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A função mais importante do esqueleto é sustentar a totalidade do corpo e dar-lhe forma.


    Torna possível a locomoção ao fornecer ao organismo material duro e consistente, que sustenta os tecidos
brandos contra a força da gravidade e onde estão inseridos os músculos, que lhe permitem erguer-se do chão
e mover-se sobre sua superfície.
    O sistema ósseo também protege os órgãos internos (cérebro, pulmões, coração) dos traumatismos do
exterior.
    O esqueleto é composto por ossos, ligamentos e tendões. O esqueleto humano é formado por 203 ou 204
ossos e se divide em cabeça, tronco e membros. Na face os ossos são: maxilares, zigomáticos, nasais, e a
mandíbula, único osso móvel da cabeça que serve para a mastigação. Em continuação do crânio está a
coluna vertebral que é formada pelas vértebras.    
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    As vértebras são uma série de anéis colocados sobretudo de maneira que o orifício central de cada uma
corresponda com o do superior e o do inferior, de tal maneira que no centro da coluna vertebral existe uma
espécie de conduto, pelo qual passa a medula espinal, órgão nervoso de fundamental importância. A
articulação que se interpõe entre uma vértebra e a vértebra seguinte permite a mobilidade de toda a coluna
vertebral, garantindo a esta a máxima resistência aos traumas. Entre uma vértebra e outra existem os discos
cartilaginosos que servem para aumentar a elasticidade do conjunto e atenuar os efeitos de eventuais lições.
As vértebras são 33 e não são todas iguais; as inferiores tem maior tamanho porque devem ser mais
resistentes para realizar um trabalho maior. As primeiras 7 (sete) vértebras se denominam cervicais; a
primeira se chama atlas e a segunda áxis. Em continuação das
cervicais estão 12 vértebras dorsais que continuam através das
costelas e se unem ao esterno, fechando a caixa torácica
mediante as cartilagens costais, protegendo os órgãos contidos
no tórax: coração, pulmões, brônquios, esófago e grandes vasos.
A coluna vertebral continua com as 5 vértebras lombares. A
estas, seguem-se outras 5 vértebras soldadas entre si, que
formam o osso sacro e, por último, as 4 ou 5 rudimentarias,
quase sempre soldadas entre si, que tomam o nome de cóccix ou
osso

caudal.                                                                                                                                        
      
    
    Os ossos dos membros superiores começam com o ombro formado pela cintura escapular, de forma
triangular, plana, e pela clavícula situada em frente da anterior, que é longa e curvada. A articulação do
ombro é bastante móvel, o que permite mover o braço em todas as direcções; esta articulação junto com a
do quadril é uma das mais importantes no corpo humano. O osso do braço é o úmero, longo e robusto; o
antebraço é formado pelos ossos: rádio e cúbito. O rádio termina no cotovelo com a articulação e o cúbito
apresenta (em correspondência com o cotovelo) um saliente que não permite ao antebraço pregar-se quando
está distendido em linha recta com o braço. Com os dois ossos do antebraço se articula na sua parte inferior
a mão, que é formada por uma série de 13 ossos pequenos: 8 são chamados ossos do carpo, são os que
formam o punho; 5 denominados metacarpos e que correspondem à superfície dorso-palmar da mão.
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    Os dedos da mão, estão formados pela primeira, segunda e terceira falanges (o polegar tem só dois). Os
membros inferiores estão unidos ao osso sacro por meio de um sistema de ossos que são denominados
cintura pélvica ou pélvis, que é formada pela fusão de três ossos: íleo, ísquio e púbis. Com a pélvis se
articula o fémur, osso do quadril que é o mais longo e mais robusto de todo o corpo. Na sua parte inferior o
fémur se une à tíbia e ao perónio, que são os dois ossos da perna. Esta união tem lugar na articulação do
joelho, do qual faz parte a rótula e os meniscos (dois discos cartilaginosos cuja rotura é muito frequente em
alguns esportistas). Interpostos entre os côndilos femurais, a tíbia e o perónio. Por último, aos ossos da
perna se articulam com os do pé: o calcâneo, o astrágalo, os ossos metatarsos, os dos dedos que têm três
falanges, excepto o primeiro que tem duas.
A Importância do Sono
É um total contra-senso o fato de que, num mundo em que cerca de 16 a 40% das pessoas em geral
sofrem de insônia, haja aquelas que, iludidas pelos valores da sociedade industrial, esforçam-se por
reduzir o número de horas de sono diário,. Com isso acreditam, provavelmente, que um corpo "treinado"
para dormir menos nos permita ampliar o número de "horas úteis" do dia, mantendo o mesmo
desempenho.
Pura ilusão ou, mais provavelmente, uma boa dose de ignorância sobre a importância que o sono tem no
funcionamento de nosso corpo e da nossa mente.
Dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários
processos metabólicos que, se alterados,  podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e,
mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor
físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infecções, à obesidade, à hipertensão e ao
diabetes .
Alguns fatos comprovados por pesquisas podem nos dar uma idéia da importância que tem o sono no
nosso desempenho físico e mental. Por exemplo, num estudo realizado pela Universidade de Stanford,
EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas foram submetidos a testes de atenção. Constatou-se que
eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8 g de álcool no sangue - quantidade equivalente a três
doses de uísque. Igualmente, tomografias computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono
mostram redução do metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planejar e de
executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse processo leva a dificuldades
na capacidade de acumular conhecimento e alterações do humor, comprometendo a criatividade, a
atenção, a memória e o equilíbrio.
O sono e os hormônios
A longo prazo, a privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono
que são produzidos alguns hormônios que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso
organismo. Por exemplo, o pico de produção do hormônio do crescimento (também conhecido como GH,
de sua sigla em inglês, Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do sono profundo,
aproximadamente meia hora após uma pessoa dormir.

