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LEI ORDINÁRIA N° 2238, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1993

Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Jaboticabal, e dá


outras providências.

ADAIL ALESSIO DE SIMONI, Prefeito do Município de Jaboticabal, Estado de São Paulo,


no uso de suas atribuições legais,

Faço saber, que a Câmara Municipal de decreta e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:

TITULO I
Disposições Preliminares

Art. 1º Esta Lei garante o interesse coletivo na obtenção dos serviços públicos,
estabelecendo as relações jurídicas entre os servidores públicos municipais e a administração direta,
autárquica e fundacional, prescrevendo os direitos e deveres dos agentes que a compõem.
Parágrafo único – As suas disposições aplicam-se aos servidores da Câmara Municipal.

TITULO II
Do Provimento, do Exercício, da Movimentação Funcional e da
Vacância de Cargos

CAPÍTULO I
Do Provimento

SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 2º Os cargos públicos serão providos por:


I. nomeação;
II. ascensão;

Art. 3º As atribuições a serem desenvolvidas pelos titulares dos cargos, bem como os pré
requisitos para seu provimento, serão estabelecidas em decreto do Executivo.
Parágrafo único – É vedado atribuir ao Funcionário Público encargos ou serviços diversos
dos inerentes a seu cargo, ressalvada a hipótese a que se refere o artigo 46, as funções de supervisão, bem
como as designações especiais.

Art. 4º Observar-se-á o princípio de isonomia de vencimento para os cargos de atribuições


iguais ou assemelhadas entre os funcionários públicos dos poderes Executivo, Legislativo, Autarquias e
Fundações Públicas Municipais, ressalvadas as vantagens de caráter individual, as relativas a natureza ou
local de trabalho.

Art. 5º Só poderá ser investido em cargo público quem satisfizer os seguintes requisitos:
I. ser brasileiro nato ou naturalizado;
II. ter completado 18 (dezoito) anos de idade, até a data da nomeação;
III. estar no gozo dos direitos políticos;
IV. estar quite com as obrigações militares;
V. ter boa conduta;
VI. gozar de boa saúde física e mental e não ser portador de deficiência física incompatível com o
exercício do cargo;
VII. possuir habilitação profissional para o exercício do cargo, quando for o caso;
VIII. ter sido previamente habilitado em concurso, ressalvadas as exceções legalmente previstas;
IX. atender as condições especias, previstas em lei, decreto ou edital, para determinados cargos.

SEÇÃO II
Do Concurso Público

Art. 6º A investidura em cargo público dependerá de aprovação prévia em concurso


público de provas ou de provas e títulos.
§ 1º – Prescindirá de concurso a nomeação para cargo em comissão declarado em lei, de
livre nomeação e exoneração.
§ 2º – A não observância do disposto no “caput” deste artigo implicará na nulidade do ato e
a punição da autoridade responsável.

Art. 7º As normas gerais para a realização dos concursos serão estabelecidas em decreto
e cada concurso será regido por instruções especiais expedidas pelo órgão competente.

Art. 8º O prazo de validade do concurso será fixado nas respectivas instruções especiais
e não excederá a 2 (dois) anos, contados a partir da data da homologação de seus resultados, prorrogável,
uma vez, por igual período, a critério da Administração.

SEÇÃO III
Da Nomeação

Art. 9º A nomeação será feita:


I. em comissão, quando se tratar de cargo ou função que, em virtude de lei, assim deva ser provido;
II. em caráter efetivo, nos demais casos.

Art. 10 A aprovação em concurso não cria direitos a nomeação. Mas essa, quando se der,
respeitará obrigatoriamente a ordem de classificação dos candidatos habilitados.

SEÇÃO IV
Da Posse

Art. 11 Posse é o ato qual a pessoa é investida em cargo público.


Parágrafo único – Não haverá posse nos casos de reintegração.

Art. 12 A posse verificar-se-á mediante a assinatura, pela autoridade competente e pelo


funcionário, do termo pelo qual este se compromete a observar fielmente os deveres e atribuições do cargo,
bem como as exigências deste Estatuto.
§ 1º – Na ocasião da posse, o funcionário declarará se exerce ou não outro cargo ou
função pública remunerada, inclusive cargo, emprego ou função em autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista ou fundações mantidas pelo Poder Público.
§ 2º – Será exigida a declaração de bens no ato da posse aos cargos declarados em lei de
livre nomeação e exoneração, Tesoureiro e Comprador.

Art. 13 São competentes para dar posse:


I. o Prefeito, aos ocupantes de cargos em comissão e autoridades a estes equiparadas;
II. o Secretário Municipal responsável pelo órgão de lotação do funcionário nos demais casos.
Parágrafo único – A autoridade que der posse deverá verificar, sob pena de
responsabilidade, se foram satisfeitas as condições legais para a investidura no cargo.

Art. 14 A posse deverá se verificar no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação


oficial do ato de provimento.
§ 1º – Este prazo poderá ser prorrogado, até trinta dias por solicitação escrita do
interessado e mediante ato fundamentado da autoridade competente.
§ 2º – O termo inicial do prazo para posse de funcionários de férias ou licença, será o da
data em que voltar ao serviço.

Art. 15 Se a posse não se der dentro do prazo legal, o ato de provimento será tornado
sem efeito.

SEÇÃO V
Da Estabilidade

Art. 16 Adquire estabilidade, após 2 (dois) anos de efetivo exercício, o funcionário público
nomeado por concurso público.

Art. 17 O funcionário público estável só poderá ser demitido em virtude de sentença


judicial ou mediante processo administrativo, assegurada ampla defesa.

Art. 18 Enquanto não adquirir estabilidade, poderá o funcionário ser exonerado no


interesse do serviço público, observados os seguintes critérios:
I. assiduidade e pontualidade;
II. disciplina;
III. capacidade de iniciativa;
IV. eficiência e eficácia;
V. responsabilidade;
VI. adequação para o exercício do cargo.
§ 1º – A forma de apuração destes critérios se dará através do processo de avaliação de
desempenho do funcionário, que será instituído por Decreto do Executivo.
§ 2º – O correndo a hipótese prevista neste artigo, o chefe imediato do funcionário
representará a autoridade competente, a qual deverá dar vista ao funcionário, a fim de que o mesmo possa
apresentar sua defesa, no prazo de 10 (dez) dias.

CAPITULO II
Do Exercício

SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 19 O Exercício é o desempenho das atribuições e responsabilidade do cargo.


§ 1º – O início, a interrupção, o reinício e a cassação do exercício serão registrados no
assentamento individual do funcionário.
§ 2º – O início do exercício e as alterações que nele ocorrerem serão comunicados ao
Departamento de Recursos Humanos pelo supervisor imediato do funcionário.

Art. 20 O supervisor imediato do servidor é a autoridade competente para dar-lhe


exercício.

Art. 21 O exercício do cargo terá início dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados:
I. da data da posse;
II. da data do registro ou da publicação oficial do ato, no caso de reintegração.
§ 1º – O funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo será exonerado do cargo.
§ 2º – Excetuam-se do parágrafo anterior os pedidos justificados com base nos artigos
104 incisos I e VII e 114, observando-se o prazo previsto no “caput”.

Art. 22 Nenhum funcionário poderá ter exercício em Secretária diferente daquela em que
for lotado, salvo nos casos previstos neste Estatuto ou mediante solicitação do funcionário e prévia
autorização do Prefeito.
§ 1º – O funcionário poderá ser, a seu critério e por autorização do Prefeito, comissionado
junto a Administração Pública Federal, Estadual ou Municipal.
§ 2º – O comissionamento de que trata o parágrafo anterior será permitido, com ou sem
prejuízo de vencimento, por prazo certo.

Art. 23 O afastamento do funcionário para participação em congressos, certames


desportivos, culturais ou científicos poderá ser autorizado pelo Secretário, na forma estabelecida em decreto.

Art. 24 Nenhum funcionário poderá ter exercício fora do Município, em missão de estudo
ou de outra natureza, com ou sem ônus para os cofres públicos, sem autorização ou designação do Prefeito.

Art. 25 O funcionário preso em flagrante ou preventivamente, ou recolhido a prisão em


decorrência de pronúncia ou condenação por crime inafiançável será considerado afastado do exercício do
cargo, até decisão final transitada em julgado.
Parágrafo único – Durante a suspensão a remuneração será processada nos termos da
Lei da Previdência Municipal.

Art. 26 O funcionário investido em mandato eletivo federal ou estadual ficará afastado do


seu cargo, sem vencimentos.
§ 1º – O funcionário investido no mandato de Prefeito Municipal será afastado do seu
cargo, por todo o período do mandato, sendo-lhe facultado optar pelo vencimento.
§ 2º – O funcionário investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de
horários, perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo dos subsídios a que fizer jus. Não havendo
compatibilidade, aplicar-se-ão as normas previstas no parágrafo 1º deste artigo.
§ 3º – O funcionário investido no mandato de Vereador, possuirá inamovibilidade do local
de trabalho e inalterabilidade do horário de trabalho, salvo com expressa concordância.
§ 4º – Em qualquer caso de lhe ser exigido o afastamento para o exercício do mandato, o
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais.

SEÇÃO II
Da Substituição

Art. 27 Só haverá substituição remunerada no impedimento legal e temporário do


ocupante do cargo de supervisão ou em comissão, ou em cargo em que houver um único profissional no
órgão, desde que o afastamento seja por um período igual ou superior a 15 dias, em face das necessidades
do serviço, e que os pré-requisitos para o cargo sejam preenchidos.
Parágrafo único – A iniciativa para a substituição poderá ser do supervisor imediato ou do
próprio substituto

Art. 28 A substituição remunerada depende da expedição do ato da autoridade


competente para nomear ou designar.
§ 1º – O substituto exercerá o cargo ou a função gratificada enquanto furar o impedimento
do respectivo titular, sem que lhe caiba o direito de efetivação.
§ 2º – O substituto, durante o tempo que exercer o cargo, terá o direito a perceber,
proporcionalmente ao período de substituição, a diferença de vencimento, entre o do seu cargo que vier a
substituir, excluindo-se as vantagens de caráter pessoal do substituído.
§ 3º - O substituto, durante o tempo que exercer função gratificada, terá o direito de
perceber, proporcionalmente ao período de substituição. o valor da gratificação do substituído.

