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EPIDEMIOLOGIA → Ele se manifesta em 50-70% dos pctes, mas praticamente 100% deles tem doença renal na ME.
As manifestações renais acontecem nos primeiros 2-5anos da doença.
Negros e hispânicos tem maior incidência de nefrite lúpica e doença + grave.
NL ocorre + em mulheres jovens (até pq o próprio LES é mais frequente em mulheres)
A doença renal é uma manifestação clínica frequente no LES e se desenvolve por ocasião do diagnóstico ou durante seguimento clínico
a médio prazo.
FISIOPATOLOGIA → Os glomérulos são os ppais alvos renais, mas tbm envolve o interstício e túbulos
Há formação de imunocomplexos circulantes (devido hiper-reatividade dos LB) que vão se depositar no glomérulo → Ativa o sistema
complemento (↓ complemento) com depósitos de C3, C4 e C1q → Indica envolvimento tanto da via alternativa quanto da clássica.
Com a ativação do complemento, há atração de céls inflamatórias → Inflamação, necrose e cicatrização
Além da deposição, há formação in situ de imunocomplexos.
Essas alterações se manifestam histologicamente como uma GN proliferativa (focal ou difusa) e, clinicamente, por um sedimento
urinário ativo, proteinúria e ↓ da função renal.
A histopatologia é mto diversificada e ainda tem a capacidade de mudança (em 15-40% dos casos), de evolução ou involução do padrão
histológico. Isso pode ocorrer de forma espontânea ou como resultado do tratamento realizado.
A presença de Ac anti-DNA dupla-hélice em pcte com LES está mto associada com desenvolvimento de lesão renal.
PATOLOGIA → As lesões histológicas renais no LES são heterogêneas e sujeitas a transformações no decorrer do seguimento a longo prazo.
A GN focal/segmentar e a GN proliferativa difusa são as formas + graves de envolvimento renal.
As lesões podem evoluir de um tipo p/ outro de forma espontânea ou pelo tto.
Na ME, tem depósitos eletrodensos mesangial em todos os padrões,
mas se esse depósito for mto grande, há ↑ da parede vascular e aparece Índices de Atividade Índices de Cronicidade
-hipercelularidade endocapilar -esclerose glomerular
na MO como “lesão em alça de arame” → mostra atividade e gravidade
-infiltrado de leucócitos -crescentes fibróticos
da doença. -depósitos hialinos subendoteliais -atrofia tubular
Necrose fibrinóide, lesões em “alça de arame”, crescentes epiteliais e IF -necrose fibrinóide e cariorréxis -fibrose intersticial
rica são achados típicos da nefrite lúpica. -crescentes celulares
-infiltrado intersticial
Índice de Atividade e Cronicidade → Devido a grande variabilidade
histológica encontrada na NL, mtos pesquisadores têm proposto um sistema semiquantitativo de graduação das lesões ativas,
potencialmente reversíveis, e das lesões cronificadas, que representam dano renal irreversível.
Um dos sistemas + utilizados é o que classifica as lesões ativas e cronificadas em, respectivamente, 6 e 4 parâmetros histológicos.
Cada parâmetro pode receber uma nota na escala de 1 a 3, exceto as crescentes epiteliais e a necrose fibrinóide, que, pela sua
importância prognóstica, recebem notas de 2 a 6.
Dessa forma, o IA (índice de atividade) pode ter valor de 0-24 e o IC (índice de cronicidade) de 0-12.
CLASSIFICAÇÃO → A OMS classificou a nefrite lúpica em 6 categorias, de acordo com as alterações encontradas na biopsia por microscopia
óptica, eletrônica e imunofluerencência.