As Fases do Sono
 

Fase Melatonina é liberada, induzindo o


1 sono(sonolência)

Fase Diminuem os ritmos cardíaco e


2  respiratório, (sono leve) relaxam-se os
músculos e cai a temperatura corporal

Fases Pico de liberação do GH e da leptina;


3 e 4  cortisol começa (sono profundo) a ser
liberado até atingir seu pico, no início da
manhã

Sono Sigla em inglês para movimento rápido


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REM dos olhos, é o pico da atividade cerebral,


quando ocorrem os sonhos. O
relaxamento muscular atinge o máximo,
voltam a aumentar as freqüências
cardíaca e respiratória

Qual é o papel do GH? Entre outras funções, ele ajuda a manter o tônus muscular, evita o acúmulo de
gordura, melhora o desempenho físico e combate a osteoporose. Estudos provam que pessoas que
dormem pouco reduzem o tempo de sono profundo e, em conseqüência, a fabricação do hormônio do
crescimento.
A leptina, hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, também é secretada durante o sono.
Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores
quantidades de leptina. Resultado: o corpo sente necessidade de ingerir maiores quantidades de
carboidratos.
Com a redução das horas de sono, a probabilidade de desenvolver diabetes também aumenta. A falta de
sono inibe a produção de insulina (hormônio que retira o açúcar do sangue) pelo pâncreas, além de elevar
a quantidade de cortisol, o hormônio do estresse, que tem efeitos contrários aos da insulina, fazendo com
que se eleve a taxa de glicose (açúcar) no sangue, o que pode levar a um estado pré-diabético ou,
mesmo, ao diabetes propriamente dito. Num estudo, homens que dormiram apenas quatro horas por
noite, durante uma semana, passaram a apresentar intolerância à glicose (estado pré-diabético).
Mas qual é a quantidade ideal de horas de sono? Embora essa necessidade seja uma característica
individual, a média da população adulta necessita de 7 a 8 horas de sono diárias. Falando em crianças, é
especialmente importante que seja respeitado um período de 9 a 11 horas de sono, uma vez que, quando
elas não dormem o suficiente, ficam irritadiças, além de terem comprometimento de seu crescimento
(devido ao problema já mencionado sobre a diminuição do hormônio do crescimento), do aprendizado e
da concentração.
É na escola que os primeiros sintomas da falta de sono são percebidos. O desempenho cai e a criança
pode até ser equivocadamente diagnosticada como hiperativa, em função da irritabilidade e de sua
dificuldade de concentração, conseqüentes da falta do sono necessário. É no sono REM, quando
acontecem os sonhos, que as coisas que foram aprendidas durante o dia são processadas e
armazenadas. Se alguém, adulto ou criança, dorme menos que o necessário, sua memória de curto prazo
não é adequadamente processada e a pessoa não consegue transformar em conhecimento aquilo que foi
aprendido. Em outras palavras: se alguém - adulto ou criança - não dorme o tempo necessário, tem muita
dificuldade para aprender coisas novas.
Riscos provocados pela falta de sono a curto prazo: cansaço e sonolência durante o dia, irritabilidade,
alterações repentinas de humor, perda da memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade,
redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, desatenção e dificuldade de
concentração.
Riscos provocados pela falta de sono a longo prazo : falta de vigor físico, envelhecimento precoce,
diminuição do tônus muscular, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver
obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastro-intestinais e perda crônica da memória.
 
