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Urbanismo e Mobilidade

Construção e Arquitectura
DR1
I - Sociedade

Identifico diferentes espaços


funcionais nos alojamentos
das famílias portuguesas em
função de tradições
socioculturais (por exemplo,
pátios interiores, alpendres,
cozinhas, zona social e zona
privada, etc.)
Espaços Funcionais - Zonas da
Habitação

A cada zona uma função

1. Zonas de circulação
2. Zonas Comuns
3. Zonas Privadas
4. Zonas de Arrecadação
1. Zonas de Circulação

Hall de entrada
Corredores
Escadas
Patamares
Espaços existentes entre os
móveis
A circulação deverá ser fácil,
sem muitas curvas e o mais
curta possível
1. Zonas de Circulação
A função do hall é proporcionar um
acolhimento agradável, serve como
espaço de transição entre a rua e a
habitação e como espaço de distribuição
para as diferentes divisões

As escadas unem os volumes de forma


vertical, devem ter largura suficiente para
permitir a passagem de móveis

Os corredores devem ser reduzidos ao


mínimo possível, pois consomem muita
área útil e devem ter 110 cm ( a lei
permite 90 cm nalguns casos)
2. Zonas Comuns

Estas zonas estão disposição


de todos.
È onde a família se reúne e
recebe os amigos
Sala de estar
Sala de jantar
Cozinha
Sala comum
Zonas de refeição
2. Zonas Comuns a
cozinha
No campo é a divisão principal
da casa, tem muitas vezes o
aspecto de uma sala comum
Na cidade é geralmente mais
pequena
Acaba, na maior parte das
vezes por funcionar coma a
zona social mais frequentada
da casa
2. Zonas Comuns
sala comum
Sala comum, por falta de
espaço nos apartamentos,
fundiu-se a sala de jantar com
a sala de estar o que deu
origem a esta zona.
Normalmente as salas são
mobiladas com mesas e
cadeiras (sala de jantar) e
sofás com mesa de centro e
móvel TV (sala de estar). Na
prática esta zona fica
subdividida em 2 funções
distintas.
2. Zonas Comuns
zonas de refeição
Refeições correntes pequeno almoço,
almoços do dia-a-dia, lanches e jantares
corriqueiros têm lugar na cozinha, para
esse efeito a cozinha está equipada com
uma mesa pequena. Por ser mais rápido
e mais prático a maior parte das
refeições são feitas nesta divisão, sendo
por isso que a cozinha é na realidade a
parte da casa de maior convivio da
familia

Refeições formais jantar de natal,


jantar de amigos, têm lugar na sala de
jantar ou na sala comum. Existe um
maior cuidado na colocação da mesa, na
escolha do serviço.
3. Zonas Privadas
Zona de dormir - quartos
Zona de vestir quartos ou quartos de vestir
Zona de trabalho ou de estudo regra geral as
crianças estudam na mesa da sala, mas esta
função também pode ocorrer no quarto se para
esse efeito for colocado uma mesinha de estudo.
Também muitas das vezes um dos quartos é
transformado num escritório.
Nota- o +1 não é um quarto, é uma despensa
ou uma arrecadação. Neste local costuma-se
fazer o escritório e é vendido como sendo uma
mais valia, mas na realidade não passa de uma
sobra de uma mau projecto de arquitectura, de
uma invenção das imobiliárias para ganhar
dinheiro. São espaços exíguos, não têm janelas.
Um quarto tem de ter no mínimo 9m2 e tem de ter
uma janela com uma superfície mínima de1,5m2.
São raros os casos em que este espaço resulta
de um bom projecto de arquitectura
3. Zonas Privadas
Zona de higiene pessoal tem duas funções distintas, a
de lavagem do corpo e a de cumprimento de funções
fisiológicas, por isso a lei prevê que o quarto de banho
possa ser único ou subdividido em 2 espaços distintos.
4. Zonas de
arrecadação
Despensas, arrecadações
Caves , sótãos
Garagem
Armários embutidos
Estudos sobre zonas e
funções da habitação
A habitação, tem sido alvo de
inúmeros estudos nas suas
funções e exigências de áreas
mínimas.
Um dos estudos mais
completos levados a cabo no
nosso país, foi publicado em
Fevereiro de 1969 pelo
Laboratório Nacional de
Engenharia Civil e coordenado
pelo Arquitecto Nuno Portas
Para que os espaços
sejam funcionais têm de:
Cumprir os requisitos legais,
nomeadamente o RGEU
Cumprir a função a que se
destinam
Ter espaços de circulação
adequados
Ter adequação ergonómica
Adequação a circunstâncias
especiais (pessoas em cadeira
de rodas, cegos, etc)
Para que os espaços
sejam funcionais têm de
Contemplar a arrumação de
móveis, equipamentos e infra-
estruturas
Contemplar a arrumação de
objectos
Ser agradável em termos de
estética
Confortável
Nível de luz, exposição solar e
ventilação adequados
Funcionalidade do espaço

