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INTRODUÇÃO

A medida que os anos foram passando houve a necessidade de desenvolver os sistemas


telefônicos. O PDH surgiu para juntar vários dados digitalizados em um único canal, através da
multiplexação. A tecnologia PDH (Hierarquia Digital Plesiócrona) usada nos sistemas de
transmissão em rede, mostrou uma série de carências para gestao das redes de comunicação, pois
não dispunha de um padrão único, o que tornava inviavel para a comunicação entre diferentes
sistemas. Com isso houve a necessidade da criação de um sistema mais eficaz capaz de contornar
este problema, a chamada tecnologia SDH (Hierarquia Digitla Síncrona).
A tecnologia SDH surgiu na decada de 80 . O SDH visa permitir uma comunicação de dados
através do mesmos sinal, sem ter necessidade de várias fases de multiplexação. Onde esta leva
maior vantagem sobre a tecnologia PDH como por exemplo, a organização do SDH é feita em
bytes,enquanto que o entrelaçamento em PDH é em bits, o SDH possui um único padrão mundial
enquanto que o PDH tem várias padronizações, e trouxe uma série de novos recursos que
possibilitam uma comunicação mais eficiente entre os diversos sistemas de rede, pois adota
padrões bem definidos que permitem a migração e a compactibilidade entre difertentes sistemas.
Por ser um sistemas relativamente caro, o SDH ainda não foi adotado em massa pelas grandes
empresas de telecomunicações, porém isto tende a acabar e o SDH veio para ficar.

CONTEXTO
• Justificativa da escolha do tema
O presente traballho surge na perspectiva de identificar as diferenças entre as tecnologias
PDH e SDH e suas aplicabilidades, conhecer se as vantagens que o SDH tem
comparativamente com o PDH de modo a fazer-se um plano melhor na implementação de
redes de comunicações. Do ponto de vista de estudo concluiu –se que o SDH leva maior
vantagem comparativamente ao PDH pois para além das vantangens já indicadas, o SDH
usa estagios múltiplos de ponteiros para alinhamento de cargas PDH para frames SDH
daí a facilidade do drop-insert que consiste em retirar e/ou inserir capacidades num dado
elemento de rede. A razão da escolha do tema visa essencialmente conhecer até que ponto
o SDH é mais eficiente em relação ao PDH pois nos sistemas de transmissão o que mais
se pretende é maior capacidade de transmissão, velocidade, perfomance e boa qualidade
de serviço.

• Descrição do problema

Verifica-se que o maior problema que afecta as redes de transmissão são os métodos de
multiplexação, mecanismos complexos da jusrtificação do ponteiro, a baixa capacidade
de transmissão ( baixa largura de banda) e má qualidade de transmissão, caracteristicas
próprias do PDH.

• OBJECTIVOS
• Objectivo geral

Analisar de forma comparativa as tecnologias PDH e SDH e suas aplicabilidades.

• Objectivos específicos
• Fazer uma abordagem sobre os princípios do PDH e SDH;
• Identificar a diferença entre as tecnologias SDH e PDH;
• Obter as vantangens e desvantangens das duas tecnologias;
• Descrever o processo de multiplexação e de sincronismo das tecnologias PDH e
SDH.
• Metodologia *deve indicar a metodologia usada acho que encontras no manual que
a escola tem(
REVISÃO LITERÁRIA *indicar os livros , sites onde buscou ainformacao
2. Definições e discussão de conceitos /N\ao sei o que se escreve aqui

2.1. Princípios de multiplexagem plesiocrona


Segundo José Cabaça os sistemas PDH de transmissão digital de banda larga utilizados
na rede europeia seguem as recomendações G742 e G751 do IYU-T.
São sistemas pleisiocronos com justificação positiva, cujos débitos são 8.448 Mb/s,
34.368 Mb/s e 139.264 Mb/s.
Os sistemas PDH não são compatíveis em todo o mundo. Existem basicamente 3 séries
diferentes, a europeia ( 30 canais), a japonesa e a americana ambas com 24 canais.
Os códigos de linha, as leis de codificação análoga – digitais e multiplexagem, diferem
entre as hierarquias.

2.2. Necessidade de justificação nos sistemas de trasnmissão digital


Ao surgir a transmissão digital foi observado serem os seus meios físicos de transmissão
afectados por transientes de diversoas proveniências; como ruído nos relógios dos
equipamentos ( desvios de fase, jitter), wander ( desvios de fase de baixa frequência)
provocado por efeitos térmicos, refecção em sistemas rádio, “rain fading” em sistemas de
rádio satélites, desvio de frequência dos relógios free – runing etc. O método corrector
principal utilizado em sistemas de trasmissão chama-se justificação. A justificação surge
em sistemass dr transmissão digital como elemento corrector de débitos de informação
em sistemas encadeados, actuando instantaneamente no sistema de transmissão através de
memória elásticas, tendo como finalidade um ajuste do ritmo nominal de transmissão.
Existem basicamente três tipos de justificação:

• Justificação positiva;
• Justificação negativa e
• Justificação positiva – negativa- nula.
2.2.1.Justificação positiva
Utilizada maioritariamente em sistemas plesiocronos.
Consiste na passagem da informação por uma memória elástica em que o ritmo de
chegada é marcadamente inferior ( diferença de ritmos muito superior a qualquer
imprecisão) ao ritmo de saída. O débito de informação nominal é mantido inibido
a saída do transporte de informação regularmente mediante análise da memória.

2.2.2.Justificação negativa
Utilizada maioritariamente em sistemas plesiocronos.
Consiste na passagem da informação por uma memória elástica em que o ritmo de
chegada é marcadamente superior ( diferença de ritmos muito superior a qualquer
imprecisão) ao ritmo de saída. O débito de informação nominal é mantido
aumentando o ritmo de saída de informação regularmente mediante análise de
memória.

2.2.3.Justificação positiva-negativa-nula
Utilizada em sistemas síncronos.
Consiste na passagem da informação por uma memória elástica cujos ritmos de
entrada e saída são iguais, tendo a memória uma função correctora das
imprecisões existentes em ambos os relógios. Quando existem desvios de fase
entre os relógios de amplitude superior ao poder de armazenamento da memória,
esta está preparada para os corrigir justificando positiva ou negativamente.

