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– O maior constituinte do corpo é a água. Uma pessoa em média pesando 70 kg possui em torno de
42 litros de água no total. Dois terços (28 L) deste total é de fluido intracelular (FIC) e um terço (14
L) é fluido extracelular (FEC). O FEC pode ser ainda subdividido em plasma (3,5 L) e fluido
intersticial (10,5 L).
– A água corpórea se locomove entre os principais espaços do corpo através de canais de água
(aquaporinas) predominantemente sob a influência de pressões osmóticas resultantes de partículas
dissolvidas no FEC e no FIC em ambos os lados da membrana celular.
– Causas de deficit de água: Redução de ingestão aquosa; Defeitos no mecanismo da sede
(Inconsciência, torpor, coma, etc); Excesso de solutos ingeridos (Dieta hiperproteica); Sudorese
excessiva; Perda renal (Diabetes insipidus). A água é perdida do corpo como urina e como perdas
“insensíveis” obrigatórias pela pele e pulmões.
– Regulação da água corporal: A hidropenia causa o aumento da osmolaridade plasmática, que
estimula a secreção de Hormônio Anti-diurético (ADH) pelo Hipotálamo, que tem função da
retenção tubular de água, além da sensação de sede, que leva a hidratação, e esses eventos causa a
redução da osmolaridade plasmática. A arginina vasopressina (AVP) regula a perda de água renal e
causa mudanças na osmolalidade dos compartimentos dos fluidos corporais.
– Osmolaridade: É definida pela concentração de solutos em um meio aquoso. Os compartimentos
corporais são separados por membranas semipermeáveis através das quais a água pode passar
livremente. A pressão osmótica deve sempre ser a mesma em ambos os lados da membrana celular,
a água move-se para manter a osmolalidade, mesmo que o movimento de água leve as células a
encolher ou expandir em volume. A osmolalidade do FIC é normalmente igual à do FEC. Os dois
compartimentos contém soluções isotônicas. A osmolalidade sérica pode ser medida diretamente ou
calculada a partir da concentração de sódio sérico, ureia e glicose.
2.2 Eletrólitos
– Está presente em três compartimentos principais: Esqueleto (99% do total), tecidos moles (1% do
total) e líquido extracelular (<0,2% do total).
– As funções fisiológicas do Cálcio nos diferentes compartimentos são: O Cálcio ionizado facilita a
condução neuromuscular, a contração e o relaxamento dos músculos esquelético e cardíaco; Exerce
papel importante na mineralização óssea, no mecanismo da coagulação sanguínea.
Os dois principais controladores da homeostase do Cálcio são:
• Paratormônio (PTH): Secretado pelas células das glândulas paratireoides em resposta a
hipocalcemia. O PTH aumenta a reabsorção óssea pelos osteoclastos, aumenta a reabsorção
tubular distal de Cálcio e aumenta a absorção intestinal de Cálcio.
• Calcitonina: A secreção aumenta em resposta a elevações do Cálcio ionizado e diminui com
reduções nos teores sanguíneos deste íon. Portanto, essas respostas vão em direção oposta ao
controle exercido pelo Cálcio sabre a secreção de Paratormônio. As ações da calcitonina:
Exerce controle sabre o nível sérico de Cálcio ao inibir a reabsorção óssea osteoclástica,
reduzindo, assim, a perda de Cálcio do osso; Atua sobre a função renal na inibição da
reabsorção de Cálcio nos túbulos renais.