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Objectivo específico
Metodologias do Trabalho
Este trabalho foi possível à sua concretização, por meio de consultas bibliográficas,
manuais, e de acordo com as normas de elaboração de trabalho científico regentes na
Universidade Pedagógica – Nampula.
Depois da recolha de dados, foi-se a digitação, análise, finalmente foi-se imprimir o
mesmo.
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A EDUCACAO GREGA
A Grécia é considerada o berço da civilização ocidental, da qual nos fazemos parte e cuja cultura
assimilamos desde o nascimento. Dai a importância do seu estudo, mesmo que apenas em seus
aspectos essenciais, principalmente para que dedicar-se à educação de novas gerações.
“É historicamente indiscutível que foi a partir do momento que os gregos situaram o problema
da individualidade no cimo do seu desenvolvimento filosófico que principiou a história da
personalidade europeia. Roma e o cristianismo agiram sobre ela.” (JAEGER, Werner, Paidéia. A
formação do homem grego. São Paulo, Herder, s. d. p. 9).
Como resultado dessa característica da educação grega surgiu um novo conceito de educação que
ainda hoje é denominado liberal. “É educação digna do homem livre, que o habilita a tirar
proveito de sua liberdade ou dela fazer uso. Mais do que com qualquer outro povo passado, foi
com os gregos que o problema da educação surgiu com as características mais semelhantes das
que adquiriu, para nós, nos séculos XIX e XX.” (MONROE, P. Op. Cit., p. 27.)
Porém, este novo conceito de educação refere-se apenas aos cidadãos livres da Grécia Antiga,
que podiam tirar proveito da sua liberdade, ao mesmo tempo em que cerca de 90% da população
viviam como escravos.
2. Os ideais gregos
Foi graças aos gregos o surgimento das seguintes ideias e conceitos que, para eles se
transformaram em ideais:
3. Os ideais e a realidade
Os gregos não conseguiram a plena realização dos seus ideais. Com relação aos privilégios da
personalidade, por exemplo, eram limitados aos homens livres e negados a 90% da população.
Outro aspecto que convém ressaltar é que os ideais da educação grega foram resultado de lenta
evolução.
Diversos aspectos contidos nesse duplo ideal tiveram grande desenvolvimento durante os
períodos posteriores. Um desses aspectos é a bravura, que, no entanto, tinha que ser moderada
pela reverência. Outro aspecto desse ideal é a sofresine grega. A sofresine consiste no domínio
dos desejos e paixões pela razão. Consiste no equilíbrio de pensamento e acção exigido pelo
ideal da reverência.
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5. A educarão espartana (750-600 a.C.)
No seculo IX a.C. Licurgo organizou o Estado e a educação em Esparta, uma das cidades gregas.
Licurgo percebeu a importância do Estados nos assuntos educacionais.
O objectivo da educação espartana era dar a cada indivíduo um nível de perfeição física,
coragem e hábito de obediência às leis que o tornasse um soldado ideal. Dessa maneira o homem
espartano passou a ser um modelo de bravura, vigor e tenacidade. Como essas qualidades
faltavam aos demais povos gregos, o Estado espartano passou a acumular um grande número de
triunfos militares.
Plutarco resume a educação espartana com as seguintes palavras: “em relação a instrução eles
recebiam apenas exactamente o que era absolutamente necessário. Todo, restante de sua
educação tinha em vista torna-los sujeitos ao comando, suportar os trabalhos, lutar e conquistar”
Até os sete anos de idade o menino ficava sob os cuidados directos de sua mãe, que quem
recebia um treino rigoroso. Depois era tirado lar e colocado casernas públicas custeadas pelo
Estado. Nessas casernas os meninos comiam em mesas comuns, ajudavam no fornecimento do
alimento necessário, caçavam os animais selvagens e participavam de danças corais. Todo resto
do seu tempo era gasto com exercidos de ginásticas, que constituíam o elemento principal da sua
educação.
Dos dezoito aos vinte anos o jovem dedicava-se ao estudo das armas s e das manobras militares.