Art. 29 O funcionário poderá ser designado para exercer transitoriamente cargo que
comporte substituição e que se encontre vago. para cujo provimento definitivo não exista candidato
legalmente habilitado, desde que atenda aos requisitos para o seu exercício.
§ 1º – Somente poderá ser levado a efeito este artigo, quando houver impedimento legal
para a realização do provimento do cargo ou durante o período necessário para realização de concurso
público.
§ 2º – Sob nenhuma hipótese poderá haver o exercício do cargo em dupla função.

SEÇÃO III
Da Acumulação

Art. 30 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver


compatibilidade de horários:
I. a de 2 (dois) cargos de professor;
II. a de 1 (um) cargo de professor com outro técnico ou científico;
III. a de 2 (dois) cargos privativos de médico.
§ 1º – A acumulação ainda que lícita, fica condicionada a comprovação da compatibilidade
de horário.
§ 2º – A proibição de acumular se estende a empregos e funções e abrange autarquias,
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público.
§ 3º – A proibição de acumular proventos se aplica aos aposentados.

Art. 31 Não se compreende na proibição de acumular, desde que tenha correspondência


com a função principal, a percepção das vantagens de ordem pecuniárias discriminadas no artigo 72.

Art. 32 Verificada a acumulação proibida, deverá o funcionário optar por um dos cargos ou
funções exercidas.
Parágrafo único – Provada, em processo administrativo, a má-fé, o funcionário perderá o
cargo ou função municipal, com obrigação da restituição do que tiver recebido indevidamente.

Art. 33 As autoridades que tiverem conhecimento de qualquer acumulação indevida


comunicarão o fato ao Departamento de Recursos Humanos para que os fins indicados no artigo anterior,
sob pena de responsabilidade.

CAPITULO III
Da Movimentação Funcional

SEÇÃO I
Da Remoção

Art. 34 Remoção é a passagem do funcionário, com a mesma denominação do cargo, de


um órgão para outro.

Art. 34º Remoção é a passagem do funcionário, com denominação de cargo igualou


assemelhado, do Poder Executivo para o Poder Legislativo, ou do Poder legislativo para o Poder Executivo,
ou ainda de um órgão para outro dentro do mesmo Poder. (Artigo com redação dada pela Lei nº 2957, de
2001).

§ 1º – A remoção do funcionário poderá ser feita a seu pedido ou “ex-offício”.


§ 2º – Toda remoção “ex-offício” será precedida de um processo administrativo, onde
deverá ser caracterizada a incompatibilidade para o exercício da função ou a desnecessidade do funcionário
no órgão atualmente lotado.

Art. 35 A remoção que se processará a pedido do funcionário ou “ex-offício”, mediante ato


da autoridade competente, só poderá ser feita:
I. de uma Secretária para outra;
II. de um órgão para outro, dentro da mesma Secretária, Autarquia ou Fundação.
III - do Poder Executivo para o Poder legislativo ou do Poder legislativo para o Poder Executivo, somente a
pedido e desde que exista cargo vago e ocorra a concordância expressa de ambos os Chefes de Poder.
(Inciso acrescido com redação dada pela Lei nº 2957, de 2001).

Art. 36 A remoção por permuta será processada a pedido escrito dos interessados, com a
concordância das respectivas supervisões, a critério da Administração, atendidos os interesses e requisitos
dos órgãos envolvidos.
Art. 37 O servidor removido deverá assumir de imediato o exercício na unidade para a
qual foi deslocado, salvo quando em férias, licença ou desempenho de cargo em comissão, hipóteses em
que deverá apresentar-se no primeiro dia útil após o término do impedimento.

SEÇÃO II
Da Reintegração

Art. 38 A reintegração é o reingresso do funcionário no serviço público, em virtude de


decisão judicial transitada em julgado.

Art. 39 A reintegração será feita no cargo anteriormente ocupado.


Parágrafo único – Se o cargo anteriormente ocupado houver sido transformado, a
reintegração se dará no cargo resultante; se houver sido extinto, em cargo de vencimento e habilitação
profissional equivalentes.

Art. 40 Estando “sub-judice” o ato exoneratório do titular do cargo, este não poderá ser
objeto de Concurso Público.
Parágrafo único – Havendo necessidade, a critério da autoridade competente, o cargo
referido no “caput” deste artigo poderá ser ocupado utilizando-se os critérios de substituição previso na
Seção II, Capítulo II, ou de acordo com o previsto na legislação de contratação temporária.

SEÇÃO III
Da Reversão

Art. 41 Reversão é o ato pelo qual o funcionário aposentado reingressa no serviço


“ex-offício”.
§ 1º – A reversão “ex-offício” será feita quando insubsistentes as razões que determinaram
a aposentadoria.
§ 2º – Será tornada sem efeito a reversão “ex-offício” e cassada a aposentadoria do
funcionário que reverter e não tomar posse ou não entrar em exercício dentro do prazo legal.

Art. 42 A reversão far-se-á em cargo de idêntica denominação a daquele ocupado por


ocasião da aposentadoria ou, transformado, no cargo resultante da transformação.

SEÇÃO IV
Do Aproveitamento

Art. 43 Aproveitamento é a volta do funcionário em disponibilidade ao exercício de cargo


público.

Art. 44 O funcionário em disponibilidade será obrigatoriamente aproveitado no


preenchimento de vagas existente ou que se verificar nos quadros do funcionalismo.
§ 1º - O aproveitamento será feito no cargo anteriormente ocupado.
§ 2º – Se o cargo anteriormente ocupado houver sido transformado, o aproveitamento
dar-se-á em cargo equivalente, por sua natureza e vencimento, ao que o funcionário ocupava quando posto
em disponibilidade.
§ 3º – Em nenhum caso poderá efetivar-se o aproveitamento sem que, mediante inspeção
médica, fique provada a capacidade para o exercício do cargo.
§ 4º – Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade do
funcionário que, aproveitado, não tomar posse ou não entregar um exercício dentro do prazo legal.

Art. 45 Havendo mais de um concorrente a mesma vaga, terá preferência o que contar
mais tempo de disponibilidade e, igualdade de condições, o de maior tempo de serviço público.
SEÇÃO V
Da Readaptação

Art. 46 Readaptação é a atribuição de encargos mai compatíveis com a capacidade física


ou psíquica do funcionário e dependerá sempre de exame médico.

Art. 47 A readaptação não acarretará diminuição nem aumento de vencimento.

Art. 48 As normas inerentes ao sistema de readaptação funcional, inclusive as de


caracterização, serão objeto de regulamentação específica, expedida por Decreto do Executivo.

CAPÍTULO IV
Da Vacância de Cargos

Art. 49 A vacância de cargo decorrerá de:


I. exoneração;
II. demissão;
III. transferência;
IV. acesso;
V. aposentadoria;
VI. falecimento.
§ 1º – Dar-se-á exoneração:
I. a pedido do funcionário;
II. a critério do Prefeito, quando se tratar de ocupante de cargo em comissão;
III. quando o funcionário não entra em exercício dentro do prazo legal.
§ 2º – A demissão será aplicada com penalidade nos casos previstos neste Estatuto.

Art. 50 A vaga ocorrerá na data:


I. do falecimento do servidor;
II. imediata aquela em que o funcionário completar 70 anos de idade;
III. do registro ou publicação:
a) da lei que criar o cargo e conceder dotação para o seu provimento ou da que determinar essa
última medida, se o cargo estiver criado;
b) da portaria que nomear por acesso, aposentar, exonerar, ou demitir;
IV. da posse em outro cargo.

TITULO III
Do Tempo de Serviço

CAPÍTULO I
Do Tempo de Serviço

Art. 51 A apuração do tempo de serviço será feita em dias, para todos os efeitos legais.
§ 1º – O número de dias será convertido em anos, de 365 (trezentos e sessenta e cinco)
dias cada um.
§ 2º – Feita a conversão, os dias restantes, até 182 (cento e oitenta e dois), não serão
computados, arredondando-se para um ano quando excederem este número, para efeito de aposentadoria.

Art. 52 Para todos os efeitos legais, serão considerados de efeito exercício os dias em
que o funcionário estiver afastado do serviço em virtude de:
I. férias;
II. casamento, até 8 (oito) dias;
III. luto, pelo falecimento do cônjuge, companheiro, pais, padrasto, madrasta, irmãos e filhos, inclusive
natimorto, até 8 (oito) dias;
IV. luto, pelo falecimento de sogros, cunhados e avós, até 2 (dois) dias;
V. exercício de outro cargo em comissão ou função na Administração Direta ou Indireta;
VI. convocação para cumprimento de serviços obrigatórios por lei;
VII. licença por acidente de trabalho ou doença profissional;
VIII. licença á gestante, pelo prazo de 120 dias;
IX. licença compulsória;
X. faltas abonadas nos termos do artigo 62, observando os limites ali fixados;
XI. missão ou estudo de interesse do Município, ou fora deste, quando o afastamento houver sido
expressamente autorizado pela autoridade competente;
XII. participação de delegação esportivas ou culturais pelo prazo oficial da convocação, devidamente
autorizada pela autoridade competente, precedida da requisição justificada do órgão competente;
XIII. desempenho de mandato legislativo ou chefia de Poder Executivo;
XIV. licença paternidade;
XV. licença a adotante;
XVI. dia de doação de sangue, um dia a cada 12 meses;
XVII. desempenho de mandato de Diretor Sindical, conforme Acordo Coletivo de Trabalho;
XVIII. afastamento por processo administrativo, quando:
a) o funcionário for declarado inocente ou a pena imposta for de advertência;
b) os dias que excederem o total da pena de suspensão efetivamente aplicada;
XIX. Participação em estágio obrigatório, para conclusão de curso de nível superior, limitado a 120 (cento
e vinte) dias, em atividades que a Administração Direta ou Autárquica não possa oferecer o estágio, sendo
competente para a decisão as autoridades citadas no artigo 13;
XX. licença prêmio por assiduidade.