O RGEU, regulamento geral


das edificações urbanas, foi
publicado em 1952 e revisto há
pouco tempo, é dos diplomas
legais mais importantes que
regem a construção em
Portugal.
Funcionabilidade do espaço -
Extracto do RGEU
CAPITULO III
Disposições interiores das edificações e espaços livres
-Art. 65.°
A altura mínima ou pé-direito dos andares, em edificações correntes,
destinados a habitação é de 2m,80. Este valor poderá ser reduzido até
ao limite de 2m,60 quando se trate de edificações isoladas ou em
pequenos grupos, com o máximo de três pisos habitáveis. A altura
mínima do rés-do-chão, quando destinado a estabelecimentos
comerciais ou industriais, é de 3 metros.
§ único. As alturas dos andares são medidas entre o pavimento e o
tecto ou as faces inferiores das vigas de tecto quando aparentes.
-Art. 66.°
Os compartimentos das habitações, com exepção apenas dos casos
previstos nos artigos 67.º e 68.°, não poderão ter área inferior a 9
metros quadrados. Além disso, nas habitações com menos de cinco
compartimentos, um, no mínimo, deverá ter área não inferior a 12
metros quadrados, e nas habitações com cinco ou mais
compartimentos haverá, pelo menos, dois com 12 metros quadrados de
área.
No número de compartimentos acima referidos não se incluem os
vestíbulos, retretes, casas de banho, despensas e outras divisões de
função similar à de qualquer destes compartimentos.
-Art. 67.°
Nas habitações com mais de quatro ou com mais de seis
compartimentos, além dos excluídos nos termos do artigo anterior,
poderá haver, respectivamente, um ou dois compartimentos com a
área reduzida de 7m2,50.
Funcionabilidade do espaço -
Adequação ergonómica

O homem no seu espaço, na


sua habitação, deverá poder
movimentar-se á vontade, isto
é, executar diversas tarefas,
gestos, sentar-se e dormir sem
se aborrecer ou incomodar. A
escala humana é deste modo
a base de trabalho do
arquitecto ou do designer.
Funcionabilidade do espaço - Adequação
ergonómica
Funcionabilidade do espaço
exposição solar
Funcionabilidade do espaço
exposição solar
Tradições socio-culturais
Cada pessoa vive o espaço
conforme as suas características
pessoais e o grupo em que se
insere
A maneira de habitar varia de país
para país
Nos países muçulmanos, as
habitações são viradas para o
interior, para um pátio e têm portas
baixinhas. Isto acontece também
por razões religiosas. Tem que se
mostrar humildade perante Alá e a
sorte por um golpe de destino pode
mudar, por isso não podemos ser
arrogantes e exibir a nossa fortuna
ao exterior. Daí as casas serem
pobres para q em as do
exterior
Tradições socio-culturais
A sala de jantar nalgumas casas
não é para usar é só para mostrar
ás visitas para dizer que têm.
Há cerca de 30 anos atrás, quando
as pessoas de etnia cigana eram
realojadas em habitações sociais
levavam para o apartamento a sua
forma de habitar e viam-se burros e
vacas a espreitar pelas janelas e
couves plantadas na banheira
Pessoas com uma forte ligação á
agricultura, quando vão viver para
a cidade arranjam sempre um
cantinho para o plantio, nem que
seja nas rotundas das vias rápidas
Tradições socio-culturais

