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DEIVINSON BIGNON

TEXTOS SELECIONADOS

# BRINDE # NATAL 2014 #


2014 © Deivinson Gomes Bignon

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


BIGNON, Deivinson. Textos selecionados: Brinde Natal 2014. Rio de
Janeiro: Contextualizar, 2014.

Gerência editorial e de produção | Editora Contextualizar


Capa | Deivinson Bignon

1ª edição: Dezembro/2014

É proibida a reprodução total ou parcial do texto deste livro por


quaisquer meios (mecânicos, eletrônicos, xerográficos, fotográficos
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TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 5

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO | 7

1 | SEU ESTILO DE VIDA PODE SER MAIS ALEGRE | 9

2 | MAR EM FÚRIA! | 15

3 | O BOM PERFUME DE CRISTO | 19

4 | O SENHOR DOS SONHOS | 23

5 | NATAL: EXPRESSÃO DO AMOR DE DEUS | 27


6 | DEIVINSON BIGNON
TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 7

APRESENTAÇÃO

Este livreto que você tem em suas mãos é uma coletânea espe-
cial de alguns textos meus, publicados na Revista Vida Cristã. Espero
que eles possam edificar a sua vida neste Natal e em todo o ano de
2015.

Paz e bênçãos!

Boas festas!

São Gonçalo (RJ), 25 de Dezembro de 2014.

Deivinson Bignon
Márcia Cristina Bignon
Mércia Barboza
8 | DEIVINSON BIGNON
TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 9

1 | SEU ESTILO DE VIDA PODE SER MAIS ALEGRE


Apesar das lutas e dos sofrimentos da vida, o cristão pode
experimentar as vitórias prometidas ao que crê

ser humano busca a felicidade a todo custo. Sendo assim,

O
algumas pessoas entendem que só poderão ser plenamente
felizes se estiverem alegres. Mas como alguém pode estar
sempre alegre vivendo num mundo tão estressante como o
nosso? Há fatores psicológicos que entram em jogo e, in-
conscientemente, determinam o estilo de vida que escolhe-
mos – seja ele alegre ou triste.
Na verdade, é impossível viver sem enfrentar momentos de
tristeza e frustração. Portanto, o modo como lidamos com os pro-
blemas define o quanto somos afetados por eles. Vamos observar
aqui a atitude de um gigante da fé. O apóstolo Paulo, quando estava
preso em Roma esperando o seu próprio julgamento, escreveu a car-
ta aos filipenses, que ficou conhecida como a carta da alegria. Nela, o
apóstolo aos gentios recomendou com insistência: “Regozijai-vos,
sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Filipenses 4.4).
Como Paulo pôde permanecer alegre se estava acorrentado
numa prisão fria e desconfortável? De que maneira nós também po-
demos ficar jubilosos quando as circunstâncias ao redor não nos con-
vidarem a sorrir? O segredo está no modo como a nossa mente pro-
cessa a realidade. Os estudiosos do comportamento humano definem
a alegria como um estado de júbilo interior, de euforia e contenta-
mento. Por não entender bem esta definição, muita gente confunde
alegria com uma excitação ocasional por causa de aquisições materi-
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ais ou divertimentos. Essas pessoas vivem aparentemente felizes,


dando risada dentro dos seus carrões importados ou dizendo coisas
empolgantes sobre as viagens que fizeram. Mas, por estarem longe
de Deus, muitas escondem um vazio tremendo em seu coração por-
que buscaram a alegria em fontes erradas, cavando “cisternas rotas”
(Jeremias 2.13).

Momentos de tristeza
Entenda que a verdadeira alegria não é traduzida em momen-
tos alegres, mas sim num estilo de vida alegre. Agora veremos o que a
Bíblia diz sobre os momentos de tristeza – como podem afetar a fé do
cristão verdadeiro. As Sagradas Escrituras ensinam que o mundo todo
está mergulhado no maligno (1 João 5.19). Quando usou esta expres-
são, o apóstolo João se referiu ao fato de que o sistema mundano
está comprometido com o plano de destruição espiritual do ser hu-
mano criado pelo diabo. Por isso, ao olhar ao seu redor, por certo,
você verá muita dor e sofrimento na alma das pessoas.
Veja o que diz Jó sobre a miséria humana: “O homem, nascido
da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação” (Jó 14.1).
Observe a correria da vida moderna, fazendo com que a maioria das
pessoas viva em função do relógio correndo de um lado para o outro.
Por causa disso, várias doenças atacam de maneira assustadora. O
trânsito caótico leva a humanidade ao estresse e isso reflete na quan-
tidade de vidas ceifadas por conta dos problemas do coração. Os nos-
sos poucos dias são cheios de inquietação por um único motivo: a
deterioração causada pelo pecado em toda a criação (Romanos 1.24-
32; 8.19-23). Devido a esta calamidade universal causada pelo peca-
do, até mesmo o cristão sincero enfrenta tribulações em sua vida.
Alguns servos de Deus chegam inclusive a lutar contra a depressão
psicológica. Veja a oração do salmista. Procure entender a sua angús-
tia: “Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apode-
raram de mim; encontrei aperto e tristeza” (Salmo 116.3). Mesmo
confiando no Senhor, sentiu os cordéis da morte o agarrarem e caiu
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em depressão. Mas encontrou a resposta logo no verso 4: “Então,