Conselhos para Dormir Melhor
 À noite, procure comer somente alimentos de fácil digestão e não
exagerar nas quantidades
Evite tomar café, chás com cafeína (como chá-preto e chá-mate) e
refrigerantes derivados da cola, pois todos são estimulantes ("despertam").
 Evite dormir com a TV ligada, uma vez que isso impede que você
chegue à fase de sono profundo.
 Apague todas as luzes, inclusive a do abajur, do corredor e do
banheiro
 Vede bem as janelas para não ser acordado(a) pela luz da manhã
 Não leve livros estimulantes nem trabalho para a cama
 Procure usar colchões confortáveis e silenciosos
 Tire da cabeceira o telefone celular e relógios
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 Tome um banho quente, de preferência na banheira, para ajudar a
relaxar, antes de ir dormir
 Procure seguir uma rotina à hora de dormir, isso ajuda a induzir o
sono

A Autora
Dra. Regeane Trabulsi Cronfli, médica formada pela Faculdade de Medicina da USP, especialista em
Endocrinologia e Metabologia.
Tel. (11)3862-9351.
Cortesia de Árvore do Bem
SONO
xxxxxxO sono é um estado ordinário de consciência, complementar ao da vigília (ou estado desperto), em que há
repouso normal e periódico, caracterizado, tanto no ser humano como nos outros animais superiores, pela
suspensão temporária da atividade perceptivo-sensorial e motora voluntária. Trata-se de um processo ativo
envolvendo múltiplos e complexos mecanismos fisiológicos e comportamentais em vários sistemas e regiões do
sistema nervoso central.
xxxxxxSão identificados no sono dois estados distintos: o sono sincronizado, ou sono NREM, e o sono
dessincronizado, ou sono REM (do inglês, rapid eyes movement). O sono NREM é dividido em quatro fases ou
estágios, segundo o aumento da sua profundidade. Já o sono REM caracteriza-se pela dessincronização dos
potenciais (baixa amplitude e alta frequência das ondas cerebrais), episódios de movimentos oculares rápidos (daí a
sigla em inglês, REM) e atonia muscular. Além disso, este estágio é denominado também de sono dos sonhos, uma
vez que é o período no qual estes ocorrem.
xxxxxxEm um indivíduo normal, o sono NREM e o sono REM alternam-se ciclicamente ao longo da noite. O sono
NREM e o sono REM repetem-se a cada 70 a 110 minutos, com 4 a 6 ciclos por noite. A distribuição dos estágios de
sono durante a noite pode ser alterada por vários fatores, como: idade, ritmo circadiano, temperatura ambiente,
ingestão de drogas ou por determinadas patologias. Mas normalmente o sono NREM concentra-se na primeira parte
da noite, enquanto o sono REM predomina na segunda parte.
xxxxxxVárias funções são atribuídas ao sono. A hipótese mais simples é a de que o sono se destina à recuperação
pelo organismo de um possível débito energético estabelecido durante a vigília. Além dessa hipótese, outras funções
são atribuídas, especialmente ao sono REM, tais como: manutenção da homeostase, dos neurotransmissores
envolvidos no ciclo vigília-sono, consolidação da memória, termorregulação entre outras.
INSÔNIA
 O QUE É INSÔNIA?
XXXXCaracteriza-se de diversas maneiras, podendo ser uma dificuldade em iniciar o sono, ter muitos despertares
durante a noite, despertar muito cedo e não conseguir mais dormir, ou até mesmo, dormir uma quantidade normal,
porém acordar pela manhã mal, como se o sono não tivesse sido suficiente ou restaurador. Muitas pessoas referem
acordar cansadas, com dores no corpo, irritadas, desanimadas e mal humoradas.
 POR QUE ALGUMAS PESSOAS DORMEM MAL?
XXXXA insônia é a ponta de um enorme iceberg. Na realidade, a insônia é um sintoma e deve ser analisada sob três
aspectos: físico, psicológico e social. Doenças físicas, assim como situações de ansiedade, depressão e ingestão de
bebidas alcoólicas podem ocasionar noites mal dormidas. Problemas familiares, econômicos e profissionais podem
prejudicar o sono. Freqüentemente as insônias são agravadas ou podem ser decorrentes de hábitos errados que
adquirimos durante a vida. Geralmente é o conjunto de fatores que provocam dificuldades para dormir, sem falar na
