Câmbio Spot 9/Jan

USD/AKZ 479,383
EUR/AKZ 532,355
NAD/AKZ 33,940
EUR/USD 1,1149
GBP/USD 1,3067
Ano 12 N.º 592 Sexta-feira, 10 de Janeiro de 2020 Kz 100
Director Agostinho Chitata Director-Adjunto Mateus Cavumbo USD/JPY 109,53
SITE: www.jornaldeeconomia.sapo.ao E-MAIL: redaccaoeconomia@gmail.com USD/ZAR 14,2071

alerta

Uma - CH I
NA
CONFLITOS EUA - IRÂO
Nova EUA
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crise
OME BR
EX
Conflitos e desintegração
R AC IT
em zonas estratégicas s
põem os mercados
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mundiais sob alerta de

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uma nova crise no Médio

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Oriente e Zona Euro
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INDICADORES manter

RÓLE
ECONOMIA

O regista subida
MUNDIAL
EM RISCO?

Angola vai registar

uma recuperação

na
L a ti
ri c a
moderada
mé
OA
ÇÃ
RU
T
O NS
As previsões do FMI apontam este ano para um crescimento C
económico na ordem de 1,2 por cento para Angola, que no ano a
passado registou uma contracção de 0,3 por cento do PIB. De acordo Á fri c
com o relatório sobre as “Perspectivas Económicas Mundiais”, r es ce e m
AG RICULTU R A c
apesar do declínio na produção petrolífera no ano passado, o país
começa a recuperar, mas de forma lenta. [4-10]

o “boom” de África vestígios do brexit china-eua

DESTAQUE

3,5 100 505,6

biliões de dólares biliões de euros biliões de dólares
Estima-se como sendo a cifra em É quanto a Zona Euro pode vir Valor das importações norte-
ascensão do consumo das suas a perder com a saída do Reino americanas em produtos
empresas até 2025, o que supera Unido, que ainda assim vai recuar chineses, uma marca que
os 2,6 biliões de 2015 9,5 por cento no seu PIB alimenta a guerra comercial

EDIÇÕS NOVEMBRO

Artigos Há casas Aipex

A AGT e os sujeitos
passivos
Por Rui Afonso [2]
A regularização
da Dívida Pública [3]
Por Luís Feliciano
Crescimento dos
negócios [17]
Por Armando Gomes
As 10 tendências
do markting digital [28]
Por Valdemar Vieira Dias
novo kwanza
Fundo BNA deve poupar Memorando
Habitacional abre linha de
inicia inscrições usd 30 milhões financiamento
em manutenção
O processo de venda livre de A Agência de Investimento Pri-
residências na Centralidade do O BNA deve poupar, num espaço vado e Promoção de Expor-
“Zango 8.000”, em Luanda, inicia de quatro (4) anos, o valor de 30 tações (Aipex) e a Câmara de
na segunda quinzena deste mês, milhões de dólares com a opção Comércio e Indústria-Emiratos
segundo informou ao JE fonte da nova família do kwanza, série Árabes Unidos assinaram esta
do Ministério do Ordenamento 2020. Segundo José de Lima semana, em Luanda, um memo-
do Território e Habitação, sendo Massano, actualmente, de dois rando de entendimento com o
que as inscrições, bem como as em dois anos, o BNA gasta 60 objectivo de negociar linhas de
modalidades de aquisição, paga- milhões de dólares ao todo (30 crédito e pacotes de financia-
mentos e preços serão tornados milhões por período) para a sua mento, assim como identificar
públicos no site da Imogestin, manutenção.  [12] oportunidades de investimento
brevemente.  [22] e de exportações.  [19]
2
opinião
Economia & Finanças

Editorial
A AGT e os Sujeitos Passivos
Turismo
O
EDIÇÕES NOVEMBRO

desatento princípio do contraditório

Estamos a viver ainda o “calor” das festas, com um
movimento frenético de pessoas. Este ano, apesar do “aperto”
económico e financeiro, o embarque e desembarque de pessoas
foram consideráveis.
As operadoras de transportes, tanto aéreos como
terrestres, tiveram um movimento fora do comum,
aproveitando o período “sabático”, onde grande parte das
empresas públicas e privadas, deram aos seus trabalhadores
férias colectivas para que, no arranque do ano, a disposição
estivesse em alta.
Muitas aproveitaram o período para visitar locais
fora da rotina quotidiana, uns foram para as suas terras
de origem. É nestas épocas em que o sector do Turismo
deveria fazer-se valer da ocasião.
E pensar na e para a chamada “indústria da paz” faz todo
sentido, a julgar pelas facilidades e espaço de intervenção
existente na nossa economia. Para muitos e tendo em
constitui um princípio fun-
damental de um Estado e que
nosso caso concreto tem um
forte impacto na relação de
colaboração que deve existir entre a
AGT e os Sujeitos Passivos, assim como
também pode influenciar significativa-
mente as políticas levadas a cabo pelo
Estado para a angariação de investi-
mento privado em Angola.
Pode-se afirmar com segurança que
os investidores privados terão menos
receio de investir o seu capital num
país onde lhes seja permitido defender
os seus interesses e direitos antes de
serem acusados, ou seja, um país onde
são chamados para intervir no procedi- Rui Afonso
mento tributário e esclarecer qualquer Advogado
questão tributária em que tenham inte-
resses legítimos, na sua fase inicial,
tão logo os órgãos do Estado competen-
tes reúnam os indícios de que pode ter
sido cometida uma infracção tributária.
Todos os Sujeitos Passivos devem

conta o potencial a explorar e que possam resultar em
volumosas receitas, o turismo deve alavancar-se e assumir
definitivamente o seu espaço. Como tirar proveito das
imensas potencialidades pausagísticas e lúdicas que as 18
províncias possuem? Como devemos incentivar o turismo de
lazer, rural, cultural, negócio e interno. Que políticas o sector
deve adoptar para “resgatar” as maravilhas regionais?
Já é sobejamente conhecido que o turismo em Angola
apresenta ainda um défice de oferta a vários níveis, apesar
de dispor de um conjunto de recursos e de um contexto
favorável ao seu desenvolvimento.
O futuro deste importante mercado pode ser promissor se as
políticas traçadas neste domínio começarem a ser implementadas.
O sector tem de ser um grande suporte ao Produto Interno Bruto.
Angola deve “beber” do conhecimento de “países-amigos” neste
domínio. A optimização do sector do Turismo deve focar-se no
desenvolvimento faseado e coordenado, apoiado nos mais diversos
segmentos. O país precisa de juntar sinergias, como o apoio e
participação activa dos operadores (empresários). Os Pólos de
Desenvolvimento Turísticos precisam de ser rentabilizados. Somos
de opinião de que o país deve focar os seus esforços no mercado
doméstico, priorizando os mercados com elevado potencial em
função dos acessos e outras facilidades.
Os sectores envolventes têm também de começar a
assumir o seu papel. A agricultura, transportes, estradas,
energia e água, saneamento básico, saúde bem como a
segurança são chamados a seguir a pedalada que se deve
pretender dar ao sector do Turismo.
Além de se captar investimento estrangeiro, é necessário que se
criem mecanismos de incentivos para que o empresariado nacional
encontre formas para poder minimizar os ainda elevados gastos
que os operadores dizem enfrentar.
Temos de ultrapassar as dificuldades básicas, principalmente,
no domínio alimentar. Não se justifica os elevados preços
praticados no sector de restauração, numa altura em que existem
zonas do país onde os produtos agrícolas estão a deteriorar-se por
falta de escoamento ou por falta de compradores.
O sector do Comércio, neste caso particular, deve desempenhar
um papel importante, criando mecanismo de escoamento dos
produtos do campo para os grandes centros de consumo, com
realce para os hotéis, restaurantes e outros agentes turísticos.
}
ter o direito de contestar as acusações
de que sejam alvo por parte da AGT
antes da formação de qualquer espé-
cie de decisão pela AGT. Com a aprova-
ção desta alteração do CGT, os Sujeitos
Passivos vêem-se impossibilitados de
ter um tratamento igualitário em ter-
mos de oportunidades, qualitativas e
quantitativas, para intervirem nos pro-
cedimentos tributários que lhes digam
respeito para a defesa dos seus direi-
tos e interesses.
O direito à defesa é uma garantia
fundamental da ordem jurídica, con-
sequentemente os Sujeitos Passivos
devem ter as mesmas oportunidades
do que AGT para exercer o princípio do
contraditório através da Audição Pré-
via, ou seja, os procedimentos tributá-
rios não devem poder avançar sem que
os Sujeitos Passivos sejam citados para
deduzir a sua oposição e carrear para
o processo todos os meios de prova que
julguem necessários.
Para o exercício do princípio do con-
traditório em pleno, este deve ser com-
pletado pelo princípio da igualdade de
tratamento, o que não acontece com
esta alteração que a AGT pretende intro-
duzir no CGT, impossibilitando que os
Sujeitos Passivos intervenham nos pro-
cedimentos tributários para a defesa
de interesses legítimos antes de a AGT
formular a sua proposta de decisão ou
o relatório da acção inspectiva.
A AGT integra os órgãos da Admi-
nistração Pública e, tal como estes
órgãos, deve assegurar a participação
dos cidadãos na defesa dos seus inte-
resses e na formação das decisões que
lhes disserem respeito.
Os técnicos da AGT devem, pois,
prestar as informações e os esclareci-
mentos que os Sujeitos Passivos neces-
sitem e devem trabalhar com os Sujeitos
Passivos segundo as regras da boa-fé.
Esta proposta de alteração do art.
85, do CGT, que a AGT parece preten-
}
Todos
os Sujeitos
Passivos devem
ter o direito
de contestar
as acusações
de que sejam
alvo por parte
da AGT
sem qualquer desprimor para com o
trabalho realizado por estes. Os tribu-
nais especializados devem ser os úni-
cos órgãos legalmente qualificados
para estes efeitos.
Por outro lado, o art. 54, n. 2, alí-
neas a) e b) da proposta de alteração do
CGT, conjugado com o número 4, tradu-
zem um princípio protector da AGT “In
dubio pró AGT”, violando o princípio
da igualdade tributária. Em função do
disposto nos artigos acima referidos,
os Sujeitos Passivos durante a pendên-
cia de um processo administrativo ou
judicial a que tenham recorrido para a
defesa dos seus direitos e interesses, são
obrigados a assumir o risco das even-
tuais actualizações que possam ocor-
rer no valor da UCF. O mesmo já não
acontecendo com a AGT, que em fun-
ção de qualquer erro que possa cometer
no processo de liquidação dos impos-
tos e consequentemente seja obrigada

der introduzir deve ser bem analisada
e se necessário revista, uma vez que é
contrária a princípios fundamentais
Não se justificam os elevados e viola uma garantia tributária fun-
damental dos Sujeitos Passivos, que é
preços praticados no sector de a garantia do exercício do Direito de
Audição Prévia em toda a sua pleni-
restauração, numa altura em que tude. Não é, pois, aceitável que quer a
intenção dos Sujeitos Passivos, quer a
existem zonas do país onde os validade ou a extensão dos actos e negó-
cios realizados pelos Sujeitos Passivos
produtos estão a se deteriorar sejam decididas por técnicos da AGT,
a indemnizar os Sujeitos Passivos com
juros indemnizatórios e juros de mora,
estes devem ser calculados sem que o
valor da UCF seja actualizado. Esta alte-
ração é igualmente inaceitável por con-
duzir a um tratamento desigual entre a
AGT e os Sujeitos Passivos, o que deve
ser evitado, se não em todas as situa-
ções, pelo menos tal deve ser feito sem-
pre que possível. O valor da UCF deve
poder ser actualizado sem abrir qual-
quer excepção para a AGT.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Regularização da Dívida Pública
A
Associação Angolana
de Comércio de Impor-
tação e de Exporta-
ção, por intermédio
do seu presidente Luís
Feliciano, faz balanço da década
de 2010 e faz o reconhecimento
público em matéria da dívida
pública e do desempenho do Minis-
tério das Finanças, que assumiu
de forma unilateral a responsabi-
lidade em regularizar o fardo do
incumprimento contratual das
Unidades Orçamentais.
Refiro-me a Dívida Pública
interna e externa, titulada e não
titulada de contratos de forneci-
mento de bens e serviços, herdade
do regime de Eng. José Eduardo
dos Santos e que tem influenciado
negativamente no crescimento
económico ao atingir o índice de
}
referência acima dos 80% do PIB.
O Executivo de João Lourenço,
através do Ministério das Finan-
ças – Grupo Técnico de Apoio aos
Credores do Estado (GTACE), tem
procurado executar a estratégia de
regularização de Dívida Pública,
dentro de um quadro que permite
a identificação, estruturação, pla-
neamento e finalmente pagamento,
de acordo com a certeza existencial
de execução dos contratos. Porque
certeza existencial de execução dos
contratos? Porque muitas das dívi-
das reclamadas não correspondem
no todo ou em parte a sua existên-
cia material, que detectadas pela
equipa de técnicos, deveriam ser
remetidas para órgãos competen-
tes para submissão de inquérito
com o propósito de apurar respon-
sabilidades e sancionar os preva-
ricadores.
A publicação do Relatório
Anual da Estratégia de Regula-
rização dos Atrasados – 2019 é
demonstrativo porque identifica
os níveis de execução e os mon-
tantes envolvidos ainda escla-
rece o mecanismo procedimental
implementado pelo Ministério das
Finanças pela via do GTACE, em
substituição absoluta das Unida-
des Orçamentais que deixaram
de merecer a confiança do Chefe
do Executivo.
O Grupo Técnico de Apoio aos
Credores do Estado (GTACE) defi-
niu como abordagem de execução
como consta no Relatório Anual
da Estratégia de Regularização
dos Atrasados, as Dívidas Públi-
cas, do período de 2013 a 2017,
registadas no Sistema Integrado
de Gestão Financeira do Estado
Ficha técnica
Director: Agostinho Chitata
Director-adjunto: Mateus Cavumbo
Secretário de Redacção: Carlos Cardoso
Redacção: Isaque Lourenço (editor),
Adérito Veloso, Ismael Botelho, Pedro Peterson e
Armando Estrela (subeditores), António Eugénio, André
Sibi, Manuel Barros, Regina Handa, Vânia Inácio, Yola do
Carmo e Xavier António (repórteres)
EDIÇÕES NOVEMBRO
Luís Feliciano
Presidente da AACIE
O critério de
determinação de
Regularização
de Dívida Pública
tem sido o poder
discricionário
dos técnicos
(SIGFE) até ao final do I trimestre
de 2020, tenho as minhas dúvidas,
e “na erradicação da dívida atra-
sada certificada fora do SIGFE até
2021”, os pagamentos dos atrasados.
Apesar do Relatório Anual da
Estratégia de Regularização dos
Atrasados, representar uma nossa
visão rumo à transparência, eficiên-
cia e eficácia dos serviços dos orga-
nismos da administração pública,
este instrumento de continuidade
deveria congregar no seu conteúdo
de forma expressa a Lei n.º 9/16
de 16 de Junho, “Lei de Contra-
tos Públicos” referindo de forma
implícita e não omissa como se
apresenta os princípios da trans-
parência, da justiça, da igualdade,
da imparcialidade e da probidade
que não estando expresso, de facto
não tem acontecido. Refiro-me ao
acto da assinatura do acordo de
regularização de dívida.
O critério de determinação de
Regularização de Dívida Pública
tem sido o poder discricionário dos
técnicos, na medida em que eles
determinam e impõem, em alguns
Departamento de Paginação : Irineu Caldeira
(Chefe), Adilson Santos (Chefe-adjunto), Carlos Casimiro
(Chefe de secção), Alcreto Abílio, Bruno Vieira Dias,
Paulo Lopes e Alberto Quiluta
Sede: Rua Rainha Ginga, 12-26 | Caixa Postal 1312 - Luanda
Telefone 222 020 174 | Telefone geral 222 333 344
Fax 222 336 073
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opinião 3
Números
120
casos de forma abusiva, coagindo
os credores que não tendo outra
saída assinam o documento pondo Milhões de dólares
fim ao calvário de muitos anos de É o quanto o BNA vai passar a vender as pessoas
expectativa. singulares em moeda estrangeira por ano, para
O Ministério das Finanças, gastos com viagens, transferências unilaterais de
liderada pela Drª Vera Daves, com natureza privada, incluindo para apoio familiar, sem
as dificuldades de recursos finan- necessidade de apresentação de documentação de
ceiros, tem procurado pagar as suporte, indica o Aviso do BNA.
dívidas devidamente qualifica-
das, mas por falta da colabora-
80
ção e organização das Unidades
Orçamentais, em atribuírem docu-
mentos indispensáveis e comple-
mentares, não tem conseguido
dar resposta em tempo útil, o que
leva os credores, cujas dívidas não milhões de dólares
registadas no Sistema Integrado Representa o montante que o Banco Nacional
de Gestão Financeira do Estado, de Angola está a vender em moeda estrangeira
por culpa dos Responsáveis das desde o dia 06 e termina hoje 10 de Janeiro,
Unidades Orçamentais, estarem por via do Leilão.
numa condição difícil.
O Ministério das Finanças, na
60
qualidade de entidade pública que
ocupa a posição contratual das Uni-
dades Orçamentais, justificado
nos termos do artigo 371.º da Lei
dos Contratos Públicos, em vez de
expressar no relatório o Decreto Milhões de Barris de petróleo
Executivo 507/18, que estabelece Capacidade diária prevista para a refinaria, a
o prazo limite de 31 de Janeiro de ser construída na província de Cabinda e prevê
2019, para os credores apresenta- produzir derivados como o gasóleo, a gasolina,
rem reclamações de dívida interna o fuel Oil e o Jet A1.
atrasada referente à 2013 – 2017,
DEVERIA e DEVERÁ nos próxi-
132
mos relatórios respeitar o princí-
pio da legalidade da justiça e da
salvaguarda dos direitos consti-
tuídos dos credores.
O Ministério das Finanças,
ao ocupar a posição, das Unida- MIL DÓLARES falsos
des Orçamentais, compromete-se Montante que a Polícia Nacional apreendeu em
em não violar a Lei dos Contra- posse de um cidadão, de 50 anos de idade, detido
tos Públicos, promovendo o não em flagrante, pelas autoridades policiais, no bairro
receio quanto ao aumento do risco Pedalé, município do Bailundo (Huambo).
de incumprimento das obrigações
emergentes do contrato base e a não
255
diminuição das garantias do Credor
do Estado, que ao longo dos anos,
no reinado do Eng. José Eduardo
dos Santos, se transformou num
calvário e perca de valor das unida-
des empresariais, com destruição Milhões de kwanzas
de milhares de postos de trabalho. É o quanto estão avaliados os dois projectos a
Assim, o Ministério das Finanças, serem finaciados pelo Executivo, no âmbito do
enquanto entidade pública cessio- PIM, no Município do Tômbwa.
nária, pode em caso de suspeição,
encaminhar processos duvidosos
ao Ministério Público, senão o
faz não pode prejudicar o Credor
do Estado, como tem acontecido,
repondo a justiça material da even-
tual invalidade procedimental, da Frase da semana
não cabimentação ou da não for-
malização, etc, etc., justificado na
lei dos Contratos Públicos da even-
}
tual invalidade existente.
Angola só restava
iniciar reformas
EDIÇÕES
NOVEMBRO E.P.
JORNAL DE ANGOLA I JORNAL DOS DESPORTOS
para lutar contra a
Presidente do Conselho
corrupção e normalizar
de Administração:
Victor Silva o funcionamento das
Administradores Executivos:
Caetano Pedro da Conceição Júnior, José Alberto
instituições
Domingos, Rui André Marques Upalavela, Luena
Kassonde Ross Guinapo
Jorge de Figueiredo
Administradores não Executivos: Embaixador de Cabo Verde em Angola, durante
Filomeno Jorge Manaças audiência com a Vice-Presidente do MPLA.
Mateus Franscisco João dos Santos Júnior
4
destaque
Sinais de uma nova crise
marcam início de 2020
Organizações financeiras internacionais como o FMI, Banco Mundial e a OCDE divergem nos dados sobre
o valor real do crescimento mundial que está ameaçado por fenómenos que afectam a economia global
Ismael Botelho
A
economia mun-
dial pode enfren-
tar, este ano, uma
nova crise global
semelhante ou
pior à de 2008,
segundo previ-
sões feitas, recentemente pelo eco-
nomista, Noureil Roubini, o mesmo
analista que previu a recessão
financeira de 2008-2009.
Para vários analistas interna-
cionais, os sinais de uma crise são
visíveis na economia mundial em
várias vertentes e marcam o ano
com fortes incertezas no cresci-
mento, devido a inúmeros factores,
a começar pela baixa na produção,
exportações, o Brexit e os confli-
tos internacionais, como a guerra
comercial entre as duas maiores eco-
nomias mundiais (EUA e China).
Por exemplo, as estimativas
do Fundo Monetário Internacio-
nal (FMI) apontam para um cresci-
mento não superior a 3,6 por cento,
ao passo que a Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Eco-
nómico (OCDE) reduziu a previsão de
crescimento da economia mundial
em 2,9 por cento, podendo esta, em
alguns casos, atingir três por cento
em função de várias ameaças ainda
persistentes de tensões comerciais.
O ano passado, em função deste
conflito, o FMI terá cortado a pre-
visão de crescimento global de 3,5
para 3,2 por cento, mas o cresci-
mento terminou em 2,9 por cento,
ou seja, uma taxa menor de cres-
cimento anual desde a crise finan-
ceira de 2008/2009.
Para este mês, de acordo com
um comunicado do FMI, há um
Indicadores económicos dos países com o melhor desempenho no PIB real em 2020
Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI)
Valores em Percentagem | Arte: Carlos Casimiro
1,7
Média das
economias
avançadas
1,9
1,8 1,8
ESPANHA
CANADÁ
TAIWAN
Economista norte-americano, Noureil Roubini, voltou a fazer referências recentes sobre uma nova crise durante o ano
3,5
por cento
Este valor corresponde ao valor
estimado pelo FMI como sendo o
crescimento optimista para este ano.
primeiro memorando a ser assi-
nado a 15 de janeiro que podem ate-
nuar as tensões, mas este acordo
dá mais vantagens à China, que
faz revisão em alta das suas pre-
visões para a economia este ano
de 5,8 para seis por cento.
Já o Banco Mundial (BM) prevê
apenas um crescimento de 2,5 por
cento da economia mundial este
2,2
2,1
1,9
ESTADOS UNIDOS
COREIA DO SUL
DINAMARCA
Economia & Finanças
dr
a actual tensão dos conflitos no
Médio Oriente e a escalada de
uma quase guerra entre os EUA-
-Irão poderia, com o assassinato
de Qasseim Soleimani, um dos
principais comandantes irania-
nos, recentemente, teria um forte
impacto nos preços do petróleo,
que mantinham-se baixos e mais
ou menos estáveis até finais de
2019, devido ao abrandamento
no comércio mundial.
Este conflito vai ainda provo-
car efeitos significativos na infla-
ção em quase todo mundo, sendo a
Zona Euro, que sofre do com taxas
demasiado baixas, poderá ver o con-
sumo interno abrandar.
Ao longo do ano, as principais
desacelerações vão acontecer exac-
tamente nas três maiores econo-
mias mundiais. Para os Estados
Unidos da América (EUA) espera-
-se um recuo de dois por cento do
PIB, menos três pontos percentuais
em relação a de 2019, que teve 2,3
por cento.
A China fica este ano com um
1,9 4,3 recuo de sete pontos percentuais,
ou seja, 5,7 por cento contra 6,2 do
mundo no ano findo e Japão que
por cento dólares cresceu um por cento em 2019 e
Dados do Banco Mundial apontam De acordo com o FMI, Malta será fica este ano com 0,6.
para uma ligeira subida do comércio o país do mundo que vai registar o A OCDE, mais optimista,
mundial em 1,9 por cento este ano. maior crescimento em 2020. avança estimativas de expansão
na economia global de três por
cento até 2021, mas alerta que
ano 2020, um valor abaixo dos 2,7 A próxima frente de tensões este crescimento pode ser seve-
por cento projectados em Junho, será a Europa, cujo défice comer- ramente afectado por inúmeros
mas acima dos 2,4 por cento esti- cial norte-americano, tem vindo riscos, entre os quais a guerra
mados para 2019, e adverte que os a abrandar, como fez referência comercial e a acentuada desacele-
riscos negativos da economia glo- no mês passado, Robert Lighthi- ração chinesa, se não for contida.
bal permanecem. zer, representante dos EUA para Malta será o país com o maior
Para o BM, o volume de comér- o Comércio. crescimento a nivel mundial com
cio mundial para este ano tenderá 4,3 por cento, seguido da Irlanda,
para uma subida de 1,9 por cento Tensões mundiais Israel, Chipre e Estónia, na pers-
em 2020. Por outro lado, era previsível que petiva do Fundo Monetário.
4,3
3,5
3,1
2,9 2,9 2,9
2,8 2,8
2,7 2,7 2,7
2,6
2,4
2,3
2,2
REPÚBLICA CHECA
NOVA ZELÂNDIA
LUXEMBURGO
ESLOVÁQUIA
AUSTRÁLIA
ESLoVÉNIA
NORUEGA
LITUÂNIA
IRLANDA
ESTÓNIA
LETÓNIA
GRÉCIA
CHIPRE
ISRAEL
MALTA
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
A
saída do Reino Unido
da União Europeia
está prevista para
o dia 31 deste mês,
depois de seguidos
adiamentos do Brexit, como se
convencionou denominar esse
desmembramento, situação que
segundo analistas constitui uma
verdadeira ignição para o prin-
cípio de uma nova crise não ape-
nas naquele país, mas na Zona
Euro e com consequências no
resto do mundo.
A Europa vive agora uma forte
expectativa com a saída do pri-
meiro membro de uma união que
parecia perfeita. A intenção de
desvinculação do bloco europeu
já vem se arrastando desde 2016,
ano em que os britânicos vota-
ram a favor da saída, por meio
de um plebiscito.
Hoje mais do que nunca, as
Segundo maior contribuinte da zona pode deixar danos profundos
O Reino Unido é o segundo
maior contribuinte da União
Europeia, depois da Alemanha
e à frente da França. Só em
2014, o seu contributo foi
de 11,3 biliões de euros, o
segundo maior valor oferecido
pelos países-membros.
Ao lado da Alemanha e
da França, ele é um dos
pilares da economia desse
continente. Com o Brexit, essa
responsabilidade recai quase
totalmente sobre os alemães.
A sua saída, se não for
sustentável e se não se
conseguir manter a estabilidade
do euro, o bloco todo pode
mergulhar numa profunda,
com perdas que podem atingir
Saída do Reino Unido
é ignição para
nova crise na
União Europeia
39 bilhões de
libras
É voltar a pagar como
compensação pelo
desmembramento da
comunidade europeia
condições estão criadas para a
tão aguardada saída, uma vez
que o actual primeiro-ministro,
Boris Johnson, que é favorável
ao Brexit, tem maioria absoluta
no Parlamento para uma possí-
vel votação final.
O acordo negociado por Boris
Johnson mantém boa parte do
texto elaborado pela sua ante-
cessora, Theresa May e entre os
pontos estão primeiro os direi-
tos dos cidadãos a garantir
depois do Brexit: a ideia é que
os britânicos que vivem na UE
e europeus que moram no Reino
Unido possam continuar a tra-
balhar e a levar o seu curso de
vida normal.
Por outro lado, está previsto
um período de transição depois
da saída para dar tempo aos dois
lados acertarem um acordo sobre
as trocas comerciais bilaterais.
os mais de 100 biliões de
euros, um impacto enorme nas
finanças dos Estados.
Encerramento de fronteiras
Por outro lado, analistas do
Banco Europeu são de opinião
que a saída deste membro
chave, vai fazer com se fecham
as fronteiras, fortalecendo
os produtos ingleses, que
a princípio, vão custar mais
caros e, consequentemente,
menos competitivos nos
países europeus, que são seus
principais parceiros comerciais.
O Fundo Monetário
Internacional (FMI) prevê que
o PIB britânico recue com
essa medida em até 9,5 por
usd 100 bilhões
correspondem às possíveis
perdas pela saída do segundo
maior contribuinte da Zona
Euro, depois da Alemanha
e à frente da França
Custo do desmembramento
De acordo com os dados avançados
por Bruxelas, é que o custo desta
saída está avaliado em 39 biliões de
libras, cerca de 60 biliões de dóla-
res norte-americanos, como com-
pensação financeira à UE.
Até agora, a principal modifi-
cação feita pelo actual primeiro-
-ministro diz respeito à fronteira
entre a Irlanda do Norte, um ter-
ritório britânico, e a Irlanda, que
faz parte da UE, porque os parla-
mentares britânicos temiam que
o Reino Unido permanecesse vin-
culado indefinidamente aos regu-
lamentos europeus.
Para Boris Johnson, a sua pro-
posta prevê uma fronteira alfande-
gária entre a Irlanda do Norte e a
República da Irlanda, que permane-
cerá na UE, mas na prática, a fron-
teira alfandegária será entre a Grã
Bretanha e a ilha da Irlanda, com a
}
AS PRINCIPAIS
ÁREAS AFECTADAS
SERÃO,
SOBRETUDO, A
CONSTRUÇÃO CIVIL
E A AGRICULTURA
cento, com consequências
significativas na economia.
Mercado de trabalho de
acordo com uma pesquisa da
Confederação da Indústria
fiscalização de mercadorias nos pon-
tos de entrada na Irlanda do Norte.
Ao se efectivar essa saída, o
Reino Unido deixar a União Euro-
peia este mês, esse será apenas o
primeiro passo de um processo
complexo, onde o primeiro passa
por negociar um acordo de comér-
cio com o bloco europeu. A ideia é
não perder o maior acesso possí-
vel dos seus serviços e produtos
nos países europeus.
Apesar da vontade política do
país, do ponto de vista económico,
os integrantes do Partido Conserva-
dor querem um abandono completo
da união aduaneira e do mercado
comum europeu, assim como o
parlamento europeu e o sistema
de justiça comum. O acordo defi-
nitivo pode acontecer até o final
de junho, altura que o Reino Unido
vai decidir se pode ou não estender
o período de transição. IB
Britânica, 40 por cento
dos empresários locais vão
sentir o impacto negativo
nos investimentos, desde o
referendo.
As principais áreas afectadas
serão sobretudo a construção
civil e a agricultura, com a
falta mão-de-obra, que são
sectores que mais empregam
imigrantes. O estatuto destes
é outra questão complicada
nas negociações entre Reino
Unido e UE.
Uma das motivações a favor
do Brexit tem como objectivo
reduzir o número de imigrantes
no Reino Unido que são mais de
3,2 milhões vivem ou trabalham
naquele país.
destaque 5
Corrida ao
espaço vai
acentuar
investimento
na ciência
A corrida ao espaço foi sempre
uma questão estratégica dos Esta-
dos mais avançados e é sem dúvi-
das uma prioridade que consome
dos orçamentos anuais incalcu-
láveis somas em dinheiro.
As previsões para este ano apon-
tavam para um acentuado inves-
timento na inovação e na ciência
para manter a hegemonia espacial.
O início de uma nova corrida espa-
cial, sobretudo a Marte...
De acordo com dados avan-
çados pelas principais agências
espaciais internacionais, estão
previstas quatro missões entre
os meses de julho e agosto deste
ano lideradas pelos Estados Uni-
dos da América (EUA), Europa,
Rússia, China e Emirados Ára-
bes Unidos.
O período escolhido não é uma
mera coincidência: O planeta Marte
e a Terra vão estar mais próximos
um do outro e converte-se numa
oportunidade que só acontece de
dois em dois anos e as viagens a
este planeta vai durar entre sete
e dez meses, o que vai consumir
destes Estados milhões de dóla-
res em investimentos.
Para este esforço, segundo a
BBC, os EUA querem mandar um
veículo robô e um drone helicóp-
tero. A Europa, em conjunto com
a Rússia, preparam um outro veí-
culo robô e uma plataforma cien-
tífica. Já a China, avança com um
terceiro veículo-robô e mais um
orbitador, ao passo que os Emira-
dos Árabes Unidos, quer enviar
igualmente um orbitador.
Segundo a Nasa, a agência
espacial americana, a exploração
do chamado Planeta Vermelho
vai revelar informações sobre a
origem e a evolução da vida como
um destino para a sobrevivência
da humanidade em caso de insus-
tentabilidade da Terra.
Só o orçamento da Nasa para
este ano (2020), aprovado pelo
Senado dos EUA, ronda os 22,7
bilhões de dólares e vai receber um
adicional ao longo do ano.
dr
Principais agências internacionais
vão aumentar orçamentos anuais
6 Destaque Economia & Finanças