Dos vinte aos trintas anos seu treino era na guerra ou, nos intervalos de paz, praticados as custas
dos ilotas – servos que moravam em choupanas. Em Esparta, nove mil espartanos tinham que
dominar vinte mil iliotas.
Aos trinta anos o jovem tornava-se maior de idade e continuava a dedicar seu tempo
integralmente a serviço do Estado, seja nas guerras ou nos treinamentos necessários.
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Enquanto em Esparta se deu muita importância à educação física a serviço da guerra para manter
o Estado, Atenas, surgiu o ideal da formação completa do homem. Foram colocadas no mesmo
nível a educação física e a educação intelectual.
Em Atenas a educação da criança, durante os primeiros sete anos, estava inteiramente a cargo da
família. A educação na família, no entanto, não tinha um carácter elevado quanto em Esparta.
Em Atenas geralmente a criança era entregue aos cuidados de amas e escravos, enquanto as mães
espartanas eram famosas em toda a Grécia pelo elevado nível de treino de e moral que davam a
suas crianças. O menino ateniense frequentava dois tipos de escolas: a escola de música e a
escola de ginástica ou palestra.
Os sofistas (de sophós = sábio) surgiram como sendo a nova classe de professores ambulantes
que percorriam as grandes cidades. Eles ensinavam as ciências e as artes, com finalidades
práticas, principalmente a eloquência, em troca de uma elevada contribuição financeira.
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Muitos sofistas davam apenas uma preparação artificial, transmitiam aos alunos sentenças
inteligentes ou informações fragmentárias para serem utilizadas nos momentos oportunos.
Outros davam um curso mais completo, que abrangia o estudo das ciências naturais e históricas
da época e um treino em dialéctica, por meio de discussão, e em retorça, por do discurso publico.
Os gregos mais ponderados e conservadores não gostavam dos sofistas, pelo facto de eles
autodenominarem sábios e exigirem remuneração pelos seus serviços. Esses dois factos iam
contra dois princípios muito valorizados pelos gregos: o princípio da harmonia e reverência e o
princípio de que a relação entre professor e aluno devia basear-se estima mútua e não no carácter
económico. Desta forma surgiu, entre os escritores de tendência conservadora, a mais violência
antipatia contra os sofistas.
A Guerra do Peloponeso (431-405 a.C.), pela qual Atenas perdeu sua posição controladora do
mundo helénico, foi a oportunidade para que os filósofos gregos reformulassem a teoria da
educação nasceu do conflito entre a nova e a velha educação grega. O problema, consistia em
reformular um ideal educativo que pudesse satisfazer as necessidades institucionais e o bem
colectivo e, ao mesmo tempo, promovesse o completo desenvolvimento da personalidade.
Sócrates
Sócrates (470-399) foi o primeiro filósofo a definir o problema do conflito entre a velha e a nova
educação grega, entre interesse social e individual. Ele tomou como medida o princípio básico da
doutrina sofista: “ O homem é a medida de todas as coisas”. Se o homem é a medida de todas as
coisas, conclui Sócrates, a primeira obrigação de todo o homem é procurar conhecer-se a si
mesmo.
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É na consciência individual. Diz Sócrates, que se deve procurar os elementos determinantes da
finalidade da vida e da educação. A consciência individual, porem, deveria deixar de afundar-se
em simples opiniões para guiar-se por ideias de valor universal.
“O fim da educação, então, não era dar a informação sem base que, aliada a um verbalismo
superficial e brilhante, constituía o ideal dos sofistas. Era ministrar saber ao indivíduo, pelo
desenvolvimento do seu poder de pensamento. Todo o indivíduo tem em si mesmo a capacidade
de conhecer e apreciar tais verdades como as de fidelidade, honestidade, verdade, honra,
amizade, sabedoria, virtude, ou pode adquiri essa capacidade. Nesse tipo de conhecimento é que
Sócrates se achava interessado – o conhecimento derivado da própria experiencia, o qual
constitui a base da boa conduta.” (Id., ibid., p.59)
Platão
Platão (428-348 a.C.) foi outro grande filósofo que teve muita influência sobre a educação grega.