Art. 53 Será interrompida a contagem para fins do direito ás férias, adicional por tempo de
serviço, sexta parte, o tempo em que o funcionário estiver afastado do serviço em virtude de:
I. licença para tratamento de saúde por período superior a 30 (trinta) dias;
II. licença por motivo de doença em pessoa da família por período superior a 30 (trinta) dias;
III. licença para tratar de interesse particular;
Parágrafo único – Havendo interrupção, o período será reduzido na contagem do tempo de
serviço para efeito do “caput” deste artigo.

Art. 54 É vedada a acumulação de tempo de serviço simultaneamente prestado em dois


ou mais cargos ou funções, á União, Estado ou Municípios.

TITULO IV
Dos Direitos e Vantagens de Ordem Pecuniária

CAPÍTULO I
Do Vencimento, do Horário, do Ponto e Das Reposições e Descontos

SEÇÃO I
Do Vencimento e da Remuneração

Art. 55 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício do cargo com valor fixado em
lei.
Parágrafo único – O vencimento dos cargos do Executivo, Legislativo, das Autarquias e
das Fundações Públicas Municipais deverão ser iguais, desde que suas atribuições sejam iguais ou
assemelhadas, não se levando em conta as vantagens de caráter individual e as relativas a natureza ou local
de trabalho.

Art. 56 Remuneração é o vencimento do cargo efetivo acrescido das vantagens


pecuniárias estabelecidas em lei.
Art. 57 É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público.

Art. 58 As vantagens pecuniárias percebidas pelos funcionários não serão computadas


nem acumuladas, para concessão de vantagens ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

Art. 59 O limite máximo da remuneração percebida em espécie, a qualquer título, pelos


funcionários será correspondente a remuneração percebida, em espécie, pelo Prefeito Municipal.
§ 1º – Remuneração percebida em espécie pelo Prefeito Municipal é o subsídio mais a
verba de representação.
§ 2º – O vencimento, a remuneração, as vantagens e os adicionais, bem como os
proventos de aposentadoria que estejam sendo percebidos em desacordo com o disposto neste artigo, serão
imediatamente reduzidos ao limite dele decorrente, não se admitindo, neste caso, invocação de direitos
adquirido a irredutibilidade de vencimentos, ou percepção de excesso a qualquer título.

Art. 60 Ressalvado o disposto no parágrafo 2º do artigo anterior, o vencimento dos


funcionários públicos é irredutível.

Art. 61 Salvo as exceções expressamente prevista em Lei, é vedado a Administração


Pública efetuar qualquer desconto dos funcionários sem sua prévia e expressa autorização.
Parágrafo único – Em cumprimento a decisão judicial transitada em julgado, a
Administração deve descontar, do vencimento de seus funcionários, a prestação alimentícia, nos termos e
nos limites determinados pela sentença.

Art. 62 O funcionário público terá direito a 6 (seis) faltas abonadas por ano, não podendo,
a qualquer pretexto, exceder a 1 (uma) falta por mês.
§ 1º – As faltas que excederem ao limite constante do “caput” deste artigo, somente serão
abonadas mediante a apresentação de atestado médico, nos termos dos artigos 109 e 110 desta Lei.
§ 2º – As faltas não abonadas poderão ser justificadas, através de documentos hábil e
reconhecido pelo órgão competente, acarretando a perda do dia correspondente, sem prejuízo do descanso
semanal remunerado.
§ 3º – Abonada a falta, o funcionário terá direito ao vencimento correspondente aquele dia
de serviço.

Art. 63 O funcionário perderá:


I. o vencimento do dia, quando não comparecer ao serviço, e apresentar justificativa prevista neste
Estatuto.
II. 1/3 (um terço) do vencimento do dia, quando comparecer ao serviço dentro da hora seguinte a
marcada para o início dos trabalhos ou se retirar antes da última hora;
III. o vencimento do dia e o correspondente aos domingos, feriados e dias de ponto facultativo, no caso
faltas justificadas.

Art. 64 O funcionário não sofrerá quaisquer desconto do vencimento nos casos previstos
no artigo 52.

Art. 65 Nos casos de necessidade, devidamente comprovadas, o período de trabalho


poderá ser antecipado ou prorrogado, mediante acordo firmado com a entidade sindical.

Art. 66 O ocupante de cargo de provimento efetivo, integrante de Plano de Carreira, fica


sujeito a quarenta horas semanais de trabalho, salvo quando a Lei estabelecer duração de trabalho inferiores
a essa.
Parágrafo único – O exercício de cargo em comissão ou função gratificada, exigirá de seu
ocupante integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver necessidade da
administração.

SEÇÃO II
Do Horário
Art. 67 O horário de trabalho será fixado pela autoridade competente, de acordo com a
natureza e necessidade do serviço.
§ 1º – A jornada diária de trabalho não poderá ser superior a 8 (oito) horas, exceto aos
serviços, que pela natureza, exija turno de revezamento e mediante acordo coletivo firmado com o Sindicato
dos Funcionários Públicos Municipais.
§ 2º – Aos profissionais com jornada de 30 (trinta) horas semanais, a diária não poderá ser
superior a 6 (seis) horas e aos com jornada de 20 (vinte) horas, a diária não poderá ser superior a 4 (quatro)
horas.
§ 3º – Quando a jornada diária for superior a 6 (seis) horas, será obrigatório um intervalo
de 1 (uma) hora para refeição.
§ 4º – A jornada semanal não poderá exceder a 40 horas, podendo haver compensação.
§ 5º – Ao funcionário estudante, é assegurado o direito de ausentar-se do trabalho ás
17:00 horas, sem prejuízo dos seus vencimentos, mediante comprovação de atestado escolar.

SEÇÃO III
Do Ponto

Art. 68 A frequência do funcionário será apurada:


I. pelo ponto;
II. pela forma determinada em regulamento, quanto aos funcionários não sujeitos ao ponto.
§ 1º – Ponto é o registro que assinala o comparecimento do funcionário ao serviço e pelo
qual se verifica diariamente, a sua entrada e saída.
§ 2º – Salvo nos casos expressamente previstos neste Estatutos, é vedado dispensar o
funcionário do registro do ponto e abonar faltas ao serviço.
§ 3º – A infração do disposto no parágrafo anterior determinará a responsabilidade da
autoridade que tiver expedido a ordem, sem prejuízo da ação disciplinar que for cabível.

SEÇÃO IV
Das Reposições e Descontos

Art. 69 As reposições devidas a Fazenda Municipal poderão ser feitas em parcelas


mensais não excedentes a décima parte do vencimento líquido do funcionário.
Parágrafo único – Não caberá reposição parcelada quando o funcionário solicitar
exoneração, quando for demitido ou quando abandonar o cargo.

Art. 70 Dos vencimentos ou dos proventos somente poderão ser feitos os descontos
previstos em lei ou os que forem expressamente autorizados pelo funcionário.

Art. 71 As consignações em folha, para efeito de desconto de vencimentos serão


disciplinadas em decreto.

CAPÍTULO II
Outras Vantagens Pecuniárias

SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 72 Além do vencimento base, poderão ser deferidas ao funcionário as seguintes


vantagens pecuniárias:
I. horas extraordinárias;
II. gratificação de natal;
III. exercício de função gratificada;
IV. sexta parte;
V. adicional por tempo de serviço;
VI. adicional por serviço noturno insalubres, perigosos e penosos;
VII. salário família.
Parágrafo único – O funcionário que receber dos cofres públicos vantagem indevida será
responsabilizado, se tiver agido de má-fé. Em qualquer caso, responderá pela reposição da quantia que
houver recebido, solidariamente com quem tiver autorizado o pagamento.

Art. 73 É proibido ceder ou gravar vencimento ou quaisquer vantagens decorrentes do


exercício do cargo ou função pública.

CAPÍTULO III

SEÇÃO II
Das Horas Extraordinárias

Art. 74 O pagamento de horas extraordinárias se destina a remunerar o trabalho


executado além do período normal a que estiver sujeito o funcionário.

Art. 75 A remuneração será paga por hora de trabalho, prorrogado ou antecipado, que
exceda a jornada diária, acrescida de 50% (cinquenta por cento) do valor da hora normal de trabalho.
§ 1º – O valor da hora normal de trabalho é o quociente do valor do vencimento por 200
(duzentas) horas, quando da jornada de 8 horas diárias e proporcional nos demais casos.
§ 2º – A hora extraordinária trabalhada em dia correspondente ao descanso semanal
remunerado ou feriado será acrescida de 100% (cem por cento) do valor da hora normal de trabalho.
§ 3º – Ressalvados os casos de convocação de emergência, o extraordinário não
excederá de 2 (duas) horas diárias.
§ 4º – É vedado conceder gratificações por serviço extraordinário com o objetivo de
remunerar outros serviços ou encargos.

CAPÍTULO IV
Das Gratificações de Natal e pelo Exercício de Função Gratificada

SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 76 Será concedida gratificação:


I. de natal;
II. pelo exercício de função gratificada.

SEÇÃO II
Da Gratificação de Natal

Art. 77 O funcionário terá direito a uma gratificação de Natal correspondente ao 13º


salário, previsto no artigo 7º inciso VIII da Constituição Federal, na proporção de 1/12 avos da remuneração
devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, desprezando-se as frações de 15 dias,
excluído o valor da própria gratificação.
§ 1º – No cálculo a que se refere o “caput” desde artigo será computada a média das
horas extraordinárias, durante o ano.
§ 2º – O pagamento da gratificação será feito até o dia 15 de dezembro.
§ 3º – Para os efeitos desta seção, não integram a remuneração ou os proventos:
I. o valor do próprio 13º salário;
II. os valores pagos a título de indenização em geral;
III. os valores pagos a título de atrasados de meses anteriores;
IV. os valores referentes as férias em pecúnia e aos acréscimos de 1/3 (um terço) a elas relativos;

Art. 78 Por ocasião da aposentadoria o funcionário, receberá o 13º salário devido, calculo
sobre a remuneração a que lhe teria direito no mês de desligamento do serviço público, nos termos do artigo
anterior.
§ 1º – em caso de falecimento do funcionário, os beneficiários ou sucessores, nos termos
da lei civil, farão jus, igualmente, ao 13º salário, calculado sobre a remuneração a que teria direito no mês de
falecimento, nos termos do artigo anterior.
§ 2º – Sobre o 13º salário incidirá contribuição em favor do Serviço Municipal de
Previdência Social.

