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José Maria da Costa
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"Tenho uma dúvida e não consigo encontrar a resposta adequada. Quando vou fazer
um parecer jurídico, qual a pessoa que devo usar? Posso escrever em primeira
pessoa? Atenciosamente."
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Envie sua dúvida
1) Uma leitora, não conseguindo encontrar resposta adequada, indaga se pode escrever um
parecer jurídico em primeira pessoa.
3) Num primeiro aspecto, lembra-se que o Direito é uma ciência, de modo que o profissional
da área produz textos científicos, cuja linguagem deve ser técnica e precisa.
5) Isso quer significar que, com a exceção representada pela expressão final de um parecer
("É o que me parece, salvo melhor juízo [ou, de modo abreviado, s. m. j.]" – o que também
pode ser dito de outra forma objetiva e impessoal ["É o que parece, salvo melhor juízo])", um
parecerista, assim como todo e qualquer autor de petição, arrazoado ou trabalho acadêmico,
deve empregar, na redação que produz, a terceira pessoa (e não a primeira, quer do singular,
quer do plural).
6) Fica, assim, muito mais adequado dizer, em uma fundamentação, "Quando se busca uma
interpretação convincente..." do que "Quando eu busco (ou buscamos) uma interpretação
convincente...". Deve-se proceder de modo idêntico nas conclusões: "Conclui-se que..." fica
muito melhor do que "Concluo que..." ou mesmo "Concluímos que...", ainda que essa última
expressão tenha por pretexto um plural de modéstia.
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