130 BILiÕES 97 PROTUDOS 301 acto 128 PRODUTOS USD 50 BILiÕES 4 tácticas
É quanto baixaram Foram agravados É o relatório em que agravados Foram as São utilizadas para
as exportações nas exportação os EUA se baseiam DADOS DE LADO A LADO nas taxas de perdas até a retaliação dos
para a China para acusação importanção aqui registadas norte-americanos

APPLE BOEING QUALCOMM HUAWEI Zhaoqing Hengtong

A gigante A fabricante de aviões A empresa de chips A tecnológica A sua criação de Os produtos para
tecnológica tem tem a China como a também apresentou EMPRESAS AFECTADAS chinesa viu vetado peixes e frutos do sumos sofrem as
perdas incalculáveis principal cliente queda nas acções o seu 5G EM 2019 mar foi afectada consequências

Fonte: FMI, OCDE, BM e Folha de São Paulo - Brasil | Arte: Carlos Casimiro

Guerra comercial entre os EUA e a China

pode agudizar indicadores de crescimento
Vários analistas avisam que o prolongamento do conflito entre as duas maiores potências económicas
vai afectar significativamente os países em desenvolvimento da África, Sudeste da Ásia e América Latina
}

Ismael Botelho A administração Trump primeiro acordo comercial, onde somavam 505,6 biliões, causando

A
guerra comer-
cial travada entre
as duas maiores
potências econó-
micas do mundo,
os Estados Uni-
dos da América
(EUA) e a China, pode constituir
um entrave ao crescimento mun-
dial durante este ano.
Quer o Banco Mundial como o
Fundo Monetário Internacional
(FMI), não têm dúvidas que ape-
sar de não ter um fim à vista, as
consequências deste conflito vão
prejudicar mais a China, cujas
implicações deverão gerar oscila-
ções para o resto do mundo.
Este conflito teve início em
Março de 2018 quando o presidente
norte-americano, Donald Trump,
impôs tarifas sobre a importação
de aço e alumínio chinês.
Já aquele país asiático respon-
deu com tarifas sobre produtos
americanos, principalmente ali-
mentares e, desde então, afectou,
desta forma milhares de produtos
comercializados pelos dois países,
que passaram a pagar mais impos-
tos dos dois lados.
proibiu igualmente as empresas
americanas de comercializarem
produtos para a China e exerceu
forte pressão sobre outros paí-
ses contra a Huawei, que é neste
momento a maior empresa chi-
nesa de fabricação de telemóveis,
concorrente directa da Apple e da
Samsung.
Como resultado ainda desta
proibição, empresa como a Google
baniu o suporte técnico, serviço e
aplicativo nos novos aparelhos da
Huawei, que tenciona implemen-
tar a tecnologia 5G nos seus dis-
positivos.
O governo chinês impôs, assim,
tarifas em mais de 128 produtos
norte-americanos, contra 97 dos
EUA, incluindo principalmente a
soja, um importante produto da
exportação dos EUA para a China.
A lista de tarifas totaliza um
montante de 50 biliões de dóla-
res sobre as importações prove-
nientes da China.
Todas as organizações finan-
ceiras internacionais, com des-
taque para o Banco Mundial e o
FMI, dizem que o prolongamento
da guerra comercial vai afectar,
sobretudo, os países em desenvol-
vimento de África, Sudeste da Ásia
se este conflito
se prolongar, é
possível que este
ano tenhamos
uma recessão
económica
e América Latina, que têm, actual-
mente, o maior risco de serem eco-
nomicamente fragilizados.
Nesse contexto, não serão os
EUA e a China os afectados, con-
forme afirma o professor de polí-
tica comparada da Universidade
Chinesa de Hong Kong, James F.
Downes, “Se a guerra comercial
se prolongar, com alta de tarifas
sobre bens e serviços, é possível
que tenhamos uma recessão em
escala global, com retração do
PIB em vários países, principal-
mente dos mais alinhados com
a China e os EUA”.
Primeiro acordo
No ano passado, os dois Estados
anunciaram terem chegado ao
suspendem a aplicação de novas
tarifas sobre importações que
estavam prestes a entrar em vigor.
Agora, precisam que este ano esse
acordo crie trâmites legais antes
de ser assinado um outro, algo que
ainda não foi feito e está longe de
acontecer.
Futuro de Donald trump
Em Novembro deste ano, Donald
Trump vai procurar a reelei-
ção para Presidente dos EUA
no sentido que garantir mais
um mandato de quatro anos,
evento que vai virar todas as
atenções voltadas para quem
será o novo inquilino da Casa
Branca.
O presidente dos EUA sofre um
impeachment neste momento algo
que poderá ser decisivo para a sua
permanência ou não no poder. A
decisão final depende de uma vota-
ção no Senado, que tem maioria do
seu partido, o Republicano.
O comércio entre os dois paí-
ses também passa e vai continuar
a viver um grande desequilíbrio.
Em 2017, as exportações dos EUA
para China atingiram apenas 130,37
biliões de dólares, enquanto as
importações de produtos chineses
um déficit de 375,23 biliões para os
EUA, o que desagradou as especta-
tivas esperadas. E este indicador
vem baixando significativamente.
No relatório da investigação,
baseado na secção 301 do Acto de
Comércio, os EUA alegam que a
China utiliza quatro tácticas não
competitivas para adquirir a tec-
nologia, que é preciso contrapor:
1. Impõe restrições para empre-
sas estrangeiras de países rivais
em benefício dos seus parceiros e
aumenta a burocracia na licença
administrativa. A China também
implementou uma estratégia que
exigia que investidores estran-
geiros fornecessem tecnologia de
ponta e em troca da entrada no
mercado chinês;
2. Exige processos burocráti-
cos para emissão de licença para
empresas estabelecerem opera-
ções no país, desobedecendo as
regras da OMC;
3. Retiram investimentos
estrangeiros no sector de alta tec-
nologia dirigida pela intervenção
directa do Estado;
4. Invade as redes comerciais
de computadores americanos, bem
como roubam propriedade intelec-
tual dos EUA.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
O
ataque aéreo ao aero-
porto de Bagdá, no
Iraque, levado a cabo
pelo Exército norte-
-americano, recen-
temente, que teve como alvo o
major-general Qassem Solei-
mani, arquitecto da crescente
influência militar do Irão na
região do Médio Oriente e con-
siderado um herói entre irania-
nos, provocou um subida abrupta
no preço do petróleo no mercado
internacional.
O ataque aconteceu exacta-
mente no Iraque, o segundo maior
produtor da Organização dos
Países Exportadores de Petró-
leo (Opep), responsável por uma
produção diária de 3,4 milhões
de barris, colocando o preço nos
70,0 dólares, até ontem.
Apesar de a Arábia Saudita
como os EUA já se mostraram
disponíveis para libertar as
reservas estratégias de modo
a conter a subida dos pre-
ços, a verdade é que enquanto
durar essas tensões, a ten-
dência é os preços continua-
rem em sentido ascendente no
mercado internaciona.
Além dos ataques mútuos
entre os EUA e o Irão, a Arábia
Saudita tinha emitido algu-
mas medidas para contenção
no fornecimento de petróleo ao
mercado, esta que o maior expor-
tador mundial do crude, por ter
sofrido temporariamente um
corte para metade da sua pro-
dução de cerca de 5,7 milhões
de barris dia, depois de duas
refinarias do gigante saudita
Aramco em Abqaiq e Khurais
terem sido alvo de um ataque
no fim do ano passado.
Os ataques tinham sido reivin-
dicados pelos rebeldes iemenitas
Huthis, apoiados politicamente
pelo Irão, grande rival regional
da Arábia Saudita, que é parceiro
fundamental dos EUA.
Instabilidade na América Latina
As previsões do Banco Mundial são pessimistas
com relação ao crescimento naquela região do globo
que estão estimadas em 4,1 por cento este ano
O ano passado, a América Latina
entrou em ebulição, criando assim
condições para uma destabiliza-
ção generalizada na América do
Sul. A Argentina elegeu um novo
presidente, Alberto Fernández, e
uma nova vice-presidente, Cris-
tina Kirchner.
Inicialmente celebrado pela sua
agenda pró-mercado, Macri imple-
mentou medidas duras, que provo-
caram descontentamento da parte
do seu próprio eleitorado. Contra-
riando as expectativas, a infla-
ção subiu, o PIB caiu e a pobreza
aumentou durante o seu governo.
O resultado foi sentido nas urnas.
Além disso, o que isso repre-
senta para o futuro do Mercosul,
bloco económico formado por Bra-
sil, Argentina, Uruguai e Paraguai
(a Venezuela está suspensa desde
2016), continua a ser uma incognita.
Na Bolívia, novas eleições
devem ocorrer este ano. A presidente
Jeanine Áñez ainda não marcou a
data. Ela substituiu Evo Morales,
que renunciou após alegar ter sido
Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou novas sanções para o Irão, o que pode agravar a situação na região
Tensões internacionais
agravam preço do petróleo
Ouro negro está a ser comercializado a 70,0 dólares por barris
e prevê-se uma nova subida nos próximos dias no mercado
}
a economia
do irão vai
continuar
sob pressão
enquanto não
baixar o tom
DR
Região vai continuar em baixa
vítima de um golpe militar.
No Chile, protestos em larga
escala pediram a renúncia do pre-
sidente, Sebastián Piñera. Ele não
renunciou, mas prometeu refor-
mar a constituição, que foi redi-
gida durante a ditadura militar de
Augusto Pinochet. Isso também
deve acontecer em 2020.
Por fim, na Venezuela, a crise
humanitária faz ainda mais pres-
Medidas de contenção
Por exemplo, o presidente do Con-
selho Europeu, que falou ontem
ao telefone com o presidente ira-
niano, Hassan Rohani, apelou
Teerão a evitar actos irreversí-
veis, na sequência do aumento
de tensão com os Estados Unidos.
No que conta as tensões na
região do Médio Oriente, o pre-
sidente do Conselho Europeu
reiterou que a União Europeia
(UE) está pronta a reforçar o
seu empenho com todas as par-
tes a fim de diminuir a confli-
são sobre o governo de Nicolás
Maduro. Mais de quatro milhões
de venezuelanos já fugiram do país.  dobre em 2020 em relação
Para aquela parte do globo,
o Banco Mundial (BM) publicou
esta quarta-feira (8) as previsões
anuais de crescimento da econo-
mia mundial, que vai alcançar
2,5 por cento em 2020, uma leve
melhoria em relação aos 2,4 por
cento do ano anterior, descrito
como o pior ano depois da crise
financeira de 2008-2009.
Enquanto isso, o relatório do
BM constatou que o crescimento
económico da América Latina e
Caribe desacelerou para 0,8 por
cento em 2019 em relação a 2018,
enquanto neste ano devemos espe-
rar um crescimento de 1,8 por
cento e vai continuar em desa-
celeração durante o ano.
Naquela região do planeta,
espera-se um crescimento de dois
por cento da economia brasileira,
1,2 por cento da mexicana, 3,6 por
cento da colombiana e uma reces-
são da economia argentina, com
um retrocesso de 1,3 por cento do
Produto Interno Bruto.
A Guiana ganha destaque,
segundo as previsões do Banco,
com um impressionante cresci-
mento de 86,7 por cento, fruto
do desenvolvimento da indús-
tria petrolífera local.
tualidade na região e no mundo.
Por outro lado, o Presidente
iraniano declarou que a UE sem-
pre desempenhou um papel esta-
bilizador e responsável na região
e que o Irão está pronto a conti-
nuar a sua colaboração com as
instituições europeias.
O belga Charles Michel decla-
rou ainda que o Plano de Acção
Conjunto Global (JCPOA) - o acordo
internacional nuclear com o Irão,-
foi um feito importante após 10
anos de intensas negociações,
permanecendo uma ferramenta
Economia
brasileira
A economia brasileira vai
crescer apenas dois por cento
este ano, um valor ainda
considerado baixo, mas que para
o especialistas é um indicador
mais alto em relação ao período
2014-2016, altura em que o
país passou por uma recessão
económica.
A verdade é que o Brasil vai este
ano ter um desempenho melhor
que 2019, segundo um relatório
publicado no dia em Dezembro
pelo Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio
Vargas.
A expectativa do instituto é que
destaque 7
importante para a estabilidade
regional.
Já para a Agência Internacio-
nal de Energia (AIE), essa subida
abrupta era esperada depois dessa
escalada de violência, em parte
devido a diminuição feita recen-
temente no consumo de petróleo
global, estimada este ano para
102,1 milhões de barris por dia.
Reconhecendo a actual subida,
a agência informou que nos pró-
ximos meses os preços vão conti-
nuar sob forte pressão ascendente
à medida que as reservas glo-
bais de petróleo vão diminuindo
durante o primeiro semestre de
2020, por conta destas tensões.
Novas sanções ao Irão
Depois dos ataques às bases
dos EUA no Iraque, o Presi-
dente Donald Trump anun-
ciou novas sanções económicas
contra Teerão, mas descartou
retaliações militares. A econo-
mia do país vai continuar sob
pressão máxima do governo
Trump, causando estragos de
toda ordem no Irão, enquanto
enquanto o regime iraniano
não abandonar o seu compor-
tamento desestabilizador.
As sanções são sobretudo
contra as exportações de petró-
leo daquele país, que retiram do
regime bilhões de dólares em
receita que, caso contrário, a sua
Guarda Revolucionária Islâmica-
-Força Quds despenderia para
apoiar o Hezbollah, o Hamas e
outros grupos terroristas.
Segundo dados avançados,
o povo iraniano sofre com o
aumento dos preços e um regime
focado na exportação de terror,
em vez de aliviar as dificulda-
des no âmbito nacional. O Irão
regista uma inflação de 48 por
cento, embora os preços de ver-
duras, legumes e carnes tenham
subido mais de 100 por cento no
ano passado. IB
actividade económica quase
ao ano que termina, com um
crescimento de 2,2 por cento do
Produto Interno Bruto(PIB) em
2020.
Na corrida pelo desenvolvimento
económico, o Presidente do
Brasil Jair Bolsonaro escolheu um
lado, alavancar o sector privado,
imprimindo reformas para facilitar
os negócios.
Esta visão de Bolsonaro é descrita
como um novo marco para a
expansão dos investimentos
privados que promete gerar
investimentos de 700 bilhões
de reais até 2033 e impusionar
o sector de infra-estruturas, que
ficou paralisado desde 2014,
com a operação Lava Jato.
8 destaque
Produto Interno Bruto asiático
com mais folga em 2020
O Banco de Desenvolvimento da Ásia revê em baixa o crescimento das maiores
economias que vão registar apenas 5,4 por cento no crescimento presvisto para 2020
Ismeal Botelho
O
Produto Interno
Bruto (PIB) asiá-
tico vai ter este
ano mais folga
em relação ao ano
passado, com um
crescimento de
5,5 por cento em 2020, embora
abaixo da previsão divulgada em
Setembro de 2019, que avançava
um valor de 5,4 por cento.
Estes dados foram avançados
pelo o Banco Asiático de Desenvol-
vimento (BAD) que actualizou esta
semana a Perspectiva de Desen-
volvimento Asiático no período
2019-2020. Embora as taxas de
crescimento ainda sejam sólidas
nas economias daquele continente,
as tensões comerciais persisten-
tes vão afectar a região e com um
maior risco para as perspectivas
económicas de longo prazo.
Investimento interno
De acorco com os dados avançados
pelo BAB, o investimento doméstico
vai enfraquecer em muitos países,
com a queda do sentimento empre-
sarial”, disse Yasuyuki Sawada, eco-
nomista-chefe do BAD, que admitiu
que “A inflação, por outro lado, está
a aumentar devido aos preços mais
altos dos alimentos, já que a peste
suína africana aumentou signifi-
cativamente os preços da carne
suína”, acrescentou Sawada.
Inflação estimada
O relatório do BAD para este
período prevê uma inflação de 2,8
em 2019 e 3,1 por cento em 2020,
acima da previsão de Setembro
passado que era de 2,7 por cento
para ambos os anos.
Por sua vez, para o Leste Asiá-
“Gigante” sofre abalo
Desafio do país continua a ser a superação dos EUA
que pode ser alcançado se a turbulência abrandar
O gigante asiático vai mesmo
sofrer fortes abalos na sua
economia este ano dividido
a factores como a desacelera-
ção contínua, a continuidade
do programa Belt and Road e a
disputa comercial com os EUA,
que apresentam cinco tendên-
cias para a segunda maior eco-
nomia do mundo:
1. A disputa comercial com os
EUA e a agitação social em Hong
Kong, vai tornar tornar mais desa-
fiadora a economia;
2. Este ano, a economia pode
superar a dos EUA, embora a
um passo mais lento do que nos
anos anteriores;
Papua-Nova Guiné terá um desempenho mais significativo em relação às economias da su-região do continente asiático
}
O investimento
interno nas
economias vai
sofrer um ligeiro
abrandamento
em muitos países
do continente
3. No ano passado, o compro-
misso da Refinitiv em fornecer
os dados completos e robustos
sobre o mercado chinês impul-
sionou o lançamento dos apli-
cativos China, no caso o Price
Discovery e BRI Connect, que
criou vantagens;
4. O principal desafio para os
investidores será os dados confiá-
veis, para oferecer um suporte a
análises sólidas e correctas das
informações abrangentes e segu-
ras dos mercados;
5. O dramático crescimento
da última década foi seguido por
uma forte desaceleração, que pre-
cisa de ser contornada este ano.
tico, o Banco estima que o cresci-
mento da China, revisto em 2019
em 6,1 por cento, este ano desce
para 5,8 por cento, ante a previ-
são em Setembro de 6,2 por cento
em 2019 e 6,0 em 2020. Para Hong
Kong, já em recessão técnica, possi-
velmente continue a vivenciar for-
tes pressões para baixo durante o
ano, em parte devido à agitação
política. Naquele país a economia,
que contraiu 1,2 por cento em 2019,
vai crescer 0,3 por cento este ano.
Sul do continente
No sul da Ásia, o banco asiático
afirma que o crescimento da Índia,
que cresceu para baixo, em 5,1 por
cento no ano fiscal de 2019, o cres-
cimento do país será de 6,5 por
Disputa comercial constitui o maior entrave para a recuperação total na China
dr
cento neste ano fiscal, com políti-
cas de apoio. Em Setembro, o BAD
previu que o PIB da Índia cresce-
ria 6,5 por cento em 2019 e 7,2 por
cento em 2020.
Já no Sudeste Asiático, o BAD
diz que muitos países vão declinar
nas exportações e os investimen-
tos serão mais fracos este ano, na
qual as previsões de crescimento
esperado para a Cingapura e a Tai-
lândia serão baixas.
No Pacífico espera-se também
que o crescimento do PIB desace-
lere, com a actividade em Fiji, a
segunda maior economia da sub-
-região depois da Papua-Nova
Guiné, passa a ser este ano (2020) a
mais moderada que a previsão feita
no fim do ano passado pelo BAD.
dr
Economia & Finanças
dr
Oscilações constantes marcam
a semana e alteram os indicadores
Mercados
ameaçados
por tensões
Principais bolsas
começam a sentir as
primeiras consequências
Os mercados de acções asiáticos
fecharam ontem em queda na
sequência do aumento das ten-
sões entre o Irão e os Estados
Unidos da América, que levou a
OPEP a assegurar que a produ-
ção do petróleo no Iraque não
vai ser ser afectada por este con-
flito cujas consequências já são
sentidas em várias economias
do mundo.
Em Tóquio a bolsa abriu a
semana a cair 2,18 por cento. Nas
primeiras transações do dia, o
principal índice, o Nikkei, per-
deu 2,18 para 23.060,97 pontos.
Na mesma direcção, o segundo
indicador, o Topix, perdeu 1,91
por cento para 1.692,12 pontos.
Já na China continental, o
índice de Xangai caiu 1,22 por
cento, para 3.066,89 pontos, e o
índice Shenzhen desceu 1,24 por
cento, para 1.769,58 pontos. Em
Hong Kong, o índice Hang Seng
também estava em forte declínio
no final da sessão.
Os mercados ficaram assus-
tados com os dados de indústria
dos EUA há alguns dias, e é por
isso que estão agora a negociar
com o relatório de emprego com
dados negativos.
A situação crítica que se vive
actualmente a Ásia levou já a
Tailândia, a fazer esta semana,
um comunicado sobre o compro-
misso dos países do sudeste do
continente, que se comprome-
tem em assinar um pacto até
o próximo mês de Fevereiro
deste ano, para forjar o que
poderia se tornar o maior bloco
comercial do mundo, mesmo
depois que novas demandas
da Índia afectaram o processo
apoiado pela China.
A verdade é que todo projecto
de consolidação do pacto naquela
região do globo foi fortemente
condicionada pela escalada de
um clima de guerra na região
do Médio Oriente em função dos
conflitos procados pelos Estados
Unidos da América e o Irão, diver-
gências que num curto espaço de
tempo, não tem solução à vista.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Publicidade 9