SEÇÃO III
Da Gratificação pelo Exercício de Supervisão

Art. 79 O funcionário terá direito a recebimento de gratificação pelo exercício de Função


Gratificada, nos termos do disposto no Plano Cargos e Carreiras.

CAPÍTULO V
Dos Adicionais

SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 80 Serão concedidos os seguintes adicionais:


I. por tempo de serviço;
II. pelo exercício de trabalho insalubre, perigoso ou penoso;
III. por serviço noturno.

SEÇÃO II
Adicional por Tempo de Serviço

DOS QUINQUÊNIOS

Art. 81 O adicional por tempo de serviço previsto na Lei do Plano de Carreira, incorpora-se
ao vencimento para todos os efeitos legais, observada a forma e o cálculo determinados.

Art. 82 A cada 5 anos de efetivo exercício no serviço público municipal, o funcionário


perceberá o adicional por tempo de serviço de 5% (cinco por cento), calculado sobre o seu vencimento.
§ 1º – Ao ex-funcionário que retornar ao serviço público municipal será iniciada nova
contagem.
§ 2º – O adicional será calculado sobre o padrão de vencimento do cargo que o funcionário
estiver exercendo.
§ 3º – Os percentuais fixados neste artigo são mutuamente exclusivos, não podendo ser
percebidos cumulativamente.

DA SEXTA PARTE DO VENCIMENTO

Art. 83 O funcionário público municipal que completar 20 (vinte) anos de efetivo exercício
no serviço público municipal, perceberá importância equivalente á sexta parte dos seus vencimentos
integrais.
§ 1º – Para efeito do cálculo da sexta parte será considerado, como base, o total dos
vencimentos a que faz jus o funcionário no mês.
§ 2º – Por total de vencimentos, para efeito do “caput” deste artigo, entende-se, o
salário-base, o adicional por tempo de serviço e a parcela destacada, conforme disposto na Lei do Plano de
Cargos e Salários.
Art. 84 A sexta parte incorpora-se ao vencimento para todos os efeitos legais.

SEÇÃO III
Do Adicional pela Execução de Trabalho Insalubre Perigoso ou Penoso

Art. 85 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que. por sua
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os funcionários a agentes nocivos à saúde, de
acordo com laudos técnicos específicos e nos termos da Portaria nº 3.214. de 08 de junho de 1.978, do
Ministério do Trabalho.

Art. 86 - Serão consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem no contato permanente com inflamáveis, explosivos, gases
tóxicos, eletricidade e radiações ionizantes. em condições de risco acentuado e nos termos da Portaria nº
3.214, de 08 de junho de 1.978, do Ministério do Trabalho.

Art. 87 - Serão consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua
natureza ou método de trabalho, exponham o funcionário público a situações antiergonômicas acentuadas e
nos termos da Portaria nº 3.214, de 08 de junho de 1.978, do Ministério do Trabalho.

Art. 88 - Lei Municipal, de iniciativa exclusiva do Poder Executivo, determinará os


percentuais devidos nos casos do exercício de atividades insalubres, perigosas ou perigosas.

Parágrafo Único - Esta Lei conterá obrigatoriamente mecanismo de condições básicas de


segurança, higiene e medicina do trabalho e determinará a implantação de sistema apropriado.

Art . 89 - Haverá permanente controle da atividade dos funcionários em operações ou


locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Art. 90 - A direito ao adicional de periculosidade ou de penosidade, cessa com a


eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art . 91 - É proibido à funcionária gestante ou lactente o trabalho em locais considerados


insalubres, perigosos ou em operações consideradas insalubres, perigosas ou penosas.

CAPITULO VI
Do Salário-Familia

Art. 92 - O salário-família será concedido a todo funcionário, ativo ou inativo, que tiver:

I - filho menor de 18 anos de idade;

II - filho inválido.

§ 1º - Compreende-se neste artigo os filhos de qualquer condição, os adotivos, os


enteados ou os menores que vivam sob a guarda judicial do funcionário.

§ 2º - Para o efeito do inciso II deste artigo, a invalidez cor responde à incapacidade total e
permanente para o trabalho.

Art. 93 - Quando pai e mãe forem funcionários ou inativos e viverem em comum, o


salário-família será pago apenas a um deles.

§ 1º - Se não viverem em comum, será pago ao que tiver os dependentes sob sua guarda.

§ 2º - Se ambos os tiverem, será pago a um e a outro, de acordo com a distribuição dos


dependentes.

Art. 94 - O funcionário é obrigado a comunicar ao Departamento de Recursos Humanos da


Prefeitura, da Câmara, da Autarquia ou da Fundação Pública, dentro de quinze dias da ocorrência, qualquer
alteração que se verifique na situação dos dependentes, da qual decorra modificação no pagamento do
salário-familia.

Parágrafo único - A inobservância dessa obrigação implicará a responsabilização do


funcionário, nos desta lei.

Art. 95 – O salário-família será pago independentemente de assiduidade ou produção do


funcionário e não poderá sofrer qualquer desconto, nem ser objeto de transação.

Art. 96 - O vaiar do salário-família será de 5% (cinco por cento) calculado sobre o salário
mínimo vigente.

Parágrafo único - O salário-família não será devido ao funcionário licenciado sem


remuneração.

CAPITULO VII
Das Outras Concessões Pecuniárias
SEÇÃO I
Serviço Noturno

Art. 97 - As horas trabalhadas no período noturno. compreendido entre 22:00 (vinte e duas)
horas e 05:00 (cinco) horas, serão remuneradas com um adicional de 25% (vinte e cinco por cento),
considerando-se como hora noturna o período de 52' 30" (cinquenta e dois minutos e trinta segundos).

Parágrafo Único - Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos
diurnos e noturnos. aplica-se as horas de trabalho noturno, quando se tratar de jornada em revezamento.

TITULO V
Dos Direitos e Vantagens de Ordem Geral serviço
CAPITULO I
Das Férias

Art. 98 - Após cada período de 12 (doze) meses de serviço o funcionário terá direito a
férias de 30 (trinta) dias consecutivos, concedido por ato da Administração, dentro de um período de 12
(doze) meses subsequentes à data em que tenha adquirido o direito, na seguinte proporção:

I - 30 (trinta) dias corridos, quando nao houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes
injustificadamente;

II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (catorze) faltas
injustificadamente;

III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas
injustificadamente;

IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas)
faltas injustificadamente.

§ 1º - As férias serão pagos 2 (dois) dias antes do início do gozo, com 1/3 (um terço) a
mais do que a remuneração normal.

§ 2º - É proibido levar à conta de férias, para compensação, qualquer falta ao trabalho.

§ 3º - O funcionário adquirirá o direito a férias, após o decurso do primeiro ano de


exercício, salvo em caso de demissão.

Art. 99 - Durante as férias, o servidor terá direito a todas as vantagens, como se estivesse
em exercício.
Art. 100 – Anualmente, os supervisores de cada unidade organizarão, no mês de
dezembro, a escala de férias para o ano seguinte, alterável de acordo com a conveniência dos serviços,
regulamentada por Decreto do Executivo.

Art. 101 - É proibida a acumulação de férias, salvo por indeclinável necessidade de serviço
ou motivo justo comprovado, pelo máximo de 2 (dois) anos consecutivos.

§ 1º - Em caso de acumulação de férias, poderá o funcionário gozá-las ininterruptamente.

§ 2º - O funcionário removido ou transferido em gozo de férias, não será obrigado a


apresentar-se antes de termina-as

Art. 102 - facultado ao funcionário, excluído os docentes e especialistas de educação do


Quadro do Magistério, converter 1/2 (metade) do período das férias em abono pecuniário, desde que o
requeira no momento de sua solicitação, que deverá ser efetivada 30 (trinta) dias antes do início de seu
gozo.

Parágrafo Único -.0 previsto no "caput" deste artigo, é aplicável aos ocupantes de cargos
em comissão.

Art. 103 - Fica garantido aos funcionários estatutários na data da promulgação da Lei
Municipal nº 2.023/ 91, o direito de conter em dobro o período de férias não gozadas ou não recebidas.

CAPITULO II
Das Licenças
SEÇÃO I
Disposições Preliminares

Art. 104 - Será concedida licença ao funcionário:

I – para tratamento de saúde;

II – por motivo de doença e por pessoa de sua família;

III – licença gestante;

IV – licença paternidade;

V – licença a adotante;

VI – licença para prestar serviço militar;

VII – licença para cumprir serviços obrigatórios por Lei;

VIII – licença para tratar interesses particulares;

IX – licença compulsória;

X – licença por prêmio de assiduidade;

XI - licença para tratamento de doença profissional ou em decorrência de acidente de


trabalho;
XII - desempenho de mandato classista ou sindical;

XIII - afastamento para atividade politica.

Art. 105 - A licença dependente de inspeção médica será concedida pelo prazo indicado
pelo órgão oficial competente.

§ 1º - A licença poderá ser prorrogada "ex offício" ou a pedido do interessado.


§ 2º - Finda a licença, deverá o funcionário reassumir o exercício do cargo.

Art. 106 - O funcionário licenciado para tratamento de saúde não poderá dedicar-se a
qualquer atividade remunerada . sob pena de ter cassada a licença e ser promovida sua responsabilidade.

Art. 107 - O funcionário licenciado noa termos dos incisos I, II, IX e XI do artigo 104 é
obrigado a reassumir o exercício do cargo, se for considerado apto em inspeção médica realizada "ex offício"
ou ae não subsistir a doença em pessoa de sua família.

