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Filosofia PDF
Filosofia PDF
Filosofia
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina – Campus UnisulVirtual – Educação Superior a Distância
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Reitor Unisul Assistente e Auxiliar de Luana Borges da Silva Gerência de Desenho Jeferson Pandolfo
Ailton Nazareno Soares Coordenação Luana Tarsila Hellmann e Desenvolvimento de Karine Augusta Zanoni
Maria de Fátima Martins (Assistente) Luíza Koing Zumblick Materiais Didáticos Marcia Luz de Oliveira
Vice-Reitor Fabiana Lange Patricio Maria José Rossetti Márcia Loch (Gerente)
Tânia Regina Goularte Waltemann Marilene de Fátima Capeleto Assuntos Jurídicos
Sebastião Salésio Heerdt Ana Denise Goularte de Souza Bruno Lucion Roso
Patricia A. Pereira de Carvalho Desenho Educacional
Chefe de Gabinete da Paulo Lisboa Cordeiro Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Marketing Estratégico
Coordenadores Graduação Silvana Souza da Cruz (Coord. Pós/Ext.)
Reitoria Adriano Sérgio da Cunha Paulo Mauricio Silveira Bubalo Rafael Bavaresco Bongiolo
Rosângela Mara Siegel Aline Cassol Daga
Willian Máximo Aloísio José Rodrigues Ana Cláudia Taú Portal e Comunicação
Ana Luísa Mülbert Simone Torres de Oliveira
Vanessa Pereira Santos Metzker Carmelita Schulze Catia Melissa Silveira Rodrigues
Pró-Reitora Acadêmica Ana Paula R. Pacheco Carolina Hoeller da Silva Boeing Andreia Drewes
Arthur Beck Neto Vanilda Liordina Heerdt
Miriam de Fátima Bora Rosa Eloísa Machado Seemann Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Bernardino José da Silva Gestão Documental Flavia Lumi Matuzawa Marcelo Barcelos
Pró-Reitor de Administração Catia Melissa S. Rodrigues Lamuniê Souza (Coord.) Gislaine Martins Rafael Pessi
Fabian Martins de Castro Charles Cesconetto Clair Maria Cardoso Isabel Zoldan da Veiga Rambo
Diva Marília Flemming Daniel Lucas de Medeiros Jaqueline de Souza Tartari Gerência de Produção
Pró-Reitor de Ensino Fabiano Ceretta Eduardo Rodrigues João Marcos de Souza Alves Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
José Carlos da Silva Junior Guilherme Henrique Koerich Francini Ferreira Dias
Mauri Luiz Heerdt Horácio Dutra Mello Josiane Leal
Leandro Romanó Bamberg
Letícia Laurindo de Bonfim Design Visual
Itamar Pedro Bevilaqua Marília Locks Fernandes
Campus Universitário de Jairo Afonso Henkes
Lygia Pereira Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Tubarão Lis Airê Fogolari Adriana Ferreira dos Santos
Janaína Baeta Neves Gerência Administrativa e Luiz Henrique Milani Queriquelli
Diretora Jardel Mendes Vieira Financeira Alex Sandro Xavier
Milene Pacheco Kindermann Marina Melhado Gomes da Silva Alice Demaria Silva
Joel Irineu Lohn Renato André Luz (Gerente) Marina Cabeda Egger Moellwald
Jorge Alexandre N. Cardoso Ana Luise Wehrle Anne Cristyne Pereira
Campus Universitário da Melina de La Barrera Ayres Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
José Carlos N. Oliveira Anderson Zandré Prudêncio Michele Antunes Corrêa
Grande Florianópolis José Gabriel da Silva Daniel Contessa Lisboa Daiana Ferreira Cassanego
Nágila Hinckel Diogo Rafael da Silva
Diretor José Humberto D. Toledo Naiara Jeremias da Rocha Pâmella Rocha Flores da Silva
Hércules Nunes de Araújo Joseane Borges de Miranda Rafael Bourdot Back Edison Rodrigo Valim
Rafael Araújo Saldanha Frederico Trilha
Luciana Manfroi Thais Helena Bonetti Roberta de Fátima Martins
Campus Universitário Luiz G. Buchmann Figueiredo Valmir Venício Inácio Higor Ghisi Luciano
Roseli Aparecida Rocha Moterle Jordana Paula Schulka
UnisulVirtual Marciel Evangelista Catâneo Sabrina Bleicher
Maria Cristina S. Veit Gerência de Ensino, Pesquisa Marcelo Neri da Silva
Diretora Sabrina Paula Soares Scaranto Nelson Rosa
Maria da Graça Poyer e Extensão Viviane Bastos
Jucimara Roesler Mauro Faccioni Filho Oberdan Porto Leal Piantino
Moacir Heerdt (Gerente) Patrícia Fragnani de Morais
Moacir Fogaça Aracelli Araldi Acessibilidade
Nélio Herzmann Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Multimídia
Equipe UnisulVirtual Onei Tadeu Dutra Elaboração de Projeto e Letícia Regiane Da Silva Tobal
Reconhecimento de Curso Sérgio Giron (Coord.)
Patrícia Fontanella Mariella Gloria Rodrigues Dandara Lemos Reynaldo
Diretora Adjunta Rogério Santos da Costa Diane Dal Mago
Patrícia Alberton Vanderlei Brasil Avaliação da aprendizagem Cleber Magri
Rosa Beatriz M. Pinheiro Fernando Gustav Soares Lima
Tatiana Lee Marques Francielle Arruda Rampelotte Geovania Japiassu Martins (Coord.)
Secretaria Executiva e Cerimonial Gabriella Araújo Souza Esteves
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Valnei Carlos Denardin Extensão Conferência (e-OLA)
Roberto Iunskovski Jaqueline Cardozo Polla Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)
Marcelo Fraiberg Machado Maria Cristina Veit (Coord.) Thayanny Aparecida B.da Conceição
Tenille Catarina Rose Clér Beche Bruno Augusto Zunino
Rodrigo Nunes Lunardelli Pesquisa
Assessoria de Assuntos Sergio Sell Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Gerência de Logística Produção Industrial
Internacionais Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem) Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente) Marcelo Bittencourt (Coord.)
Murilo Matos Mendonça Coordenadores Pós-Graduação
Aloisio Rodrigues Pós-Graduação Logísitca de Materiais Gerência Serviço de Atenção
Assessoria de Relação com Poder Bernardino José da Silva Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.)