As necessidades de espaço
evoluem ao longo do tempo
Na casa rural era usual haver
uma grande lareira na sala
para aquecer a casa, fazer a
comida, cozer pão e defumar o
presunto.
Faziam parte da habitação as
pocilgas, os ovis ou os aidos
dos bois
As casas de banho quando
existiam ficavam no exterior
Tradições socio-culturais
Casa rural algarvia
Tradições socio-culturais
Evolução de necessidades

Na cidade as casas de banho


ficavam também no exterior
As pessoas dormiam em
alcovas
Progressivamente as
necessidades de mais espaço
e de mais conforto foram-se
impondo
II- Sociedade
Compreendo apropriações
diferenciadas dos espaços de
um alojamento familiar e suas
necessidades de remodelação
consoante o estilo de vida dos
diferentes elementos da família
(por exemplo, transformar
varandas em marquises para
escritórios, espaços
multifuncionais, etc.).
Apropriações do espaço

É uma necessidade básica do ser


humano a ocupação do território
Cada pessoa tenta deixar a sua
marca pessoal no espaço que
ocupa
Esta necessidade é tão forte, que
foi necessário fazer leis para
impedir as pessoas de ocupar os
espaços comuns dos prédios ou
espaços que não lhes pertencem.
É comum a desavença entre
vizinhos devido a ocupação
indevida dos lugares de
estacionamento
Apropriações do espaço
Apropriações diferenciadas dos
espaços de um alojamento

Cada membro da família tem


necessidades e gostos
diferentes
Cada divisão pode ser
adaptada aos gostos ou ás
necessidades do agregado
familiar
Ao longo dos anos uma
pessoa tem necessidades
diferentes
Apropriações diferenciadas dos
espaços de um alojamento

Exemplo do quarto do filho ao longo


dos anos
Quando nasce tem o berço, biblots
Quando é criança- tem muitos
brinquedos
Quando é adolescente- posters por todo
o lado, música aos berros
Quando é estudante universitário-
computador, livros espalhados por todo o
lado
Quando começa a trabalhar- mobiliário
mais sóbrio, uma secretária para
trabalhar
Quando casa- quarto de casal
Quando é velhinho monte de
medicamentos, botija de oxigénio, penico
debaixo da cama para não ter que correr
para a casa de banho
Necessidades de remodelação consoante o
estilo de vida dos diferentes elementos da
família

As necessidades de habitação não


são permanentes:

Se o agregado familiar cresce


necessidade de mudar de casa se as condições
económicas o permitirem ;
Caso contrário arranjar espaços adicionais -
fechar uma varanda ou dividir uma das maiores
divisões da casa.

Se há uma alteração na vida profissional


mudar a residência de local ou mesmo de cidade;
A necessidade de criar um escritório p.e.
fechando uma varanda (caso exista).

Por motivos de saúde falta de acessibilidade da


habitação (pessoas com mobilidade reduzida,
doentes, acamadas)
Necessidades de remodelação
consoante o estilo de vida dos
diferentes elementos da família

A maior parte das remodelações


acontece porque muito simplesmente
as pessoas gostam de mudar, nas
cozinhas é frequente as pessoas
mudarem os azulejos e os móveis
Necessidades de remodelação
consoante o estilo de vida dos
diferentes elementos da família

Aos espaços são também


dados usos diversos aquele
para o qual foram criados
As garagens são muitas vezes
transformadas em arrumos,
em oficinas, para pequenos
negócios
III - Sociedade