predisposição para se ter insônia. Freqüentemente quem sofre de insônia tem familiares com o mesmo problema.
 COMO AS DOENÇAS FÍSICAS PODEM PROVOCAR INSÔNIA?
XXXXAtualmente as dificuldades respiratórias durante o sono são causas freqüentes de um sono de má qualidade.
São situações que podem provocar pequenas pausas respiratórias conhecidas como apnéia, que culminam em
curtos despertares. Como estes pacientes apresentam muitas apnéias e conseqüentemente muitos despertares,
podem achar que estão dormindo uma grande quantidade de horas de sono, porém acordam cansadas e sentirão
muita sonolência durante o dia. Doenças que causam dores, principalmente durante a noite, também podem
provocar insônia. Existe um quadro clínico, a fibromialgia, que predomina nas mulheres que se caracteriza por
pontos dolorosos em determinadas regiões do corpo, sono não reparador e depressão. Além de outras doenças
físicas como distúrbios hormonais, hiper e hipotireoidismo, algumas doenças psiquiátricas e neurológicas também
podem provocar insônia, como ansiedade, depressão, doença de Parkinson, derrames cerebrais e doença de
Alzheimer, conhecido pelo leigo como esclerose.
 O QUE É ANSIEDADE E QUAL A RELAÇÃO COM A INSÔNIA?
XXXX Ansiedade é o estado de muita tensão. É aquela situação de expectativa, a espera de um acontecimento em
nossas vidas, como uma viagem, um casamento, ou situações ruins, como uma conta para pagar, uma notícia ruim,
uma prova. Em certas situações é até normal que fiquemos ansiosos, porém passa a ser um problema quando
sentimos ansiedade sem saber o motivo, ou de maneira exagerada frente a situações normais da vida.
Freqüentemente existe uma relação de ansiedade com insônia, ou seja, ansiedade levando à insônia e as noites mal
dormidas gerando ansiedade na hora de ir para a cama. O ansioso geralmente demora para adormecer e quando
consegue pode apresentar muitos despertares no decorrer da noite.
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 COMO É O TRATAMENTO DA INSÔNIA?
XXXXO tratamento da insônia consiste no diagnóstico correto, tratamento da causa da insônia quando podemos
detectá-la, medidas psicológicas e medicamentosas corretas e também abordando hábitos de vida, procurando
resolver conflitos sociais que possam existir. O médico juntamente com psicólogos e assistentes sociais podem
abordar situações que gerem ansiedade, depressão, problemas familiares e profissionais. Estes profissionais estarão
orientando as pessoas com insônia a reconhecerem os seus sintomas, os seus hábitos, por vezes irregulares,
adquiridos por toda uma vida, e poderão através de técnicas especializadas proporcionar uma melhor qualidade de
vida. Nós não tratamos a insônia, mas sim o paciente com insônia.
APNÉIA
 O QUE É APNÉIA?
XXXXA apnéia/hipopnéia é definida como interrupção/diminuição do fluxo aéreo (respiração) que leva a queda do
oxigênio no sangue e a despertares.
 Existem três tipos de apnéias:
XXXX - Apnéia obstrutiva: quando o fluxo de ar é interrompido e a pessoa apresenta um esforço inspiratório que
interrompe o sono.
XXXX- Apnéia central: em que não ocorre fluxo nem esforço expiratório.
XXXX - Apnéia mista: onde ocorre a combinação das duas apnéias (inicialmente Apnéia Central seguida por
esforços expiratórios sem fluxo.
XXXXGeralmente estes eventos duram mais que 10 segundos e são considerados anormais quando ultrapassam a
freqüência de 5/hora. A apnéia pode ser um distúrbio provocado por alterações anatômicas e a diminuição de
atividade dos músculos dilatadores da faringe.
XXXXDentre as alterações anatômicas podem estar o aumento das adenóides e amígdalas - fatores principais de
distúrbios na infância. Em adultos uma pequena parte pode ter comprometimento anatômico óbvio como pólipos
nasais e anormalidades cranioencefálicas (do crânio ou do cérebro). A obesidade é um fator importante, agravando o
quadro da apnéia. Essas alterações levam ao estreitamento das vias respiratórias superiores gerando as apnéias.
