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RELAÇÕES INTERNACIONAIS
SOCIEDADES COMPLEXAS
SÃO PAULO
2019
BIANCA R. TULIO DE SIQUEIRA
SOCIEDADES COMPLEXAS
SÃO PAULO
2019
RESUMO
Ao abordarmos temas que afetam diretamente com a saúde pública, devemos
ter em mente soluções para que possamos combater com a propagação de
doenças e ter uma melhora considerável no nosso saneamento básico. Além
disso é importante destacar a péssima infraestrutura na qual o estado tem em
relação a ré-inclusão de ex-presidiários na atual sociedade, impedindo muitos
de ter uma nova chance. Iremos tratar também a respeito do consumo e sua
ligação direta ao capitalismo, e um dos principais problemas sociais da atual
sociedade; o consumismo.
ABSTRACT
When addressing issues that directly affect public health, we must keep in mind
solutions so that we can combat the spread of disease and have a considerable
improvement in our basic sanitation. In addition, it is important to highlight the
poor infrastructure in which the state has regarding the re-inclusion of former
prisoners in the current society, preventing many from having a new chance.
We will also deal with consumption and its direct link to capitalism, and one of
the main social problems of today's society: consumerism.
SUMÁRIO
Introdução
Justiça
A notícia de que o sistema carcerário brasileiro é caótico tornou-se
praticamente um senso comum e uma pesquisa realizada pelo Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feita em 2015 demonstra isto, visto que o
projeto concluiu que a cada quatro ex-presidiários, um volta a cometer crimes
no prazo de cinco anos. Essa taxa equivale a quase 25% do total de presos.
Uma pesquisa feita em julho de 2019 pelo CNJ registra 812 Mil presos no país,
o brasil está atrás somente dos Estados Unidos e da China, obtendo a terceira
colocação no ranking dos países com maior população carcerária.
Além disso, a série Prisões Brasileiras – Um Retrato sem Retoques, do
Repórter Brasil, transmitida em 2014 pela TV Brasil, mostrou que apenas 20%
dos presos que são libertados conseguem encontrar um emprego. Essa taxa
diminui ainda mais quando se trata de estudo: apenas 8,6% conseguem voltar
a estudar.
Diante desta situação, fica difícil fazer qualquer tipo de comparação entre as
prisões brasileiras e as dos países desenvolvidos, como Alemanha, Nova
Zelândia e Islândia. Mas, ainda assim, nenhum dos presídios no Brasil está
entre os piores do mundo apesar de todo o sistema está desmantelando.
O Brasil possui em torno de 1.500 estabelecimentos penais públicos de
diferentes tipos administrados pelo Poder Executivo. A maioria deles, no
entanto, funciona em condições precárias.
Para parte da população, as penitenciárias servem para punir bandidos, e só.
O que poucos entendem é que muitas pessoas em conflito com a lei têm
histórias e condições socioeconômicas que favorecem sua entrada no mundo
do crime.
As crianças que moram em comunidades carentes convivem quase
diariamente com conflitos entre traficantes e policiais. Ao crescerem em um
ambiente como esse, a visão que elas desenvolvem é a de que os policiais são
os vilões da história, e casos expostos na mídia referentes a homicídios das
população negra e pobre- em sua grande maioria-, não colaboram para
desmistificar essa generalização errônea.
A cadeia deveria ser vista como um espaço onde cada pessoa sentenciada
pudesse refletir e aprender que é errado cometer crimes. Só assim essas
pessoas sairiam da cadeia melhores do que entraram, conhecendo os limites
da liberdade quando se vive em sociedade.
A reeducação de presos já vem sendo feitas em vários presídios pelo mundo,
essa reeducação refere-se a quando o preso está detido ele receberá
tratamento adequado, aulas de idiomas, como se adaptar novamente ao
mercado de trabalho, aulas de atendimento com psicólogo e psiquiatras
regularmente.
Um preso é um reeducando. Está preso porque cometeu um crime e deve
aprender com seus erros. Esse aprendizado começa quando ele entende seus
direitos, as leis, o respeito. Quando reconhece a si mesmo e percebe o quão
capaz ele é de conseguir uma vida digna com muita dedicação e força de
vontade.
“Reeducar um preso é como educar uma criança, só que de uma forma muito
mais difícil, porque eles já têm seu conceito errôneo sobre a vida em sociedade
e desfazer esses conceitos é a parte mais difícil”, disse o diretor do Presídio
Feminino de Santana, Roberto Benjamin Andretta.