Exploro modos de integração


de famílias deslocadas de
determinado tipo de
alojamento para outros
contextos sociais (por
exemplo: modos de
intervenção social em bairros
de construção social alvo de
processos de realojamento).
Modos de integração
de famílias deslocadas
Artigo 65º da Constituição
portuguesa:
"Todos têm direito, para si e
para a sua família, a uma
habitação de dimensão
adequada, em condições de
higiene e conforto e que
preserve a intimidade
pessoal e a privacidade
familiar."
Modos de integração de famílias
deslocadas
É obrigação constitucional do estado arranjar uma
habitação condigna para todos

Câmaras municipais constroem bairros sociais ; e iste


em Portugal desde a década de 90, o programa de
erradicação das barracas; este facto levou a que se
multiplicasse o investimento público nos ditos bairros
sociais;

É um problema mais evidente nas grandes cidades, como


por exemplo no casal ventoso;

Conduziu, situações de conflito e insegurança, devido à


baixa instrução dos realojados e ao facto de se misturarem
grupos étnicos diferentes (africanos + ciganos), que muitas
vezes não convivem pacificamente necessidades de
intervenção policial.

Actualmente existem gabinetes especializados no


realojamento, formados por psicólogos, sociólogos
e assistentes sociais.
Modos de integração de famílias
deslocadas como surgiram os
subúrbios
Na cidade antiga as pessoas
habitavam, conviviam,
trabalhavam, estudavam, faziam
compras, tudo no mesmo local, por
vezes na mesma rua.
Para resolver problemas de saúde
pública, pois as casas não tinham
condições de higiene e surgiam por
vezes pestes e doenças e com o
aparecimento do automóvel,
surgiram politicas urbanas de
zonamento
O zonamento é nada mais do que
separar as zonas de cidade por
funções, a indústria para um lado,
a habitação para outro, etc
Modos de integração de famílias
deslocadas como surgiram os
subúrbios
Os bairros, seguindo esta
politica, foram construídos
longe da cidade onde os
terrenos são mais baratos
Dá-se um isolamento da
população, o que em nada
contribui para quebrar o ciclo
de pobreza e violência que se
gera nestes locais
Modos de integração de
famílias deslocadas
caracterização população
desfavorecida

Abandono escolar
Comportamentos desviantes
Meios de subsistência
paralelos
Alcoolismo
Violência doméstica
Para integrar as pessoas num
novo contexto social deve-se
Manter as redes de vizinhança, aspecto
particularmente importante no caso dos
idosos, preocupação das operações
SAAL
Criar equipamentos, lojas, cafés,
supermercados, creches, escolas, etc
Criar transportes públicos
Respeitar as diferenças culturais
Não criar um tecido social homogéneo de
população desfavorecida e isolada
As habitações devem ser abertas á
restante comunidade, caso contrário as
mesmas pessoas frequentam os mesmos
locais o que origina subculturas
(café,associação desportiva, creche do
cerco, por exemplo)
I - Tecnologia

Identifico diferentes
tecnologias utilizadas nos
actuais materiais de
construção (por exemplo,
tintas anti-fungos, isolamento
por wallmate e roofmate,
paredes e tectos falsos,
estruturas de vigas de aço,
canalização de PEX ou de aço
inoxidável, etc.).
Uso do aço na
arquitectura
Pormenor Construtivo
Qualidade da
construção,segurança e
conforto:

Actualidade preocupação cada vez maior com o


conforto e segurança das populações;
necessidade actualização permanente dos
materiais de construção durabilidade e conforto.

Tipo de habitação moderna (cidades) altura,levou


à necessidade de desenvolver materiais cada vez
mais resistentes.

Construção Tradicional pedra, tijolo burro e


madeira;

Revestimento das paredes aplicação de cal.

Actualidade tijolo furado, betão, ferro, aço,


vidro , revestimentos cerâmicos.

Garantem habitações mais estáveis e com maior


conforto.
Outras técnicas mais comuns
Canalizações em PEX( polietileno reticulado)
facilidade de poderem atravessar lajes e facilidade
de substituição em caso de rotura.