invoquei o nome do SENHOR, dizendo: Ó SENHOR, livra a minha al-
ma!”.
Os cristãos passam por provas e lutas, ainda que sejam sinceros
servos de Cristo. Como Jesus mesmo disse: “Tenho-vos dito isso, para
que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom
ânimo; eu venci o mundo” (João 16.33). O fato de sermos filhos de
Deus não nos livra de passar por privações ou lutas. Mas, de acordo
com a Bíblia, cada uma dessas lutas é o modo de o Senhor nos tratar.
É na batalha que o soldado é forjado e preparado para as grandes
vitórias, porque o Senhor “corrige o que ama e açoita a qualquer que
recebe por filho” (Hebreus 12.6).
Esta é uma verdade dura de nós compreendermos porque nin-
guém gosta de sofrer, muito menos de ser açoitado por Deus! Mas
precisamos entender que o Senhor nos conhece melhor do que nós
mesmos – e Ele sabe o que é melhor para o nosso crescimento na fé.
Jó falou sobre a importância da disciplina divina: “Eis que bem-
aventurado é o homem a quem Deus castiga; não desprezes, pois, o
castigo do Todo-poderoso” (Jó 5.17). Seu testemunho foi confirmado
mais tarde, nestas palavras: “Bem-aventurado é o homem a quem tu
repreendes, ó SENHOR, e a quem ensinas a tua lei” (Salmo 94.12).

Glória após o sofrimento


Quero chamar a sua atenção para uma revelação maravilhosa:
Tiago e Pedro testemunharam da glória que está disponível àqueles
que sofrem por amor do Senhor: “Eis que temos por bem-
aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e
vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito miseri-
cordioso e piedoso” (Tiago 5.11). Tiago refere-se às bençãos duplica-
das que Jó recebeu das mãos de Deus. Aquele homem havia perdido
tudo: seus bens materiais, filhos e saúde. Mas, no final, ele foi vitorio-
so, pois recebeu duas vezes mais a quantidade de bênçãos que possu-
ía antes. O mesmo acontece hoje com o cristão sincero que suporta
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com humildade a correção do Senhor: quando passar pela prova,


receberá bênçãos sem medida em sua vida!
Veja ainda o que Pedro afirmou: “Se, pelo nome de Cristo, sois
vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espí-
rito da glória de Deus” (1 Pedro 4.14). É importante você lembrar que
o Espírito da glória de Deus só repousa no cristão que está sendo
perseguido pelo nome de Cristo. Há várias pessoas que passam por
lutas decorrentes de seus próprios erros e se dizem perseguidos por
causa de Cristo. Isto não é verdade! As bênçãos estão reservadas
somente àqueles que verdadeiramente sofrem por amor a Cristo.
Quando o cristão sincero fraqueja na fé por causa de alguma
luta, o Espírito Santo vem em seu socorro e o exorta à luz da Palavra
de Deus: “...não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a
vossa força” (Neemias 8.10). Essa é uma alegria diferente, porque
independe das circunstâncias nas quais vivemos. Essa alegria vem
diretamente de Deus, quando Ele se revela como o nosso “socorro
bem presente na angústia” (Salmo 46.1). Ao longo de toda a Bíblia,
encontramos relatos de momentos terríveis de provação suportados
pelos servos do Senhor. Mas Deus os abençoou, derramando sobre
eles a “paz que excede todo o entendimento” (Filipenses 4.7). Esta
alegria especial está disponível também para você!
A Bíblia fala da fé inabalável e da unção de alegria e exultação
que sustentou o profeta Habacuque na terrível expectativa de pade-
cer pela fome, numa calamidade nacional (Habacuque 3.17,18). O
verbo exultar possui um significado muito forte. Exultar é bradar de
alegria, pois a pessoa que está exultante não consegue se conter,
tamanha a unção de alegria que recebeu do Senhor. Jesus usou este
mesmo verbo quando profetizou sobre as perseguições futuras a seus
discípulos: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão
nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de
vós” (Mateus 5.12). Portanto, alegre-se, ainda que cometam injusti-
ças contra você e o persigam por causa do testemunho de Jesus. Te-
nha a mesma atitude dos apóstolos quando encararam a perseguição:
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“Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de te-


rem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus”
(Atos 5.41).

