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CURSO ESPECIALIZAÇÃO FILOSOFIA ANTIGA – PUC

MATERIAL HERÁCLITO

DIELS-KRANZ – Frag. 50: Hipólito, Refutação, IX, 9 e 10.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, I (1) (no contexto, p. 107)

“Ouvindo não a mim, mas ao lógos, é sábio concordar ser tudo-um.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 72; p. 179, XXXVI (36)

“É sábio, ouvindo não a mim mas ao logos, concordar que todas as coisas
são uma.”

“É sábio, ouvindo não a mim mas ao logos, concordar <e dizer> que todas
as coisas são uma.”

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 193, 196

“Dando ouvidos, não a mim, mas ao Logos, é avisado concordar em que


todas as coisas são uma”.
DIELS-KRANZ – Frag. 1: Sexto Empírico, Contra os Matemáticos, VII, 132-
133.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, II (2) (no contexto, p. 51)

“Desse lógos, sendo sempre, são os homens ignorantes tanto antes de


ouvir como depois de o ouvirem; todas as coisas vêm a ser segundo esse
lógos, e ainda assim parecem inexperientes, embora se experimentem
nestas palavras e ações, tais quais eu exponho, distinguindo cada coisa
segundo a natureza e enunciando como se comporta. Aos outros homens,
encobre-se tanto o que fazem acordados como esquecem o que fazem
dormindo.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 59; p. 125, 127-128, I (1)

“Embora este dito seja sempre, os homens sempre falham em


compreendê-lo, tanto antes quanto depois de tê-lo ouvido. Embora todas
as coisas se passem em acordo com este relato, homens são como
descrentes quando experimentam semelhantes palavras e obras, como
agora empreendo, distinguindo cada uma segundo sua natureza e dizendo
como ela é. Mas outros homens esquecem do que fazem despertos, assim
como esquecem do que fazem dormindo.”

“Embora este logos (discurso) seja eternamente válido, os homens são


sempre incapazes de compreendê-lo, tanto antes quanto depois de tê-lo
ouvido. Embora todas as coisas se passem em acordo com esse Logos, os
homens são como quem não tem experiência quando experimentam
lançar-se nas palavras e obras que eu agora empreendo, distinguindo cada
coisa segundo a sua natureza (physis) e dizendo como ela é. Mas os outros
homens, pelo contrário, esquecem-se do que fazem em seus momentos de
vigília, exatamente como se esquecem do que fazem durante o sono.”

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 193, 194

“Os homens dão sempre mostras de não compreenderem que o Logos é


como eu o descrevo, tanto antes de o terem ouvido como depois. É que,
embora todas as coisas aconteçam segundo este Logos, os homens são
como as pessoas sem experiência, mesmo quando experimentam palavras
e ações tal como eu as exponho, ao distinguir cada coisa segundo a sua
constituição e ao explicar como ela é; mas os demais homens são
incapazes de se aperceberem do que fazem, quando estão acordados,
precisamente como esquecem o que fazem quando a dormir”.
DIELS-KRANZ – Frag. 2: Sexto Empírico, Contra os Matemáticos, VII, 133.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, XVIII (18) (no contexto, p. 53)

“Embora sendo o lógos comum, a massa vive como se tivesse pensamento


particular”.

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 60; p. 130, III (3)

“Embora o dito seja comum, a maioria dos homens vive como se seus
pensamentos fossem possessão particular”.

“Embora o logos seja comum a todos, a maioria dos homens vive como se
o pensamento (phronesis) fosse algo privado”.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 193, 195

“Por isso, é necessário seguir o comum; mas, se bem que o Logos seja
comum, a maioria vive como se tivesse compreensão particular”.
DIELS-KRANZ – Frag. 72: Marco Aurélio, IV.46.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XVII (17) (no contexto, p. 127)

“Do lógos com que constantemente lidam, divergem, e as coisas que a


cada dia encontram revelam-se-lhes estranhas.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 61, V (5)

“[[Os homens se esquecem aonde leva o cominho... E estranham aquilo


com que estão mais constantemente associados. E aquilo que encontram
todos os dias lhes parece estranho... Não deveríamos agir e falar como
homens dormindo]]”.

