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DIREITO INTERNACIONAL - AULA 4 – PROFESSOR ALCEU RANGEL

6. TRATADOS INTERNACIONAIS – CONTINUAÇÃO


6.4. Procedimentos de aprovação dos Tratados Internacionais
1° Convenção / Conferência Internacional

2º VOTAÇÃO (2/3 das cadeiras)

Mero aceite formal


3º Assinatura
Não coloca o Tratado Internacional em vigor

4° APROVAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO:

 Todos os tratados que o presidente assinar passam pelo referendo (CN);


 O legislativo deverá aprovar ou não;
 Caso o legislativo aprove, o presidente deverá ratificar (assinar) através de
carta de ratificação.
OBSERVAÇÃO: A ratificação é prerrogativa do Presidente da República, a
qual depende, porém, de anuência do Congresso Nacional.
 Se o Congresso NÃO autoriza a ratificação: Presidente não pode ratificar.
 Se o Congresso autoriza a ratificação: Presidente pode ou não ratificar.

5º PROMULGAÇÃO: feita pelo Presidente da República, assim o Tratado Internacional


entra em vigor.

6.5. Reserva ou Direito de Reserva: é o ato unilateral pelo qual um Estado pode
excluir ou modificar determinados artigos desse tratado que estejam em conflito com
ordenamento jurídico interno.
6.6. Adesão: é o ato pelo qual um Estado vincula-se a um tratado que já está em
vigor.
6.7. Denúncia: é o ato a qual um país se desvincula de um tratado.
6.8. Posição Hierárquica dos Tratados Internacionais Incorporados ao
Ordenamento Jurídico Interno
6.8.1. Regra Geral: têm status de Lei Ordinária.
6.8.2. Exceções:
1ª) (Art. 98 do CTN): tratado pode revogar uma lei ordinária que é de matéria
tributária, mas uma lei ordinária mesmo que mais recente não poderá revogar a
matéria do tratado internacional (tem status de supra legalidade).

2ª) (§3º, art. 5º da CF/88): tratados sobre Direitos Humanos de acordo com uma
aprovação de 3/5 de 2 turnos e dentro dos requisitos do § 3º, art. 5º da CF/88. Assim
o tratado internacional ganha status de emenda constitucional.

3ª) Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos aprovados antes da Emenda


Constitucional nº 45/2004, não são considerados E.C. antes da emenda supra
mencionada, assim tendo caráter supra legal, mas não se iguala a Constituição.

6.9. Classificação
6.9.1. Quanto ao número de partes:
6.9.1.1. Bilateral: aquele que possui Estados que estão em lados opostos. Ex.:
querem cessar a guerras, mas não fazem conciliação.
6.9.1.2. Multilateral: acordo entre mais de dois Estados. Ex.: contratos feitos entre
blocos econômicos.

6.9.2. Quanto às espécies de normas:


6.9.2.1. Negociais ou contratuais: se assemelham aos negócios jurídicos.
6.9.2.2. Normativas: se assemelham às leis.

6.9.3. Quanto à abertura a terceiros:


6.9.3.1. Abertos: os países que não participaram de sua elaboração, podem
participar.
6.9.3.2. Fechados: não admite adesão posterior.
6.9.3.3. Semiabertos: apenas alguns países atendem ao critério para ingressar.

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