Classe IV é a de pior prognóstico NOVA CLASSIFICAÇÃO DA NEFRITE LÚPICA PELA ISN E RPS
Classe DESCRIÇÃO
I Mesangial Mínima
Além das glomerulonefrites, pode ter nefrite
II Mesangial Proliferativa
tubulointersticial, doença vascular ou doença renal III Focal (<50% dos glomérulos)
associa ao LES induzido por drogas: A – Lesões ativas: Proliferação Focal
- Nefrite Tubulointersticial → Comum nos pctes com LES A/C – Lesões Ativas e Crônicas: Proliferativa e Esclerosante Focal
e quase sempre é vista junto com a glomerulonefrite. C - Lesões Inativas Crônicas com Cicatrizes: Esclerosante Focal
A gravidade dessa doença é importante sinal IV Difusa (>50% dos glomérulos)
A – Lesões ativas: Proliferação Difusa
prognóstico e está bem associada com HAS, ↑creatinina
A/C – Lesões Ativas e Crônicas: Proliferativa e Esclerosante Difusa
e piora clínica progressiva C - Lesões Inativas Crônicas com Cicatrizes: Esclerosante Difusa
V Membranosa
- Doença Vascular → Tbm é comum e interfere no VI Esclerosante Avançada
prognóstico
Há deposição de imunocomplexos nos vasos, microangiopatia trombótica → causa uma Sd. parecida com a púrpura
trombocitopênica idiopática (PTT) e vasculite.
Classe DESCRIÇÃO CARACTERÍSTICAS
I Glomérulos normais - Este estágio é pouco observado, pq o pcte que preenche os critérios p/ LES, geralmente, já tem algum grau
(MO, ME, IF) de lesão renal, no mínimo, classe II.
F - O exame de urina e Cr sérica estão normais, sem ou com mínima proteinúra.
O Mesangial (10-20%) - É a forma + leve e precoce de lesão renal, onde há alteração do mesângio dos glomérulos.
C II IIa – - Geralmente, há poucos achados clínicos → Proteinúria leve (<1g/24h) e hematúria discreta
A Imunodepósitos - Cr sérica e taxa de filtração glomerular normais.
I sem proliferação - Pode ter ↑Ac anti-DNA e ↓complemento sérico.
S - Raramente evoluem p/ Sd. nefrótica e insuf. renal.
IIb – Proliferação - Geralmente é benigno, a não ser que tenha a sobreposição de uma forma + grave.
mesangial - Nessa fase, não há tto espécífico indicado
- Há alterações proliferativas (hipercelularidade) focal (<50% dos glomérulos) e segmentar.
Proliferativa Focal e - Há mais depósitos subendoteliais. Tbm pode ter áreas de necrose
III Segmentar (10- - Geralmente tem HAS, proteinúria leve/moderada (>1g/24h) hematúria recorrente
20%) - 25% dos pctes tem Sd. nefrótica e /ou ↑ Cr sérica, em diversos graus de insuf. renal.
- A maioria evolui bem, sem sequelas. Mas parte pode evoluir p/ episódios repetidos de inflamação aguda ou
comprometimento progressivo (glomerulonefrite difusa, GEFS ou preogredir p/ classe IV).
- É a forma + grave e a lesão renal + comum pelo LES.
- Há alterações proliferativas globais em >50% dos glomérulos.
- Grande depósito subendotelial*, subepitelial, mesangial e áreas de necrose fibrinoide e formação de
IV Proliferativa Difusa crescentes
(40-60%) - Há ↑Ac anti-DNA e ↓complemento.
- Quase todos os pctes tem HAS, proteinúria nefrótica, hematúria macro, cilindrúria hemática e celular e
insuf. renal com retenção de escórias.
- Alguns pctes evoluem p/ Sd. da GNRP
D - Pode ser indistinguível da nefropatia membranosa idiopática, com espessamento da parede capilar
I glomerular e depósitos subepiteliais*, subendoteliais, mesangiais.
F - Geralmente, o pcte tem proteinúria nefrótica (>3,5g/24h), mas com hematúria micro, insuf. renal pouco
U V Membranosa expressiva e de evolução lenta.
S (10-20%) - Há edema, hipoproteinemia, hiperlipidemia (pior prognóstico), HAS,
A - Em 60% dos casos tem Sd. nefrótica franca → Se tiver ↑níveis lipídicos, há pior prognóstico
S - Manifestação trombótica é comum, ppmente trombose de veia renal.
- Pode ter consumo de complemento (≠ da idiopática)
- As alterações mais comuns são a esclerose glomerular.
