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Deivinson Bignon

BEM-AVENTURADO
Seja feliz à maneira de Deus

QUARTA CAPA
“A perseguição obstinada pela felicidade é a receita perfeita para uma vida infeliz.”
(Donald Campbell, 1921 - 1967).
Você quer ser feliz?
É claro! Todos nós desejamos sentir bem-estar pessoal e prazer na vida. Mas alguns
perseguem a felicidade de maneira errada e terminam desiludidos e infelizes. O modo como
você cuida de sua espiritualidade e encara o mundo determina se será vitorioso em sua busca
ou não. Então, aprenda os cinco princípios bíblicos da TEOLOGIA DA FELICIDADE e descubra
como ser realmente feliz à maneira de Deus.

DEDICATÓRIA
À minha querida esposa Márcia Cristina, cujas atitudes amorosas e compreensivas
permitem-me apreciar melhor a felicidade divina.

INTRODUÇÃO
Problema 1: Busca frenética pela “felicidade” egoísta a todo custo

“Jamais deixe que sua felicidade dependa dos outros. Ninguém deixaria de ser feliz por
você”.

“Que eu saiba puxar lá do fundo do baú um jeito de sorrir pros nãos da vida.” (Caio
Fernando Abreu).

“Seja qual for o caminho, sempre escolha o que levará em direção a felicidade!”.

“Uma coisa é certa: ficar sentado se sentindo infeliz não vai mudar nada.” (O Menino do
Pijama Listrado).

“Se quer viver uma vida feliz, amarre-se a uma meta, não às pessoas nem às coisas.”
(Albert Einstein).

“Eu não quero esperar até o final para ser feliz. Eu quero é ser feliz agora.”

"Chega de falar de seus problemas! Mude o hábito! Que tal falar de suas alegrias?".

"Poucas pessoas conseguem ser felizes, a menos que odeiem alguém."

"Mergulha no que te dá vontade. Que a vida não espera por ti."

"Algo que você deveria sempre manter, e esta é a única obrigação, é ser feliz." (Osho).

"Só merece a felicidade quem acorda todos os dias disposto a conquistá-la."

"Felicidade não se acha, se conquista."

"Sexta-feira: Dia Mundial da Felicidade sem motivo."


"Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade." (Carlos Drummond de
Andrade).

"A ação pode nem sempre ser felicidade, mas não há felicidade sem ação."

"Felizes são aqueles que não vêem fronteiras para se expressar."

"É bem difícil descobrir o que gera a felicidade; pobreza e riqueza falharam nisso."

"Pense positivo, aja de forma otimista e seja feliz."

"Não importa se chove ou faz sol, com atitude positiva todos os dias podem ser felizes."

"Coloque um sorriso no rosto e assuma sua vontade de ser feliz."

"Meu plano para hoje é o mesmo de sempre: alcançar a felicidade ou ser feliz
tentando."

"Só quando você aceitar sua própria verdade, a felicidade vai bater à sua porta!"

"Que a mágica dos sentimentos positivos domine seu dia e abrace seu coração."

"Hoje acordei feliz e com a certeza que tudo vai ser deslumbrante."

"A amizade desenvolve a felicidade e reduz o sofrimento, duplicando a nossa alegria e


dividindo a nossa dor. A alegria de fazer o bem é a única felicidade verdadeira" (Liev Tolstói
1828 - 1910)

"Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o amor. O Diabo, invejoso, fez o


homem confundir fé com religião e amor com casamento." (Machado de Assis escritor
brasileiro 1839 - 1908)

"Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos,


inclusive o da felicidade. A vida é maravilhosa se você não tem medo dela." (Charlie Chaplin
1889 - 1977)

"A felicidade do homem depende de si mesmo." (Marco Aurelio 121 - 180)

"A felicidade não depende do que você é ou do que tem, mas exclusivamente do que
você pensa." (Dale Carnegie 1888 - 1955)

"Não há uma estrada real para a felicidade, mas sim caminhos diferentes. Há quem seja
feliz sem coisa nenhuma, enquanto outros são infelizes possuindo tudo." (Luigi Pirandello 1867
- 1936)

"A felicidade é aquele estado de consciência que procede da realização de nossos


valores." (Ayn Rand 1905 - 1982)

"Uma alegria tumultuosa anuncia uma felicidade medíocre e breve." (Plutarco 46 - 127)

"Liberdade é o espaço que a felicidade precisa" (Fernando Sabino 1923 - 2004)


