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TEXTOS SELECIONADOS
1ª edição: Dezembro/2014
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TEXTOS SELECIONADOS # BRINDE # NATAL 2014 | 5
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO | 7
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APRESENTAÇÃO
Este livreto que você tem em suas mãos é uma coletânea espe-
cial de alguns textos meus, publicados na Revista Vida Cristã. Espero
que eles possam edificar a sua vida neste Natal e em todo o ano de
2015.
Paz e bênçãos!
Boas festas!
Deivinson Bignon
Márcia Cristina Bignon
Mércia Barboza
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O
algumas pessoas entendem que só poderão ser plenamente
felizes se estiverem alegres. Mas como alguém pode estar
sempre alegre vivendo num mundo tão estressante como o
nosso? Há fatores psicológicos que entram em jogo e, in-
conscientemente, determinam o estilo de vida que escolhe-
mos – seja ele alegre ou triste.
Na verdade, é impossível viver sem enfrentar momentos de
tristeza e frustração. Portanto, o modo como lidamos com os pro-
blemas define o quanto somos afetados por eles. Vamos observar
aqui a atitude de um gigante da fé. O apóstolo Paulo, quando estava
preso em Roma esperando o seu próprio julgamento, escreveu a car-
ta aos filipenses, que ficou conhecida como a carta da alegria. Nela, o
apóstolo aos gentios recomendou com insistência: “Regozijai-vos,
sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos” (Filipenses 4.4).
Como Paulo pôde permanecer alegre se estava acorrentado
numa prisão fria e desconfortável? De que maneira nós também po-
demos ficar jubilosos quando as circunstâncias ao redor não nos con-
vidarem a sorrir? O segredo está no modo como a nossa mente pro-
cessa a realidade. Os estudiosos do comportamento humano definem
a alegria como um estado de júbilo interior, de euforia e contenta-
mento. Por não entender bem esta definição, muita gente confunde
alegria com uma excitação ocasional por causa de aquisições materi-
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Momentos de tristeza
Entenda que a verdadeira alegria não é traduzida em momen-
tos alegres, mas sim num estilo de vida alegre. Agora veremos o que a
Bíblia diz sobre os momentos de tristeza – como podem afetar a fé do
cristão verdadeiro. As Sagradas Escrituras ensinam que o mundo todo
está mergulhado no maligno (1 João 5.19). Quando usou esta expres-
são, o apóstolo João se referiu ao fato de que o sistema mundano
está comprometido com o plano de destruição espiritual do ser hu-
mano criado pelo diabo. Por isso, ao olhar ao seu redor, por certo,
você verá muita dor e sofrimento na alma das pessoas.
Veja o que diz Jó sobre a miséria humana: “O homem, nascido
da mulher, é de bem poucos dias e cheio de inquietação” (Jó 14.1).
Observe a correria da vida moderna, fazendo com que a maioria das
pessoas viva em função do relógio correndo de um lado para o outro.
Por causa disso, várias doenças atacam de maneira assustadora. O
trânsito caótico leva a humanidade ao estresse e isso reflete na quan-
tidade de vidas ceifadas por conta dos problemas do coração. Os nos-
sos poucos dias são cheios de inquietação por um único motivo: a
deterioração causada pelo pecado em toda a criação (Romanos 1.24-
32; 8.19-23). Devido a esta calamidade universal causada pelo peca-
do, até mesmo o cristão sincero enfrenta tribulações em sua vida.
Alguns servos de Deus chegam inclusive a lutar contra a depressão
psicológica. Veja a oração do salmista. Procure entender a sua angús-
tia: “Cordéis da morte me cercaram, e angústias do inferno se apode-
raram de mim; encontrei aperto e tristeza” (Salmo 116.3). Mesmo
confiando no Senhor, sentiu os cordéis da morte o agarrarem e caiu
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Unção de alegria
Que fé é esta que motivou os servos de Deus do passado a se
regozijarem diante da mais dura perseguição? Essa mesma fé susten-
tou Paulo e Silas na prisão, após terem sido açoitados cruelmente
(Atos 16.25). Aqueles servos de Deus estavam acorrentados no tron-
co, que era um instrumento romano de prisão e tortura, formado por
uma armação de madeira com uma série graduada de buracos nos
quais eram colocados os pés, obrigando o preso a manter as pernas
abertas, numa posição dolorosa. Nesta situação extrema, Paulo e
Silas ousaram louvar a Deus. Que testemunho extraordinário diante
dos prisioneiros e do carcereiro! Após o terremoto operado por Deus,
todos os presos ainda permaneceram imóveis como se fossem está-
tuas. Ninguém havia fugido. O milagre aconteceu porque a alegria do
Senhor invadiu aquela prisão e contagiou a todos os presentes. Ale-
luia!
