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05/09/2019 Confea - Legislação

Ref. SESSÃO: Sessão Plenária Ordinária 1.401


Decisão Nº: PL-0923/2013
Referência:PT CF-3051/2012
Interessado: Universidade Federal de Uberlândia

Ementa: Estabelece que os egressos do curso de Engenharia Mecatrônica da Universidade Federal de


Uberlândia devem receber, após o devido cadastro do curso, conforme o estabelecido pelo Anexo III da
Resolução nº 1.010, de 2005, o título de ENGENHEIRO DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO e as atribuições
relacionadas no art. 7º da Lei n° 5194, de 1966, para o desempenho das atividades discriminadas no art. 1º
da Resolução nº 427, de 1999, e dá outras providências.

O Plenário do Confea, reunido em Brasília no período de 26 a 28 de junho de 2013, apreciando a Deliberação


nº 223/2013-CEAP, que trata do registro profissional e concessão de atribuições aos egressos do curso de
Engenharia Mecatrônica, ministrado pela Universidade Federal de Uberlândia, com a solicitação de inserção
do título de Engenheiro Mecatrônico na tabela de títulos profissionais do Sistema Confea/Crea, adotada pela
Resolução nº 473, de 2002, e considerando que a solicitação de cadastro do curso e de inclusão de títulos
profissionais deve seguir o rito disposto na Decisão Plenária nº 0423, de 2005, que aprova a sistemática
para inserção de novos títulos profissionais e de títulos existentes no cadastro dos Conselhos Regionais na
Tabela de Títulos Profissionais do Sistema Confea/Crea; considerando que verificando nos autos, constata-se
que o curso possui carga horária de 3.960 horas e foi reconhecido por meio da Portaria MEC/SESu 508, de
2008, não obstante atualmente este curso não constar do Sistema e-MEC, para essa instituição (consta,
entretanto, o curso de Engenharia de Controle e Automação); considerando que o Crea-MG não atendeu aos
requisitos de análise e apreciação exigidos pela Decisão Plenária nº 0423, de 2005, notadamente em seus
itens de 2.2 a 2.5, no que tange à análise do Projeto Pedagógico, à análise curricular e á caracterização do
título profissional, posto que para tanto entendeu ter sido atendidas tais exigências por meio de documentos
sem assinatura aparentemente apresentados pela interessada, e que tratam de forma genérica sobre a
caracterização da atividades afetas à engenharia mecatrônica, não versando sobre o curso efetivamente em
tela; considerando que em se tratando de formação acadêmica que abrange conhecimentos específicos de
duas modalidades profissionais, quais sejam a modalidade Mecânica e Metalúrgica, e a modalidade Elétrica,
ambas do grupo Engenharia, sua apreciação deveria também ser efetuada por todas as câmaras
especializadas afetas a tais campos do conhecimento, o que não foi seguido pelo Regional, já que somente a
Câmara de Mecânica e Metalúrgica figura como julgadora nos autos; considerando que o Confea já fora
questionado várias vezes quanto aos corretos procedimentos de cadastramento dos cursos e títulos
acadêmicos de Engenharia Mecatrônica, constante dos cursos oferecidos de várias instituições de ensino
superior país afora; considerando que, neste viés, é necessário compreender a completa distinção entre
título acadêmico, concedido pelo sistema educacional, e título profissional, concedido pelo Sistema
Confea/Crea, entendimento consolidado tanto na Lei nº 5.194, de 1966, quanto na Lei nº 9.394, de 1996,
conforme apontado pela própria Assessoria jurídica do Crea-MG; considerando que para subsidiar o
julgamento pelo Plenário do Confea, nesta questão, a antiga Gerência de Assistência aos Colegiados – GAC,
atual Gerência Técnica – GTE, exarou o parecer nº 578/2009-GAC/ATE, em que efetuou uma detalhada
apreciação do histórico da Engenharia Mecatrônica e da Engenharia de Controle e Automação, das distinções
e semelhanças técnicas e de conteúdo destes cursos, chegando-se à conclusão que ainda que haja distinção
nas nomenclaturas, fundamentalmente contêm em seus conteúdos programáticos os mesmos
conhecimentos, matérias e abrangências técnicas e de conteúdo, mesmo a autonomia universitária
permitindo a constituição de cursos com pequenas variações de aprofundamento e perfil do egresso;
considerando que, no que tange aos procedimentos para cadastramento dos cursos de graduação em
Engenharia Mecatrônica, o Confea editou, ainda que em consulta específica do Crea-BA, mas com
entendimento válido para todos os Creas, a Decisão Plenária nº 1910, de 2010, que estabelece