Parágrafo único - O funcionário poderá desistir da licença, se Julgado apto para o


exercício do cargo, em inspeção médica.

Art. 108 - A concessão das licenças dependerá da observância das disposições deste
Estatuto.

SEÇÃO II
Da Licença para Tratamento de Saúde

Art. 109 - Ao funcionário impossibilitado de exercer o cargo por motivo de saúde será
concedido afastamento por per iodo não superior a 30 (trinta) dias.

§ 1º - O afastamento será deferido após apresentação pelo funcionário de atestado


médico, fornecido pelos médicos credenciados pela administração municipal ou pelo Serviço de Medicina do
Trabalho da Administração Municipal.

§ 2º - O funcionário afastado para tratamento de saúde não poderá se dedicar a qualquer


atividade renumerada, sob pena de ser cassada a licença e promovida sua responsabilidade

Art. 110 - Ao término do afastamento, o funcionário deverá apresentar-se ao Serviço de


Medicina do Trabalho da Administração Municipal, que avaliará suas condições de saúde para retorno ao
trabalho.

Parágrafo único - Se o afastamento for superior a 30 (trinta) dias, ao funcionário será


concedida licença para tratamento de saúde, nos termos da Lei da Previdência Municipal.

Art. 111 - As licenças concedidas dentro de trinta dias. contados do término da anterior.
serão consideradas como prorrogação.

Parágrafo único - O pedido deverá ser apresentado pelo menos três dias antes de findar o
prazo da licença; se indeferido, será considerado como de licença o período compreendido entre a data do
seu término e a do conhecimento oficial do despacho.

SEÇÃO III
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

Art. 112 - O funcionário poderá obter licença, por motivo de doença do cônjuge não
separado legalmente, companheira ou companheiro, paia, filhos e equiparados, mediante comprovação
médica.

§1º - Aplica-se para efeito deste artigo, o disposto no parágrafo 1º do artigo 111.

§ 2º - A licença de que trata este artigo não poderá ultrapassar o prazo de 12 (doze)
meses.

Art. 113 - A licença será concedida com vencimento, até 1 (um) més, e com os seguintes
descontos:

I - de 1/3 (um terço), (três) meses; quando exceder a 1 (um) mês e até 3

II - de 2/3 (dois terços), quando exceder a 3 (três) meses e até 6 (seis) meses;
III – total, do sétimo ao décimo segundo mês.

Parágrafo único ~ Para os efeitos deste artigo, a licença concedida dentro de 60


(sessenta) dias, contados do término da anterior. será considerada como prorrogação.

SEÇÃO IV
Da Licença à Gestante

Art. 114 - A funcionária gestante será concedida. mediante inspeção médica, licença de
120 (cento e vinte) dias. com remuneração integral, paga pelo Serviço de Previdência, Saúde e Assistência
Municipal - SEPREM.

§ 1º - Salvo prescrição médica em contrário, a licença será concedida no curso ou além do


in1cio do oitavo mes de gestação, ou até o décimo dia do puerpério.

§ 2º - No caso de natimorto será concedida licença para tratamento de saúde, a critério


médico, na forma do artigo 109.

§ 3º - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a mulher
terá repouso remunerado de 30 (trinta) dias.

Art. 115 - Para amamentar o próprio filho, até que complete seis meses de idade, a mulher
terá direito a redução de jornada diária de duas horas, facultada a redução em dois períodos de uma hora.

SEÇÃO V
Da Licença Paternidade

Art. 116 - Será concedida licença paternidade ao funcionário municipal, pelo prazo de 5
(cinco) dias.

§ 1º - A licença-paternidade terá início no dia do nascimento ou adoção do filho do


funcionário, e a contagem terá início no dia seguinte.

§ 2º - o per iodo de licença-paternidade será considerado de efetivo exercício para todos


Os efeitos legais.

Art. 117 - O funcionário, ao reassumir, deverá apresentar ao órgão de pessoal certidão


comprobatória do nascimento ou adoção de seu filho.

Parágrafo único - O não cumprimento do disposto neste artigo acarretará a transformação


do per iodo de licença em faltas injustificadas, com o consequente desconto ou devolução dos vencimentos
correspondentes ao período.

Art. 118 - Ocorrendo aborto, será concedida ao funcionário, licença paternidade de 1 (um)
dia.

SEÇÃO VI
Da Licença à Adotante

Art. 119 - A funcionária que adotar ou obtiver guarda judicial de criança de até 01 (um) ano
de idade, serão concedidos 120 (cento e vinte) dias de licença remunerada.

Parágrafo Único - No caso de adoção ou guarda judicial de criança de 01 (um) até 07


(sete) anos de idade. o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

SEÇÃO VII
Da Licença para Prestar Serviço Militar

Art. 120 - Ao funcionário matriculado em órgão de Formação da Reserva do município.


será concedida licença com remuneração integral. desde que haja complementação de sua jornada de
trabalho.
§ 1º - Ao funcionário incorporado será concedido licença sem remuneração.

§ 2º - o funcionário desincorporado reassumirá o exercício das atribuições de seu cargo no


1º dia útil após a desincorporação.

SEÇÃO VIII
Da Licença para Cumprir Serviços Obrigatórios por Lei

Art. 121 - Ao funcionário que for convocado para prestação de serviço público obrigatório
por lei, será concedido licença remunerada.

SEÇÃO IX
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares

Art. 122 - É assegurado a todo funcionário público municipal estável da Administração


Direta. Autárquica e Fundacional, o direito ao afastamento não remunerado pelo per iodo de até 24 (vinte e
quatro) meses, para tratar de assuntos particulares. mediante simples requerimento dirigido ao Prefeito do
Município.

§ 1º - O funcionário deverá aguardar em exercício o despacho concessório da licença, que


deverá ocorrer no prazo máximo de 8 (oito) dias.

§ 2º - Não será permitido o retorno do funcionário afastado na forma do disposto neste


artigo, antes do término do período de afastamento requerida.

§ 2º Será deferido o pedido de retorno do servidor afastado na forma, do disposto no


"caput" deste artigo, antes do término do período de afastamento requerido , devido a manifesto interesse
administrativo. (Parágrafo com redação dada pela Lei nº 2366, de 1995).

§3° - A pedido do servidor, em caso de necessidade devidamente comprovada e a critério


da Administração, é permitida a redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais; e de 30 para
20 horas semanais, pelo período de até 24 meses, com a consequente redução da remuneração na mesma
proporcionalidade incluindo as eventuais vantagens do cargo. (Parágrafo acrescido com redação dada pela
Lei nº 3426, de 2005).

Art. 123 - Só poderá ser concedida nova licença após a decurso de 2 (dois) anos do
término da anterior.

SEÇÃO X
Da Licença Compulsória

Art. 124 - O funcionário. ao qual se possa atribuir a condição de fonte de infecção de


doença transmissível poderá ser licenciado, por ato unilateral do Prefeito e continuará afastado enquanto
durar essa condição, a juízo da autoridade sanitária competente.

Art. 125 - Verificada a procedência da suspeita, o funcionário será licenciado para


tratamento de saúde na forma prevista no artigo 109, considerando-se incluídos no período da licença os
dias de licenciamento compulsório. moléstia, deverá considerando-se como legais.

Art. 126 - Quando não positivada ao funcionário retornar ao serviço. de efetivo exercício.
para todos os efeitos licença compulsória.

Seção XI
Da Licença Prêmio por Assiduidade

Art. 127 - Ao funcionário que requerer, será concedida licença-prêmio de 03 (três) meses
consecutivos. com todos os direitos de seu cargo após cada 5 (cinco) anos ininterruptos de efetivo exercício,
salvo as exceções previstas nesta Lei.
§ 1º - Somente o tempo de serviço público prestado ao Município de Jaboticabal, será
contado para efeito de Licença Prêmio.

§ 2º - Executando-se os funcionários estatutários quando da promulgação da Lei Municipal


nº 2.023/91, a contagem de tempo a que se refere o parágrafo anterior, e respeitadas as regras da Lei
Municipal nº 237/47, os períodos de beneficio apurados, somente serão computados para contagem de
tempo para efeito de aposentadoria.

§ 3º - Existindo na data da promulgação desta Lei, fracões de períodos aquisitivos a que


se referem os parágrafos anteriores, e observado ainda os critérios da Lei Municipal nº 237/47, dar-se-á o
início da contagem da licença-prêmio, para os efeitos desta Lei.

§ 4º - Aos funcionários estatutários na data da promulgação da Lei Municipal ng 2.023/91,


ficam garantidos os direitos adquiridos e previstos na legislação pertinente a matéria.

Art. 128 - Não terá direito à licença-prêmio o funcionário que dentro do período aquisitivo
houver.

Art. 129 - A licença-prêmio somente será concedida pelo Prefeito, pela Mesa da Câmara
ou pelos Diretores de Autarquias.

Art. 130 - A licença-prêmio poderá, a pedido do funcionário ser gozada integral ou


parceladamente, atendido o interesse da Administração. e no máximo em 3 (três) vezes.

Art. 131 - A autoridade competente, tendo em vista o interesse da Administração.


devidamente fundamentado decidirá dentro dos 12 (doze) meses seguintes à aquisição da Licença-Prêmio,
quanto à data de seu início e a sua concessão por inteiro ou parceladamente.

Art. 132 - O funcionário deverá aguardar. em exercício. a concessão da licença-prêmio.

Art. 133 - A concessão da licenca-prêmio, dependerá de novo ato, quando o funcionário


não iniciar o seu gozo dentro dos 30 (trinta) dias seguintes ao da publicação daqueles que a deferiu.

Art. 134 - O número de funcionários em gozo simultâneo de licenca-prêmio não poderá ser
superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva Unidade Administrativa do õriõ8.o ou entidade.

Art. 135 - O funcionário que completar 05 (cinco) anos de ininterrupto e efetivo exercício,
receberá em pecúnia a metade da licença-prêmio a Que fizer jus se assim o requerer.

