Aline Pascholati

Holy Vagina, aquarela e nanquim sobre papel, 50 x 31,5 cm 2017.

Holy Vagina é uma releitura da figura da Virgem Maria – Holy Mary, em inglês -
colocando a vagina como sagrada geradora de vida. Porém, a mãe de Jesus, virgem,
não precisou de sua vagina para conceber seu filho divino, somente para dar a luz; o
que causa uma visão negativa da sexualidade e do sexo feminino quando não segue
aos padrões de castidade, sendo motivo de repressão à mulher e ao seu corpo. A obra
também ironiza a maneira como a mulher é frequentemente vista pelos homens como
objeto sexual, como simplesmente um ser dotado de vagina, sendo seu rosto e seu eu
sem importância. Os corações em sua coroa representam o amor materno, enquanto
que o vermelho do fundo faz alusão ao sangue da menstruação e do parto.

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 Aline Pascholati

Fonte de vida, aquarela e nanquim sobre papel, 50 x 31,5 cm 2017.

A aquarela apresenta uma vagina em forma de semente, da qual nascem flores,

representando assim o poder gerador de vida da mulher. O formato de semente
desconstrói as expressões populares relacionadas ao homem, tais como, “espalhar sua
semente”, que colocam a mulher como a terra fértil passiva que recebe a semente
ativa e vigorosa masculina. Em harmonia com Holy Vagina, o vermelho do fundo
também faz alusão ao sangue da menstruação e do parto. As duas obras se
completam.

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