Público e Forças Armadas Abraao do Nascimento Germano Integral ao Acadêmico
Carmen Maria Cipriani Pandini Maria Isabel Aragon (Gerente)
Adenir Siqueira Viana Daniela Ernani Monteiro Will Biblioteca Bruna Maciel
Walter Félix Cardoso Junior Salete Cecília e Souza (Coord.) Fernando Sardão da Silva André Luiz Portes
Giovani de Paula Carolina Dias Damasceno
Karla Leonora Nunes Paula Sanhudo da Silva Fylippy Margino dos Santos
Assessoria DAD - Disciplinas a Renan Felipe Cascaes Cleide Inácio Goulart Seeman
Distância Leticia Cristina Barbosa Guilherme Lentz
Marlon Eliseu Pereira Francielle Fernandes
Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Luiz Otávio Botelho Lento Holdrin Milet Brandão
Carlos Alberto Areias Rogério Santos da Costa Gestão Docente e Discente Pablo Varela da Silveira
Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Rubens Amorim Jenniffer Camargo
Cláudia Berh V. da Silva Roberto Iunskovski Juliana Cardoso da Silva
Conceição Aparecida Kindermann Thiago Coelho Soares Yslann David Melo Cordeiro
Capacitação e Assessoria ao Jonatas Collaço de Souza
Luiz Fernando Meneghel Vera Regina N. Schuhmacher Docente Avaliações Presenciais Juliana Elen Tizian
Renata Souza de A. Subtil Simone Zigunovas (Capacitação) Graciele M. Lindenmayr (Coord.) Kamilla Rosa
Gerência Administração Alessandra de Oliveira (Assessoria)
Assessoria de Inovação e Acadêmica Ana Paula de Andrade Maurício dos Santos Augusto
Qualidade de EAD Adriana Silveira Angelica Cristina Gollo Maycon de Sousa Candido
Angelita Marçal Flores (Gerente) Alexandre Wagner da Rocha
Denia Falcão de Bittencourt (Coord) Fernanda Farias Cristilaine Medeiros Monique Napoli Ribeiro
Andrea Ouriques Balbinot Elaine Cristiane Surian Daiana Cristina Bortolotti Nidia de Jesus Moraes
Carmen Maria Cipriani Pandini Secretaria de Ensino a Distância Juliana Cardoso Esmeraldino Delano Pinheiro Gomes Orivaldo Carli da Silva Junior
Iris de Sousa Barros Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Maria Lina Moratelli Prado Edson Martins Rosa Junior Priscilla Geovana Pagani
Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Fabiana Pereira Fernando Steimbach Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Assessoria de Tecnologia Adenir Soares Júnior Fernando Oliveira Santos Scheila Cristina Martins
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Tutoria e Suporte
Alessandro Alves da Silva Claudia Noemi Nascimento (Líder) Lisdeise Nunes Felipe Taize Muller
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Phelipe Luiz Winter da Silva Djeime Sammer Bortolotti Osni Jose Seidler Junior
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Douglas Silveira Andreza Talles Cascais Thais Bortolotti
Rodrigo Battistotti Pimpão Evilym Melo Livramento
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Fabricio Botelho Espíndola Francine Cardoso da Silva Fabiano Ceretta (Gerente)
Coordenação Cursos Felipe Wronski Henrique Joice de Castro Peres Relacionamento com o Mercado
Coordenadores de UNA Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Karla F. Wisniewski Desengrini
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Diva Marília Flemming Maria Aparecida Teixeira
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Roberto Iunskovski Jorge Luiz Vilhar Malaquias Patrícia de Souza Amorim Presenciais
Juliana Broering Martins Schenon Souza Preto Alex Fabiano Wehrle (Coord.)
Leandro Kingeski Pacheco
Maria Juliani Nesi
Filosofia
Livro didático
Design instrucional
Karla Leonora Dahse Nunes
Leandro Kingeski Pacheco
Roseli Rocha Moterle
4ª edição
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Professores Conteudistas
Leandro Kingeski Pacheco
Maria Juliani Nesi
Revisão e atualização
de conteúdo
Leandro Kingeski Pacheco
Design Instrucional
Karla Leonora Dahse Nunes
Leandro Kingeski Pacheco
Lívia da Cruz
Roseli Rocha Moterle (4ª edição)
Diagramação
Rafael Pessi
Anne Cristyne Pereira (4ª edição)
Revisão
Diane Dal Mago
100
P11 Pacheco, Leandro Kingeski
Filosofia : livro didático / Leandro Kingeski Pacheco, Maria Juliani Nesi;
revisão e atualização de conteúdo Leandro Kingeski Pacheco ; design
instrucional Karla LeonoraDahse Nunes, Leandro Kingeski Pacheco, [Lívia
da Cruz], Roseli Rocha Moterle. – 4. ed. – Palhoça: UnisulVirtual, 2011.
234 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Equipe UnisulVirtual.
7
Palavras dos professores
Bom estudo!
10
Plano de estudo
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
Tópicos do pensamento ocidental: Teoria do Conhecimento e
Ética.
Objetivos
Geral
Ler e interpretar textos filosóficos e produzir textos escritos.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Específicos
Compreender o sentido primordial de Filosofia e
identificar alguns temas específicos de estudo da
Filosofia.
Carga horária
A carga horária total da disciplina é de 60 horas-aula.
12
Filosofia
Conteúdo programático/objetivos
Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá deter para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação. Neste
sentido, veja a seguir as oito unidades que compõem o livro
didático desta Disciplina, bem como os seus respectivos objetivos
Unidades de estudo: 8
13
Universidade do Sul de Santa Catarina
14
Filosofia
Agenda de atividades/Cronograma
Atividades obrigatórias
15
1
unidade 1
O sentido primordial
da Filosofia
Leandro Kingeski Pacheco
Objetivos de aprendizagem
Compreender o sentido primordial da Filosofia.
Seções de estudo
Seção 1 O sentido primordial da Filosofia
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Filosofia
Unidade 1 19
Universidade do Sul de Santa Catarina
2
A formulação dessas perguntas e o modo como Tales 3 as
Arkhé é uma palavra grega que
responde inauguram a Filosofia. Tales, para tanto, não apela para
designa princípio. Os primeiros
filósofos, os pré-socráticos, divindades ou para eventos inexplicáveis, pois ele não se satisfaz
tinham em comum o fato de que com as respostas já dadas. O radicalismo de Tales está presente
investigavam qual seria o princípio ao procurar investigar, compreender o nosso mundo (com os
(arkhé) constitutivo de todas as escassos recursos que havia há 2.500 anos) de modo racional.
coisas, presentes na natureza
(natureza essa entendida em seu Tales acredita que há razões, motivos, em função dos quais
sentido amplo como physis).
uma planta, por exemplo, nasce, cresce e morre. Fundamenta
a investigação de Tales a concepção de que o nascimento, o
3
Tales é considerado o primeiro crescimento e a morte são efeitos que podemos perceber, mas
filósofo assim como também um que existe uma causa que originou essa mudança. Essa relação
filósofo pré-socrático. Marcondes de causa e efeito, o princípio da causalidade, é uma prova
(2005, p. 11) explica que “Os
indiscutível da racionalidade humana e do surgimento da
pré-socráticos foram os primeiros
pensadores que, nas cidades gregas
Filosofia como tentativa de investigação racional da realidade.
da Ásia Menor por volta do séc.
VI a. C., procuravam desenvolver Tales, ao procurar por respostas, buscou explicações que
formas de explicação da realidade serviriam não para um único ser ou para uma única espécie, mas
natural, do mundo que os cercava, para toda a coletividade, para toda a totalidade dos seres. Nesse
independentemente do apelo a sentido, a Filosofia surge, primordialmente, com o propósito de
divindades e a forças sobrenaturais.”
20
Filosofia
Unidade 1 21
Universidade do Sul de Santa Catarina
Sabe-se, hoje, que essa resposta está equivocada, pois a água não
é o ‘princípio’, a única coisa, que origina ‘todos os seres’, vivos ou
não. Contudo, se a resposta não está certa, o perguntar e o modo
como Tales procurou compreender nosso mundo influenciou
grandemente o surgimento da Filosofia e o amadurecimento da
humanidade.
22
Filosofia
Autonomia
Veja que a autonomia está ligada à capacidade de pensar por si
próprio. A palavra autonomia é de origem grega e é composta por
duas outras palavras, ‘autós’ e ‘nómos’. ‘Autós’ refere-se à condição
de independência, de realizar algo por si mesmo, por si próprio.
‘Nómos’ refere-se à lei, à norma, à regra.
Vamos a um exemplo.
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
Reflexão
A reflexão, por sua vez, refere-se à capacidade dos seres humanos
pensarem sobre o próprio pensamento. Neste livro didático
de Filosofia, queremos que você desenvolva a reflexão sobre a
realidade. Os conteúdos deste livro não significam nada se você
constantemente não procurar estabelecer uma reflexão sobre eles.