"Que felicidade a Bíblia proporciona àqueles que acreditam nela! Que maravilhas
admiram aqueles que refletem nela!" (Napoleão Bonaparte 1769 - 1821)

"O primeiro requisito da felicidade dos povos é a abolição da religião." (Karl Marx
filósofo, economista e sociólogo alemão 1818 - 1883 "De idade, de religião")

"Quem morre? Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo


todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca Não se arrisca a vestir uma nova
cor ou não conversa com quem não conhece. Morre lentamente quem faz da televisão o seu
guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos
sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o
brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos. Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo
incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos
conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar. Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má
sorte ou da chuva incessante. Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-
lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam
sobre algo que sabe. Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo
exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará
com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade." (Pablo Neruda 1904 - 1973 "De
amor, de vida, de morte, de sorriso")

"Você sabe que encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que
acabe." (Clóvis de Barros Filho 1966)

"Enquanto puderes erguer os olhos para o céu, sem medo, saberás que tens o coração
puro, e isto significa felicidade." (Anne Frank 1929 - 1945 "De medo")

"O caminho para se conseguir a felicidade é fazendo as outras pessoas felizes." (Robert
Baden-Powell 1857 - 1941 De pessoas, de idade)

"A felicidade não é um ideal da razão mas sim da imaginação." (Immanuel Kant 1724 -
1804)

"A moral, propriamente dita, não é a doutrina que nos ensina como sermos felizes, mas
como devemos tornar-nos dignos da felicidade." (Immanuel Kant 1724 - 1804 De idade)

"Toda a História humana atesta, que a felicidade para o Homem - o insaciável pecador! -
desde que Eva comeu a maçã, depende em grande parte do jantar" (George G. Byron 1788 -
1824 De homens)

"Quando uma porta da felicidade se fecha, outra se abre, mas costumamos ficar
olhando tanto tempo para a que se fechou que não vemos a que se abriu." (Helen Keller 1880 -
1968)

"A felicidade não é um prêmio da virtude, é a própria virtude." (Spinoza 1632 - 1677)

"A única felicidade é a de não ter nascido." (Arthur Schopenhauer 1788 - 1860 L'arte di
insultare)
"A felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso do que temos." (Thomas
Hardy 1840 - 1928)

"O sucesso não é a chave para a felicidade. A felicidade é a chave para o sucesso."
(Albert Schweitzer 1875 - 1965)

>> "Podemos citar centenas de referências que demonstram que o Deus bíblico é um
tirano sanguinário; mas basta alguém encontrar duas ou três passagens que digam que Deus é
amor, para nos acusarem de fazer citações fora do contexto." (Dan Barker 1949 De amor, de
vida, de morte, da sabedoria)

"Felicidade: é ter o que fazer." (Jô Soares 1938)

"Vai e procura os campos, a natureza e o Sol: vai, procura a felicidade em ti e em Deus.


Pensa no que é belo e que se realiza em ti e à tua volta, sempre e sempre de novo." (Anne
Frank 1929 - 1945)

"Muitas vezes perdemos a possibilidade de felicidade de tanto nos prepararmos para


recebê-la. Por que então não agarrá-la toda de uma vez?" (Jane Austen 1775 - 1817)

"Aquele que é feliz espalha felicidade. Aquele que teima na infelicidade, que perde o
equilíbrio e a confiança, perde-se na vida." (Anne Frank 1929 - 1945)

"A maior felicidade do homem é poder dar - e nunca pedir." (Frases Judaicas)

>> "Não busque a felicidade fora, mas sim dentro de você, caso contrário nunca a
encontrará." (Epiteto 50 - 138)

"Quase sempre a maior ou menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz."
(Abraham Lincoln 1809 - 1865)

>> "Quando se diz às pessoas que a felicidade é uma questão simples, querem-nos
sempre mal." (Bertrand Russell 1872 - 1970)

"Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade."
(Bertrand Russell 1872 - 1970)

"Só há um caminho para a felicidade. Não nos preocuparmos com coisas que
ultrapassam o poder da nossa vontade." (Epicuro -342 - -270 a.C.)

"Não procure a felicidade tão ávidamente, e não tenha medo da infelicidade." (Lao Tsé -
604)

"A felicidade consiste numa certa maneira de viver, no meio que circunda o homem, nos
costumes e nas instituições adotadas pela comunidade à qual pertence..." (Aristoteles -384 -
-322 a.C.)