(700.084)
10 destaque
Industrialização
representa
mudança decisiva
As grandes empresas africanas estão a evoluir rapidamente e são,
em geral, as mais lucrativas que as homólogas globais, sendo que
este ano vão registar um crescimento superior a do ano passado
Ismael Botelho
O
crescimento nas
onze economias
responsáveis por
60 por cento do
PIB africano,
nomeadamente,
os exportadores
de petróleo do continente e os
três países árabes como o Egipto,
a Líbia e Tunísia, que abrandou,
no ano passado, não vai travar a
subida que se espera para este
ano, que terá um desempenho
melhor em relação a 2019.
O relatório avança quatro
direcções possíveis para susten-
tar este crescimento.
Segundo o estudo, esta região
do Globo tem a taxa de urbaniza-
ção mais rápida do mundo. A pers-
pectiva é de que, nos próximos
dez anos, mais de 187 milhões
de africanos venham ocupar as
cidades, com um número equi-
valente a metade da popula-
ção actual dos Estados Unidos,
aumentando assim o número de
consumidores emergentes.
Outro factor, presente no
estudo, está relacionado ao
facto de o continente ter a maior
população activa no mundo, com
previsões de até 2034 atingir
os 1.100 milhões de pessoas
activas, superando a popula-
ção activa da China e da Índia.
O continente africano possui
ainda as maiores reservas mun-
diais de recursos naturais essen-
ciais para o crescimento mundial,
como são os casos do vanádio,
manganês, entre outros minerais.
Por outro lado, um dos pon-
tos fortes de África continua a
ser o facto de possuir a maior
percentagem do mundo de ter-
ras de cultivo não utilizadas,
estimadas em 60 por cento e
podem ser aproveitadas durante
todo ano para maior explora-
ção, acreditam os especialis-
tas internacionais.
Além destes factores, ainda
há a possibilidade de cresci-
mento tecnológico, com o digi-
tal a superar a tecnologia móvel,
uma vez que o continente é a
região do planeta com maiores
necessidades de investimento
neste sector, onde a utilização
dos smartphones vai atingir os
50 por cento este ano, contra os
18 por cento alcançados em 2015.
O continente terá igualmente
grandes oportunidades com a
continuação do crescimento do
consumo de particulares e empre-
Valores em percentagem | Arte: Carlos Casimiro
EGIPTO
ETIÓPIA
GANA
COSTA DO MARFIM
QUÉNIA
NIGÉRIA
ÁFRICA DO SUL
ZÂMBIA
ARGÉLIA
CABO VERDE
Fonte: BAD & UA
sas. Actualmente, diz o estudo,
o consumo em África ascende
a usd 4 biliões, valor que pode
atingir os 5,6 biliões em 2025.
Todos esses factores são
indicadores positivos que aju-
darão a elevar o rápido cresci-
mento nos mercados internos
e as cadeias de abastecimento
comerciais, oferecendo opor-
tunidades para construção de
empresas e de serviços alta-
mente lucrativos.
Consumo intercontinental
Espera-se ainda que o consumo
interno cresça cerca de 3,8 por
cento ao ano em 2025, para alcan-
çar um valor de usd 2,1 biliões.
As despesas em bens de con-
sumo não essenciais é prová-
vel que cresçam rapidamente,
reflectindo uma classe consu-
midora africana em expansão.
A previsão é de que cerca de
metade de todo o crescimento de
consumo no período de 2025 irá
concentrar-se em 75 cidades. Só
o consumo das empresas deverá
crescer de usd 2,6 biliões em
2015 para 3,5 em 2025.
Duplicação da produção
África tem ainda, de acordo com o
estudo, a oportunidade de quase
duplicar a produção do sector
transformador, dos actuais usd
500 mil milhões para 930 mil
milhões em 2025, uma vez que
as economias africanas já não
estão baseadas só na exportação
de matérias-primas, mas tam-
bém na exploração da grande
procura interna.
7,8
7,3
6,9
6,4
6,0
5,6
5,2
4,7
4,5
4,2
Na verdade, três quartos
deste potencial poderá este ano
advir de empresas sediadas em
África, que acompanham esta
procura a nível global. Hoje, o
continente importa um terço
dos bens alimentares, desde
bebidas e outros bens processa-
dos para o seu consumo e essa
tendência prevalece este ano.
Há também um outro quarto
do crescimento poderá advir de
mais exportações, atesta o relató-
rio, que destaca a industrialização
acelerada deste ano como factor
relevante para uma mudança
decisiva na produtividade e na
criação de seis a 14 milhões de
empregos estáveis, nos próximos
dez anos, se for uma decisão prio-
ritária dos governos.
O continente possui actual-
mente 700 empresas com recei-
tas de mais de usd 500 milhões,
das quais 400 têm receitas supe-
riores a usd 1.000 milhões. Para
os investigadores deste orga-
nismo, as grandes empresas
africanas estão a crescer rapi-
damente e são, em geral, mais
lucrativas que as homólogas
globais, sendo que este ano vão
registar um crescimento supe-
rior ao do ano anterior.
De acordo com dados recen-
temente publicados, a média da
receita anual dessas empresas é
de USD 2000 milhões este ano
este valor pode atingir, em fun-
ção dos factores avançados, USD
3000 milhões, o que corresponde
a metade do equivalente das gran-
des empresas no Brasil, Índia,
México e Rússia.
As perspectivas económicas anuais variam muito de país para país
África subsaariana cresce
de forma moderada este ano
As elevadas vulnerabilidades da dívida pública
e as baixas reservas externas vão continuar a
penalizar vários países essenccialmente africanos
O Fundo Monetário Internacional
(FMI) mantém as suas previsões
de crescimento económico posi-
tivo para África subsaariana,
que este ano poderá registar um
crescimento moderado de 3,6 por
cento, considerado estável.
De acordo com os dados avan-
çados, embora sendo uma ligeira
aceleração no crescimento, a
África será a segunda região
com maior crescimento em 2020.
Para aquela organização
financeira internacional, esta
retoma do crescimento será mais
lenta do que o anteriormente
previsto devido, por causa do
ambiente externo ao continente
mais difícil, previsto nas ‘Perspe-
tivas Económicas Regionais para
a África Subsaariana, divulgadas
recentemente em Washington.
Nas suas previsões, o FMI
informa que as perspectivas
anuais variam muito de país
para país, principalmente entre
os países ricos em recursos natu-
rais. Nestes, o crescimento pode
ser de 2,5 por cento em média, e
nos outros, os registos apontam
para um valor que atinge os seis
por cento.
Riscos eminentes
A verdade é que, à semelhança
das perspetivas mundiais,
esta região do continente onde
Angola se insere, enfrentará
riscos em sentido descendente
muito elevados, a começar pelas
perturbações externas que
intensificaram-se com o abran-
damento do crescimento das
exportações. A nível interno,
as incertezas de política dos
países continuam a conter o
investimento nas maiores eco-
nomias da região.
O FMI salienta ainda, que
embora o peso da dívida média
tende a estabilizar, as elevadas
vulnerabilidades da dívida pública
dos países, as baixas reservas
externas vão continuar a limi-
tar o espaço de política em vários
países durante todo ano, daí que
a organização de Breton Woods,
recomenda, por isso, três eixos de
actuação fundamentais para os
governos, no sentido de reduzi-
Economia & Finanças
rem os riscos e promover o cres-
cimento sustentado e inclusivo, a
começar pela política monetária,
caminho já iniciado por alguns
países, incluindo Angola.
Com um Produto Interno
Bruto (PIB) de um trilião, 879
bilhões e 446 milhões de dólares
norte-americanos e uma popula-
ção actual estimada em um bilião,
233 milhões e 883 mil pessoas, o
McKinsey Global Institute diz
que, apesar da desaceleração das
economias africanas, a perspec-
tiva ainda será positiva.
Criação de resiliência
Depois, estes países devem “con-
tinuar a criar resiliência, tanto
aos choques económicos como
aos desastres cada vez mais fre-
quentes relacionados com o clima
e aos desafios acrescidos em maté-
ria de segurança, o que requer a
melhoria dos quadros de política
macroeconómica, a promoção
da diversificação económica e o
reforço dos setores financeiros”.
Por último, recomenda o FMI,
é preciso aumentar o cresci-
mento no médio prazo para criar
emprego para a força de trabalho
em expansão”, o que se faz atra-
vés da implementação de “refor-
mas estruturais para fomentar
o investimento e a competitivi-
dade, abordando de forma abran-
gente as barreiras tarifárias e não
tarifárias no contexto da zona de
livre comércio africana”.
O relatório ‘World Economic
Outlook’, no original em inglês,
não se debruça em pormenor sobre
as economias africanas, ofere-
cendo antes uma visão mais glo-
bal da economia mundial.
Para o conjunto da região da
África subsaariana, o Fundo prevê
um crescimento de 3,2 por cento
neste ano e de 3,6 por cento em
2020, “o que é ligeiramente mais
baixo, em ambos os anos, do que
o previsto no relatório de Abril”.
Nas previsões, o Fundo ante-
cipa que a inflação por cento este
ano para 15 por cento em 2020 e
que a balança corrente fique nega-
tiva em 2020, em 0,7 por cento do
PIB, depois de registar um valor
positivo de 0,9 por cento este ano.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
O que se espera da economia angolana?
Os dados do FMI apontam para um crescimento moderado de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)
S
As previsões do Fundo
Monetário Internacio-
nal (FMI) apontam para
este ano um crescimento
económico na ordem de
1,2 por cento para Angola, que no
ano passado registou uma con-
tracção de 0,3 por cento do Pro-
duto Interno Bruto (PIB).
Por outro lado, de acordo com
o relatório sobre as Perspectivas
Económicas Mundiais divulgado
no fim de 2019, em Washington,
os peritos do FMI afirmam que
a economia angolana, por causa
do declínio na produção petrolí-
fera no ano passado, começa a
recuperar, mas de forma mode-
rada este ano.
Numa outra previsão, a Fitch,
por exemplo, afirma que o país,
que evitou uma nova recessão
em 2019, crescendo somente 0,4
por cento, regista uma aceleração
de dois por cento este ano, man-
tendo, no entanto, uma perspec-
tiva de evolução negativa.
Já o Governo angolano pers-
pectiva que a economia nacional
venha apresentar resultados positi-
vos em 2020, caso se mantenham,
ao longo do ano, as previsões inter-
nacionais do preço médio do barril
do petróleo, que estava a ser ven-
dido a 61,50 dólares norte-ameri-
canos e com as tensões no Médio
Oriente passou a ser comercializado
a 70,0 dólares o barril. O remanes-
cente dá sempre uma maior folga
ao OGE do ano em curso.
Para o ano em curso prevê-
15,9
bilhões de dólares
São as receitas e despesas estimadas
no Orçamento Geral do Estado (OGE )
para o exercício económico 2020, para
a sobrevivência do Estado angolano.
-se, igualmente, taxas positivas
e a retoma do crescimento eco-
nómico no país, alimentada pelo
aumento da taxa de crescimento
do sector não petrolífero, apesar
do abrandamento da redução da
produção petrolífera registada
no passado.
Indicadores animadores
O sucesso do Programa de Estabi-
lização Macroeconómica iniciado
em Janeiro de 2018, com sinais
positivos em 2019, começam a
ter os seus principais ganhos
ao longo deste ano, registando
assim um saldo orçamental posi-
tivo superior ao do ano passado,
que assinalou saldo a marca dos
1,3 por cento do PIB.
Angola saiu da situação orça-
mental deficitária que se encon-
trava desde 2015 para um estágio
superavitária de grande impor-
tância, o que significa que o país
terá menores necessidades de
endividamento e pode escapar
de uma autêntica armadilha da
dívida nos próximos três anos.
De acordo com dados avan-
çados pelo Executivo angolano,
houve com isso uma diminuição
das taxas de juro praticadas no
mercado nacional em 2019, tendo
as despesas com o serviço da
dívida representado cerca de 51
por cento do total da despesa do
Orçamento Geral do Estado, o que
é uma cifra relativamente alta,
que conforta o ano todo de 2020.
O Executivo realizou o ano
141
mil milhões
É montante destinado para apoiar as
iniciativas dos empresários nacionais
via Programa de Apoio ao Crédito,
conhecido PRODESI aprovado em 2018.
Um ângulo da Marginal de Luanda,
um dos pontos da cidade muito visitado
}
Angola saiu
da situação
orçamental
deficitária que
se encontrava
desde 2015
passado um trabalho acérrimo
para reduzir a dívida pública,
que ronda actualmente os 90
por cento do PIB e para este ano,
o Executivo garantiu trabalhar
para colocar a dívida abaixo dos
60 por cento do PIB com prazos
que se estendem ao ano de 2022.
Situação monetária
No domínio monetário, registou
uma ligeira descida na inflação,
que de lá para cá, continua a per-
correr uma trajectória descen-
dente. Nos últimos 12 meses, esta
situou-se em 17,24 por cento, um
nível inferior em 1,36 pontos per-
centuais ao observado em igual
período de 2018, que foi de 18,6.
As previsões apontam para uma
descida de dois pontos percen-
tuais este ano.
Até 2022, de acordo com o
Plano de Desenvolvimento Nacio-
nal (PDN), os grandes esforços
do Executivo vão continuar a ser
direccionados à política fiscal,
economia angolana
60
por cento
O Executivo garante trabalhar para
colocar a dívida abaixo desta marca com
prazos que se estendem até o ano de
2022, caso a economia não abrande.
monetária e cambial de modo que,
neste período, o país possa voltar
a ter taxas de inflação anuais de
um só dígito.
Contas externas
Quanto às contas externas,
notou-se que, a conta corrente
da Balança de Pagamentos saiu
de um défice de 0,5 por cento do
PIB em 2017, para um superávit
de 7,0 por cento do PIB em 2018, e
o saldo desta melhorou ao sair de
um défice de 4,0 por cento do PIB
em 2017 para um défice de ape-
nas 0,5 por cento em 2018. Este
é um sinal positivo que vai ani-
mar a economia ao longo do ano.
No domínio das Reservas
Internacionais Líquidas, que
situavam-se em 10 mil e 290
milhões de dólares, contraindo
os 354 milhões e 80 mil em rela-
ção ao saldo no final de 2018, teve
uma melhoria considerável em
2019, voltará a crescer em 2020.
Legislação de apoio
Há igualmente um conjunto de
factores que vão permitir que o
desempenho da economia seja posi-
tivo, que tem a ver com o recente
processo de revisão das leis do
Sistema Financeiro angolano, no
caso a Lei de Bases das Institui-
ções Financeiras, do Combate ao
Branqueamento de Capitais e do
Financiamento ao Terrorismo,
do Sistema de Pagamentos de
Angola e a Lei do Banco Nacional
de Angola, realidade legislativa
10,2
mil milhões
Correspondem ao valor das Reservas
Internacionais líquidas de 2017, que
tiveram um aumento de 354 milhões e
80 mil em 2018 e devem aumentar.
destaque 11
que vai conferir maior credibili-
dade ao sistema financeiro ango-
lano e a economia nacional.
Apoios aos empresários
A continuação do apoio aos empre-
sários nacionais pelo Estado, com
vista a tornarem-se cada vez mais
competitivos e fortes, via PRO-
DESI, para que estes possam aju-
dar a produção nacional, visando
a diminuição ou eliminação das
importação destes produtos, pode
constituir uma alavanca ao desen-
volvimento do país.
O Programa de Apoio ao
Crédito, principal suporte do
PRODESI, que já está em imple-
mentação, com intervenção de
8 bancos comerciais, conta com
uma linha de crédito com juros
bonificados no valor de 141 mil
milhões de kwanzas com efei-
tos imediatos este ano, além do
ajustamento recentemente feito
à pauta aduaneira, vão estabe-
lecer o necessário alinhamento
entre a importação dos produtos
da cesta básica e de outros pro-
dutos prioritários para a produ-
ção nacional destes produtos a
nível interno.
O Orçamento Geral do Estado
deste ano conta com receitas esti-
madas em 15,9 biliões de kwanzas
e despesas em igual montante.
No que diz respeito à taxa de
inflação mensal, o Banco Nacio-
nal de Angola mantém esta, por
enquanto, nos 1,5 por cento e prevê
menos oscilações. IB
1,5 %
inflação
O Banco Nacional de Angola mantém
este valor como a taxa de inflação
mensal e garante constante prevê
menos oscilações ao longo do ano.
12
Finanças
BNA poupa usd 30 milhões
com emissão de nova moeda
Novas notas vão apenas precisar de manutenção de quatro em quatro anos e com o mesmo custo de 30
milhões de dólares contrariamente as actuais que precisam de manutenção num período de dois em dois
O
Banco Nacio-
nal de Angola
(BNA) deve pou-
par, num espaço
de quatro (4)
anos, o valor de
30 milhões de
dólares com a opção da nova
família do kwanza, série 2020.
De acordo com o governador
José de Lima Massano, que falava
para os deputados, quarta-feira,
no Parlamento, actualmente, de
dois em dois anos, o BNA gasta
60 milhões de dólares ao todo
(30 milhões por período) para a
sua manutenção.
Já as novas notas vão apenas
precisar de manutenção de quatro
em quatro anos e com o mesmo
custo de 30 milhões de dólares.
“Com o uso do polímero, em
substituição do papel, a nova
nota do kwanza terá maior dura-
bilidade em relação ao utilizado
actualmente”, justificou.
Sem avançar a quantidade
a ser emitida na primeira fase,
num processo que vai decorrer
pelo menos durante sete anos,
esclareceu que a sua entrada em
circulação depende da aprova-
}
kwanza celebra 43 anos desde
a primeira emissão no mercado
A primeira unidade monetária
nacional, denominada Kwanza
(AOK), foi criada pela Lei nº
71-A/76 de 11 de Novembro
(Lei da Moeda Nacional), em
substituição do escudo colonial
- explica o Site do Banco
Nacional de Angola (BNA).
As primeiras cédulas foram
emitidas em 1977 pelo
Banco Nacional de Angola,
iniciando-se a troca da moeda
em todo o território nacional,
em que 1 Kwanza equivalia
a 1 escudo angolano. Foram
emitidas notas de valor facial
de kz 1.000, 500, 100, 50 e
20, além de moedas metálicas
no valor de 10, 5, 2 e 1 (sendo
100 Lwei = 1 Kz).
Em 1981, 1984 e 1986
foram adoptadas pequenas
alterações, através dos