Unção de alegria
Que fé é esta que motivou os servos de Deus do passado a se
regozijarem diante da mais dura perseguição? Essa mesma fé susten-
tou Paulo e Silas na prisão, após terem sido açoitados cruelmente
(Atos 16.25). Aqueles servos de Deus estavam acorrentados no tron-
co, que era um instrumento romano de prisão e tortura, formado por
uma armação de madeira com uma série graduada de buracos nos
quais eram colocados os pés, obrigando o preso a manter as pernas
abertas, numa posição dolorosa. Nesta situação extrema, Paulo e
Silas ousaram louvar a Deus. Que testemunho extraordinário diante
dos prisioneiros e do carcereiro! Após o terremoto operado por Deus,
todos os presos ainda permaneceram imóveis como se fossem está-
tuas. Ninguém havia fugido. O milagre aconteceu porque a alegria do
Senhor invadiu aquela prisão e contagiou a todos os presentes. Ale-
luia!
Paulo desenvolveu o tema da alegria nas tribulações ao ponto
de afirmar aparentes paradoxos. Ele disse que os apóstolos viviam
“como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enrique-
cendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo” (2 Coríntios
6.10). Como alguém pode ser contristado e, ao mesmo tempo, estar
sempre alegre? Isso acontece porque a visão de mundo do apóstolo
foi transformada para abençoar a outros. É importante lembrar aqui,
que esta postura ministerial trazia verdadeiro regozijo espiritual para
Paulo. Assim, confira: “Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e
na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo,
que é a igreja” (Colossenses 1.24).
Pode haver alguma alegria em perder todos os bens materiais?
A Bíblia fala de cristãos com uma fé tão firme em Deus que foram
capazes de ter gozo espiritual quando tiveram todos os seus perten-
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ces roubados: “Porque também vos compadecestes dos que estavam


nas prisões e com gozo permitistes a espoliação dos vossos bens,
sabendo que, em vós mesmos, tendes nos céus uma possessão me-
lhor e permanente” (Hebreus 10.34). O que motivou aqueles cristãos
a abrirem mão de suas possessões terrenas foi a certeza de que esta-
vam salvos em Cristo para receberem uma recompensa futura, no céu
(Hebreus 11.10,13-16,26,35; 13.14; Mateus 5.11,12; 6.19-21; Roma-
nos 8.18).
Vou terminar este texto com uma promessa maravilhosa feita
àqueles que sofrem provas severas por amor a Cristo: “Amados, não
estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como
se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes
participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da
sua glória vos regozijeis e alegreis” (1 Pedro 4.12,13). Pregando o
evangelho aos gentios, Paulo experimentou todo tipo de aflições.
Cristo sofreu na cruz para fazer expiação pelo pecado e o apóstolo
aos gentios experimentou com alegria alguns sofrimentos, necessá-
rios para transmitir essas boas novas a um mundo perdido. Paulo agiu
assim porque ele sabia que a sua alegria só seria, de fato, completa
quando fosse transformado e depois revestido da glória de Cristo (2
Coríntios 5.2,4).
Há abundante alegria para você que hoje está semeando com
lágrimas (Salmos 126.5,6). Continue perseverando diante das tribula-
ções. Ainda que você chore durante uma noite inteira, tenha a certe-
za de que a alegria do Senhor virá pela manhã (Salmo 30.5).
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2 | MAR EM FÚRIA!
Ouse louvar a Deus no meio de suas tempestades

ocê já passou por alguma tempestade? É claro que sim! Todos

V
nós enfrentamos momentos tempestuosos. Na vida, há diver-
sos tipos de tormenta: na família, no emprego, na igreja etc.
Mas o melhor lugar para se observar uma tempestade é bem
longe dela, em segurança. Quando estamos dentro da tor-
menta, no olho do furacão, a adrenalina injetada em nosso
sangue colore o ambiente com pânico; exalamos o medo em cada
poro de nosso corpo; só temos um pensamento pulsando desespera-
damente: sair o mais rápido possível dali. No coração da tempestade,
sequer temos a dimensão exata do problema com o qual estamos
lidando.