explicitamente, in verbis: “Registrar os egressos dos cursos de graduação em Engenharia Mecatrônica com o
título Engenheiro de Controle e Automação (Código 121-03-00) com as competências e as atribuições
profissionais constantes do art. 7º da Lei nº 5.194, de 1966, e do art 1º da Resolução nº 427, de 1999”;
considerando que a interessada e o Regional, como se depreende dos autos, têm conhecimento sobre o
extrato normativo transcrito acima e solicitam a revisão de seus entendimentos pelo Confea sem,
entretanto, apresentar qualquer fundamentação que incida sobre as razões de sua edição em si, sem
apreciação dos autos do processo que levaram a tal entendimento, apenas apresentando textos acadêmicos
sobre a caracterização da Engenharia Mecatrônica; considerando ainda que não se trata de pedido de
reconsideração da Decisão Plenária nº 1910, de 2010, posto que a interessada não se constitui como parte
legítima para tal questionamento, podendo entretanto o próprio Crea-MG solicitar tal reconsideração, desde
que adotado o rito e forma adequados para tal tipo de contestação, e assim sendo, nos atemos à apreciação
do pleito específico de cadastramento de curso e inclusão de título profissional; considerando que já houve
várias manifestações acerca do tema, e que, majoritariamente, estas se inclinam para o entendimento de
concessão unificada do título de Engenheiro de Controle e Automação, tanto para os egressos de graduandos
em Engenharia de Controle e Automação, quanto para os graduados em Engenharia Mecatrônica;
considerando que a partir de tal entendimento para a concessão de títulos nestes casos, a atual
caracterização do egresso do curso de Engenharia Mecatrônica da Universidade Federal de Uberlândia vem
ocorrendo com a concessão de título divergente do estabelecido pela Decisão Plenária nº 1910, de 2010,
qual seja o título de ‘Engenheiro Mecânico - Automação e Sistemas’ em vez do título de ‘Engenheiro de
Controle e Automação’; considerando que o mesmo ocorre na concessão das respectivas atribuições
profissionais, uma vez que têm sido concedidas as atribuições pelo art. 12 da Resolução nº 218, de 1973;
considerado que a concessão das atribuições do art. 12 da Resolução nº 218, de 1973, aos egressos nesta
situação, constitui-se como equívoco, uma vez que apesar do título profissional distinto, estes profissionais
passam a gozar de atribuições idênticas às de um Engenheiro Mecânico, o que o impede de atuar nas áreas
de sua formação mais afetas à modalidade elétrica, notadamente no que tange a sistemas eletrônicos,
eletrotécnica, informática, automação e controle, entre outras; considerando, portanto, a jurisprudência do
Sistema Confea/Crea, quanto ao cadastramento dos cursos de Engenharia Mecatrônica; considerando que o
presente curso deve ser cadastrado à luz do Anexo III da Resolução nº 1.010, de 2005; considerando o
Parecer nº 1651/2012-GTE, DECIDIU, por unanimidade: 1) Estabelecer que os egressos do curso de
normativos.confea.org.br/ementas/imprimir.asp?idEmenta=52311&idTiposEmentas=&Numero=&AnoIni=&AnoFim=&PalavraChave=&buscarem= 1/2
05/09/2019 Confea - Legislação
Engenharia Mecatrônica da Universidade Federal de Uberlândia devem receber, após o devido cadastro do
curso, conforme o estabelecido pelo Anexo III da Resolução nº 1.010, de 2005, o título de ENGENHEIRO DE
CONTROLE E AUTOMAçãO (Código 121-03-00) e as atribuições relacionadas no art. 7º da Lei n° 5194, de
1966, para o desempenho das atividades discriminadas no art. 1º da Resolução nº 427, de 1999. 2)
Determinar que o Crea-MG seja oficiado com a informação da plena vigência dos entendimentos exarados
pela Decisão Plenária nº 1910, de 2010. 3) Determinar que esse entendimento seja encaminhado a todos os
Creas, de modo que se mantenha a unidade de entendimento e isonomia de tratamento a tal questão
também nos demais Estados e no Distrito Federal. Presidiu a sessão o Diretor JOAO FRANCISCO DOS
ANJOS. Presentes os senhores Conselheiros Federais ANA CONSTANTINA OLIVEIRA SARMENTO DE
AZEVEDO, DANIEL ANTONIO SALATI MARCONDES, DARLENE LEITAO E SILVA, DIRSON ARTUR FREITAG,
DIXON GOMES AFONSO, GUSTAVO JOSÉ CARDOSO BRAZ, IBÁ DOS SANTOS SILVA, LUZ MITSUAKI SATO,
MARCELO GONÇALVES NUNES DE OLIVEIRA MORAIS, MARCOS VINICIUS SANTIAGO SILVA, MELVIS
BARRIOS JUNIOR e WALTER LOGATTI FILHO.

Cientifique-se e cumpra-se.

Brasília, 28 de junho de 2013.

Eng. Civ. José Tadeu da Silva


Presidente

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