Assim, reflita sobre como esses conteúdos podem ajudá-lo a ampliar
sua visão de mundo e como, a partir dessa visão, você deve agir.
Veja um exemplo.
24
Filosofia
Crítica
Já a crítica está ligada a nossa capacidade de questionar e julgar.
Você também precisa desenvolver essa capacidade. Mas o que
significa criticar? Significa questionar e julgar, não se conformar
com as explicações já fornecidas sobre o nosso mundo. Observe,
assim, que a crítica sempre está condicionada a um modo como o
nosso mundo já foi explicado.
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
Criatividade
A criatividade está relacionada a nossa capacidade de gerar,
de criar o novo. A criatividade representa um passo posterior
em relação à crítica. Se, ao criticar, questionamos e julgamos
as explicações sobre o nosso mundo, então, agora estamos
preparados para desenvolver a criatividade, ao propor uma ‘nova’
explicação sobre o mundo.
26
Filosofia
Acompanhe um exemplo.
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
Teoria do Conhecimento
A Teoria do Conhecimento é uma área da Filosofia que investiga
o conhecimento, quais as suas características, como ele ocorre,
qual a sua origem, quais os limites do ser humano para conhecer
etc. Uma das perguntas formuladas é: - Como conhecemos?
Ética
A Ética, outra área da Filosofia, estuda a moral, como o ser
humano deve agir considerando valores e critérios etc. Uma das
questões fundamentais, para a Ética, é: - Como devemos agir
moralmente? O que significa agir errado ou corretamente? Como
praticar o bem e evitar o mal?
Lógica
A Lógica estuda o raciocínio, como correto ou incorreto. Todos
os filósofos apresentam suas ideias por meio de raciocínios. Se
conseguirmos identificar os elementos que compõem o raciocínio,
mais facilmente entenderemos os raciocínios dos diferentes
28
Filosofia
Filosofia Política
A Filosofia Política estuda como o Estado deve ser, quais leis
devem ser propostas, para os cidadãos, pelos cidadãos etc. Entre
os inúmeros modos de organizar-se politicamente, destacam-se,
por exemplo, a proposta liberal e a social.
Ontologia
Ontologia significa o estudo do ser. ‘Ser’ refere-se, aqui, a todas
as coisas que existem, quais as suas características, propriedades,
diferenças, fundamentos etc. Afinal: - O que existe? E, como
existe? O que existe está sujeito à mudança? Ou, o que existe
sempre permanece como já é? Se as coisas mudam, mudam
sempre do mesmo modo?
Antropologia Filosófica
A antropologia filosófica tem o homem como principal objeto
de estudo e propõe estudar questões como: - O que é o homem?
Existe um modelo de homem que deve orientar a todos? Ou, tal
modelo é uma ilusão uma vez que o homem se faz, realiza-se na
sua própria existência, no existir, nas suas vivências?
Estética
A Estética é uma área da Filosofia que pesquisa as sensações, as
impressões, que temos do mundo, ligadas à arte e ao belo. São
investigadas questões como: - O que é belo? O que é ‘o’ belo? O
que é a arte? Existem valores que determinam o que é belo?
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
30
Filosofia
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas, esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
a) Autonomia
b) Reflexão
32
Filosofia
c) Crítica
d) Criatividade
Saiba mais
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
34
2
unidade 2
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a Lógica, tipos de proposição e funções da
proposição no raciocínio.
Seções de estudo
Seção 1 Qual é a origem e o que é a Lógica?
Seção 2 A proposição
36
Filosofia
vários modos. A seguinte definição de Lógica decorre da Fonte: Aristoteles, der griechische
Philosoph ([200-]).
procura por um elo comum e básico dessas definições:
Unidade 2 37
Universidade do Sul de Santa Catarina
38
Filosofia
Seção 2 – A proposição
Nesta seção, você estudará o que é a proposição e qual a relação
dela com o raciocínio.
Viva.
Sentenças imperativas Faça.
Ajude-me.
Amor!
Sentenças exclamativas Justiça!
Paz!
Quadro 2.1 - Exemplos de sentenças
Fonte: Elaboração dos autores (2008).
Unidade 2 39
Universidade do Sul de Santa Catarina
Por outro lado, veja que não tem sentido avaliar, como verdadeiro
ou falso, as outras sentenças, interrogativas, imperativas
ou exclamativas. Ninguém atribui um juízo sobre uma
sentença quando se diz “Não!”. Ninguém avalia uma sentença
interrogativa “Que horas são?” como verdadeira ou falsa.
40
Filosofia
Unidade 2 41
Universidade do Sul de Santa Catarina
42
Filosofia
Unidade 2 43
Universidade do Sul de Santa Catarina
Conclusão
Você sabe o que é uma conclusão em um raciocínio?
44
Filosofia
Relação de consequência
A relação de consequência é considerada o principal objeto de estudo
dos lógicos. Tal estudo investiga como fazemos a passagem, no
raciocínio, das premissas para a conclusão. Veja a seguinte definição.
Unidade 2 45
Universidade do Sul de Santa Catarina
O modo como este raciocínio é Observe que não existe um número pré-definido de quantas
apresentado pode nos causar premissas e quantas conclusões deve ter o raciocínio, e nem em
estranheza, mas, no dia a dia, é que ordem devem aparecer.
comum encontrarmos raciocínios
Para compreender os raciocínios você precisa identificar que
assim. O ideal seria que todas sentenças são proposições (ou seja, que sentenças podem ser
as pessoas pensassem e se avaliadas como verdadeiras ou falsas); que proposições exercem
expressassem de forma sistemática: a função de premissas no raciocínio; e que proposição(ões)
primeiro apresentando as premissas exerce(m) a função de conclusão em um raciocínio.
para depois propor a conclusão.
Mas, nem sempre é o caso. Veja Lembre-se de que, nesse sentido, você já estudou a distinção
um exemplo de raciocínio com das sentenças e a identificação das sentenças declarativas como
conclusão antes das premissas: proposições, quando presentes no raciocínio. Embora você
‘Eu existo. Eu penso. Todo aquele também já tenha estudado a identificação das premissas e das
que pensa, existe.’. Observe que a conclusões, fique atento aos indicadores lógicos, nosso próximo
conclusão ‘Eu existo.’ foi disposta assunto.
antes das premissas ‘Todo aquele
que pensa, existe.’ e ‘Eu penso.’.
Indicadores lógicos
Os indicadores lógicos podem facilitar a identificação das
premissas e da conclusão de um raciocínio.
Veja um exemplo:
46
Filosofia
Joaquim é português.
Todo português é bigodudo.
Joaquina, esposa de Joaquim, também é bigoduda.
Não há, nesse raciocínio, indicadores de premissa ou de
conclusão. Contudo, é “lícito” concluir que as premissas são
‘Joaquim é português.’ e ‘Todo português é bigodudo.’ e a
conclusão é ‘Joaquina, esposa de Joaquim, também é bigoduda.’
Quando não houver indicadores de premissa ou de conclusão
num raciocínio, você necessitará, certamente, de mais esforço
para compreendê-lo.
Unidade 2 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
48
Filosofia
Unidade 2 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
50
Filosofia
Unidade 2 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
52
Filosofia
Unidade 2 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
Falácia da divisão
A falácia da divisão é um raciocínio inválido em que atribuímos,
distribuímos uma propriedade de um conjunto determinado para
os membros deste conjunto.
54
Filosofia
Falácia da composição
A falácia da composição é um raciocínio inválido, em que
atribuímos para o conjunto uma propriedade que pertence a todos
os elementos do conjunto.