A tempestade perfeita
O filme Mar em fúria (The Perfect Storm, 2000), dirigido por
Wolfgang Petersen, com George Clooney (Capitão Billy Tyne), Mark
Wahlberg (Bobby Shatford), Diane Lane (Christina Cotter) e Karen
Allen (Melissa Brown) no elenco, ilustra bem o modo como o ser hu-
mano encara o perigo desproporcional. Baseado em fatos reais, o
filme revive outubro de 1991, quando uma tempestade de propor-
ções gigantescas formou-se no litoral do Atlântico Norte. No meio
dessa tormenta, os personagens, a bordo de um barco de pesca, pas-
saram por momentos incrivelmente aterrorizantes. Com ondas do
tamanho de prédios de dez andares e ventos de quase 300 km/h,
poucas pessoas a viram e sobreviveram para contar a história.
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Ao assistir esse filme, repare no rosto dos tripulantes quando


encararam as ondas monstruosas. Havia paz ali? Havia descanso
quando o barco estava à deriva na maior tempestade da história?
Jesus Cristo também enfrentou uma tempestade; uma tormenta e-
norme no mar da Galileia. Mas a Sua atitude no olho do furacão foi
bem diferente da que costumamos ter. Em Marcos 4.35-41 você lerá
uma passagem muito intrigante.
O verso 38 denuncia a diferente visão de mundo dos discípulos
e de Jesus. “E Jesus estava na popa, dormindo sobre o travesseiro;
eles o despertaram e lhe disseram: Mestre, não te importa que pere-
çamos?” (v. 38). A popa é a seção traseira de uma embarcação. Neste
aconchegante cantinho, Jesus ressonava. Seu peito expandia e retraía
num ritmo muito diferente do resto da tripulação. As ondas bravias,
os relâmpagos e os estrondos amedrontadores, a chuva abundante e
os gritos histéricos dos entendidos do mar não foram suficientes para
tirar a paz de quem ousava dormir no meio da tormenta.

A reação às tempestades
Apavorados, os discípulos só conseguiam ver o barco como seu
próprio túmulo. Por instantes que pareciam eternos, eles não perce-
beram que lá atrás, num cantinho esquecido, estava o único ser hu-
mano que sabia serenar nas horas mais improváveis. Jesus via o barco
como um berço para repousar.
Uma pergunta intrigante: por que Jesus dormia? A resposta
emerge do caos: quando os homens perdem o controle do barco,
Cristo se revela no comando da tempestade. Ele dormia porque co-
nhecia o Seu próprio poder e autoridade. “E ele, despertando, repre-
endeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aqui-
etou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim,
tímidos? Como é que não tendes fé?” (v.39,40).
A serenidade de Jesus é contagiante. Quando somos acorda-
dos, de repente, de um sono profundo com o mundo pegando fogo
ao nosso redor, não acordamos com bom humor. Jesus não apenas
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dormia em paz, mas também despertou com uma atitude de quem


realmente tem o controle de suas próprias emoções. Os discípulos
estavam em pânico, só enxergavam o barco, à deriva, castigado vio-
lentamente pelas ondas. Jesus se importou primeiro em ter as Suas
emoções em perfeito controle para só depois atacar o mal pela raiz.
Ele sabia que a solução não estava no controle do barco, mas na tem-
pestade que precisava ser acalmada.
A pergunta mais improvável emergiu do já extinto caos e não
quer calar ainda hoje: “Como é que não tendes fé?”. Para marinheiros
profissionais, vencer uma tempestade bravia no mar da Galileia con-
trolando um barquinho simples de pesca não é uma tarefa fácil, mas
possível. No entanto, quem pode controlar o próprio mar? A frieza da
tempestade simboliza a crueldade da morte. A morte pode ser venci-
da? Sim! Não por homens experientes na vida, mas pelo Senhor das
circunstâncias. Ao dar ordem ao vento e ao mar, Jesus demonstrou
Seu perfeito controle sobre as piores circunstâncias humanas. Simbo-
licamente, esta passagem já demonstrava o poder do Senhor sobre a
própria morte – “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra”
(Mateus 28.18; compare com João 11.25; 1 Coríntios 15.17-19).

