob gerência de determinada esfera
Gestão Municipal, do Distrito Federal, Estadual e Fede-
administrativa e gestão de outra.
ral substituem o atual processo de habilitação, § 1º O Termo de Cooperação entre Entes Públicos
deve conter as metas e um plano operativo do acordo.
R E S O L V E: § 2º As unidades públicas prestadoras de serviço
devem, preferencialmente, receber os recursos de cus-
Art. 1º Regulamentar a implementação das Dire- teio correspondentes à realização das metas pactuadas
trizes Operacionais dos Pactos Pela Vida e de Gestão no plano operativo e não por produção.
e seus desdobramentos para o processo de gestão do § 3º A transferência de recursos, objeto do Termo
SUS bem como a transição e o monitoramento dos Pac- de Cooperação entre Entes Públicos, deverá ser feita
tos, unificando os processos de pactuação de indicado- conforme pactuação.
res e metas. Art. 4º Estabelecer que a Declaração da CIB de
Comando Único do Sistema pelo Gestor Municipal é o
Art. 2º Estabelecer que as responsabilidades sani-
documento que explicita a gestão dos estabelecimen-
tárias e atribuições do respectivo gestor, as metas e ob-
tos de saúde situados no território de um determinado
jetivos do Pacto pela Vida, que definem as prioridades município.
dos três gestores para o ano em curso e os indicadores Art. 5º Estabelecer que o Termo do Limite Financei-
de monitoramento, que integram os diversos processos ro Global do Município, do Estado e do Distrito Federal
de pactuação de indicadores existentes serão afirmadas refere-se aos recursos federais de custeio, referentes
publicamente por meio dos Termos de Compromisso àquela unidade federada, explicitando o valor corres-
de Gestão Municipal (Anexo I), Estadual (Anexo II), do pondente a cada bloco.
Distrito Federal (Anexo III), e Federal (Anexo IV). § 1º No Termo do Limite Financeiro Global do Mu-
§ 1º A unificação total dos processos de pactua- nicípio, no que se refere ao Bloco da Média e Alta Com-
ção de indicadores existentes dar-se-á no ano de 2007. plexidade, serão discriminados os recursos para a popu-
Para o ano de 2006 continuam em separado o Pacto da lação própria e os relativos à população referenciada.
§ 2º Os recursos relativos ao Termo do Limite Fi-
Atenção Básica e da Programação Pactuada Integrada
nanceiro Global do Município, do Estado e do DF serão
da Vigilância em Saúde /PPI-VS, com a pactuação no
transferidos pelo Ministério da Saúde, de forma regular
Termo de Compromisso de Gestão das metas do Pacto e automática, ao respectivo Fundo de Saúde, excetu-
pela Vida e de alguns indicadores para orientar o moni- ando os recursos transferidos diretamente às unidades
toramento global dos Pactos. universitárias federais e aqueles previstos no Termo de
§ 2º Nos Termos de Compromisso de Gestão Mu- Cooperação entre Entes Públicos.
nicipal, do Distrito Federal e Estadual podem ser acres- § 3º O Termo do Limite Financeiro Global do Mu-
centadas outras metas municipais, regionais e estadu- nicípio deverá explicitar também os recursos de custeio
ais, conforme pactuação. próprios das esferas municipal e estadual. Caso não seja
§ 3º As metas nacionais servem de referência para a possível explicitá-los por blocos, deverá ser informado
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Art. 10. Definir o fluxo para aprovação do Termo tão farão jus às prerrogativas financeiras deste Pacto,
de Compromisso de Gestão Estadual: tais como recursos para a gestão e regulação e terão
I - Aprovação no Conselho Estadual de Saúde; prioridade para o recebimento dos recursos federais de
II - Encaminhamento para a CIB; investimentos, excetuando as emendas parlamentares
III - Após pactuação na CIB, a Secretaria Estadual e os vinculados a políticas específicas pactuadas. O MS
de Saúde encaminhará para a CIT o Termo de Compro- poderá propor à CIT outros incentivos para os estados,
misso de Gestão Estadual (Anexo II), juntamente com Distrito Federal e municípios que assinaram o Termo de
o Termo do Limite Financeiro Global do Estado (Anexo Compromisso de Gestão; e
VII) e o Relatório dos Indicadores de Monitoramento; V - Após o término do prazo será feita uma avalia-
IV - Após receber os documentos, a CIB e a CIT ção tripartite, pela CIT, sobre a situação dos estados e
terão o prazo de 30 dias, a partir da data do protocolo, municípios que não assinaram o Termo de Compromis-
para se manifestar; e so de Gestão no prazo estabelecido.
V - Após homologação na CIT, esta encaminhará Art. 14. O processo de monitoramento do Pacto
os documentos citados no item III para o Ministério deverá seguir as seguintes diretrizes:
da Saúde, visando publicação de portaria contendo in- I - Ser um processo permanente no âmbito de cada
formações sobre o Termo de Compromisso de Gestão esfera de governo, dos estados com relação aos muni-
Estadual e o Termo do Limite Financeiro Global, para cípios do seu território, dos municípios com relação ao
subsidiar o processo de monitoramento. estado, dos municípios e estado com relação à União e
Art. 11. Definir o fluxo para aprovação do Termo da União com relação aos estados, municípios e Distrito
de Compromisso de Gestão do Distrito Federal: Federal;
I - Aprovação no Conselho de Saúde do Distrito II - Ser orientado pelos indicadores, objetivos, metas
Federal. e responsabilidades que compõem o respectivo Termo
II - Após aprovação no Conselho de Saúde do DF, de Compromisso de Gestão;
a Secretaria de Saúde do DF encaminhará para a CIT o III - Monitorar os cronogramas pactuados nas situ-
Termo de Compromisso de Gestão do DF (Anexo III), ações onde o município, estado e DF não tenham con-
juntamente com o Termo do Limite Financeiro Global dições de assumir plenamente suas responsabilidades
do DF (Anexo VII) e o Relatório dos Indicadores de Mo- no momento da assinatura do Termo de Compromisso
nitoramento; de Gestão; e
III - Após receber os documentos, a CIT terá o prazo IV - Desenvolver ações de apoio para a qualificação
de 30 dias, a partir da data do protocolo, para se ma- do processo de gestão.
nifestar; e Parágrafo Único. A operacionalização do processo
IV - Após homologação na CIT, esta encaminhará de monitoramento deve ser objeto de regulamentação
os documentos citados no item II para o Ministério da específica em cada esfera de governo, considerando as
Saúde, visando publicação de portaria contendo infor- pactuações realizadas.
mações sobre o Termo de Compromisso de Gestão do Art. 15. Definir regras e fluxos para os processos de
Distrito Federal e o Termo do Limite Financeiro Global, recursos dos estados e municípios:
para subsidiar o processo de monitoramento. I - Definir que as instâncias de análise e decisão dos
Art. 12. Definir o fluxo para aprovação do Termo processos de recursos dos estados e municípios, relati-
de Compromisso de Gestão Federal: vos à pactuação entre gestores do SUS no que se refere
I - Aprovação no Conselho Nacional de Saúde; e à gestão e a aspectos operacionais de implantação das
II - Encaminhamento do Termo de Compromisso de normas do SUS, são a Comissão Intergestores Bipartite
Gestão Federal (Anexo IV) para a CIT, que terá trinta – CIB e a Comissão Intergestores Tripartite – CIT.
dias para se posicionar; § 1º Enquanto é analisado o recurso no fluxo esta-
Art. 13. Estabelecer as seguintes regras de transição: belecido, prevalece a decisão inicial que o gerou.
I - As responsabilidades e prerrogativas de estados § 2º Definir o seguinte fluxo para os recursos de
e municípios, habilitados nas condições de gestão esta- municípios:
belecidas pela NOB SUS 96 e pela NOAS SUS 01/2002, I - Em caso de discordância em relação a decisões
ficam mantidas até à assinatura do respectivo Termo de da CIB, os municípios poderão encaminhar recurso à
Compromisso de Gestão; própria CIB, com clara argumentação contida em expo-
II - Os processos de habilitação de municípios con- sição de motivos; e
forme a NOAS SUS 01/2002 que já tenham sido pactu- II - permanecendo a discordância em relação à de-
ados nas respectivas CIB até à data de publicação desta cisão da CIB quanto ao recurso, os municípios poderão
portaria, poderão ser homologados pela CIT; encaminhar o recurso à Secretaria Técnica da CIT para
III - Os estados, Distrito Federal e municípios deverão análise, pela sua Câmara Técnica e encaminhamento ao
assinar o respectivo Termo de Compromisso de Gestão até plenário da CIT devidamente instruído;
nove meses após a publicação desta portaria; III - A CIB e a CIT deverão observar o prazo de até
IV - Apenas os estados, o Distrito Federal e os muni- 45 (quarenta e cinco) dias contados a partir da data
cípios que assinarem o Termo de Compromisso de Ges- do protocolo do recurso naqueles fóruns, para analisar,
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PACTO PELA SAÚDE 2006
discutir e se posicionar sobre o tema, em plenário; e dispõe a Constituição Federal, em especial o seu arti-
IV - Transcorrido o prazo mencionado no inciso III e go 196, as Leis n.º 8.080/90 e n.º 8.142/90, celebra o
sem a apreciação do recurso, os municípios poderão en- presente Termo de Compromisso de Gestão Municipal,
viá-lo para a instância seguinte, definida neste artigo. formalizando os pactos constituídos e as responsabili-
§ 3º Definir o seguinte fluxo para os recursos dades da gestão municipal do Sistema Único de Saúde /
de estados: SUS, frente ao disposto na Portaria MS nº 399/GM, de
I - Os estados poderão encaminhar os recursos, com 22 de fevereiro de 2006, que estabelece as Diretrizes
clara argumentação contida em exposição de motivos, Operacionais dos Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS
à Secretaria Técnica da CIT para análise, pela sua Câ- e de Gestão.
mara Técnica e encaminhamento ao plenário da CIT
devidamente instruído; e CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO
II - Em caso de discordância em relação à decisão
da CIT, os estados poderão encaminhar novo recurso à O presente Termo de Compromisso de Gestão
própria CIT; e formaliza o Pacto pela Saúde nas suas dimensões Pela
III - A CIT deverá observar o prazo de até 45 (qua- Vida e de Gestão, contendo os objetivos e metas, as
renta e cinco) dias, contados a partir da data do proto- atribuições e responsabilidades sanitárias do gestor
colo do recurso, para analisar, discutir e se posicionar municipal e os indicadores de monitoramento e ava-
sobre o tema, em plenário. liação desses Pactos.
§ 4º A Câmara Técnica da CIT convocará o Grupo § 1º Nos casos em que não for possível assumir in-
de Trabalho de Gestão do SUS, para analisar a admis- tegralmente alguma responsabilidade constante deste
sibilidade do recurso e instruir o processo para o seu Termo, deve-se pactuar o cronograma, identificando o
envio ao plenário da CIT. prazo no qual o município passará a exercê-la na sua
§ 5º Os recursos deverão ser protocolados na Se- plenitude.
cretaria Técnica da CIT até 10 (dez) dias antes da reu- § 2º As ações necessárias para a consecução deste
nião da CIT, para que possam ser analisados pelo Grupo cronograma, assim como para o alcance das metas e
de Trabalho. objetivos pactuados, devem ser contempladas no Plano
§ 6º Será considerado o cumprimento do fluxo es- Municipal de Saúde.
tabelecido nesta Portaria para julgar a admissibilidade CLÁUSULA SEGUNDA – DAS ATRIBUIÇÕES
do recurso no plenário da CIT.