"O desejo e a felicidade não podem viver juntos." (Epiteto 50 - 138)

"Dedique ao menos metade de suas energias a livrar-se de desejos ocos, e muito breve
verá que ao fazê-lo há de receber maior realização e mais felicidade." (Epiteto 50 - 138)
"A felicidade e a liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas
coisas estão sob nosso controle, outras não. Só depois de lidar com essa questão fundamental
e aprender a distinguir entre o que você pode e o que não pode controlar, é que a
tranqüilidade interna e a eficácia externa se tornam possíveis." (Epiteto 50 - 138)

"A felicidade não consiste em adquirir nem em gozar, mas sim em nada desejar, consiste
em ser livre." (Epiteto 50 - 138)

>> "Descrever a felicidade é diminuí-la." (Stendhal 1783 - 1842)

>> "A perseguição obstinada pela felicidade é a receita perfeita para uma vida infeliz."
(Donald Campbell 1921 - 1967)

>> "A felicidade existe. Não fora de nós, onde em geral a procuramos; mas, dentro de
nós, onde raras vezes a encontramos." (Huberto Rohden 1893 - 1981)

Problema 2: Filosofias estranhas que seguimos (cosmovisões mundanas – apenas citar –


v. princípio 4, no cap. 5)
Desejo: Como ser feliz à maneira de Deus?

SMITH, HANNAH WHITALL (1832-1911). Quacre norte-americano cujo livro mais


conhecido, O segredo cristão para uma vida feliz, enfatizava a paz interior e a vitória exterior.
Essa obra teve o efeito de popularizar a doutrina segundo a qual a santificação total é uma
segunda obra da graça.
(Dicionário popular de teologia – Millard Erickson. p. 183)

História: (meus desencantos amorosos e feliz casamento)

Capítulos (aplicação/conteúdo/cinco princípios bíblicos para a felicidade)


1. Definindo os termos
2. Princípio um: ser feliz não é ter nem fazer tudo o que desejar (foco no eu x foco em
Deus)
3. Princípio dois: ser feliz é ser justo, tendo atitudes corretas (justo x ímpio) Sl 1; Sl 15;

>> Atitudes que trazem felicidade:


1. Peça perdão a Deus (Sl 32.1,2); 2. Encha-se do amor de Deus (Sl 37.4); 3. Faça o bem
(Sl 34.12-14); 4. Seja generoso (At 20.35); 5. Pratique o que aprendeu (Jo 13.17).

>> 27 Passagens de ouro


1) Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina (Jó 5.17)
2) Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Sl 1.1)
3) Bem-aventurados todos os que nele se refugiam. (Sl 2.12)
4) Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto (Sl 32.1)
5) Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não atribui iniquidade e em cujo
espírito não há dolo (Sl 32.2)
6) Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança (Sl 40.4)
7) Bem-aventurado o que acode ao necessitado (Sl 41.1)
8) Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente (Sl 84.4)
9) Bem-aventurado o homem cuja força está em ti (Sl 84.5)
10) Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes (Sl 94.12)
11) Bem-aventurados os que guardam a retidão e o que pratica a justiça em todo tempo
(Sl 106.3)
12) Aleluia! Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR (Sl 112.1)
13) Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho (Sl 119.1)
14) Bem-aventurado é o povo cujo Deus é o SENHOR! (Sl 144.15)
15) Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio (Sl 146.5)
16) Bem-aventurados os humildes de espírito (Mt 5.3)
17) Bem-aventurados os que choram (Mt 5.4)
18) Bem-aventurados os mansos (Mt 5.5)
19) Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça (Mt 5.6)
20) Bem-aventurados os misericordiosos (Mt 5.7)
21) Bem-aventurados os limpos de coração (Mt 5.8)
22) Bem-aventurados os pacificadores (Mt 5.9)
23) Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça (Mt 5.10)
24) Bem-aventurados os que não viram e creram (Jo 20.29)
25) Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova (Rm 14.22)
26) Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação (Tg 1.12)
27) Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor (Ap 14.13)

4. Princípio três: ser feliz não significa estar sempre alegre (felicidade no sofrimento;
provações divinas; perenidade x eternidade)
5. Princípio quatro: ser feliz é ter um objetivo na vida (cosmovisões mundanas x andar
com Deus) Sl 37.4
6. Princípio cinco: ser feliz é priorizar a glória de Deus (ego humano x glória divina)
7. O que significa a Glória de Deus