O poder de Jesus
Os discípulos conheciam o poder do mar, por isso sentiram
medo. Entretanto, eles não conheciam o poder de Jesus – “E eles,
possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que
até o vento e o mar lhe obedecem?” (v. 41).
Aqueles apavorados marinheiros tiveram de aprender que
“...teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus
6.13). Pedro descobriu mais tarde que Jesus, “depois de ir para o céu,
está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades,
e poderes” (1 Pedro 3.22). João, o discípulo amado, anos depois, de-
clarou: “...maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo” (1 João 4.4).
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E você? Como costuma enfrentar as suas próprias tempesta-


des? A canção Praise You in this Storm (Eu te louvarei nessa tempes-
tade), de Casting Crowns, tem os seguintes versos: “Eu te louvarei
nessa tempestade/ E levantarei minhas mãos/ Por tu seres quem és/
Não importa onde eu esteja/ Cada lágrima que eu chorar/ Tu seguras
minhas mãos/ Tu nunca me abandonas/ E ainda que meu coração
esteja partido/ Eu te louvarei nessa tempestade”.
Ouse louvar ao Senhor com calma e confiança no meio das suas
tempestades!
TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 19

3 | O BOM PERFUME DE CRISTO


Perfume suavemente o seu ambiente com a Palavra de Deus

erfumistas estão constantemente tentando desenvolver a

P
fragrância permanente. Dizem que a do jasmim é a que mais
perdura. Ahmed (leia “arrmed”) Soliman, da cidade do Cairo,
Egito, disse que para fabricar 28 gramas do perfume de jas-
mim é preciso encher uma sala de botões ainda florescendo,
impecáveis. Segundo ele, uma vez destilada, a fragrância é
eterna. Em Luxor, no sul do Egito, um arqueólogo achou um túmulo
antigo no qual uma princesa foi sepultada há centenas de anos. Junto
ao sarcófago estava um vaso cheio de jasmim. Embora o vaso já esti-
vesse quebrado, ainda se podia perceber o perfume que emanava
dele.

Flores cheirosas, mas imperfeitas


Você é uma bela flor que nasceu para pensar os pensamentos
do Jardineiro da vida. Sua mente deveria ser apenas o prolongamento
da mente de Cristo – “Nós, porém, temos a mente de Cristo” (1 Corín-
tios 2.16). Entretanto, há momentos em que você não consegue exa-
lar adequadamente o perfume do Senhor em seus pensamentos e
atitudes, embora, de acordo com 2 Coríntios 2.15, sejamos, para com
Deus, o bom perfume de Cristo. Então você acha que é uma flor mur-
cha, muito aquém do que poderia ser, clamando desesperadamente
pela ajuda do Jardineiro fiel. Na verdade, todos nós, pequenas flores
humanas, convivemos em certa medida com imperfeições capazes de
nos envergonhar perante o perfeito Jardineiro da vida. No jardim do
20 | DEIVINSON BIGNON

Senhor, não existem plantas perfeitas e vigorosas por si mesmas, mas


pequenas flores imperfeitas que se esforçam para produzir o mais
agradável perfume possível para o seu sensível Jardineiro.
Paulo sintetizou bem este dilema de todo cristão com as se-
guintes palavras: “Porque nem mesmo compreendo o meu próprio
modo de agir; pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto” (Ro-
manos 7.15). O que ele quis dizer com isso? Analisando o contexto,
você poderá perceber que o apóstolo se referia a uma crise sem pre-
cedentes que se instalara em sua vida no momento da conversão: a
eterna luta entre a sua consciência espiritual e os seus desejos huma-
nos pecaminosos. Veja ainda o que ele afirmou: “Porque, no tocante
ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus
membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me
faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros” (versos
22 e 23).
Parece incrível que um servo de Deus da envergadura do após-
tolo Paulo tenha tido a coragem de demonstrar publicamente as suas
fraquezas de uma forma tão sincera e contundente. Apesar de não
saber com detalhes sobre a extensão do espinho na carne que o a-
tormentava, é de causar perplexidade o modo como ele reconheceu
sua dependência do supremo Jardineiro – “E, para que não me enso-
berbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho
na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que
não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afas-
tasse de mim. Então, ele me disse: ‘A minha graça te basta, porque o
poder se aperfeiçoa na fraqueza’. De boa vontade, pois, mais me glo-
riarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”
(1 Coríntios 12.7-9).

Flores cultivadas pelo Senhor


Entenda que viver a vida cristã é muito mais que meramente se
tornar um evangélico ou ligar-se a uma igreja. É entregar diariamente
a sua vida a Cristo, permitindo que Ele nos ajude a enfrentar a barra
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pesada do dia a dia, os problemas, as alegrias, as tristezas e os sofri-