Decretos nº 7/81 de 28 de
Janeiro e nº 27/86 de 13
de Dezembro, para garantir
maior segurança da moeda
e combater as falsificações
que foram introduzidas no
mercado.
Quando o preço do petróleo
ção pela Assembleia Nacional.
Para a emissão da nova série
do kwanza, foram seleccionados
três fabricantes estrangeiros,
através de um concurso público.
Devido a factores operacio-
nais, disse ser vantajoso ter mais
do que um fabricante.
Agregados monetários
Na última reunião, o Comité de
Política Monetária (CPM/BNA)
notou que o agregado monetário
M 2 em moeda nacional, que con-
grega a totalidade dos depósitos
bancários em moeda nacional e
as notas e moedas em poder do
público, registou uma variação
positiva de kz 135,86 mil milhões
em relação ao nível observado
em Setembro de 2019, tendo pas-
sado de kz 4,58 biliões para 4,71
biliões, o que corresponde a um
aumento de 2,97%.
Este aumento reflectiu-se
nos depósitos que, no período,
expandiram em kz 113,34 mil
milhões e nas notas e moedas
em poder do público que expan-
diram em kz 22,51 mil milhões.
O stock das notas e moedas em
poder do público passou de kz
caiu de 30 USD para 13
USD/barril em 1986, fez-se
sentir mais fortemente a
sobrevalorização da moeda
nacional, que tinha uma taxa
de câmbio fixa de 30,214
Kwanzas por dólar americano.
Em 1990, durante o período
de transição do modelo
socialista de desenvolvimento
para implementação de
uma economia de mercado,
substituiu-se a moeda actual
Kwanza pelo Novo Kwanza.
Neste novo modelo, as
moedas metálicas da anterior
mantiveram-se e as cédulas
antigas do Kwanza, criadas
pelos Decretos nº 7/81 de
28 de Janeiro e nº 27/86
de 13 de Dezembro, foram
sobre-impressas com os
dizeres “Novo Kwanza” para
representar a nova moeda, em
que as notas de 1.000 e 500
aproveitavam as cédulas de
igual denominação do Kwanza,
enquanto a nota de 5.000
circulou sob a forma da cédula
de Kz 100 com os dizeres
“5.000 NOVOS KWANZAS”.
Economia & Finanças
Santos Pedro
}
Para a emissão
da nova série do
kwanza, foram
seleccionados
três fabricantes
estrangeiros,
através de um
concurso público
342,78 mil milhões para kz
365,29 mil milhões. Nos últi-
mos 12 meses, o M 2 em moeda
nacional cresceu 10,84%.
Em Outubro, o stock do cré-
dito em moeda nacional regis-
tou uma expansão mensal de
2,60%, face ao aumento de 1,78
registado no mês de Setembro.
Nos últimos 12 meses, este indi-
cador decresceu 4,62%. Série de 2020 garante maior segurança e durabilidade das notas a emitir
Bancos fogem “mão pesada” do regulador
edições novembro
Os bancos Económico (BE) e de
Poupança e Crédito (BPC) mani-
festaram, esta semana, total dis-
ponibilidade em cumprir com as
orientações do regulador BNA
face as conclusões da recente
avaliação dos activos feita aos
26 bancos em operações.
As administrações dos res-
pectivos bancos fizeram saber
através de carta-resposta públi-
cada pelo Jornal de Angola que
estão cientes dos desafios e que
até final do I semestre terão con-
dições para operacionalizarem as
recomendações do banco central. BPC e Banco Económico devem até ao fim do semestre ajustar os capitais
Alguns analistas ouvidos dis-
seram que os bancos, conscientes
do rumo dado aos extintos Banc, face aos requisitos mínimos regu- de capital adicional e assegurar
Postal e Mais, por falta de obser- lamentares em vigor, com refe- o cumprimento dos limites pru-
vação aos regulamentos, não que- rência a 31 de Dezembro de 2018. denciais estabelecidos na regu-
rerão, de certeza, arriscar, daí o Neste contexto e conside- lamentação em vigor até 30 de
comprometimento público com a rando que o Exercício foi feito Junho de 2020.
justeza aos normativos. com referência a 31 de Dezem- Os impactos que os Bancos
Os resultados da Avaliaçãop bro de 2018, o Banco Nacional estimaram para cada risco, foram
da Qualidade dos Activos (AQA) de Angola instruiu os Bancos a alvo de avaliação qualitativa
revelaram que o sistema bancá- registar os ajustamentos iden- dos auditores, de forma a que os
rio é globalmente robusto. tificados no AQA nas demons- mesmos se pronunciassem criti-
Os impactos do Exercício ori- trações financeiras do exercício camente sobre a solidez da Solva-
ginavam uma necessidade de financeiro findo a 31 de Dezem- bilidade e Liquidez do Banco. Esta
recapitalização para um número bro de 2019, tendo em conta a evo- análise qualitativa foi efectuada
reduzido de Bancos que fizeram lução dos seus activos durante tanto para as condições reporta-
parte do AQA e estão concentra- o ano em curso. Após o encer- das pelo Banco a 31 de Dezembro
das no BPC e BE, que represen- ramento das contas do referido de 2018, como nas condições revis-
tavam cerca de 96% do total das exercício financeiro, os Bancos tas após a inclusão dos impactos
necessidades de recapitalização devem avaliar as necessidades decorrentes do exercício.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Ministra Vera Daves deu posse a directora nacional do Orçamento Geral do Estado, Eliana Maria dos Santos
Finanças mantém o foco
no controlo das receitas
Ministra Vera Daves garantiu esta semana todo o empenho
para que as despesas do Governo estejam alinhadas aos planos
A
consolidação das
finanças públicas,
através da correcta
tributação e da ges-
tão das despesas,
continuará, em 2020, a ser a
aposta principal da ministra
das Finanças.
Vera Daves disse na quarta-
-feira durante a tomada de posse
de novos quadros do sector e
empresas públicas, que “o foco
do sector das Finanças deve
estar virado para a consolidação
das receitas, tributando mais e
melhor, bem como na despesa,
gastando se possível menos”.
A ministra conferiu posse
a novos directores nacionais
do ministério.
Ao dirigir-se aos recém-empos-
sados, apelou a dedicarem-se às
tarefas que lhes foram incumbi-
das, para que os resultados pos-
sam ter um impacto positivo na
vida da população.
Para directora nacional do
Orçamento Geral do Estado foi
empossada Eliana Maria dos
Santos, enquanto Aldemir Valter
Contribuintes devem pagar o IPU até 31 deste mês
A Administração Geral Tribu-
tária (AGT) iniciou na última
quarta-feira (01) a cobrança da pri-
meira prestação do Imposto Pre-
dial Urbano (IPU) de 2019, cujo
processo vai até dia 31 deste mês.
O IPU, uma contribuição
anual devida pelo cidadão ao
Estado pela posse ou usufruto
de uma casa, apartamento, mora-
dia ou terreno, deve ser pago na
repartição fiscal da área de loca-
lização dos imóveis. Este imposto
incide sobre o valor patrimonial
do imóvel ou sobre o rendimento
gerado pelo seu arrendamento.
De acordo com uma nota da
AGT, os contribuintes possuem a
}
o foco do
sector das
Finanças
deve estar
virado para a
consolidação
das receitas,
tributando mais
e melhor, bem
como na despesa,
gastando se
possível menos
Aiumba tomou posse como chefe
de departamento de recursos
humanos e serviços de tecnolo-
prorrogativa de efectuar o paga-
mento em duas prestações, se
assim o desejarem, devendo a
segunda ser efectuada durante
o mês de Julho.
Para os imóveis não inscri-
tos, os titulares devem apre-
sentar a Declaração Modelo 5
do IPU, de modo a que possam
proceder à inscrição.
Sempre que possível, a decla-
ração deverá ser acompanhada
de documentos que auxiliem na
descrição do imóvel, nomeada-
mente a memória descritiva, a
planta do imóvel, a certidão ou
o título de propriedade hori-
zontal, o contrato promessa
EDIÇÕES NOVEMBRO
gia de informação e comunica-
ção de finanças públicas.
António Pedro António vai
chefiar o departamento de
Governação de Tecnologias de
Informação e Comunicação de
Finanças públicas, Anacleto
Prego assume o departamento
para organizações internacio-
nais do gabinete de intercâmbio.
Foram também empossados
para o conselho fiscal da Agên-
cia Nacional para Região do Oka-
vango (ANAGERO) David Jacinto
(presidente) e Adão Francisco e
Sóstenes Candeia, como vogais.
Sebastião Joaquim tomou
posse como presidente do conse-
lho fiscal da empresa Caminho-
-de-Ferro de Luanda, enquanto
Adelina de Sousa e Lourenço
Pina Júnior são vogais.
O comportamento dos gesto-
res é uma das principais áreas
em que o Minfin pretende actuar,
uma vez que os actuais níveis de
endividamento do Estado não
certificado deveu-se, fundamen-
talmente, a contratação de bens
e serviços não previstos.
CONTREIRAS PIPA | edições novembro
Casas acima de kz 5 milhões pagam
taxa de circulação à venda
a partir da próxima semana
A actual Taxa de Circulação,
que este ano passará a
designar-se Imposto sobre
Veículos Mortorizados,
ainda vai ser cobrada nos
moldes e termos anteriores,
segundo disseram à imprensa,
esta semana, em Luanda,
responsáveis da Administração
Geral Tributária (AGT).
Na realidade, a nova
desginação de Imposto sobre
Veículos Motorizados ainda
aguarda a aprovação final da
Assembleia Nacional pelo que,
antevendo-se para os próximos
dias o início da cobrança desta
contribuição fiscal, é previsível
que, para este ciclo, ainda os
selos tragam a designação de
Taxa de Circulação.
Em Agosto do ano passado,
noticiou o diário Jornal de
Angola, que as receitas
da Taxa de Circulação
foram de 2.859 milhões de
kwanzas, durante o período
de cobrança voluntária,
isto entre Janeiro e Abril,
considerado muito abaixo
das expectativas que eram de
arrecadar 4.980 milhões com
a venda de 795 mil selos.
A cobrança da Taxa de
Circulação inverteu,
ligeiramente, a tendência
ascendente que se observava
desde 2015, quando a
Automóveis e veículos motorizados terão 90 dias para regularização
de compra e venda, ou ainda o
termo de quitação.
Porém, a ausência dos refe-
ridos documentos não impede a
inscrição do imóvel, podendo o
titular apresentá-los posterior-
mente. Os imóveis com valor
até cinco milhões de kwanzas
estão isentos do pagamento do
Imposto Predial Urbano. Acima
deste valor, é apenas pagável a
diferença, sobre a qual se aplica
uma taxa de 0,5 por cento.
Para avaliação do valor patri-
monial do imóvel, pela Adminis-
tração Geral Tributária, são tidos
em conta factores como a locali-
zação, a idade do imóvel, a dis-
Finanças 13
arrecadação atingiu 801
milhões de kwanzas, e
em 2016, em que foram
colectados 1.805 milhões.
Os anos 2009 e 2011 foram
tidos como os únicos, ao
longo dos 14 anos da vigência
da taxa, em que a cobrança
esteve acima de 50 por
cento dos selos colocados
pela autoridade tributária,
atingindo 65 e 52 por cento,
respectivamente.
Já em Benguela, as receitas
fiscais e aduaneiras
registaram, em 2019, um
aumento de 10 mil milhões
de kwanzas, ao passar dos 36
mil milhões de 2018, para os
46 mil milhões do ano findo,
segundo fez saber à Angop
o delegado provincial das
Finanças, Gika Morais.
O imposto sobre importação
foi o que mais contribuiu,
com cerca de oito mil milhões
de kwanzas, seguido do
de consumo de produtos
diversos, com cinco mil
milhões de kwanzas.
Referiu que, apesar da entrada
tardia em vigor do Imposto
sobre Valor Acrescentado
(IVA), este contribui com 3,8
mil milhões, superado apenas
pelo imposto industrial
do grupo “A”, com 3,9 mil
milhões de kwanzas.
edições novembro
ponibilidade de serviços (água,
luz e saneamento básico) e ainda
a área de construção do imóvel.
A junção destes coeficientes
determina o resultado da avalia-
ção (acima ou abaixo de cinco
milhões de kwanzas.
Caso não procedam à liquida-
ção anual do IPU, os contribuin-
tes acumulam dívidas fiscais, que
podem dar origem à instauração
de um processo de execução fis-
cal, levando o Estado a cobrar de
forma coerciva o imposto em falta.
Na primeira prestação de
2019, a AGT colectou kz 4,7 mil
milhões, um aumento de 15 por
cento em relação a 2018.
14 finanças
Bodiva negoceia kz 18 mil milhões
Maturidades a vencer este ano (2020) são as mais requisitadas com um indicador
de 8,3 mil milhões de kwanzas captados em Ambiente Multilateral em 10 dias do mês
Regina Handa
A
Bolsa de Dívida e
Valores de Angola
(BODIVA) negociou,
nestes primeiros dias
de Janeiro, um valor
superior a 18,03 mil milhões de
kwanzas (equivalentes a mais de
37 milhões de dólares até ontem).
De acordo com o prospecto da
sala dos mercados publicados na
sua página de internet, 1,3 milhão
de kwanzas dos valores regista-
dos foram obtidos em operações
no Ambiente Bilateral.
Nos meses de Outubro e
Novembro do ano findo, o Mer-
cado de Títulos gerou negócios
estimados em aproximados 76,9
mil milhões de kwanzas em Outu-
bro e 42,02 mil milhões em 25 dias
do mês de Novembro.
Na ocasião, o administrador
Executivo da Bodiva, Odair Costa,
indicou duas razões essenciais
para tais resultados.
• Ajuste de 17 para 22% do
coeficiente de reservas obrigató-
rias para moeda nacional: Face a
medida deliberada pelo CPM, de
modo a reduzir a massa monetá-
ria, as instituições financeiras
bancárias tiveram que redefinir
as suas estratégias em termos de
disponibilidades de investimento
em Títulos de Dívida Pública de
modo a cumprirem com o ajuste
efectuado pelo BNA, tendo em
conta a liquidez disponível;
• Remoção da margem de 2%
sobre a taxa de câmbio de refe-
rência, praticada pelos bancos
Indemnizações custam kz 261,9 mil milhões
As seguradoras pagaram 6,26 mil milhões de kwanzas no ramo “Vida” e 255,6 mil milhões no “Não Vida”
num mercado em que as 10 empresas líderes do ranking do sector concentram 92 por cento da produção
O sector segurador desembol-
sou em indemnizações entre
2014 e 2018, um valor de 261,9
mil milhões de kwanzas (pouco
mais de 547 milhões de dólares
ao cambial actual).
Tais dados resultam da com-
pilação efectuada aos números
apresentados, quarta-feira, pela
Agência Reguladora de Super-
visão de Seguros de Angola
(ARSEG), no seu mais recente
relatório sobre o “Sector segu-
rador e dos Fundos de Pensões”.
O documento citado pela
Angop avança que cinco (5) das
27 seguradoras a operar no mer-
cado angolano concentram 75
por cento dos prémios de segu-
ros emitidos em 2018, calculados
em 104 mil milhões 842 milhões
de kwanzas.
O relatório da Arseg refere
que, neste período, o volume de
indemnizações cresceu cerca de
65%, tendo apresentado um agra-
Nos meses
de Outubro
e Novembro,
o Mercado de
Títulos gerou
negócios
estimados em
aproximados
76,9 mil
milhões de
kwanzas em
Outubro
e 42,02 mil
milhões
em Novembro
comerciais na comercialização
de moeda estrangeira no mercado
interbancário e os seus clientes:
Verificou-se que a medida deli-
berada pelo CPM, de modo que a
taxa de câmbio flutue livremente
até encontrar um ponto de equilí-
brio em relação ao mercado infor-
mal, acabou por tornar o mercado
cambial mais apetecível para as
instituições financeiras bancá-
rias em relação ao investimento
em Títulos de Dívida Pública;
Dissera também que em con-
formidade com a previsão do
Orçamento Geral do Estado para
o exercício de 2020, o qual prevê
vamento gradual, com excep-
ção do ano de 2015 e 2018, nos
quais foram apresentados ligei-
ras quebras.
À semelhança da produção, os
pesos das indemnizações recaem,
essencialmente, aos Ramos Não
Vida, representando mais de 90%
do total. Neste ramo, destacam-se
os seguros de acidentes, doença
e viagens (com especial enfoque
para o peso que o ramo saúde tem
vindo a alcançar) e o automóvel.
De acordo com o estudo, o sec-
tor enfrenta muitos desafios e
para ultrapassá-los tomaram-se
medidas como “elaboração de nova
regulamentação do seguro das
operações petrolíferas, em fase
de aprovação final pelos poderes
públicos, a assinatura do proto-
colo entre a Arseg e o Ministério
da Educação, visando a intro-
dução, no sistema de ensino, de
matérias relativas aos seguros e
aos fundos de pensões. IL
Títulos continuam a ser “óptimas” opções
para quem pretende rentabilizar poupança
uma despesa de 32.25%, na rubrica
de operações de Dívida Pública
Interna referente a despesa por
funções, acredita-se que o Emi-
tente Estado irá implementar as
políticas necessárias para o paga-
mento das respectivas dívidas refe-
rentes ao investimento em Títulos
de Dívida Pública na data de ven-
cimento dos respectivos títulos.
Os Bancos concorrem como
Dealers Primários e nesta con-
dição os mesmos têm autoriza-
ção para licitarem nos leilões
de Dívida Pública de Títulos do
Tesouro, inserindo livremente
as suas propostas.
Os seguros “Saúde” e “Automóveis” são até aqui os mais requisitados
Economia & Finanças
Cotações
Taxas de câmbio
edições novembro 479,383 USD/AKZ
Commodities
65,90 brent
Taxas de Juro
Moeda 10 Janeiro 2020
Euribor 1 mês EUR 0,448
Euribor 6 meses EUR 0,332
Euribor 12 meses EUR 0,251
Libor 1 mês USD 1.677,13
Libor 6 meses USD 1.874,38
Libor 12 meses USD 1.951,13
O mínimo que o investidor Taxas de Câmbio Spot
pode comprar é uma unidade Cotação 10 Janeiro 2020
do Bilhete de Tesouro, que em
norma tem um valor nominal USD/AKZ 479,383
facial de mil kwanzas. Outros EUR/AKZ 532,355
são variáveis tendencialmente
a partir dos 100 mil kwanzas. nad/AKZ 33,940
Entenda-se como sistema EUR/USD 1,1149
multilateral de negociação
aqueles em que todas as ofer- GBP/USD 1,3067
tas relativas a um mesmo valor USD/JPY 109,53
mobiliário são direccionadas
a um mesmo canal de negocia- USD/ZAR 14,2071
ção, ficando expostas a aceita- USD/BRL 4.0769
ção e concorrência por todas
as partes autorizadas a nego- USD/CNY 1,3094
ciar no sistema.
mercados accionistas
Índice 10 Janeiro 2020
Dow Jones 29,775.00
S & P 500 3,273.44
NASDAQ 9,215.12
FTSE 100 7,605.59
DR
BOVESPA 115,013.73
PSI 20 5,230.38
NIKKEI 225 23,739.87
DAX 13,496.15
Hang seng 28,789.00
Commodities
10 Janeiro 2020
Brent 65,90
crude oil 58,71
gás natural 2,13
ouro spot 1550,40
trigo 558,50
açúcar 13,60
café 118,90
algodão 69,83
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Publicidade 15