E RESPONSABILIDADES SANITÁRIAS DOS
§ 7º As entidades integrantes da CIT podem apre-
MUNICÍPIOS.
sentar recursos à CIT acerca de decisões tomadas nas
CIB visando suspender temporariamente os efeitos des- As atribuições e responsabilidades sanitárias conti-
sas decisões enquanto tramitam os recursos. das neste Termo serão pactuadas mediante o preenchi-
Art. 16. Esta portaria entra em vigor na data de sua mento do quadro correspondente a cada um dos eixos,
publicação. a saber: 1. Responsabilidades Gerais da Gestão do SUS;
Art. 17. Fica revogada a Portaria nº 1734/GM, 2. Regionalização;3. Planejamento e Programação; 4.
de 19 de agosto de 2004, publicada no Diário Oficial Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria; 5. Gestão
da União nº 162, de 23 de agosto de 2004, seção 1, do Trabalho; 6. Educação na Saúde; 7. Participação e
página 34. Controle Social.
§ 1º O quadro identifica a situação do município,
SARAIVA FELIPE frente ao conjunto das responsabilidades, para as con-
dições de “Realiza”, “Não realiza ainda”, “Prazo para
ANEXO I realizar” e “Não se aplica”.
TERMO DE COMPROMISSO DE GESTÃO § 2º Os itens que iniciam com a expressão “Todo
MUNICIPAL município deve” indica a obrigatoriedade do fazer / da
Termo de Compromisso de Gestão que firma a Se- competência a todo e qualquer município, não sendo
cretaria Municipal de Saúde de XX, representada pelo possível a utilização da opção “Não se aplica”.
seu Secretário Municipal de Saúde, com o objetivo de § 3º Nos itens que não iniciam com a expressão
pactuar e formalizar a assunção das responsabilidades “Todo município deve”, a responsabilidade será atri-
e atribuições inerentes à esfera municipal na condução buída de acordo com o pactuado e/ou com a com-
do processo permanente de aprimoramento e consoli- plexidade da rede de serviços localizada no território
dação do Sistema Único de Saúde. municipal.
O Governo Municipal de XX, por intermédio de sua § 4º A opção “Não se aplica” deve ser marcada para
Secretaria Municipal da Saúde, inscrita no CNPJ sob n.º as situações em que a complexidade do sistema local de
XX, neste ato representada por seu Secretário Municipal saúde não permita a realização de uma dada responsa-
da Saúde, (nome), (estado civil), portador da carteira bilidade ou em situação previamente pactuada.
de identidade n.º.................., expedida por..............., § 5º Nas Responsabilidades Gerais da Gestão do
e inscrito no CPF sob o n.º..........., considerando o que SUS, os itens 1.1 e 1.3 não são passíveis de pactuação,
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CLÁUSULA TERCEIRA – DOS OBJETIVOS E METAS PRIORITÁRIAS DOS PACTOS PELA VIDA E DE GESTÃO
Constitui um conjunto de compromissos sanitários expressos em objetivos e metas, pactuado de forma tripar-
tite, a ser implementado em cada município.
§ 1º Quando não for possível quantificar a meta de um dado objetivo, não será necessário o preenchimento
respectivo no quadro de metas.
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Os indicadores contidos no quadro 1, devem ser pactuados neste Termo de Compromisso de Gestão,
mediante o estabelecimento de metas locais.
Os indicadores contidos no quadro 2 e 3, no ano de 2006, serão pactuados no Pacto da Atenção Bá-
sica e na Programação Pactuada e Integrada da Vigilância em Saúde (PPI VS), respectivamente, não havendo
necessidade de preenchimento destes neste Termo.
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(Continuação)
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de identidade n.º.................., expedida por..............., § 2º. As ações necessárias para a consecução deste
e inscrito no CPF sob o n.º..........., considerando o que cronograma, assim como para o alcance das metas e
dispõe a Constituição Federal, em especial o seu arti- objetivos pactuados, devem compor o Plano Estadual
go 196, as Leis n.º 8.080/90 e n.º 8.142/90, celebra o de Saúde do Distrito Federal.
presente Termo de Compromisso de Gestão do Distrito
Federal, formalizando os pactos constituídos e as res- CLÁUSULA SEGUNDA – DAS ATRIBUIÇÕES E
ponsabilidades da gestão do Sistema Único de Saúde / RESPONSABILIDADES SANITÁRIAS DO DISTRI-
SUS, frente ao disposto na Portaria MS nº 399/GM, de TO FEDERAL.
22 de fevereiro de 2006, que estabelece as Diretrizes As atribuições e responsabilidades sanitárias conti-
Operacionais dos Pactos Pela Vida, em Defesa do SUS das neste Termo serão pactuadas mediante o preenchi-
e de Gestão. mento do quadro correspondente a cada um dos eixos,
a saber: 1. Responsabilidades gerais da Gestão do SUS;
CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO 2. Regionalização;3. Planejamento e Programação; 4.
O presente Termo de Compromisso de Gestão for- Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria; 5. Gestão
maliza o Pacto pela Saúde nas suas dimensões Pela Vida do Trabalho; 6. Educação na Saúde; 7. Participação e
e de Gestão, contendo os objetivos e metas, as atribui- Controle Social.
ções e responsabilidades sanitárias do gestor do Distrito § 1º. O quadro identifica a situação do Distrito Federal
Federal e os indicadores de monitoramento e avaliação frente ao conjunto das responsabilidades, para as condições
desses Pactos. de “Realiza”, “Não realiza ainda” e “Prazo para realizar”.
§ 1º. Nos casos em que não for possível assumir in- § 2º. Nas Responsabilidades Gerais da Gestão do
tegralmente todas as responsabilidades constantes des- SUS, os itens 1.1 e 1.3, não são passíveis de pactuação,
te Termo, deve-se pactuar o cronograma, identificando visto expressarem princípios doutrinários do SUS, de-
o prazo no qual o Distrito Federal passará a exercê-la vendo orientar as ações do Distrito Federal.
na sua plenitude.
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(Continuação)
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Quadro 3 - Continação
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municípios, em conjunto com os estados, para que ga- 1.19. Elaborar, pactuar e implementar a política de
rantam a estrutura física necessária para a realização promoção da saúde.
das ações de atenção básica; 2. RESPONSABILIDADES NA REGIONALIZAÇÃO
1.7. Prestar cooperação técnica e financeira aos es- 2.1. Contribuir para a constituição e fortalecimento
tados, ao Distrito Federal e aos municípios para o aper- do processo de regionalização solidária e cooperativa,
feiçoamento das suas atuações institucionais na gestão assumindo os compromissos pactuados;
da atenção básica; 2.2. Coordenar o processo de regionalização no
1.8. Exercer de forma pactuada as funções de nor- âmbito nacional, propondo e pactuando diretrizes e
matização e de coordenação no que se refere à gestão normas gerais sobre a regionalização, observando as
nacional da atenção básica no SUS; normas vigentes e pactuações na CIT;
1.9. Identificar, em articulação com os estados, Dis- 2.3. Cooperar técnica e financeiramente com as re-
trito Federal e municípios, as necessidades da população giões de saúde, por meio dos estados e/ou municípios,
para o âmbito nacional, fazendo um reconhecimento priorizando as regiões mais vulneráveis, promovendo a
das iniqüidades, oportunidades e recursos; e cooperar eqüidade inter-regional e interestadual;
técnica e financeiramente com os gestores, para que 2.4. Apoiar e participar da constituição da regiona-
façam o mesmo nos seus territórios; lização, disponibilizando de forma cooperativa os re-
1.10. Desenvolver, a partir da identificação de ne- cursos humanos, tecnológicos e financeiros, conforme
cessidades, um processo de planejamento, regulação, pactuação estabelecida;
programação pactuada e integrada da atenção à saúde, 2.5. Fomentar a constituição das regiões de saúde