“[Tenha sempre em mente o que Heráclito disse... E tenha em mente que


os homens que esquecem aonde leva o caminho, e que ‘estranham’
(diapherontai) aquilo com que estão mais constantemente associados (o
logos que controla todas as coisas), e que aquilo que encontram todos os
dias lhes parece estranho... e que ninguém devia agir e falar como se
estivesse dormindo.]”.
DIELS-KRANZ – Frag. 19: Clemente de Alexandria, Tapeçarias, II, 24.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 197, III (3) (no contexto, p. 75)

“Não sabendo ouvir, não sabem falar.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 65, XVII (17)

“Não sabendo como ouvir, também nada podem falar”.

“Não sabendo como ouvir, também não sabem falar”.

DIELS-KRANZ – Frag. 34: Clemente de Alexandria, Tapeçarias, V, 115.3.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 197, IV (4) (no contexto, p. 89)

“Ignorantes: ouvindo, parecem surdos; o dito lhes atesta: presentes, estão


ausentes.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 60; p. 130, II (2)

“Sem compreensão, eles ouvem como surdos. O ditado é seu testemunho:


ausentes embora presentes”.

“Sem compreensão, eles falam como surdos. O ditado lhes serve de


testemunha: ausente embora presente”.
DIELS-KRANZ – Frag. 112: Estobeu, III.1.178

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 197, IX (9) (no contexto, p. 175)

“Bem-pensar é a maior virtude, e sabedoria dizer coisas verdadeiras e agir


de acordo com a natureza, escutando-a.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 71, XXXII (32)

“Pensar bem é a máxima excelência e sabedoria: agir e falar o verdadeiro,


percebendo coisas segundo sua natureza”.

“Pensar bem é a máxima excelência e sabedoria: agir e falar o verdadeiro,


apreendendo as coisas [ou cada coisa] segundo sua natureza”.
DIELS-KRANZ – Frag. 79: Orígenes, Contra Celso, VI, 12.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 198, X (10) (no contexto, p. 135)

“Diante do daímon, o homem ouve, infantil, como, diante do homem, a


criança.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 81, LVII (57)

“O homem é dito tolo por um deus, como a criança por um homem”.

DIELS-KRANZ – Frag. 119: Estobeu, Antologia, IV, 40, 23.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XI (11) (no contexto, p. 181)

“O éthos do homem: o daímon”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 102, CXIV (114)

“O caráter do homem é seu destino”.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 219, 247

“O caráter é para o homem um dáimon”.


DIELS-KRANZ – Frag. 17: Clemente de Alexandria, Tapeçarias, II, 8.1

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XII (12) (no contexto, p. 71)

“Não pensam tais coisas aqueles que as encontram, nem mesmo quando
aprendidas as reconhecem, mas a si mesmos lhes parece.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 60, IV (4)

“A maioria dos homens não pensa coisas como as encontram, nem


reconhece o que experimentam, mas acredita em suas próprias opiniões”.

DIELS-KRANZ – Frag. 97: Plutarco, An Seni Respublica gerenda sit, 787C

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XIII (13) (no contexto, p. 165)

“Cães ladram somente para quem não reconhecem.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 82, LXI (61)

“Os cães ladram aos que não reconhecem”.


DIELS-KRANZ – Frag. 87: Plutarco, De Audiendis Poetis, 28D

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XIV (14) (no contexto, p. 145)

“Lasso, o homem em tudo deixa-se desvanecer-se diante do lógos.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 82, LX (60)

“Um tolo ama empolgar-se com qualquer relato”.

DIELS-KRANZ – Frag. 16: Clemente de Alexandria, Pedagogos, II.99.5

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XV (15) (no contexto, p. 69)

“Como alguém escaparia diante do que nunca se põe?.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 105, CXXII (122)

“Como alguém se ocultará do que nunca se põe?”.