CONCLUSÃO
Resumo dos princípios bíblicos para a felicidade
Motivação

Sobre o autor
Obras
Salmo 1

Sl 1.1
0835 ‫’ אשר‬esher
procedente de 833; DITAT - 183a; n m
1) felicidade, bem-aventurança
1a) freqüentemente usado como interjeição
1b) bem-aventurados são

0833 ‫’ אשר‬ashar ou ‫’ אׂשר‬asher


uma raiz primitiva; DITAT - 183; v
1) ir direto, andar, ir em frente, avançar, progredir
1a) (Qal) seguir diretamente, progredir
1b) (Piel)
1b1) ir direto para, avançar
1b2) conduzir (causativo)
1b3) endireitar, corrigir
1b4) declarar feliz, chamar bem-aventurado
1c) (Pual)
1c1) ser dirigido, ser guiado
1c2) ser feito feliz, ser bem-aventurado

Sl 1.2

02656 ‫ חפץ‬chephets
procedente de 2654; DITAT - 712b; n m
1) deleite, prazer
1a) deleite
1b) desejo, anseio
1c) o bom prazer
1d) aquilo em que alguém se deleita
# GARIMPAGEM #

BEM-AVENTURANÇAS
As bem-aventuranças são um tema da literatura sapiencial. São a ciência da felicidade.
Bem-aventuranças aplicadas à felicidade humana (Sl 127; 128; Eclo 25,8-11; 26,1-4).
Israel é feliz por ter a Deus como o rei (Sl 33,12-17; 144,15; Br 4,4; Dt 33,29). O rei era
considerado fonte de felicidade para os seus vassalos (1Rs 10,8).
A observância da Lei torna o homem feliz (Sl 1; 119,1-2; 106,3; Is 56,2; Pr 29,18). O
mesmo sucede com a meditação da sabedoria (Pr 3,13; 8,32-33; Eclo 14,2); ou com o temor de
Deus (Sl 119,1-2; 128,1; Eclo 25,8-11); ou com a confiança nele (Sl 2,12; 34,9; 84,13; Pr 16,20).
Partindo da experiência de que nem o justo é, às vezes, feliz neste mundo, os profetas
proclamam a bem-aventurança dos que virem os últimos tempos (Dn 12,12; Is 32,20; Eclo
48,11; Tb 13,14-16; Ml 3,12-15).
No NT, muitas bem-aventuranças declaram que a felicidade está à porta, pois chegaram
os últimos tempos (Mt 13,16; Lc 1,45; 11,27-28; Jo 20,29). Neste sentido Jesus proclamou as
bem-aventuranças: O Reino traz a felicidade aos cegos, aos que choram, etc. Lc 6,20-26 deu-
lhes uma feição social (cf. Lc 4,18-19; 14,13s; 1Pd 3,14; 4,14) e Mateus, uma dimensão moral, a
justificação (Mt 5,3-11).
As bem-aventuranças do Apocalipse conservam a sua característica escatológica (Ap
14,13; 16,15; 19,9; 20,6; 22,7.14).
Dicionário Bíblico de A a Z. Ítalo Fernando Brevi. p. 14. [PDF].
3.4 As boas ações que brotam de um bom caráter são o tipo de ética presente nas Bem-
Aventuranças. A fórmula usada por Jesus “Bem-aventurados os...” sugere que o fim
apropriado para o ser humano é a felicidade total. As bem-Aventuranças (Mt 5.3-12; Lc 6.20-
26) mostram de maneiras variadas que, vivendo a vida do reino, é possível antecipar a
felicidade plena e eterna. “Bem-aventurados os pobres em espírito” (Mt 5.3; cf. Lc 6.20; “Bem-
aventurados sois vós, os pobres”). Alguns dos tempos verbais são futuros, mas fica claro que se
deve antever no presente essa felicidade absoluta.
Aristóteles por certo teria concordado com isso. Em seu décimo livro de Ética, ele
resume assim o dever ético; “No que for possível aqui e agora [deve se] viver a vida dos céus”.
Mas nas Bem-Aventuranças Jesus vira a ética normal humana de cabeça para baixo. Todos os
dez livros da Ética de Aristóteles tratam da natureza da felicidade; a verdadeira finalidade dos
seres humanos é ser felizes. Como acabamos de ver, Jesus não discorda disso. Mas em que
consiste a verdadeira felicidade? As respostas costumeiras do mundo são: “Riqueza, alegria,
satisfação e popularidade”. Jesus, no entanto, dirige-se àqueles que deixaram de se satisfazer
com as recompensas seculares. Riqueza? “Bem-aventurados sois vós, os pobres”. Alegria?
“Bem-aventurados sois vós, que agora chorais”. Satisfação? “Bem-aventurados sois vós, que
agora tendes fome”. Popularidade? “Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem”
(Lc 6.20-22). E, se Jesus pronuncia sua bênção sobre essas antíteses dos objetivos do mundo,
isso ocorre porque são os pobres, os que pranteiam, os famintos e os perseguidos os mais