XXXXNo caso da apnéia obstrutiva os sintomas mais freqüentes são: histórico de ronco alto, interrompido por
paradas respiratórias durante o sono (observadas por quem convive com a pessoa) a hipersonolência diurna.
Também podem ocorrer: sono agitado, noctúria, alterações de memória e raciocínio a impotência sexual.
XXXXA apnéia central, em contraste com a apnéia obstrutiva, geralmente aparece em pessoas que não são obesas,
sendo freqüentemente associada à insuficiência cardíaca congestiva.
 TRATAMENTO
XXXXExistem várias técnicas que são aplicadas nos tratamentos das apnéias, variando conforme o caso:
XXXX 1- Higiene do sono e emagrecimento
XXXX 2- Aparelhos de pressão positiva
XXXX 3- Tratamento medicamentoso
XXXX 4- Tratamento com aparelhos intra-oral
XXXX 5- Tratamento cirúrgico.
NARCOLEPSIA
 O QUE É NARCOLEPSIA
XXXXA Narcolepsia é um distúrbio de sono caracterizado por sonolência diurna excessiva, cataplexia e
anormalidades do sono REM. Sua prevalência é em torno de 0.02-0.18% na população em geral considerando
E.U.A, Europa e Japão, no Brasil ainda não há um estudo de prevalência da Narcolepsia. Esta prevalência equivale
a 1 caso da doença em cada 2000 pessoas e não é uma prevalência muito baixa sendo semelhante a prevalência da
esclerose múltipla ou da fibrose cística, patologias nas quais a frequência dos pacientes nas suas respectivas
clínicas é muito maior que a frequência de pacientes narcolépticos na clínica de sono.
XXXXEste fato se deve a narcolepsia ser uma patologia de difícil diagnóstico. Três dos quatro principais sintomas da
narcolepsia podem existir em outros distúrbios de sono ou mesmo em situações comuns na vida em geral. A
cataplexia e o único sintoma específico para a narcolepsia, mas em grande parte dos casos só aparece como
sintoma após o aparecimento da sonolência excessiva diurna. Na ausência de cataplexia o diagnóstico se torna
muito mais difícil, um questionário específico para a determinação da cataplexia já foi validado e é de uso corrente na
clínica de sono da Universidade de Stanford, EUA. Outro problema é que muitas vezes a cataplexia é confundida
com desmaios e a narcolepsia é interpretada como epilepsia pelo neurologista menos atento.
XXXXFatores genéticos estão envolvidos com o aparecimento da narcolepsia. Este distúrbio é muito associado a um
alelo do complexo maior de histocompatibilidade denominado DQ*0602, o qual pode ser utilizado também como uma
ferramenta de diagnóstico, embora a presença desse alelo não seja conclusiva, mas simplesmente um instrumento
de apoio ao diagnóstico.
XXXXA transmissão genética da narcolepsia em humanos não obedece as regras mendelianas, trata-se de uma
herança complexa, multifatorial na qual fatores ambientais t6em papel importante. Embora a maioria dos caos seja
esporádica e não familiar, o risco de um parente de 1° grau de um paciente narcoléptico ter o mesmo distúrbio é 40
vezes maior que na população em geral.
XXXXA narcolepsia também acontece em cães com uma sintomatologia muito parecida com a do Homem. Estudos
farmacológicos, fisiológicos e genéticos nesta espécie têm ajudado a desvendar os mecanismos cerebrais
envolvidos na gênese da narcolepsia. O gene para narcolepsia foi primeiramente encontrado em cães e depois
sequenciado em narcolépticos humanos. Se constatou que a mutação que acontece nos cães e causa a narcolepsia
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não ocorre em humanos, com raras exceções. A narcolepsia humana é causada pela falta da proteína hipocretina no
cérebro.
XXXXExperimentos usando o modelo canino mostram que um aumento na neurotransmissão colinérgica e
diminuição na noradrenérgica são possivelmente as bases fisiopatológicas da doença em adição a uma deficiência
nos sistema da hipocretina. Os medicamentos usados para tratar a narcolepsia; estimulantes do sistema nervoso
central e antidepressivos tricíclicos agem diretamente ou indiretamente através destes sistemas de