DIELS-KRANZ – Frag. 122: Clemente de Alexandria, Pedagogos, II.99.5

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 199, XVI (16) (no contexto, p. 185)

“Aproximação.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 457 (Apêndice I)

“Suidas: Heráclito usou a forma anchibasie (‘pisando próximo’)”.


DIELS-KRANZ – Frag. 103: Porfírio, Questões Homéricas, Ilíada, XIV, 200

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, XIX (19) (no contexto, p. 167)

“O comum: princípio e fim na circunferência do círculo.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 97, XCIX (99)

“[De acordo com Heráclito, o começo e o fim são comuns na circunferência


do círculo”.], p.365.
DIELS-KRANZ – Frag. 80: Orígenes, Contra Celso, VI, 42

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, XX (20) (no contexto, p. 137)

“É necessário saber que a guerra é comum e a justiça, discórdia, e que


todas as coisas vêm a ser segundo discórdia e necessidade.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 91, LXXXII (82)

“É preciso compreender que a guerra é comum e Conflito é Justiça, e que


todas as coisas se passam (e são ordenadas?) de acordo com o conflito.”

“É preciso entender que a guerra é o que é comum e o Conflito é Justiça, e


que todas as coisas vêm a ser (e são ordenadas?) de acordo com o
conflito.”, p. 316.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 200, 212

“É necessário saber que a guerra é comum e que a justiça é discórdia e que


tudo acontece mediante discórdia e necessidade.”
DIELS-KRANZ – Frag. 53: Hipólito, Refutação, IX, 9, 4.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, XXI (21) (no contexto, p. 109-111)

“De todos a guerra é pai, de todos é rei; uns indica deuses, outros homens;
de uns faz escravos, de outros livres.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 91, LXXXIII (83)

“Combate é pai de todas as coisas e de tudo é rei; e uns revelou como


deuses, outros como homens; a uns fez escravos, outros livres.”

“O conflito [ou a Guerra, polemos] é pai e rei de todos; uns ele revelou
como deuses, outros como homens; a uns fez escravos, a outros livres.”,
p.320.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 200, 212

“A guerra é a origem de todas as coisas e de todas ela é soberana, a uns


ela apresenta-os como deuses, a outros, como homens; de uns ela faz
escravos, de outros homens livres”.
DIELS-KRANZ – Frag. 10: Aristóteles, Do Mundo, 5, 396b20

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, XXII (22) (no contexto, p. 61)

“Conjunções: completas e não-completas, convergente e divergente,


consonante e dissonante, e de todas as coisas um e de um todas as
coisas.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 106, CXXIV (124)

“Apreensões: todos e não-todos, convergente e divergente, consonante-


dissonante, de todas as coisas um e de um todas as coisas.”

“Compreensões (syllapsies): todo e não-todo, convergente divergente,


consonante dissonante, de todas as coisas um e de um todas as coisas.”, p.
443.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 197, 203

“As coisas tomadas em conjunto são o todo e o não-todo, algo que se


reúne e se separa, que está em consonância e em dissonância; de todas as
coisas provém uma unidade, e de uma unidade, todas as coisas”.
DIELS-KRANZ – Frag. 51: Hipólito, Refutação, IX, 9, 2.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 198, V (5) (no contexto, p. 107)

“Ignoram como o divergente consigo mesmo concorda: harmonia de


movimentos contrários, como do arco e da lira.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 89, LXXVIII (78)

“Eles não compreendem como uma coisa concorda discordando consigo


mesma; é uma afinação voltando-se em si mesma, como a do arco e da
lira”.

“Eles não compreendem como uma coisa concorda discordando consigo


mesma; <é> uma afinação (ou “encaixe”, harmonie) de coisas contrárias,
como a do arco e da lira.”

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 199, 209

“Eles não compreendem como é que o que está em desacordo concorda


consigo mesmo [à letra: como o que estando separado se reúne consigo
mesmo]: há uma conexão de tensões opostas, como no caso do arco e da
lira”.
DIELS-KRANZ – Frag. 8: Aristóteles, Ética a Nicômaco, VIII.1, 1.155b 4.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 198, VI (6) (no contexto, p. 59)

“O contrário é convergente e dos divergentes, a mais bela harmonia.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 88, LXXV (75)

“[[O contraimpulso leva junto, e de tons variáveis vem a ser a melhor


afinação (harmonia), e todas as coisas chegam por conflito.]]”.