SEÇÃO XII
Da Licença para Tratamento de Doença Profissional
ou em Decorrência de Acidente de Trabalho

Art.136 - O funcionário acometido de doença profissional ou acidentado em serviço, terá


direito a:

I - afastamento para tratamento nos termos do artigo 111 desta Lei.

II - licença para tratamento de saúde, nos termos do parágrafo único do artigo 111 desta
lei.

III - licença para tratamento de saúde, nos termos do parágrafo único do artigo 112 desta
Lei.

SEÇÃO XIII
Desempenho de Mandato Classista ou Sindical

Art. 137 - É assegurado ao servidor o direito a licença para o desempenho de mandato em


sindicato representativo da categoria. com a remuneração do cargo efetivo.
§ 1º - Somente poderão ser licenciados fracionários eleitos para cargos de direção ou
representação.

§ 2º - A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de


reeleição.

SEÇÃO XIV
Da Licença para Exercício de Mandato Eletivo

Art. 138 - Ao servidor investido em mandato eleitoral aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato federal ou estadual ficará licenciado do cago;

II - investido no mandato de Prefeito, será licenciado do cargo, será licenciado do cargo


sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandado de vereador:

a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, sem


prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

b ) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado


optar pela sua remuneração;

CAPÍTULO III
Do Acidente do Trabalho e da Doença Profissional

Art. 139 - Ao funcionário que sofrer acidente do trabalho ou for atacado de doença
profissional e assegurado;

I - licença para tratamento de saúde, com o vencimento integral a que faria jus
independentemente da ocorrência do acidente ou moléstia, em caso de perda total e temporária da
capacidade para o trabalho;

II - auxílio-acidentário, na forma que a Lei Previdenciária estabelecer, para os casos de


redução parcial e permanente da capacidade laborativa;

lII - aposentadoria c om proventos integrais quando do infortúnio da moléstia profissional


ou de seu agravamento, sobrevier perda total e permanente da capacidade para o trabalho;

IV - pecúlio, a ser pago de uma só vez e na conformidade do que dispuser a Lei


Previdenciária, se do acidente resultar aposentadoria por invalidez ou morte do agente;

V - pensão aos beneficiários do funcionário que vier a falecer em Virtude de acidente do


trabalho ou mo lés tia profissional, a ser concedida de acordo com o que estipular a Lei Previdenciária;

VI - assistência médica domiciliar, ambulatorial, hospitalar e cirúrgica, ainda que plástico-


estética, farmacêutica e dentária, bem como serviços de prótese, conforme estabelecer a Lei Previdenciária.

Art. 140 - Os conceitos de acidente do trabalho e respectivas equiparações, bem como a


relação das moléstias profissionais e as situações propiciadoras da concessão do auxilio-acidentário, para os
efeitos deste Capítulo, serão se adotados pela legislação prevista para a Previdência Municipal.

Art. 141 - Os benefícios previstos neste Capítulo deverão ser pleiteados no prazo de 5
(cinco) anos contados:

I - da data da perícia médica, noa casos de agravamento da incapacidade;

II - da data da verificação, pelo médico ou por junta médica, quando se tratar de doença
profissional;
III - da data do acidente, no s demais casos.

Art. 142 - A regulamentação deste Capítulo obedecerá o que for estabelecido na Lei da
Previdência Municipal.

CAPÍTULO IV
Da Disponibilidade

Art. 143 - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade o funcionário estável ficará
em disponibilidade, com remuneração.

Parágrafo único - O provento da disponibilidade será revisto sempre que, por motivo de
alteração do poder aquisitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos servidores em atividade.

Art. 144 - O retorno à atividade de funcionário em disponibilidade far-se-á mediante


aproveitamento, nos termos dos artigos 43 à 45.

Art. 145 - Será tornado aproveitamento e extinta a disponibilidade se o entrar em exercício


no prazo legal, salvo em comprovada por junta médica oficial.

CAPITULO V
Da Aposentadoria

Art. 146 - o funcionário será aposentado:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente


em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em Lei e
proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade. com proventos proporcionais ao


tempo de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem. e aos trinta anos, l3e mulher, com
proventos integrais;

b) aos trinta anos de efetivo serviço em funções de magistério, se professor. e vinte e cinco
anos. l3e professora. com proventos integrais;

c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco anos, se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos, sessenta anos. se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Art. 147 - A aposentadoria compulsória, prevista no inciso II do artigo anterior, é


automática.

Art. 148 - O funcionário em disponibilidade poderá se aposentado nos termos do artigo


146.

Art. 149 - A aposentadoria produzirá efeito a partir do registro ou da publicação do ato no


órgão oficial ou na falta deste em publicação em órgão de imprensa local.

Parágrafo único - No caso de aposentadoria compulsória, o funcionário deixará o exercício


no dia em que atingir a idade-limite, devendo o ato retroagir a essa data.
Art. 150 - Os preventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na
mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos servidores em
atividades inclusive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se
deu a aposentadoria, nos moldes da legislação que o instituir.

CAPITULO VI
Da Assistência ao Funcionária

Art. 151 - O Município poderá promover na medida de suas possibilidades e recursos,


assistência ao funcionário e a sua família, na forma que a lei estabelecer.

Parágrafo único - A assistência de que trata este artigo compreenderá :

I - previdência, assistência médica, hospitalar, dentária e sanatórios;

II - cursos de aperfeiçoamento e especialização profissional, atualização e extensão


cultural;

III – conferências, congressos, círculos de debates, bem como referentes ao serviço


público, simpósios, seminários, publicações e trabalhos;

IV - viagens de estudo e visitas a serviços de utilidade pública para aperfeiçoamento e


especialização profissional;

V – creches, incentivo aos centros de educação física e cultural, para recreio e


aperfeiçoamento moral e intelectual dos funcionários e suas famílias, fora das horas de trabalho.

CAPITULO VII
Do Direito de Petição

Art. 152 - a assegurado ao funcionário o direito de requerer ou representar, pedir


reconsideração e recorrer, desde que o faça dentro das normas de urbanidade, observadas as seguintes
regras:

I - nenhuma solicitação, qualquer que seja a sua forma, poderá ser encaminhada sem
conhecimento da autoridade à que o funcionário estiver direta e imediatamente subordinado;

II - o pedido de reconsideração deverá ser dirigido à autoridade que houver expedido o ato
ou proferido a decisão e somente será cabível quando contiver novos argumentos;

III - nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado, salvo a ocorrência de fatos
novos;

IV - caberá recurso quando houver qualquer ato praticado contra a vida funcional;

V - o recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato
ou proferido a decisão e, em última instância, ao Prefeito;

VI - nenhum recurso poderá ser encaminhado mais de uma vez à mesma autoridade

Parágrafo único - O pedido de reconsideração e o recurso não têm efeito suspensivo,


salvo nos casos previstos em lei, os que forem providos, porém, darão lugar às retificações necessárias,
retroagindo os seus efeitos à data do ato impugnado.

Art. 153 - As decisões do Prefeito, proferidas em grau de recurso ou em pedido de


reconsideração de despacho, encerram a instância administrativa.

Art. 154 - Salvo disposição expressa em contrário, é de 30 (trinta) dias o prazo para
interposição de pedidos de reconsideração ou recurso.
Parágrafo único - O prazo fixado neste artigo será contado da data da notificação pessoal
do considerado.

TITULO VI
Dos Deveres e da Ação Disciplinar
CAPITULO I
Dos Deveres

Art. 155 - São deveres do funcionário público, além dos que lhe cabem em virtude do
desempenho de seu cargo e dos que decorrem, em geral, de sua condição de funcionário público:

I - executar as atribuições típicas do seu cargo e os trabalhos de que for incumbido de


forma eficaz e eficiente;

II - executar as tarefas atribuições típicas, afins e complementares às suas

III - responsabilizar-se pela guarda, conservação e manutenção dos materiais, ferramentas


ou equipamentos necessários ao desempenho de suas atividades ou que lhe forem confiados e, em geral,
daqueles pertencentes à municipalidade;

IV - zelar pelos equipamentos e bens públicos em geral e, particularmente pelo seu local
de trabalho;

V – garantir, por todos os meios ao seu alcance o cumprimento das atividades


permanentes, das metas e dos objetivos básicos da unidade administrativa em que estiver lotado e dos
princípios gerais, da administração, visando a eficácia e a eficiência do serviço público;

VI - cumprir as determinações superiores, representando, imediatamente, quando forem


manifestamente ilegais;

VII - representar aos superiores sobre irregularidade de que tenha conhecimento;

VIII - atender com preferência a qualquer outro serviço, as requisições de documentos


papéis informações ou previdências, destinadas à defesa da Fazenda Municipal;

IX - apresentar relatório ou resumos de suas atividades, nas hipóteses e prazos previstos


em lei, regulamento ou regimento;

X - manter observância às normas legais e regulamentares;

XI - atender com presteza:

a) o público em geral, prestando as informações requeridas, ressalva das aquelas cujo


sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e da Administração;

b) a expedição de certidões requeridas para a defesa de direito ou esclarecimento de


situações de interesse pessoal;

XII - representar contra ilegalidade ou abuso de poder.

Parágrafo Único - São também deveres do funcionário público:

I - tratar com urbanidade se colegas e o público em geral, atendendo este sem preferência
pessoal;

II - providenciar para que este já atualizada, no assentamento individual, sua declaração


de família, de residencia e de domicílio;

III - manter cooperação companheiros de trabalho solidariedade com relação aos IV ser
leal as instituições a que servir;
IV - manter conduta compatível com a moral idade administrativa.