(700.002)

(700.052G)
16 Finanças
intercâmbio com organizações internacionais
Finanças pagam
usd 62,51 milhões
O
s pagamentos
da quota finan-
ceira de Angola
às Organizações
Internacionais,
no I semestre de
2019, contabili-
zaram 62,51 milhões de dólares.
De acordo com um relatório
publicado ontem pelo Ministério
das Finanças, sobre as activida-
des do seu Gabinete de Inter-
câmbio, no I trimestre foram
pagos 57,90 milhões de dólares,
enquanto no II trimestre foram
desembolsados 4,61 milhões de
dólares, respectivamente.
O relatório explica ao deta-
lhe que, nos seis primeiros
meses de 2019, Angola investiu
97 dias em acções de coopera-
ção e efectivou outras oito (8)
participações em seminários,
workshops e formações.
No relatório semestral da acti-
vidade de cooperação constam
informações sobre as acções de
cooperação desenvolvidas com os
organismos internacionais e paí-
}
ses parceiros para a consolidação
de Acordos Bilaterais e Multila-
terais, e a criação de novas redes
e pontos de actuação conjunta.
O Gabinete de Intercâmbio é
a quem cabe participar e fazer
o acompanhamento económico-
-financeiro das relações bilate-
rais e multilaterais.
O relatório explica que a nível-
Multilateral, no I semestre, ressal-
tou-se a preparação e participação
na Reunião Anual de Primavera do
Banco Mundial e FMI (Fundo Mone-
tário Internacional) e na Reunião
Anual do BAD (Banco de Desen-
volvimento Africano).
Já no âmbito Regional desta-
que para a participação na reu-
nião do Conselho de Ministros
da SADC, na reunião dos Altos
Funcionários das Finanças da
CIRGL (Conferência Interna-
cional da Região dos Grandes
Lagos), bem como na reunião de
Altos Funcionários do ESAAMLG
(Grupo Regional da África Orien-
tal e Austral contra o branquea-
mento de Capitais).
O documento diz ainda que em
matéria Bilateral salientou-se, no I
semestre, a participação na Comis-
são Bilateral entre Angola e Cuba,
Angola e São Tomé e Príncipe e
Angola e Namíbia, bem como a
participação e acompanhamento
da negociação e assinatura de Acor-
dos em matéria Fiscal, Aduaneira e
outros Acordos de Cooperação Ins-
titucional e Internacional.
Em termos de compromis-
sos financeiros da República de
Angola com outros Organismos
Internacionais a nota de realce foi
para o tratamento e acompanha-
mento de processos de pagamento
nos seis
primeiros
meses
de 2019,
Angola investiu
97 dias em
acções de
cooperação
da contribuição nos Organismos
do qual é Estado Membro.
O relatório advoga que, durante
o semestre em análise, foram
diversos os desafios observados
no exercício das tarefas incum-
bidas ao Gabinete de Intercâmbio.
“Essas tarefas com pendores
bilaterais e multilaterais mere-
ceram o acompanhamento dos
Departamentos de Cooperação
Económica (DCE) e de Organiza-
ções Internacionais (DOI)”, lê-se.
Constatou-se também, de
acordo com a fonte, um nível con-
siderável de interacção com insti-
tuições multilaterais, resultante
do grande esforço e cooperação
que se tem feito para se sobrepor
aos desafios impostos à economia
nacional por factores exógenos e
para honrar com os compromis-
sos internacionais assumidos.
Para o II semestre de 2019, é
expectável um nível crescente de
desafios e caberá prestar o contí-
nuo apoio na cooperação Multila-
teral, Regional e Bilateral.
57,9
milhões DE DÓLARES
Foram desembolsados em pagamentos
no I trimestre de 2019 como parte das
responsabilidades de Angola junto dos
organismos internacionais
4,6
milhões DE DÓLARES
É quanto contabilizou-se como
contribuição financeira liquidada no II
trimestre para cumprir as obrigações de
cooperação com organismos externos
BFA DÁ CRÉDITO
ATÉ KZ 15 MILHÕES
O Banco de Fomento
Angola (BFA) lançou, este
mês, um novo produto
de financiamento a
particulares que dá um
crédito máximo de 15
milhões de kwanzas para
pagar em 36 meses.
Ao que apurou o JE de
fonte do banco, exige-se
a domicialiação do salário
ou comprovativo de
transferência permanente
do compromisso com o
banco na conta à ordem
aberta para o efeito
e a apresentação de
um fiador. É também
obrigatório a contratação
de um seguro Vida
nos balcões do BFA no
quadro das garantias a
apresentar-se junto da
instituição.
O mutuário deve também
apresentar a “Titulação de
Livrança, em conjunto com
o(a) cônjuge e avalista se
houver” como parte da
documentação necessária,
que inclui bilhete de
identidade, Número de
Identificação Fiscal e
comprovativo de regime
de casamento.
A taxa de esforço, que
equivale a 40 por cento do
salário liquido, está fixada
num valor máximo de 54
mil kwanzas.
Economia & Finanças
Ministro Diamantino Azevedo
Potencialidades
mineiras do
Namibe à lupa
Quadros do sector petrolífero e
geológico angolano reuniram-se,
na quarta e quinta-feira, na pro-
víncia do Namibe, para avaliar
“O potencial geológico-mineiro
do Namibe”.
O workshop de dois dias foi
presidido pelo ministro Diaman-
tino Azevedo, que, na abertura do
certame, defendeu a necessidade
de se transformar o potencial
mineiro da província do Namibe
em riqueza real.
Na abertura, o ministro,
citado pela Angop, referiu para
o efeito a necessidade da realiza-
ção de um estudo sobre o poten-
cial da região.
Tal estudo, segundo o minis-
tro, requer capital, daí a necessi-
dade da intervenção do Estado e
do empresariado nacional.
Quanto ao projecto mineiro-
-siderúrgico de Cassinga, situado
na localidade da Jamba mineira
da Huíla, o ministro sublinhou
que, embora o recurso mineral se
encontra na província da Huíla,
será ecoado a partir do Porto
Mineiro do Sacomar (Moçâmedes).
Por isso, defendeu a criação
de infra-estruturas industriais
e de logísticas na província do
Namibe, para a transformação
do minério de ferro em aço.
Explicou ser objectivo do
workshop apresentação do poten-
cial da província, com base os estu-
dos anteriores, actuais e outros
estudos a serem feitos no amplo
do plano nacional de geologia.
Estão em abordagem temas
sobre licenciamento, legislação
e cadastro mineiro e os projec-
tos em implementação.
No domínio petrolífero, a
Agência Nacional de Petróleo e
Gás vai abordar sobre o poten-
cial hidrocarbonetos da provín-
cia do Namibe e os passos dados
relativos à licitação de blocos de
petróleo na província.
A realização de roadshows
internacionais para a conces-
são de direitos mineiros para a
prospecção e exploração de dia-
mantes, petróleos, ferro e fosfato
marcaram o sector de Recursos
Minerais e Petróleos em 2019.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Armando gomes
empreendedor e consultor de vendas
“Empreendedores
devem perceber
que o crescimento
dos seus negócios
depende das vendas”
Alberto Domingos
O
difícil momento
que a economia
angolana atra-
vessa tem tra-
zido ameaças e
ao mesmo tempo
oportunidades
para vários empreendedores
no país. Entre aqueles que já se
encontram consolidados, bem
como os outros, que movidos por
novas ideias, emergem no mer-
cado, trazendo serviços, produ-
tos ou soluções. Mas nem todos
têm tido a mesma sorte, por isso,
o Jornal de Economia & Finan-
ças entrevistou o consultor de
Vendas, Armando Gomes, que
revelou algumas soluções que
poderão ajudar no crescimento
de vários negócios. Para aquele
consultor, nada acontece numa
economia sem venda. Desde as
pequenas às grandes economias,
tudo é movido pelas vendas. Por
isso, disse “os empreendedores
devem perceber que o cresci-
mento dos seus negócios depende
das vendas”.
Qual é a grande importância que as
vendas possuem para o crescimento
de qualquer negócio?
Sem vendas, nenhum negócio
pode resistir independentemente
das condições do mercado. São as
vendas que movimentam toda a
economia, desde as grandes às
pequenas, e é preciso vender o
produto ou serviço ou a solução
criada. E os nossos empreende-
dores devem levar muito a sério
esta vertente se quiserem fazer
crescer os seus negócios.
Quais são as melhores maneiras que
os empreendedores devem utilizar
para conseguir vender os seus pro-
dutos ou serviços?
Os empreendedores devem apos-
tar primeiro na divulgação dos
seus negócios, independentemente
da dimensão. Além disso, devem
começar a fazer pequenos inves-
timentos em marketing, quer tra-
dicional e digital, são ferramentas
necessárias para se vender.
A criação de páginas nas redes
sociais, a produção de peças publi-
citárias, criação de páginas webs,
bem como grupos de vendas no
whatassap e outras plataformas
electrónicas, que lhes possibili-
tem ir atrás dos seus clientes,
constituem igualmente as outras
técnicas que os empreendedores
devem utilizar para ir atrás dos
seus clientes.
E quais são as outras soluções que os
empreendedores devem utilizar para
fazer vendas?
A outra solução adequada é a uti-
lização de estratégias de vendas
modernas, desde a criação de
equipas de venda devidamente
treinadas, a utilização de estra-
tégias de vendas modernas, pois,
é uma grande alavanca para a
sobrevivência e o crescimento
das empresas, porque, pelo facto
de estarmos na era da informa-
ção, e já não existir somente o
cliente, mas sim, o novo cliente,
uma pessoa que sabe o que está a
comprar e muitas das vezes que
possui um grande número de
informações a cerca do produto
ou serviço que está a comprar. E
as equipas de venda devem estar à
altura de fornecer estas informa-
ções, caso queiram manter-se no
mercado. As estratégias de venda
moderna valorizam a informa-
ção, a boa relação com os clien-
tes, a preocupação por parte dos
gestores e responsáveis de equi-
pas de vendas com os clientes, e
um conjunto de medidas. Resu-
mindo, os gestores de empresas
devem compreender que vendas
não é uma consequência, mas
sim um processo.
E quando as estratégias de venda não
funcionam, qual deverá ser o posicio-
namento dos empreendedores?
Já vi casos em que mesmo apos-
tando no marketing e as empre-
sas terem um bom posicionamento,
mesmo assim não conseguirem
vender. E normalmente quando
isso ocorre, o grande problema
reside na má qualidade dos produ-
tos ou serviços da própria empresa.
Hoje, o novo cliente não procura
apenas o produto, mas sim, o pro-
As estratégias
de venda
moderna
valorizam
a informação,
a boa relação
com os clientes,
e a preocupação
por parte
dos gestores
duto, ou seja, o valor que o produto
agrega. Então, se não for de boa
qualidade, os clientes vão fugir.
No seu dia-a-dia, como consultor de
vendas, quais têm sido as causas que
impedem com que muitas empresas
vendam de forma eficaz?
São inúmeras, se tivéssemos que
descrever aqui, talvez não res-
tasse espaço, mas há um grande
facto aqui, que é a colocação de
trabalhadores inadequados para
a área de vendas.
Na hora da contratação, muitas
empresas não fazem um enqua-
dramento do seu pessoal de venda,
de acordo com aquilo que é o per-
fil da pessoa, e isso não ajuda.
Já vi caso em que indivíduos
muito calmo e sereno serem colo-
cados a lidar com vendas em
público, e como consequência,
essas pessoas não consegue lidar
muito com o público em demanda,
e não fazem uma venda eficaz.
Uma pessoa pouco comunicativa
dificilmente lida-se bem com ven-
das em público ou em demanda.
Para áreas de venda desta natu-
reza, devem ser colocadas pes-
soas comunicativas que estejam
sempre disponíveis a dar satisfa-
ção aos clientes.
Outro grande problema que
encaro é a quantidade elevada
de trabalhadores sem formação
para trabalhar em vendas. Já me
deparei com casos de funcioná-
rios que inclusive não possuem
as devidas informações dos pro-
dutos que estão a comercializar.
Qual é a importância de se buscar
consultoria de vendas?
São inúmeras, pois que a busca
pela consultoria de vendas pode
ajudar bastante uma empresa,
entrevista 17
cedidas
independentemente do seu tama-
nho. Só para ter uma ideia, já
trabalhei com empresas em pro-
víncias como Malanje, Luanda,
Benguela, Huíla, que as suas
vendas estavam em queda, mas
aplicando certas estratégias, con-
seguiram aumentar o seu factu-
ramento para níveis muito altos,
por isso, afirmo novamente que o
motivo da falência de muitos negó-
cios não está no mercado, mas nas
próprias empresas. Algumas con-
sultorias que realizei incluíram
treinamentos, pois também julgo
ser um activo muito valioso para
a área de venda. Já treinei equipas
de venda com um número muito
elevado de pessoas. Em termos de
balanço, totaliza-se em mais de
4.000 pessoas em várias empre-
sas. Por isso, posso afirmar com
a devida certeza que as vendas
são o segredo actual para o cres-
cimento de todo o negócio.
É possível existir um bom empreen-
dedor sem ser um bom vendedor?
Si m , é possível, mas este
empreendedor vai fracassar
muito cedo, pois que, actual-
mente, quem dita os destinos
ou a continuidade dos negócios
são os clientes, porque são eles
que possuem o poder de compra
e o empreendedor deve apren-
der a vender para estes clientes.
18
Empresas
Porto de Cabinda
prevê arrecadar
Kz 9 mil milhões
Problemas de calemas e assoreamento têm afectado o bom desempenho daquela unidade portuária empresarial
Fábrica de bens alimentares destruída
por um incêncio em Benguela
Uma fábrica de embalagem de
vários produtos de bens ali-
mentares, com destaque para o
arroz, feijão, fuba, açúcar, massa
de tomate, todos da marca “Tio
Lucas” foi tomada por um incên-
dio de grandes proporções, na
madrugada de ontem, na zona
industrial do Uchi, em Benguela.
O incêndio destruiu total-
mente aquela unidade de pro-
dução e dois armazéns de bens
alimentares, segundo uma
fonte dos Serviços de Protec-
Ainda não são conhecidas as causas que originou o incêndia na fábrica
ção Civil e Bombeiros local.
A Angop apurou que, a fábrica
foi desactivada meses antes da
inauguração recente do complexo
industrial “Leonor Carrinho”,
mas mantinha ainda alguns pro-
dutos armazenados.
Os agentes da empresa pri-
vada de segurança descartam
a possibilidade de um curto-
-circuito, visto que a fábrica
não estava ligada à rede eléc-
trica, e a mesma era alimen-
tada por um grupo gerador
angop
edições novembro
que também não funcionava
há mais de dois meses.
O fogo destruiu igualmente os
produtos armazenados, bem
como a estrutura pertencente
à empresa “Leonor Carrinho”.
A fonte avançou não serem
conhecidas ainda as causas do
incêndio, nem a quantidade de
bens alimentares destruídos,
mas garantiu que a situação
está já controlada, após o envol-
vimento de 30 efectivos e quatro
viaturas de combate de incêndios,
sem registo de vidas humanas.
Importação de alimentos
O incêncio acontece numa altura
em que o Executivo quer redu-
zir as importações de produtos
da cesta básica, cujo montante
gasto nos últimos dez meses
foi 1,3 mil milhões de dólares,
segundo apurou o JE.
Por essa razão, o país tem
disponíveis 840 mil milhões de
kwanzas, equivalentes a dois
mil milhões de dólares ,para
financiar investimentos pro-
dutivos em território nacional
com o fito de reduzir as impor-
tações de produtos da cesta
básica, no âmbito dos progra-
mas PRODESI e PAC em curso.
O
Joaquim Suami em Cabinda
Porto de Cabinda
prevê arrecadar,
este ano, um total
de 9 mil milhões
e 339 milhões de
kwanzas, com
o manuseio de
213.382 de toneladas de cargas
diversas, 30.479 contentores
cheios e vazios, da atracagem de
328 navios de longo curso, cabo-
tagem e petroleiros.
Os dados foram apresenta-
dos pelo presidente do Conselho
de Administração do Porto de
Cabinda, Samuel Sambo, durante
a cerimónia de cumprimentos do
fim de ano.
O gestor indicou também
que entre 2018 e 2019, o Porto
de Cabinda manuseou 450.681
toneladas de cargas diversas,
60.769 contentores cheios, atra-
cagem de 608 navios de longo
curso, cabotagem e petrolei-
ros, o que permitiu arrecadar
oito mil milhões e 300 milhões
de kwanzas.
Prejuízos financeiros
Referiu que devido a problemas
de assoreamento verificados em
2018 e 2019, o Porto de Cabinda
não operou em 365 dias como
tem sido habitual, tendo regis-
tado uma queda de operação de
319 dias, o que causou prejuízos
financeiros avaliados em cinco
mil e 196 milhões de kwanzas.
“A nossa produção diminuiu
em 54 por cento tendo em conta a
actual situação económica e finan-
ceira que o país atravessa”, disse.
Acrescentou que, apesar dos
A banana é dos produtos mais exportados do grupo Agrolíder
Nova Agrolíder aposta na exportação
para “fintar”dificuldades
Xavier António
O admnistrador do grupo Nova
Agrilíder, João Macedo, revelou
que a exportação de produtos
tem sido a solução para combater
a crise económica e financeira.
“Hoje, exportamos cerca de
10 mil toneladas de produtos com
destaque para a banana”, disse.
O responsável falava em Luanda
durante um encontro com investi-
dores dos Emiratos Árabes Unidos.
Além do sector agrícola, a
empresa está ligada à agro-indús-
tria com aposta na produção de
queijos, polpas e detém igual-
mente um matadouro.
“Estamos a montar também
uma fábrica de salsichas”, refe-
riu, acrescentando que mesmo
Economia & Finanças
}
A nossa produção
diminuiu em 54 por
cento tendo em
conta a actual
crise
5
mil milhões de kz
Valor dos prejuízos do
Porto de Cabinda devido a
problemas de assoreamento
problemas das calemas, a ins-
tituição procurou manter os
seus níveis de produção. “Tudo
depende do bom tempo, de con-
trário, não conseguimos traba-
lhar, o que leva tempo a realizar
as operações de carga e descarga
de mercadorias”, esclareceu.
Samuel Sambo revelou ainda
que o ano transacto foi caracte-
rizado por variações de preço do
barril do petróleo, no mercado
internacional, o que contribuiu
na fraca produção da empresa
portuária de Cabinda. “Desde
os seus 57 anos de existência,
o Porto de Cabinda teve sempre
dificuldade de ordem estrutural
em que as suas infra-estruturas
ligadas à actividade de carga e
descarga de mercadorias pre-
cisam ser substituídas”, disse.
vigas da purificação | edições novembro
com algumas “corroções” finan-
ceiras o grupo continua a inves-
tir.
João Macedo referiu que a
Nova Agrolíder emprega qua-
tro mil trabalhadores e pretende
aumentar este número nos pró-
ximos tempos. “Temos alguns
acordos com a faculdade de
agrónomia no Huambo e outras
regiões do país em que ofere-
cemos estágios e emprego aos
melhores estudantes”, enfatizou.
A Nova Agrolíder dispõe de
quatro fazendas, nas províncias
do Cuanza- Sul e Cabinda e pro-
duz 60 variedades de produtos.
A empresa produz acima de
200 mil toneladas de produtos
por ano, com maior ênfase para a
banana, cenoura, batata e frutas.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Linhas de crédito com os Emiratos
Árabes Unidos estão asseguradas
Memorando de entendimento assinado entre a Aipex e a Câmara de Comércio e
Indústria-Emiratos Árabes Unidos vai identificar as oportunidades de investimento
António Henriques da Silva, presidente da Aipex e o presidente da CCI-EAU, durante a assinatura do memorando
}
Xavier António
A
cooperação empre-
sarial entre Angola
e Emiratos Árabes
Unidos (EAU) está
agora mais forte, com
a entrada em vigor de um memo-
rando de entendimento assinado
esta semana, em Luanda, entre
a Agência de Investimento Pri-
vado e Promoção de Exportações
(Aipex) e a Câmara de Comércio
e Indústria-EAU.
Dados a que o JE teve acesso,
Fábrica de uniformes abranda produção com a crise
O parque empresarial Mazozo
que se dedica à produção de uni-
formes, fardas, camisas e cami-
solas, reduziu a capacidade de
produção devido ao baixo nível
de encomendas desde a crise eco-
nómica e financeira.
De acordo com o respon-
sável daquela unidade fabril,
Miguel Ângelo, actualmente
atende 80 clientes/dia, con-
tra os 250 que se verificavam
há quatro anos.
O empresá r io falava à
margem da assinatura de um
memorando de entendimento
entre a Aipex e a Câmara de
Comércio A ngola-Emiratos
Árabes Unidos.
Apesar disso, garantiu que
estão atrás de outras oportuni-
dades de crescimento e expan-
são do negócio. “Inicialmente,
há todo o
interesse em
fazer parcerias
com câmaras
de comércio
de mercados
específicos
importavámos os tecidos já
cortados, mas há dois anos, o
corte é feito nas nossas instala-
ções”, afirmou Miguel Ângelo.
O empreendedor refere que
começou o negócio num con-
tentor de 40 pés e, hoje, dis-
põe de uma áera de negócios
de um hectar que incluiu zonas
de fabrico e escritórios.
Por outro lado, aconselha os
empresários nacionais a não
dependerem na totalidade do
Estado, tendo em conta que o
Executivo tem outras preocu-
pações. “Muitas vezes, as solu-
ções estão nas nossas mãos”.
Segundo apurou o JE, o par-
que empresarial, localizado
na zona de Viana-Catete, fun-
ciona também como uma incu-
badora de starturps que actua
no sector gráfico. XA
Henri Celso | angop
esclarecem que o objectivo deste
documento é identificar oportuni-
dades de investimento e de expor-
tações entre os dois países, assim
como ascultar e prestar infoma-
ções sobre os mercados.
O memorando vai igual-
mente permitir negociar linhas
de crédito, pacotes de financia-
mentos bem como a organiza-
ção de eventos como é o caso da
“10ª edição do Encontro Anual
de Investidores da AIM” a ter
lugar no Dubai de 23 a 25 de
Março deste ano.
O parque empresarial está localizado na zona de Viana-Catete
Para o presidente da Aipex,
António Henriques da Silva, há
todo o interesse em fazer parce-
rias com câmaras de comércio
que têm conhecimento específico
dos diferentes mercados.
Ganhos
“Esperamos ter uma parceria
frutuosa para ambas as par-
tes em benefício das empre-
sas das duas economias”,
enfatizou o responsável.
Ressaltou também que para a
captação de investimento privado,
a Aipex tem uma ferramenta de
trabalho denominada Programa
de Captação de Investimento Pri-
vado (Procip), onde estão já iden-
tificados 27 países com sectores
definidos para cada país.
“Os Emiratos Árabes Unidos
fazem parte da lista destes paí-
ses e que mais uma vez temos
todo interesse em colaborar com
a Câmara para atracção de inves-
timentos provenientes deste
importante mercado”, acrescen-
tou António Henriques da Silva.
Segundo o presidente da
câmara, Braúlio Martins, a meta
é assegurar esta relação e defen-
der um ambiente de negócios sau-
dável e responsável que acelere as
empresas a terem sucesso.
A Câmara de Comércio e
Indústria Angola-Emiratos Ára-
bes Unidos é uma associação
sem fins lucrativos e autónoma
com a finalidade de criar e pro-
mover negócios entre empresá-
rios dos dois países.
Durante o encontro foram
apresentadas as ideias de negó-
cios de algumas empresas nacio-
nais que estarão presentes na
10ª edição do Encontro Anual de
Investimento no Dubai.
dr
Empresas 19
EDIÇÕES NOVEMBRO
Vista da cidade do Moxico
PAPE dá
crédito a mais
de 50 jovens
no Moxico
Peleo menos cinquenta e
quatro jovens formados nas
áreas de empreendedorismo,
na província do Moxico,
beneficiaram de crédito
bancário, de Outubro
a Dezembro último, no
âmbito do Plano de Acção
para a Promoção da
Empregabilidade (PAPE).
Em declarações à imprensa,
o director do gabinete
provincial de Desenvolvimento
Económico Integrado,
Guimarães Pinto Luís, explicou
que o crédito abrangeu
empreendedores nas áreas de
corte e costura, cabeleireiro,
pedreira, pastelaria,
culinária, entre outras e foi
disponibilizado pelo Banco Sol.
Sem precisar o montante dessa
primeira fase do projecto, o
responsável que falava no
termo da primeira sessão
ordinária do governo, apontou
que para iniciar o negócio foi
concedido a cada beneficiário
um montante no valor de 300
mil kwanzas.
Para êxito desse programa, que
vai até 2022, os beneficiários
contarão com acessoria
técnica do Instituto Nacional
de Emprego e Formação
Profissional (INEFOP).
A acessoria, justificou,
visa evitar a falência das
pequenas empresas criadas
no âmbito do PAPE.
Indicou que até ao
momento o Gabinete de
Desenvolvimento Económico
Integrado catalogou, a nível
da província, mais de mil
jovens que poderão ter este
ano o crédito disponibilizado.
Para o PAPE, o Executivo
prevê disponibilizar 21.700
milhões de kwanzas e vai
priorizar as províncias que
apresentam maior índice de
desemprego.
20 Empresas
A Câmara de Comércio e Indústria de Angola é constituída por associações, 18 câmaras provinciais e 300 empresas, que devem contribuir com 54 mil kwanzas/mês
Só 20% dos filiados da Câmara
de Comércio pagam quota
A organização empresarial angolana controla um total de 812 membros filiados
mas deste número apenas 162 têm a sua comparticipação financeira regularizada
A
penas 162 filia-
dos da Câmara
de Comércio e
Indúst ria de
Angola (CCIA),
ou seja 20 por
cento de um uni-
verso de 812, pagam quota, ape-
sar do valor mínimo ser quatro
mil e 500 kwanzas/mês, revelou
hoje o presidente da instituição,
Vicente Soares.
Vicente Soares, que evitou falar
sobre as razões da fraca contribui-
ção dos associados por serem fac-
tos anteriores à sua gestão, disse
que a organização é constituída por
associações, 18 câmaras provinciais
e 300 empresas, que devem con-
tribuir com 54 mil kwanzas/ano.
Em declarações à Angop, o ges-
tor destacou a necessidade de se
encarar a questão das quotas de
forma mais realista, “não apenas
de faz de conta”. “Não como sim-
bolismo, mas como forma de fazer
com que a instituição possa fun-
DR
Inene Dos Santos é o director
}
nova direcção
começou
a reestruturar
a agremiação
alterando
o estatuto
cionar e se sustentar”, reforçou.
O presidente disse também que
a nova direcção começou a rees-
truturar a agremiação alterando
o estatuto, alargando o conselho
de direcção, assim como criando
uma mesa da assembleia-geral,
um conselho fiscal, introdução, no
conselho de direcção, das associa-
ções empresariais e das câmaras
provinciais (18 câmaras).
Centro de Formação quer duplicar oferta
André Sibi
O Centro de Formação “Empreen-
der Transforma”, vocacionado à
formação de quadros em matéria
de empreendedorismo, estudos
de mercado, marketing, mento-
ria e consultoria diversa, prevê
duplicar os indicadores em rela-
ção ao ano passado.
Esta informação foi avançada,
ontem, em Luanda, pelo seu direc-
tor, Inene dos Santos, que em
declarações ao JE, disse que o ano
passado, o centro recebeu mais
de três mil solicitações dos quais
metade frequentaram os diferen-
tes cursos ministrados com indi-
Além destas reformas já opera-
das, a nova gestão, disse Vicente
Soares, vai elevar o valor da quota
em função das categorias de cada
filiado (Grande, Média, Pequena e
Micro empresas), melhorar a base
de dados dos filiados e o nível de
informação dentro da organi-
zação e fora dela. Em relação à
informação, disse que a câmara
precisa estar bem organizada
neste domínio, pois, além dos
membros partilharem informa-
ções com investidores e organi-
zações estrangeiras que precisam
investir no país. “Temos que dar
conteúdos sobre o número de
empresas, onde estão localiza-
das, objecto social, mão-de-obra
e outras, facilitando também os
decisores públicos”, enfatizou.
De igual modo, disse que a
direcção vai focar-se, durante o
mandato de cinco anos, em congre-
gar a classe empresarial, promo-
ver os negócios entre as empresas
do país e estrangeiras, bem como
}
cadores bastante positivos.
De acordo com o director, foi
uma iniciativa que decidiu desen-
volver, nos últimos anos, para
impulsionar o empreendedorismo
no seio da juventude para promo-
ver o auto-emprego.
Oferta formativa 2020
Para este ano, a empresa prevê
incrementar novos cursos com
destaque para a gestão das redes
socias, caligrafia, elaboração de
projectos de investimento e reforço
das competências em desenvolvi-
mento pessoal e designer gráfico.
O leque de formadores é cons-
tituído por universitários de dife-
rentes áreas do saber.
JOÃO GOMES | edições novembro
o fluxo comercial entre os empre-
sários nacionais. Constituem
outros fins a serem prosseguidos
pela gestão da CCIA, a defesa dos
interesses da classe empresarial
diante do Estado e dos sindica-
tos dos trabalhadores, mas pro-
curando sempre o bem-estar e a
melhoria do ambiente de traba-
lho e das partes.
Nova Pauta Aduaneira
Sobre este instrumento revisto,
a vigorar desde 29 de Dezembro
de 2019, Vicente Soares realçou
o facto de agravar as taxas de
importação sobre bebidas alcóo-
licas, água e refrigerantes.
Porém, alertou a classe empre-
sarial a aproveitar essas facilida-
des que o Governo cria, a fim de se
organizar e tornar-se competitivo.
Referiu também que o Estado
angolano toma essas medidas,
porque o Acordo de Cotonou per-
mite a protecção das economias
mais fracas, mas isso não é eterno.
decidimos
impulsionar o
impreendedorismo
por meio da
formação no seio
da juventude
para promover o
auto-emprego
Economia & Finanças
Inadec
trabalha
no Asa
Branca
André Sibi
O Instituto Nacional de Defesa
do Consumidor (INADEC) prevê
intensificar as acções de educa-
ção do consumidor nos principais
mercados da capital do país para
diminuir a contaminação cru-
zada dos produtos. A informa-
ção foi avançada pela directora
geral-adjunta da Instituição, Anta
Weba. Em declarações ao JE, a
responsável explicou que produ-
tos como carne, yogurtes e legu-
mes, não podem ser conservados
no mesmo frigorífico, para não
gerar a contaminação cruzada.
Para Anta Weba, as quitan-
deiras precisam de dominar as
informações para melhor conser-
varem os produtos consumidos
pela maioria dos cidadãos ango-
lanos no dia-a-dia.
Segundo a responsável, além
da contaminação cruzada dos
produtos, as vendedoras foram
orientadas a manter a higiene nos
locais de conservação e comercia-
lização dos produtos, bem como
a necessidade de lavar as mãos
antes de pegar qualquer produto.
Produtos como pão que não
passam por outros processos
para serem consumidos depois
de comercializados devem ser
devidamente acondicionados
para evitar situações graves de
saúde pública.
Joana de Lurdes, que se dedica
à comercialização de vestidos de
noiva, há dez anos no mercado
do Asa Branca, no município do
Cazenga, disse que o negócio é
rentável, facto que faz o mercado
ser conhecido como o celeiro do
fardo. No entanto, garantiu que
a roupa comercializada tem qua-
lidade e são peças únicas. Antes
vendia até dez peças por mês,
hoje a realidade mudou conside-
ravelmente.
incubadora
Além de oferecer serviços aos for-
mandos, o centro dispõe de ser-
viços de encubação de pequenas
iniciativas de negócios nos dife-
rentes segmentos, como é o caso
da micro empresa Dome Semedo,
que se ocupa dos serviços de foto e
impressão de documentos.
Já a MP- Consultorial, desen-
volve serviços de consultoria
para montagem de sítios na
internet, constituição de empre-
sas e emissão de reservas de
viagem. Diariamente, o centro
recebe aproximadamente 50
solicitações e destas, perto de
vinte por cento regressa para
fazer a formação.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Publicidade 21