mentos. Ser cristão é confiar em Jesus como Salvador; é querer viver
como Ele viveu; é obedecê-lo e seguir o Seu exemplo e os Seus ensi-
nos registrados nas Santas Escrituras.
Em Atos 11.26, vemos que, em Antioquia, os discípulos foram
pela primeira vez chamados cristãos. E eles foram chamados assim
porque o tema principal da sua conversa era o Senhor – em suma,
eles viviam em função de Jesus. As Escrituras indicam que a Palavra
de Deus transmite o poder necessário para que a vida cristã seja uma
realidade e esteja sempre fortalecida para enfrentar as lutas diárias.
Assim como a alimentação sustenta o físico, a Palavra do Senhor sus-
tenta a vida espiritual. A respeito disso, vale ler os textos de Jeremias
15.16 e Mateus 4.4.
Como flores do Jardim do Senhor, a nossa parte no desenvol-
vimento da vida cristã é ler, estudar, digerir e assimilar a nutrição
espiritual da Palavra de Deus; vivendo sob a direção do Espírito Santo,
que nos aponta o único exemplo perfeito: Jesus Cristo. O Mestre dis-
se: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e
eu vos aliviarei” (Mateus 11.28). Todos os que aprenderam a viver a
vida cristã com certeza colocaram o Senhor em primeiro lugar. Jesus
espera ter a primazia em nossa escala de valores – “Quem ama seu
pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama
seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim” (Ma-
teus 10.37).
Sim, o Senhor espera uma dedicação total ao cumprimento da
Sua vontade. Isso traz uma alegria profunda, uma satisfação que não
se pode descrever, uma paz que está acima de todas as turbulências
que ameaçam a serenidade. E isso não representa apenas um benefí-
cio pessoal, mas vai nos ajudar a revelar o amor de Cristo a outras
pessoas e anunciar o poder Salvador ao mundo todo. E mais – por
onde formos, um maravilhoso perfume de influência acompanhará os
nossos passos. O apóstolo Paulo descreveu essa bênção, chamando-a
de cheiro de vida para vida (2 Coríntios 2.16).
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O meu desejo é que Jesus viva através de você, tornando sua


vida um suave perfume. Então, abra o seu coração e deixe Jesus viver
plenamente em você.
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4 | O SENHOR DOS SONHOS


A história de José nos ensina sobre a fidelidade dos sonhos de Deus

s diminutos sonhos humanos jamais poderão ser compara-

O
dos à imensidão dos sonhos de Deus. Mas houve um homem
que ousou alcançar o inalcançável e sonhar os sonhos do
Senhor para a sua geração. Descubra quem foi o servo de
Deus conhecido como “o senhor dos sonhos”...
“E dizia um ao outro: Vem lá o tal sonhador!” (Gênesis
37.19).
Os sonhos humanos nem sempre são compatíveis com os de
Deus, que estão sempre além das melhores expectativas humanas.
Nós ousamos sonhar apenas com o que está ao alcance da nossa limi-
tada visão; mas Deus enxerga além do que podemos imaginar, alar-
gando os estreitos horizontes de nossa experiência terrena. Entretan-
to, o que fazer quando há evidências de que os sonhos de Deus diver-
gem frontalmente dos anseios do homem? Pode um ser mortal atin-
gir a meta proposta por alguém que é eterno? A mente humana pers-
crutará algum dia os sonhos de Deus?

O pastor Martin Luther King Jr.


No dia 28 de agosto de 1963, numa manifestação de protesto
em Washington DC, o reverendo Martin Luther King Jr. pronunciou o
seu histórico discurso, intitulado “Eu tive um sonho”. Sua voz vibrante
rasgou a mortalha do preconceito racial, erguida por seres humanos
que não sonhavam os sonhos de Deus. Os evangélicos daquela nação
orgulhavam-se de conhecer o Senhor e de servi-lo todos os fins de
24 | DEIVINSON BIGNON

semana; mas só um pastor teve coragem suficiente para pagar o a-


margo preço de dizer a todos que o seu coração sangrava pelos direi-
tos dos negros. Teria ele ousado sonhar o sonho de Deus?
No dia 4 de abril de 1968, cinco anos após aquele memorável
pronunciamento que ajudou a mudar a história dos Estados Unidos,
ele foi assassinado com um tiro na cidade de Memphis. O sonho de
Luther King da igualdade racial foi maior do que a sua frágil vida. O
seu sangue fertilizou as bases da futura dilaceração de um regime
totalmente anticristão, tristemente perpetuado por uma nação que
se dizia cristã. Quantas vozes sonhadoras como a deste herói da resis-
tência negra ainda se atrevem a bradar em nossa geração atual?

Quem foi o “senhor dos sonhos”?