Unidade 2 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
Paradoxos
Os paradoxos são proposições tais que, ao atribuirmos um
valor de verdade verdadeiro (V) ou falso (F), caímos em uma
contradição.
56
Filosofia
Dilema
O dilema é um raciocínio que nos impõe duas escolhas
indesejáveis. O dilema é um truque retórico, mas diferente dos
outros tipos de falácias ou sofismas, pois ele é um raciocínio
válido dedutivo.
Ou eu estudo ou eu trabalho.
Se eu estudo, passo fome.
Se eu trabalho, ganho pouco.
Logo, ou passo fome ou ganho pouco.
Unidade 2 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
58
Filosofia
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas, esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
estimulando a sua aprendizagem.
Unidade 2 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
V
I VIII
III
II
IV
VII
IX
XII
VI
XV
XI XIII
XVI
XIV
60
Filosofia
Unidade 2 61
Universidade do Sul de Santa Catarina
a.
b.
c.
d.
62
Filosofia
Saiba mais
Unidade 2 63
3
unidade 3
Objetivos de aprendizagem
Compreender algumas questões fundamentais da Teoria
do Conhecimento.
Seções de estudo
Seção 1 Questões acerca da Teoria do Conhecimento
66
Filosofia
Unidade 3 67
Universidade do Sul de Santa Catarina
68
Filosofia
Unidade 3 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
70
Filosofia
Unidade 3 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
O filósofo Francis Bacon (1999) Pode ser aquele fruto de experiências circunstanciais
estabelece uma distinção entre e imediatas que, ao se repetirem no cotidiano, geram
a experiência vaga (basicamente um conhecimento prático que, por sua vez, oferecem
dados para que seja realizado um raciocínio indutivo.
como noções recolhidas ao acaso)
e a experiência escriturada (fruto Pode ser considerado. Também. aquele fruto de
da observação metódica e passível experiências planejadas, metodologicamente
de verificações empíricas que executadas e rigorosamente controladas pela
identificamos como experiência comunidade científica. Geralmente, os experimentos
científica). também utilizam a indução como procedimento
básico para investigações científicas. A este tipo de
experiência é mais adequado chamar experimento.
72
Filosofia
Unidade 3 73
Universidade do Sul de Santa Catarina
74
Filosofia
Por outro lado, será que você conseguiria dizer o que é o objeto
em questão se não pudesse vê-lo ou senti-lo, se contasse apenas
com a descrição do objeto, feita por outra pessoa?
Unidade 3 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
76
Filosofia
Unidade 3 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
Para começar...
78
Filosofia
Unidade 3 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 3 81
Universidade do Sul de Santa Catarina
82
Filosofia
Unidade 3 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
84
Filosofia
Síntese
Atividades de autoavaliação
Unidade 3 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
86
Filosofia
Unidade 3 87
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
88
4
unidade 4
As raízes da Teoria do
Conhecimento
Maria Juliani Nesi
Objetivos de aprendizagem
Compreender a origem da reflexão sobre o conhecimento.
Seções de estudo
Seção 1 A descoberta da racionalidade.
90
Filosofia
Unidade 4 91
Universidade do Sul de Santa Catarina
92
Filosofia
Por mais simples que possa parecer essa distinção ente ser e
não ser, veja que aqui é estabelecido um limite para o que pode
ou não ser conhecido. Só podemos conhecer o que existe e não
podemos conhecer o que não existe.
Unidade 4 93
Universidade do Sul de Santa Catarina
94
Filosofia
Unidade 4 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
Tradição crítica
A segunda questão que abordaremos é a da tradição crítica
(perspectiva metodológica sobre o conhecimento) e que
caracteriza as escolas pré-socráticas.
96
Filosofia
A postura crítica, aliás, era adotada pela maioria das escolas pré-
socráticas e fomentada pelos seus mestres professores. Observe a
seguinte citação de Karl Popper acerca da teoria de Anaximandro
sobre a suspensão da Terra.
Unidade 4 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
98
Filosofia
Sócrates
A tradição racional que começou com os pré-socráticos
foi continuada por Sócrates (470-399 a. C.), que buscava o
verdadeiro conhecimento por meio do exercício
da razão. Sócrates opunha-se aos sofistas, que
eram considerados os mais respeitados mestres
Os sofistas eram
da sociedade grega. O foco dessa rivalidade era a grandes oradores e
teoria sobre o conhecimento verdadeiro. argumentadores. Eram,
também, mestres que
Os sofistas tinham uma visão pragmática da ensinavam argumentos
política e do conhecimento em geral. Creditavam e posicionamentos
ao discurso, à forma, à eloquência e ao poder de úteis para o sucesso na
vida prática e política.
convencimento o critério de verdade, de modo
Costumavam ser
Figura 4.3 – Sócrates
que desenvolveram uma filosofia que promovia o contratados para ensinar
Fonte: Cohen (2007). relativismo. retórica e persuasão para
os jovens que almejavam
Assim, tantas verdades decorriam de quantos discursos fossem “prosperar”.
proferidos, de acordo com a tese preferida e argumentada pelo
cidadão.
Unidade 4 99
Universidade do Sul de Santa Catarina
100
Filosofia
Unidade 4 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
Platão
Ao procurar continuar o pensamento de Sócrates, Platão
(428/27-347 a. C.) aprofundou a distinção entre a essência das
coisas e a aparência das coisas.
102
Filosofia
Nesse sentido, não cabe ao mestre convencer pela via direta o seu
discípulo a respeito de algo. O mestre inicia um diálogo apresentando
um argumento acerca de algum tema e provoca o aprendiz a
manifestar-se em relação ao tema. Assim, pela via da argumentação
dialética - pelo embate de argumentos - as contradições, incoerências
do conhecimento proferido e as observações acidentais acerca da
realidade são evidenciadas e superadas por outras provisórias, que se
sustentam no decorrer do diálogo.
Unidade 4 103
Universidade do Sul de Santa Catarina
104
Filosofia
Unidade 4 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
Aristóteles
O estabelecimento das ideias como
fonte do conhecimento verdadeiro,
em Platão, não foi bem recebido por
Aristóteles (384-322 a.C.). Ele concorda
com o mestre que para alcançar o
conhecimento verdadeiro é preciso,
pelo trabalho da razão, chegar aos
conceitos universais, porém, não
dispensando a experiência sensível
e a observação acurada das coisas Figura 4.6 – Aristóteles
Fonte: Grécia ... ([200-]).
particulares, a partir das quais podemos
explicar o movimento ordenado e
harmonioso dos entes materiais e formar ideias gerais que, aí
sim, remetem-nos aos conceitos universais. Nisso Aristóteles
discorda de Platão, pois para esse os conceitos universais são
inatos e a experimentação somente nos desvia do caminho para
o conhecimento verdadeiro.
106
Filosofia
Unidade 4 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
Acompanhe um exemplo.
108
Filosofia
Unidade 4 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
material;
formal;
eficiente;
final.
Se conhecermos essas quatro causas, poderemos, então,
identificar, conhecer, um determinado ser - a semente da
mostarda, a semente do pêssego, por exemplo, e de que modo
ocorre a passagem de um estado atual para outro estado em ato
(tal como o caso da árvore).
110
Filosofia
Unidade 4 111
Universidade do Sul de Santa Catarina
112
Filosofia
Síntese
Unidade 4 113
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
114
Filosofia
Saiba mais
Unidade 4 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
116
5
unidade 5
Questões do conhecimento
no pensamento moderno e
contemporâneo
Maria Juliani Nesi
Objetivos de aprendizagem
Identificar características que contribuíram para a
formação do pensamento moderno e contemporâneo.