CAPITULO II
Das Proibições

Art. 156 - É proibido ao funcionário toda ação ou omissão capaz de comprometer a


dignidade e o decoro da função pública ferir a disciplina e a hierarquia. prejudicar a eficiência do serviço ou
causar dano à Administração Pública. especialmente:

I - referir-se depreciativamente em informação, parecer ou despacho ou pela imprensa, ou


por qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração;

II - retirar sem prévia permissão da autoridade competente, qualquer documento ou objeto


existente na unidade de trabalho;

III - valer-se da sua qualidade de funcionário para obter proveito pessoal;

IV - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza, politico-partidária;

V - exercer comércio entre os companheiros de serviço, no local de trabalho;

VI - constituir-se procurador de partes, ou servir de intermediário perante qualquer


repartição pública, exceto quando se tratar de interesse do cônjuge ou de parente até segundo grau;

VII - cometer a pessoa estranha, fora dos casos previstos em lei o desempenho de
encargo que lhe competir ou que competir a seus subordinados;

VIII - entreter- se, durante as horas de trabalho, em palestras, leituras ou atividades


estranhas ao serviço;

IX - empregar material do serviço público para fins particulares;

X - fazer circular ou subscrever rifas ou listas de donativos no local de trabalho;

XI receber estipêndios de fornecedores ou de entidade s fiscalizadas;

XII – designar, para trabalhar sob suas ordens imediatas, parentes até segundo grau;

XIII - fazer, Com a Administração Direta ou Indireta, contratos de natureza comercial,


industrial ou de prestação serviços com fins lucrativos, por si ou como representante de outrem;

XIV - participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou industriais ou de


sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou administrativas com o Município, sejam por
esta subvencionadas, ou estejam diretamente relacionadas com a finalidade da unidade ou serviço em que
esteja lotado;

XV - exercer. mesma fora das horas de trabalho, emprego ou função em empresas,


estabelecimentos ou instituições que tenham relações com o Município, em matéria que se relacione com a
finalidade da unidade ou serviço em que esteja lotado;

XVI - requerer ou promover a concessão de privilégio, garantias de juros ou outros favores


semelhantes. estaduais ou municipais, exceto privilégio de invenção própria;

XVII - trabalhar sob as ordens diretas do cônjuge ou de parentes até segundo grau.

XVIII - insubordinação em serviço;

XIX - proceder de forma desidiosa;

XX - exercer ineficientemente suas funções;


XXI - opor resistência injustificada ao andamento de documento, processo ou execução de
serviço; XXII - comparecer ao serviço sob o efeito de drogas que alterem seu comportamento habitual;

Art. 157 - O funcionário responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular
de suas atribuições, sendo responsável por todos os prejuízos que, nesta qualidade, causar à Fazenda
Municipal, por dolo ou má fé, devidamente apurados.

Art. 158 - Caracteriza-se especialmente a responsabilidade:

I - pela sonegação de valores ou objetos confiados à sua guarda ou responsabilidade;

II - por não prestar contas ou por não as tomar, na forma e nos prazos estabelecidos em
leis, regulamentos, regimentos, instruções e ordens de serviço;

III - pelas faltas, danos, avarias e quaisquer outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda ou sujeitos a seu exame e fiscalização;

IV - pela falta ou inexatidão das necessárias averbações nas notas de despacho, guias e
outros documentos da receita ou que tenham com eles relação;

V - por qualquer erro de cálculo ou redução contra a Fazenda Municipal.

Art. 159 - Nos casos de indenização à Fazenda Municipal, o funcionário será obrigado a
repor, de uma só vez e com 06 acréscimos de lei e correção monetária, a importância do prejuízo causada
em virtude de alcance, desfalque. remissão ou omissão em efetuar recolhimento5 ou entradas nos prazos
legais.

Art. 160 - Excetuados os casos previstos no artigo anterior. será admitido o pagamento
parcelado. na forma do artigo 69.

Art. 161 - A responsabilidade administrativa não exime o funcionário da responsabilidade


civil ou criminal que no caso couber. nem o pagamento da indenização a que ficar obrigado o exime da pena
disciplinar em que incorrer.

CAPÍTULO lII
Das Penalidades

Art. 162 - São penas disciplinares:

I - repreensão;

II - suspensão;

III - demissão;

IV - demissão a bem do serviço público;

V – cassação da aposentadoria ou da disponibilidade.

Art. 163 - Na aplicação das penalidade serão consideradas a natureza e a gravidade da


infração cometida, os danos que de la provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes, os antecedentes funcionais atendendo-se, sempre. a devida proporção entre o ato praticado e a
pena a ser aplicada.

Art. 164 - A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição
constante do artigo 156, incisos I. IV, V, VIII, X. XVIII. XIX, e de inobservância de dever funcional previsto em
leis, regulamentos ou normas internas, que não justifiquem imposição de penalidade mais grave.

Art. 165 - A pena de suspensão, que não excederá a 15 (quinze) dias, regulamentada por
decreto do Executivo, será aplicada:
I - ao funcionário que, sem justa causa, deixar de se submeter a exame médico
determinado por autoridade;

II - em casos de reincidência em infração sujeita à pena de repreensão e de violação das


demais proibições constante a do artigo 156;

III - abandono do cargo ou falta de assiduidade;

IV - aplicação irregular do dinheiro público.

§ 1º - O funcionário suspenso perderá, durante o período de cumprimento da suspensão,


todos os direitos e vantagens decorrentes do exercício do cargo.

§ 2º - Configura-se abandono do cargo a ausência injustificada por mais de 10 (dez) dias


consecutivos.

Art. 166 - A autoridade que tiver conhecimento de infração funcional que enseje a
aplicação de penas de repreensão e suspensão, deverá notificar por escrito o funcionário da infração a ele
imputada, com prazo de 3 (três) dias úteis para oferecimento de defesa.

§ 1º - A defesa dirigida à autoridade notificante deverá ser feita por escrito e entregue
contra-recibo

§ 2º - O não acolhimento da defesa ou sua não apresentação no prazo legal acarretará a


aplicação das penalidades previstas no "caput" deste artigo, mediante ato motivado, expedindo-se a
respectiva portaria e providenciada a anotação, em assetamento da penalidade aplicada, após a publicação
e notificação pessoal.

Art. 167 - Será aplicada ao funcionário a pena de demissão nos casos de:

I - abandono do cargo;

II - faltas ao serviço, sem justa causa, por mais de 45 (quarenta e cinco) dias intercalados
durante o ano;

III - procedimento irregular de natureza grave;

IV - acumulação proibida de cargos públicos, se provada a má-fé;

V - ofensas físicas, em serviço ou em razão dele, a servidores ou particulares, salvo se em


legitima defesa;

VI - transgressão dos incisos II, IIl, IX, XI, XII. XIV, XV, XVI e XVII e do artigo 156;

VII - ineficiência no serviço.

§ 1º - Dar-se-á por configurado o abandono do cargo, quando o funcionário faltar ao


serviço por mais de 30 (trinta) dias consecutivos.

§ 2º - A pena de demissão por ineficiência no serviço só será aplicada quando verificada a


impossibilidade de reaproveitamento.

Art. 168 - Será aplicada a pena de demissão a bem do serviço público ao funcionário que:

I - praticar ato de incontinência pública e escandalosa ou dar-se a vícios de jogos


proibidos;

II - praticar crime contra a boa ordem e a Administração Pública, a fé pública e a Fazenda


Municipal ou crime previsto nas leis relativas à Segurança e à Defesa Nacional;
III - revelar segredos de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função, desde que
o faça dolosamente, com prejuízo para o Município ou para qualquer particular.

IV - praticar insubordinação grave;

V – lesar o patrimônio ou cofres públicos;

VI – receber ou solicitar propinas, comissões ou vantagens de qualquer espécie,


diretamente ou por intermédio de outrem, ainda que fora de suas funções, ou em razão delas;

VII – pedir, por empréstimo, empréstimo, dinheiro, ou quaisquer valores as pessoas que
tratem de interesse ou o tenham na unidade de trabalho ou estejam sujeitas a fiscalização;

VIII – conceder vantagens ilícitas, valendo-se da função pública;

IX – exercer a advocacia administrativa contrária ao próprio Município;

X – abandono do cargo ou falta de assiduidade;

XI – aplicação irregular do dinheiro público;

Art. 169 – O ato de demitir o funcionário mencionará a sempre a disposição legal em que
se fundamente.

Art. 170 - As penalidades poderão ser abrandadas pela autoridade que as tiver que
aplicar, levadas em conta as circunstâncias de falta disciplinar e o anterior comportamento do funcionário.

Art. 171 – Deverão constar do assentamento individual do funcionário todas as penas que
lhe foram impostas.

Art. 172 – Uma vez submetido a inquérito administrativo, o funcionário só poderá ser
exonerado a pedido, depois de ocorrida absolvição ou após o cumprimento da penalidade que lhe houver
sido imposta.

Art. 173 – Para a aplicação das penalidades previstas no artigo 156, são competentes:

I – o Prefeito;

II – os Secretários ou autoridades equiparadas, até de suspensão, limitadas a 15


(quinze)dias;

III – os Supervisores de Departamento ou autoridades equiparadas, até a de suspensão,


limitada a 15 (quinze) dias;

IV – os demais Supervisores a que estiver subordinado o funcionário nas hipóteses de


repreensão e suspensão até 5 (cinco) dias.

Art. 174 - Não poderá retornar ao serviço público municipal o funcionário que for demitido
ou destituído do cargo de confiança por infringência do artigo 168.

Art. 175 - Prescreverá:

I - em 6 (seis) meses, a falta que sujeite à pena de repreensão;

II - em 1 (um) ano, a falta que sujeite à pena de suspensão;

III - em 2 (dois) anos, a falta que sujeite às penas de demissão e demissão a bem do
serviço público.

Art. 176 - A prescrição começa a correr da data da ocorrência do fato.


§ 1º - O curso da prescrição interrompe-se pela abertura do competente procedimento
administrativo.

§ 2º - Na hipótese do parágrafo anterior, todo o prazo começa a correr novamente, do dia


da interrupção.

CAPÍTULO IV
Da Suspensão Preventiva

Art. 177 - O funcionário poderá ser suspenso preventivamente, até 30 (trinta) dias, desde
que o seu afastamento seja necessário para a averiguação da infração a ele imputada.

Parágrafo Único - Em caso de necessidade o prazo previsto no "caput " será prorrogado
por igual período.

Art. 178 - Findo o prazo da suspensão, cessarão os seus efeitos, ainda que o inquérito
administrativo não esteja concluído.