monitoramento e avaliação; fronteiriças, participando do funcionamento de seus
1.11. Promover a estruturação da assistência farma- colegiados de gestão regionais.
cêutica e garantir, em conjunto com as demais esferas
de governo, o acesso da população aos medicamentos 3 – RESPONSABILIDADES NO PLANEJAMENTO
que estejam sob sua responsabilidade, fomentando seu E PROGRAMAÇÃO
uso racional, observadas as normas vigentes e pactua- 3.1. Formular, gerenciar, implementar e avaliar o
ções estabelecidas; processo permanente de planejamento participativo e
1.12. Definir e pactuar as diretrizes para a organiza- integrado, de base local e ascendente, orientado por
ção das ações e serviços de média e alta complexidade, problemas e necessidades em saúde, com a constituição
a partir da atenção básica; de ações para a promoção, a proteção, a recuperação
1.13. Coordenar e executar as ações de vigilância e a reabilitação em saúde, construindo nesse processo
em saúde, compreendendo as ações de média e alta o plano nacional de saúde, submetendo-o à aprovação
complexidade desta área, de acordo com as normas vi- do Conselho Nacional de Saúde;
gentes e pactuações estabelecidas; 3.2. Formular, no plano nacional de saúde, e pactuar
1.14. Coordenar, nacionalmente, as ações de pre- no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite – CIT, a
venção e controle da vigilância em saúde que exijam política nacional de atenção em saúde, incluindo ações
ação articulada e simultânea entre os estados, Distrito intersetoriais voltadas para a promoção da saúde;
Federal e municípios; 3.3. Elaborar relatório de gestão anual, a ser apre-
1.15. Proceder investigação complementar ou con- sentado e submetido à aprovação do Conselho Nacio-
junta com os demais gestores do SUS em situação de nal de Saúde;
risco sanitário; 3.4. Formular, pactuar no âmbito a CIT e aprovar
1.16. Apoiar e coordenar os laboratórios de saúde pú- no Conselho Nacional de Saúde, a política nacional de
blica – Rede Nacional de laboratórios de saúde Pública/ atenção à saúde dos povos indígenas e executá-la, con-
RNLSP - nos aspectos relativos à vigilância em saúde;
forme pactuação com Estados e Municípios, por meio
1.17. Assumir transitoriamente, quando necessário,
da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA;
a execução das ações de vigilância em saúde nos esta-
3.5. Coordenar, acompanhar e apoiar os municípios,
dos, Distrito Federal e municípios, comprometendo-se
os estados e Distrito Federal na elaboração da progra-
em cooperar para que assumam, no menor prazo pos-
mação pactuada e integrada da atenção em saúde, no
sível, suas responsabilidades;
âmbito nacional;
1.18. Apoiar técnica e financeiramente os estados,
o Distrito Federal e os municípios para que executem 3.6. Gerenciar, manter, e elaborar quando neces-
com qualidade as ações de vigilância em saúde, com- sário, no âmbito nacional, os sistemas de informação,
preendendo as ações de vigilância epidemiológica, sa- conforme normas vigentes e pactuações estabelecidas,
nitária e ambiental, de acordo com as normas vigentes incluindo aqueles sistemas que garantam a solicitação e
e pactuações estabelecidas; autorização de procedimentos, o processamento da pro-
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PACTO PELA SAÚDE 2006
dução e preparação para a realização de pagamentos; saúde, realizadas pelos municípios, Distrito Federal,
3.7. Desenvolver e gerenciar sistemas de informa- estados e pelo gestor federal, incluindo a permanente
ção epidemiológica e sanitária, bem como assegurar a avaliação dos sistemas de vigilância epidemiológica e
divulgação de informações e análises. ambiental em saúde;
4 – RESPONSABILIDADES NA REGULAÇÃO, 4.17. Normatizar, definir fluxos técnico-operacio-
nais e supervisionar a rede de laboratórios públicos e
CONTROLE, AVALIAÇÃO E AUDITORIA
privados que realizam análises de interesse em saúde
4.1. Cooperar tecnicamente com os estados, o Dis- pública;
trito Federal e os municípios para a qualificação das 4.18. Avaliar o desempenho das redes regionais e
atividades de cadastramento, contratação, regulação, de referências interestaduais;
controle, avaliação, auditoria e pagamento aos presta- 4.19. Responsabilizar-se pela avaliação tecnológica
dores dos serviços vinculados ao SUS; em saúde;
4.2. Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos 4.20. Avaliar e auditar os sistemas de saúde estadu-
financeiros transferidos fundo a fundo e por convênio ais e municipais;
aos fundos de saúde dos estados, do Distrito Federal e 5 - RESPONSABILIDADES NA GESTÃO DO
dos municípios; TRABALHO
4.3. Monitorar o cumprimento pelos estados, Dis- 5.1. Promover, desenvolver e pactuar políticas de
trito Federal e municípios dos planos de saúde, dos re- gestão do trabalho considerando os princípios da hu-
latórios de gestão, da operação dos fundos de saúde, manização, da participação e da democratização das
dos pactos de indicadores e metas, da constituição dos relações de trabalho, apoiando os gestores estaduais e
serviços de regulação, controle avaliação e auditoria e municipais na implementação das mesmas;
da realização da programação pactuada e integrada da 5.2. Desenvolver estudos e propor estratégias e fi-
atenção à saúde; nanciamento tripartite com vistas à adoção de políticas
4.4. Coordenar, no âmbito nacional, a estratégia de referentes aos recursos humanos descentralizados;
identificação dos usuários do SUS; 5.3. Fortalecer a Mesa Nacional de Negociação Per-
4.5 Coordenar e cooperar com os estados, o Distrito manente do SUS como um espaço de negociação entre
Federal e os municípios no processo de cadastramento trabalhadores e gestores e contribuir para o desenvol-
de Estabelecimentos e Profissionais de Saúde; vimento de espaços de negociação no âmbito estadual,
4.6. Definir e pactuar a política nacional de contra- regional e/ou municipal;
tação de serviços de saúde; 5.4. Adotar vínculos de trabalho que garantam os
4.7. Propor e pactuar os critérios de credenciamen- direitos sociais e previdenciários dos trabalhadores de
to dos serviços de saúde; saúde na sua esfera de gestão e de serviços, promo-
4.8. Propor e pactuar as normas de solicitação e au- vendo ações de adequação de vínculos, onde for neces-
torização das internações e dos procedimentos ambu- sário, conforme legislação vigente e apoiando técnica
latoriais especializados, de acordo com as Políticas de e financeiramente os estados e municípios na mesma
Atenção Especializada; direção;
4.9. Elaborar, pactuar e manter as tabelas de proce- 5.5. Formular, propor, pactuar e implementar as
dimentos enquanto padrão nacional de utilização dos Diretrizes Nacionais para Planos de Carreiras, Car-
mesmos e de seus preços; gos e Salários no âmbito do Sistema Único de Saúde
4.10. Estruturar a política nacional de regulação da – PCCS/SUS;
atenção à saúde, conforme pactuação na CIT, contem- 5.6. Propor e pactuar diretrizes para políticas de
plando apoio financeiro, tecnológico e de educação educação e de gestão do trabalho que favoreçam o
permanente; provimento e a fixação de trabalhadores de saúde,
4.11. Estimular e apoiar a implantação dos comple- no âmbito nacional, notadamente em regiões onde a
xos reguladores; restrição de oferta afeta diretamente a implantação de
4.12. Cooperar na implantação e implementação ações estratégicas para a atenção básica.
dos complexos reguladores;
4.13. Coordenar e monitorar a implementação e 6 - RESPONSABILIDADES NA EDUCAÇÃO NA
operacionalização das centrais de regulação interesta- SAÚDE
duais, garantindo o acesso às referências pactuadas; 6.1. Formular, promover e pactuar políticas de edu-
4.14. Coordenar a construção de protocolos clínicos cação permanente em saúde, apoiando técnica e finan-
e de regulação de acesso nacionais, em parceria com ceiramente estados e municípios no desenvolvimento
os estados, o Distrito Federal e os municípios, apoian- das mesmas;
do–os na utilização dos mesmos; 6.2. Promover a integração de todos os processos
4.15. Acompanhar, monitorar e avaliar a atenção bá- de capacitação e desenvolvimento de recursos huma-
sica, nas demais esferas de gestão, respeitadas as compe- nos à política de educação permanente, no âmbito da
tências estaduais, municipais e do Distrito Federal; gestão nacional do SUS;
4.16. Monitorar e avaliar as ações de vigilância em 6.3. Propor e pactuar políticas regulatórias no
101
PACTO PELA SAÚDE 2006
campo da graduação e da especialização das profis- 7.3. Organizar e prover as condições necessárias à
sões de saúde; realização de Conferências Nacionais de Saúde;
6.4. Articular e propor políticas de indução de mu- 7.4. Apoiar o processo de formação dos Conselhei-
danças na graduação das profissões de saúde; ros de Saúde;
6.5. Propor e pactuar com o sistema federal de edu- 7.5. Promover ações de informação e conhecimento
cação, processos de formação de acordo com as ne- acerca do SUS, junto à população em geral;
cessidades do SUS, articulando os demais gestores na 7.6. Apoiar os processos de educação popular em
mesma direção. saúde, com vistas ao fortalecimento da participação so-
cial do SUS;
7 - RESPONSABILIDADES NA PARTICIPAÇÃO E
7.7. Apoiar o fortalecimento dos movimentos so-
CONTROLE SOCIAL
ciais, aproximando-os da organização das práticas da
7.1. apoiar o processo de mobilização social e insti-
saúde e com as instâncias de controle social da saúde;
tucional em defesa do SUS;
7.8. Formular e pactuar a política nacional de ouvi-
7.2. Prover as condições materiais, técnicas e admi-
doria e implementar o componente nacional, com vis-
nistrativas necessárias ao funcionamento do Conselho
tas ao fortalecimento da gestão estratégica do SUS.
Nacional de Saúde, que deverá ser organizado em con-
formidade com a legislação vigente;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
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Quadro 1 (Continuação)
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PACTO PELA SAÚDE 2006
CLÁUSULA QUINTA – DA REVISÃO E, por estar assim de acordo com as disposições des-
Os objetivos, metas e indicadores constantes deste te, o Ministro de Estado da Saúde firma o presente Ter-
Termo de Compromisso de Gestão serão revistos anu- mo de Compromisso de Gestão.
almente, sendo março o mês de referência para esse Local e Data
processo. Ministro da Saúde
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PACTO PELA SAÚDE 2006
[LOCAL], [DIA] de [MÊS] de [ANO] [ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO DO GESTOR MUNICIPAL] [ASSINATURA E IDENTIFICAÇÃO GESTOR ESTADUAL/FEDERAL]
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PACTO PELA SAÚDE 2006
ANEXO VII-a
Código _________________
Município _________________________ UF___________
ANEXO VII-b
TERMO DO LIMITE FINANCEIRO GLOBAL DO ESTADO
Código _________________
Município _________________________ UF___________
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PACTO PELA SAÚDE 2006
R E S O L V E:
Define o processo da Programação Pactuada e
Integrada da Assistência em Saúde seja um proces- Art. 1º Definir que a Programação Pactuada e Inte-
so instituído no âmbito do Sistema Único de Saúde. grada da Assistência em Saúde seja um processo institu-
ído no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) onde,
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, INTERINO, em consonância com o processo de planejamento, são
no uso de suas atribuições, e definidas e quantificadas as ações de saúde para a po-
Considerando a necessidade de garantir o acesso da pulação residente em cada território, bem como efetu-
população às ações e aos serviços de assistência à saú- ados os pactos intergestores para garantia de acesso da
de, com eqüidade; população aos serviços de saúde.
Considerando o Inciso XI do art. 7º do capítulo II Parágrafo único. A Programação Pactuada e Inte-
da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que esta- grada da Assistência em Saúde tem por objetivo orga-
belece como um dos princípios e diretrizes do Sistema nizar a rede de serviços, dando transparência aos fluxos
Único de Saúde a “conjugação dos recursos financei- estabelecidos, e definir, a partir de critérios e parâme-
ros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos tros pactuados, os limites financeiros destinados à assis-
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na presta- tência da população própria e das referências recebidas
ção de serviços de assistência à saúde da população”; de outros municípios.
Considerando o art. 36, da Lei nº 8.080, de 19 de
Art. 2º Definir que a Programação Pactuada e Inte-
setembro de 1990, que estabelece que o “processo de
grada da Assistência em Saúde se oriente pelo Manual
planejamento e orçamento do Sistema Único de Saúde
(SUS) será ascendente, do nível local até o federal, ou- “Diretrizes para a Programação Pactuada e Integrada
vidos seus órgãos deliberativos, compatibilizando-se as da Assistência em Saúde”, a ser disponibilizado pelo
necessidades da política de saúde com a disponibilidade Ministério da Saúde.