(700.123)
22
habitação
centralidades
SANTOS PEDRO | EDIÇÕES NOVEMBRO
Mais de sete mil moradias estão
prontas na centralidade do Zango 5
Venda de casas
está para breve
O processo de venda livre de
residências na Centralidade
“Zango 8.000”, em Luanda, ini-
cia na segunda quinzena deste
mês, informou ao JE, fonte do
Ministério do Ordenamento do
Território e Habitação.
A fonte indica que se está a
ultimar o processo da constru-
ção do Portal de Candidaturas,
a cargo da empresa Imogestin,
sendo que tão logo termine, as
inscrições bem como as modali-
dades serão tornadas públicas.
Garantiu que do total das
residências, cerca de 70 por
cento estarão sob responsa-
bilidade directa do Instituto
Nacional da Habitação (INH)
e as restantes pelo Fundo de
Fomento Habitacional (FFH).
Comercialização
Recentemente, o director-geral-
adjunto do Instituto Nacional
da Habitação (INH), António
Teixeira, revelou à TPA que
esta será a segunda fase de
comercialização de habita-
ções na urbanização Zango 5,
que começou a receber os pri-
meiros moradores em Outu-
bro de 2018.
A primeira fase foi diri-
g ida apenas aos t rabalha-
dores da função pública e de
empresas públicas.
Segundo António Teixeira,
o acesso às novas habitações
obedecerá, essencialmente,
três modalidades “arrenda-
mento, pronto pagamento e
renda resolúvel”.
Documentos necessários
Todo cidadão nacional, maior
de 18 anos, que não tenha bene-
ficiado de uma habitação pelo
Estado, que corresponda aos
requisitos que lhe forem exigi-
dos, para concorrer a uma uni-
dade habitacional, poderá ter
acesso às residências.
Quantos aos documentos
Para o efeito, o cidadão terá
de juntar o Bilhete de Identi-
dade / Número de Identificação
Fiscal, Declaração de Serviço,
Extracto Bancário dos últimos
três meses, Termo de respon-
sabilidade financeira além da
Taxa de esforço não ser supe-
rior a 40 por cento do salário.
agricultura
Longonjo aposta na
produção de adubo
A empresa “Soyadubos” está no mercado desde 2013 e tem
capacidade para fabricar 1.600 sacos por dia de 50 quilos
Adolfo Mundombe no Longonjo
erca de 34 mil tone-
ladas de adubo
orgânico foram
produzidos, no
ano passado, pela
empresa “Soyadu-
bos”, situada no
município do Longonjo, na pro-
víncia do Huambo, apesar da
situação de depreciação da moeda
nacional.
O presidente do Conselho
de Administração da empresa,
Sousa Jerónimo, revelou que a
fábrica tem capacidade para pro-
duzir 1.600 sacos de 50 quilos
(kg) por dia.
Sublinhou que resultante de
esforço conjunto, entre colabora-
dores e os camponeses foi possí-
vel atingir a cifra, o que poderá
contribuir para o aumento da
produção agrícola nas comunida-
des rurais, principalmente as da
região Centro e Sul, numa altura
em que a aposta da firma é fazer
perceber sobre a importância do
uso do adubo orgânico no solo.
“Em 2013 entramos no mer-
cado e os nossos preços conti-
nuam os mesmos. Em Dezembro,
ajustamos com o aumento de 500
kwanzas, estando o saco de adubo
orgânico de 50 quilos a custar três
mil”, justificou.
O trabalho de sensibilização,
junto das comunidades nos cam-
pos agrícolas, tem sido desenvol-
vido em parceria com as direcções
provinciais da Agricultura e a Esta-
ção de Desenvolvimento Rural,
luanda
Inscrições para terrenos infra-estruturados terminam hoje
A primeira fase de inscrições para
a aquisição de terrenos infra-
-estruturados, iniciada dia 10 de
Dezembro de 2019, em Luanda,
termina hoje (sexta-feira).
Em declarações à Angop, o
administrador para a área téc-
nica da Empresa Gestora de Ter-
renos Infra-estruturados (EGTI,
E.P.), Kilson Gouveia, até hoje,
o processo de pré-candidatura
completará 30 dias, período defi-
nido para esta fase.
Para esta fase, estão dispo-
níveis 560 lotes para a constru-
ção de habitações unifamiliares
(vivendas) e multifamiliares
(prédios), infra-estruturas para
educação, saúde, lazer, cultura
e comércio.
Sensibilização dos camponeses para o uso dos adubos tem estado a surtir efeitos
através de programas traçados
sobre a importância do uso de
adubo orgânico.
Recuperação de 69 km de estrada
A administração do município do
Longonjo, na província do Huambo,
prevê reabilitar o troço rodoviá-
rio que liga a comuna sede com
as comunas do Cacuco e Chilata,
numa extensão de 69 quilómetros
(km) de estrada, no âmbito do Pro-
grama Integrado de Intervenção
nos Municípios (PIIM).
O administrador municipal Boni-
fácio Vissetaka disse que, além das
acções de recuperação das estradas
que ligam as comunas, consideradas
Filas de cidadãos ávidos em adquirir
um terreno nos escritórios da EGTI
}
EDIÇÕES NOVEMBRO
críticas, o plano contempla também
a construção de uma ponte metálica,
sobre o rio Caunje, com 22 metros,
assim como um posto de saúde, na
comuna de Catabola, reabilitação
do Centro Materno Infantil muni-
cipal, colocação de lancis e a requa-
lificação do parque infantil.
Os investimentos, na óptica
de Bonifácio Vissetaka, trarão
melhoria nas condições de vida
das populações, destas localida-
des que foram, numa primeira
fase, as indicadas a serem inter-
vencionadas com base nos pro-
jectos elaborados e submetidos
a concurso público, dentro das
regras constantes do PIIM.
O responsável prometeu fazer
o pré-balanço desse processo
somente na próxima semana,
altura em que terá disponível os
dados mais consolidados e aptos
para divulgação.
Pré-candidatura
A pré-candidatura para a com-
pra de terrenos infra-estrutura-
dos está a ser feita online no site
da empresa (www.egti.gov.ao) ou
presencialmente no stand de ven-
das do Kilamba, Avenida Imperial
Santana, defronte ao Shopping
Xyami Kilamba.
A comercialização dos terrenos
está aberta a pessoas individuais
e colectivas, nacionais e estran-
geiras, que possuam capacidade
Economia & Finanças
34 mil
toneladas
Quantidade de adubo que a
empresa empresa Soyadubos,
localizada no município
do Longonjo, no Huambo
produziu, no ano passado
}
Em Dezembro,
ajustamos com o
aumento de 500
kwanzas, estando
o saco de adubo
orgânico de 50
quilos a custar
três mil
Exploração de minério
A exploração de minério, na
montanha de Cimbiulundo,
vai permitir a criação de dois
mil postos de trabalho directo,
sobretudo junto da camada
mais jovem, tendo sido efec-
tuado, nesta fase, estudos de
prospecção no local.
“Numa primeira fase, a
empresa seleccionada, em par-
ceria com a Ferrangol, efectuou
a prospecção e espera, poste-
riormente, começar a explora-
ção do minério, que serve para
o fabrico de telemóveis e bate-
rias industriais”, sublinhou o
administrador.
de aquisição dos terrenos infra-
-estruturados e de construção.
Nesta fase, serão excluídos
dos lotes habitacionais unifami-
liares todos os candidatos que
tenham adquirido habitação em
projectos do Estado.
Além do Sequele e Kilamba, as
urbanizações do Camama e Jar-
dim de Rosa também contam com
projectos de infra-estruturação,
que estão em fase de conclusão.
Nos terrenos infra-estrutu-
rados já estão instalados equi-
pamentos para canalização de
água potável, pontos de ligação de
energia eléctrica. Os espaços con-
tam também com arruamentos,
saneamento básico, parques de
estacionamento e espaços verdes.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
RECENSEAMENTO AGRO-PECUÁRIO E DE PESCAS
Banco Mundial
disponibiliza
usd 24 milhões
A instituição financeira é a principal patrocinadora do processo
que será realizado em todo o território até ao próximo ano
Arão Martins no Lubango
M
ais de 24 milhões
de dólares norte-
-a mer ica nos
foram disponi-
bilizados pelo
Banco Mundial para finan-
ciar o Recenseamento Agro-
-Pecuário e Pescas (RAPP), a ser
realizado no país, até 2021.
Em declarações na cidade do
Lubango (Huíla), à margem da
cerimónia de abertura da forma-
ção dos membros das Comissões
Provinciais e Gabinetes Muni-
cipais do Recenseamento Agro-
-pecuário e Pescas das províncias
da Huíla, Namibe, Cunene e Ben-
guela, a membro da Comissão
Técnica do Gabinete Central do
processo, Luísa Ferreira, disse que
o valor é controlado pelo Instituto
Nacional de Estatística, que coor-
dena o processo, onde fazem parte
os Ministérios da Agricultura e
floresta e das Pescas.
“O Banco Mundial é o princi-
pal patrocinador desta actividade.
Estamos a falar de 24 milhões de
dólares, que é o valor global dispo-
nibilizado para o recenseamento da
agricultura e pescas em Angola”,
salientou, tendo acrescentado que
o valor é controlado pelo Instituto
Nacional de Estatística.
Destacou a importância do pro-
cesso, quer no sector agro-pecuá-
rio e das pescas, tendo frisado que
a pesca artesanal é também inten-
siva e praticada em todo o país.
“Temos a pesca artesanal marí-
tima e a pesca artesanal continen-
O gado bovino angolano está estimado em 3,8 milhões de cabeças, onde a região Sul se destaca com o maior número
Luísa Ferreira
Comissão Técnica do Gab Central do Rapp
}
O nosso grande
problema está
no controlo da
pesca artesanal
continental
tal, que é intensa em toda a costa e
mesmo nas águas interiores. Daí,
a importância de realizar o censo
para conhecer-se melhor quem prá-
tica, como pratica, as dificuldades
enfrentadas e outras variáveis a
encontrar no terreno”, disse.
Reconheceu que existem
muitas famílias envolvidas na
prática da pesca artesanal marí-
tima e continental, tendo frisado
que se a actividade for realizada
com sucesso e com regras, poderá
minimizar a fome e a pobreza.
Informou que existem regras
que norteiam a actividade,
}
tendo exigido um acompanha-
mento para que a actividade
seja um sucesso e não apenas
uma prática sem benefício.
Colher bons resultados
Salientou que com o recensea-
mento da agricultura e pesca vão
escolher-se variáveis relacionadas
com as actividades que se prati-
cam na agricultura e na pesca.
Numa primeira fase vão colher-
-se variáveis simples, para o objectivo
de saber o que se faz na agricultura,
nas pescas e na pecuária.
“Teremos uma fase tida como
a de complementares, onde vamos
tirar variáveis muito mais profun-
das, saber o tipo de agro-tóxicos
que se utilizam na agricultura, e
número de barcos envolvidos na
pesca artesanal”, disse.
Com os dados estatísticos,
todas as variáveis a colher na
fase do recenseamento agro-
-pecuário e pescas, vão permitir
com que os órgãos afins tomem
decisões precisas.
Particularizou que para o
Ministério das Pescas, vai se ter
muito mais informações, relativa-
mente à pesca artesanal.
“Pelo número de barcos envol-
vidos na pesca semi-industrial e
industrial é perfeitamente conhe-
cido. O nosso grande problema
está no controlo da pesca artesa-
nal continental”, disse.
Referiu que onde se pratica a
agricultura também é patente a
pesca continental e estas variá-
veis vão, simultaneamente, aju-
dar os órgãos decisores a entender
melhor o nível de dificuldades que
as populações enfrentam.
edições novembro
DESENVOLVIMENTO
Directores dos Gabinetes da Agricultura, Pecuária e Pescas de 4 províncias
Operacionalização do Rapp
junta quatro províncias
Arão Martins no Lubango
}
Directores dos Gabinetes da
Agricultura, Pecuária e Pes-
cas das províncias da Huíla,
Namibe, Cunene e Benguela,
integrados nas comissões pro-
vinciais participam, na cidade
do Lubango, numa formação
sobre o processo de recensea-
mento agro-pecuário.
Participam ainda da forma-
ção, coordenadores provinciais,
directores municipais da agri-
cultura, Estações de Desenvol-
vimento Agrário e responsáveis
do Instituto Nacional de Esta-
tística (INE), das províncias da
Huíla, Namibe, Cunene e Ben-
guela, na qualidade de coordena-
dores provinciais e municipais
do processo.
Estratégia
A directora provincial da Agri-
cultura e Pescas da Huíla,
Mariana Soma, reconheceu que
a formação está enquadrada no
plano de actividades do recen-
seamento agro-pecuário e que
tem como objectivo principal
a análise dos aspectos organi-
zativos e a operacionalização
do Rapp a nível das províncias.
“É o momento para análise
com mais detalhe sobre todas
as componentes do processo
de recolha de dados e a sua
análise, bem como o funciona-
mento da estrutura de coorde-
nação a nível da província e a
nível dos municípios, o fluxo
de comunicação e informa-
ção entre as diferentes estru-
turas, bem como as questões
relacionadas com a logística
e a prestação de contas neste
programa”, referiu.
Reconheceu que o recensea-
mento agro-pecuário e das pes-
cas é um programa “grande”, que
tem apoios do Banco Mundial e
da FAO, pelo que a formação, a
comunicação e a complementa-
ridade de acções é fundamental.
Nesta formação, disse, vai
aprimorar-se a análise de diver-
sas ferramentas no sentido de
23
arão martins | edições novembro | huíla
Estamos todos
expectantes
com o censo
que vai trazer
informações
sobre a situação
agro-pecuária e de
pescas do nosso
país
estarem devidamente prepara-
dos para a operação principal
do censo que vai acontecer nos
próximos tempos.
Informou que é o primeiro
censo que se realiza depois da
Independência, por isso, maior
deverá ser a responsabilidade de
todos sobre o processo.
“Estamos todos expectantes
com o censo que vai trazer infor-
mações sobre a situação agro-
-pecuária e de pescas do nosso
país, informação esta que há-de
facilitar o processo de progra-
mação e estratégia nestes secto-
res, que são considerados chaves
para o desenvolvimento do nosso
país”, reconheceu.
Reiterou ser um processo his-
tórico e com muitos desafios, já
que, para além dos dados mera-
mente estatísticos, o censo trará
também ao de cima aspectos ine-
rentes à cultura, aos hábitos, aos
costumes e outras nuances uti-
lizadas pela nossa população na
área rural no processo produtivo.
Referiu que é preciso fazer da
formação um verdadeiro espaço
de troca de experiência para o
sucesso da operação do recen-
seamento agro-pecuário e de
pescas em Angola.
24 INFRA-ESTRUTURA
projectos estruturantes
Com a implementação dos vários planos que visam recuperar as estradas a circulação será uma mais-valia
Luanda reabilita
vias secundárias
e terciárias
Governador Sérgio Luther Rescova revela que pacote de
intervenção previsto para a província já está aprovado
O
governo da
prov í ncia de
Luanda prevê
começar a rea-
bilitar cerca de
38 vias de circu-
lação rodoviária
bem como a implementação de
um projecto de macro-drena-
gem ainda este ano.
A s acções vão ser v i r
para minimizar o risco de
inundações causadas pelas
enxurradas nesta fase do ano.
Seg u ndo o gover nador
de Luanda , Sérg io Luther
LUNDA SUL
Saurimo ganha sistemas de abastecimento de água
As obras de construção de dois
sistemas de abastecimento de
água, com capacidade para
30 mil litros, para beneficiar
mais de 10 mil habitantes, da
regedoria Cazembe, na cidade
de Saurimo, na Lunda Sul,
arrancam brevemente.
Segundo o governador
provincial da Lunda Sul, Daniel
Neto, as obras estarão a cargo
de uma empresa chinesa
e terminam dentro de dois
meses.
Reafirmou o compromisso
de continuar a resolver os
problemas de forma paulatina
Rescova, o pacote de inter-
venção prev isto para
este ano e que já está aprovado.
“Tão logo os recurso surgi-
rem, estas tarefas serão imple-
mentadas. Depois de se fazerem
estas estradas secundárias
e terciárias teremos de abor-
dar com profundidade a macro
drenagem”, pontualizou.
Na visão do governante, solu-
cionada a problemática da macro
drenagem poderá dar maior
fluidez na circulação a nível
da província de Luanda.
“Uma vez solucionada a ques-
para melhorar as condições
de vida da população, que
ganha também este ano, duas
escolas do ensino primário e
do I ciclo do ensino geral, uma
com 12 salas e outra com 14,
respectivamente.
Solicitou a colaboração dos
cidadãos na efectivação de
acções que concorram na
melhoria de vida de todos e a
preservação de bens colocados
à sua disposição.
Em entrevista à imprensa,
o empreiteiro da obra, Vu
Duy Thanh, avançou que
a empreitada, que inclui a
EDIÇÕES NOVEMBRO
tão da macro drenagem haverá
maior fluidez. As questões rela-
cionadas com as obras com o
canal de drenagem da zona
Cazenga/Cariango deverá ser
finalizada. Luanda tem a bacia
dos Mulenvos, bem como o rio
Cambamba que tem em todo o seu
percurso questões estruturantes
de drenagem”, precisou.
Na ocasião, o governador,
apelou à população a obser-
var cuidados na deposição de
lixo, bem como a construção
de residências nos canais de
drenagem das águas pluviais.
construção de três chafarizes,
está orçada em mais de 60
milhões de kwanzas.
Inquietações
Das inquietações apresentadas
pelos moradores, através do seu
regedor Cazengue Mutombo,
apontam melhorias das vias
secundárias e terciárias, instalação
de um posto policial e de energia
pública a fim de melhorar as
condições de vida da população e
reduzir actos de criminalidade no
período nocturno.
Kamuanga Júlia, em Saurimo
}
Tão logo os
recurso surgirem,
estas tarefas serão
implementadas.
Depois de
se fazerem
as estradas
secundárias e
terciárias, teremos
de abordar com
profundidade a
macro drenagem
38
vias de circulação
Número de projectos
estruturantes que o governo
da província de Luanda prevê
realizar a partir de 2020
“O nosso ap elo v a i no
sentido de se continua r a
reforçar o controlo e desincen-
tivar a construção de casas
nestas zonas”, destacou.
Continuidade aos projectos
Por sua vez, o director do
Gabinete provincial de Infra-
-Estruturas, Mauro Lucas,
informou à imprensa que prevê-
-se dar continuidade a alguns
projectos que se encontram
paralisados a nível da capital.
Avançou que a entrada em
funcionamento destes projectos
e os trabalhos a serem realizados
nas valas e bacias, permitirá dar
melhor resposta às enxurradas.
Como plano imediato, revelou,
o governo provincial de Luanda
vai fazer limpeza e retirada de
alguns entulhos que se encon-
tram nessas valas de drenagem
e que para tal vai movimentar
meios com alta capacidade.
O Governo tem desenvolvido acções que visam melhorar a distribuição
Economia & Finanças
rua 28 de Agosto/
Antigo Controlo
já está reaberta
A rua 28 de Agosto, que liga
parte do antigo controlo do Golf I
até à divisória do distrito urbano
do Neves Bendinha, foi reaberta
ao público na passada segunda-
feira, depois de beneficiar de
obras de requalificação.
Localizada no município do
Kilamba Kiaxi, a estrada foi
reaberta na presença do
governador de Luanda, Sérgio
Luther Rescova.
Com uma extensão de quatro
mil e 450 metros, parte do antigo
controlo até à Tourada (Maianga),
passando antes pelo Cassequel,
Avô Kumbi, 28 de Agosto até à
Avenida Pedro de Castro Van-
Dúnem (Loy).
Nesta primeira fase, foi
reaberta uma via com três
mil metros de extensão, que
vai desde o antigo controlo à
divisória do Neves Bendinha.
A via beneficiou de trabalhos de
colocação de lancis, iluminação
pública, rede de drenagem
das águas pluviais e residuais,
passeios e de rampas nas
residências para o acesso das
viaturas dos moradores.
Na ocasião, o director
provincial de infra-estruturas
e serviços técnicos de
Luanda, Mauro Lucas, disse
estar para breve a reabertura
da via denominada “Ana
Paula”, também localizada no
Kilamba Kiaxi, para ajudar na
mobilidade urbana.
Afirmou que, no troço ora
reaberto, o único ponto que
falta terminar é o da rua Ngola
Mbandi, no Cassequel, até à
divisória do Neves Bendinha.
Referiu que, para melhor
fluir o trânsito proveniente
dos municípios do Talatona,
Belas e Viana, espera-se
pela reabertura da estrada
denominada “Ana Paula”,
dentro dos próximos 30 dias.
Informou que a empresa
encarregue da obra, também
vai fazer a manutenção e a
conservação das mesmas
vias que estão a ser reabertas
em Luanda, relativamente
à questão da arborização
e saneamento, para depois
passarem esses serviços para
as administrações municipais.
edições NOVEMBRO
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
publicidade 25