VI - Esclerose global de + de 90% dos glomérulos.
Esclerosante - É um estágio final de lesão renal do LES, resultante de dano imunológico e não imunológico, devido ao ↓ nº
Avançada (5%) de néfrons funcionantes → É o estágio avançado das classes III, IV e V crônicas.
- Ocorre insuficiência renal progressiva, proteinúria, sedimento urinário sem mtas alterações.
- A imunossupressão não tem benefícios nessa fase.
-Testes sorológicos →*LES: VHS, PCR, frações do complemento, auto-Ac, imunocomplexos, citocinas
*Nefrite lúpica: - ↓ Complemento sérico total (CH50)
- ↓ C3 e C4
- ↑ anti-DNA dupla-hélice (está fortemente associado ao desenvolvimento renal)
Hipocomplementemia persistente tem sido associada com progressão da doença renal no LES, mas esta correlação nem sempre está
presente.
A atividade da doença renal deve ser monitorizada pelo ↑ dos níveis do anti-DNAds e pela ↓ dos níveis séricos do CH50 e C3, C4.
Indicação de Biopsia Motivo da Indicação
-Biópsia renal → Ela é capaz de Anormalidades leves no exame de urina, não Diferenciar entre Mesangial (II) ou Focal (III) de
avaliar a classe, os índices de sugestiva de uma classe específica, mas refratária Proliferativa Difusa oligossintomática (IV)
atividade e cronicidade renal, além a ↓ doses de prednisona (0,5mg/kg/dia)
de dar informações sobre o Proteinúria nefrótica com escórias normais Diferenciar Proliferativa difusa (IV) de Membranosa
prognóstico. (V)
Aumento lentamente progressivo das escórias Diferenciar Proliferativa difusa (IV) ou Membranosa
Mas, a biopsia não está indicada
(V) de Esclerosante avançada (VI)
em todos os casos.
Deve ser feita nos pctes c/ acometimento renal p/ confirmar o diagnostico e ver a classe histológica da nefrite → Isso é importante pq
elas tem prognóstico e tto diferentes.
Só há indicação se o resultado influenciar no tto, pq é um exame invasivo, que pode causar complicações sérias (hemorragia e
necessidade de nefrectomia
A apresentação clínica não se correlaciona com a gravidade dos achados histológicos.
Indicações de biopsia no LES: - Proteinúria >500mg/dia - Sedimento urinário ativo com hematúria e cilindros celulares
- LES não definido - Pcte com Sd. nefrótica
- Reavaliação risco/benefício do tto - Sedimento urinário persistentemente ativo msm com o tto
TRATAMENTO → O tto vai depender da lesão histológica subjacente, do grau de comprometimento da filtração glomerular e,
possivelmente, das notas atribuídas aos índices de atividade e cronicidade avaliados pela biópsia renal.
DIABETES MELLITUS
Critérios diagnósticos p/ DM →→
TTGO deve ser feita em todos os pctes cm glicemia de jejum entre 100-125
PATOLOGIA → O ppal tipo de lesão renal no DM é a glomeruloesclerose diabética → É um tipo especial de esclerose glomerular, com áreas
de expansão acelular da matriz mesangial, formando material amorfo PAS +, embrenhando-se entre as alças capilares.
Os glomérulos são os principais alvos renais do DM
Com a progressão da doença glomerular, outros locais renais podem ser atingidos, como: Sistema tubular, interstício e papila renal.
A hipertrofia glomerular e o espessamento da MBG são observados em quase todos os diabéticos, então, não é necessariamente
ameaça de evolução para a glomeruloesclerose.
Os glomérulos estão aumentados em volume, por alongamento das alças capilares.
O dano na barreira de filtração com ↓ e distorção dos podócitos, permite o extravasamento de proteínas, causando proteinúria.
A área de filtração declina proporcionalmente
A organização intraglomerular dos depósitos mesangiais PAS positivos causa 2 apresentações histológicas da ND:
- Glomeruloesclerose Difusa (75%): Se a distribuição for homogênea
- Glomeruloesclerose Nodular (25%): Se ocorrer sob a forma de nódulos intercapilares (nódulos de Kimmelstiel-Wilson - KW) que
são específicos da ND desde que excluídos amiloidose, GNMP e GN associada à doença de cadeia leve.