Seções de estudo
Seção 1 A redescoberta da racionalidade
118
Filosofia
Unidade 5 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
120
Filosofia
Unidade 5 121
Universidade do Sul de Santa Catarina
122
Filosofia
Unidade 5 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
Descartes e o racionalismo
Uma das principais características do pensamento moderno
é a consideração do sujeito racional como fundamento para o
conhecimento e o reconhecimento da atividade cognoscente
como o princípio que constitui e ordena o mundo objetivo.
Veja o exemplo.
124
Filosofia
Unidade 5 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
126
Filosofia
Unidade 5 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
Hume e o empirismo
Conhecido empirista é David Hume (1711-1776). Para esse
filósofo, a fonte do conhecimento é a percepção e a associação
mental das ideias que dela decorrem.
as impressões ou sensações; e
as ideias.
128
Filosofia
Unidade 5 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
relações de ideias; e
relações ou questões de fato.
semelhança;
contrariedade;
graus de qualidade; e
quantidade ou número.
130
Filosofia
Unidade 5 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
132
Filosofia
Kant e o criticismo
Immanuel Kant (1724-1804) é conhecido como um dos mais
rigorosos filósofos de todos os tempos. No que se refere à Teoria
do Conhecimento, pode-se dizer que a sua filosofia, ao mesmo
tempo em que critica as teorias anteriores (Empirismo inglês
e Racionalismo cartesiano), de certa forma, aglutina os seus Figura 5.3 – Immanuel Kant
aspectos mais importantes. Fonte: Schriftman (2008).
Unidade 5 133
Universidade do Sul de Santa Catarina
sensibilidade/intuição;
imaginação;
entendimento; e
razão.
134
Filosofia
Veja o exemplo:
Unidade 5 135
Universidade do Sul de Santa Catarina
136
Filosofia
Unidade 5 137
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
Filosofia
Unidade 5 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
140
Filosofia
Unidade 5 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
142
Filosofia
Unidade 5 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
144
Filosofia
Atividades de autoavaliação
Unidade 5 145
Universidade do Sul de Santa Catarina
146
Filosofia
Saiba mais
Unidade 5 147
6
unidade 6
Ética e moral
Leandro Kingeski Pacheco
Objetivos de aprendizagem
Distinguir a Ética da moral.
Seções de estudo
Seção 1 Ética e moral
150
Filosofia
Unidade 6 151
Universidade do Sul de Santa Catarina
152
Filosofia
Unidade 6 153
Universidade do Sul de Santa Catarina
154
Filosofia
Unidade 6 155
Universidade do Sul de Santa Catarina
156
Filosofia
Unidade 6 157
Universidade do Sul de Santa Catarina
158
Filosofia
Unidade 6 159
Universidade do Sul de Santa Catarina
Vamos a um exemplo:
160
Filosofia
Unidade 6 161
Universidade do Sul de Santa Catarina
162
Filosofia
Unidade 6 163
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ética
Ética normativa
164
Filosofia
Ética prática
Unidade 6 165
Universidade do Sul de Santa Catarina
166
Filosofia
Metaética
Unidade 6 167
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Você viu, ainda, que a Ética não é a única ciência que estuda
a moral, porém, percebeu que ela é a ciência que tem como
principal atividade o estudo da moral.
168
Filosofia
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas, esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
Unidade 6 169
Universidade do Sul de Santa Catarina
170
Filosofia
( III ) “sou bem um homem [...] dirigindo-me sem ( ) A virtude deve ser
cessar a cada um em particular, como um pai ou investigada. Para sermos
um irmão mais velho, para o persuadir a cuidar virtuosos, precisamos conhecer a
da virtude”. (PLATÃO, 1987, p. 16). virtude por meio do fundamental
exercício da auto-análise.
Unidade 6 171
Universidade do Sul de Santa Catarina
172
Filosofia
Unidade 6 173
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
174
7
unidade 7
A ética de Aristóteles,
de Kant e de Mill
Leandro Kingeski Pacheco
Objetivos de aprendizagem
Distinguir a ética de Aristóteles, de Kant e de Mill.
Seções de estudo
Seção 1 Aristóteles e a virtude
176
Filosofia
Unidade 7 177
Universidade do Sul de Santa Catarina
Veja o exemplo.
178
Filosofia
Unidade 7 179
Universidade do Sul de Santa Catarina
180
Filosofia
Unidade 7 181
Universidade do Sul de Santa Catarina
182
Filosofia
Unidade 7 183
Universidade do Sul de Santa Catarina
1
Saiba mais sobre o significado de imperativo!
Conforme Marcondes (1997, p.
213) “Os imperativos hipotéticos Para Kant, ‘imperativo’ indica que uma ação deve
[...] têm um caráter prático, ser praticada. Existem, basicamente, dois tipos de
estabelecendo uma regra para a imperativos, o hipotético e o categórico.
realização de um fim, como ‘Se você
quiser ter credibilidade, cumpra O imperativo hipotético1 explicita que uma ação
suas promessas’ [...]” deve ser realizada, mas, para tanto, uma condição
específica, anterior, deve ser satisfeita. Como exemplo,
2
Conforme Marcondes (1997, p. 213) temos: ‘Se queres respeito, então não roube’.
“O objetivo fundamental de Kant é,
portanto, estabelecer os princípios
O imperativo categórico2, por sua vez, explicita que
a priori, ou seja, universais e
uma ação deve ser praticada e que tal ação, ordem,
imutáveis, da moral [...] O dever
não está vinculada a nenhuma condição. O imperativo
consiste na obediência a uma lei que
categórico é uma ordem formal que nunca está
se impõem universalmente a todos
condicionada a situações ou a particularidades.
os seres racionais.”
184
Filosofia
Unidade 7 185
Universidade do Sul de Santa Catarina
Vamos a um exemplo.
186
Filosofia
Unidade 7 187
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Com a ética de Kant, você estudou que o indivíduo deve agir por
respeito ao dever em função da boa vontade. A felicidade é então
atenuada, pois mais importante é agir conforme o imperativo
categórico, máxima formal que generaliza as ações morais que
devem ser racionalmente escolhidas e praticadas. Desse modo,
o indivíduo torna-se legislador de si mesmo, escolhendo ações
morais autônomas e evitando uma moralidade que lhe é exterior,
que é tradicional. Assim, mesmo diante das particularidades
de ações morais específicas vividas pelos indivíduos, é possível
agir de modo moralmente correto considerando o imperativo
categórico.
188
Filosofia
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas, esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
estimulando a sua aprendizagem.
oito palavras.
P A S E D A S D I S A B E M T U T J T
R I U Q A R I D S E M A C A V E Ó U R
A R E R C I D S E M A I V B R O N S S
F A T L U S S A X A R P E R I O N T N
V F E F I T A Í R É T I C A R A R O R
Í I R E Z Ó Q T Ó N E R R S I S T M E
C M N L S T A M Z G E J E T R E J E A
I O X I T E C Z V I R T U D E C A I D
O Q R C T L E R A S D E F G H I J O A
M Ã L I M E R A R R Ô H Á B I T O T P
E I T D A S M U I O I M S B O C R I E
R E R A S K C L R R P R A T P A V N S
Z A Á D A L B R É N Z E S X S U S E A
S A N E S C O L H A R A C I O N A L A
I S S R I T N E M A I R A T P U T H P
E D I S P O S I Ç Ã O A U T Ô N O M A
Unidade 7 189
Universidade do Sul de Santa Catarina
I) “tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem ( ) Para ser virtuoso e feliz,
que esse bem supremo é a felicidade [...] porém, divergem o homem precisa satisfazer
a respeito do que seja a felicidade [...] Voltemos ao bem [...] certas necessidades básicas,
ele é a finalidade em todas ações e propósitos, pois é por sua até mesmo materiais. A
causa que os homens realizam tudo o mais. Se, pois, existe uma prosperidade alcançada a
finalidade visada em tudo o que fazemos, tal finalidade será o partir desses meios, permite,
bem atingível pela ação, e se há mais de uma, serão os meios mais facilmente, praticar a
atingíveis por meio dela”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 19-25). virtude e alcançar a felicidade.