neurotransmissão. Os efeitos na inibição da recaptação da noradrenalina na fenda sináptica inibem de forma leve a
cataplexia e os fenômenos anormais associados ao sono REM na narcolepsia, enquanto os estimulantes em geral
agem diminuindo a sonolência através do sistema dopaminérgico. É bom ressaltar que estes tratamentos são
somente parcialmente efetivos e que provavelmente a descoberta da hipocretina como um agente preponderante no
estabelecimento da narcolepsia levará a criação ou a descoberta de uma droga mais efetiva no tratamento nos
próximos anos.
 TRATAMENTO
XXXXA narcolepsia é uma doença de certa forma benigna, porém o tratamento é prolongado. O objetivo do
tratamento é o controle dos sintomas, principalmente das crises de sono e da cataplexia (perda do tônus muscular),
com a administração de medicamentos, permitindo assim que o paciente mantenha suas atividades normais nos
campos profissionais e sociais.
XXXXComo medidas paralelas ao tratamento, recomenda-se alguns cochilos voluntários durante o dia para reduzir a
sonolência diurna.
XXXXDurante o tratamento, é de bom tom não exercer atividades de risco tais como dirigir ou manipular
equipamentos que exijam atenção contínua.
BRUXISMO
 O QUE É BRUXISMO
XXXXO Bruxismo é definido como um distúrbio caracterizado pelo ranger ou apertar dos dentes (como uma
mastigação) durante o período de sono. Sua causa ainda não foi definida complemente, porém, durante o Bruxismo,
as forças realizadas sobre a musculatura mastigatória e os dentes são excessivas produzindo sintomas musculares
e dentas, tais como: dor facial atípica, desconforto muscular principalmente ao morder, dores de cabeça, desgaste
dos dentes e danos às gengivas. Um sintoma típico o desgaste do esmalte dos dentes. É por isso mesmo que, em
geral, é o dentista que detecta primeiramente o bruxismo.
 TRATAMENTO
XXXX Existem vários tratamentos em estudo, mas, por enquanto, o mais recomendado é o aparelho intra-oral
confeccionado com resina acrílica chamado placa miorrelaxante. Esse tipo de tratamento proporciona uma posição
articular estável, protegendo os dentes e toda a estrutura de suporte dos mesmos (gengivas, maxilares, etc.).
Existem outros tipos de tratamento tais como o Bíofeedback e medicamentos. No entanto, mesmo que alguns
remédios possam reduzir a incidência do bruxismo, ainda não há comprovação científica suficiente para justificar seu
uso, especialmente a longo prazo.
SONAMBULISMO
 O QUE É SONAMBULISMO
XXXXTal como o terror noturno, o sonambulismo normalmente ocorre na infância. Caracteriza-se por falar, sentar e
falar, ou também por andar pelo quarto e até mesmo pelos ambientes da casa. O maior cuidado que se deve ter
nesses casos, e o acompanhamento do sonâmbulo e medidas de segurança para que não ocorra nenhum acidente
de maior gravidade com a criança.
 TRATAMENTO
XXXXNormalmente não necessita de tratamento, pois o sonambulismo, em geral, desaparece com o crescimento.
SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS
 O QUE É A SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS (RLS)?
XXXXUma irresistível necessidade de movimentar os membros inferiores, acompanhada de sensações de
arrastamento das pernas. Estes sintomas causam grande dificuldade para os indivíduos acometidos por essa
síndrome, já que esses movimentos de perna causam despertares, resultando assim na redução no período de sono
(Montplaisir et al., 1994).
O QUE SÃO MOVIMENTOS PERIÓDICOS DAS PERNAS (PLM) ?
XXXXSão a extensão rítmica dos membros inferiores, seguidas de uma dorso flexão do tornozelo, ocasionando uma
flexão dos joelhos e uma ativação motora generalizada dos MI. Os movimentos duram em média de 0,5 a 5
segundos ocorrendo com uma freqüência de um entre 20 a 40 segundos: Cada episódio do PLM pode ter a duração
de alguns minutos a algumas horas. Em geral causam despertares e uma diminuição da qualidade e eficiência de
sono e com maior incidência no terço inicial da noite (Bixler et al., 1982).

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