Com o tempo, a perda progressiva de glomérulos por esclerose global, associada à isquemia e fibrose tubulointersticial, leva aos poucos
ao estado de rins terminais.
3.Sorbitol → A glicose que penetra nas células é parcialmente convertida em sorbitol pela aldose redutase.
A hiperatividade desta via enzimática é importante na patogênese da catarata, retinopatia e Neuropatia, na ND ainda está em estudos.
4.Citoquinas e hormônios → Há ↑ produção de TGF-beta na ND e isso ajuda na proliferação mesangial e síntese de colágeno nos
glomérulos.
Fatores hormonais, como angiotensina II, GH (hormônio do crescimento) e IGF-l (fator de crescimento insuIina-símile), tbm possuem
um papel importante
- FATORES HEMODINÂMICOS
O ppal determinante da ND é o hiperfluxo renal que leva a uma hiperfiltração glomerular.
Essa hiperfiltração glomerular (TFG >125 ml/min) ocorre logo após o diagnóstico em 50% DM 1 e 40% DM 2
Quanto maior a TFG (pplmente >150 mI/min), maior a chance de se desenvolver ND
O ↑fluxo pela arteríola aferente causa hipertensão intraglomerular, que se reflete sobre as alças capilares, o que pode desesncadear a
esclerose do glomérulo.
A hiperfiltração glomerular nos diabéticos é totalmente dependente da hiperglicemia. Ela é logo com o adequado controle glicêmico.
Uma hipótese para explicar este fenômeno é o aumento da filtração de glicose:
↑↑ filtração
filtração de
de Dilatação
Dilatação da
da ↑ TFG
↑ Reabsorção ↑ Reabsorção Liberação de
glicose
glicose ee ↑↑ Volemia
Volemia arteríola
arteríola
de Glicose de Na e H2O PNA ↑↑ Natriurese
Natriurese
sódio no TCP aferente
- FATORES GENÉTICOS
Nem todos os pacientes com DM desenvolvem ND
O risco de ND aumenta de 30% p/ 70% em DM 1que possuem um irmão que teve ND
Negros possuem maior risco do que brancos.
Evidências recentes sugerem que pode haver polimorfismos no gene que codifica a ECA.
Pctes com ND apresentam maior prevalência de história familiar de HAS, cardiopatia isquêmica e da própria ND
DM 1 → 80% dos pctes c/ microalbuminúria nos primeiros 10 anos de DM, irão evoluir para formas mais avançadas de nefropatia.
DM 2 → O risco de progressão é menor (30-40%), pq a microalbuminúria pode estar ocorrendo por outra nefropatia (ex: nefroesclerose
associada a HAS).
A microalbuminúria ↑5x + a mortalidade cardiovascular, correlacionando-se com um perfil lipídico desfavorável.
A microalbuminúria pode representar um sinal de disfunção endotelial sistêmica, cursando com ↑ da permeabilidade da parede
vascular às partículas lipoprotéicas aterogênicas.
Além do DM, há outros fatores de risco para a microalbuminúria fixa: HAS, tabagismo, dislipidemia.
FASE 3- PROTEINÚRIA “MANIFESTA” (ND Declarada) → Qnd há excreção urinária de albumina >300 mg/24 horas, em pelo menos 2
amostras
No EQU já pode ter proteinúria.
A proteinuria evolui rapidamente e pode chegar a níveis nefróticos em poucos anos (>3,5g/24h)
Leva de 5-7anos desde a instalação da microalbuminúria até o aparecimento da proteinúria.
Com a glomeruloesclerose, a TFG começa a ↓ → Diminui 12ml/min/ano
É comum ter HAS, nesta fase, mesmo antes do desenvolvimento da azotemia (↑escórias nitrogenadas).
Tbm é comum o surgimento de edema periférico (1º sinal clínico). A patogenia ainda é pouco esclarecida, já que frequentemente corre
em pctes com proteinúria <3,5g /24h e sem hipoproteinemia.