Paulo desenvolveu o tema da alegria nas tribulações ao ponto
de afirmar aparentes paradoxos. Ele disse que os apóstolos viviam
“como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enrique-
cendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo” (2 Coríntios
6.10). Como alguém pode ser contristado e, ao mesmo tempo, estar
sempre alegre? Isso acontece porque a visão de mundo do apóstolo
foi transformada para abençoar a outros. É importante lembrar aqui,
que esta postura ministerial trazia verdadeiro regozijo espiritual para
Paulo. Assim, confira: “Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e
na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo,
que é a igreja” (Colossenses 1.24).
Pode haver alguma alegria em perder todos os bens materiais?
A Bíblia fala de cristãos com uma fé tão firme em Deus que foram
capazes de ter gozo espiritual quando tiveram todos os seus perten-
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Ouse louvar a Deus no meio de suas tempestades
V
nós enfrentamos momentos tempestuosos. Na vida, há diver-
sos tipos de tormenta: na família, no emprego, na igreja etc.
Mas o melhor lugar para se observar uma tempestade é bem
longe dela, em segurança. Quando estamos dentro da tor-
menta, no olho do furacão, a adrenalina injetada em nosso
sangue colore o ambiente com pânico; exalamos o medo em cada
poro de nosso corpo; só temos um pensamento pulsando desespera-
damente: sair o mais rápido possível dali. No coração da tempestade,
sequer temos a dimensão exata do problema com o qual estamos
lidando.
A tempestade perfeita
O filme Mar em fúria (The Perfect Storm, 2000), dirigido por
Wolfgang Petersen, com George Clooney (Capitão Billy Tyne), Mark
Wahlberg (Bobby Shatford), Diane Lane (Christina Cotter) e Karen
Allen (Melissa Brown) no elenco, ilustra bem o modo como o ser hu-
mano encara o perigo desproporcional. Baseado em fatos reais, o
filme revive outubro de 1991, quando uma tempestade de propor-
ções gigantescas formou-se no litoral do Atlântico Norte. No meio
dessa tormenta, os personagens, a bordo de um barco de pesca, pas-
saram por momentos incrivelmente aterrorizantes. Com ondas do
tamanho de prédios de dez andares e ventos de quase 300 km/h,
poucas pessoas a viram e sobreviveram para contar a história.
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A reação às tempestades
Apavorados, os discípulos só conseguiam ver o barco como seu
próprio túmulo. Por instantes que pareciam eternos, eles não perce-
beram que lá atrás, num cantinho esquecido, estava o único ser hu-
mano que sabia serenar nas horas mais improváveis. Jesus via o barco
como um berço para repousar.
Uma pergunta intrigante: por que Jesus dormia? A resposta
emerge do caos: quando os homens perdem o controle do barco,
Cristo se revela no comando da tempestade. Ele dormia porque co-
nhecia o Seu próprio poder e autoridade. “E ele, despertando, repre-
endeu o vento e disse ao mar: Acalma-te, emudece! O vento se aqui-
etou, e fez-se grande bonança. Então, lhes disse: Por que sois assim,
tímidos? Como é que não tendes fé?” (v.39,40).
A serenidade de Jesus é contagiante. Quando somos acorda-
dos, de repente, de um sono profundo com o mundo pegando fogo
ao nosso redor, não acordamos com bom humor. Jesus não apenas
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O poder de Jesus
Os discípulos conheciam o poder do mar, por isso sentiram
medo. Entretanto, eles não conheciam o poder de Jesus – “E eles,
possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que
até o vento e o mar lhe obedecem?” (v. 41).
Aqueles apavorados marinheiros tiveram de aprender que
“...teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus
6.13). Pedro descobriu mais tarde que Jesus, “depois de ir para o céu,
está à destra de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, e potestades,
e poderes” (1 Pedro 3.22). João, o discípulo amado, anos depois, de-
clarou: “...maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo” (1 João 4.4).
