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Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da disciplina de Psicologia Educacional e visa debruçar-se


acerca das características da Educação na Antiguidade, o modo como esta era admistrada e
concebida bem como os extractos sociais que podiam desfrutar do acesso à educação.

A antiguidade é o período histórico iniciado pelo aparecimmento da escrita por volta do ano
4000 a.C e que vem a terminar no ano 476 d.C a quando da invasão do império Romano pelos
Bárbaros. Esta época foi caracterizada pela prática da agricultura, navegação, comércio e por
uma vida urbanizada.

Na antiguidade a educação era centrada na família que é desde os primórdios da história o


primeiro meio socialização da criança. Brasílio, citando Cambi (1999) transcreve que a família
“é o primeiro regulador da identidade física, psicológica e cultural do indivíduo e age sobre ele
por meio de uma fortíssima ação ideológica ”.

O trabalho apresentará no seu desenvolvimento as características gerais da educação, o método


de ensino e conteúdos leccionados na Grécia antiga, Império Persa, Império Chinês, Índia antiga,
Império Romano e no Egipto Antigo e por fim uma comparação entre os modelos educacionais
da época.

O conteúdo apresentado ao longo do trabalho foi recolhido através de revisão de livros e artigos
ciêntificos devidamente citados e referenciados.

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Conceito de Educação

“A Educação é no sentido mais amplo, um processo de actuação de uma comunidade sobre o


desenvolvimento do indivíduo afim de que ele possa actuar em uma sociedade pronta para a
busca da aceitação dos objectivos colectivos.”’ (Oliveira, 2009)

A educação é também definida como o processo de desenvolvimento da capacidade física,


intelectual e moral da criança e do ser humno em geral, visando a sua melhor integração
individual e social. (Ferreira apud Oliveira, 2009)

Características da Educação na Antiguidade

Educação no antigo Egipto

Segundo Gal (1976), após a fixação dos egípcios no vale do rio Nilo, surge para este povo uma
organização social nitidamente separatista. Havia uma escala em que no cimo estavam os
sacerdotes, ricos, pessoas influentes e os detentores de ciência, e que tinha na base os produtores
ligados à agricultura e ofícios.

Esta ultima classe social, via em tornar-se escriba a única forma de ascender na vida. Os escribas
eram responsáveis pela organização do estado, visto que eram os únicos instruídos além dos
sacerdotes.

A educação era baseada nos valores religiosos e morais da sociedade daquela época e dividida de
acordo com as funções sociais das diferentes famílias. Os filhos de agricultures, tinham formação
ligada à agricultura, os de arquitetos ligada à arquitetura, garantindo assim a perpetuação da
profissão. Os sacerdotes eram os detentores do saber, sendo o que hoje pode se chamar,
Professores.(Gal, 1976. Pag. 22)

O sistema de educação estava dividido em:

 Educação prática e profissional, familiar ou corporativa – reservada ao povo, era


reservada ao ofício. A parte intelectual se limitava a ensinar a ler, escrever, fazer cálculos
simples e geometria.

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 Educação superior – reservada aos sacerdotes, arquitectos, médicos e aos escribas,em que
se leccionava com mais mestria e ciência intelectual.
Observa-se que na altura, a educação estava intimamente ligada à religião, nao tinha métodos
seguros, e se objectivava no espírito e nos fins sociais e morais da época. (Gall, 1976. Pag. 23)

A Educação entre os Hebreus

O povo israelita mostrou de forma extremamente significativa o poder da educação, sendo


inspirados pela Bíblia que está repleta de conselhos educativos. Era no texto sagrado que a
criança aprendia a ler e a fazer a devida reflexão, visto que, quando a ela já sabia falar, a mãe
ensinava-lhes passagens bíblicas. A instrução superior era ministrada pelos sacerdotes e escribas
nas escolas dos profetas. Os rapazes de família pobre auxiliavam o pai nos trabalhos agrícolas e a
cuidar dos rebanhos, e as raparigas orientadas pela mãe, dedicavam-se a tarefas caseiras e
aprendiam a tecer, confeccionar vestuário e a preparar os alimentos. (Gal, 1976. Pag. )

Após o exílio e o cativeiro da Babilónia, foram organizadas escolas elementares próximo às


sinagogas e na casa dos escribas. A ideia de escolaridade para todas as crianças judaicas só veio
a surgir no ano dC, quando criadas em todas as cidades, escolas para rapazes dos 6 aos 7 anos e
mais tarde a educação se desenvolveu também para as raparigas.