Não é comum ter hipoalbuminemia
A proteinúria da ND continua elevada mesmo após a evolução para falência renal.
Sd. nefrótica → Quando há anasarca e proteinúria >3,5 g/24h.
A retinopatia tbm aparece nesta fase em 90% (DM 1) e em 60% (DM 2)
Se não houver retinopatia em pctes diabéticos com proteinúria ou Sd. nefrótica → Investigar outras glomerulopatias associadas.
Os pctes proteinúricos têm um pior prognóstico devido a maior incidência de eventos cardiovasculares (5x + do que não proteinúricos)
Determinantes da ↓ da TFG: PA, colesterol, tabagismo, glicemia, proteinúria >2g de proteínas totais/24h, lesão histopatológica renal
Sem intervenção terapêutica, em cerca de 7-10 anos estes pacientes necessitarão de terapia de substituição renal
Pctes com DM tipo 1 podem regredir as lesões renais histopatológicas após reversão para normoglicemia (transplante de pâncreas) →
Associação do controle glicêmico com a lentificação da disfunção renal
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS → Os sintomas clínicos são geralmente tardios, quando as possibilidades de intervenção são limitadas.
ND insipiente →
Perfil aterogênico, o que propicia o desenvolvimento de doenças cardiovasculares
Dislipidemia: ↑LDL, ↑apolipoproteína B1, ↑TGL, ↓HDL
Disfunção endotelial e hemostática: ↑fator VII, ↑ativador do inibidor do plasminogênio e do fibrinogênio
Alterações histopatológicas renais: espessamento da membrana basal glomerular, ↑volume mesangial
A microalbuminúria, por si só, é um fator de risco isolado para cardiopatia isquêmica e > mortalidade em pctes com DM
ND Declarada →
- HAS → É comum, identificada antes mesmo da ↓ acentuada da TFG
- Edema → Não relacionado a hipoalbuminemia
- Anasarca → Edema generalizado pode ocorrer mesmo s/ proteinúria nefrótica ou hipoalbuminemia
- Hipoglicemia → Em diabéticos insulino-dependentes, pq como a insulina era depurada pelos rins e a ↓ da TFG, ela não é mais ou é
pouco, então, isso ↑insulina sérica.
Neste momento, se diz que a hiperglicemia já pode ser autocontrolada pela nefropatia.
É por esse motivo, que se faz ajuste na dose da insulina em nefropatas → Pode-se ↓ a dose ou até suspender a medicação.
- Sd. Urêmica → Qnd TFG <15mL/min, ocorre sintomas urêmicos.
Eles são mal tolerados nos diabéticos, pq o DM e a SU agem sobre as mesmas estruturas → Dor da neuropatia, náusea, vômitos
(gastroparesia), hipercalemia mais precoce.
Por causa disso, os pctes História Natural e Patologia Sinais Manifestações Recomendações específicas
diabéticos vão + tempo de evolução Laboratoriais clínicas
precocemente para a terapia FASE DE -Hipertrofia ↑ TFG
HIPERFLUXO glomerular ↑Fluxo Nenhuma Controle Glicêmico
de substituição renal
(10anos) -Espessamento da sanguíneo renal
(diálise/transplante). MBG
Sintomas de SU → FASE MICRO Expansão acelular Microalbuminúria -Controle glicemia
Anorexia, náusea, vômitos, ALBUMINÚRICA da matriz (Alb/Cr >30mg/g) Nenhuma -IECA ou BRA
pericardite, polineuropatia (~5-10 anos) mesangial 2-3 amostras em -80% tipo 1 e 30-40% tipo 2
periférica de predomínio 3-6 meses irão evoluir
-Proteinúria - HAS -IECA ou BRA
sensitivo, encefalopatia FASE Glomerulo- >300mg/24h - Edema -Anti-hipertensivos
(convulsões, letargia ou PROTEINÚRICA esclerose difusa - ↑de potássio - Sd Nefrótica -Antilipêmicos
coma), dispneia, edema, (5-7 anos) nodular (eventual) -Dieta restrita em proteínas
derrames cavitários (ascite, - ↓TFG
derrame pleural e - HAS -IECA ou BRA
pericárdio), HAS de difícil FASE DE IRC Glomerulo- - Edema -Anti-hipertensivos
controle, hipercalemia c/ ↓ (~3-5 anos) esclerose ↑ do potássio - Sd Nefrótica -Antilipêmicos
avançada - Anemia -Dieta restrita em proteínas
generalizada da força
- Uremia incipiente
muscular e ↑ risco de
Rim terminal: ↑ Cr, Uréia, -Terapia de substituição renal
arritmias fatais, astenia e
FASE URÊMICA - Esclerose Fosfato, K, TGL Sd. Urêmica Franca -Hemodiálise
cansaço (pela anemia). glomerular ↓ Ca, -Diálise peritoneal
- Fibrose e atrofia Hemoglobina -Transplante Renal
DIAGNÓSTICO → tubulo-intersticial
- QC → Presença de DM, por
quanto tempo?