Art. 179 - O funcionário terá direito:

I - à contagem de tempo de serviço relativo ao período da suspensão preventiva, quando


do processo não resultar punição ou esta se limitar à pena de repreensão;

II – à contagem do tempo de serviço correspondente ao período do afastamento


excedente ao prazo de suspensão efetivamente aplicada.

CAPITULO V
Dos Procedimentos de Natureza Disciplinar
SEÇÃO I
Disposições Gerais

Art. 180 - A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a
tomar providências objetivando à apuração doa fatos e responsabilidades.

§ 1º - As providências de apuração terão início logo em seguida ao conhecimento doe


fatos e serão tomadas na unidade onde estes ocorreram, devendo consistir, no mínimo, em relatório
circunstanciado sobre o que se verificou.

§ 2º - A averiguação preliminar de que trata o parágrafo anterior, poderá ser cometida a


funcionário ou comiee8o de funcionários.

SEÇÃO II
Do Processo Sumário

Art. 181 - Instaura-se o processo sumário quando a falta disciplinar, pelas proporções ou
pela natureza não comportar demissão. ressalvado o disposto no artigo 166.

Parágrafo único - No processo sumário, após a instrução, dar-se-á vista ao funcionário


para apresentação de defesa em 5 (cinco) dias, seguindo-se a decisão.

Art. 182 - A sindicância é peça preliminar e informativa do inquérito administrativa devendo


ser promovida quando 015 fatos não estiverem definidos ou faltarem elementos indicativos da autoria.

Art. 183 - A sindicância não comporta o contraditório e tem caráter sigiloso, devendo ser
ouvidos, no entanto, os envolvidos nos fatos.

Art. 184 - O relatório da sindicância conterá a descrição articulada dos fatos e proposta
objetiva ante o que se apurou. recomendando o arquivamento do feito ou a abertura do inquérito
administrativo.
Parágrafo único - Quando recomendar abertura do inquérito administrativo, o relatório
deverá apontar os dispositivos legais infringidos e a autoria apurada.

Art. 185 - A sindicância deverá estar concluída no prazo de 30 (trinta) dias, que s6 poderá
ser prorrogado mediante justificação fundamentada.

SEÇÃO III
Do Inquérito Administrativo

Art. 186 - Instaura-se inquérito administrativo quando a falta disciplinar, por sua natureza,
possa determinar a pena de demissão.

Parágrafo único - No inquérito administrativo é assegurado amplamente o exercício do


direito de defesa.

Art. 187 - A determinação de instauração de inquérito administrativo e sua decisão


competem ao Prefeito.

§ 1º - O inquérito administrativo será conduzido por Comissão Processante Especial,


composta sempre por funcionários efetivos, de condição igualou superior ao do indiciado.

§ 2º - No ato de designação da comissão processante, um de seus membros será


incumbido de, com presidente, dirigir os trabalhos.

§ 3º - o presidente da comissão designará um funcionário, que poderá ser um dos


membros da comissão, para secretariar seus trabalhos.

§ 4º - Não poderá participar de comissão de sindicância ou inquérito, cônjuge,


companheiro ou parente do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau.

Art. 188 - O inquérito administrativo será iniciado no prazo de 5 (cinco) dias, contados do
recebimento dos autos pela Comissão Processante Especial e concluído no prazo de 60 (sessenta) dias,
contados do seu início.

Parágrafo único - O prazo para conclusão do inquérito poderá ser prorrogado por mais 30
(trinta) dias, a juízo da autoridade que determinou sua instauração, mediante justificação fundamentada.

Art. 189 - A autoridade processante, sempre que necessário, dedicará todo o tempo aos
trabalhos do processo, ficando os membros da comissão, em tal caso, dispensados dos serviços normais da
repartição.

Art. 190 - Recebidos os autos, ai Comissão promovera a indiciamento do funcionário,


apontando o dispositivo legal infringido.

Art. 191 - O indiciado será citado para participar do processo e se defender.

§ 1º – A citação será pessoal e deverá conter a transição do indiciamento, bem como a


data, hora e local marcados para o interogatório

§ 2º - Achando-se o funcionário ausente do lugar, será citado por via postal, em carta
registrada, juntando-se ao processo administrativo o comprovante de registro.

§ 3º - Não sendo encontrado o indiciado ou ignorando-se a seu paradeiro, a citação será


feita por editais publicados no órgão oficial por 3 (três) vezes consecutivas ou na falta deste, na imprensa
local.

§ 4º - Se o indiciado não comparecer, será decretada e revelia e designado um Procurador


Municipal para se incumbir da defesa.
§ 5º - Instaurado o processo administrativo, o Sindicato doa Funcionários Públicos
Municipais será notificado para acompanhar todos os atos praticados, podendo inclusive, proceder à defesa
conjuntamente como defensor do indiciado.

Art. 192 - Nenhum funcionário será processado sem assistência de defensor habilitado.

Parágrafo único - Se o funcionário não constituir advogado, ser-lhe-á dado defensor na


pessoa de Procurador Municipal.

Art. 193 - O indiciado poderá estar presente a todos os atos do processo e intervir, por seu
defensor, nas provas e diligências que se realizarem.

Art . 194 - De todas as provas e diligências será intimada a defesa, com antecedência
mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

Art. 195 - Realizadas as provas da Comissão, a defesa será intimada para indicar, em 3
(três) dias, as provas que pretende produzir.

Art. 196 - Encerrada a instrução, dar-se-á vista ao defensor para apresentação, por escrito
e no prazo de 10 (dez) dias, das razões de defesa do indiciado.

Art. 197 - Produzida a defesa escrita, a Comissão apresentará o relatório, no prazo de 10


(dez) dias.

Art. 196 - No relatório da Comissão sarão apreciadas, em relação a cada indiciado, as


irregularidades imputadas, as provas colhidas e as razões da defesa, propondo-se justificadamente a
absolvição ou punição, indicando-se, neste caso. a pena cabível e sua fundamentação legal.

Parágrafo único - A Comissão deverá sugerir outras medidas que se fizerem necessárias
ou forem de interesse público.

Art. 199 - Recebido o processo com o relatório, a autoridade competente pro ferirá a
decisão por despacho fundamentado, dentro do prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único - O julgamento poderá ser convertido em diligência.

CAPITULO VI
Da Revisão do Inquérito Administrativo

Art. 200 - A revisão será recebida e processada mediante requerimento quando:

I - a decisão for manifestamente contrária a dispositivo legal ou à evidência dos autos;

II - a decisão se fundar em depoimento, exames periciais, vistorias ou documentos


comprovadamente falsos ou eivados de erros;

III - surgirem, após a decisão, provas da inocência do punido.

§ 1º - Não constitui fundamento para a revisão a simples alegação de injustiça da


penalidade.

§ 2º - A revisão, que poderá verificar-se a qualquer tempo, não autoriza a agravação da


pena.

§ 3º - Ocorrendo o falecimento do punido, o pedido de revisão poderá ser formulado pelo


cônjuge ou parente até segundo grau.

Art. 201 - O pedido de revisão será sempre dirigido ao Prefeito, que decidirá sobre o seu
processamento.
Art. 202 - Estará impedida de funcionar no processo revisional a Comissão que participou
do processo disciplinar primitivo.

Art. 203 - Julgada procedente a revisão, a autoridade competente determinará a redução,


o cancelamento ou a anulação da pena

Parágrafo único - A decisão deverá ser sempre fundamentada e publicada no órgão oficial
do Município ou na falta deste, na imprensa local.

Art. 204 - Aplica-se ao processo de revisão, no que couber, o previsto neste Estatuto para
o processo disciplinar.

Parágrafo Único - o direito da revisão prescreverá em dois anos. a partir da publicação da


decisão final.

Disposições Finais e Transitórias

Art. 205 - As disposições deste Estatuto aplicam-se, aos funcionários da Câmara Municipal
e das Autarquias Municipais e Fundacionais.

Art. 206 - É assegurado o direito de greve aos servidores públicos municipais, observado o
disposto no artigo 37, inciso VII, da Constituição da República Federativa do Brasil.

Art. 207 - É assegurado ao funcionário público municipal o direito à constituição de


sindicato profissional da categoria, observado o disposto no artigo 8º da Constituição Federal.

Art. 208 - Os dirigentes sindicais, pertencentes à categoria dos funcionários públicos


municipais, gozam de inviolabilidade por suas opiniões. palavras e votos, no exercício do mandato.

Art. 209 - É vedada a participação do funcionário no produto da arrecadação de tributos e


multas.

Art. 210 - Salvo disposição expressa em contrário, a contagem de tempo e de prazos


previstos neste Estatuto será feita em dias corridos, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do seu
término.

Parágrafo único - Considere-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o término cair
em sábado, dominas, feriado ou em dia que:

I - não houver expediente;

II - o expediente for encerrado antes da hora normal.

Art. 211 - As disposições constantes deste Estatuto aplicam-se. no que for compatível em
legislação específica, aos integrantes da carreira do Magistério Municipal.

Art. 212 - O funcionário ou o inativo que, sem justa causa, deixar de atender à exigência
legal, para cujo cumprimento seja marcado prazo certo, terá suspenso o pagamento doe seus vencimentos
ou proventos, até que satisfaça essa exigência.

Art. 213 - Lei específica disporá sobre as jornadas ou regimes especiais de trabalho.

Art. 214 - As despesas com a execução desta Lei correrão por conta das dotações
orçamentárias próprias.

Art. 215 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, não produzindo efeitos
retroativos, exceto os nela previstos.

Art. 216 - Revogam-se todas as disposições em contrário. em especial a aplicabilidade do


Decreto-Lei nº 13.030, de 28 de outubro de 1.942.
Prefeitura Municipal de Jaboticabal, aos 22 de maio de 1.998.

ADAIL ALESSIO DE SIMONI

SIDNEY FRAGUAS
Secretário de Administração e Recursos Humanos

Registrada e publicada no Setor de Secretaria Geral, aos 30 de novembro de 1.993.

MARILENA AP. AMORIM DIAS


Especialista Administrativo

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