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Instalações Hidráulicas
Anotações de aulas
Jeiser Bandeira
2017.1
OBS 1: Tubulação primária é aquela que possui gases provenientes da matéria orgânica em
decomposição oriundas de bacias sanirárias, mictórios, pias de cozinha ou pias de despejo (com
trituradores).
OBS 2: Tubulações secundárias são aquelas que não possuem os gases citados anteriormente, oriundas
de lavatórios, banheiros, chuveiros, ralos de piso, etc.
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2.5. DIMENSIONAMENTOS
a) Unidade de descarga
Corresponde à descarga de um lavatório de residência e considerada como de 28
litros por minuto; as descargas das demais peças foram estabelecida a partir do lavatório de
residência, cuja unidade de descarga é igual a 1.
Tabela 2.5.1 – Número de unidades de descarga dos aparelhos sanitários e diâmetros
mínimos dos respectivos ramais de descarga.
APARELHO Nº DE Dmin (mm) Dmin(pol)
UNID.
Banheiro de residência (ralo) 3 38 1½
Banheiro de uso geral (ralo) 4 38 1½
Bebedouro 0,5 25 1
Bidê 2 31 1¼
Chuveiro de residência 2 38 1½
Chuveiro de uso geral 4 38 1½
Lavatório de residência 1 31 1¼
Lavatório de uso geral 2 38 1½
Lavatório de uso coletivo, p/torneira 1 50 2
Mictório individual 4 50 2
Mictório e calha, por metro 2 50 2
Pia de residência 3 38 1½
Pia de grandes cozinhas 6 50 2
Pia de despejo 3 50 2
Ralos em geral 1 31 1¼
Tanque de lavar 3 38 1½
Bacia sanitária 6 100 4
b) Ramais de descarga
Diâmetros mínimos definidos pela tabela 2.5.1
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OBS: Os ramais de descarga, quando canalizações primarias, devem sempre ter inicio em sifão
sanitário com o fecho hídrico devidamente protegido, evitando que os gases voltem para o ambiente.
c) Ramais de esgoto
Adotam-se para os ramais de esgoto os diâmetros mínimos estabelecidos na tabela 2.5.2
Declividades mínimas
o 2% para D ≤ 100mm
o 1,2% para D= 125mm
o 0,7% para D=150mm
Canalizações primárias não podem ser ligadas a desconectores com grelha
Tabela 2.5.2 Diâmetros mínimos dos ramais de esgoto
Nº DE UNID. Dmin (mm) Dmin (pol)
1 31 1¼
4 38 1½
7 50 2
13 63 2½
24 75 3
192 100 4
432 125 5
742 150 6
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Exemplo 08: Determinar o diâmetro de um ramal de esgoto para receber os efluentes de um ralo
de piso de banheiro, um bidê, um lavatório e um chuveiro em uma residência
d) Tubos de queda
São as tubulações verticais que recebem os efluentes dos ramais de esgoto em todos os
pavimentos do edifício.
Adotam-se para os tubos de queda os diâmetros mínimos indicados na tabela 2.5.3
Nenhum tubo de queda poderá ter diâmetro inferior ao da maior canalização a ele ligado.
Tabela 2.5.3: Diâmetros mínimos dos tubos de queda
Nº de unid. descarga Diâmetro mínimo
Em 1 pavimento Em todo pavimento (mm) (pol)
1 2 31 1¼
2 8 38 1½
6 24 50 2
10 49 63 2½
14 70 75 3
100 600 100 4
230 1300 125 5
420 2200 150 6
Obs: Exige-se o diâmetro mínimo de 100mm (4’’) para as canalizações que recebem despejos de
bacias sanitárias e de 75mm (3’’) para as canalizações que recebem efluentes de pias de cozinha ou de
despejo.
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Exemplo 09: Em um edifício residencial com 05 pavimentos, dimensionar um tubo de queda que
receba, por andar, os despejos de 02 pias de cozinha, 01 tanque de lavar, 01 chuveiro e 01
lavatório.
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e) Subcoletores
São os prolongamentos horizontais dos tubos
de queda, ao chegar no pavimento térreo.
Adotam-se para os subcoletores os diâmetros
e declividades mínimos fixados para os ramais
de esgoto.
Os subcoletores que recebem efluentes de
tubos de queda servindo a mais de 3
pavimentos não devem ser ligados a caixa de
inspeção situadas a menos de 3m do tubo de
queda.
O comprimento máximo entre duas caixas de
inspeção de um subcoletor será de 15m.
f) Coletor predial
É a tubulação que interliga a instalação predial ao coletor publico ou ao sistema de destinação
final.
Se possível, devem ser implantados na parte não edificada do terreno.