- Fundo de olho → Se houver retinopatia diabética, a nefropatia é pelo DM
- Biópsia Renal → Sempre que houver indícios clínico-laboratoriais de que a nefropatia do pcte pode não ser diabética, mas sim uma outra
causa associada.
Indicada, se: - Proteinúria for encontrada antes de 5 anos do diagnóstico do DM 1.
- Se houver hematúria dismórfica e/ou cilindros celulares (hemáticos e/ou Ieucocitários) no EAS.
- Pcte com preteinúria sem retinopatia diabética.
- Rins de tamanho reduzido, em vez de rins de tamanho normal ou aumentado (ausência de nefromegalia).
- Laboratoriais:
*Microalbuminúria → É o aumento da excreção urinária de albumina que é indetectável pelos métodos tradicionais.
Pode ser quantificada por 2 métodos diferentes:
a) Urina de 24h c/ dosagem direta superior a 30mg.
b) Urina coletada pela manhã c/ relação (albumina/creatinina) >30/mg/g → Esse é o + simples e é considerado o método de
escolha para o rastreamento.
*↑ Albumina / Creatinina
*Proteinúria (>300mg/dia) → A proteinúria detectada pelos métodos convencionais é o achado que marca definitivamente a evolução
p/ nefropatia diabética declarada
Uma pessoa normal pode ter até 150mg de proteína em 24h.
P/ albumina, o valor máximo considerado normal é de 30mg/24h.
A albuminúria entre 30-300mg/24h não é detectada pelos métodos convencionais como EQU, esse só é positivo qnd a excreção
urinária de albumina é >300mg/24h ou a de proteína total >500mg/24h.
P/ detectar a microalbuminúria, utilizam-se as técnicas do tipo radioimunoensaio ou ensaio imunoenzimático.
- Rastreamento da ND: - Todo pcte DM 1 >12 anos de idade, a partir de 5 anos do diagnóstico
- Todo pcte DM 2 já no momento do diagnóstico (devido a dificuldade em datar o início da doença).
Se houver proteinúria (confirmada numa 2ª amostra), sem hematúria e cilindros celulares → O pcte a princípio tem ND, já na fase III.
Se o EQU negativo p/ proteinúria (ppmente o exame de sedimento urinário) → Pesquisar microalbuminúria.
Pesquisa da microalbuminúria (+) na 1ª dosagem → Repetir o teste mais 3x num período de 3-6meses.
P/ ser considerada fixa, tem que dar (+) em 2 das 3 amostras.
Pesquisa de microalbuminúria (-)→ Rastreamento deve ser repetido anualmente.
Nos pctes com micro ou macroalbuminúria, é necessário medir a TFG anualmente p/ avaliar perda da função renal ou eficácia de
intervenção terapêutica.
TRATAMENTO → Recomenda-se uma estratégia de controle multifatorial, envolvendo medidas não-farmacológicas (↓o peso, atividade
física e cessar tabagismo), bem como tto agressivo da hiperglicemia, da microalbuminúria, da HAS e da hipercolesterolemia.