Tintas anti-fúngicas garantem o não o


aparecimento de bolores.

Isolamento acústico e térmico recorrendo a


paredes duplas com aplicação de wallmate e
isolamento dos tectos com uso de roofmate
evitam as grandes amplitudes térmicas e garantem o
não atravessamento de sons de casa para casa,
permitindo melhorar o conforto dos
habitantes e poupar energia gasta com ar
condicionado ou aquecedores.

A exposição solar das habitações, entre


outros aspectos, também permite alcançar ganhos
em termos de poupança energética e ambiental
Aspiração central
Construção com parede
dupla, isolamento
hidrófugo e térmico
PEX e Pavimento
Radiante
Pavimento Radiante
Novos Materiais

Todos os anos surgem


materiais novos para a
construção
Pavimentos flutuantes, vinilos,
cerâmicos, épóxidos,
compósitos, derivados, etc
Diminuição Custos, respeito pelo
meio-ambiente

Uma correcta construção,


aplicando as técnicas actuais
permite obter uma redução de
custos porque:
Isolamento térmico
Isolamento acústico
Boa orientação solar
Bom projecto arquitectura
Uso complementar de novas
tecnologias, como paineis
solares
Recuperação edificios
antigos
Nunca usar cimento, usar
argamassa á base cal e saibro
Nunca fazer pavimentos em betão
por cima soalho
Nunca escavar junto á parede
Nunca pintar paredes com tinta
plásticas
Respeitar e compreender o ciclo
natural de contracção e humidade
da pedra
Usar sempre que possível técnicas
e materiais iguais aos originais
No uso de materiais novos,
procurar os mais indicados
Segurança Sísmica
Edifícios recentes existem técnica que visam
garantir a resistência (sismos) e o conforto
das mesmas.

Antes de construir devemos analisar a


natureza do terreno e a carta de risco sísmico.

Em Portugal existe legislação própria que


obriga à observância de normas de construção
anti-sísmica devido ao elevado risco que o
nosso país apresenta em especial o Algarve,
região de Lisboa e Vale do Tejo.

Deve-se garantir a utilização de técnicas de


construção e materiais que garantam a
resistência dos edifícios.