Segundo Gal (1976), numa fase inicial a educação era gratuita, mas os professores, que deviam
ser casados e de certa idade, frequentemente recebiam presentes ou gratificação, ou então
exerciam outra profissão a par do seu ofício de educadores..

Educação no Império Romano

Roma teve como texto-base da educação as doze tábuas e para garantir um exercíto militar forte
e imbantível. As crianças que nasciam com deformações graves e débeis eram afogadas. Durante
os primeiros séculos a república instruía aos filhos dos cidadãos os elementos práticos da
educação, a leitura, a escrita o cálculo aos quais se juntava mais tarde a preparação para as
actividades agrícolas ou comercias e sobretudo para a vida militar.

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De acordo com Gal (1976), os ‘‘estudantes’’ escreviam com o estilete sobre pequenas tábuas de
cera, aprendiam as letras do alfabeto e sua combinação, calculavam usando os dedos ou
pedrinhas, passavam boa parte do dia na escola e eram submetidas à rígida disciplina do
magister, que não excluía as punições físicas.

Enquanto as raparigas por muito tempo tiveram que se conformar unicamente com a formação
familiar e aos dezasseis a dezassete anos, os rapazes passava a frequentar a retórica que os
preparava para a compreensão jurídiciaria ou política.

A Educação Grega

Devemos à Grécia antiga a forma de educação superior, porque só na Grécia é que a ciência
atingiu a sua forma desinteressada e sistemática. Mas foi Atenas a herdeira desta civilização,
Esparta deixou apenas um grande exemplo de uma boa civilização militar.

Educação em Esparta

Esse povo de soldados instalados em um domínio inimigo, tinha-se recusado a exercer qualquer
outra actividade que não fosse a das armas. Por esta razão, a educação só podia ser desportiva,
militar e cívica.

Dos 7 aos 20 anos, o jovem era exercitado na ginástica, na caça e nos exércitos militares; sendo
submetido à uma disciplina rigorosa em que as dificuldades e o sofrimento tinham um grande
valor de endurecimento.

Segundo quem? Havia pouca formação intelectual em Esparta, o espírito era sacrificado ao corpo
e a única arte autorizada era a música religiosa ou guerreira. Nesta perspectiva, exerce-se o poder
total do estado. A criança depende do estado desde o seu nascimento porque o conselho dos
anciãos decide se ela pode ou não viver.

A mesma razão estatual levou Esparta a ocupar-se da educação das raparigas, que era
inteiramente semelhante a dos rapazes. Aos 18 anos as jovens exercitavam a prática bárbara de
Krypteia que consiste em surpreender e matar os hilotas e aos 20 anos entram no exército, mas a
sua formação continuava até aos 30 anos e os exercícios militares duram toda vida.

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Assim, são considerações políticas e educativas que explicam todo o sistema educativo, já não é
a religião que determina a educação, mas o Estado, e toda a educação tem por fim colocar o
indivíduo completamente ao serviço da colectividade. (Gal, 1976. Pag. ?9

Educação em Atenas

de acordo com Gal (1976), deve-se à Grécia antiga, especialmente à Atenas o surgimento da
instrução literária, artística, filosófica e a ciência. As palavras arquitectura, escultura, poesia,
filosofia, matemática e democracia tem origem grega. Em Atenas a educação visava a formação
do cidadão. O modelo humanista de educação visava o desenvolvimento moral, etológico,
científico, afectivo, artístico, estético e filosófico; proporcionando assim uma grande harmonia
do corpo e da alma.

A educação estava dividida nas seguintes fases:

 Dos 6 aos 7 anos, a criança aprendia a leitura, escrita, mitologia e cálculo. Esta fase tinha
como instrutor, o pedagogo.
 Dos 8 aos 11\12 anos, a criança aprende dos citaristas a música, a poesia e a tocar flauta.
 Por volta dos 14 anos, o adolescente era levado para aprender ginástica, e continuar os
estudos de gramática e música. Concluído com a realização de um exame que
comprovava que tal pessoa não era mais analfabeta.
 Dos 18 aos 20 anos, os jovens passavam instrução física e militar, cívica e moral,
concluindo assim a formação geral e humana com um exame e juramento de coragem e
obediência às leis.
As raparigas como na maioria das civilizações antigas, tinham muito menos vantagens, a sua
educação era feita em casa e exclusivamente prática, só as jovens de condição superior
aprendiam a ler e a escrever.

A educação na Pérsia.

