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Ícone Ortodoxo Contra o Aborto

Por Alexandre Semedo

Comecemos por sua parte esquerda, cujas cores de fundo são mais claras (em contraste bastante
evidente com a parte direita, com cores escuras representando as trevas, o mal e a morte).

Jesus Cristo, vencedor da morte, surge protegendo e


abençoando, abaixo dele, uma família cristã (é de se notar os
trajes modernos que vestem). Família, aliás, numerosa (pai, mãe
e seis filhos)

«Jesus Cristo protegendo e


abençoando uma família cristã»
O pai carrega um dos filhos (como São José, que carrega o Menino Deus, tradicional imagem da iconografia
cristã) e traz o alimento da família na mão esquerda. A mãe embala o filho ainda bebê e alimenta uma outra
criança. São figuras tradicionais do pai e da mãe cristãos, essencial para o desenvolvimento dos filhos.

«Figura tradicional da família cristã»


Acima da família cristã, surge a Sagrada Família de Nazaré. Maria
carrega, em seu colo, o Senhor Deus, nascido de seu puríssimo ventre.
São José, por sua vez, carrega uma criança envolta em panos brancos,
símbolo, na iconografia tradicional, da alma das crianças inocentes
assassinadas.

Mãe de Deus
«Galaktotrophousa»(amamentando)
Abaixo da família cristã, numa imagem bastante contundente, temos a «Arrependida», isto é, a mãe que,
tendo cometido o monstruoso crime do aborto, chora, agora, o filho que ela própria matou. Veste-se de
vermelho, o que representa o sangue inocente por ela derramado.

A «Arrependida» - mãe que, tendo cometido o monstruoso


crime do aborto, chora o filho que ela própria matou

Na parte esquerda inferior, há a figura da mãe


solteira. De um lado, ela pecou e consentiu em
relações pré-nupciais (talvez, seja por isto que parte
de sua vestimenta é vermelha, cor da luxúria), mas,
por outro lado, manteve-se firme frente à tentação de
abortar e, agora, carrega (não sem o auxílio de Deus)
a Cruz de ser mãe sem a ajuda e o suporte de um
esposo. Cruz esta que, se bem vivida, será sua porta
de entrada para o céu depois que findar sua
peregrinação terrestre.

«A Mãe Solteira» - a que se manteve firme diante da


tentação de abortar e, agora, carrega (não sem o auxílio
de Deus) a Cruz de ser mãe sem a ajuda e o suporte de
um esposo
Passemos, agora, às trevas!
Na parte direita do ícone, vemos sentada, num trono vermelho, uma rainha, chamada de «Nova Herodes.» É o
próprio aborto personificado, que, como o Herodes o fez outrora, promove a matança dos inocentes no
mundo moderno. Ela espezinha e massacra vários bebês e recebe ainda outros (todos em posição fetal) que as
mulheres lhe oferecem.

A «Nova Herodes»
O próprio aborto personificado.

Estas mulheres estão à sua frente e personificam (de baixo


para cima) a crueldade, a futilidade, a indiferença e a
luxúria, sem as quais a monstruosidade do aborto não
ocorreria.

Personificação da «Crueldade», «Futilidade»,


«Indiferença» e «Luxúria» (de baixo para cima)
Ao fundo, vemos um «médico». No original, a palavra é também grafada entre aspas, pois, sob a aparência de
um médico (que deveria usar seus talentos apenas para salvar vidas), encontra-se um assassino frio, que passa
uma espada no ventre de um bebê indefeso. Se o leitor reparar bem, seu bolso está cheio de dinheiro, pois se
enriquece com a matança que ele próprio promove. Ao fundo, a imagem de um dragão, a Antiga Serpente, o
chamado Diabo ou Satanás, que, sedutor do mundo inteiro, seduz o «médico», colocando-o ao seu serviço.
Pois, todos os que se colocam a serviço, direto ou indireto, do aborto, estão a serviço direto de Satanás.
O «Médico», que deveria usar seus talentos para salvar vidas, colocando-se a
serviço, direto ou indireto, do aborto, estão a serviço direto de Satanás.

Que deles (e de todos nós) o Senhor Deus tenha piedade.


Fonte:
Texto enviado por Pe. Almir

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