de recursos em planos de saúde dos municípios, dos Art. 3º Os objetivos gerais do processo de Pro-
Estados, do Distrito Federal e da União”; gramação Pactuada e Integrada da Assistência em
Considerando a Emenda Constitucional nº 29, de Saúde são:
13 de setembro de 2000, que altera os arts 34, 35, 156, I - buscar a eqüidade de acesso da população brasi-
160, 167 e 198 da Constituição Federal e acrescenta leira às ações e aos serviços de saúde em todos os níveis
artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitó- de complexidade;
rias para assegurar os recursos mínimos para o financia- II - orientar a alocação dos recursos financeiros de
mento das ações e dos serviços públicos de saúde; custeio da assistência à saúde pela lógica de atendi-
Considerando o disposto nas Diretrizes Operacio- mento às necessidades de saúde da população;
nais do Pacto Pela Saúde, aprovadas pela Portaria nº III - definir os limites financeiros federais para a
399/GM, de 22 de fevereiro de 2006, em especial seu assistência de média e alta complexidade de todos os
item III.A.5 - Programação Pactuada e Integrada da municípios, compostos por parcela destinada ao atendi-
Atenção em Saúde e item III. B. 3 - Responsabilidades mento da população do próprio município em seu terri-
no Planejamento e Programação; tório e pela parcela correspondente à programação das
Considerando o financiamento tripartite para as referências recebidas de outros municípios;
ações e os serviços de saúde, conforme o disposto na IV - possibilitar a visualização da parcela dos recur-
Portaria nº 698/GM, de 30 de março de 2006; sos federais, estaduais e municipais, destinados ao cus-
Considerando os parâmetros para a programação teio de ações de assistência à saúde;
de ações de assistência à saúde a serem publicados pelo V - fornecer subsídios para os processos de regula-
Ministério da Saúde em portaria específica; ção do acesso aos serviços de saúde;
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PACTO PELA SAÚDE 2006
VI - contribuir na organização das redes de serviços estão organizadas por áreas estratégicas deve ser orien-
de saúde; e tada pela estrutura da Tabela de Procedimentos, com
VII - possibilitar a transparência dos pactos interges- flexibilidade no seu nível de agregação, permitindo,
tores resultantes do processo de Programação Pactua- inclusive, a programação de procedimentos que não
da e Integrada da Assistência e assegurar que estejam estão previstos na tabela;
explicitados no “Termo Compromisso para Garantia de c) a programação hospitalar deve ser orientada pelas
Acesso”, conforme Anexo I a esta Portaria. clínicas de acordo com a distribuição de leitos do Cadas-
§ 1º O Termo de Compromisso para Garantia de tro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES); e
Acesso, de que trata o inciso VII deste artigo, é o do- d) os procedimentos financiados pelo Fundo de
cumento que, com base no processo de Programação Ações Estratégicas e Compensação (FAEC) devem ser
Pactuada e Integrada, deve conter as metas físicas e programados de acordo com as aberturas programá-
orçamentárias das ações a serem ofertadas nos mu- ticas definidas, bem como as ações executadas pelos
nicípios de referência, que assumem o compromisso serviços financiados por valores globais;
de atender aos encaminhamentos acordados entre os III - Parâmetros para Programação de Ações de Saúde:
gestores para atendimento da população residente em a) a programação das ações de atenção básica e
outros municípios. média complexidade ambulatorial serão orientadas a
§ 2º O Termo de Compromisso para Garantia de partir de parâmetros de concentração e cobertura po-
Acesso entre municípios de uma mesma Unidade Fede- pulacional, sugeridos pelo Ministério da Saúde, confor-
rada deve ser aprovado na respectiva Comissão Inter- me portaria específica a ser publicada;
gestores Bipartite - CIB. b) a programação das ações de alta complexidade
§ 3º O Termo de Compromisso para Garantia de dar-se-á, conforme parâmetros já definidos para a es-
Acesso interestadual deve ser aprovado nas Comissões truturação das redes de serviços de alta complexidade;
Intergestores Bipartite dos Estados envolvidos. IV - Integração das Programações – os agravos de
Art. 4º Os pressupostos gerais que deverão nortear relevância para a Vigilância em Saúde serão incorpora-
a Programação Pactuada e Integrada (PPI) da Assistên- dos nas áreas estratégicas previstas na PPI da Assistên-
cia são os seguintes: cia, considerando as metas traçadas anualmente na PPI
I - integrar o processo geral de planejamento em da Vigilância em Saúde;
saúde de cada Estado e município, de forma ascenden- V - Composição das Fontes de Recursos Financeiros
te, coerente com os Planos de Saúde em cada esfera a serem Programados - visualização da parcela dos re-
de gestão; cursos federais, estaduais e municipais, destinados ao
II - orientar-se pelo diagnóstico dos principais pro- custeio de ações de assistência à saúde; e
blemas de saúde, como base para a definição das prio- VI - Processo de Programação e Relação Interges-
ridades; tores - definição das seguintes etapas no processo de
III - ser coordenado pelo gestor estadual com seus programação:
métodos, processos e resultados aprovados pela Co- a) Etapa Preliminar de Programação;
missão Intergestores Bipartite. (CIB), em cada unidade b) Programação Municipal;
federada; e c) Pactuação Regional; e
IV - estar em consonância com o processo de cons- d) Consolidação da PPI Estadual.
trução da regionalização. § 1º Estabelecer que, quando necessário, seja reali-
Art. 5º Os eixos orientadores do processo de Pro- zada a programação interestadual, com a participação
gramação Pactuada e Integrada (PPI) da assistência são dos Estados e dos municípios envolvidos, com media-
os seguintes: ção do gestor federal e aprovação nas respectivas Co-
I - Centralidade da Atenção Básica – a programação missões Intergestores Bipartite, mantendo consonância
da assistência deve partir das ações básicas em saúde, com o processo de construção da regionalização.
para compor o rol de ações de maior complexidade § 2º Estabelecer que a programação de Estados,
tecnológica, estabelecendo os patamares mínimos de de municípios e do Distrito Federal esteja refletida na
demanda orientada pelos problemas e estratégias da programação dos estabelecimentos de saúde sob sua
atenção básica, não apenas na sua dimensão assisten- gestão.
cial, como também na de promoção e prevenção; § 3º Dar flexibilidade aos gestores estaduais e muni-
II - Conformação das Aberturas Programáticas: cipais na definição de parâmetros e prioridades que irão
a) a programação da atenção básica e da média orientar a programação, respeitando as pactuações nas
complexidade ambulatorial deve partir de áreas estra- Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e na Comissão
tégicas; Intergestores Tripartite (CIT);
b) a programação das ações ambulatoriais que não Art 6º A programação nas regiões de fronteiras in-
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PACTO PELA SAÚDE 2006
ternacionais deve respeitar o Sistema Integrado de Saú- II a esta Portaria, devidamente assinados pelos Coorde-
de nas Fronteiras (SIS Fronteiras), instituído pela Porta- nadores Estadual e Municipal da CIB.
ria nº 1.120/GM, de 6 de julho de 2005. Art 10. Os documentos discriminados nos incisos
Art 7º Definir que a Programação Pactuada e Inte- dos artigos 8º e 9º desta Portaria deverão ser postados
grada seja realizada no mínimo a cada gestão estadual, à Secretaria de Atenção à Saúde, até o dia 25 do mês
respeitando as pactuações nas Comissões Intergestores anterior à competência em que vigorará o novo limite
Bipartite, e revisada periodicamente, sempre que neces- financeiro de Média e Alta Complexidade (MAC)
sário, em decorrência de alterações de fluxo no atendi- Parágrafo único. Os quadros referentes ao Anexo
mento ao usuário, de oferta de serviços, na tabela de II a esta Portaria também deverão ser encaminhados
procedimentos, nos limites financeiros, entre outras. em meio magnético à Secretaria de Atenção à Saú-
Parágrafo único. Estabelecer que no início da gestão de, Departamento de Regulação, Avaliação e Con-
municipal seja efetuada uma revisão da PPI estadual trole de Sistemas, por meio do endereço eletrônico
para face dos novos Planos Municipais de Saúde. ppiassistencial@saude.gov.br, até o dia 25 do mês an-
Art. 8º Estabelecer que, ao final do processo de terior à competência em que vigorará o novo limite fi-
Programação Pactuada e Integrada da Assistência, a nanceiro MAC.
Secretaria de Estado da Saúde e do Distrito Federal en- Art. 11. Definir com competência da Secretaria de
caminhe à Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério Atenção à Saúde, por intermédio do Departamento de
da Saúde, a seguinte documentação acompanhada de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas, a con-
ofício devidamente assinado pelos Coordenadores Es- ferência e a validação da documentação encaminhada
tadual e Municipal da CIB: pelos Estados e o Distrito Federal, bem como a devida
I - cópia da resolução CIB que aprova a nova pro- orientação às Secretarias Estaduais quanto ao seu cor-
gramação; reto preenchimento.
II - quadros com os Limites Financeiros da Assistên- Art. 12. Estabelecer que as alterações de limites fi-
cia de Média e Alta Complexidade, conforme Anexo II nanceiros, cumpridos os trâmites e prazos estabelecidos
a esta portaria, devidamente assinados pelos Coorde- nesta Portaria, entrem em vigor a partir da competên-
nadores Estadual e Municipal da CIB; cia subseqüente ao envio da documentação pela CIB,
por intermédio de portaria da Secretaria de Atenção à
III - quadro síntese dos critérios e parâmetros ado-
Saúde.
tados; e
§ 1º Quando ocorrerem erros no preenchimento da
IV - memória dos pactos municipais realizados com documentação, o Departamento de Regulação, Avalia-
explicitação das metas físicas e financeiras. ção e Controle de Sistemas deverá comunicar à CIB,
§ 1º As Secretarias de Saúde dos Estados e do Dis- viabilizando um prazo para regularização pela SES, não
trito Federal podem dispor de instrumentos próprios de superior a cinco dias úteis, objetivando que a vigência
programação, respeitando os padrões estabelecidos por da publicação não seja prejudicada.
esta Portaria. § 2º Não serão realizadas alterações de limites fi-
§ 2º Os incisos III e IV deste artigo podem ser subs- nanceiros, com efeitos retroativos em relação ao prazo
tituídos pelo envio da base do sistema informatizado do
estabelecido no artigo 10, excetuando os casos excep-
Ministério da Saúde, para os Estados que optarem pela
cionais, devidamente justificados.
sua utilização.
§ 3º Os casos excepcionais deverão ser enviados à
Art 9º Determinar que alterações periódicas nos Li-
mites Financeiros dos Recursos Assistenciais para Média Secretaria de Atenção à Saúde - SAS/MS, com as devi-
e Alta Complexidade dos Estados, dos Municípios e do das justificativas pela CIB Estadual e estarão condicio-
Distrito Federal, decorrentes de revisões na PPI, sejam nados à aprovação do Secretário de Atenção à Saúde,
aprovadas pelas respectivas Comissões Intergestores para posterior processamento pelo Departamento de
Bipartite (CIB) e encaminhadas à Secretaria de Aten- Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas.
ção à Saúde, pela Secretaria de Estado da Saúde, e do § 4º As mudanças operacionais/gerenciais, em re-
Distrito Federal mediante ofício, devidamente assina- lação aos limites financeiros, adotadas por Secretarias
do pelos Coordenadores Estadual e Municipal da CIB, Estaduais e/ou Municipais de Saúde ou ainda por Co-
acompanhado da seguinte documentação: missões Intergestores Bipartite, antes da vigência da
I - cópia da Resolução da CIB que altera o(s) limite(s) publicação de portaria da SAS/MS, serão de exclusiva
financeiro(s), justificando e explicitando os valores anu- responsabilidade do gestor do SUS que as adotar.
§ 5º Nas situações em que não houver acordo na
ais do Estado e dos Municípios envolvidos; e
Comissão Intergestores Bipartite, vale o disposto no re-
II - quadros com os Limites Financeiros da Assistên- gulamento do Pacto de Gestão, publicado pela Portaria
cia de Média e Alta Complexidade conforme o Anexo nº 699/GM, de 30 de março de 2006.
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Art 13. Determinar que à Secretaria de Atenção à Saúde/MS adote as medidas necessárias à publicação de
portaria com Parâmetros para Programação de Ações de Assistência à Saúde.
Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação
Art. 15. Fica revogada a Portaria nº 1.020/GM, de 31 de maio de 2002, publicada no Diário Oficial da União
nº 107, de 6 de junho de 2002, página 39, Seção 1, e a Portaria nº 04/SAS/MS, de 6 de janeiro de 2000, publicada
no Diário Oficial da União nº 5-E, de 7 de janeiro de 2000, página 20, Seção 1.
