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PDCA

Unidade 4

Período Escolar

Desenvolvimento Físico

 Crescimento

 O desenvolvimento físico é menos rápido que nos anos anteriores.

 Os rapazes são ligeiramente maiores do que as raparigas (no início).

 As raparigas iniciam o surto do crescimento da adolescência numa idade


mais precoce, sendo maiores que os rapazes, no fim deste período.

 As crianças em idade escolar crescem entre 2,5 a 7,5cm por ano e adquirem
entre 2,5 e 4Kg ou mais, duplicando o seu peso médio.

 Pode aparecer a obesidade e outras perturbações alimentares.

 A imagem corporal começa a ser importante nesta idade, especialmente


para as raparigas.

Desenvolvimento Motor

 Cerca de 10% do jogo é “brincar-à-luta”que é um jogo vigoroso que implica


lutar, bater e perseguir, muitas vezes acompanhado por risos e gritaria (parece
ser universal).
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 Dos 7 aos 11 anos o “brincar-à-luta” diminui e a criança vai-se envolvendo cada


vez mais em jogos de regras.

 As diferenças entre os sexos acentuam-se à medida em que se aproxima a


puberdade, em parte devido à maior força física dos rapazes e, em parte,
devido às expectativas culturais e experiência.

Crescimento médio em crianças em idade escolar

Mudanças nas habilidades motoras

Desenvolvimento cognitivo

 Estádio das operações concretas (abordagem piagetiana): terceiro estádio da


teoria do desenvolvimento cognitivo de Piaget, que decorre aproximadamente
entre os 7 e os 12 anos, durante o qual as crianças desenvolvem pensamento
lógico mas não abstracto.
 Avanço nas capacidades cognitivas:
Distinção entre fantasia e realidade: esta capacidade vai-se tornando mais
sofisticada durante este estádio.
 Classificação:
Inclusão de classes: compreensão da relação entre o todo e as suas partes.
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 Raciocínio indutivo e dedutivo:


Dedução: tipo de raciocínio lógico que parte de uma premissa geral acerca de
uma classe, para uma conclusão acerca de um membro particular ou de vários
membros da classe.
Indução: tipo de raciocínio lógico que parte de observações particulares para
uma conclusão geral.

 Causa e efeito: a consciência de quais as variáveis que têm um efeito parece


não estar relacionada com a consciência de quais as variáveis que não o têm.

 Seriação: capacidade de ordenar itens de acordo com uma dimensão.

 Inferência transitiva: compreensão da relação entre dois objectos com base no


conhecimento da relação de cada um deles com um terceiro objecto.

 Pensamento espacial: as crianças são mais capazes de compreender, visualizar


e usar as relações espaciais.

 Conservação: capacidade para compreender que dois objectos, que são iguais
numa determinada medida (ex.: comprimento, peso, quantidade), continuam a
sê-lo apesar de haver alterações ao nível perceptivo (ex.: alteração na forma)
desde que nada tenha sido adicionado ou retirado a qualquer um dos objectos.

 Desfasamento horizontal: incapacidade da criança para transferir a


aprendizagem acerca de um tipo de conservação para outros tipos;
consequentemente a criança realiza com mestria diferentes tipos de tarefas de
conservação, em diferentes idades.

 O número e a matemática: a sua maior capacidade para manipular símbolos,


para compreender a inclusão de classes e seriação e para apreciar conceitos
como a reversibilidade, possibilitam o cálculo.

Julgamento moral

1º Estádio: Moralidade heterónoma (de coacção):

 as crianças pequenas pensam rigidamente sobre os conceitos morais;

 são bastante egocêntricas;

 Não conseguem imaginar mais do que uma maneira de encarar uma questão
moral;

 Acreditam que as regras não podem ser alteradas, os comportamentos estão


certos ou errados, qualquer ofensa merece ser castigada (a não ser que sejam
eles os ofensores).
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2º estádio: Moralidade autónoma (de cooperação):

 Percebem que não há só um padrão único e absoluto do certo e do errado;

 Formulam o seu próprio código moral;

 Fazem julgamentos morais mais subtis e flexíveis

Desenvolvimento Moral segundo Piaget

Processamento da informação: memória e outras competências de processamento

 Memória, sistema de arquivo em três etapas:

 Codificação (atribui-se um código ou um rótulo à informação);

 Armazenamento (coloca-se a pasta no arquivo)

 Recuperação (procurar o arquivo e retirar a informação)

 Memória Operatória: Armazenamento a curto prazo da informação que está a


ser activamente processada.

