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HISTÓRIA DA MÚSICA

2º ANO
2020
Atividade de Estudo 1 - CONCERTO GROSSO (Barroco)
Aluno: Daniel Piau Candido

Atividade
Esta tarefa de aula tem por tema o gênero “Concerto Grosso”.
Na apostila ou livro no capítulo a respeito do período, há a definição sobre ele.
A tarefa é a seguinte:
Ouça, várias vezes, com muito cuidado o “seu” concerto.
Descreva sobre a música do jeito que quiser priorizando a sonoridade
(instrumentação, dinâmica, textura, harmonia, forma etc.) – e outros detalhes que
observou.
Obviamente, pode colher informações em sites na internet, mas não copie.
Prazo: dia 3 de abril.
Concerto n° 02

O concerto era a forma mais popular de música instrumental durante o barroco tardio.
Cada Concerto de Brandenburgo segue a convenção do concerto grosso, em que dois ou mais
instrumentos solo são destacados de um conjunto orquestral. Ao todo foram seis os concertos
de Brandenburgo escritos por Bach. Os concertos observam a convenção de três movimentos,
rápido-lento-rápido. O único Concerto em quatro movimentos é o primeiro, ao qual foi
adicionada uma dança final.

Durante a execução dos concertos, é possível perceber as combinações instrumentais


elaboradas por Bach, e como cada um segue uma forma particular de agrupamento e destaque
dos instrumentos. Não se trata do concerto propriamente estudado neste trabalho, mas o
quarto concerto, por exemplo, apresenta o grupo habitual de cordas e o grupo contínuo é
composto pelo violino solo e duas flautas. No segundo, esse grupo contínuo, denominado
Concertino​, possui outra formação.

Tratando-se propriamente do concerto n° 2, ele é composto por três movimentos:


Allegro, Andante e ​Allegro assai. A musicalidade de Bach, já conhecida, mas comprovada
neste concerto é composta por várias camadas, diversas vozes que parecem estar brincando
entre si. É um concerto leve, brilhante, vivo. Neste concerto, o grupo ​Concertino ​é formado pelo
Oboé, Flauta Doce, Trompete e o Violino. A formação do ​Ripieno contém violinos, violas,
violone (parecido com o contrabaixo), violoncelo e cravo.

Desde o começo, e isso se perdura até o fim, há um revezamento entre os quatro


instrumentos do Concertino na execução das vozes. Esse grupo permanece num primeiro
plano até o final do concerto, como solistas das vozes e dos temas que estão sendo
apresentados. Não diferentemente de outras obras de Bach, neste concerto há em grande
escala a utilização de sobreposição de vozes, técnica contrapontística clara, temas que soam
como perguntas e respostas, no qual um elemento do ​Concertino realiza, e outro responde, e
assim por diante. No primeiro movimento, o ​Ripieno praticamente toca o tempo todo, o que não
acontece nos outros movimentos.

No segundo movimento, o ​Ripieno não está presente, e existe, além do ​Concertino​, um


baixo e um acompanhamento contínuo, realizados pelo cravo e violone, que segue até o fim.
Nesta fase, é característico o uso das terças e das sextas nos duetos entre os instrumentos do
​ lém disso, é uma alternância entre esses mesmos instrumentos, que vão dando
Concertino. A
continuidade às linhas melódicas apresentadas anteriormente por um dos componentes. Como
assinatura de Bach, esse movimento termina com a terça de picardia.

Para o último movimento, temos algo similar ao que já foi descrito anteriormente, e
uma característica que pôde ser notada é que todos os músicos e musicistas, quando entram
numa idéia melódica, eles perduram nela, e vão até o fim da linha melódica, o fim de cada
trecho das diferentes vozes. Em seguida, uma outra voz dá continuidade mas sem o grupo
anterior. Essa forma é repetida por diversas vezes. Além disso, é possível notar a variação de
um mesmo tema, e cada variante é executada por um dos instrumentistas do ​Concertino.​ Por
fim, e para uma visão mais global, os concertos estão em tons maiores, e a combinação dos
instrumentos, principalmente dos violinos, da alegria e do desenvolvimento deste concerto,
fez-me remeter à sonoridade de Vivaldi, que participou do mesmo período que Bach.

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