Conseguir um trabalho, reconstruir um lar, ter o próprio negócio, tudo que é
normal para a maioria das pessoas se torna extremamente difícil para os ex-
presidiários, dado ao preconceito que estes ainda sofrem e pela condição
precária em que estão inseridos que de alguma forma indubitavelmente
facilitou sua inserção no mundo ilegal. A sociedade não costuma dar muitas
oportunidades a eles. Por isso as mulheres que trabalham dentro da
Penitenciária feminina de Santana lutam para conseguir uma indicação quando
cumprirem suas penas, ou para manter um emprego na mesma empresa do
lado de fora da cadeia. Elas acreditam que assim será possível ter uma vida
melhor ao se tornarem pessoas livres de novo.
O que é consumo?
O consumo é um ato relacionado às relações econômicas e financeiras
resumindo-se ao fato de comprar algo por necessidade, tem sua origem no pré
capitalismo, - momento em que as cidades começam a organizar-se da forma
como as conhecemos hoje- ainda que naquela época tivesse uma
característica de troca dos produtos visando suprimir as necessidades do
indivíduo, Dessa forma compreende-se que o consumo faz parte das
sociedades capitalistas desde o primórdio.
No entanto houve uma transformação das relações de consumo com a
Revolução Industrial que gerou a modernização dos processos de produção,
mudanças no transporte e circulação de bens (e pessoas) e a potencialização
das vendas em massa. Por conseguinte as economias industriais passaram a
se expandir e os salários dos trabalhadores aumentaram gradativamente
fazendo com que esses trabalhadores agora poderiam acumular renda e
consumir bens, ajudando os negócios a prosperarem teoricamente.
Esse é o ciclo característico do sistema capitalista, e o consumidor é a peça-
chave dessa engrenagem, por esse motivo é tão comum dizermos que vivemos
em uma sociedade do consumo, ainda que para Durkheim essa sociedade seja
doente uma vez que outrora a sociedade de consumo não fosse benéfica para
o proletariado ainda que esse também fosse o tão legitimado consumidor, e
indubitavelmente, resguardadas as proporções e o contexto histórico, ainda
seria coerente dizer que a sociedade brasileira ainda está anômica, já não mais
pelo consumo, mas sim por sua consequência direta, o consumismo.
O que é consumismo?
À medida que os consumidores foram se distanciando dos meios de produção,
a burguesia ocupando o espaço da classe alta, , a classe média surgindo como
um intermediário e o proletariado consagrando-se como a base dessa pirâmide
social, todos que estavam na base do processo passaram a se alienar em
relação ao real valor dos bens e à necessidade em adquiri-los, ressaltando que
quanto mais perto da base, maior a alienação, e foi dessa utopia que o
consumismo começou a aparecer.
Concretizando-se como o hábito de adquirir produtos e serviços sem precisar
deles, é a compra pelo desejo, e não pela necessidade, geralmente, é marcado
pelo impulso e estimuladas pela ansiedade. Em casos mais graves, pode vir a
se tornar uma compulsão. Uma vez que difunde-se por meio das mídias uma
ideia não verossímil de que a compra trará sensações de felicidade, e
satisfação pessoal ainda que esse prazer seja momentâneo.
Portanto refere-se a um grave problema social e indiscutivelmente associa-se
esse problema a influência de propagandas abusivas uma vez que são estas
que vinculam o ato de comprar a um conjunto de sensações carentes ao
indivíduo que por sua vez em um momento de desespero , não conseguindo ter
essa satisfação em sua vida pessoa, por diversos fatores, volta-se a busca
desse prazer no consumismo, podendo inclusive chegar a proporções
estratosféricas onde esse quadro evolui para um compulsão; um exemplo seria
as pessoas que usam as compras como um gatilho para ajudar a melhorar o
humor e, por isso, frequentam o shopping sempre que se sentem estressados
e angustiados.
Lembrando que são consumidores que precisam de ajuda, porque muitas
vezes se endividam devido à falta de planejamento financeiro e de prioridade
de despesas, o que também afeta as crianças, tanto as que crescem nesse
ambiente doméstico conturbado tanto quanto aquelas que se tornam
consumistas uma vez que as propagandas voltadas ao público infantil são
apelativas e se aproveitam de um consumidor com menos discernimento
financeiro.
https://rockcontent.com/blog/consumismo-no-brasil
https://ecotelhado.com/consumismo-voce-sabe-as-consequencias-que-geram-
na-sua-vida/