O município de (nome do município de referência ), representado pelo Secretário Municipal de Saúde (nome
do Secretário), assume a garantia de acesso aos usuários do Sistema Único de Saúde procedentes dos municípios
XXXXX, WWWWW, YYYYY, ZZZZZZZ, conforme a Programação Pactuada e Integrada , aprovada na reunião
da Comissão Intergestores Bipartite - CIB realizada em ___/___/___. (anexar relatório das referências rece-
bidas)
Local e data
________________________________________________________
(nome do gestor do município de referência)
________________________________________________________
(assinatura)
________________________________________________________
(nome do coordenador municipal da CIB)
________________________________________________________
(assinatura)
________________________________________________________
(nome do coordenador estadual da CIB)
_________________________________________________________
(assinatura)
___________________________________________________________________________________________
(nome do coordenador estadual/municipal da CIB do estado encaminhador - no caso de PPI Interestadual)
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QUADRO 02
PPI ASSISTENCIAL - DETALHAMENTO DOS VALORES PROGRAMADOS NA SES (valores anuais)
Competência:______________________________________________________________________UF: _________
QUADRO 03
PPI ASSISTENCIAL - DETALHAMENTO DOS VALORES ENCAMINHADOS A MUNICÍPIOS DE OUTRAS UFs DE
REGIÕES INTERESTADUAIS (valores anuais)
Competência:______________________________________________________________________UF: _________
IBGE do município Município de origem IBGE município executor
Município executor RECURSOS ENCAMINHADOS TOTAL PPI ASSISTENCIAL
de origem Gestão Estadual Gestão Municipal
QUADRO 04
PPI ASSISTENCIAL - DETALHAMENTO DOS VALORES A SEREM DESCONTADOS DA PPI DOS MUNICÍPIOS
EM FUNÇÃO DE TCEP ENTRE OS GESTORES ESTADUAL e MUNICIPAL (valores anuais)
Competência:______________________________________________________________________UF: _________
Fundo (FMS ou FES) Valor ANUAL a
IBGE Data de Publicação ser destinado ao
Município Nome da Unidade Código CNES Número do Termo para o qual serão reali-
do Extrato do Termo Fundo de Saúde
zadas as transferências
Total quadro 04
Os valores serão descontados da PPI dos municípios (quadro 1) quando as transferências forem realizadas ao FES.
Quando as transferências forem realizadas ao FMS os valores não serão descontados da PPI dos municípios
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Parte II
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Apresentação
A efetivação do pacto pela saúde 2006 será sem dúvida um dos nossos
maiores desafios.
A aprovação das portarias de regulamentação do pacto pela saúde
2006 é o resultado de um esforço conjunto dos três gestores, no entanto
o resultado de todo esse trabalho só será bem sucedido se conseguirmos
transformar em prática aquilo que pudemos consensar.
É necessário que em curto prazo possamos divulgar o pacto pela saúde.
É necessário que as secretarias municipais e estaduais de saúde e as
comissões intergestores bipartite estejam preparadas para assumirem as
responsabilidades previstas.
Essas Notas Técnicas, elaboradas pela assessoria do Conselho Nacional
de Secretários de Saúde (CONASS), trazem a análise e os comentários so-
bre as Portarias GM/MS 399, GM/MS 699, GM/MS 648, GM/MS 649,
GM/MS 650, GM/MS 822 e GM/MS 698 de 2006 e servirão de subsídio
para o trabalho das Secretarias Estaduais de Saúde.
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• estímulo às ações intersetoriais, visando à integra- 1 – Objetivos e metas para o controle do câncer
lidade da atenção; de colo de útero:
• a implantação de serviços de atenção domiciliar; • cobertura de 80% para o exame preventivo
• o acolhimento preferencial em unidades de saú- do câncer do colo de útero, conforme protocolo, em
de, respeitado o critério de risco; 2006;
• provimento de recursos capazes de assegurar • incentivo da realização da cirurgia de alta freqü-
qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; ência técnica que utiliza instrumental especial para a re-
• fortalecimento da participação social; tirada de lesões ou parte do colo uterino comprometida
• formação e educação permanente dos profissionais (com lesões intra-epiteliais de alto grau) com menor
de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; dano possível, que pode ser realizada em ambulatório,
• divulgação e informação sobre a Política Nacional com pagamento diferenciado, em 2006.
de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de saúde,
2 – Metas para o controle do câncer de mama:
gestores e usuários do SUS;
• ampliar para 60% a cobertura de mamografia,
• promoção de cooperação nacional e internacional
conforme protocolo;
das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa;
• realizar a punção em 100% dos casos necessários,
• apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas.
conforme protocolo.
2 - Ações estratégicas
• Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa – Instrumento REDUÇÃO DA MORTALIDADE MATERNA E
de cidadania com informações relevantes sobre a saúde da INFANTIL
pessoa idosa, possibilitando melhor acompanhamento por 1 – Objetivos e metas para a redução da morta-
parte dos profissionais de saúde. lidade infantil:
• Manual de Atenção Básica e Saúde para a Pessoa • reduzir a mortalidade neonatal em 5%, em
Idosa – para indução de ações de saúde, tendo por re- 2006;
ferência as diretrizes contidas na Política Nacional de • reduzir em 50% os óbitos por doença diarréica e
Saúde da Pessoa Idosa. 20% por pneumonia, em 2006;
• apoiar a elaboração de propostas de intervenção
• Programa de Educação Permanente à Distância
para a qualificação da atenção as doenças prevalentes;
– implementar programa de educação permanente na
• criação de comitês de vigilância do óbito em 80%
área do envelhecimento e saúde do idoso, voltado para
dos municípios com população acima de 80.000 habi-
profissionais que trabalham na rede de atenção básica
tantes, em 2006.
em saúde, contemplando os conteúdos específicos das
repercussões do processo de envelhecimento popula- 2 – Objetivos e metas para a redução da morta-
cional para a saúde individual e para a gestão dos ser- lidade materna:
viços de saúde. • reduzir em 5% a razão de mortalidade materna,
• Acolhimento – reorganizar o processo de acolhi- em 2006;
mento à pessoa idosa nas unidades de saúde, como • garantir insumos e medicamentos para tratamen-
uma das estratégias de enfrentamento das dificuldades to das síndromes hipertensivas no parto;
atuais de acesso. • qualificar os pontos de distribuição de sangue
• Assistência Farmacêutica – desenvolver ações para que atendam às necessidades das maternidades e
que visem qualificar a dispensação e o acesso da po- outros locais de parto.
pulação idosa.
• Atenção Diferenciada na Internação – instituir ava- FORTALECIMENTO DA CAPACIDADE DE
RESPOSTAS ÀS DOENÇAS EMERGENTES
liação geriátrica global realizada por equipe multidiscipli-
E ENDEMIAS, COM ÊNFASE NA DENGUE,
nar, a toda pessoa idosa internada em hospital que tenha
HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E
aderido ao Programa de Atenção Domiciliar.
INFLUENZA
• Atenção Domiciliar – instituir esta modalidade de
prestação de serviços ao idoso, valorizando o efeito 1 – Objetivos e metas para o controle da dengue:
favorável do ambiente familiar no processo de recu- • plano de contingência para atenção aos pacientes,
peração de pacientes e os benefícios adicionais para o elaborado e implantado nos municípios prioritários, em
2006;
cidadão e o sistema de saúde.
• reduzir a menos de 1% a infestação predial por
CONTROLE DO CÂNCER DE COLO DE Aedes aegyptii em 30% dos municípios prioritários até
ÚTERO E DE MAMA 2006;
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Regulação; Participação e Controle Social; Planeja- a serem desempenhadas em cada região deverá estar
mento; Gestão do Trabalho e Educação na Saúde. de acordo com as necessidades de saúde e da capa-
cidade de oferta da região. No entanto, para que isso
III. DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS – O ocorra, será necessário que o processo de regionalização
QUE MUDA COM O PACTO se faça sobre territórios sanitários mais que sobre territó-
A – DESCENTRALIZAÇÃO rios político-administrativos. O que implicará o uso de
Com a aprovação das diretrizes do Pacto de Gestão metodologias que incorporem operacionalmente os
inicia-se um processo de descentralização dos proces- conceitos de economia de escala, os fluxos viários e os
sos administrativos relativos à gestão para as Comis- fluxos assistenciais.
sões Intergestores Bipartite. O processo de regionalização envolverá diferentes
Desta forma, a proposta é de que gradativamente, territórios sanitários: a microárea de abrangência de um
respeitadas as diretrizes e as normas pactuadas na Comis- agente comunitário de saúde; a área de abrangência de
são Intergestores Tripartite, os Estados, em parceria com uma equipe de saúde da família ou de uma Unidade Bá-
os municípios, nas CIBs, definam os modelos organizacio- sica de Saúde; a região de saúde (na prática o mesmo
nais a serem implantados de acordo com a realidade de que a microrregião da NOAS) que será o território de
cada estado e região do país. Não será mais necessário auto-suficiência nos procedimentos de média complexi-
o envio de processos de credenciamento de serviços dade; e a macrorregião que será o território de auto-su-
e/ou projetos para implantação de novos serviços ao ficiência em procedimentos de média complexidade de
Ministério da Saúde. mais alta densidade tecnológica e dos procedimentos de
Neste sentido, as Secretarias Estaduais, em parceria alta complexidade. Em conseqüência, as escalas das re-
com a representação dos municípios nos Estados, de- giões serão bem menor que a escala das macrorregiões.
vem fortalecer esse espaço de negociação e pactuação, O processo de regionalização, obedecidos os prin-
por meio de câmaras técnicas e/ou grupos de apoio cípios mencionados, deverá ser flexível, especialmente
para dar suporte às decisões da CIB. em regiões de baixa densidade demográfica, em que,
As CIBs estaduais e microrregionais passam a desem- sempre, o princípio do acesso preponderará frente ao
penhar papel relevante na análise da situação de saúde, princípio da escala.
O resultado do processo de regionalização, no que
na elaboração de propostas de intervenção e no esta-
concerne às regiões e às macrorregiões sanitárias, deverá
belecimento dos mecanismos para melhorar a gestão e
estar expresso no Plano Diretor de Regionalização (PDR).
regulação do sistema. Da mesma forma, permanece o Plano Diretor de
B – REGIONALIZAÇÃO Investimentos (PDI), que deve expressar os recursos de
investimentos para atender às necessidades pactuadas
O Pacto de Gestão reafirma a Regionalização como
no processo de planejamento regional e estadual. No
uma diretriz do Sistema Único de Saúde. Atualmente,
âmbito regional, devem refletir as necessidades para
existem inúmeras regiões de saúde constituídas no se alcançar a suficiência na atenção básica e parte da
país, portanto, há de se considerar os esforços já reali- média complexidade da assistência, conforme desenho
zados na elaboração do Plano Diretor de Regionalização regional. Deve contemplar também as necessidades da
(PDR), nos Estados, a partir da implantação da NOAS/ área da vigilância em saúde e ser desenvolvido de for-
SUS 01/2002. Assim, as Secretarias Estaduais, consi- ma articulada com o processo da PPI e do PDR.
derando as premissas propostas no pacto de gestão, O processo de regionalização inscreve-se em uma
devem avaliar a constituição das regiões de saúde, dos perspectiva de mudança cultural: da regionalização es-
seus Planos Diretores de Regionalização com objetivo pacial para uma regionalização da atenção à saúde. Nes-
de conformar o modelo de atenção integrado. se sentido, o processo de regionalização será utilizado
O que se pretende com o processo de regionaliza- como base espacial para a construção de redes de aten-
ção à saúde. Isso é uma exigência da situação epidemio-
ção é melhorar o acesso a serviços de saúde, respeitan-
lógica brasileira, marcada pela convivência de doenças
do-se os conceitos de economia de escala e de quali-
transmissíveis e doenças crônicas, com predominância
dade da atenção, de forma a se desenvolver sistemas relativa dessas últimas. Quando existe uma situação de
eficientes e efetivos. E ao construir uma regionalização dupla carga das doenças impõe-se uma resposta social
eficaz, criar as bases territoriais para o desenvolvimen- organizada dos sistemas de saúde, expressa nas redes
to de redes de atenção à saúde. integradas de atenção à saúde.