A Palavra de Deus está repleta de sonhos e sonhadores. Os he-
róis da Bíblia, entretanto, não se descortinam diante de nós como
semideuses perfeitos, mas apenas como seres humanos que, embora
falhos, venceram sua própria mediocridade pela fé e romperam todas
as barreiras que se levantaram contra os propósitos do Senhor. Vários
destes personagens sonharam os sonhos de Deus, mas só um marcou
a sua geração como o “senhor dos sonhos”.
Em Gênesis 37.19, José do Egito é chamado com deboche por
seus irmãos de “sonhador”. Em hebraico, a expressão ba’al halom
significa literalmente “senhor dos sonhos”, como se eles tivessem
dito: “Lá vem o grande sonhador, o senhor de todos os sonhos!”. O
curioso é que José realmente sonhava os sonhos de Deus. No versícu-
lo 8 daquele capítulo, as Escrituras registram o ódio dos irmãos por
causa dos seus sonhos estranhos. Até mesmo o seu pai, Jacó, espan-
tou-se com os sonhos esquisitos do seu filho predileto, conforme o
verso 10. Inocente da inveja inconsequente e mortal de seus irmãos,
José ousou falar sobre os sonhos e pagou um preço altíssimo para
poder sonhá-los.
Em Jeremias 23.28, está escrito: “O profeta que tem sonho
conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha pa-
TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 25

lavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o tri-
go?, diz o Senhor”. Este versículo nos traz uma lei muito importante
sobre a proclamação das palavras de Deus. Quem ousa falar em no-
me do Senhor deve ter certeza absoluta de que suas palavras sejam
mesmo o trigo substancial da mensagem de Deus, e não a palha dos
devaneios do coração do profeta. Caso haja alguma dúvida, o profeta
deve ser honesto e relatar seu sonho apenas como sonho, sem valori-
zá-lo como um oráculo de Deus.
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras
dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperan-
ças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Se-
nhor” (Jeremias 23.16). José sabia falar a linguagem dos sonhos. Por
isso, Deus Se revelou a ele e confidenciou o seu futuro – uma trajetó-
ria de prosperidade, na qual até os seus pais e irmãos se inclinariam
diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi
perseguido pela inveja dos seus irmãos. Teve sua túnica de várias
cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para
que seu pai pensasse que ele havia morrido. Apesar disso, José possi-
bilitou que a história de Israel fosse de glória e libertação.

Alargue sua visão


A história de José ensina-nos sobre a fidelidade dos sonhos de
Deus, que quando são implantados em nosso coração superam os
reveses e transformam a nossa história. Existem aqueles que se di-
zem irmãos, mas são verdadeiros assassinos dos sonhos que o Senhor
colocou em nosso coração. Precisamos estar atentos, pois os sonhos
de Deus jamais morrerão em nós. Não podemos deixar que o Espírito
do Senhor se extinga em nosso ser: “Não extingais o Espírito”, diz a
Palavra (1 Tessalonicenses 5.19). Há pessoas que só se preocupam
com o que vão comer no dia seguinte. São mesquinhas e desprovidas
de sonhos.
Temos que passar pela vida com a visão de que ela é eterna e
que as sementes que plantamos hoje serão colhidas ao longo dos
26 | DEIVINSON BIGNON

anos – e, principalmente, na eternidade. O sonhador sempre colhe o


que semeia. José passou por apertos, injustiças e até prisões, mas
seus sonhos foram suficientes para que até seus ossos passassem 400
anos no Egito, atravessassem o deserto com Moisés, por 40 anos, e
fossem enterrados na Terra Prometida, por Josué: “Pela fé, José, pró-
ximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como
deu ordens quanto aos seus próprios ossos” (Hebreus 1.22). Isso que
é visão! Ele desfrutou da prosperidade dos seus sonhos em vida, mas
nem a morte fez os seus sonhos pararem de semear boas sementes.
Então, creia que nós somos uma geração de sonhadores e construa
uma cultura de sonhos realizados na unção do Espírito Santo de Deus.
Seja você também o “senhor dos sonhos” de Deus!
TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 27

5 | NATAL: EXPRESSÃO DO AMOR DE DEUS


A vinda do Salvador ao mundo é prova da iniciativa do Pai para
salvar a humanidade

“I
MPOSSÍVEL!”, diriam muitos dos que não são cristãos ao sa-
ber os detalhes sobre o nascimento de Jesus. Acham que não
é científico crer que uma virgem poderia conceber e dar à luz
um filho. Alguns dos que não creem usam até mesmo uma controvér-
sia linguística tirada do hebraico, trocando a palavra “virgem” (almah)
por “jovem” (betulah).
Por certo, Aquele que criou o espantoso processo da reprodu-
ção humana seria capaz de também fazer que uma moça ainda vir-
gem concebesse e desse à luz Jesus. Se Deus criou o Universo e as
suas leis precisas, Ele também pôde usar um óvulo de Maria para
gerar um Filho humano perfeito. Mas o que motivou Deus a fazer
este milagre?