II) “o bem do homem vem a ser a atividade da alma em ( ) A virtude não é inata.
consonância com a virtude [...] Mas é preciso acrescentar ‘em Mas, em função da natureza
uma vida inteira’, pois uma andorinha não faz verão, nem um dia humana, é possível ser
tampouco; e da mesma forma um dia só, ou um curto espaço de virtuoso. A virtude é uma
tempo, não faz um homem feliz”. (ARISTÓTELES, 2001, p. 27). capacidade que se desenvolve
com o hábito, e que deve ser
exercitada.
IV) “Não é, portanto, nem por natureza nem contrariamente ( ) O homem é virtuoso
à natureza que as virtudes se geram em nós; antes devemos à medida que se propõe
dizer que a natureza nos dá a capacidade de recebê-las, e tal escolher deliberadamente,
capacidade se aperfeiçoa com o hábito [...] não foi por ver ou com a razão, o que fazer;
ouvir repetididamente que adquirimos a visão ou a audição, e a vitude, nesse sentido,
mas, pelo contrário, nós as tínhamos antes de começar a usá-las, é o meio-termo entre dois
e não foi por usá-las que passamos a tê-las. No entanto, com as vícios, que, por sua vez, estão
virtudes dá-se extamente o oposto: adquirimo-las pelo exercício”. marcados pelo excesso ou pela
(ARISTÓTELES, 2001, p. 40). falta.
1 encobre, esconde
2 refere-se às gerações anteriores
3 refere-se às gerações posteriores
190
Filosofia
Unidade 7 191
Universidade do Sul de Santa Catarina
192
Filosofia
Unidade 7 193
Universidade do Sul de Santa Catarina
194
Filosofia
Saiba mais
Unidade 7 195
8
unidade 8
Questões da Ética
contemporânea
Leandro Kingeski Pacheco
Objetivos de aprendizagem
Distinguir considerações éticas propostas por Nietzsche,
Foucault, Rawls e Singer.
Seções de estudo
Seção 1 O martelo de Nietzsche
198
Filosofia
Unidade 8 199
Universidade do Sul de Santa Catarina
200
Filosofia
Unidade 8 201
Universidade do Sul de Santa Catarina
202
Filosofia
Unidade 8 203
Universidade do Sul de Santa Catarina
204
Filosofia
Unidade 8 205
Universidade do Sul de Santa Catarina
206
Filosofia
Unidade 8 207
Universidade do Sul de Santa Catarina
208
Filosofia
Unidade 8 209
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
210
Filosofia
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro didático. Mas, esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
Unidade 8 211
Universidade do Sul de Santa Catarina
I) “Este pequeno livro é uma grande declaração de guerra; ( ) Nietzsche critica a moral
e, quanto ao escrutínio1 de ídolos, desta vez eles não cristã por associar o bom e o
são ídolos da época, mas ídolos eternos, aqui tocados bem com valores escravos, ditos
com o martelo como se com um diapasão - não há, invertidos. Para o filósofo, na
absolutamente, ídolos mais velhos, mais convecidos, mais moral cristã, aquele que não
empolados2 ... E tampouco mais ocos... Isso não impede se encaixa no perfil da moral
que sejam os mais acreditados [...]”. (NIETZSCHE, 2006, p. ‘escrava’ age moralmente
8). errado.
III) “Esse homem do futuro, que nos salvará não só do ( ) Nietzsche afirma que
ideal vigente, como [...] do grande nojo, da vontade atacará com o ‘martelo’ os ídolos,
do nada, do niilismo [...] que torna novamente livre a pois esses são insignificantes
vontade, que devolve à terra sua finalidade e ao homem para a vida do homem, e,
sua esperança, esse anticristão e antiniilista, esse portanto, devem ser destruídos.
vencedor de Deus e do nada – ele tem que vir um dia...”.
(NIETZSCHE, 2003, p. 84-85).
IV) “[...] os judeus [...] ousaram inverter a equação de ( ) Nietzsche nos propõe uma
valores aristocráticos (bom = nobre = poderoso = belo analogia, na qual o homem é
= feliz = caro aos deuses), e com unhas e dentes [...] se superior ao macaco, e o Super-
apegaram a esta inversão, a saber, ‘os miseráveis somente homem é superior ao homem.
são os bons, apenas os pobres, impotentes, baixos são O homem atual é visto como
bons, os sofredores, necessitados, feios, doentes são sendo fortemente influenciado
os únicos beatos, os únicos abençoados, unicamente por crenças supraterrestres
para eles há bem-aventurança – mas vocês, nobres e - crenças religiosas ou crenças
poderosos, vocês serão por toda a eternidade os maus, metafísicas - de tal modo que
os cruéis, os lascivos, os insaciáveis, os ímpios [...] os se encontra inferior a todos os
desventurados, malditos e danados!...’ [...] A propósito macacos. A condição de Super-
[...] com os judeus principia a revolta dos escravos na homem é a melhor coisa que
moral: aquela rebelião que tem atrás de si dois mil anos pode acontecer ao homem, mas
de história, e que hoje perdemos de vista, porque foi isto só acontecerá quando o
vitoriosa...”. (NIETZSCHE, 2003, p. 26). mesmo repudiar suas atitudes
conformadas diante da realidade
e passe a constituir a felicidade a
partir da própria vontade, a partir
da própria existência.
212
Filosofia
A) I, II, III, IV. B) II, III, IV, I. C) III, IV, I, II. D) IV, III, I, II. Exame
minucioso
2) Associe as passagens seguintes com as respectivas interpretações. Para
tanto, estude e interprete cada uma das passagens referentes à ética de Pomposo,
ostentador
Foucault, que tem origem na entrevista A Ética do Cuidado de Si como
Prática da Liberdade. Esta atividade visa a exercitar sua capacidade de
análise e síntese da ética de Foucault.
I) “[...] o que é a ética senão a prática da liberdade, a prática ( ) Nas relações humanas
refletida da liberdade? [...] A liberdade é condição ontológica sempre há alguma relação de
da ética. Mas a ética é a forma refletida assumida pela poder. Essas relações não são
liberdade.”. (FOUCAULT, 2004, p. 267). fixas e podem ser alteradas. Para
alterar essas relações de poder,
é preciso praticar a liberdade.
Mesmo as relações de poder
dos ditos estados de dominação
podem ser alteradas.
II) “[...] sobretudo nos gregos -, para se conduzir bem, para ( ) Cuidar de si mesmo implica
praticar adequadamente a liberdade, era necessário se o conhecimento de si além de
ocupar de si mesmo, cuidar de si, ao mesmo tempo para se regras de conduta.
conhecer [...] e para se formar, superar-se a si mesmo, para
dominar em si os apetites que poderiam arebatá-lo. [...]”.
(FOUCAULT, 2004, p. 268).
III) “Não é possível cuidar de si mesmo sem se conhecer. O ( ) O cuidado de si não é amor
cuidado de si é certamente o conhecimento de si [...] mas exagerado por si mesmo, nem
é também o conhecimento de um certo número de regras negligência ou abuso dos outros.
de conduta ou de princípios que são simultaneamente
verdades e prescrições.”. (FOUCAULT, 2004, p. 269).