O Pacto não propõe nenhum desenho ou modelo
padrão de Região de Saúde. Cada CIB deverá estabe- C – MECANISMOS DE GESTÃO REGIONAL.
lecer qual o desenho mais apropriado para garantir o Uma das mudanças na gestão propostas no pacto é
acesso com qualidade às ações e aos serviços de saúde. a constituição de um espaço permanente de pactuação
Portanto, a definição do conjunto de ações e serviços e co-gestão solidária e cooperativa por meio de um
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A Parte Financeira Fixa do Componente Básico con- III – Revisão periódica de valores da tabela de pro-
siste em um valor per capitaa destinado à aquisição de cedimentos; e
medicamentos e insumos de assistência farmacêutica IV – Forma de aquisição e execução financeira, con-
em atenção básica, transferido ao Distrito Federal, Es- siderando-se os princípios da descentralização e eco-
tados e/ou municípios, conforme pactuação nas Co- nomia de escala.
missões Intergestores Bipartite. O Ministério da Saúde transferirá, mensalmente, às
Os gestores estaduais e municipais devem compor Secretarias Estaduais os valores financeiros apurados
o financiamento da Parte Fixa do Componente Básico, em encontro de contas trimestrais, com base nas emis-
como contrapartida, em recursos financeiros ou insu- sões de Autorizações de Procedimentos de Alta Com-
mos, conforme pactuação na Comissão Intergestores plexidade (Apac).
Bipartite e normatização da política de assistência farma- O Componente de Organização da Assistência Far-
cêutica vigente. A Parte Financeira Variável do Compo- macêutica é constituído por recursos federais destina-
nente Básico consiste em valores per capitaa destinados dos ao custeio de ações e serviços inerentes à assistên-
a aquisição de medicamentos e insumos de assistência cia farmacêutica.
farmacêutica dos Programas de Hipertensão e Diabe-
tes, Asma e Rinite, Saúde Mental, Saúde da Mulher, BLOCO DE FINANCIAMENTO PARA A GESTÃO DO
Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
Os recursos da Parte Variável do Componente Bá-
sico poderão ser executados centralizadamente pelo Este será composto por novos recursos federais que
Ministério da Saúde ou descentralizados a Estados, serão incorporados aos tetos financeiros de Estados e
municípios e Distrito Federal, de acordo com a pactu- municípios e destina-se ao custeio de ações específi-
ação na Comissão Intergestores Tripartite, mediante a cas relacionadas à organização dos serviços de saúde,
implementação e a organização dos serviços previstos acesso da população e a aplicação dos recursos finan-
nestes Programas. ceiros do SUS.
Os recursos destinados ao medicamento Insulina O financiamento deverá apoiar iniciativas de forta-
Humana, do grupo de medicamentos do Programa Hi- lecimento da gestão, sendo composto pelos seguintes
pertensão e Diabetes, serão executados centralizada- sub-blocos:
mente pelo Ministério da Saúde, conforme pactuação • Regulação, controle, avaliação e auditoria;
da Comissão Intergestores Tripartite, retificando a Por- • Planejamento e Orçamento;
taria GM nº 399, de 22/02/2006. • Programação;
O Componente Estratégico da Assistência Farma- • Regionalização;
cêutica destina-se ao financiamento para o custeio de • Participação e Controle Social;
ações de assistência farmacêutica nos seguintes pro- • Gestão do Trabalho;
gramas de saúde estratégicos: • Educação em Saúde;
I – controle de endemias, tais como a Tuberculose, • Incentivo à implementação de políticas específicas;
Hanseníase, Malária, Leishmaniose, Chagas e outras do- • Estruturação de serviços e organização da assis-
enças endêmicas de abrangência nacional ou regional; tência farmacêutica.
II – anti-retrovirais do programa DST/AIDS; Os recursos referentes a este Bloco serão transfe-
III – sangue e semoderivados; e ridos fundo a fundo e regulamentados por portarias
IV – imunobiológicos. específicas.
O Componente Medicamentos de Dispensação Ex-
cepcional destina-se ao financiamento do Programa FINANCIAMENTO PARA INVESTIMENTOS
de Medicamentos de Dispensação Excepcional, para a
aquisição e distribuição do grupo de medicamentos da Os recursos financeiros de investimento devem
tabela de procedimentos ambulatoriais. ser alocados com vistas à superação das desigual-
O Programa de Medicamentos de Dispensação Ex- dades de acesso e à garantia da integralidade da
cepcional será reformulado no prazo de 60 dias, me- atenção à saúde. Os investimentos deverão priori-
diante pactuação entre as três esferas de gestão do zar a recuperação, a readequação e a expansão da
SUS, observadas as seguintes diretrizes: rede física de saúde e a constituição dos espaços de
I – Definição de critérios para inclusão e exclusão de regulação.
medicamentos e CID na Tabela de Procedimentos, com Os projetos de investimento apresentados para
base nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas; o Ministério da Saúde deverão ser aprovados nos
II – Definição de percentual de co-financiamento respectivos Conselhos de Saúde e na CIB, devendo
entre as esferas de gestão federal e estadual; refletir uma prioridade regional.
140
PACTO PELA SAÚDE 2006
141
PACTO PELA SAÚDE 2006
Não há um modelo a ser seguido, tampouco existe no plano diretor de regionalização, no planejamento
alguma prerrogativa para que os Estados ou municípios regional e no plano regional de investimento.
assumam a gestão de parte ou de todos os prestadores
em determinada região do Estado. A definição da ges- C – RESPONSABILIDADES NO PLANEJAMENTO
tão ficará de acordo com pactuação a ser estabelecida E PROGRAMAÇÃO
nas CIBs. 1 – formular, gerenciar, implementar e avaliar o pro-
cesso permanente de planejamento participativo e in-
A – RESPONSABILIDADES GERAIS DA GESTÃO tegrado, de base local e ascendente, orientado por pro-
DO SUS blemas e necessidades em saúde, com a constituição
Foram definidas responsabilidades gerais da ges- de ações para a promoção, a proteção, a recuperação
tão para os três entes federados (municípios, Estados e e a reabilitação em saúde, construindo nesse processo
União). Estas responsabilidades dizem respeito a ques- o plano estadual de saúde, submetendo-o à aprovação
tões como à garantia da integralidade da atenção á do Conselho Estadual de Saúde;
saúde; participação no financiamento do Sistema Úni- 2 – formular, no plano estadual de saúde, e pactuar
co de Saúde; reconhecimento das necessidades da po- no âmbito da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), a
pulação; desenvolver a partir da identificação das ne- política estadual de atenção em saúde, incluindo ações
cessidades, um processo de planejamento, regulação, intersetoriais voltadas para a promoção da saúde;
programação pactuada e integrada da atenção à saú- 3 – elaborar relatório de gestão anual, a ser apresen-
de, monitoramento e avaliação; definição do processo tado e submetido à aprovação do Conselho Estadual de
de referência intermunicipal das ações e serviços de Saúde;
média e alta complexidade a partir da atenção básica, 4 – coordenar, acompanhar e apoiar os municípios
de acordo com a programação pactuada e integrada da na elaboração da programação pactuada e integrada
atenção à saúde; promover a estruturação da assistên- da atenção à saúde, no âmbito estadual, regional e in-
cia farmacêutica e garantir o acesso da população aos terestadual;
medicamentos, fomentando seu uso racional e obser- 5 – apoiar, acompanhar, consolidar e operar quando
vando as normas vigentes e pactuações estabelecidas; couber, no âmbito estadual e regional, a alimentação
coordenar e executar e as ações de vigilância em saú- dos sistemas de informação, conforme normas do Mi-
de, elaborar, pactuar e implantar a política de promo- nistério da Saúde;
ção da saúde, considerando as diretrizes estabelecidas 6 – operar os sistemas de informação epidemiológi-
no âmbito nacional. ca e sanitária de sua competência, bem como assegurar
A seguir, apresentamos as responsabilidades espe- a divulgação de informações e análises e apoiar os mu-
cíficas dos Estados. nicípios naqueles de responsabilidade municipal.
142
PACTO PELA SAÚDE 2006
Nacional de Cadastro de Estabelecimentos e Profissio- sico-financeira dos estabelecimentos de saúde sob sua
nais de Saúde, bem como coordenar e cooperar com os gestão; observar as normas vigentes de solicitação e
municípios nesta atividade; autorização dos procedimentos hospitalares e ambu-
7 – elaborar e pactuar protocolos clínicos e de regu- latoriais, monitorando e fiscalizando a sua execução
lação de acesso, no âmbito estadual, em consonância por meio de ações de controle, avaliação e auditoria;
com os protocolos e diretrizes nacionais, apoiando os processar a produção dos estabelecimentos de saúde
municípios na implementação dos mesmos; próprios e contratados e realizar o pagamento dos
8 – controlar a referência a ser realizada em outros prestadores de serviços;
estados, de acordo com a programação pactuada e in- 23 – monitorar e avaliar o funcionamento dos Con-
tegrada da atenção à saúde, procedendo à solicitação sórcios Intermunicipais de Saúde;
e/ou autorização prévia, quando couber; 24 – monitorar e avaliar o desempenho das redes
9 – operar a central de regulação estadual, para regionais hierarquizadas estaduais;
as referências interestaduais pactuadas, em articulação 25 – implementar avaliação das ações de saúde nos
com as centrais de regulação municipais; estabelecimentos, por meio de análise de dados e indi-
10 – coordenar e apoiar a implementação da regu- cadores e verificação de padrões de conformidade;
lação da atenção pré-hospitalar às urgências de acordo 26 – monitorar e avaliar as ações de vigilância em saúde,
com a regionalização e conforme normas vigentes e realizadas pelos municípios e pelo gestor estadual;
pactuações estabelecidas;
27 – supervisionar a rede de laboratórios públicos
11 – estimular e apoiar a implantação dos comple- e privados que realizam análises de interesse da saúde
xos reguladores municipais;
pública;
12 – participar da co-gestão dos complexos regula-
28 – elaborar normas complementares para a ava-
dores municipais, no que se refere às referências inter-
liação tecnológica em saúde;
municipais;
29 – avaliar e auditar os sistemas de saúde munici-
13 – operar os complexos reguladores no que diz res-
peito à referência intermunicipal, conforme pactuação; pais de saúde;
14 – monitorar a implementação e operacionaliza- 30 – implementar auditoria sobre toda a produção
ção das centrais de regulação; de serviços de saúde, pública e privada, sob sua gestão
15 – cooperar tecnicamente com os municípios para e em articulação com as ações de controle, avaliação e
a qualificação das atividades de cadastramento, con- regulação assistencial;
tratação, controle, avaliação, auditoria e pagamento 31 – realizar auditoria assistencial da produção
aos prestadores dos serviços localizados no território de serviços de saúde, públicos e privados, sob sua
municipal e vinculados ao SUS; gestão.