“[Heráclito diz que ‘o empuxo contrário reúne’, e que de notas divergentes


resulta a mais perfeita afinação (harmonia), e que ‘todas as coisas se dão
pelo conflito’.]”.
DIELS-KRANZ – Frag. 54: Hipólito, Refutação, IX, 9.5

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 198, VII (7) (no contexto, p. 111)

“Harmonia inaparente mais forte que a do aparente.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 90, LXXX (80)

“A afinação invisível é melhor do que a óbvia.”

“A afinação invisível é melhor do que a visível.”, p. 311.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 199, 207

“Uma conexão invisível é mais poderosa que uma visível”.


DIELS-KRANZ – Frag. 123: Temístio, Oratio, V, p.69

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 198, VIII (8) (no contexto, p. 187)

“Natureza ama ocultar-se.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 63, X (10)

“Natureza ama ocultar-se.”

“A Natureza [physis] ama ocultar-se.”, p. 137.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 199, 208

“A verdadeira constituição das coisas gosta de se ocultar”.


DIELS-KRANZ – Frag. 67: Hipólito, Refutação, IX, 10.8

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 200, XXIII (23) (no contexto, p. 119-


120)

“Deus: dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome, mas se


altera como o fogo quando se confunde à fumaça, recebendo um nome
conforme o gosto de cada um.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 105, CXXIII (123)

“O deus: dia noite, inverno verão, guerra paz, saciedade e fome. Ele muda,
como se misturado a perfumes é nomeado segundo o prazer de cada um.”

“O deus: dia noite, inverno verão, guerra paz, saciedade fome. Ele muda,
como se misturado a perfumes, e é nomeado segundo o gosto (ou prazer
hedoné) de cada um.”, p. 435.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 197, 204

“O deus é dia-noite, Inverno-Verão, guerra-paz, saciedade-fome [todos os


contrários, é o que isto significa]; passa por mudanças, do mesmo modo
que o fogo, quando misturado com especiarias, é designado segundo o
aroma de cada uma delas”.
DIELS-KRANZ – Frag. 7: Aristóteles, Da sensação, 5.443a 23

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXIV (24) (no contexto, p. 57)

“Se todas as coisas em fumaça se tornassem, o nariz distingui-las-ia.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 101, CXII (112)

[[Se todas as coisas se tornassem fumaça, as narinas as distinguiriam.]]

[Parece a alguns que a exalação de fumaça que é comum à terra e ao ar é


farejada... É por isso que Heráclito disse o que disse, que se todas as
coisas se tornassem fumaça as narinas as distinguiriam], p. 400.
DIELS-KRANZ – Frag. 66: Hipólito, Refutação, IX, 10.7

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXV (25) (no contexto, p. 119)

“Todas as coisas o fogo, sobrevindo, separará e empolgará.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 105, CXXI (121)

“Fogo avançado discernirá e alcançará todas as coisas.”

“O fogo que chega discernirá (krinei, literalmente, ‘separará’) e alcançará


(ou julgará) todas as coisas.”, p. 427.
DIELS-KRANZ – Frag. 90: Plutarco, De E apud Delphos, 388e.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXVI (26) (no contexto, p. 147)

“Todas as coisas trocam-se a partir do fogo e o fogo a partir de todas as


coisas, como do ouro as mercadorias e das mercadorias o ouro.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 74, XL (40)

“Todas as coisas se trocam por fogo e fogo por todas as coisas, assim
como bens por ouro e ouro por bens.”