2.3.Descrição das tramas PDH ( G742,G751)


2.3.1.Trama 8.448Mb/s
Na segunda hierarquia (G742) os quatro tributários de 2.048 Mb/s são
multiplexagados num feixe de 8.448Mb/s dividido em tramas de 848 bits, sendo
estes subdivididos em quatro troços de 212 bits.
O primeiro troço contém nos dez primeiros bits a palavra de sincronismo, seguida
de um bit de alarme que indica perda de sincronismo no terminal distante (bit 11)
e um bit vago para utilização diversa (bit 12).
O bit vago é reservado para uso nacional e permite a implementação de um canal
de comunicação serie entre equipamentos de PDH do mesmo fabricante, pois este
bit não possui normalização internacional.
A justificação é efectuada nestas unidades através da supervisão no fim do 1°
troço, do estado de memórias elásticas de cada tributário. Esta informação é
enviada aos bits de controlo de justificação, respectivos a cada tributário,
existentes no princípio do 2° teroço sendo posteriorimente repetida no princípio
do 3° e 4° troços.
Deste modo , existe justificação quando se obtem nos bits de informação de
justificação o sinal 111. Não existe justificação se se obtiver o sinal 000.
Esre sinal é analisado na recepção sendo a decisão efectuada por maioria.
Assim sendo os bits 5 a 8 do 4° troço ( stuff bits) podem ser inibidos do transporte
de informação quando a informação de justificação o exigir.
Os bits de informação ocupam as posições 13 a 212 do 1° troço e 5 a 212 do 2°
troço, 3° e 4° troço, encontrando-se divididos em grupos de quatro bits
processando-se a multiplexagem dos tributários bit a bit. No entanto os bits 5 a 8
do 4° troço ( stuff bits) podem ser inibidos do transporte de informação quando a
justificação o exigir.

Tal como foi dito anteriormente, na justificação positiva o ritmo de chegada


( tributários 4 x 2.048Mb/s=8.192Mb/s) é marcadamente inferior ao ritmo de
saida ( agregado 8.448 Mb/s).

2.3.2.Trama 34.368Mb/s
A trama da terceira hierarquia que multiplexa quatro tributários de 8.488Mb/s
num feixe de 34.368Mb/s, é semelhante á anterior, diferindo apenas no
comprimento de cada troço que passa a ter 384 bits.

2.3.3.Trama 139.264 Mb/s


a quarta hierarquia que multiplexa quatro tributários de 34.368 Mb/s num feixe de
139.264 Mb/s é diferente das anteriores. Contém seis troços de 488 bits tendo a
palavra de sincronismo 12 bits e disponibilizando 3 bits para uso geral.
O processo de justificação é semelhante á anterior com a diferença da informação
de justificação ser repetida nos cinco últimos troços.
A justificação é efectuada nestas unidades através da supervisão no fim do 1°
troço, do estadfo das memórias elásticas da cada tributário. Esta informação é
enviada aos bits de controlo de justificação, respectivos a cada tributário,
existentes no princípio do 2° troço sendo posteriorimente repetida no princípio do
3°,4°,5° e 6° troços.
Deste modo, existe justificação quando se obtem nos bits de informação de
justificação o sinal 11111. Não existe justificação se se obtiver o sinal 00000.
Este sinal é analisado na recepção sendo a decisão efectuada por maioria.
Assim sendo os bits 5 a 8 do 6° troço ( stuff bits) podem ser inibidos do transporte
de informação quando a informação de justificação o exigir.

2.4.Perda e recuperação de sincronismo das tramas PDH ( G742 e G751)


É assumida a perda de sincronismo quando 4 tramas consecutivas forem
incorrectamente recebidas nas suas posições predeterminadas.
Quando o sistema se encontra na situação de perda de sincronismo, só torna a
recuperar o sincronismo quando forem recebidas 3 FAS consecutivas.

2.5.Equipamentos PDH
Os multiplexadores existentes para a tecnologia de transmissão PDH possuem
essencialmente funções de multiplexagem no tratamento dos seus sinais
tributários e agregados, sendo a multiplexagem da trama efectuada por “bit
interleaving” dos seus tributários.
Essencialmente o que se pretende implementar é:

Figura 1.Multiplexador PDH

Existem contudo algumas funções adicionais que os fabricantes podem oferecer, nomeadamente
executar loops remotos ou locais, visualização de feixes tributários ou agregados, colocar
tributários de fora de serviço etc.
Para este efeito é necessário dotar os equipamentos de blocos que efectuam estas operações, tais
como, bloco de processamento ( microcontrolador, EPROM, NVRAM,...) , bloco de controlo da
unidade ( FPGA, software de gestão) , bloco de canais de comunicação ( RS232, RS485).
Para além dos multiplexers referidos (MUX 8-34 e MUX 34-140) existe ainda o MUX 2-34. Este
equipamento multiplexa 16 tributários de 2.048 Mb/s num feixe de 34.368 Mb/s. Deste modo um
só equipamento possue as mesmas funcionalidades de 4xMUX 2-8 e 1xMUX 8-34, o que é
bastante atractivo quer em termos de preço, simplificação da rede, imunidade a falhas ( cabos,
unidades,...)
Na tecnologia de transmissãp PDH apenas se encontram normalizadas as tramas eléctricas de
8.448Mb/s, 34.368Mb/s já estudadas anteriormente.
Isto quer dizer que equipamentos de fabricantes diferentes podem ser interligados entre si.
Contudo , com o aparecimento da fibra óptica foi necessário projectar equipamento para este
meio de transmissão, assim, e não existindo normalização internacional a nivel da trama óptica,
cada fabricante projectou os seus equipamentos a seu belo prazer. Como resultado disso
equipamentos ópticos de fabricantes diferentes não podem ser interligados entre si.
Estes equipamentos de linha para fibra óptica possuem como função a conversão electro-óptica e
ópto-electrica dos feixes agregados do PDH (ELFO2, ELFO8,ELFO34,ELFO140).
2.6.Sincronismo de rede PDH
Os sistemas plesiocronos não necessitam de estar síncronos entre si. É uma rede cujos débitos
têm somente de se manter entre determinados níveis de imprecisão.
A hierarquia PDH só utiliza sincronismo de rede no seu primeiro nível ( 2.048 Mb/s) tendo em
consideração a não existência de slips nos comutadores digitais ( 64 Kb/s).
A rede de distribuição de relógio é baseado no transporte do relógio de referência através de
feixes a 2.048 Mb/s que interactuam entre comutadores. Esta referência é normalmente
ramificada de nós principais para nós locais (master-slaves).
No PDH, além do ruído dos relógios wander (temperatura) e dos desvios de fase a longo prazo,
existem os desvios de fase provocados pela justificação. Ao contrário dos sistemas síncronos
onde a frequência da justificação depende somente dos próprios desvios de fase existentes nos
relógios, o que torna aleatório, os sistemas PDH contêm uma frequência de justificação dopada e
crónica da ordem das dezenas de milhares de hertz e amplitudes fixas relativamente faceis de
filtrar utilizando circuitos correctores em malha fechada. O facto da justificação ser bit a bit e de
alta frequência permite uma amostragem eficaz de qualquer imprecisão de baixa frequência
existente nos feixes da primeira hierarquia.
Concluindo verifica-se ser a rede de transporte PDH um excelente veículo para distribuição de
relógio, peque embora infelizmente o seu fraco nível de supervisionamento e controlo
indispensáveis numa rede de sincronização de um operador.
2.6.1.arquitectura funcional de uma rede de transporte
Existindo modernamente por parte dos operadores a necessidade de harmonizar
internacionalmente os equipamentos de telecomunicação em termos das suas funções de
transporte e gestão, surgiram nos organismos de normalização grupos encarregados do estudo de
arquitetura funcional das redes de transporte. Este tipo de estudo é extremamente necessário
quando se tenta desenvolver equipamentos de telecomunicações ou elaborar as suas redes de
gestão.
A funcionalidade de uma rede de transporte é convencionalmente descrita como um diagrama de
blocos em que cada um representa uma função de transporte. Entende-se como função de
transporte, a maneira como a informação é processada entre as suas entradas e saídas.
2.6.2.Composição da rede de transporte
Uma rede de transporte pode-se definir em termos de composição como um aglomerado de
estratos (Layer NetWork) de rede com funções específicas de transporte.
Os estratos da rede estão interligados entre si. Uma ligação de rede de transporte, consiste na
capacidade de transferir informação transparentemente através de um estrato de rede de uma
entrada para uma saída ( ligação unidireccional). Uma ligação bidireccional consiste em duas
ligações unidireccionais. Pode haver também ligações ponto multiponto entre uma entrada e
várias saídas.
Uma ligação unidireccional é constituída a partir da união de um número variado de ligações
básicas existentes nos equipamentos que compõem um estrato de rede.
Existem dois tipos de ligações básicas, a rígida e a flexível. Considera-se uma ligação rígida
aquela que não pode ser estabelecida ou imterrompida por qualquer processo de gestão de rede
(ligação em Link). As ligações flexíveis são aquelas cuja conectividade pode ser comandada
através da rede de gestão. Este tipo de ligação flexível ponto a ponto pode ser considerada como
uma subrede dentro de uma rede.
2.6.3.Topologia de uma rede de telecomunicações
Enquanto as ligações dos estratos de rede descrevem as ligações de todos tipos que
efectivamente existem entre pontos específicos, a topologia de uma rede, descreve as ligações
que podem existir entre grupos de pontos.
Uma subrede é vista como um grupo de pontos dentro do mesmo estrato de rede que podem ou
não ser interligados por intermédio de um processo de gestão.
Um link será uma interligação entre grupos de pontos de uma subrede e um grupo de pontos de
outra subrede topologicamente adjacente á primeira.
Um estrato de rede pode ser decomposto em links e subredes até ao nível do elemento de rede
(equipamento em si).
Numa perspectiva de rede global de transporte uma subrede (subrede nodal) engloba noutra
subrede (nó de rede) é o nível mais baixo de decomposição.
Os nós de rede e as subredes nodais são constituídos por elementos de rede(NE).
2.6.4.Transporte de informação num trilho
Os vários tipos de ligações existentes numa rede de transporte paralelamente á sua função
inerente, providenciam também cada vez mais algumas medidas de qualidade de transmissão
fornecida, cujo resultado valida o suporte da ligação. Até agora estas medidas foram de uma
maneira limitada fornecidas monitorizando algumas propriedades estruturais existentes na
informação de trnasporte e na recepção das ligações. Esta técnica manifesta-se insuficiente para
as necessidades de uma rede moderna contendo os novos equipamentos de transmissão num
cabeçalho com informação adicional reunida no início das ligações tendo como objectivo
necessidades específicas OMG (OAM).
Numa ligação o conjunto desta informação com a informação de transporte foi apelidada de
trilho (trail) no “CCITT”.
Este termo foi introduzido exprimindo as características gerais de entidades transportadoras que
incluem a noção de “caminho” e “secção” (permitem supervisionar a integridade de informação
em toda a extensão de uma ligação na rede de transporte). Temos então uma actualização na
arquitectura ao introduzir entidades como “Trail Termination Input Connection” (source) e “Trail
Termination Output Connection” (sink). Estas funções processam a informação respectivamente
á saída e á entrada dos estratos de rede existentes, tendo como objectivo finalidades OMG.
Nem todos os estratos tem possibilidade de processar trilhos na informação transportada ( in
service performance monitoring validated information).ex: 64Kb/s PDH. Inclusivemente em
aplicações SDH foi necessário modelizar funçâes como protecção e momitorização de caminhos
encadeados ( tandem path monitoring) utlizando substratos (sublayers) sem qualquer
processamento de trilho associado.
Generalizando, o conceito de trilho não implica a validação ou monitorização directa de
informação intrísenca a um trilho de forma a garantir a integridade da transmissão. As funções de
terminação de trilho continuam a condicionar a validade de integridade da transferência de
informação, podendo estas ser processadas directamente através de outra informação existente na
rede.
2.6.5. Adaptação entre estratos
As ligações tipo link numa rede de estratos efectuam as ligações entre subredes adjacentes. Estas
ligações em link são providenciais pelos serviços de trilho noutro estrato, apelidado de estrato
servidor ( server layer). O estrato para qial são fornecidos os links denomina-se estrato de cliente
( client layer). O conjunto de lionks entre duas subredes define um link geral.
Como consequência de um crescimento de rede, poderá haver pedidos de estrato cliente ao
estrato servidor no sentido de trilhos alternativos estabelecerem novos links no estrato cliente. Os
links são fixos sobre o ponto de vista interno ao estrato cliente e serão alterados perante
processamento existente no estrato servidor. Estas alterações são solicitadas pelo estrato servidor.
Resumindo o processo de ligações interno a um estrato pode ser estabelecido através de subredes
flexíveis ( ex: cross connect, central de comutação, repartidor coaxial, etc) e links ( inflexíveis).
Os links constituem como transmissão o processo de ligação entre subrede cujo processo pode se
efectuado em estratos diferentes ao estrato cliente em causa numa relação cliente-servidor.
Entre estratos a informação tem de ser adaptada. Normalmente a informação oriunda do estrato
cliente tem de ser adaptado ao método de transmissão existente no estrato servidor. Tipicamente
envolve mudança de débito, multiplexagem, alinhamento, codificação ou mesmo uma
combinação dos métodos atrás referidos.
2.6.6. Pontos de referência existente nos estratos de rede
Nesta alínea é explicado o significado das siglas utilizadas nos pontos de referência do modelo
desenvolvido para representar graficamente redes em estratos.
Adaptação entre estratos (IA) “Interlayer Adaptation”- Executa funções de adaptação entre
estratos para cada cliente de qualquer serviodor específico.
Terminação de trilho (TT) “Trail Termination”- Funções características do estado a que
pertencem, independentemente do estrato cliente a esse.
( CP) “Connection Point”- Ponto em que uma saída é ligada a uma entrada.
(TCP) :Termination connection point”- Ponto em que uma terminação de trilho ( TT source) é
ligada á entrada de uma ligação e simultaneamente uma recepção de trilho ( TT sink) é ligada á
saída de uma ligação.
Os “CP” ou “TCP” podem ser unidireccionais ou bidireccionais, conforme a direccionabilidade
da entidade de transporte que delimitam. Estes pontos servem como pontos de referência cuja
associação define a conctividade de uma rede de estratos.
(AP) :Access Point”- Ponto em que a saída (entrada) do “IA” source (sink) é ligada á entrada
(saída) do “Trail Tremination” source (sink).
2.6.7. Classificação e organização dos estratos de rede
a estruturação dos estratos de rede entende-se como genérica aplicando-se a todoas as
tecnologias. Poderemos dividir em três alíneas ea classificação dos estratos:
• Estratos de nível de circuitos ( circuit layer networks)
providencia serviços de telecomunicações para os utilizadores finais ex: rede pública
comutada.
Estes circuitos quando em trilho ( circuit layer trails) terminam em equipamentos
localizados perto dos assinantes e a sua conectividade é controlada por um processo
invocado directa ou indirectamente pelo utilizador.