receptivos às melhores dádivas de Deus.
Esse conceito é entendido mais facilmente na bem-aventurança sobre os que têm fome
(Lc 6.21; Mt 5.6). Quando é uma bênção ter fome? Logo antes do almoço. Por que é
abençoado ter fome? Porque Jesus vem anunciar o banquete messiânico (v. COMUNHÃO À
MESA). O banquete está pronto, bem-aventurados os que têm fome dele, que se aproximam
da mesa com a necessidade imensa de sua inimaginável generosidade. Sem receio das
satisfações artificiais da era presente, eles são aqueles que têm fome do banquete que só Deus
tem a oferecer.
Dicionário Teológico do NT, p. 515
Bem-aventurado. (I) Para os gregos da antiguidade, ser b. significava estar livre de
sofrimentos e preocupações; b. era por isso por excelência o predicado dos deuses; também
para o judeu ser b. consistia em bem-estar material, mas então como recompensa da fiel
observância da Lei; para o cristão, porém, o termo representa uma felicidade espiritual, que
provém da posse do Reino de Deus. A “bem-aventurança” do AT pertence portanto à literatura
sapiencial; a do NT, pelo seu matiz escatológico, consequência da sua ligação com a ideia do
Reino de Deus, tem o seu lugar sobretudo nos sinóticos e no Apc. A bem-aventurança tem dois
elementos: o louvor de uma pessoa (eventualmente um membro do corpo, personificado,
como em Mt 13,6 e Lc 11,27) e a motivação: uma virtude, ou então um estado em que se
encontra tal pessoa (p. ex. Lc 11,28; 23,29). No N T essa virtude geralmente tem relação com a
fé, ou com a vida conforme a fé (M t 11,6; 16,17; Lc 1,45; 11,28; 14,14; Jo 13,17; o Apc traz no
início e no fim uma bem-aventurança daqueles que aceitam e guardam a revelação dos
segredos de Deus, 1,3 e 22,7), com vigilância em vista da parusia (Lc 12,37s; Apc 16,15) e com
fidelidade (M t 24,46 par.; Tg 1,12). Essas bem-aventuranças do N T são mais do que uma
auspiciosa predição do futuro; à luz do futuro elas revelam também o valor do presente. O
Reino de Deus supera todos os bens e valores terrestres. As bem-aventuranças do N T contêm
por isso muitas vezes santos paradoxos (M t 5,3-6.10s; Lc 6,20-22; Apc 14,13), que mais de
uma vez corrigem concepções falsas (Lc 11,28; Jo 20,29; lPdr 3,14; 4,14); o efeito retórico de
tais ditados está precisamente na inversão do julgamento humano.
(II) Também as conhecidas (oito) "bem-aventuranças” em Mt 5,3-12 e Lc 6,20b-26 são
compostas de dois elementos paradoxais: determinada condição leva à cidadania do Reino de
Deus. Em Mt, que usa termos gerais e impessoais (exceto nos w 11-12) e acentua a disposição
interna (pobre de espírito; puro de coração; fome da justiça), a condição é de ordem moral e o
céu, por isso, é prometido como recompensa futura. Em Lc, que fala na 2a pessoa, a bem-
aventurança tem antes o sentido de uma consolação escatológica para pessoas que vivem num
estado digno de compaixão (pobres, famintos, tristes, odiados).
Ambas as formas, tanto a forma catequética de Mt como o tipo sapiencial de Lc, supõem
evidentemente a mesma mensagem messiânica de Jesus, a saber que n’Ele se realizou o que já
fora predito pelo profeta Isaías: que os pobres, os necessitados e os famintos receberiam a
salvação messiânica, e que Ele, por conseguinte, era o Messias prometido. Esse sentido
cristológico da mensagem não foi evidenciado por Lc.
O que lhe chamou particularmente a atenção foi que os infelizes de agora serão
recompensados no além; isso se mostra ainda mais claramente no segundo quadro, paralelo
ao primeiro, onde ele acrescenta que os ricos e felizes deste mundo não terão parte naquela
salvação. Essa formulação foi influenciada provavelmente pelo fato de que a prosperidade de
muitos infiéis criava um problema para os fiéis necessitados.
Mt, de seu lado, põe as bem-aventuranças em harmonia com todo o seu sermão da
montanha, do qual fazem parte, apresentando-as como uma exortação à perfeição. Como bom
pastor de almas, Mt quer propor aos seus leitores um ideal ético. A respeito do número de