“Todas as coisas se trocam pelo fogo e o fogo por todas as coisas, assim
como mercadorias [são trocadas] por ouro, e ouro por mercadorias”, p.
205.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 205, 219

“Todas as coisas são uma igual troca pelo fogo e o fogo por todas as
coisas, como as mercadorias o são pelo ouro e o ouro pelas mercadorias”.
DIELS-KRANZ – Frag. 65: Hipólito, Refutação, IX.10.7.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXVII (27) (no contexto, p. 119)

“Carência e saciedade.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 104, CXX (120)

“(O fogo é?) carência e saciedade.”

“[Com ‘raio’ ele quer dizer o fogo eterno. E ele afirma que esse fogo é
inteligente (phronimon) e causa da organização do universo. Ele o chama
de ‘necessidade e saciedade’”, p. 427.
DIELS-KRANZ – Frag. 31: Clemente de Alexandria, Stromata, V, 104

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXVIII (28) (no contexto, p. 147)

“Transformações do fogo: primeiro, mar: do mar, metade terra, metade


ardência” (...)“o mar distende-se e mede-se no mesmo lógos, tal como era
antes de se tornar terra.”

TRADUÇÃO CHARLES KAHN, p. 73, XXXVIII (38); 74, XXXIX (39).

“As direções do fogo: primeiro mar; mas do mar metade é terra, metade
tempestade de raio.” “Mar se derrama <a partir da terra> e conserva a
mesma medida como era antes de tornar-se terra.”

“As inversões (tropai) do fogo: primeiro mar; mas do mar e metade raio e
tempestade (prester)” “<A terra> se dilui em mar, conservando a mesma
quantidade (logos) que tinha antes de tornar-se terra.”, p. 193.

TRADUÇÃO KIRK & RAVEN, p. 205, 218

“As mudanças do fogo: em primeiro lugar, o mar, e do mar metade é terra,


e a outra metade ‘o que queima’ [i.e., o raio ou o fogo]... <a terra>
dispersa-se em mar e mede-se de modo a formar a mesma proporção que
existia antes de se transformar e terra.”
DIELS-KRANZ – Frag. 30: Clemente de Alexandria, Stromata, V, 104:

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXIX (29) (no contexto, p. 87)

“O cosmo, o mesmo para todos, não o fez nenhum dos deuses nem
nenhum dos homens, mas sempre foi, é e será fogo sempre vivo,
acendendo-se segundo medidas e segundo medidas apagando-se.”

DIELS-KRANZ – Frag. 75: Marco Aurélio, VI, 42:

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXXIII (33) (no contexto, p. 129)

“Os que dormem são operários e cooperadores nas coisas que vêm a ser
no cosmo.”

DIELS-KRANZ – Frag. 21: Clemente de Alexandria, Stromata, III, 21:

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 201, XXXV (35) (no contexto, p. 77)

“Morte é tudo o que vemos acordados; sono, tudo que vemos dormindo.”

DIELS-KRANZ – Frag. 48: Etymologicum magnum, s.v. biós.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 203, XL (40) (no contexto, p. 101)

“O nome do arco, vida; sua obra, morte.”


DIELS-KRANZ – Frag. 88: Plutarco, Consolação a Apolônio, 106e

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 204, XLII (42) (no contexto, p. 145)

“O mesmo é vivo e morto, acordado e adormecido, novo e velho: pois


estes, modificando-se, são aqueles e, novamente, aqueles, modificando-se,
são estes”.

DIELS-KRANZ – Frag. 84: Plotino, Enéadas, IV, 8 (6) 1.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 204, XLIII (43) (no contexto, p. 141)

“Transmutando-se, repousa.”

DIELS-KRANZ – Frag. 106: Sêneca, Epístolas, XII, 7; Plutarco, Camilo, 19, 3

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 204, XLVI (46) (no contexto, p. 171)

“A natureza de cada dia é uma e a mesma.”

DIELS-KRANZ – Frag. 60: Plotino, Enéadas, IV, 8 (6) 1.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 204, XLVII (47) (no contexto, p. 116)

“Caminho: em cima, embaixo, um e o mesmo.”


DIELS-KRANZ – Frag. 60: Heráclito, Alegorias, 24.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 205, XLIX (49) (no contexto, p. 105)

“Nos mesmos rios entramos e não entramos, somos e não somos”.