• Estratos de nível de caminho ( path layer networks)


Providencia serviços de transporte e estratos de nível de circuitos ( ou a outros
estratos de caminho). Ex: DS3, VC3, VC4 etc. Uma linha alugada é um exemplo de
estrato de nível de caminho que dá serviços a um estratos de nível de circuito.
Este tipo de estrato quando organizado em trilho ( path layer trails) termina em
estratos de nível de circuitos ou mesmo estratos de nível de caminho cuja
conectividade é controlada por um processo que é invocado directa ou indirectamente
pela supervisão inerente ao estrato que lhe é cliente.
• Estrato de nível de meio de transmissão ( transmission media networks)
Providencia serviços de transporte ao estrato de nível de caminho, menos
ferquentemente ao estrato de nível de circuitos ( ex: 140Mb/s CMI, STM-4) e são
projectados especificamente para o meio a utilizar ( cabo coaxial, fibra ótpica, rádio
links etc). Dentro deste estrato distinguem-se dois sbstratos.
• Estrato de secção ( formatar da informação)
• Estrato físico ( interface físico)
Podemos dar exemplo de trasnporte de um feixe G703 através de uma rede SDH.
Neste caso a estratificação dá-se entre um estrato cliente de nível de circuito ( G703 PDH- 34
Mb/s) e o estrato de caminho de alta ordem ( SDH HO path layer) que por sinal é servido pelo
estrato de nível meio de transmissão ( regeneradores e equipamentos de linha) formando um
STM-N.
Podemos considerar um estrato como uma subrede rodeada de grupos de pontos de acesso (AP)
(GRUPOS DE ACESSO). Muitos destes (AP) podem existir mesmo dentro da subrede ou então
ligados por intermédio de links/
Uma subrede pode ser decomposta em subrede mais pequenas interligados por links. Este tipo de
interligação pode-se complicar em casos em que as subredes constituídas por várias subredes de
ordem inferior.
Existem vários tipos de configuração de ligações de subredes como por exemplo:
• Ligação tipo mesh ( fully connected mesh)
• Ligação em estrela ( star connection)
• Ligação em anel ( ring connection)

Os estrtatos podem ser decompostos em vários estratos com funções puramente


administrativos sem qualquer razão de ordem técnica. Ex: no SDH um estrato de secção é
decomposto em multiplex section (MS) e regenerator section (RS).

2.7. Características do PDH


• Padronização parcial;
• Apenas as interfaces eléctricas digitais e estruturais de quadro de níveis hieráquicos
2Mbits/s,8Mbits/s,34Mbits/s e 140Mbits/s são padronizados;
• As interfaces de linha óptica d qualquer nível hierarquico não são padronizados;
• Os recursos gerenciados e as interfaces de gerência são proprietárias;
• Gerência limitada;
• O primeiro nível (E1 ou T1) é tratado sob forma de octectos;
• A duração dos quadros não é uniforme;
• O alinhamento de quadros é obtido mediante um sinal de alinhamento de quadro;
• Baixa capacidade dos canais de serviço.
Algumas características do PDH restringem a sua utilização a aplicação ponto-a-ponto, com
poucos recursos para gerencia e com equipamentos não padronizados não permitindo a
implementação de ambiente multifornecedor.
O canal PDH de menor hierarquia é composto por um conjunto de canais multiplexados de
64Kbit/s.
Entrtanto , o número de canais desse conjunto não é padronizado.
A tabela a seguir mostra a hierarquia PDH utilizada na América do norte e Europa. O padrão
PDH europeu recomendado pelo UIT (G702) é o adotado na maior parte do mundo.
Hierarquia América do norte Europa
digital Taxa de Taxa de
Bits(Kbit/s) Bits(Kbit/s)
0 DS0 64 E0 64
1 DS1 ou T1 1544 E1 2048
2 DS2 ou T2 6132 E2 8448
3 DS3 ou T3 32064 E3 34368
4 DS4 97728 E4 139264