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P
fragrância permanente. Dizem que a do jasmim é a que mais
perdura. Ahmed (leia “arrmed”) Soliman, da cidade do Cairo,
Egito, disse que para fabricar 28 gramas do perfume de jas-
mim é preciso encher uma sala de botões ainda florescendo,
impecáveis. Segundo ele, uma vez destilada, a fragrância é
eterna. Em Luxor, no sul do Egito, um arqueólogo achou um túmulo
antigo no qual uma princesa foi sepultada há centenas de anos. Junto
ao sarcófago estava um vaso cheio de jasmim. Embora o vaso já esti-
vesse quebrado, ainda se podia perceber o perfume que emanava
dele.
O
dos à imensidão dos sonhos de Deus. Mas houve um homem
que ousou alcançar o inalcançável e sonhar os sonhos do
Senhor para a sua geração. Descubra quem foi o servo de
Deus conhecido como “o senhor dos sonhos”...
“E dizia um ao outro: Vem lá o tal sonhador!” (Gênesis
37.19).
Os sonhos humanos nem sempre são compatíveis com os de
Deus, que estão sempre além das melhores expectativas humanas.
Nós ousamos sonhar apenas com o que está ao alcance da nossa limi-
tada visão; mas Deus enxerga além do que podemos imaginar, alar-
gando os estreitos horizontes de nossa experiência terrena. Entretan-
to, o que fazer quando há evidências de que os sonhos de Deus diver-
gem frontalmente dos anseios do homem? Pode um ser mortal atin-
gir a meta proposta por alguém que é eterno? A mente humana pers-
crutará algum dia os sonhos de Deus?
lavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o tri-
go?, diz o Senhor”. Este versículo nos traz uma lei muito importante
sobre a proclamação das palavras de Deus. Quem ousa falar em no-
me do Senhor deve ter certeza absoluta de que suas palavras sejam
mesmo o trigo substancial da mensagem de Deus, e não a palha dos
devaneios do coração do profeta. Caso haja alguma dúvida, o profeta
deve ser honesto e relatar seu sonho apenas como sonho, sem valori-
zá-lo como um oráculo de Deus.
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras
dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperan-
ças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Se-
nhor” (Jeremias 23.16). José sabia falar a linguagem dos sonhos. Por
isso, Deus Se revelou a ele e confidenciou o seu futuro – uma trajetó-
ria de prosperidade, na qual até os seus pais e irmãos se inclinariam
diante dele. Por ser um filho justo e íntegro diante do seu pai, José foi
perseguido pela inveja dos seus irmãos. Teve sua túnica de várias
cores, símbolo de autoridade, roubada e manchada de sangue para
que seu pai pensasse que ele havia morrido. Apesar disso, José possi-
bilitou que a história de Israel fosse de glória e libertação.
“I
MPOSSÍVEL!”, diriam muitos dos que não são cristãos ao sa-
ber os detalhes sobre o nascimento de Jesus. Acham que não
é científico crer que uma virgem poderia conceber e dar à luz
um filho. Alguns dos que não creem usam até mesmo uma controvér-
sia linguística tirada do hebraico, trocando a palavra “virgem” (almah)
por “jovem” (betulah).
Por certo, Aquele que criou o espantoso processo da reprodu-
ção humana seria capaz de também fazer que uma moça ainda vir-
gem concebesse e desse à luz Jesus. Se Deus criou o Universo e as
suas leis precisas, Ele também pôde usar um óvulo de Maria para
gerar um Filho humano perfeito. Mas o que motivou Deus a fazer
este milagre?
O milagre do Natal
Um homem trouxe a ruína e a desgraça para a humanidade.
Junto com Adão, todos nós dissemos um sonoro “não” aos planos
perfeitos do Pai para o nosso próprio futuro. Mas o Eterno sempre
nos amou tanto que tomou imediatamente a iniciativa de resgatar a
intimidade perdida com a humanidade. E a parte mais bela deste
planejamento de Deus para nos resgatar teve o seu início no Natal.
O piedoso José era noivo de Maria na época em que ela ficou
grávida. Num sonho, o anjo de Deus explicou a José o motivo maravi-
lhoso de sua noiva virgem estar grávida (Mateus 1.20,21). O nome
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