Devem ter traçado retilíneo, com mudanças de direção feitas através de caixas de inspeção.
Adotam-se para os coletores prediais os diâmetros e declividades mínimos estabelecidos para
os subcoletores, fixado em 100mm o diâmetro mínimo admissível.
h) Caixas de gordura
Os tubos de queda que recebem despejos de pias de cozinha devem ser interligados a caixa de gordura,
antes de serem interligados aos subcoletores ou coletores prediais. As caixas de gordura podem ser de
concreto, alvenaria ou pré fabricados em PVC. As caixas de gordura podem ser dimensionadas pela
seguinte expressão:
V = 2N + 20 ; onde:
V = volume da caixa de gordura, litros
N = nº de contribuintes à caixa de gordura
i) Instalações de ventilação
Toda instalação de esgoto sanitários deve ser mantida à pressão atmosférica, e para isso, é
obrigatória a instalação dos tubos ventiladores.
Tubo ventilador primário: é o prolongamento vertical dos tubos de queda, até acima da
cobertura do edifício.
o Diâmetro mínimo: 75mm (3’)
o Comprimento do tubo: Até 30cm acima da laje de cobertura oua te 2,0m no caso de
lajes utilizadas para área de lazer.
Colunas de ventilação: São tubulações instaladas paralelamente aos tubos de queda, recebendo
os ramais de ventilação em cada pavimento. Toda coluna de ventilação deverá possíveis
I. Diâmetro uniforme;
II. A extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda em pontos
situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto, ou neste ramal de esgoto.
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III. A extremidade superior ligada aos tubos ventiladores primários, a 15cm ou mais, acima
do nível d’água do mais elevado aparelho sanitário por ele servido.
Obs: Todo desconector deve ser ventilado; a distancia de um desconector à ligação do tubo ventilador
que o serve não deve exceder os limites indicados nas tabelas a seguir:
• N = 2Q + 2 ( 1 residência)
• N = 2Q + 4 (2 residências)
• N = 2Q + 6 (3 ou mais residências)
Q = nº de quartos sociais
C = contribuição de esgoto
LF = Lodo fresco
Determinados pela seguinte tabela:
TABELA 1 – Contribuição de esgoto (C) e de lodo fresco (LF)
Prédio Unid C LF
Residências (padrão alto) L/h/d 160 1
Residências (padrão médio) L/h/d 130 1
Residências (padrão baixo) L/h/d 100 1
Hotéis (exceto cozinha / lavanderia) L/h/d 100 1
Alojamentos provisórios L/h/d 80 1
Fábricas em geral L/h/d 70 0,3
Escritórios L/h/d 50 0,2
Edf. Comerciais / publico L/h/d 50 0,2
Escolas (01 expediente) L/h/d 50 0,2
Bares L/h/d 6 0,1
Restaurantes / lanchonetes L / ref / d 25 0,1
Cinemas / teatros / templos / estádios L / lugar / d 2 0,02
T = tempo de detenção do esgoto na fossa (parte líquida), determinado pela tabela abaixo
TABELA 2 – tempo de detenção do esgoto na fossa
Contribuição (l/d) Tempo em dias Tempo em horas
Até 1500 1 24
1501 a 3000 0,92 22
3001 a 4500 0,83 20
4501 a 6000 0,75 18
6001 a 7500 0,67 16
7501 a 9000 0,58 14
Acima de 9000 0,5 12
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Obs: O volume máximo permitido para as fossas sépticas é de 75000 l (75 m³), caso necessite de
volume superior, deve ser projetada mais de uma unidade.
3.2.3. Sumidouros
Largura dos sumidouros: 0,60 ≤ L ≤ 1,50m
Comprimento máximo: 30m
Distancia mínima do lençol freático: 1,0m
Distancia mínima entre dois sumidours retangulares: 3L ou 2H (maior valor)
Área e absorção a considerar: áreas do fundo e das paredes laterais, até o nível de entrada do
efluente.
Prédios públicos ou multifamiliares: no minomo dois sumidouros
Leito filtrante
o Altura igual a 1,00m
o Brita com tamanhos entre 4 e 7cm
Exemplo 10: Dimensionar um sistema de destinação final de esgoto predial, composto por
fossa séptica, filtro anaeróbio e sumidouro, pra um edifício residencial com 13 pavimentos, 2
apartamentos por andar, com 3 quartos sociais por apartamentos. O prédio pode ser
considerado de padrão médio a fossa deve ser projetada para ser limpa uma vez por ano, o
local do edifício possui uma temperatura media no mês mais frio de 22ºC e o terreno para
absorção do efluente é uma argila arenosa.
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