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Aperfeiçoamento em Sistemas de frio

LUBRIFICAÇÃO
1SAR CM Sousa
LUBRIFICAÇÃO

Os compressores frigoríficos constituem um caso único, na


medida em que a sua lubrificação tem influência direta no
funcionamento e eficiência de todo o sistema.

Esta razão, prende-se com o facto de parte do óleo


destinado à lubrificação do compressor ser inevitavelmente
arrastada para fora deste e, ao circular no sistema, interfere
no seu funcionamento.
LUBRIFICAÇÃO

O lubrificante deve não só desempenhar a sua função,


reduzindo o atrito no compressor, sem dar origem à formação
de depósitos, mas também não prejudicar o funcionamento
dos outros órgãos do sistema.
LUBRIFICAÇÃO

O óleo, como é evidente, está sujeito a temperaturas


extremas, quer positivas quer negativas, tendo em conta a
escala centígrada.

A sua viscosidade diminui com o aumento da temperatura


(compressão) e aumenta com a redução da temperatura
(aspiração).
LUBRIFICAÇÃO

Uma lubrificação correta proporciona:

Funcionamento sem problemas;


Maior economia e menores custos de manutenção;
Menor consumo da força motriz.
LUBRIFICAÇÃO

Requisitos de um bom óleo:

Deve manter uma viscosidade suficiente para desempenhar


a sua função a altas temperaturas e ter a fluidez necessária
a baixas temperaturas;

Não carbonizar quando em contacto com superfícies


quentes do sistema;

Não originar depósitos de ceras quando sujeito a baixas


temperaturas;
LUBRIFICAÇÃO

Requisitos de um bom óleo:

Não reagir quimicamente com o refrigerante ou em


qualquer parte do sistema;

Deve separar-se rapidamente do fluido refrigerante e ser


muito seco;

Ser quimicamente estável.

Utilizar sempre o óleo recomendado pelo construtor.


LUBRIFICAÇÃO

Principais caraterísticas dos óleos:

Viscosidade;
Ponto de inflamação;
Ponto de congelação (coagulação);
Humidade.
LUBRIFICAÇÃO

Viscosidade

Indica-nos quanto espesso ou denso é o óleo. Não é mais


que, a resistência de um fluido a um escoamento uniforme e
sem turbulência.

A viscosidade de um óleo é medida, normalmente, pelo


tempo que leva uma determinada quantidade de óleo (220
cm3), a uma determinada temperatura (100 ºF = 37,8 ºC) a
passar um orifício calibrado (viscosidade do padrão Saybolt).
LUBRIFICAÇÃO

Viscosidade

Uma viscosidade de 150 SUS, significa que os 220 cm3 de


óleo demora 150 segundos a passar através do referido
orifício calibrado.

Por vezes a viscosidade surge-nos em graus Engler e nesta


escala os valores variam entre 2,2 e 8,7 ºE.

Os óleo utilizados em refrigeração tem viscosidade


compreendida entre 75 e 300 SUS (Saybolt).
LUBRIFICAÇÃO

Ponto de inflamação

É a temperatura mínima à qual um vapor inflamável, é


libertado da superfície do óleo;

Um ponto de inflamação de 107,2 ºC (225 ºF) significa que


o vapor de óleo inflamável é libertado àquela temperatura. O
óleo só inflama a esta temperatura se houver uma fonte de
ignição;
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Ponto de inflamação

Este ponto indica-nos a temperatura à qual o óleo


começa a decompor-se e a perder as suas características.

Os óleos aplicados nos sistemas frigoríficos têm o


ponto de inflamação entre os 165,5 e os 182,2 ºC (330
e 360 ºF).
LUBRIFICAÇÃO

Ponto de congelação (coagulação)

É a temperatura mínima de fluidez do óleo. O óleo utilizado,


deve ter um ponto de congelação abaixo das temperaturas de
funcionamento do sistema.

O ponto de congelação dos óleos utilizados em


refrigeração variam entre os – 30 e os – 40 ºC.
LUBRIFICAÇÃO

Humidade

Os óleos devem ser o mais isentos de humidade possível.

O teor de humidade não deve ultrapassar os 20


p.p.m. (1 mg / Kg).
LUBRIFICAÇÃO

Cuidados a ter com os óleos

Usar o óleo recomendado pelo construtor;

Efetuar o carregamento corretamente, não permitindo a


entrada de ar no sistema;

Nunca utilizar óleos de recipientes que tenham sido abertos


anteriormente;
LUBRIFICAÇÃO

Cuidados a ter com os óleos

Inspecionar as latas ou tambores de óleo a fim de verificar


se existe óleo no exterior. Caso exista é sinal que a lata está
rota, o que por sua vez nos indica a existência de humidade
no óleo, devendo se for o caso rejeitar o óleo;

Não deve ter um aspeto turvo


LUBRIFICAÇÃO

Cuidados a ter com os óleos

As latas e tambores devem ser armazenados em locais


secos e onde não haja a possibilidade de serem danificados;

Não misturar óleos de marcas diferentes, mesmo que


tenham a mesma designação, pois podem não ser miscíveis.

- Os compressores normalmente não gastam óleo.

- Se o nível de óleo do cárter baixar é sinal de ter


sido arrastado para a instalação, ou existem fugas.
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