Ele concordou com Sócrates sobre a necessidade de se procurar uma nova base moral para a
vida.
Com relação ao método, Platão aceitou e desenvolveu a dialéctica de Sócrates, ele a definiu
como sendo um processo do próprio educando, mediante o qual são dadas à luz as ideias que
fecundam sua alma. A educação, portanto, consiste na actividade que cada homem desenvolve
para conquistar as ideias e viver de acordo com elas. O conhecimento não vem de fora para o
homem; conhecimento é o esforço de alma para apoderar-se da verdade.
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O papel do educador consiste em promover no educando o processo de interiorização, graças ao
qual ele pode sentir a presença das ideias. A realidade, para Platão, nada mais do que a ideia que
se realiza ou actualiza.
O despertar para o mundo das ideias é um processo gradual. Na educação deve-se levar em conta
tanto o corpo como o espírito, os exercícios corporais, a cultura estética e moral, e a formação
científica e filosófica devem constituir o conteúdo da educação. “ a boa educação é a que dá ao
corpo e à alma toda a beleza, toda a perfeição de que são capazes.”
Uma diferença que convém ressaltar entre Platão e Sócrates refere-se ao aspecto de quem tem
capacidade para adquirir conhecimentos. Enquanto Sócrates afirmava que todos têm essa
capacidade, Platão afirmava que apenas algumas pessoas possuem.
Aristóteles
Aristóteles (384-322), outro grande filósofo grego, apresentou uma visão bastante da de Sócrates
e Platão. Enquanto estes dois afirmavam que a posse do conhecimento pelo indivíduo constituía
a virtude, Aristóteles afirmava que a virtude esta na conquista da felicidade e do bem.
Aristóteles desenvolveu seu conceito de educação partindo da ideia da imitação. O que aos
animais é apenas capacidade imitativa, no homem se converte numa arte. O homem se educa na
medida em que copia a forma de vida dos adultos. Ele se educa porque actualiza suas energias.
Segundo a doutrina da potência e do acto de Aristóteles, o educando é potencialmente um sábio
e, com a educação, ele actualiza (converte em acto) o que é susceptível de desenvolver.
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Dante Alighieri (1265-1321) denominou Aristóteles “o mestre daqueles que sabem”. Realmente
Aristóteles foi o primeiro grande cientista, o maior sistematizador que o mundo conheceu.
A helenização do mundo provocou, em grande parte, a perda da pureza helénica. Não é menos
verdade, porém, que com essa expansão a cultura grega se enriqueceu em muitos aspectos.
Algumas cidades chegaram a superar Atenas como centro de atracão de artistas e sábios. Entre
elas, Alexandria, no Egipto; Pérgamo, na Ásia Menor; e Antioquia, na Síria.
Na época alexandrina, a ciência grega sobre a qual se edificaram a cultura científica e a educarão
ocidentais, achava-se organizada da seguinte forma:
Graças à obra dos gregos, durante este período, o saber tornou-se universal. Como consequência
surgiram novos tipos de instituições educativas. Os principais foram as escolas de retórica, as de
dialéctica e de filosofia, e as universidades.
As universidades foram fruto das escolas filosóficas e de retóricas. Embora existissem vários
grupos de escolas, somente duas receberam o título de universidade: a Universidade de Atenas -
que resultou da combinação da Academia (escola peripatética fundada por Aristóteles) com a
escola estóica – e a Universidade de Alexandria. Durante os primeiros séculos da era crista a
Universidade de Alexandria superou a de Atenas como centro intelectual do mundo.
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Conclusão
Em conclusão, podemos afirmar que no geral a educação grega, sofreu várias mudanças desde o
período homérico até o período cosmopolita. Pois, foi na Grécia que surge o novo conceito de
educação, que denominamos hoje liberal.
Apesar de a educação grega ter ideais como: liberdade política e moral, desenvolvimento
intelectual, racionalidade, ela era apenas destinada a homens livres, sendo a maioria da
população escravo não tinha acesso a educação.
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Referencia Bibliográfica
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