16 – monitorar e fiscalizar contratos e convênios
com prestadores contratados e conveniados, bem E – RESPONSABILIDADES NA GESTÃO DO
como das unidades públicas; TRABALHO
17 – elaborar contratos com os prestadores de acor- 1 – promover e desenvolver políticas de gestão do
do com a política nacional de contratação de serviços trabalho, considerando os princípios da humanização,
de saúde, em conformidade com o planejamento e a da participação e da democratização das relações de
programação da atenção; trabalho;
18 – credenciar os serviços de acordo com as nor- 2 – desenvolver estudos e propor estratégias e fi-
mas vigentes e com a regionalização e coordenar este nanciamento tripartite com vistas à adoção de política
processo em relação aos municípios; referente aos recursos humanos descentralizados;
19 – fiscalizar e monitorar o cumprimento dos crité- 3 – promover espaços de negociação permanente
rios estaduais e nacionais de credenciamento de servi- entre trabalhadores e gestores, no âmbito estadual e
ços pelos prestadores; regional;
20 – monitorar o cumprimento, pelos municípios, 4 – adotar vínculos de trabalho que garantam os di-
da programação físico-financeira definidas na progra- reitos sociais e previdenciários dos trabalhadores de saúde
mação pactuada e integrada da atenção à saúde; na sua esfera de gestão e de serviços, promovendo ações
21 – fiscalizar e monitorar o cumprimento, pelos de adequação de vínculos, onde for necessário, de acordo
municípios, das normas de solicitação e autorização com a legislação vigente e apoiando técnica e financeira-
das internações e dos procedimentos ambulatoriais es- mente os municípios na mesma direção;
pecializados; 5 – considerar as diretrizes nacionais para Planos de
22 – estabelecer e monitorar a programação fí- Carreiras, Cargos e Salários para o SUS – PCCS/SUS,
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PACTO PELA SAÚDE 2006
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Política Nacional de
Regulação
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PACTO PELA SAÚDE 2006
7 – elaborar e pactuar protocolos clínicos e de regu- por meio de ações de controle, avaliação e auditoria;
lação de acesso, no âmbito estadual, em consonância processar a produção dos estabelecimentos de saúde
com os protocolos e as diretrizes nacionais, apoiando próprios e contratados e realizar o pagamento dos
os municípios na implementação destes; prestadores de serviços;
8 – controlar a referência a ser realizada em outros 23 – monitorar e avaliar o funcionamento dos Con-
estados, de acordo com a Programação Pactuada e In- sórcios Intermunicipais de Saúde;
tegrada da atenção à saúde, procedendo à solicitação 24 – monitorar e avaliar o desempenho das redes
e/ou autorização prévia, quando couber; regionais hierarquizadas estaduais;
9 – operar a central de regulação estadual, para as 25 – implementar avaliação das ações de saúde nos
referências interestaduais pactuadas, em articulação estabelecimentos, por meio de análise de dados e indi-
com as centrais de regulação municipais; cadores e verificação de padrões de conformidade;
10 – coordenar e apoiar a implementação da regu- 26 – monitorar e avaliar as ações de vigilância em
lação da atenção pré-hospitalar às urgências de acordo saúde, realizadas pelos municípios e pelo gestor es-
com a regionalização e conforme normas vigentes e tadual;
pactuações estabelecidas; 27 – supervisionar a rede de laboratórios públi-
11 – estimular e apoiar a implantação dos comple- cos e privados que realizam análises de interesse da
xos reguladores municipais; saúde pública;
12 – participar da co-gestão dos complexos regula- 28 – elaborar normas complementares para a ava-
dores municipais, no que se refere às referências inter- liação tecnológica em saúde;
municipais; 29 – avaliar e auditar os sistemas municipais de saúde;
13 – operar os complexos reguladores no que diz res- 30 – implementar auditoria sobre toda a produção
peitop à referência intermunicipal, conforme pactuação; de serviços de saúde, pública e privada, sob sua gestão
14 – monitorar a implementação e operacionaliza- e em articulação com as ações de controle, avaliação e
ção das centrais de regulação; regulação assistencial; e
15 – cooperar tecnicamente com os municípios para 31 – realizar auditoria assistencial da produção de
a qualificação das atividades de cadastramento, con- serviços de saúde, públicos e privados, sob sua gestão.
tratação, controle, avaliação, auditoria e pagamento
aos prestadores dos serviços localizados no território IV. REGULAÇÃO EM SAÚDE
municipal e vinculados ao SUS;
16 – monitorar e fiscalizar contratos e convênios O termo regulação, aplicado ao setor saúde no país,
com prestadores contratados e conveniados, bem tem diversos entendimentos, concepções e práticas.
como das unidades públicas; A NOAS/SUS 01-2002 disseminou o conceito de
17 – elaborar contratos com os prestadores de acor- regulação como sinônimo de regulação do acesso dos
do com a política nacional de contratação de serviços usuários a serviços de saúde – uma concepção restrita
de saúde, em conformidade com o planejamento e a de regulação que induz a iniciativa de controle do aces-
programação da atenção; so, de adequação à oferta. Assim, como a NOAS/SUS
18 – credenciar os serviços de acordo com as nor- 01-2002 vinculou o processo e as ações de regulação
mas vigentes e com a regionalização e coordenar este às formas de gestão estabelecidas.
processo em relação aos municípios; Como conclusão de várias discussões feitas com os
19 – fiscalizar e monitorar o cumprimento dos crité- gestores estaduais, há o reconhecimento que a regu-
rios estaduais e nacionais de credenciamento de servi- lação é uma das macrofunções a serem desempenha-
ços pelos prestadores; das pelo gestor estadual. O CONASS entende que há
20 – monitorar o cumprimento, pelos municípios, necessidade de aprofundar esta discussão, no sentido
da programação físico-financeira definida na Progra- de se estabelecer alguns consensos, para contribuir
mação Pactuada e Integrada da atenção à saúde; com o fortalecimento da gestão estadual e incentivar
21 – fiscalizar e monitorar o cumprimento, pelos a incorporação de atividades e ações de Regulação, na
municípios, das normas de solicitação e autorização garantia do direito à saúde, da universalidade e da inte-
das internações e dos procedimentos ambulatoriais es- gralidade, com eficiência, eficácia e efetividade.
pecializados;
22 – estabelecer e monitorar a programação físi- Alguns conceitos:
co-financeira dos estabelecimentos de saúde sob sua Regular, também segundo o Aurélio (1999), tem
gestão; observar as normas vigentes de solicitação e como significados: sujeitar às regras, dirigir, regrar, en-
autorização dos procedimentos hospitalares e ambu- caminhar conforme a lei, esclarecer e facilitar por meio
latoriais, monitorando e fiscalizando a sua execução de disposições, regulamentar, estabelecer regras para,
150
PACTO PELA SAÚDE 2006
regularizar, estabelecer ordem ou parcimônia em, acer- As funcionalidades gerais de um Sistema de Regu-
tar, ajustar, conter, moderar, reprimir, conformar, aferir, lação abrangem:
confrontar, comparar, entre outros. • permitir o controle de acesso dos usuários do sis-
“A regulação estatal dá-se quando o Estado, inves- tema informatizado;
tido de seu papel de mediador coletivo, exercita um • configurar o perfil do estabelecimento de saúde
conjunto de diferentes funções para direcionar os sis- no que se refere à sua natureza (executante e/ou soli-
temas de serviços de saúde no sentido do cumprimento
citante) e à oferta e complexidade desta;
de seus objetivos e para definir, implementar e avaliar
• configurar a PPI para a população própria e refe-
as regras do jogo desses sistemas, de forma a regular
renciada, a sua validade e o controle financeiro;
o comportamento dos atores sociais em situação e a
satisfazer as demandas, necessidades e representações • configurar a oferta por estabelecimento, por vali-
da população” (MENDES, 2005). dade e controle financeiro;
• permitir a hierarquização entre as Centrais de Re-
V. IMPLANTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE gulação;
REGULAÇÃO • interagir com outros bancos de dados (CNES,
A Política Nacional de Regulação do SUS propõe os CNS, PPI, SIA e SIH);
seguintes eixos a serem operacionalizados pelos gesto- • gerar arquivos para bases de dados nacionais; e
res, em consonância com o estabelecido nas diretrizes • gerar relatórios operacionais e gerenciais.
– Regulação da Atenção à Saúde e Regulação Assisten- III – Instituição de diretrizes para contratação de ser-
cial – do Pacto de Gestão. viços assistenciais no âmbito do SUS: é uma das metas
I – Implantação e implementação de complexos do Pacto de Gestão, no prazo de um ano, é a contratu-
reguladores: uma das estratégias de Regulação Assis- alização de todos os prestadores de serviço do SUS.
tencial, consistindo na articulação e na integração de IV – Capacitação e educação permanente das equi-
Centrais de Atenção Pré-hospitalar e Urgências, Cen- pes gestoras estaduais e municipais, bem como dos de-
trais de Internação, Centrais de Consultas e Exames, mais entes envolvidos no processo, para a operaciona-
Protocolos Assistenciais com a contratação, o controle lização das ações de regulação: O Ministério da Saúde,
assistencial e a avaliação, assim como com outras fun- por meio do Drac e do Denasus, realiza, em conjunto
ções da gestão, como programação e regionalização. com as Secretarias Estaduais e Municipais, o Curso Bá-
Os complexos reguladores podem ter abrangência in- sico de Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria do
tramunicipal, municipal, micro ou macroregional, esta- SUS, cujo objetivo principal é a transformação das prá-
dual ou nacional, devendo esta abrangência e respecti- ticas nessas áreas, incorporando saberes e adequando-
va gestão serem pactuadas em processo democrático e os às atuais necessidades da gestão do SUS, e propõe-
solidário, entre as três esferas de gestão do SUS. se à multiplicação em larga escala em todo o território
II – Implantação de Sistemas Informatizados de Re- nacional.
gulação: utilizados para gerenciar e operacionalizar as O Ministério da Saúde está propondo a efetivação
funções das Centrais de Regulação, que possuem os desta política por meio de duas portarias. A primeira
seguintes objetivos: minuta de portaria do GM institui a Política Nacional
• distribuir de forma equânime os recursos de saú- de Regulação que será efetivada mediante a ação de
de para a população própria e referenciada; complexos reguladores e estabelece os eixos que orien-
• distribuir os recursos assistenciais disponíveis de taram essa política.
forma regionalizada e hierarquizada; A segunda minuta de portaria da SAS/MS estabe-
• acompanhar dinamicamente a execução dos tetos lece o valor de incentivo financeiro, de acordo com
pactuados entre as Unidades e os municípios; o anexo I da portaria, destinado à implantação e/ou
• permitir o referenciamento em todos os níveis de implementação de Complexos Reguladores, que será
atenção nas redes de prestadores públicos e privados; repassado às Secretarias de Saúde.
• identificar as áreas de desproporção entre a oferta Cada Estado deverá elaborar um projeto definindo
e a demanda; o número de complexos reguladores que serão implan-
• subsidiar as repactuações na PPI e o cumprimento tados ou implementados, as regiões de saúde a serem
dos termos de garantia de acesso; e contempladas, e definir as responsabilidades pela ges-
• permitir o acompanhamento da execução, por tão dos complexos (Secretarias Estaduais de Saúde, Se-
prestador, das programações feitas pelo gestor. cretarias Municipais de Saúde ou ambas).