1. Controle Glicêmico → O controle rigoroso da hiperglicemia ajuda no prognóstico da doença. Ele ↓ incidência e evolução das lesões
As fases de maior benefício dessa estratégia são a pré-nefropática (Fase I) e a da microalbuminúria (Fase II).
Metas p/ o bom controle glicêmico → Glicemia pré-prandial e de jejum → 90-130mg/dL
Glicemia pós-prandial <180mg/dL
HbA1c <7% → tem ↓ acurácia na DRC, pq se confunde com a HbCa (carbamilada)
2. IECA e BRA → Podem prevenir ou retardar a evolução da microalbuminúria p/ proteinúria declarada, além de retardar a progressão das
fases mais avançadas da ND.
Os IECA e BRA dilatam preferencialmente a arteríola eferente, o que alivia a P intraglomerular (ppal fator deflagrador da
glomeruloesclerose e da proteinúria)
15% dos pctes com Sd. nefrótica e proteinúria maciça entram em remissão depois do uso de IECA
IECA ↓proteinúria e ↓ a queda da TFG → Seu uso é independente da presença de HAS
BRA: indicados em pacientes com DM tipo 2 e microalbuminúria
Em alguns pctes da fase II, eles podem reverter completamente a microalbuminúria.
A combinação de IECA e BRA pode ser superior ao seu uso isolado.
Ainda não se sabe a eficácia na profilaxia primária, então, se recomenda como profilaxia secundária, ou seja, nos diabéticos que
apresentam microalbuminúria, proteinúria ou IRC.
Cuidar nos pctes com Cr >2,5-3,0 mg/dl → A adm de IECA ou BRA pode precipitar IRA e/ou hipercalemia grave. Então, deve-se dosar
ureia, Cr e potássio sérico até 1 semana depois.
4. Restrição Proteica → A restrição proteica moderada (0,8g/kg/dia), retardou a ↓ da TFG em 75% (de 12 mL/min/ano p/ 3 ml/min/ano).
A restrição proteica moderada é sugerida pelo último consenso da ADA em pctes com ND.
Porém, é difícil p/ DM, pq já precisam têm dieta c/ restrição de carboidratos simples e gorduras saturadas
Pode ↓ a hiperfiltração, P intraglomerular e retardar a progressão da ND
5. Controle da Dislipidemia → A hipercolesterolemia pode se correlacionar com pior evolução e o tto pode ↓ a intensidade da proteinúria
Mas, com a insuficiência renal e alterações secundárias do metabolismo lipoproteico, a hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia são
comumente identificadas como consequência da ND, contribuindo significativamente p/ o ↑ da morbi/mortalidade cardiovascular.
Por esses 2 motivos, o tto da hipercolesterolemia nesses pctes deve ser precoce e agressiva
Pq ela pode causar ou exacerbar ND ou RD. O objetivo é manter TGL<150mg/dL, CT <200mg/dL, LDL <100mg/dL
6. Controle de distúrbios endócrinos e metabólicos que ocorrem com a progressão da doença → Anemia, hipervolemia, hiperfosfatemia,
hipocalcemia, hipercalemia, hiperlipidemia, acidose metabólica.
8. Transplante Renal → A sobrevida é de 5 anos em 75 e 83%, enquanto nos pctes tratados com diálise a sobrevida é de aprox. 25%.
Além disso, há mais benefícios relacionados à qualidade de vida.
Condições para Transplante → Na avaliação da elegibilidade p/ transplante, o rastreamento de doença coronariana com testes não
invasivos (teste ergométrico ou cintilografia miocárdica) é mto importante, devido ↑ prevalência desta patologia (~40%) na população de
diabéticos em programa de diálise.
Se confirmadas por coronariografia, e não passíveis de intervenção, o transplante renal deve ser contraindicado.
A recorrência da ND no rim transplantado é praticamente universal e pod ser prevenida ou retardada pelo controle da glicemia e da PA.
• Colagenoses → - LES
- Esclerodermia
- Sd. do Ac antifosfolipido
- Sd. deSjögren
- Artrite Reumatoide → Por acometimento direto da doença, desenvolvimento de amiloidose secundária ao estado
inflamatório crônico ou devido medicações nefrotóxicas do tto.