IV) “Não se deve fazer passar o cuidado dos outros na ( ) O cuidado de si implica a
frente do cuidado de si; o cuidado de si vem eticamente em prática da liberdade, a ocupação
primeiro lugar, na medida em que a relação consigo mesmo e a formação de si mesmo,
é ontologicamernte primária. [...] o cuidado de si não pode de modo que o sujeito possa
em si mesmo tender para esse amor exagerado a si mesmo superar-se e, então, dominar os
que viria a negligenciar ou outros ou, pior ainda, a abusar do apetites.
poder que se pode exercer sobre eles.”. (FOUCAULT, 2004, p.
271-273).
V) “[...] nas relações humanas, quaisquer que sejam elas ( ) A liberdade é uma condição
[…] o poder está presente [...] essas relações de poder são para a própria existência da ética.
móveis, ou seja, podem se modificar, não são dadas de E a ética é a prática refletida da
uma vez por todas [...] só é possível haver relações de poder liberdade.
quando os sujeitos forem livres [...] para que se exerça uma
relação de poder, é preciso que haja sempre, dos dois lados,
pelo menos uma forma de liberdade. Mesmo quando a
relação de poder é completamente desiquilibrada, quando
verdadeiramente se pode dizer que um tem poder sobre o
outro, um poder só pode se exercer sobre o outro à medida
que ainda reste a esse último a possibilidade de se matar,
de pular pela janela ou de matar o outro. Isso significa que,
nas relações de poder, há necessariamente possibilidade
de resistência [...] se há relações de poder em todo o
campo social, é porque há liberdade por todo lado. Mas há
efetivamente estados de dominação. Em inúmeros casos,
as relações de poder estão de tal forma fixadas que são
perpetuamente dessimétricas e que a margem de liberdade
é estremamente limitada.”. (FOUCAULT, 2004, p. 276-277).
Unidade 8 213
Universidade do Sul de Santa Catarina
A) I, II, III, IV. B) II, III, IV, I. C) III, IV, I, II. D) III, IV, II, I.
214
Filosofia
I) “O tema deste livro é a ética prática, ou seja, a aplicação da ética ( ) Singer admite que a ética
ou da moralidade (usarei indiferentemente essas duas palavras) à que ele propõe é uma variação
abordagem de questões práticas, como o tratamento dispensado do utilitarismo. Em função da
às minorias étnicas, a igualdade para as mulheres, o uso de animais perspectiva utilitária, defende a
em pesquisas e para a fabricação de alimentos, a preservação do necessidade de que se universalize
meio ambiente, o aborto, a eutanásia e a obrigação que têm os a ação moral, pensada a partir do
ricos de ajudar os pobres.”. (SINGER, 2006, p. 9). indivíduo.
II) “[...] há uma abordagem sempre válida da ética que ( ) Para Singer, viver de acordo
praticamente não é afetada pelas complexidades que tornam com padrões éticos depende,
as normas simples difíceis de serem aplicadas: a concepção sobremaneira, da utilização da
consequencialista. Os seus adeptos não partem de regras morais, razão, da justificação e defesa de
mas de objetivos. Avaliam a qualidade das ações mediante certas ações morais. Por outro
uma verificação do quanto elas favorecem esses objetivos. O lado, quando não justificamos as
utilitarismo é a mais conhecida das teorias consequencialistas [...] ações morais realizadas, vivemos
Para o utilitarista, mentir será mau em algumas circunstâncias e desvinculados de padrões
bom em outras, dependendendo das consequências que o ato éticos. Nesse sentido, a ética é
acarretar.”. (SINGER, 2006, p. 11). compreendida como uma reflexão
racional sobre os atos morais.
III) “A ideia de viver de acordo com padrões éticos está ligada à ideia ( ) Singer defende que uma
de defender o modo como se vive, de dar-lhe uma razão de ser, de abordagem ética adequada
justificá-lo. Desse modo, as pessoas podem fazer todos os tipos de é aquela que privilegia as
coisas que consideramos erradas, mas, ainda assim, estar vivendo consequências de uma ação
de acordo com padrões éticos, desde que tenham condições de moral e não se limita a simples
defender e justificar aquilo que fazem. Podemos achar a justificativa ordenamentos ou regras morais.
inadequada e sustentar que as ações estão erradas, mas a tentativa Entre as teorias que privilegiam
de justificação, seja ela bem sucedida ou não, é suficiente para as consequências da ação moral
trazer a conduta da pessoa para a esfera do ético, em oposição situa-se o utilitarismo, uma vez
ao não-ético. Quando, por outro lado, as pessoas não conseguem que as ações são escolhidas
apresentar nenhuma justificativa para o que fazem, podemos considerando-se, entre outras
rejeitar a sua alegação de estarem vivendo de acordo com padrões coisas, as consequências da ação.
éticos, mesmo se aquilo que fazem estiver de acordo com princípios
morais convencionais.”. (SINGER, 2006, p. 18).
IV) “o modo de pensar que esbocei é uma forma de utilitarismo. ( ) A investigação de Singer
Difere do utilitarismo clássico pelo fato de “melhores lida com a aplicação da ética a
consequências” ser compreendido como o significado de algo questões polêmicas, que fazem
que, examinadas todas as alternativas, favorece os interesses dos parte das práticas dos seres
que são afetados, e não como algo que simplesmente aumenta o humanos. Práticas que, enquanto
prazer e diminui o sofrimento [...] A postura utilitária é uma posição tais, também se referem aos
mínima, uma base inicial a qual chegamos a universalizar a tomada animais e ao meio ambiente. Singer
de decisões com base no interesse próprio.”. (SINGER, 2006, p. 22). denomina essa investigação de
ética prática.
A) I, II, III, IV. B) IV, III, II, I. C) III, IV, I, II. D) III, IV, II, I.
Unidade 8 215
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
216
Para concluir o estudo
Dizem que bom conselho é aquele que não é dado. Porém, não
podemos deixar, aqui, de incitá-los a pesquisar a Filosofia, de
estudar os originais dos próprios filósofos, de estudar outros livros,
compêndios e dicionários sobre Filosofia.
Um forte abraço,
220
Filosofia
LEONARDO DA VINCI BIOGRAPHY. The Da Vinci Code Movie & the Last Supper! 2 jun.
2009. Disponível em: <http://www.leonardo-da-vinci-biography.com/images/leonardo-
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MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittengenstein.
Rio de Janeiro: Zahar, 1997.
______. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 4. ed. Rio de
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MATHEMATICAL THOUGHT. Pythagoras2. 2 abr. 2010. Disponível em: <http://math2033.
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MERLEAU-PONTY, M. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
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MORA, José Ferrater. Dicionário de filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
MORENTE, Manuel Garcia. Fundamentos de filosofia: lições preliminares. 4. ed. São
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MORTARI, C. A. Introdução à lógica. São Paulo: UNESP, 2001.
NIETZSCHE, Friedrich Wilhelm. Assim falou Zaratustra. [A obra-prima de cada autor],
Tradução Pietro Nasseti. São Paulo: Martin Claret, 2002.
______. Crepúsculo dos ídolos: ou como se filosofa com o martelo. São Paulo:
Companhia das Letras, 2006.
______. Genealogia da moral: uma polêmica. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
NUNES, César Aparecido. Aprendendo filosofia. Campinas: Papirus, 1986.
O GLOBO. Fotos. 25 out. 2006. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/
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PEIRCE, C. S. Semiótica. São Paulo: Perspectiva, 2000.