 Sistema executivo central: no modelo de Baddeley, designa o elemento da


memória operatória que controla o processamento da informação.

 Memória a longo prazo: armazenamento de capacidade virtualmente ilimitada,


que guarda informação por períodos de tempo muito longos.
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 Metamemória: conhecimento dos processos da memória.

 Estratégias mnemónicas: técnicas para ajudar a memorizar.

 Ajudas mnemónicas externas: estratégias mnemónicas que recorrem a algo


externo à pessoa, tal como uma lista.

 Repetição: estratégia mnemónica para manter um item na memória


operatória, através de repetição consciente.

 Organização: estratégia mnemónica que consiste em categorizar o material


evocado.

 Elaboração: estratégia mnemónica que consiste em fazer associações mentais


envolvendo os itens a serem recordados, por vezes no contexto de uma cena
ou de uma história imaginada.

Influências na realização escolar

 As características das crianças, como o temperamento, atitudes e estado


emocional, afectam a realização escolar.

 Os pais influenciam a aprendizagem das crianças participando na sua


escolaridade, motivando-as para a realização e transmitindo crenças acerca da
aprendizagem.

 O estatuto socio-económico da família e o ambiente cultural influenciam o


comportamento e atitudes parentais.

 A filosofia educacional subjacente ao sistema educativo afecta a aprendizagem.

 As crianças das minorias podem beneficiar de programas educacionais


adaptados aos seus estilos culturais.

Educar para as necessidades e as vantagens especiais

Três causas frequentes de problemas de aprendizagem:

 Perturbação do Desenvolvimento Intelectual;


 Perturbação da hiperactividade com défice de atenção;
 Dificuldades de aprendizagem.

 A Perturbação Especifica de Aprendizagem com défice na Leitura (dislexia)


pode ser parte de um problema mais geral de perturbações da linguagem.
 Um QI de 130 ou superior é um critério comum para identificar crianças
sobredotadas.
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 Definições mais amplas de sobredotação incluem criatividade, talento artístico


e outros atributos e repousa em múltiplos critérios de identificação.

Desenvolvimento da linguagem

 As crianças de 6 anos usam uma gramática complexa e têm um vocabulário


constituído por vários milhares de palavras.

 Durante os primeiros anos escolares, raramente usam :

 a voz passiva (“o passeio foi limpo com a pá”);


 tempos de verbo que incluem o auxiliar ter (“eu já tinha limpo o passeio”),
 e frases condicionais (“se a Rita estivesse em casa, ela ajudaria a limpar o
passeio”).
 Até aos 9 anos e possivelmente ainda depois, as crianças desenvolvem uma
compreensão cada vez mais sofisticada da sintaxe, o modo como as palavras
são organizadas em frases.
 O conhecimento da metacomunicação (conhecimento de como a comunicação
se desenrola) aumenta durante o período escolar.

A literacia

 As crianças no período escolar usam a leitura e a escrita com os mesmos


objectivos dos adultos.

 Lêem por prazer, para aprender factos e descobrir ideias e estimular o seu
pensamento.

 Escrevem para expressar ideias, pensamentos e sentimentos.

 As atitudes das crianças face à leitura são influenciadas pela capacidade,


experiência e contexto social.

 Os pais e os professores são importantes, mas os pares exercem uma influência


crescente.

 A motivação para a leitura recreativa declina mais rapidamente nos piores


leitores e esta tendência acentua-se durante a escolaridade básica.

 Como grupo, as raparigas gostam mais da leitura do que os rapazes


(possivelmente devido às expectativas sociais).

 À medida que as crianças se tornam alfabetizadas, passam a usar histórias para


fortalecer a sua participação na sua cultura e relações sociais.
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 Um estudo com 60 alunos do 4º ano demonstrou que as crianças progridem


mais quando escrevem com outras crianças, especialmente amigos (Daiute,
Hartup, Sholl e Zajac, 1993 cited in Papalia, Olds e Feldman, 2001 ).

 A colaboração entre amigos é frutuosa porque estes se conhecem bem,


poderão assim compreender melhor as necessidades, capacidades e
comportamentos mais prováveis do outro.

 Podem esperar um compromisso recíproco e estão mais à vontade e


confiantes; assim, poderão ter mais coragem para empreender riscos
intelectuais (Hartup, 1996a, 1996b, cited in Papalia et al, 2001).

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