No méxico, país com grande actividade sísmica


constroem as casas como se fossem barcos

Nos States e no Japão, usam contrapesos gigantes nos


telhados dos arranha-céus
Segurança Sísmica

Para tornar qualquer estrutura


segura relativamente aos
sismos, esta não pode ser
rigida, tem de ter capacidade
de absorver a energia libertado
pelos sismos, tem de se poder
mover. As pontes não são
estruturas rigidas, estão regra
geral apoiadas numa grande
bola de ferro.
Gaiola pombalina como
sistema anti-sismico
A gaiola pombalina é um sistema de
construção anti-sísmica utilizado na Baixa
Pombalina de Lisboa após o terramoto de 1755.
A gaiola pombalina é uma estrutura
tridimensional de madeira embebida nas
paredes de alvenaria.
O terramoto de 1755 veio mostrar a fragilidade da
construção em alvenaria, que tinha uma
capacidade muito reduzida de absorção e
dissipação da energia libertada pela catástrofe. A
estrutura em madeira foi inspirada nos métodos
de construção dos navios. A madeira, sendo
deformável, tinha uma elevada capacidade de
resistência às forças de tracção e compressão
num meio constantemente agitado.
Por outro lado, a alvenaria era mais eficaz na
resistência aos incêndios. A solução de embeber
a estrutura em madeira nas paredes de alvenaria
juntava as vantagens de ambos os tipos de
construção.
Gaiola pombalina como
sistema anti-sismico
Noticia retirada do DN
(basicamente as casas funcionam com
barcos, mexem e não estão presas ao solo)
As primeiras seis casas anti-sísmicas do País construídas através do recurso a um método
denominado Sismo, que é originário da Bélgica, estão a ser edificadas em Braga. Este sistema de
construção é resistente aos abalos. O processo assenta numa «rede» tridimen- sional feita de
aço galvanizado que garante ao habitante toda a segurança e qualidade de isolamento.
Quem o assegura é Carlos Miranda, um dos sócios da Solução Ambiente, Sistemas Ecológicos,
Lda., a empresa representante e distribuidora em Portugal deste produto importado da Bélgica, país
aonde foi beber a ideia. Mas a partir de 2005 o material será produzido em Braga.
Por enquanto, a empresa recebe o material na fábrica, onde concebe painéis constituídos por uma
rede de aço galvanizado com três zonas diferentes uma para o isolamento exterior, outra
para receber o betão e uma terceira destinada ao isolamento interior. Estes painéis são
concebidos de acordo com as indicações inscritas no projecto de arquitectura.
O sistema Sismo assenta, assim, numa trama, ou «rede», tridimensional em aço galvanizado e pode
ser utilizado em qualquer tipo de construção, em novos edifícios ou na recuperação de imóveis.
Segundo o empresário, a «trama Sismo» serve de alicerce ao material de isolamento e surge
depois como uma estrutura fechada que servirá como cofragem para o betão que é utilizado
como material estrutural. Serve igualmente de armação e suporte para os materiais de
acabamento.
A fase seguinte já decorre no terreno, desta feita em Gualtar, onde estão a ser construídas as seis
moradias. No local, a empresa aplica e une os painéis. É ainda na obra que os trabalhadores
colocam as janelas e as portas depois de os orifícios terem sido previstos no módulo Sismo na
fábrica. Só depois é que os operários enchem o interior dos painéis com betão armado. O resultado
consiste numa parede contínua, consistente e resistente aos abalos sísmicos. Igual método pode
ser usado nas lajes dos pisos.
Carlos Miranda prevê para breve a conclusão da obra, pois a celeridade da construção é uma das
características do sistema Sismo. Esta tecnologia permite diminuir o tempo de execução da obra em
cerca de 30 a 40% em relação à construção tradicional. Ou seja, o futuro morador terá a sua
habitação concluída em apenas dois meses se optar por este processo, assegura. Em carteira estão
mais outras 37 moradias para construção.
A tecnologia Sismo já foi utilizada, para além da Bélgica, em países como a Alemanha, a França, a
Grécia, a Itália, a Holanda e a Turquia.
Depois do recente sismo de magnitude 5,4 na escala aberta de Richter, que atingiu vários pontos do
País, na passada semana, o empresário aponta este método inovador como uma solução fiável e
resistente.
Ao DN, Carlos Miranda destaca algumas das vantagens desta nova tecnologia de construção a alta
qualidade de isolamento térmico e acústico, economizando energia, e os reduzidos custos de
execução graças aos escassos recursos humanos e equipamentos de suporte na obra. Também
não precisa de mão-de-obra especializada, mas confere uma elevada produtividade na montagem e
construção, assim como facilidade de planificação.
Catálogo Sismo
Estática
É a parte da física que estuda corpos em
equilíbrio, como por exemplo, pontes, edifícios,
torres, etc.

Se observarmos um prédio notamos que está em


equilíbrio estático, ou seja, está parado em relação
ao solo.

Do ponto de vista físico o que garante isto?

Quais são as forças que agem sobre o prédio?

Peso massa da estrutura sofrendo a acção da


gravidade;

Normal reacção que o chão realiza sobre a


estrutura do prédio.
Para esse corpo estar em equilíbrio as duas forças
devem ser iguais. Já que se uma fosse maior que a

outra, o prédio estaria subindo ou afundando


(análise superficial).
Cálculo de estruturas
Cálculo de estruturas
Relação ferro com o betão
Betão armado,
Betão (água+cimento+inerte)
3 pontos apoiam um plano
Malha de 5 ou malha de 6
Espaço para a passagem de
escadas
Vigas pré-tensionadas e
blocos ocos (fazer desenho)
Cálculo de 10% relativo ao
comprimento
Os pilares e vigas não pode ter
menos de 20 cm

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