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Disponível em: <http://www.social-sciences-and-humanities.com/journal/>. Acesso em:
28 out. 2009.
221
Universidade do Sul de Santa Catarina
PLATÃO. Defesa de Sócrates. In: Sócrates. [Os pensadores] Seleção de Textos de José
Américo Pessanha; Traduções de Jaime Bruna, Líbero Rangel de Andrade, Gilda Maria
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POPPER, Karl. Conjecturas e refutações. Brasília: UnB, 1972.
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222
Sobre os professores conteudistas
1) a, c, e.
2) Nenhuma das alternativas anteriores se encaixa no que pede o
enunciado da questão. Ou seja, nenhuma das concepções de Filosofia,
filósofo e filosofar apresentadas nesta questão coincidem exatamente
com o significado etimológico de Filosofia.
3)
a) Durante minha formação, procurei cultivar o hábito de estudar o
conteúdo antes e depois do professor lecioná-lo. Fazia isso mesmo
sem orientação explícita do professor, pois determinei para mim
mesmo uma rotina que contribuísse para qualificar minha formação,
preparando-me previamente para explicações de conteúdos complexos
ou consolidando a compreensão do conteúdo por meio de exercícios
relativos aos conteúdos explanados ou construindo uma pequena
síntese dos conteúdos abordados. A autonomia evidenciada está
vinculada à capacidade de procurar fortalecer minha formação,
independente da orientação docente.
b) Antes de frequentar um Curso Superior, procurei refletir sobre mim,
sobre minhas dificuldades e predileções. Reconheci dificuldades para
lidar com sangue e com cálculos abstratos, o que impeliu a distanciar-
me, respectivamente, da área da Saúde e da área de Exatas. Reconheci
que quero aprofundar meu conhecimento acerca do mundo, que gosto
de debater conteúdos e que o Curso de Filosofia pode contribuir para
ampliar a compreensão que hoje tenho. A reflexão evidenciada está
vinculada à capacidade de procurar reconhecer as dificuldades e as
peculiaridades pertinentes a mim mesmo, ao meu perfil.
c) Em determinado momento de minha vida, em função de meu
relacionamento com minha namorada, ponderamos sobre o casamento.
Avaliamos uma série de responsabilidades, como ter que: trabalhar para
pagar o aluguel, a luz, a água etc.; limpar a casa e procurar mantê-la
limpa; fazer compras relativas à alimentação e preparar as refeições etc.
Por outro lado, avaliamos quão prazerosa seria a convivência amorosa,
amadurecer sonhos, sonhar coisas novas e procurar lutar juntos por
um dia cada vez melhor. Enfim, nossa decisão tornou-se realidade ao
nos casarmos. A crítica evidenciada está vinculada à capacidade de
Universidade do Sul de Santa Catarina
UNIDADE 2
1)
V
I VIII P R E M I S S A S
L N
Ó III T
II G R É C I A I
I R G
C IV R A C I O C Í N I O
A S
T
Ó
T
E VII
L P IX
E R XII C
VI S I L O G I S M O
P N N
O D C
S U L
I T U
Ç I S
XV Ã V Ã
P XI D E D U T I V O O O XIII
A F
X R E L A Ç Ã O D E C O N S E Q U Ê N C I A
A L
XVI D I L E M A Á
O C
X I
O XIV S O F I S M A
226
Filosofia
2) a, c, d, e, h, i, j.
3)
a) D b) I c) D d) I
4)
a)
Todo aquele que planta árvores cultiva e preserva o meio ambiente.
Eu plantei 20 árvores frutíferas.
Logo, eu cultivo e preservo o meio ambiente
b)
Todo ser humano é sujeito de direitos fundamentais.
Você é um ser humano.
Logo, você é sujeito de direitos fundamentais.
c)
Um amigo meu, após ingerir bebida alcoólica, correu e bateu o carro,
vindo a falecer.
Uma vizinha, após ingerir bebida alcoólica, conduziu um veículo, mas
capotou o carro e morreu.
Logo, a ingestão de bebida alcoólica aliada à direção imediata pode
causar a morte.
d)
Pessoas que fumam cigarro de marca ‘W’ tiveram câncer no pulmão ou
na boca.
Pessoas que fumam cigarro de marca ‘X’ tiveram enfisema pulmonar ou
impotência sexual.
Logo, fumar causa mal a saúde.
UNIDADE 3
a) Você deve observar que na primeira afirmação o conhecimento
é resultado da vivência e está relacionado com a tradição, com o
ensinamento dos antigos. Neste caso, o conhecimento incorpora,
em parte, as crendices populares, a autoridade e a tradição. Essa
afirmação pode ter sido feita por um homem do senso comum. Na
segunda afirmação, o conhecimento é resultado de uma investigação
consciente e metódica. O objetivo principal desse conhecimento
não é resolver os problemas simples do cotidiano, mas compreender
227
Universidade do Sul de Santa Catarina
228
Filosofia
UNIDADE 4
UNIDADE 5
229
Universidade do Sul de Santa Catarina
UNIDADE 6
1) a, b, c, d.
2) a, b, c.
3) B.
4)
a) M. b) A. c) N.
5) É pertinente reconhecer a distinção entre a Ética e a moral; a relevância
da Ética para a humanidade, para nossa sociedade, para nossa família e
mesmo para você. Também é viável reconhecer que a moral não é fixa,
mas relativa em função das épocas, sociedades e culturas; além disso, a
moral sempre esteve presente em nossas vidas, pois fomos educados (e
vivemos) em função de uma concepção moral. É pertinente reconhecer
como é fundamental o pensar, de modo refletido, autônomo, crítico
e criativo acerca dos comportamentos morais que fazem parte de
sua vida, ou seja, que você precisa continuamente refletir sobre que
comportamento moral deve ser praticado ou não.
UNIDADE 7
1)
A ética de Aristóteles considera fundamental a escolha racional e
o hábito como fundamentais para cultivar a virtude. Tal prática da
230
Filosofia
P A S E D A S D I S A B E M T U T J T
R I U Q A R I D S E M A C A V E Ó U R
A R E R C I D S E M A I V B R O N S S
F A T L U S S A X A R P E R I O N T N
V F E F I T A Í R É T I C A R A R O R
Í I R E Z Ó Q T Ó N E R R S I S T M E
C M N L S T A M Z G E J E T R E J E A
I O X I T E C Z V I R T U D E C A I D
O Q R C T L E R A S D E F G H I J O A
M Ã L I M E R A R R Ô H Á B I T O T P
E I T D A S M U I O I M S B O C R I E
R E R A S K C L R R P R A T P A V N S
Z A Á D A L B R É N Z E S X S U S E A
S A N E S C O L H A R A C I O N A L A
I S S R I T N E M A I R A T P U T H P
E D I S P O S I Ç Ã O A U T Ô N O M A
2) D.
3) B.
4)
A) Para Mill, a felicidade representa a finalidade da ação e a utilidade é o
critério para distinguir as ações corretas das ações incorretas.
B) Para Mill, a ação moral também depende do cultivo da virtude.
5)
a) M. b) A. c) K. d) M. e) A. f) K.
6) É pertinente reconhecer que cada ética estudada, seja de Aristóteles,
de Kant ou de Mill oferecem-nos critérios e parâmetros acerca do agir
refletido, possibilitando ser melhor, ter um comportamento moral
cada vez mais aprovável. Cada uma dessas três éticas é suficiente para
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UNIDADE 8
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para que você possa escolher quais capítulos deseja solicitar a reprodução. Lembrando
que para não ferir a Lei dos direitos autorais (Lei 9610/98) pode-se reproduzir até 10% do
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