DIELS-KRANZ – Frag. 91: Plutarco, De E apud Delphos, 392b.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 205, L (50) (no contexto, p. 149)

“Não é possível entrar duas vezes no mesmo rio.”

DIELS-KRANZ – Frag. 12: Ário Dídimo, em Eusébio, Preparação Evangélica,


XV, 20, 2 (MRAS, II, p. 384).

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 205, LI (51) (no contexto, p. 63)

“Aos que entram nos mesmos rios afluem outras e outras águas; e os
vapores exalam do úmido.”

DIELS-KRANZ – Frag. 76: Máximo de Tiro, Philosophoúmena, XII, 4. Idem,


IV, 46 (Contexto no 74)

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 205, LIII (53) (no contexto, p. 129)

“A morte da terra é tornar-se água e a morte da água tornar-se ar e a do


ar, fogo, e vice-versa.”
DIELS-KRANZ – Frag. 25: Clemente de Alexandria, Stromata, IV, 49.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 206, LIX (59) (no contexto, p. 81)

“Maiores partes [de vida] maiores destinos obtêm.”

DIELS-KRANZ – Frag. 20: Clemente de Alexandria, Stromata, III, 14.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 206, LX (60) (no contexto, p. 75)

“Nascidos consentem em viver e em ter partes [da vida], porém, ainda


mais, em repousar, e assim deixam filhos a tornarem-se [outras] partes.”

DIELS-KRANZ – Frag. 49: Galeno, De dignoscendis pulsibus, VIII, 733;


Teodoro Prodromo, Epistolae, I (MIGNE, vol. 133, p. 1.240).

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 207, LXI (61) (no contexto, p. 108)

“Um, dez mil, se for melhor.”


DIELS-KRANZ – Frag. 56: Hipólito, Refutação, IX, 9 e 10.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 209, LXXIII (73) (no contexto, p. 113)

“Ludibriados são os homens no conhecimento das coisas aparentes,


semelhante a Homero, que foi o mais sábio de todos os helenos. Pois
ludibriaram-no meninos, a matar piolhos, falando-lhe: ‘quantas coisas
vimos e catamos, largamo-las; quantas não vimos nem pegamos, levamo-
las .”

DIELS-KRANZ – Frag. 101a: Políbio, Histórias, XII, 27.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 209, LXXV (75) (no contexto, p. 163)

“Os olhos são, de fato, testemunhas mais precisas do que os ouvidos.”

DIELS-KRANZ – Frag. 107: Sexto Empírico, Contra os Matemáticos, VII,


126.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 209, LXXVI (76) (no contexto, p. 171)

“Para os homens que têm almas bárbaras, olhos e ouvidos são más
testemunhas.”
DIELS-KRANZ – Frag. 55: Hipólito, Refutação, IX, 9 e 10.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 209, LXXVII (77) (no contexto, p. 111)

“Do que há visão, audição, aprendizado, eis o que prefiro.”

DIELS-KRANZ – Frag. 113: Estobeu, Antologia, III, 1, 179.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 210, LXXVIII (78) (no contexto, p. 175)

“O pensar é comum a todos.”

DIELS-KRANZ – Frag. 116: Estobeu, Antologia, III, 5, 6.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 210, LXXVIX (79) (no contexto, p. 179)

“Em todos os homens está o conhecer a si mesmo e bem-pensar.”

DIELS-KRANZ – Frag. 41: Diógenes Laércio, IX, 1 e 2.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 211, LXXXV (85) (no contexto, p. 97)

“Uma, a coisa sábia: ter ciência do conhecimento que dirige tudo através
de tudo.”
DIELS-KRANZ – Frag. 114: Estobeu, Antologia, III, 1, 179.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 211, LXXXVII (87) (no contexto, p. 177)

“Para falar com saber é necessário apoiar-se sobre a comunidade de todas


as coisas, como a cidade sobre a lei e ainda mais vigorosamente. Porque
todas as leis humanas são alimentadas por uma lei una, a divina; pois
exerce seu domínio tão longe quanto se consente, e basta e envolve todas
as coisas.”