bem-aventuranças há discussão. Mt usa o termo nove vezes, para os w 11-12 são
evidentemente uma aplicação de v 10, ou, então, v 10 generaliza os w 11-12. S. Agostinho
contava apenas sete bem-aventuranças. Lagrange reconhece a possibilidade de o número
sagrado de sete ser o original. Muitos, porém, consideram como autênticas apenas as quatro
que Mt tem em comum com Lc; as outras de Mt, bem como os quatro “ais” de Lc (que supõem
discussões e portanto quadram bem no entusiasmo da primeira pregação) dever-se-iam a
palavras de Jesus, sim, mas teriam sido preferidas por Ele em outras ocasiões.
Dicionário Enciclopédico da Bíblia, p. 169,170
FELICIDADE
Eudemonia. Um termo que, no grego clássico, indicava a possessão de um bom
demônio, ou seja, de uma divindade. No Novo Testamento, o termo escolhido é makarismós,
que ocorre somente por três vezes: Rom. 4:6,9; 06.1. 4:15, e que aparece com o sentido de
«felicidade espiritual», de«bem-aventurança.
A forma adjetivada e o verbo ocorrem por mais cinquenta e duas vezes no Novo
Testamento, destacando-se ali o uso da palavra no começo do sermão da montanha, de Jesus,
nas «bem-aventuranças”. O termo grego eudemonia era usado, por exemplo, para indicar o
alvo da vida, que seria a felicidade, nos escritos de vários filósofos. Embora o termo não seja
usado no Novo Testamento, sem dúvida, deixa transparecer um bom discernimento, pois
somente a presença de uma boa divindade é capaz de injetar felicidade à alma humana, às
voltas com o pecado e com as misérias e males deste mundo.
1. A Felicidade na ética. As teorias éticas usualmente apontam para algum alvo
específico, ou mesmo para vários, como se houvesse um ou vários objetos da conduta ideal.
Esse objetivo pode ser o prazer (posição do hedonismo), pode ser a virtude ou função (como
nos escritos de Aristóteles), pode ser a glorificação de Deus (como no cristianismo), ou pode
ser a felicidade, entre outras coisas. Se a felicidade é escolhida como o principal valor a ser
buscado, então tal filosofia será chamada eudaimonística. Aristóteles opinava que se um
homem realiza bem a sua função dentro da sociedade, estará exercendo a sua virtude e que se
ele exercer apropriadamente essa virtude, então será feliz. Epicuro também buscava a
felicidade em sua filosofia, embora a definisse como um prazer mental. Tomás de Aquino
seguia, em linhas gerais, a regra de Aristóteles, embora acrescentando a isso a dimensão
teológica cristã de que Deus, afinal de contas, é a fonte originária da felicidade.
2. No Campo do Utilitarismo (vide). Para essa posição filosófica, o alvo mesmo da vida
seria a maiorfelicidade para o maior número possível de pessoas. Ali a felicidade é definida
como a maior somatória possível de prazeres, de todas as variedades imagináveis. As
variedades de prazer que sejam capazes de produzir a maior felicidade, deveriam ser buscadas
e experimentadas na vida do individuo. Bentham (vide) era promotor dessa teoria; porém,
antes de morrer, percebeu que precisava adicionar a lei do amor como força motivadora,
porquanto o prazer, por si mesmo, embora seja bom, não soluciona todos os problemas, e
nem satisfaz o coração humano.
3. Norris (vide) concordava com os teólogos cristãos, ao asseverar que a suprema
felicidade consiste no amor contemplativo a Deus.
4. Emanuel Kant (vide) vinculava entre si a virtude e a felicidade, como um par que não
pode ser separado. Essa combinação conferia-lhe base para postular a existência tanto da alma
humana quanto de Deus. Essas realidades promovem tanto a virtude quanto a felicidade.
5. Nos escritos de Agostinho e de outros teólogos cristãos, a felicidade é o alvo da
existência humana, embora sua mais elevada expressão só possa ser atingida na Visão
Beatífica (vide). Dizemos popularmente: «Há alegria no serviço que prestamos a Jesus».
A nossa teologia e os nossos sermões apelam para o bem-estar que o evangelho