Cada canal é sincronizado pelo equipamento multiplex através de justificação positiva ( inserção
de Bits). Apôs a sincronização os canais são multiplexados por intercalamento bit a bit para
compor o quadro ( frame) da hierarquia PDH.
2.7.1. Desvantangens do PDH
• Possui cabeçalho simplificado, limitando o gerenciamento e manutenção de rede;
• Arquitetura de multiplexação assíncrona e sem padronização mundial dificultando a
interoperabilidade de redes;
• Possui formatos de quadro diferentes para cada hierarquia e estrutura de multiplexação
rígida, não permitindo identificar claramente os tributários no sinal multiplexo;
• Utiliza a multiplexação por intercalamento bit a bit.
3.Introdução á Hierarquia Digital Sincrona (SDH)
Em virtude da crescente necessidade de maiores taxas de transmissão de bits nos enlaces de
longas distâncias entre cidades, estados, países e continentes, e para possibilitar a implantação da
RDIS da faixa larga, o ITU-T especificou a HIERARQUIA DIGITAL SINCRONA –SDH . Neste
sistema, o requisito básico é de que todos os equipamentos estejam sincronizados entre si.
A multiplexação dos tributários sincronos (STM-1,STM-4,STM-16...) é feita sem que corra um
aumento de bits, através da simples intercalação de bytes, de forma que a soma das velocidades
dos tributários é igual á velocidade da saída do multiplex sincrono.
Uma característica importante da SDH é aceitar como tributários algumas das taxas de
transmissão do PDH Norte Americano, Japonês, as taxas do PDH Europeu (ITU-T), as taxas do
padrão SONET ( Synchronous Optical Network), permitindo compatibilizar as diversas
hierarquias plesiocronas sem que seja necessário desmanchar os sinais multiplexados até o nível
de 64kbit/s. A compatibilização é feita através da transformação do quadro plesiocrono em um
quadro sincrono ( container). O container adapta através de um mapeamento os tributários de
baixa ordem para que estes possam ser transportados na rede sincrona. Nos casos em que os
tributários são assincronos ou plesiocronos no mapeamento é feito também um processo de
justificação de bit positiva/negativa semelhante a aquela feita na multiplexação dos sinais
plesiocronos no PDH.
3.1- Razões para o surgimento do SDH
Pretende-se com esta nova geração de equipamentos a obtenção de 3 objectivos fundamentais:
• Quebrar a barreira existente entre os equipamentos multiplexadores e os
equipamentos de linha para a fibra óptica, englobando na gestão de multiplexagem o
processamento da informação normalizada necessária ao encaminhamento e
supervisão de um canal de transmissão digital a alta velocidade de fibra óptica, até
aqui feito pelo equipamento de linha.
• Estabelecer regras e impôr rotinas devidamente normalizadas a nível mundial na rede
de controlo, supervisão, protecção, sincronização e manutenção, devendo no futuro
esta solução tender para uma convergência de implementação equivalentes entre
fabricantes.
• Encaminhamento em redes de transmissão a alta velocidade de diversos tributários
provenientes das duas hierarquias PDH existentes, permitindo a estas atravessar
fronteiras sem necessidade de conversão ou demultiplexagem entre reses.
3.2. Características do SDH
A hierarquia SDH foi concebida para uma arquitetura de multiplexação síncrona. Cada canal
opera com um relógio sincronizado com os relógios dos outros canais, e é sincronizado com o
equipamento multiplex através de um processo de justificação de bit e encapsulamento da
informação (container),
A esse container é adicionado um cabeçalho (POH), que o caracteriza e indica sua localização no
frame, e forma-se então um container virtual (VC) para cada canal.
O SDH pode transportar também diferentes tipos de sinais PDH, através do frame padronizado
denominado STM-N (Syncronuos Transport Module), utilizado tanto para sinais eléctricos como
para sinais ópticos. Actualmente o padrão SDH utiliza frames STM-N com as seguintes taxas de
bits: 155.520 Mbit/s (STM-1 eléctrico ou óptico), 622.080 Mbit/s (STM-4 óptico), 2.488.320
Mbit/s ou 2,5 Gbit/s (STM-16 óptico) e 9953.280 Mbt/s ou 10 Gbit/s (STM-64 óptico).
Os diversos canais multiplexados (VC’s) normalmente são chamados de tributários, e os sinais
de transporte gerados ( STM-N) são chamados de agregados ou sinais de linha.
3.3. Sincronismo
As redes SDH formam um sistema síncrono onde todos os relógios de seus equipamentos têm,
em média, a mesma frequência. O relógio de cada equipamento, chamado de relógio secundário
ou escravo, pode ser rastreado até o relógio principal da rede, chamado também de mestre,
garantindo a distribuição e qualidade do sinal de sincronismo.
A manutenção de uma boa referência de relógio permite que os sinais STM-1 mantenham sua
taxa de 155 Mbit/s estável, e que vários sinais STM-1 síncronos possam ser multipleados sem a
necessidade de inserção de bits, sendo facilmente acessados em sinais STM-N de menor taxa de
bits.
Também os sinais síncronos de menores taxas de bits, encapsulados nos VC’s podem ser
multiplexados sem a necessidade de inserção de bits para compor os sinais STM-1, e podem ser
facilmente acessados e recuperados. O uso de ponteiros em conjunto com buffers permite
acomodar as eventuais diferenças de fase e frequência dos canais durante o processo de
multiplexação. Os ponteiros possuem campos específicos para armazenar os bits ou bytes em
excesso ou para indicar a falta destes durante o processo de sincronização (justificação). Os
buffers permitem que esse processo ocorra sem a perda de informação armazenando e mantendo
o sinal original.
Desta forma é extremamente importante a qualidade e a manutenção do sinal de sincronismo
para o sucesso da rede e dos serviços prestados a partir dela.
3.4. Estrutura em camadas
O padrão SDH foi desenvolvido usando a abordagem cliente/servidor e sua arquitectura de
administração e supervisão procurou apoiar-se no modelo de camadas OSI (ISO), permitindo que
a supervisão do transporte de informações seja feita através de camadas hierarquizadas.
Do ponto de vista de rede, essas camadas são representadas conforme a figura a seguir. Para um
determinado serviço caracterizado por sua origem e destino e por uma taxa se bits conhecida, são
identificados os tipos de funcionalidades e as camadas envolvidas para executa-lo.

Entende-se por via o caminho percorrido pelo sinal entre a origem e o destino. Nesse caminho o
sinal é acondicionado no frame SDH que faz o seu transporte através de todos os equipamentos
da rede nessa rota.
Em cada equipamento, de acordo com a sua função, o frame é processado pelas camadas
adequadas para ser restaurado ou para extraír ou inserir novos serviços.
Em cada etapa desse processo a informações de administração e supervisão do SDH são gerados
e inseridos no frame.
O modelo em camadas para um determinado equipamento da rede é apresentado na figura a
seguir.

Fig: modelo em camadas para um determinado equipamento da rede


A camada do meio de transmissão é dependente do meio utilizado, e por isso foi dividida e duas
camadas distintas: meio físico e secção. A camada do meio físico realiza o condicionamento do
sinal de acordo com ese meio, seja ele óptico ou eléctrico.
A camada de secção também está dividida em duas novas camadas. A RSOH é responsavel pelo
processamento dos frames em todos os equipamentos da rede, sejam eles de passagem de
extração ou inserção de tributários, ou de terminação de via. A MSOH pelo processamento fim-a-
fim dos frames nos equipamentos de extração ou inserção de tributários, ou de terminação de via.
A camada de via está dividida em alta ordem e baixa ordem. Nessa camada cada VC é uma
estrutura com a informação útil e um cabeçalho que o caracteriza. Na via de baixa ordem cada
VC contém um único container e seu cabeçalho ( VC-1, VC-2 ou VC-3). Na via de alta ordem
um VC pode conter um único container de menor ordem e o respectivo cabeçalho.
A camada de circuito realiza o condicionamento da informação útil retirada do container para a
interface eléctrica ou óptica definida para cada serviço a ser fornecido pelo equipamento.
3.5. Estrutura do frame
O frame SDH tem tamanho padrão para cada hierarquia. Cada frame constitui uma unidade para
fins de administração e supervisão da transmissão no sistema. Esses frames são transmitidos a
uma taxa de 8000 frames por segundo (8000 Hz).
O frame SDH para a hierarquia STM-1, por exemplo, tem 2430 bytes, organizados em 9 linhas
com 270 colunas de bytes, os quais são transmitidos serialmente linha a linha da esquerda para a
direita, e de cima para baixo. Sua estrutura básica é apresentada na figura a seguir.

O processo de transmissão da trama STM-N é sequencial, linha a linha e da esquerda para a


direita, sendo transmitido primeiramente o byte do cabto superior esquerdo ( byte A1 da RSOH)
e no final o byte do canto inferior direito (último byte do playload).
O cabeçalho ( overhead) é composto por 3 tipos de estrutura: RSOH (Regenerator Section
Overhead), processado em cada equipamento da rede, contém informações de alinhamento de
frame, identificação de frame, monitoraçã de erro de regeneração, alarmes físicos externos ao
equipamento, e supervisão de sistemas. Contém também um canal de voz para comunicação de
técnicos entre equipamentos.
MSOH (Multtiplex Section Overhead), processado apenas em equipamentos onde existe inserção
(add) ou retirada (drop) de canais multiplexados, contém informações de monitoração e
indicação de erros de multiplexação, controle de chaveamento de mecanismo de protecção,
monitoração de sincronismo e gerência de sistema.
POH (Path Overhead), processado em cada equipamento, possui os ponteiros que indicam onde
se localiza o primeiro byte do(s) VC(s) dentro da área d informação útil (playload) do frame, e
eventuais bytes provenientes de justificação desse (s) VC(s).
A incorporação dos ponteiros nas estruturas dos VC’s do frame SDH permite que mesmos sinais
com diferenças de fase e frequência possam ser transportados num mesmo frame, já que essas
diferenças são acomodadas em bytes específicos do POH através do processo de justificação.
Ressalta-se, entretanto, que essas diferenças devem atender as especificações estabelecidas pelas
recomendações do ITU-T para o SDH.