(700.091)
26
África
FAO doa 1,7 milhões de euros
para agricultores moçambicanos
A
Organização das
Nações Unidas
para a Alimen-
tação e a Agri-
cultura (FAO)
desembolsou
um total de dois
milhões de dólares (1,7 milhões de
euros) para apoiar 12 mil famílias
afectadas pelo ciclone Kenneth na
província de Cabo Delgado, Norte de
Moçambique, anunciou a agência.
“O apoio incide sobre os dis-
tritos de Macomia, Mocímboa
da Praia, Mecufi, Metuge e Quis-
sanga, onde famílias recebem,
cada uma, um kit com semen-
tes de milho, feijão e hortícolas,
incluindo instrumentos de traba-
lho como catanas e enxadas para
que possam recuperar a produção
perdida”, lê-se num comunicado
da FAO distribuído à imprensa.
Além das famílias afectadas
pelo Kenneth, que se abateu sobre
Cabo Delgado em Abril do ano
passado, o apoio da FAO, finan-
ciado pelo Reino Unido, vai abran-
ger famílias afectadas pelo mau
tempo que tem devastado a pro-
víncia desde finais de Dezembro.
“Com a chuva que se faz sen-
tir na região, com destaque para
o Norte da província, os níveis
dos rios subiram consideravel-
mente, danificando perto de 4 mil
hectares de culturas diversas”,
lê-se ainda no documento, acres-
centando-se que, além do apoio
material, espera-se que um total
de seis mil mães destes cinco dis-
tritos beneficiem de capacitação
na área de educação nutricional.
São Tomé obtém usd 12
milhões de ajuda orçamental
O primeiro ministro são-tomense,
Jorge Bom Jesus, confirmou o
desembolso de 12 milhões de dóla-
res americanos de ajuda externa
para o Orçamento Geral do Estado,
sendo cinco milhões do Banco
Mundial (BM) e sete do Banco Afri-
cano de Desenvolvimento (BAD).
Do total de ajuda, os cinco
milhões de dólares do BM chega-
ram ao país, em finais de Dezem-
bro, esperando-se receber os
restantes sete milhões do BAD
em Janeiro deste ano, precisou
Jorge Bom Jesus, em declarações
à imprensa à margem das come-
morações do 4 de Janeiro, dia do
herói da resistência colonial.
“Temos que inverter a rea-
lidade actual, temos que come-
çar a exportar mais e a importar
menos, criar riqueza, porque sem
crescimento económico não há
salvação para a nossa auto-sufi-
ciência”, afirmou.
Referiu que o seu governo
rubricou acordos para desenvol-
Com a chuva, os níveis dos rios subiram consideravelmente danificando perto de 4 mil hectares de culturas diversas
Em Abril do ano passado,
alguns pontos da província de
Cabo Delgado foram atingidos
pelo ciclone Kenneth, que cau-
sou a morte a 45 pessoas e afec-
tou outras 250 mil.
Um mês antes da passagem do
Kenneth, o centro de Moçambique
foi devastado pelo ciclone Idai, que
provocou mais de 600 mortos e
afectou cerca de 1,5 milhões de
pessoas no Centro do país, além de
destruir várias infra-estruturas.
Na época chuvosa em curso em
Moçambique, quase 48 mil pes-
soas foram afectadas pelos efeitos
desde Outubro um pouco por todo
o país, segundo dados do INGC.
Entre Novembro e Abril,
Moçambique é ciclicamente atin-
gido por ventos ciclónicos oriun-
vimento de cinco projectos eco-
nómicos com alguns investidores
estrangeiros, nas áreas das infra-
-estruturas e do turismo.
“Vejo o ano 2020 com muita
expectativa, com muita con-
fiança, mas peço desde já aos
são-tomenses muito espírito de
trabalho”, exortou.
O Orçamento Geral do Estado
para 2020 foi aprovado, a 23 de
Dezembro, e está avaliado em 159
milhões de dólares americanos.
159
milhões de dólares
Corresponde a previsão do
Orçamento Geral do Estado
para o exercício económico
2020 aprovado em Dezembro.
DR
}
dos do Índico e por cheias com
origem nas bacias hidrográficas
No total, 714 da África Austral.
No total, 714 pessoas morre-
pessoas morreram ram durante o período chuvoso
em 2018/2019, incluindo 648, víti-
durante o mas dos ciclones Idai e Kenneth.
período chuvoso Insegurança alimentar
Por outro lado, a Federação Inter-
em 2018/2019, nacional da Cruz Vermelha e do
Crescente Vermelho (IFRC) aler-
incluindo 648 tou recentemente, que a inse-
gurança alimentar devido aos
vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, em
Moçambique, deverá afectar dois
ciclones Idai e milhões de pessoas, havendo 38 mil
crianças em má nutrição.
Kenneth “Os estragos causados pela
água nos sistemas de saneamento
e nas estruturas de higiene são em
Gabão assina convenção de
exploração de manganês
O Governo gabonés assinou
uma convenção de exploração
de uma mina de manganês
com a operadora Nouvelle
Gabon Mining SA, na cidade
de Okondja, no Sudeste
do Gabão, que prevê uma
produção anual de 500 mil
toneladas.
O acordo foi rubricado na
passada segunda-feira, em
Libreville pelo Ministério
das Minas gabonês e pelo
director-geral da Nouvelle
Gabon Mining, Narenda Baraj,
no termo de cinco meses de
negociações.
Desde 1960, o metal
amarelo é explorado a partir
do jazigo de Moanda pela
Empresa Mineira de Ogooué
(COMILOG), sucursal do grupo
francês Eramet.
O jazigo de Moanda é
apresentado como uma das
duas minas de manganês mais
competitivas no mundo.
Primeiro ministro são-tomense A exploração conjunta das
Jorge Bom Jesus fala dos desafios
Economia & Finanças
12
mil famílias
Número de agregados
afectados pelo ciclone Kenneth
na província de Cabo Delgado,
norte de Moçambique
parte responsáveis pelo aumento
dos riscos de saúde” e aponta que
“as comunidades nas áreas mais
pobres e nas regiões perto da Beira
têm estruturas de saneamento e
higiene desadequadas, o que expõe
as famílias às doenças”.
O impacto dos ciclones, lamen-
tou o responsável, deve-se em
grande parte à falta de capacidade
de prevenção e de investimentos
anteriores aos desastres naturais
e à falta de programação política.
“Os investimentos na pre-
paração são críticos para redu-
zir o sofrimento humano e para
salvar inúmeras vidas, por isso
apelamos aos governos, aos doa-
dores e aos actores humanitários
para fazerem mais na preven-
ção e na redução dos futuros
desastres aqui em Moçambique”,
concluiu o responsável.
A Cruz Vermelha está a traba-
lhar junto das comunidades afec-
tadas para preparar a estação das
chuvas, ajudando os agricultores
a semearem colheitas mais fortes
para combater a insegurança ali-
mentar, tendo já dado assistência
a mais de 192 mil pessoas.
minas de manganês de
Moanda e de Okondja deverá
impulsar a produção deste
mineral do Gabão.
O Gabão é um país de
subsolo muito rico, e exporta
manganês, petróleo, gás
natural, ferro, madeira e
outros produtos do seu
solo e subsolo desde muito
tempo. A exploração das
minas de urânio de Mounana
foi interrompida em 2001
devido à chegada ao
mercado mundial de novos
concorrentes.
500
MIL TONELADAS
Quantidade de manganês a
ser explorado pela empresa
Nouvelle Gabon Mining SA
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Cerimónia que marcou a inauguração do ‘Turkstream’ com a presença dos presidentes da Rússia e da Turquia
Rússia inaugura gasoduto com
910 quilómetros de extensão
A
inauguraçãoquarta-feira
do gasoduto “TurkS-
tream”, com 910 quiló-
metros de extensão, não
é só um passo impor-
tante nas relações entre a Rússia e
a Turquia, é também um marco na
evolução do mercado da energia, que
pode vir a ter grandes consequências.
O projecto consiste em dois
tubos, sob o Mar Negro, ligando a
Rússia à Turquia. Quando a Tur-
quia tiver recebido metade dos 31,5
mil milhões de metros cúbicos da
capacidade, a outra metade irá para
a Europa do Sudeste. A estrutura
vai fornecer gás à Bulgária, sér-
via, Hungria e Eslováquia.
O projecto consiste em dois
tubos, sob o Mar Negro, ligando a
Rússia à Turquia. Quando a Tur-
quia tiver recebido metade dos 31,5
mil milhões de metros cúbicos da
capacidade, a outra metade irá para
a Europa do Sudeste. A estrutura
vai fornecer gás à Bulgária, sér-
via, Hungria e Eslováquia.
A maior parte do gás russo tem
dr
Maior economia da zona euro
}
No terceiro
trimestre de
2019, a economia
alemã cresceu
0,1% e escapou
a um cenário de
recessão técnica
}
O abastecimento
de gás através do
TurkStream terá,
sem dúvida, grande
impacto positivo de
muitos países
sido entregue à Europa através da
Ucrânia, mas as relações entre Mos-
covo e Kiev deterioraram-se seria-
mente desde a anexação da Crimeia
e do início do conflito no Leste ucra-
nianoem2014.ARússiaprocurapas-
sarporoutrasvias,enquantoaEuropa
procura fontes alternativas de gás.
Mas a Rússia continua a ser o
grande fornecedor e representa 40
Produtos “made in Germany”
caíram 1,3% em Novembro
Em Novembro do ano passado,
os contratos para produtos
“made in Germany” diminuí-
ram 1,3% em relação ao mês
anterior, o que representou o
maior decréscimo desde Julho.
As encomendas industriais
na Alemanha caíram inespera-
damente em Novembro de 2019
devido à fraca procura externa
e à escassez de grandes con-
tratos, de acordo com os dados
divulgados na passada quarta-
-feira pelo Gabinete de Estatís-
ticas Federal (Destatis).
Os dados sugerem uma
queda na produção, o que con-
tinuará a dificultar o cresci-
mento da maior economia da
Europa – que já teve melhores
dias mas, ainda assim, conti-
nua a evitar a recessão técnica.
Em Novembro do ano pas-
sado, os contratos para produtos
“made in Germany” diminuíram
1,3% em relação ao mês ante-
rior, o que representou o maior
dr
por cento de todo o gás natural que
chega à Europa.
Um número que na Alemanha,
maior economia europeia, chega
aos 75 por cento e aos 50 em países
como a Itália ou a Holanda.
Com o TurkStream, a Rússia
ganha novas rotas para fornecer o
mercado de gás da União Europeia.
Impacto positivo
Os presidentes da Rússia, Vladimir
Putin, e da Turquia, Recep Tayyip
Erdogan, inauguraram oficial-
mente, em Istambul, o gasoduto
TurkStream.
“O abastecimento de gás através
do TurkStream será, sem dúvida,
de grande importância, não só para
a economia turca e para a região
do Mar Negro, mas terá, também,
um impacto positivo no desenvol-
vimento de muitos países do Sul
da Europa”, disse Putin.
Estiveram presentes na cerimó-
nia, o presidente da Sérvia, Alek-
sandar Vucic, e o primeiro-ministro
da Bulgária, Boyko Borisov.
decréscimo desde Julho.
Previsão dos analistas
A percentagem fica abaixo da
previsão dos analistas da agên-
cia “Reuters”, que antecipam
um aumento de 0,3% em ter-
mos nominais.
E m r el aç ão à p r o c u r a
externa, tombou 3,1% no mesmo
período. Trata-se da maior redu-
ção desde Fevereiro de 2019,
enquanto as encomendas de
clientes domésticos haviam
crescido 1,6%.
No terceiro trimestre de
2019, a economia alemã cresceu
0,1% e escapou a um cenário de
recessão técnica, contrariando
as previsões mais pessimistas
do mercado (que esperavam
mais um decréscimo de 0,1%).
A maior economia da zona
euro cresceu sobretudo por
causa do aumento do consumo
privado como público e das
exportações.
Défice comercial dos EUA
diminuiu 8,2% em Novembro
O défice no comércio
internacional de bens e serviços
dos Estados Unidos diminuiu 8,2
por cento em Novembro, ficando
em 43.100 milhões de dólares, o
mais baixo desde 2016, informou
o Departamento de Comércio.
Trata-se do segundo recuo
mensal consecutivo e do nível
mais baixo desde a chegada de
Donald Trump à presidência dos
Estados Unidos em 2017.
Em Novembro, as exportações
norte-americanas subiram 0,7 por
cento para 208.600 milhões de
dólares, enquanto as importações
desceram 1,0 para 251.700
milhões de dólares.
Este é o défice comercial mais
baixo desde Outubro de 2016.
O défice acumulado nos
primeiros 11 meses de 2019 é
0,7 por cento, menor do que
o desequilíbrio registado no
mesmo período de 2018.
A continuar este ritmo, 2019
pode ser o primeiro ano a registar
uma redução no saldo comercial
negativo que os Estados Unidos
registam desde 2013.
Comércio com a China
O défice no comércio de bens
com a China baixou 15,6 por
cento e nos primeiros 11 meses
teve uma redução de 61.300
Sede do Departamento de Comércio dos EUA divulga os números de Novembro
AICEP prevê aumento
nas exportações
O presidente da Agência para o
Investimento e Comércio Externo
(AICEP), Luís Castro Henriques,
disse à Lusa, estar “convencido” de
que este ano as exportações por-
tuguesas vão continuar a aumen-
tar, apesar da “incerteza” ser o
grande desafio.
O principal desafio para as
empresas é simples, “incerteza”,
afirmou. O responsável disse que
o que considera “mais importante
em 2020 é conseguir separar o que
é conjuntural do que vai ser mais
permanente e duradouro”.
Por exemplo, em Janeiro será o
momento em que se vai perceber
“o que vai sair do acordo comer-
cial” entre os Estados Unidos e a
China, sendo que no final do mês
ou início de Fevereiro será conhe-
cido de forma mais clara o processo
do “Brexit” e os seus desafios.
“Vamos também ver como é o
desenrolar de toda esta situação
no Médio Oriente”, acrescentou o
presidente da AICEP, elencando
mundo 27
}
O défice no comércio
de bens com a China
baixou 15,6% e nos
primeiros 11 meses
teve uma redução
de 61.300 milhões de
dólares
milhões de dólares em relação ao
mesmo período de 2018, ficando
em 319.800 milhões de dólares.
Estes dados foram divulgados
uma semana antes de ser
assinada a primeira fase do
acordo comercial com a China,
um entendimento destinado a
travar a guerra comercial entre
Washington e Pequim que se
prolonga há mais de 18 meses.
Inicialmente foi anunciado que
na cerimónia de assinatura, a
realizar em Washington, estariam
presentes Trump e o presidente
chinês, Xi Jinping, mas depois
foi indicado que a delegação de
Pequim seria liderada pelo vice-
primeiro-ministro Liu He.
alguns pontos de incerteza a nível
internacional.
Relativamente às exportações,
“estou convencido de que em 2020”
vão continuar a crescer.
Parceria com Angola
Sobre Angola, o presidente da
AICEP garantiu que é um mer-
cado onde as empresas portugue-
sas estão para ficar.
“É um país particularmente
importante para as nossas empre-
sas, pela ligação histórica, pela
presença no território, e nós temos
feito um trabalho para identificar
oportunidades de diversificação”,
salientou.
Angola, tal como Portugal,
tem os seus ciclos económicos,
“estou convencido de que, dado o
relacionamento histórico e a pre-
sença de longo prazo das empre-
sas portuguesas, no final, estas
irão aproveitar novas oportuni-
dades e continuar de forma posi-
tiva” no mercado angolano.
28
Gestão
As 10 principais
tendências
do marketing
digital em 2020
O Marketing Digital é a criação de valor
para os clientes através da criação
contínua de inovação e diferencia-
ção usando as Media sociais.
A eficácia nessa criação contínua de
inovação e diferenciação tem a ver com
a pergunta que farei de seguida na qual
muitas empresas ainda têm dificuldades
em responder: qual é a “dor” que a sua
empresa resolve ao mercado?
Caso essa pergunta fosse a si diri-
gida e se adequasse, qual seria a sua
resposta, caro leitor?
A maior parte das inovações falham
porque não resolvem nenhuma “dor” no
mercado. Entenda-se “dor” como um pro-
blema ou uma necessidade específica.
Com base em informações recolhidas
em websites dedicados e de referência em
marketing digital, treinamentos e semi-
nários dos quais tive a oportunidade de
participar, partilho consigo algumas das
principais tendências do marketing digi-
tal no mundo para o ano de 2020.
1 – Adaptação do SEO aos novos hábi-
tos e tecnologias
Uma das principais tendências no
que diz respeito à SEO – Search Engine
Optimization (optimização para moto-
res de busca – ex.: Google), é a adaptação
das estratégias às novas tecnologias e
hábitos dos consumidores.
De modo geral, as técnicas básicas de
SEO não sofreram grandes mudanças,
mas a forma de aplicá-las aos sites e às
lojas virtuais deverão passar por modi-
ficações por conta das novas formas das
pessoas usarem a Internet.
Outro ponto que merece destaque entre
as tendências do marketing online em 2020
é o SEO local. Com o aumento do tráfego
através de dispositivos móveis, esse seg-
mento do processo de optimização de sites
para ferramentas de busca deve ganhar
ainda mais relevância.
2 –Crescimento do volume de pesqui-
sas por voz
Sendo que a pesquisa por voz já repre-
senta 20 por cento das pesquisas feitas por
internautas, as empresas levarão em con-
sideração esse perfil de usuário nas suas
estratégias de SEO em 2020. Com todos os
Valdemar Vieira Dias
Técnico de Comunicação Corporativa, Empreende-
dor Digital, Colunista e Eng.º Informático
A maior parte
das inovações
falham porque
não resolvem
nenhuma “dor”
no mercado
principais provedores de tecnologia que
investem em assistentes virtuais, a tec-
nologia de inteligência artificial, se tor-
nará uma parte fundamental da jornada
de um usuário com uma marca.
Os dispositivos habilitados para voz,
como o Alexa da Amazon e o Google Home,
foram um sucesso entre os consumidores
em 2019. Deste modo, o uso destes dispo-
sitivos deverá apresentar um forte cres-
cimento e tornar-se numa das maiores
tendências de marketing digital de 2020.
Querendo ou não, a pesquisa por voz
afecta as estratégias de SEO e exige que
se incorpore comandos de voz nas estraté-
gias de pesquisa orgânica, principalmente
nas que envolvem táticas de SEO local.
3 –Links patrocinados – novo round na
luta entre o Google vs Facebook
Outra tendência forte é a disputa entre
o Google e o Facebook na área dos links
patrocinados. O Google Ads tem perdido
muito espaço para o Facebook Ads, o que
tem estado a preocupar bastante a equipa
de Mountain View.
A reposta tem sido recursos cada vez
mais sofisticados no Google Ads e um poder
de segmentação cada vez maior.
4 –Adopção definitiva do marketing
digital pelas pequenas e médias empresas
Não é mais uma questão de opção, mas
sim uma imposição do mercado. O marke-
ting digital para pequenas e médias empre-
sas já era sem dúvida uma tendência. O
problema é que muitas empresas, por
alguma razão, assim não entenderam e
estão agora a correr atrás do tempo perdido.
A presença de pequenos e médios empre-
sários ou empreendedores nos cursos de
marketing digital tem sido cada vez maior
nos mais variados mercados.
5 – Marketing de conteúdo
Muitas empresas têm estado a apos-
tar forte no marketing de conteúdo, sendo
este uma das principais maneiras para as
marcas estabelecerem a sua autoridade e
ganharem a confiança dos consumidores.
O Inbound Marketing permite que uma
empresa construa progressivamente um
relacionamento com o seu público-alvo e
dessa forma conquiste a confiança e pre-
ferência das pessoas.
O marketing de conteúdo desponta
como uma das grandes tendências do
marketing digital em 2020 e deve se des-
tacar em blogs e outras Medias sociais.
Outro motivo para apostarmos forte-
mente no marketing de conteúdo é o custo
deste tipo de estratégia, na ordem de mais
ou menos 60 por cento menos que as acções
do marketing convencional.
6 – Estratégias de marketing cada vez
mais sofisticadas
Segundo uma pesquisa 97 por cento
das pessoas que visitam uma loja online
pela primeira vez saem sem comprar abso-
lutamente nada. Com esse dado, não é de
admirar que o remarketing seja mais uma
vez destaque entre as grandes tendências
de marketing digital para 2020.
Em poucas palavras, o remarke-
ting funciona através da utilização de
cookies do navegador para rastrear os
sites que os usuários visitam.
Uma vez que saem de um determinado
ambiente, os produtos ou serviços por eles
vistos serão mostrados a eles novamente
em anúncios em diferentes websites.
7 – Marketing em tempo real por geo-
localização
O marketing por geolocalização, per-
mitido por ferramentas disponíveis no
Google, Facebook e Instagram, oferece
às marcas a possibilidade de veicular os
seus anúncios em função de uma segmen-
tação para dispositivos móveis.
Usando esse recurso, as marcas conse-
Economia & Finanças
guem entregar os seus anúncios aos con-
sumidores, assim que o GPS do telemóvel é
identificado próximo à localidade de uma
das suas unidades.
Por exemplo, a Starbucks oferece a fer-
ramenta “Mobile Order and Pay”, que per-
mite aos clientes comprar itens online e
buscá-los na loja mais próxima.
8 – Funis de conversão com menos
etapas
Outro grande destaque, desta vez no
que diz a estrutura de campanhas, será
o surgimento de funis de conversão com
cada vez menos passos e uma consequente
redução de custos com campanhas que
sejam bem estruturadas.
As ferramentas de remarketing evo-
luíram muito no último ano. Os Facebook
Ads oferecem cada vez mais opções de seg-
mentação e em um ambiente em que os
funis de conversão precisam de ser cada
vez mais rápidos, em função da concor-
rência, isso é essencial.
Se por um lado isso exige campa-
nhas cada vez mais sofisticadas, por
outro reduz drasticamente o investi-
mento em Media paga.
9 – Influenciadores digitais
Outro destaque entre as tendências
do marketing digital em 2020 é o uso
cada vez maior por parte das marcas,
do poder dos Influenciadores Digitais
nas suas campanhas.
Algumas pesquisas mostram que apro-
ximadamente 90por cento das pessoas
confiam nas opiniões de amigos e colegas
em redes sociais e somente 30 dessas pes-
soas levam em conta, na hora de decidir,
a argumentação de anúncios pagos como
Google Ads e Facebook Ads.
Num cenário como este é razoável apos-
tar numa participação cada vez maior dos
influenciadores digitais em campanhas,
principalmente aquelas que têm como
principal veículo as redes sociais.
10 – Mais capacitação dos profissio-
nais de marketing digital
Para os profissionais de marketing
digital, o ano de 2020 promete ser de
grandes oportunidades e muito trabalho.
A área de marketing digital nunca
esteve tão valorizada e cada vez mais
as empresas procuram criar e capa-
citar as suas próprias equipas, o que
permite, também, reduzir os elevados
custos das agências digitais. E Angola,
como estamos? Será que estas tendências
terão impacto no nosso mercado? Estarão
as nossas empresas preparadas para colo-
carem em prática tais tendências? Qual é a
sua opinião caro leitor? Leia nas próximas
edições. (www.valdemarvieiradias.com)
O marketing por geolocalização, permitido
por ferramentas disponíveis no Google,
Facebook e Instagram, oferece às marcas a
possibilidade de veicular os seus anúncios
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
gestão 29

DR

Perguntas para responder

antes de criar uma startup

E
stá na hora de lançar
uma startup? Essa é
uma pergunta que todo
o empreendedor já se fez
nalgum momento da
sua vida. E a questão é ainda mais
relevante para startups de alto
potencial de crescimento e esca-
Mostra sempre que está disposto para os novos desafios e oportunidades labilidade, para se focar naquilo
que realmente importa.
As perguntas a seguir forne-
impulsiona um foco obsessivo no
produto, uma obstinação em enten-
der o cliente e um cuidado extremo
para atrair os melhores talentos.
Toda essa dedicação para se
sobressair e ser o melhor é o que
leva empreendedores de sucesso
a alcançar taxas de crescimento
estelares em suas startups. Não
tenha dúvidas e faça a sua inicia-
tiva ser a melhor do sector;
positividade e energia na empresa.
4. Minha startup pode render
ganhos? Se quiser ser o melhor e
é realmente apaixonado pela sua
startup, já está no caminho do
sucesso. No entanto, não negligen-
cie o potencial resultado financeiro.
Muitos empresários esquecem de
considerar que os seus negócios
podem ganhar dinheiro a longo