DIELS-KRANZ – Frag. 94: Plutarco, Do exílio, 604a.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 212, XC (90) (no contexto, p. 151)

“O sol não excederá as medidas; se o fizer, as Erínias, servas da justiça,


hão de o encontrar.”

DIELS-KRANZ – Frag. 102: Porfírio, Questões Homéricas, Ilíada, IV, 4


(ERBSE, vol. 1, 4b, p. 445).

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 212, XCIII (93) (no contexto, p. 165)

“Para os deuses todas as coisas são belas, boas e justas; os homens porém
consideram injustas umas coisas e justas, outras.”
DIELS-KRANZ – Frag. 45: Diógenes Laércio, IX, 7.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 213, XCVI (96) (no contexto, p. 99)

“Não encontrarias os limites da alma, mesmo todo o caminho


percorrendo, tão profundo lógos possui.”

DIELS-KRANZ – Frag. 115: Estobeu, Antologia, III, 1, 180.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 213, XCVII (97) (no contexto, p. 179)

“Da alma é um lógos que a si mesmo aumenta.”

DIELS-KRANZ – Frag. 118: Estobeu, Antologia, III, 5, 8.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 213, CI (101) (no contexto, p. 181)

“Brilho: alma seca, a mais sábia e melhor.”

DIELS-KRANZ – Frag. 117: Estobeu, Antologia, III, 5, 7.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 213, CII (102) (no contexto, p. 179)

“O homem, quando bêbado, é levado por uma criança impúbere, trôpego,


não notando para onde anda, tendo úmida a alma.”
DIELS-KRANZ – Frag. 101: Plutarco, Contra Colotes, 1.118c.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 214, CVI (106) (no contexto, p. 163)

“Eu busco a mim mesmo.”

DIELS-KRANZ – Frag. 35: Clemente de Alexandria, Stromata, V, 140.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 214, CVII (107) (no contexto, p. 91)

“É bem necessário investigar muitas coisas para os homens serem


amantes da sabedoria.”

DIELS-KRANZ – Frag. 74: Marco Aurélio, IV, 46.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 214, CVIII (108) (no contexto, p. 127)

“Não é para ser como crianças de seus genitores.”

DIELS-KRANZ – Frag. 47: Diógenes Laércio, IX, 73.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 214, CIX (109) (no contexto, p. 99)

“Não conjecturemos à toa acerca das grandes coisas.”

DIELS-KRANZ – Frag. 43: Diógenes Laércio, IX, 1 e 2.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 215, CX (110) (no contexto, p. 97)

“Mais do que o incêndio é necessário apagar a hýbris.”


DIELS-KRANZ – Frag. 100: Plutarco, Questões Platônicas, 1.007d.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 215, CXII (112) (no contexto, p. 161)

“O sol (é) preposto e vigia para definir, dirigir, revelar e fazer aparecer
transmutações e períodos que trazem todas as coisas.”

DIELS-KRANZ – Frag. 100: Plutarco, Aquane an ignis sit utilitar, 957a;


Clemente, Exortação, 113, 3.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 215, CXIII (113) (no contexto, p. 159)

“Não sendo pelo sol, seria noite pelos outros astros.”

DIELS-KRANZ – Frag. 111: Estobeu, Antologia, III, 1, 177.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 215, CXIV (114) (no contexto, p. 175)

“A doença faz da saúde coisa agradável e boa, a fome da saciedade, a


fadiga do repouso.”

DIELS-KRANZ – Frag. 61: Hipólito, Refutação, IX, 9 e 10.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 215, CXV (115) (no contexto, p. 117)

“Água do mar: a mais pura e a mais impura; para os peixes, potável e vital,
para os homens, impotável e deletéria.”
DIELS-KRANZ – Frag. 52: Hipólito, Refutação, IX, 9 e 10.

TRADUÇÃO ALEXANDRE COSTA, p. 218, CXXXI (131) (no contexto, p. 109)

“O tempo é uma criança brincando, jogando: reinado da criança.”

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