3.6 Estrutura de multiplexagem SDH (ETSI)

No SDH a estrutura de multiplexagem utilizada pelo ETSI consiste no encaminhamento


de três feixes PDH da hierarquia europeia 2M, 34M e 140M.
wop7278.tmpMicrosoft_Office_Word_97_-_2003_Document1.doc

Tirar isto aqui encima


As recomendações G707, G708, G709 do ITU-T estabelecem os principios de multiplexagem,
interface de rede e débitos binários da hierarquia síncrona.
A hierarquia síncrona baseia-se no encaminhamento e multiplexagem isocrona de tramas
síncronas ( STM-N). Estas tramas podem ser STM-1,4,16 e 64 com débitos de 155.520MHz,
2,488 320Ghz e 9.953 280Ghz respectivamente.
Numa trama STM-1 podem ter uma das seguintes configurações, em termos de capacidade
máxima de tributários PDH permitidos para essa trama:
63 x 2.048Mb/s ou,
3 x 34.368Mb/s ou,
1 x 34.368Mb/s + 42 x 2.048Mb/s ou,
2 x 34.368Mb/s + 21 x 2.048Mb/s ou,
1 x 139.264Mb/s
A trama STM-N (N=1,4,16,64) consiste em toda a estrutura de informação usada para suportar
ligações SDH (secções).
A informação é dividida em payload e overhead sendo multiplexada byte a byte.
3.7. Processo de Multiplexação
A figura a seguir apresenta o processo de multiplexação dos canais tributários no frame SDH.

O processo de multiplexação dos canais tributários no frame SDH tem os seguintes passos:
• Mapeamento , onde os tributários são sincronizados com o equipamento multiplex
( justificação de bit), encapsulados e recebem seus ponteiros (POH) para formar os VC’s;
• Alinhamento, onde os VC’s recebem novos ponteiros para formarem as unidades TU ou
AU, para permitir que o primeiro byte do VC seja localizado;
• Multiplexação byte a byte, onde os VC’s de baixa ordem são agrupados para compor os
VC’s de alta ordem ou os VC’s de alta ordem sãp processados para formar os AUG
(Administrative Unit Group);
• Preenchimento, onde, na falta de tributários configurados ou para completar o espaço
restante de tributários de baixa ordem, são adicionados bits dem informação para
completar o frame.

Nos equipamentos do padrão SDH o processo de multiplexação normalmente é


executado pela mariz de conexão cruzada (Cross- Connect Matrix). A capacidade desta
matriz para compor os frames SDH com canais de taxas de bits diversas define,de facto, a
capacidade do equipamento.
Normalmente os equipamentos com sinais agregados de taxas de bits até STM-4 (622
Mbit/s) possuem matrizes com capacidade para multiplexar canais com taxa de bits de 2
Mbit/s até 155 Mbit/s. Os equipamentos com canais agregados de taxas de bits superiores
a STM-4 possuem matrizes comcapacidade para multiplexar canais com taxa mínima de
155 Mbit/s.

3.8. Equipamentos SDH


O padrão SDH definiu 3 tipos de equipamentos para compor a rede;
TM (Terminal Multiplex)- possui apenas uma interface de agregado e possibilita a
inserção (add) ou retirada (drop) de tributários de diversas hierarquias;
ADM (Add and Drop Multiplex)- possui duas intefaces de agregados e possibilita a
inserção (add) ou retirada (drop) de tributários de diversas hierarquias. Estes
equipamentos também podem ser usados como regeneradores de sinal, quando nenhuma
interface de tributário é inserida.
SDXC (Synchronous Digital Cross-connect)- possui interfaces de entrada e saída de
diversas hierarquias e pode interliga-las com uma grande infinidade de combinações.
A figura a seguir apresenta esses equipamentos.

Embora esses tipos de equipamentos tenham sido especificados nas recomendações do ITU-T,
com detalhes de blocos funcionais, os fabricantes de equipamentos fornecem, em sua maioria,
apenas os ADM’s que podem executar a função de ADM e de TM com diversas capacidades de
taxa de bits, e os SDXC, também com diversas possibilidades de configuração.
Para selecionar e utilizar esses equipamentos em redes SDH devem ser considerados os seguintes
aspectos:
• Tributários: tipos (eléctricos, ópticos), taxas de bits, número de interfaces por placas e
número máximo de placas no equipamento;
• Agregados: tipos (eléctricos, ópticos), taxas de bits e número máximo de placas no
equipamento;
• Matriz de conexão cruzada ( Cross- connect Matrix): capacidade total da matriz e taxas
de bits do canais a serem multiplexados.

3.9. Topologia de Rede


As redes SDH podem ter as seguintes topologias:
Ponto-a-ponto:
2 equipamentos terminais interligados por um único meio físico;
Barramento :
3 ou mais equipamentos interligados por um único meio físico, sendo 2 equipamentos
terminais e os demais equipamentos ADM;
Anel:
3 ou mais equipamentos ADM interligados através de um único meio físico;
A figura a seguir apresenta esses tipos de topologias e suas variações.

As topologias de rede podem ainda ser classificadas como:


Física : visão da rede a partir da sua topologia física, ou seja, considerando o meio físico
utilizado e os seus equipamentos;
Lógica: visão da rede a partir da interligação dos equipamentos sem considerar a topologia da
rede física.
Na maioria dos casos, as visões de rede física e lógica são as mesmas. Entretanto, em algumas
situações as restrições impostas para a construção da rede física podem levar os projetistas a
elaborar um projecto onde, embora a rede tenha uma configuração ponto-a-ponto ou barramento,
a rede lógica possa ter a configuração em anel.
Os exemplos apresentados a seguir ilustram o caso.

As redes que são implantadas com configuração física ponto-a-ponto ou barramento e


configuração lógica em anel são comumente chamadas de anel “amassado” ou “flat ring”.
3.9.1 Redes SDH- Protecção
Vários mecanismos ou procedimentos de protecção podem ser aplicados a rede SDH para
garantir alta disponibilidade e segurança para os serviços a serem fornecidos. Os procedimentos
e mecanismos mais importantes sã apresentados a seguir.
Rede física
Dentre as topologias de rede apresentadas , a configuração em anel é a mais usada para fornecer
a protecção da rede física. Os projectos dessaa redes devem considerar sempre a implatação de
redes ópticas ou de enlace de rádios que utilizem caminhos físicos distintos para evitar que única
falha simples possa interromper o serviço oferecido pela rede SDH.
Este procedimento deve aplicar-se tanto á rede a ser implantada extremamente aos sites, sejam
eles da rede de serviços ou dos seus clientes, como nos acessos a esses sites.
A figura a seguir ilustra estes procedimentos.