Quatro formas para cem uma boa base para reflec-

tir sobre o melhor caminho a
seguir. Mas lembre-se: não existe
3. Sou apaixonado pela minha
ideia? - Não há nada de errado em
prazo. Tudo o que se precisa fazer
é calcular o valor de aquisição do
cliente, o montante gasto para aten-

preparar uma promoção o momento perfeito para lançar

Quando se candidatar para um
cargo ou estiver na posição de
receber uma promoção no traba-
lho, lembre-se, que poderia ter sido
uma outra pessoa. Nunca pense
que “Ainda não é a sua hora”, nem
questione “Não é meu momento?:
“É claro que é!”, combata todas as
emoções naquele dia: não fique
triste, chateado, compreensivo e
irritado: é hora de agir apenas.
A jornada é individual e tão
única quanto a sua pessoa. Pode
ser difícil para uns e incrível para
outros. Esteja aberto, disposto e
seja dono do seu novo cargo. Veja
as quatro dicas para estar pronto
para uma promoção:
1. Tens muitos pontos fortes - Isso
faz com que surjam oportunidades
espera. Se deseja um avanço na
carreira, deixe isso claro. Quando
receber um feedback sobre como
conseguir o que deseja, siga o que
foi dito. No entanto, isso não sig-
nifica abrir mão dos seus próprios
valores e práticas pessoais. Signi-
fica adaptar as suas crenças para
alcançar o seu objectivo;
3. Pratica a paciência pessoal -
Nada acontece da noite para o
dia quando o assunto é uma pro-
moção ou um crescimento profis-
sional. É preciso muito sangue,
suor e lágrimas, por assim dizer,
para chegar lá. Esteja disposto
a se sacrificar, seja por um ou
quatro anos. Para a maioria de
nós, esse sacrifício se materia-
liza em forma de tempo. Grande
uma ideia. Apenas vá em frente.
Veja a seguir, cinco perguntas
essenciais para responder antes
de criar uma startup:
1. Devo me tornar um empreen-
dedor? - Essa é uma pergunta que
só se pode responder e não está
relacionada à sua capacidade. Não
há dúvida de que seja capaz. O que
é necessário considerar é se real-
mente gostaria de se tornar um
empreendedor de sucesso;
2. Quero ser o melhor? - Nem
todos os empreendedores querem
ser os melhores. Mas, quem se pro-
põe a ter um negócio escalável bem-
-sucedido, geralmente é altamente
competitivo e quer estar entre os
melhores do mundo. Essa fome
não morrer de amores pela sua star-
tup. No entanto, se quiser lançar
um negócio escalável e com alto
potencial de crescimento, é pre-
ciso ser enlouquecidamente apai-
xonado pela sua iniciativa. Seja
capaz de acreditar no seu poten-
cial mais do que qualquer pessoa,
porque é o único que pode ideali-
zar o que vem pela frente.
Além da energia e resistência
proporcionadas pela paixão de se
fazer o que gosta, não tenha dúvida
de que o amor pelo seu negócio
pode fazer com que escolha conti-
nuar durante tempos se forem difí-
ceis e dançar de alegria quando o
momento for bom.
Portanto, faça isso contagiar
a sua equipa, os seus clientes, for-
necedores e qualquer indivíduo
que vão querer trabalhar pela sua
der esse consumidor e comparar os
resultados com o valor da vida útil
do cliente. Se o resultado for maior
que o custo, tens um bom negócio;
5. Tenho o apoio das pessoas
que serão afectadas pela minha
decisão? - A última questão, mas
não menos importante, é se con-
versou com as pessoas que o cer-
cam e que serão afectadas pela sua
decisão. É provável que a pressão de
montar uma startup impacte e as
suas conexões mais próximas pela
dedicação exigida – longas horas
de trabalho, pouca ou nenhuma
remuneração inicial, altas e bai-
xas emocionais. Não subestime o
impacto que estes factores podem
causar na sua família e grupo de
amigos. Dedique um tempo para
abrir o jogo a eles.
dr

de crescimento. Às vezes, é prová- parte dos líderes não estará

vel que não perceba os caminhos
abertos porque está focado ape-
nas nas suas habilidades, o que
pode ser um ponto de estagna-
ção na carreira. Para seguir com
sucesso, é preciso ter auto-refle-
xão. Converse com um líder ou
mentor dentro da sua empresa,
estes geralmente sabem muito
sobre o seu negócio e como tran-
sitar dentro dele. Pode aprender
muito se estiver aberto a receber
feedbacks com humildade;
2. Deve assumir o comando - Há
quem encontre o sucesso em se
sentar e esperar ser promovido. No
entanto, essa pode ser uma longa
disposto a promovê-lo se não
estiver disposto a esperar pelo
momento certo. Deixe claro que
está disposto ao cargo;
4. Seja humilde - É difícil pedir
ajuda, é difícil estar errado e
é difícil mudar. Um pouco de
humildade pode ajudar a ame-
nizar esses sentimentos. Ser
humilde é vital para uma boa
liderança porque confirma o
viés humano do profissional.
Somos pessoas, e todos come-
temos falhas. Ser humilde,
aberto ao aprendizado e ao
crescimento pode resultar em
força e oportunidade. Dedique um tempo para conversar com pessoas que achar que vão agregar valor às tuas ideias e sintam o impacto delas

três tendências de trabalho

dr

O Hilton International, por evoluiu a partir da satisfação e

para a próxima década
O primeiro passo para tentar
chegar a uma resposta sobre
as três tendências de trabalho
para a próxima década é
perceber que o “futuro do
trabalho” não é mais uma
entidade distante: já começou.
E, embora ninguém possa
prever exactamente como será
o mundo dos negócios nos
próximos dez anos, é certo
que algumas tendências vão
desempenhar papéis importantes
na sua formação e que eles
não devem adiar a preparação.
Como Bill Gates escreveu em
“A Estrada do Futuro”: “Sempre
superestimamos a mudança que
ocorrerá nos próximos dois anos
e subestimamos a mudança que
ocontecerá nos próximos dez anos.
Não caia na armadilha de não agir”.
Veja a seguir, as três tendências
para as quais todos os líderes
modernos devem se preparar
enfrentar 2020:
1. A omnipresença da
inteligência artificial - Somente
em 2018, o número de empresas
que usam inteligência artificial
(IA) triplicou. Agora, 37 por cento
das empresas já implementaram
a tecnologia de alguma forma.
exemplo, usa uma plataforma de
entrevistas apoiada por chatbot
e IA no seu recrutamento. Já a
Amazon conta com mais de 200
mil robots nos seus armazéns.
É preciso desenvolver os seus
funcionários, ajustar as estruturas
organizacionais e implementar a IA
de maneira estratégica;
2. A experiência do funcionário
chega à supremacia - Como a
próxima década tende a vivenciar
a escassez de talentos, os líderes
precisam esforçar-se para
garantir que os seus funcionários
estejam felizes, saudáveis e
realizados. Essas características
enquadram-se na “experiência
do funcionário”, um conceito que
do envolvimento das pessoas
e focar-se nas necessidades
humanas dessa geração, que será
a melhor maneira de atender às
necessidades das empresas.”;
3. A necessidade do propósito -
Uma grande mudança está a
ocorrer quando se trata dos
princípios básicos dos negócios.
Várias lacunas demonstram que os
líderes enxergam com optimismo
essa filosofia do propósito, mas
hesitam em colocar em prática
e incorporá-lo activamente nos
elementos fundamentais da
empresa. O propósito não é uma
iniciativa, é uma forma de negócio.
Na próxima década, os líderes
precisam ouvir os autores. Na próxima década ouvir será crucial
30
lazer
feira automóvel
Sony apresenta
conceito de
carro eléctrico
e conectado
na CES 2020
O Vision-S é um automóvel com design futurista
que combina uma série de tecnologias criadas
pela própria empresa em parceria com a Magma,
Bosch e a BlackBerry para consumidores exigentes
A
ASonyestáacostu-
mada a apresen-
tar televisores,
câmaras, equipa-
mentos de áudio
e outros electró-
nicos durante as
feiras de tecnologia, mas a fabri-
cante japonesa deu um passo
mais ousado na CES 2020. A
empresa revelou esta semana nada
criação
Air Jordan 2 inspirado
nos Raptors é anunciado
para 2020
Desde que o Toronto Raptors ven-
ceu o campeonato da NBA em
2019, as empresas de ténis estão
a aproveitar-se de algumas cores
inspiradas nos Raptors. Obvia-
mente, esses modelos são geral-
mente brancos, vermelhos, roxos
e pretos. Jordan Brand e Nike,
em particular, têm demonstrado
amor pelos Raptors e os fãs ado-
ram. Agora, parece que a Jump-
man está a chegar com mais um
ténis inspirado nos Raptors, desta,
usando o Air Jordan 2.
A Air Jordan 2 Raptors será
lançado em 5 de Março de 2020.
menos que o protótipo conceitual
de um carro eléctrico.
O Vision-S é um automóvel
com design futurista que com-
bina uma série de tecnologias
desenvolvidas pela própria Sony
e parcerias com outras empresas.
A fabricante não detalhou essas
alianças, mas a fornecedora de
componentes automotivos Magna,
a Bosch e até a BlackBerry estão
A partir daí, a entressola é verme-
lha com um corte preto no meio.
O preto também é encontrado no
calcanhar traseiro, o que permite
algum contraste interessante.
O Air Jordan 2 é um dos mode-
los mais esquecidos da colecção da
Jordan. A marca raramente lança
novas cores, embora essa oferta
dos Raptors seja certamente uma
adição bem-vinda à colecção Jor-
dan 2. Se você é fã dessa silhueta
e é um apaixonado pelos Raptors,
esse tênis é definitivamente para
você.Um Jordan adequado para os
fãs dos Campeões da NBA.
envolvidas em algum nível.
Ao todo, ele tem 33 sensores
embutidos, incluindo alguns CMOS
para reconhecimento de imagem e
ToF (Time-of-Flight) para detectar
profundidade de campo e distância
de objectos. O objectivo é garantir
conforto e segurança ao motorista
com avançados sistemas auxilia-
res de navegação — afinal, este não
é um veículo autónomo.
Apple News
atinge
100 milhões
de usuários
Os principais consumidores
deste serviço de notícias são de
países como os Estados Unidos,
Reino Unido, Canadá e Austrália
A Apple anunciou esta semana
que seu serviço Apple News
alcançou 100 milhões de usuá-
rios activos mensais, contra 85
milhões no ano anterior, demons-
trando um crescimento numa
área importante de serviços, que
está sendo observada de perto
pelos investidores, enquanto as
vendas do iPhone caem.
Os usuários vêm dos Estados
Unidos da América, Reino Unido,
O painel do motorista é uma
tela panorâmica com “conteúdos
diversos a partir de uma inter-
face de usuário intuitiva”. Além
disso, a tecnologia 360 Rea-
lity Audio traz uma experiência
imersiva de áudio com speakers
espalhados pelos assentos.
Como a própria empresa afirma
em comunicado oficial, esse é um
conceito que vai ajudar a empresa
Canadá e Austrália, segundo
informou a Apple. A multinacio-
nal também oferece uma versão
paga do seu serviço de notícias cha-
mado Apple News + por 9,9 dóla-
res por mês, mas não divulgou a
quantidade de assinantes.
A empresa norte-americana
divulgou os números na sua actua-
lização anual no início de Janeiro
sobre os seus negócios de serviços.
A receita geral do segmento de ser-
Economia & Finanças
a demonstrar de forma prática as
suas tecnologias de mobilidade e
“continuamente actualizar e evo-
luir as suas funções” em siste-
mas de nuvem, reconhecimento de
ambiente e transmissão de dados. É
possível, que plataformas da Sony,
até sejam anunciadas no futuro pró-
ximo, mas um veículo próprio está
mais distante para a sua comercia-
lização, mas já é uma realidade.
viços aumentou 16 por cento para
46,3 biliões de dólares, no último
ano fiscal encerrado a 28 de Setem-
bro de 2019, enquanto as vendas no
segmento de iPhones caíram 14 por
cento, para 142,4 biliões de dólares.
A empresa disse que, entre 24
de Dezembro de 2019 e 1 de Janeiro
de 2020, os seus clientes gasta-
ram 1,42 bilhão na App Store, um
aumento de 16 por cento em rela-
ção a 2019 e de usd 386 milhões.
Sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
Flash
Espaço Aplausos
Ganha “cara nova” no Sequele
O espaço cultural, localizado
na Centralidade de Cacuaco,
Luanda, foi reinaugurado
esta semana, pelo Vice-
Presidente da República,
Bornito de Sousa.
Artistas angolanos
Pedem apoio empresarial
Com vista a dinamizar as
modalidades culturais na
província, alguns fazedores
de arte em Malanje
defendem mais apoio do
empresariado no país.
Fragata de Morais
Lança Um canto ao meu Congo
A obra literária “ Um canto
ao meu Congo”, do escritor
angolano, foi lançada
quinta-feira, em Mbanza
Kongo, província do Zaire,
por ocasião do Dia Nacional
da Cultura.
Rapper Kanye West
Planeia viagem pelo mundo
O cantor norte-americano
planeia levar o coral do
Serviço Dominical com ele
para várias partes do mundo
em 2020, incluindo África
e Europa, na sequência do
lançamento do novo álbum.
CANTOR Rick Ross
descobre talentos no Gana
O rapper norte-americano
esteve recentemente no
Gana para alguns shows
e foi surpreendido no
Kempinksi Hotel com o
freestyle de um jovem
rapper local CJ Biggerman.
Angola celebra o Dia
da Cultura Nacional
A
ngola assinalou a 8 de
Janeiro o Dia da Cul-
tura Nacional, numa
altura em que trabalha
para ter outros locais
classificados como Património Cul-
tural da Humanidade ao mesmo
tempo que tenta promover as dan-
ças e músicas Semba e Rebita.
Depois de ter conseguido, na
base de trabalhos intensos de
arqueologia e diplomacia, catalo-
gar Mbanza Congo como Patrimó-
nio Mundial, Angola tenta fazer
o mesmo com o Cuito Cuanavale.
Cuito Cuanavale é um municí-
pio do Sudeste angolano que regis-
tou uma batalha sem precedentes
por ser um ponto estratégico para
impedir o progresso das Forças
Armadas Sul-Africanas no inte-
rior de Angola ou a viragem para a
expulsão daquele exército do país.
O desfecho da memorá-
vel batalha, a favor das Forças
Armadas Angolanas, levou a
queda do regime do apartheid
na África do Sul e consequente
independência da Namíbia.
Antes, a África do Sul levava a
cabo uma política de segregação
racial em que negros e mestiços
não tinham os mesmos direitos que
os de raça caucasiana. Era o único
caso no mundo, na época, em que
o racismo tinha respaldo da lei.
Obras do Museu de Arqueologia iniciam no primeiro trimestre
As obras de restauro do Museu
Nacional de Arqueologia, em Ben-
guela, terão início ainda neste
primeiro trimestre do ano (2020),
informou o secretário de Estado
da Cultura, Aguinaldo Cristó-
vão. Em declarações à imprensa,
no final de uma visita de algu-
mas horas à província de Ben-
guela, onde visitou edifícios já
classificados, conjuntos arqui-
tectónicos e monumentos reli-
giosos, o responsável disse que
a recuperação do Museu vai pas-
sar pela contenção das infiltra-
ções a nível da sua cobertura e o
reforço das estruturas.
Aguinaldo Cristóvão, que
não avançou a duração nem o
orçamento da obra, explicou
que o museu vai retomar ainda
este ano a sua produção cientí-
fica e desenvolver um trabalho
que possa estar mais próximo
} contrário, vive um dos momentos
infelizmente,
a dança e a música,
ao longo
dos tempos,
perdeu adeptos
e executantes
no nosso país
A luta de Angola, sobretudo com
a batalha do Cuito Cuanavale, levou
a África do Sul a abandonar a sua
política do apartheid, devolvendo
à humanidade, pelo menos politi-
camente, a sua dignidade.
Pelo seu contributo, traba-
lha-se para que essa localidade
seja considerada Património
Mundial da Humanidade.
Além deste facto, que engran-
dece a história de Angola, o 8 de
Janeiro serve para se relançar a
dança e música Rebita que, apesar
de ser uma das marcas da cultura
Angola, encontra-se em decadên-
cia desde a época colonial (há ris-
cos de desaparecer) e a promoção
da dança e música Semba, que, ao
Obras vão conferir dignidade ao acervo
dos seus visitantes, através
da divulgação das recolhas
de peças arqueológicas.
“Definiu-se uma estraté-
gia para que já a partir deste
primeiro trimestre possamos
mais belos da sua existência.
Infelizmente, a dança e música
Rebita, ao longo dos tempos, per-
deu adeptos e executantes. Um ou
outro grupo profissional ainda
exibe os seus passos. A Rebita
foi engolida ou transformada
em outros géneros musicais da
época, principalmente o Semba.
Agora há intenção de a “resgatar”,
mas talvez seja tarde.
Rebita
A Rebita é um género de música
e dança de salão angolana que
demonstra a ginga dos cavalheiros
e o adorno das damas vestidas de
quimonos e panos à bessangana.
Dançada em pares, a partir de
coreografias coordenadas pelo
chefe da roda, na Rebita execu-
tam-se gestos de generosidades
com as damas meneando com
leveza, marcando o compasso do
passo da massemba.
Há quem defenda que a mas-
semba da Rebita, “dançada na
rua, nas tardes de recreio, nos óbi-
tos e nas noites de luar, enquanto
ritmo emigrou para as guitarras
virtuosas de Liceu Vieira Dias,
José Maria, e, sobretudo, Nino
Ndongo, por um processo de ana-
logia da rítmica da percussão,
dando origem ao Semba”.
dr
começar a desenvolver algumas
tarefas visando a recuperação
do Museu de Arqueologia”, disse
o secretário de estado.
Segundo o responsável, a recu-
peração do museu é uma das prio-
lazer 31
classificação
Tesla torna-se
a fabricante de
maior valor de
mercado nos EUA
A história da Tesla está recheada
de altos e baixos financeiros,
mas a fabricante comandada por
Elon Musk parece finalmente
viver um período económico prós-
pero. E a mais recente conquista
da empresa no sector é bastante
impressionante: tornou-se a com-
panhia automobilística dos EUA
com o maior valor de mercado da
história dessa indústria.
Segundo o Barrons, a Tesla
agora acumula uma capitaliza-
ção de mercado de quase usd 83
biliões no total — ultrapassando
em quase usd dois biliões a antiga
recordista, a Ford. A tradicional
montadora chegou a esse valor no
índice Dow Jones em 1999.
O valor foi conquistado durante
esta semana, quando as acções da
companhia subiram em 1,5 por
cento. Nos últimos três meses,
aliás, a ascensão no valor de
comercialização dos papéis da
montadora é de 93 por cento.
O recorde não é ajustado pela
inflação e deixa eventuais dívi-
das das montadoras tradicionais
de lado — alterações que tornam
as comparações com empresas
de mais de 50 anos atrás.
dr
Elon Musk soma mais um sucesso
ridades do sector e as suas obras
serão graduais, porque requerem
várias especialidades e por possuir
uma vasta área, cuja planificação
já foi feita para que se possa apre-
sentar aos visitantes uma estru-
tura mais renovada.
O Museu Nacional de Arqueo-
logia, localizado junto à praia
Morena, na cidade de Benguela,
chegou a ter um acervo, num pas-
sado recente, de nove mil e 150
peças, muitas das quais rouba-
das nos vários assaltos de que foi
alvo ao longo dos anos.
O edifício onde funciona é uma
obra dos séculos XVII/XVIII, onde
os escravos eram depositados tem-
porariamente antes de serem leva-
dos para a América. Ocupa um
perímetro de oito mil metros qua-
drados e foi construído de blocos de
pedra calcária, possuindo portões
e gradeamentos de ferro maciço.
 Cartoon por CASIMIRO PEDRO em agenda

18 Dezembro a 18 de Janeiro
Feira chinesa de produtos digitais e electrónicos
O evento decorre no Pólo Industrial de Viana, numa promoção da
Chinesa Dong Fang Hua Quiang.

15 de Janeiro
Inauguração das instalações KinLai
O Grupo Nors inaugura as instalações KinLai, distribuidor oficial da
Dongfeng Trucks em Angola (uma das principais marcas de camiões da
China), às 09h00, nas instalações da Nors, zona da Mulemba, Cacuaco.

13 a 17 de Janeiro
Ciclo de formação sobre o Prodesi em Cabinda
A classe empresarial em Cabinda vai ser capacitada no âmbito do
Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e
Substituição de Importações (Prodesi). É um ciclo formativo que
decorre desde Dezembro em algumas províncias do país.

30 de Janeiro
Fim do concurso público para a construção de uma refinaria no Soyo
O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos (Mirempt) encerra
o concurso público internacional de investimento privado para a
construção de uma refinaria de petróleo no município do Soyo. O
concurso termina a 30 de Janeiro de 2020, sendo que a abertura das
propostas será no dia 31, a análise, nos dias 5 e 6 de Março do corrente
ano, e o anúncio do vencedor do concurso a 31 deste mesmo mês.

DR

breves
Receita fiscal baixa no Cunene
edições Novembro

cooperação meras dificuldades financeiras

Zimbabwe aposta no reforço das
relações económicas com Angola
O reforço das relações económicas
entre Angola e Zimbabwe passa
pelo relançamento da comissão
mista de cooperação, afirmou
ontem, em Luanda, o embaixador
zimbabweano acreditado no país,
Thando Madzvamuse.
Em declarações à imprensa, à
saída de um encontro de cor-
tesia com a vice-presidente do
MPLA, Luísa Damião, o diplo-
mata falou da necessidade de
se reverem os termos da reu-
nião da comissão mista, cuja
última sessão foi realizada há
17 anos, de modo a se definirem
novas áreas de cooperação, com
ganhos recíprocos para os dois
povos. Entre as potenciais áreas
de cooperação, apontou a agri-
cultura, para garantir o bem-
-estar e a segurança alimentar
dos dois povos, bem como os sec-
tores da educação e mineiro.
Agradeceu a iniciativa angolana
para o fim das sanções econó-
micas impostas ao Zimbabwe,
adoptada pela Comunidade de
Desenvolvimento da África Aus-
tral (SADC).
Governação
Cabo Verde encoraja reformas
O embaixador de Cabo Verde
em Angola, Jorge Eduardo de
Figueiredo, encorajou ontem o
Estado angolano a prosseguir
com as reformas no país, tendo
em vista o seu desenvolvimento
económico e social.
benguela
Impostos dão 46 mil milhões
de kwanzas aos cofres do Estado
As receitas fiscais e aduaneiras
em Benguela registaram um
aumento de kz 10 mil milhões,
ao passar dos 36 mil milhões de
2018, para kz 46 mil milhões em
2019, afirmou o delegado provin-
cial das Finanças, Gika Morais. O
responsável, que falava ontem à
Angop a cerca do desempenho no
sector de finanças, disse que em
relação ao ano anterior houve um
aumento de 15 por cento.
O posto fronteiriço de Santa Clara é a principal fonte de receitas na região
Elautério Silipuleni
As receitas tributárias na Sexta
Região da Administração Geral
Tributária (AGT), que corres-
ponde às províncias do Cuando
Cubango e Cunene, tiveram
uma queda de 1,3 mil milhões
de kwanzas em 2019, ao colec-
tar 16,7 mil milhões contra os
17,7 mil milhões de 2018.
Segundo o director da Sexta
Região Tributária da AGT, Mil-
Inadec adverte
à subida preços
As instituições de ensino privado
que subirem os preços das pro-
pinas e emolumentos de forma
unilateral vão responder civil e
criminalmente, advertiu ontem
o Instituto Nacional de Defesa do
Consumidor (Inadec).
Num comunicado enviado
à Angop, o Inadec refere que a
subida unilateral dos preços
sem prévia autorização dos
ministérios das Finanças e da
Educação constitui uma viola-
ção da Lei de Bases do Sistema
de Educação e Ensino.
Assim sendo, o Inadec adverte
ton Costa, que fazia o balanço
das actividades desenvolvidas
durante o ano transacto, a ins-
tituição previa arrecadar nesse
período 23 mil milhões, o que
não foi concretizado.
O responsável justificou a
fraca colecta de receitas com a ele-
vada diminuição do fluxo adua-
neiro, que se verifica nos últimos
tempos nos postos fronteiriços
que compõem a região tributária.
Milton Costa disse que as inú-
arimateia baptista | edicões novembro
Privados não devem aumentar propinas
as instituições, que se apegam a
um suposto reajuste, que para tal
é necessária anuência da Autori-
dade Reguladora da Concorrên-
cia do Ministério das Finanças.
que o país atravessa contribuí-
ram para a redução considerável
das importações de mercadorias,
a partir da fronteira terrestre com
a República da Namíbia.
O director da Sexta Região
Tributária destacou que o posto
fronteiriço de Santa Clara, ape-
sar da diminuição na arrecada-
ção, continua a ser a principal
fonte de receitas na região, ao
arrecadar mais de 14,8 mil
milhões de kwanzas para os
cofres de Estado dos 16,4 mil
milhões alcançados em 2019.
Referiu que, em 2018, a AGT
através da Sexta Região Tribu-
tária tinha definido como meta
atingir os 24,4 mil milhões de
kwanzas e alcançar apenas os
17,7 mil milhões, e no ano de
2019 os números a alcançar
eram de 23 mil milhões e obti-
veram 16,4 mil milhões, o que
representa uma queda acen-
tuada na colecta de receitas
em cada ano que passa.
“Temos que continuar a apro-
ximar-nos cada vez mais dos con-
tribuintes fiscais e aduaneiros,
realizando campanhas de sensibi-
lização para que estes se sintam
facilitados na hora de cumprir com
as obrigações”, apontou.
Água jorra a
50% na cidade
do Huambo
O abastecimento de água potável
à cidade do Huambo foi já resta-
belecido, a 50 por cento, ontem,
sete dias depois da chuva ter
afectado o sistema eléctrico das
duas estações de captação, tra-
tamento e distribuição de água
a partir do rio Kulimañhala.
O facto foi avançado à Angop
pelo presidente do Conselho de
Administração da Empresa de
Águas, Adolfo Elias Gomes,
referindo que as cheias haviam
atingido meio metro de altura
nas duas captações.
Estrutura da partilha de satélites
da zona austral estará em análise
Aplicações
de satélites
É um evento da SADC
que decorre a partir
de segunda-feira em
Luanda numa promoção
do MTTI
Um workshop sobre “Capacita-
ção em Aplicação de Satélites da
UIT e Estruturas para Partilha
do Sistema de Satélites da SADC”
é promovido pelo Ministério das
Telecomunicações e Tecnologias
de Informação (MTTI), a decorrer,
no HCTA (Hotel de Convenções
de Talatona) de 13 a 17 de Janeiro.
O acto vai ser presidido pelo
ministro das Telecomunica-
ções e Tecnologias de Informa-
ção, José Carvalho da Rocha, e
contará com a participação de
mais de 40 especialistas repre-
sentantes dos Estados-Membro
da Comunidade de Desenvolvi-
mento da África Austral (SADC).
Na agenda de trabalho consta
a revisão da actual atribuição da
ligação BSS/Feeder para os Esta-
dos-Membro da comunidade e os
seus níveis de degradação, assim
como o GIMS (Zona de Cober-
tura Doméstica (actual zona de
cobertura e ponto de teste para
os Estados-Membro BSS/Feeder
AP30/30A designação).
ISSN 2409-6474
9 772409 647001