O milagre do Natal
Um homem trouxe a ruína e a desgraça para a humanidade.
Junto com Adão, todos nós dissemos um sonoro “não” aos planos
perfeitos do Pai para o nosso próprio futuro. Mas o Eterno sempre
nos amou tanto que tomou imediatamente a iniciativa de resgatar a
intimidade perdida com a humanidade. E a parte mais bela deste
planejamento de Deus para nos resgatar teve o seu início no Natal.
O piedoso José era noivo de Maria na época em que ela ficou
grávida. Num sonho, o anjo de Deus explicou a José o motivo maravi-
lhoso de sua noiva virgem estar grávida (Mateus 1.20,21). O nome
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Jesus, Yeshuah em hebraico, significa “O Senhor é Salvação”. Faz-nos


lembrar a necessidade de sermos salvos do pecado e da morte, e de
Deus prover tal salvação mediante o Senhor Jesus.
A execução deste plano maravilhoso foi possível porque uma
moça muito dedicada à meditação da Palavra de Deus disse “sim”
quando um anjo a visitou com uma proposta de Deus.
“O anjo Gabriel veio até mim. Desceu do trono de Deus. Caiu
como relâmpago, como um pilar de fogo atingindo o chão embora
ainda preso ao céu. Eu estava em pé sobre as montanhas em Nazaré,
e não conseguia me mexer. O relâmpago falou, e sua voz era seu tro-
vão: - Alegra-te, bem aventurada! O Senhor é contigo! Caí sentada no
chão” (WANGERIN, Walter. O Livro de Jesus. São Paulo: Mundo Cris-
tão, 2006. p. 46).
O primeiro homem, Adão, pecou. Por causa disto todos os seus
descendentes nasceram imperfeitos, com a tendência de violar as leis
de Deus (Romanos 5.12). Como poderiam os descendentes de Adão
ser salvos do pecado e alcançar a perfeição? Teria de surgir outra vida
humana perfeita, de valor correspondente à de Adão, para equilibrar
a balança da justiça divina. Foi por isso que Jesus nasceu e Deus per-
mitiu que Seus inimigos o matassem (João 10.17,18; 1 Timóteo 2.5,6).
Após a Sua ressurreição e ascensão para retomar a vida celestial, Ele
podia dizer com confiança: “... estive morto, mas eis que estou vivo
pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno”
(Apocalipse 1.18).

Jesus, antes de nascer


A concepção de Jesus no ventre de Maria não era o começo da
Sua vida: “Desci do céu”, Ele falou claramente (João 6.38; compare
com João 8.58). Jesus havia vivido no reino celestial desde o começo
da criação. A Bíblia o descreve como “o Verbo de Deus” (João 1.1).
Jesus presenciou no céu a rebelião de um anjo mal que fez os primei-
ros humanos agir contra o amor de Deus. Isso deu a Jesus o motivo
mais importante para querer nascer como ser humano.
TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 29

O motivo principal do nascimento de Jesus na Terra foi, como


Ele mesmo disse, “a fim de dar testemunho da verdade” (João 18.37).
Fez isso para mostrar com palavras e ações que o reino de Deus é
totalmente justo e que a sujeição a Ele resulta em felicidade duradou-
ra. Jesus explicou também que veio ao mundo para dar a Sua vida
humana como resgate em troca de muitos, abrindo o caminho para
que humanos pecadores pudessem obter a perfeição e a vida eterna
(Marcos 10.45; João 19.10).

Deus ainda cria milagres


O que Deus faz quando dizemos “sim” a Ele? Ele ainda hoje cria
milagres. Aliás, Ele tem sempre Seus planos e tudo o que Ele deseja é
uma resposta afirmativa daqueles que o servem.
Com seu “sim” a Deus, a jovem Maria foi instrumento do Se-
nhor para a realização do primeiro Natal. Esse “sim” veio acompa-
nhado, em sua vida pessoal, de muitas tribulações e desafios, onde
ela própria engravidou do Espírito Santo durante o noivado, deixando
seu noivo José perplexo, desconfiado e disposto a largá-la. Mas Deus
foi fiel.
A jovem Maria deu mais do que o próprio útero a Deus. Ela deu
o seu coração também. Através desta doação generosa de Maria,
Deus deu à humanidade o maior presente: Jesus!
Quem hoje dirá “sim” a Deus para que o milagre continue se
multiplicando? Quem está disposto a doar generosamente a própria
vida a Ele para que nasçam neste mundo os milagres planejados pelo
Senhor?
“Ó Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti e louvarei o teu
nome, porque tens feito maravilhas e tens executado os teus conse-
lhos antigos, fiéis e verdadeiros” (Salmo 25.1).
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