De acordo com Gal (1976), o império Persa, fundou-se no séc. VI a.C. sobre as ruinas dos reinos
Assírios e Caldeus, para registar um novo tipo de educação puramente aristocrática, guerreira e
moral.
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Este povo dedicou-se às actividades comerciais, fazendo do comércio principal fonte de
desenvolvimento económico. A política deste Estado era dominada e feita pelo imperiador (rei),
soberano absoluto que mandava e controlava tudo e todos. O rei era considerado deus na terra,
desta forma o poder era considerado de direito divino. (Fernandes, s.d).

A religião Persa era dualista (existência do bem e mal) e tinha o nome de Zoroastrismo ou
Madeismo. Esta religião foi criada em homenagem a Zoroastro ou Zaratrusta, o grande profeta e
lider espiritual que criou a religião. (Fernandes, s.d).

A educação Persa baseava-se na justica e na prevenção em vez de punir à infração. As virtudes


cardeais Persas eram a obediência, o amor aos pais, a justiça, a coragem, a temperança, os
sentimentos de honra e o desejo de ser agradável. (Gal (1976)).

De acordo com Gal (1976), a educação Persa apresenta três caracteristicas:

 Educação completamente estatal que tirava a crianca à familia quando atingia 7 anos para
a educar em casas comuns sob vigilância de educadores seleccionados.
 Antes de mais a educação era física e militar: ensinava-se à crianca Persa o tiro ao arco e
a lançar o dardo; era endurecida pelo cansaço, fome e sede, exercitada a caçar, a saber
domar cavalos, peparada para a sua profissão de soldado.
 A educação moral que visava formar poderosamente o carácter pelo prática e pelo
exemplo e ensinar a justiça e a verdade. Os jovens de Persas, sob a direcção de
orientadores que julgavam constantemente so seus defeitos ou levavam a julgá-los,
aprendiam a proibidade, a sagacidade, a submissão ao bem geral, a honra e a fraqueza.
O aspecto elogiável da educação Persa foi a sua preocupação pela formação moral das novas
relações. (Fernandes, s.d).

A educação Persa não sobreviveria muito tempo à conquista do império Persa por Alexandre.
(Gal, 1976).

Educação na Índia antiga

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O Sistema Hindu de educação baseiava-se na distinção das castas introduzida pelos Arianos
quando invadiram o vale de Ganges e impuseram o seu domínio às populações autóctones.
Formaram assim a aristocracia religiosa e guerreira.

O indivíduo nascia prisioneiro de castas com funções hereditárias, assim sendo, a sua educação
dependia sua condição social.

As classes sociais inferiorires estavam limitadas em uma instrução elementar (leitura, escrita,
cálculo, transmissão de crenças religiosas, fábulas e parábolas que compõem o capital comum da
raça).

A educação superior reservada aos Brâmanes levava doze anos de estudo, sendo extremamente
religiosa com a finalidade de tornar o homem religioso, puro e bom.

A educação profissional e prática só podia ser familiar ou corporativa, sendo forçosamente


ministrada dentro do grupo social no qual o indivíduo nasceu e não permitida à raparigas.

A educação chinesa

Na antiguidade, o império chinês dispunha de um tipo de educação que iria durar quase até aos
nossos dias. Uma crise social levou a destruição do poder dos senhores e a uma certa
emancipação do povo, favorecendo o notável esforço educativo feito neste império.

O profudo respeito pela a familia e pelo o Estado, pela a tradição, custumes, formalismo e culto
aos mortos inspiravam a acção de todos os educadores da crinça. Primeramente ensinava-se o
individuo os ritos, custumes e os sentimentos que todo o homem deve ter. Do mesmo modo si
abitua a criança a fina delcadesa chinesa.

Aos dez anos a crinça começa a ir a escola que está aberta para todos, porém, só um parte era
verdadeiramente educada. A classe nstruída e a classe dos funcionários é formada pelos letrados
ou mandarins. Assim, o jovem chines que dispunha de meios necessários está possibiltado a ser
letrado.

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O princípio de autoridade, formalismo e o culto da memória era o fundameto desta educação
interamente verbal e livrestica. Tal educação que despreza a qualidade de orginalidade,
iniciativa, liberdade, soldariede e inveção dava origem a uma sociedade estática

Conclusão

Ao longo da revisão e discussão em grupo, foram possíveis de identificar diferençasacentuadas


de conteúdos leccionados e extractos sociais benefeciados pelo direito de estudar.

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Referências Bibliográficas

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