O padrão SDH possui mecanismos de protecção já definidos para as interfaces de tributários,


principalmente aquelas com taxas a partir se 155 Mbit/s (STM-1). Nesses casos são instaladas 2
placas de tributários nos equipamentos (principal reserva) e são usados bytes do próprio frame
SDH para decidir como redirecionar o sinal do tributário em caso de falha.
Para o caso das interfaces eléctricas com taxas se 2Mbit/s, os equipamentos possuem
mecanismos de protecção onde podem ser adicionadas placas na protecção 1 reserva para n
ativas, onde em caso de falha de uma das n placas ativas, a placa reserva é activada
automaticamente, sem interrupção dos serviços fornecidos.
Adicionalmente, muitos equipamentos já fornecem protecção do tipo 1+1 para as placas de
matriz de conexão cruzada para equipamentos de rede.
3.9.2 .Protecção lógica
A protecção lógica da rede SDH atende a recomendação ITU-T G.841, esta recomendação trata
principalmente de 2 tipos de arquiteturas de protecção ( redundância).
SNCP (Subnetwork Connection Protectio), que usa segmentos de rede entre os equipamentos
com 2 fibras ópticas;
MS SP RING (Multiplex Section- Shared Proctetion Ring), que usa segmento de rede entre os
equipamentos que podem ter 2 ou 4 fibras ópticas.
A protecção SNCP utiliza o conceito de subrede para efectuar o chaveamento do tráfego a ser
protegido, conforme ilustra a figura.

Este sistema de protecção tem ainda as seguintes características:


• Todo tráfego protegido entre 2 equipamentos distintos utiliza banda nas 2 subredes
(caminho principal e reserva);
• As subredes podem ser compostas por segmentos formados por equipamentos de
fabricantes diversos, situação que pode ocorrer quando o anel é confirmado com
segmentos de rede de prestadores de serviços distintos;
• Este tipo de protecção pode ser configurado em anei compostos por segmentos de
diferentes capacidades (STM-1,STM-4,STM-16), situação que pode ocorrer quando um
anel de capacidade menor é formado contendo um segmento ancorado noutro segmento
de um anel de capacidade maior.
A protecçãoMS SP ring utiliza o conceito de protecção de linha ou segmento, entre 2
equipamentos consecutivos, para efectuar o chaveamento de tráfego a ser protegido, conforme
ilustra a figura.

Os 2 tipos de protecção aplicam-se principalmente a topologia de rede em anel. Como já foi


mencionado anteriormente eventualmente podem ser aplicados a segmentos de rede onde,
embora a topologia da rede física apresente restrições para ser implantada em anel, de forma
temporária ou permanente, tenha sido usada a estratégia de implementar esses tipos de protecção
para prevenir eventuais falhas de equipamentos.
Topologias típicas
De forma geral as redes dos prestadores de serviços são implantadas usando todos os tipos de
mecanismos de protecção apresentados acima. A implantação dessas redes sempre parte da
escolha de uma filosofia geral de protecção que aplica-se a rede física, a rede lógica e aos
serviços fornecidos.
Em geral até os procedimentos de protecção para os tributários adotam práticas distintas
dependentes do porte dos clientes.

A figura a seguir apresenta uma rede típica de um prestador de serviços de telecomunicações.

• QUALIDADE DE TRANSMISSÃO EM REDE SDH

Uma das grandes vantangens do SDH face ao PDH é a possibilidade inerente de


monitorizar a qualidade de transmissão.
Toda esta monitorização deve ser efectuada em serviços semm efectuar o tráfego. Num
trilho deverá ser possivel monitorizar todas as subredes e links constituintes desse trilho.
Originalmente no PDH a taxa de erros não era um dos parâmetros primordial como é nos
dias de hoje. A voz codificada digitalmente com os algoritmos da lei “a” ao “u” são
insensíveis a taxas de erros de transmissão relativamente elevados. A primeira medida a
ser efectuada foi a medição da taxa de erros em períodos relativamente longos. Esta
medida não fornece indicações sobre a distribuição desses erros no tempo e pressupõe
uma monitorização intrusiva fora de serviço.
Existem vários factores que causam taxa de erros.

“Average white Gaussian Noise” Ruído térmico


Resulta da media do movimento dos electrões em materiais electrónicos provocado
termicamente.
Este tipo de ruído em média não se altera com o tempo, a sua densidade espectral de
potência é constante até frequências elevadas e a sua distribuição é Gaussiana. Os
equipamentos mais sensíveis a este tipo de ruído, são mais atenuados.
A título de exemplo podemos apontar factores que diminuem a relação sinal-ruído, tais
como lasers em degradação, Rayleigh fadding em sistemas rádio e satélite, etc.

Interferência electromagnética e electroestática


Ex: Descagas electroestáticas, radiação solar, fontes de alimentação comutadas, etc.
Ligação eléctrica de resistência elevado
Soldaduras pobres, envelhecimento do metal, fadiga do metal, acomulação de pó ou
gordura, humidade, etc.

Problemas de timming
Defeitos no projecto do equipamento e ou rede
Utilização de componentes no limiar da sua especificação máxima
Uso de componentes de segunda categoria, etc.

4.1.Mecanismo para detectar erros de transmissão no SDH e PDH


• Definem-se quatro tipos de ligação, consoante a sua estrutura:
• Estruturadas por blocos e por trama (SDH);
• Estruturadas por trama;
• Outras, estruturadas por trama;
• Não estruturadas.

• Monitorização de erros de bloco


Os mecanismos de detecção de erros de bloco é mais complexo do que simples
detecções de falha de sinal ou perda de sincronismo de trama. Os erros de bloco são
normalmente usados para monitorizar trilhos.
Os erros dos “VC3s” e “VC4s” são calculados em blocos de 125us e os dos “VC12S”
em blocos de 500us.
O SDH usa o CRC _Cyclic Redundacy Check) como código para o controlo de erros
de blocos.
Este código por exemplo consiste em calcular o número de “1s” de um bloco
acrescentar-lhe “n” zeros nos algarismos menos significativos, sendo n igual ao
número de casas que o resto da divisão de qualquer número por um número fixo “x”
pode ter. Seguidamente esse número é dividido por “x” sendo os zeros acrescentados
ao número de “1s” original substituidos pelo número (x-resto).

Ex: contaram-se “475” “1s”.