promete aos convertidos. A nossa doutrina do julgamento exorta-nos a evitar a dor e a buscar
a alegria da salvação celestial. A Confissão de Westminster sugere que o propósito da vida
humana é, em primeiro lugar, glorificar a Deus e, em segundo lugar, desfrutar dele para
sempre, o que é a própria felicidade. A vida diária demonstra que aquilo que mais as pessoas
buscam, na maioria de seus esforços, é a obtenção da felicidade, embora não saibam defini-la
e nem onde encontrá-la. Por isso mesmo, nessa busca, muitos aportam na infelicidade, -em
vez de chegarem ao porto seguro da felicidade!
Aristóteles exprimiu que não buscamos a honra, o prazer, o entendimento e todas as
outras virtudes somente por causa delas mesmas. Mas nós as buscamos também, porque
nelas encontramos a felicidade. (Nic. Ethics, I, 7.1097, bl-6).
6. A Complexidade da Felicidade. A filosofia tem-nos ensinado que vocábulos
importantes, como “felicidade”, por exemplo, não admitem apenas uma definição. De fato,
não somos capazes de defini-los. Antes, apenas os descrevemos. Portanto, podemos falar
sobre virtudes, honra, bem-estar, fortuna, sorte, autocontrole, coragem, liberalidade,
prosperidade, atividade intelectual, atividade física, etc. E, através de todos esses termos,
podemos apresentar alguma noção do que a felicidade significa para nós. No caso do homem
espiritual, a essas coisas devemos adicionar os elementos da felicidade e do bem-estar
espirituais, em vista do perdão de nossos pecados, em vista da fé, da esperança e do amor,
que são elementos preponderantes em nossa vida cristã. Para nós, os remidos, o bem-estar da
alma é mais importante do que o bem-estar do corpo físico, pelo que a visão beatifica (vide)
deve ser a consideração primária daquilo que a felicidade humana pode e deve ser. A salvação
nos está conduzindo à visão beatifica, que envolve iluminação e transformação profundas, de
tal maneira que haveremos de compartilhar da própria natureza divina, conforme se lê em II
Pedro 1:4: «...nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes promessas, para que por
elas vos torneis co-participantes da natureza divina...».
Ser feliz, de acordo com os dicionários, é ser abençoado, bem-aventurado, animado,
afortunado, alegre, próspero, saudável, bem-sucedido, radiante, esperançoso. Por outra parte,
ser infeliz é ser afligido, desanimado, desencorajado, melancólico, miserável, lamuriento,
desapontado, triste e perturbado. Agostinho asseverava que todos os homens desejam
encontrar a felicidade (De Trin. 10.5,7; De Civ. Dei 14.25). Prazeres de toda a modalidade, sem
dúvida alguma, são fontes de satisfação e felicidade, mas a felicidade jamais poderá ser
definida somente em termos de prazer (hedonismo). A sabedoria também é uma fonte de
felicidade para a alma, e Cristo é a nossa sabedoria (ver I Cor. 1:30). A graça divina (vide) é
outra fonte de uma grande e desmerecida felicidade. Não fora o principio da graça divina -
todos nós seriamos muito miseráveis e infelizes.
EBTF, v. 2 - D-G, p. 703,704
BEM-AVENTURANÇA
No grego, makarismós,”felicidades”. O substantivo aparece somente em Rom. 4:6,9 e Gâl.
4:15. O verbo, em Luc. 1:48 e Tia. 5:11, e o adjetivo por cinquenta vezes, desde Mat. 5:3 até
Apo, 22:14.
1. Para os gregos antigos, ser bem-aventurado ou feliz (makâriost era viver livre de sofrimentos
e preocupações. Os judeus entendiam a bem-aventurança principalmente em termos de bem-
estar material, mas também como recompensa pela observância fiel da lei. Para o crente,
entretanto, a felicidade consiste na participação no reino de Deus. Esse último conceito ajusta-
se perfeitamente à doutrina de Cristo. Como em quase tudo o mais, Jesus veio ensinar-nos
noções contrárias àquilo que os homens concebem, em seu estado de perdição e
embotamento espiritual. Aquilo que o Senhor considerou bem-aventuranças ou felicidades
invertem diametralmente o julgamento humano.