151
PACTO PELA SAÚDE 2006
as competências das três esferas de gestão. CIT, abril, Valores expressos em Reais (R$), exceto a coluna “População”.
2006.
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Política Nacional de
Atenção Básica
153
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PACTO PELA SAÚDE 2006
integração de ações programáticas e demanda espon- • define como responsabilidade do gestor municipal
tânea; articulação das ações de promoção à saúde, assegurar o cumprimento de horário integral – jornada
prevenção de agravos, vigilância à saúde, tratamento de 40 horas semanais – de todos os profissionais nas
e reabilitação, trabalho de forma interdisciplinar e em Equipes de Saúde da Família, Saúde Bucal e de Agentes
equipe; e coordenação do cuidado na rede de servi- Comunitários de Saúde;
ços; • permite o cumprimento de 32 horas aos profissio-
III – desenvolver relações de vínculo e responsabi- nais da ESF para atividades de residência multiprofissio-
lização entre as equipes e a população adscrita garan- nal e/ou em medicina da família/comunitária;
tindo a continuidade das ações de saúde e a longitudi- • define a educação permanente como responsabi-
nalidade do cuidado; lidade conjunta das SES e SMS, com recursos das três
IV – valorizar os profissionais de saúde por meio do esferas;
estímulo e do acompanhamento constante de sua for- • define irregularidades e fluxos para suas adequa-
mação e capacitação; ções e suspensão de recursos.
V – realizar avaliação e acompanhamento sistemáti-
co dos resultados alcançados, como parte do processo No financiamento: instituição do Bloco da Atençã-
de planejamento e programação; e po Básica com definição do Teto Financeiro deste bloco
VI – estimular a participação popular e o controle social. e diminuição das rubricas de transferência. O Bloco da
Atenção Básica será constituído por dois componentes:
Áreas estratégicas para atuação: Piso de Atenção Básica (PAB) Fixo e Piso da Atenção
• eliminação da hanseníase; Básica (PAB) Variável.
O PAB Fixo se refere ao custeio de ações de aten-
• controle da tuberculose;
ção básica à saúde, cujos recursos serão transferidos
• controle da hipertensão arterial;
mensalmente, de forma regular e automática, do Fun-
• controle do diabetes mellitus; do Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde do Distrito
• eliminação da desnutrição infantil; Federal e dos municípios.
• saúde da criança;
• saúde da mulher; Atenção:
• saúde do idoso;
• saúde bucal; • nos municípios cujos valores referentes já são su-
• promoção da saúde; e periores ao valor per capitaa proposto, será mantido o
• outras áreas definidas regionalmente de acordo maior valor;
com prioridades e pactuações definidas nas CIBs. • os projetos similares ao PSF e os Incentivos de
Descentralização de Unidades de Saúde da Funasa são
Para o processo de pactuação da atenção básica será incorporados ao PAB Fixo e podem ser aplicados no
realizado e firmado o Pacto de Indicadores da Atenção custeio destas unidades;
Básica, tomando como objeto as metas anuais a serem • atualização da base populacional IBGE 2005 – PT
alcançadas em relação a indicadores de saúde acorda- GM/MS nº 650/2002 (competência abril de06);
dos. Os gestores poderão acordar nas CIBs indicadores • os valores do PAB Fixo serão corrigidos anual-
estaduais de atenção aásica a serem acompanhados em
mente mediante cumprimento de metas pactuadas
seus respectivos territórios.
para indicadores da atenção básica. Os indicadores de
acompanhamento para 2006 são:
III. Principais mudanças com a Política Nacional de
Atenção Básica
I – cobertura firmada pelo gestor municipal e
do Distrito Federal para o ano anterior no Pacto da
Na gestão:
Atenção Básica, para:
• reúne em um único documento toda a regula-
a) média anual de consultas médicas por habi-
mentação da atenção básica em vigor e revoga 27
tante nas especialidades básicas;
portarias;
• define a saúde da família como estratégia de or- b) proporção de nascidos vivos de mães com
ganização da AB, indicando o caráter substitutivo desta quatro ou mais consultas de pré-natal;
em relação à AB; c) razão entre exames citopatológico cérvico-va-
• altera do parâmetro de pessoas por ESF: até 4 mil ginais em mulheres entre 25 e 59 anos e a popula-
– média recomendada 3 mil; ção feminina nessa faixa etária.
• integra a Saúde Bucal e as Equipes de Saúde da II – cobertura vacinal da terceira dose de tetra-
Família ao definir que ambas terão responsabilidade valente em menores de um ano de idade maior ou
pela mesma população e território; igual a 95%.
156
PACTO PELA SAÚDE 2006
157
PACTO PELA SAÚDE 2006
Portarias:
Portaria GM/MS nº 648/06 - Aprova a Política Na-
cional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de
diretrizes e normas para a organização da Atenção Bá-
sica para o Programa Saúde da Família (PSF) e o Pro-
grama Agentes Comunitários de Saúde (PACS): Traz os
Princípios; Responsabilidades e Competências; Infra-
estrutura; Especificidades da estratégia SF e Atribuições
dos profissionais das ESF, ESB e ACS.
158
PACTO PELA SAÚDE 2006
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PACTO PELA SAÚDE 2006
Financiamento do SUS
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PACTO PELA SAÚDE 2006
que deverá ser executada com foco em resultados Explicita as diretrizes para o sistema de financia-
e com a explicitação inequívoca dos compromissos mento público tripartite em grandes blocos de financia-
orçamentários e financeiros para o alcance desses mento federal e estabelece relações contratuais entre
resultados. os Entes Federativos.
Assim, a instituição do Pacto pela Vida representa
duas mudanças fundamentais na reforma incremen- Os objetivos do Pacto de Gestão são:
tal do SUS. De um lado, substitui pactos fortuitos por
• Definir a responsabilidade sanitária de cada ins-
acordos anuais obrigatórios; de outro, muda o foco,
tância gestora do SUS: federal, estadual e municipal,
de mudanças orientadas a processos operacionais para
superando o atual processo de habilitação.
mudanças voltadas para resultados sanitários. Desse
• Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS,
modo, o Pacto pela Vida reforça, no SUS, o movimento
com ênfase em Descentralização; Regionalização; Fi-
da gestão pública por resultados.
nanciamento; Programação Pactuada e Integrada; Re-
II.2. Pacto em Defesa do SUS gulação; Participação e Controle Social; Planejamento;
Gestão do Trabalho; e Educação na Saúde.
Compromisso inequívoco com a repolitização do
III. DIRETRIZES PARA A GESTÃO DO SUS
SUS, consolidando a política pública de saúde brasileira
como uma política de Estado, mais do que uma política FINANCIAMENTO DO SUS – O QUE MUDA COM
O PACTO
de governos.
Os gestores reconhecem a necessidade de romper
São princípios gerais do financiamento para o SUS:
os limites setoriais e levar a discussão sobre a política
• responsabilidade das três esferas de gestão –
pública de saúde para a sociedade organizada, tendo o
União, Estados e Municípios pelo financiamento do
financiamento público da saúde como um dos pontos
SUS;
centrais.
• redução das iniqüidades macrorregionais, estadu-
As prioridades do Pacto em Defesa do SUS são:
ais e regionais, a ser contemplada na metodologia de
- implementar um projeto permanente de mobiliza-
alocação de recursos;
ção social com a finalidade de:
• repasse fundo a fundo definido como modalida-
- alcançar, no curto prazo, a regulamentação
de preferencial na transferência de recursos entre os
da Emenda Constitucional nº 29, pelo Congresso
gestores; e
Nacional;
• financiamento de custeio com recursos federais
- garantir, no longo prazo, o incremento dos recur-
sos orçamentários e financeiros para a saúde. organizados e transferidos em blocos de recursos.
- aprovar o orçamento do SUS, composto pelos
orçamentos das três esferas de gestão, explicitando o Financiamento para custeio
compromisso de cada uma delas.
O Pacto pela Saúde 2006 está alterando a forma
de financiamento do SUS ao eliminar mais de 100 mo-
II.3. Pacto de Gestão
dalidades de transferências de recursos e reduzi-las a
apenas cinco blocos. Essa é a principal mudança no fi-
Contempla os princípios do SUS previstos na Cons-
nanciamento, relativo ao custeio das ações e serviços
tituição Federal de 1988 e na Lei nº 8080/1990. Es-
tabelece as responsabilidades solidárias dos gestores a de saúde: a alocação dos recursos federais em cinco
blocos.
fim de diminuir as competências concorrentes, contri-
As bases de cálculo que formam cada bloco e os
buindo, assim, para o fortalecimento da gestão com-
partilhada e solidária do SUS. montantes financeiros destinados para Estados, muni-
cípios e Distrito Federal serão compostos por memórias
Avança na regionalização e na descentralização do
de cálculo, para fins de histórico e monitoramento.
SUS, a partir da proposição de algumas diretrizes per-
mitindo uma diversidade operativa que respeite as sin- Dessa forma, Estados e municípios terão maior au-
tonomia para alocação dos recursos de acordo com as
gularidades regionais.
metas e as prioridades estabelecidas nos planos de saú-
Propõe a descentralização de atribuições do Ministério
de.
da Saúde para os Estados, e para os municípios, acompa-
nhada da desburocratização dos processos normativos.
Financiamento para investimentos
Reforça a territorialização da saúde como base para or-
ganização dos sistemas, estruturando as regiões sanitárias Os recursos financeiros de investimento devem ser
e instituindo colegiados de gestão regional. alocados com vistas a superação das desigualdades de
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IX - incentivo à Implantação e/ou Qualificação de do Estado e do Distrito Federal refere-se aos recursos
Políticas Específicas; federais de custeio, referentes àquela unidade federa-
da, explicitando o valor correspondente a cada bloco.
A transferência de recursos de que trata este bloco
será regulamentada por ato normativo específico. No Termo do Limite Financeiro Global do Município,
O Ministério da Saúde publicará portarias específi- no que se refere ao Bloco da Média e Alta Complexi-
cas regulamentando a operacionalização de cada Bloco dade, serão discriminados os recursos para a população
de Financiamento constituído. própria e os relativos à população referenciada.
O Fundo Nacional de Saúde adotará as medidas ne-
cessárias para garantia das transferências conforme o Os recursos relativos ao Termo do Limite Financeiro
disposto na Portaria GM nº 698/2006. Global do Município, do Estado e do DF serão trans-
Até o momento, somente o Bloco de Financiamento feridos pelo Ministério da Saúde, de forma regular e
da Atenção Básica foi regulamentado. automática, ao respectivo Fundo de Saúde, excetuan-
do os recursos transferidos diretamente às unidades
V - PORTARIA GM nº 699, DE 30/3/2006 universitárias federais e aqueles previstos no Termo de
Cooperação entre Entes Públicos.
A portaria GM Nº 699, de 30 de março de 2006
regulamenta a implementação das Diretrizes Operacio- O Termo do Limite Financeiro Global do Município
nais dos Pactos Pela Vida e de Gestão e seus desdobra- deverá explicitar também os recursos de custeio pró-
mentos para o processo de gestão do SUS, bem como, prios das esferas municipal e estadual. Caso não seja
a transição e o monitoramento dos Pactos, unificando possível explicitá-los por blocos, deverá ser informado
os processos de pactuação de indicadores e metas. apenas o total do recurso.
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ENDEREÇO E TELEFONE
Esplanada dos Ministérios (EMI), Bloco G, sala 148 B
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