Supondo que o número divisor fixo do algorítmo é “9” o resto oscilará sempre entre
zero e oito necessitando este apenas uma cas decimal. Acrescenta-se portanto um zero
ao número “475” ficando “4750”. Dividindo esse número por “9” o resto é igual a
“7”. O número transmitido irá ser “9-7=2”. Na recepção são novamente contados p
número de “1s” mas aqui não existindo erros de transmissão a divisão efectuada será
igual a “4752/9) sendo o “2” o valor transmitido e “475” o valor contado. Como
podemos constatar este procedimento implica obrigatóriamente que a divisão
efectuada na recepção dê sempre resto igual a zero.
No caso de erros de transmissão a probabilidade desta divisão dar resto zero é remota.
Nos equipamentos SDH estes calculos são efectuados sobre números binários e o
polinómio divisor sempre igual a “+1” sendo “a” igual ao número de casas do resto
transmitido nos bytes “B” dos “SOH” e “POH”. O código “CRC” do SDH tem a
facilidade da informação de erros poder ser interligada tanto nas multiplexagens
“STM” como mesmo na agregação de contentores de caminho.
Este processo chama-se “Bit Interleaved Parity” e consiste na possibilidade de poder
continuar por exemplo a analisar os erros de bloco de uma secção “STM-1” que
passa a “STM-4” e vice-versa.

• Análise de qualidade em sistemas SDH

Tal como foi referido no capitulo 1 , a análise de qualidade em sistemas PDH baseia-
se na análise do número de erros de bit presentes nas palavras de sincronismo de
trama ( 2M-G704,8M-G742,34M-G751,140M-G751). Na primeira hierarquia (2M) é
também utilizdo o CRC4 para o calculo de erros de bloco.
As medidas de qualidade podem se efectuadas fora-de-serviço ou em-serviço.
Fora de serviço são utilizadas tramas pseudo aleatórios.
Nas medidas em-serviço a portugal Telecom utiliza como normas a M2100 para o
PDH e a M2101 para SDH.

PDH
Y=28 erros de bit na palavra de sincronismo (2.048Mb/s G704)
Y=805 erros de bloco CRC4 (2.048Mb/s G704)
Y=41 erros de bit na palavra de sincronismo (8.448mb/s G742)
Y=52 erros de bit na palavra de sincronismo (34.368Mb/s G751)
Y=69 erros de bit na palavra de sincronismo (139.264Mb/s G751)

SDH
Y=600 BIP2(V5) erros (VC12)
Y=2400 BIP8 (B3) erros (VC3)
Y=2400 BIP8 (B3) erros (VC4)
Y=b BIP24 (B2)erros (MS-STM-N) o valor de b está em estudo e poderá depender de
N.
A qualidade da transmissão de um sinal SDH monitorada atraves do método do Bit
Interleaved Parity , consiste em:
1° calcular a emissão a paridade da informação a transmitir.
2° o receptor efectua o calculo do sinqal recebido e compara-se com o valor da
emissão.
Se estes valores forem diferentes então existem erros de transmissão.
Como já vimos existem 3 tipos de BIP-n no SDH, em que n representa o número de
bits do BIP (BIP-8;BIP-24,BIP-2).
O BIP-n possui paridade par.

• Operação, Manutenção e Gestão em SDH

5.1.”TMN”- Conceitos gerais


A “TMN” providência funções de gestão de telecomunicações e aos serviços que estas
podem efectuar aos seus clientes. A “TMN” estabelece e normaliza os meios de
comunicações entre ela e as redes de telecomunicações.
Neste contexto uma rede de telecomunicações é assumida como constituida por
equipamentos digitais ou analógicos e equipamentos de suporte associado.
O conceito básico que suporta uma rede de “TMN” é normalizar e organizar uma
arquitectura que interligue vários sistemas de operação e equipamento de
telecomunicações (ex: SDH) tendo como objectivo a troca de informação de gestão de
acordo com interfaces, protocolos e mensagens comuns.
As funções de gestão associadas ao “TMN” abrangem várias áreas tais como
planeamento, instalação, operação , administração , manutenção e aprovisionamento de
redes de telecomunicações e respectivos serviços desempenhados. A especificação e
desenvolvimento de todas as aplicações que suportarão as áreas citadas cabe aos próprios
operadores das redes de telecomunicações.

Foram identificadas cinco áreas de gestão primordiais:


Gestão de performance
Gestão de falhas
Gestão de configuração
Gestão de contabilidade
Gestão de protecção e segurança
5.2.”TMN” em redes SDH
Este capitulo trata da aplicação de todo o conceito “OMG” associado a redes de
transporte baseadas em tecnologia SDH.
O processo de transporte de informação “OMG” numa rede de “TMN” é baseada
numa arquitectura em estratos que é descrita na recomendação X200 e intitula-se
“OSI” (Open System Interconnection).
A gestão de equipamentos SDH deve ser vista como subrede de uma rede “TMN”
intitulada “SMN” (Synchronous Managment Network). Esta é responsável pela
gestão de todos os elementos de rede SDH. A “SMN” pode ser dividida em subredes
“OMG”SDH “SMS” (Synchronous Managment Subnetwork).

• Vantagens/desvantagens dos sistemas de transmissão SDH sobre PDH

Pelo exposto nos capitulos anteriores, podemos concluir em poucas palavras que o
PDH surge como necessidade do transporte de informação digital a debitos elevados.
Por outro lado, o SDH surge como resposta as necessidades exigidas a uma rede de
transporte de telecomunicações moderna. A flexibilidade, a capacidade de
transmissão, a gestão e a transmissão normalizada são os principais pontos fortes em
relação oa PDH.
Analisemos então as vantagens e desvantagens destas duas tecnologias de transmissão
digital.

6.1.Vantagens dos sistemas de trasnmissão SDH sobre PDH

i) Na PDH existem três padrões distintos de hierarquias de multiplexagem (Europa,


USA,Japão). O que implica em pontos fronteira a necessidade de conversão de sinais
digitais para o padrão pretendido.

Fig: hierarquias de multiplexagem PDH


Na SDH existe uma hierarquia de transmissão normalizada a nivel internacional.
ii) Maiores capacidades de transmissão de informação ( 10 Gb/S).
iii)A multiplexagem sincrona permite o acesso directo a qualquer tributário, uma vez que a
sua posição na trama é conhecida ( utilização de ponteiros).

No PDH se pretendermos retirar um feixe a 2048 Kb/s de um feixe a 139264 Kb/s para uma
determinada localidade, temos que possuir uma elevada quantidade de equipamento. Alem do
equipamento de multiplexagem/ desmultiplexagem poderá também ser necessário a utilização de
equipamentos de linha para fibra óptica.
• Capacidade de cross-connect.
• A rede PDH foi projectada tendo em vista uma optimizção do transporte de
informação com tecnologia digital, mas no entanto não foi contemplada qualquer
normalização a nivel do sistema de gestão.
Na SDH existe um sistema de gestão normalizado.
• Compatibilidade transversal, i.e.,normalizou-se não só os interfaces eléctrico mas
também os interfaces ópticos.
• Protecção automática.
• A SDH esta preparada para transportar o ATM.

• Desvantangens dos sistemas de transmissão SDH sobre PDH

• Rede de sincronização complexa.


• Mecanismo de correcção de débitos ruidoso.
• Processamento de multiplexagem complexo ( atraso adicional por secção).
• Sincronização obrigatória por equipamento.
Aqui nao teria trocado, nao seria desvantagem do PDH sobre SDH? Percebo
que sim

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