2. As bem-aventuranças foram expostas por Jesus mormente em seu sermão da montanha
(Mat. 5:1-12). Embora ele e os escritores sagrados tenham voltado regularmente ao tema, é
nesse trecho que temos o sumário de seu ensino a respeito. Os estudiosos hesitam entre
quatro e nove bem-aventuranças. Sem importar se Jesus as proferiu todas numa só ocasião, ou
se Mateus posteriormente as juntou em um bloco, se cada felicidade é indicada pelas palavras
«bem-aventurados », então teremos de dizer que elas são nove. Em Mateus, cada bem-
aventurança tem uma causa e um deito: Primeira - os que reconhecem sua falência espiritual,
pois deles é o reino de Deus. Segunda - os que sofrem aflições, pois receberão consolo.
Terceira - os mansos, porque serão os futuros donos do mundo. Quarta - os que anelam por
retidão, porque haverão de encontrá-la. Quinta – os que são misericordiosos, porque Deus
terá misericórdia deles. Sexta - os dotados de impulsos puros, porque contemplarão a glória de
Deus. Sétima – os pacificadores, pois isso mostra que são autênticos filhos de Deus. Oitava - os
perseguidos por causa da retidão, porque isso prova que estão no reino de Deus. Nona - os
vilipendiados por causa de Jesus, porque serão grandemente galardoados na vida vindoura,
equiparando-se aos profetas.
Nas bem-aventuranças sempre se acentua a disposição interna do individuo, e não alguma
condição externa. Felicidade é um estado de alma. O restante das Escrituras encarrega-se de
ensinar que essa disposição interna não é natural do homem; antes, é-lhe outorgada pela
operação renovadora e regeneradora do Espírito. Isso se vê desde o Antigo Testamento: «Dar-
vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espíirito novo... » (Eze. 36:26). Isso é reafirmado no
Novo Testamento: «Quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de
Deus» (João 3:5).
3. Pode-se dizer que todos os aspectos da vida cristã consistem em bênçãos conferidas pelo
Senhor. Assim, a felicidade consiste na apropriação da sabedoria divina (Pro. 3:13); em ouvir a
Deus e ser-lhe obediente (Pro. 8:23); em ter confiança no Senhor (Pro. 16:20); em observar os
seus mandamentos (Pro. 29:18). O contrário disso, só traz a infelicidade: «Os céus e a terra
tomo hoje por testemunhas contra ti que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição:
escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência.. (Deu. 30:19).
4. Se a perfeição espiritual importa em felicidade, então segue-se que ninguém é mais feliz do
que Jesus Cristo. De fato, ele é o Cristo, o Filho do Deus Bendito (Mar. 14:61) pois Deus é
supremamente bem-aventurado e rico em bem-estar espiritual (ver I Tim. 1:11 e 6:15). O
nascimento de Jesus envolveu bem-aventurança (Luc. 1:42,48). A Ceia do Senhor é chamada
de «cálice da bênção» (I Cor. 10:16). O ministério de Cristo entre os homens foi bendito,
superior à administração do Antigo Testamento (Heb. 7:1,6). O segundo advento de Cristo
promete bênçãos singulares (Apo. 14:13; 16:15; 19:9; 22:7,14). O pacto firmado no sangue de
Cristo confere-nos uma bem-aventurança especial, a saber, a participação no Espírito Santo
(Gál. 3:8,13,14). O crente é bem-aventurado porque é uma pessoa que foi justificada (Rom,
4:7). Por sua vez, o crente deve invocar bênçãos até sobre os seus perseguidores (Rom, 12:14; I
Cor. 4:12; Mat. 5:10-12). Os crentes servem de bênçãos uns para os outros, tanto nas coisas
materiais quanto nas espirituais (Rom, 15:29 e contexto).
EBTF, v 1 a-c, p. 488
Bem-aventurados. Essa palavra e suas cognatas são usadas cerca de cinquenta vezes no N.T.,
sendo uma das muitas que o uso do N.T. expandiu e dignificou quanto ao seu sentido. A raiz
original no grego clássico parece significar “grande” e desde cedo foi usada como sinônimo de
rico, mas quase sempre aludindo à prosperidade externa (não à espiritual).
Na literatura grega primitiva, era palavra aplicada aos deuses e à sua condição de “felicidade”,
em contraste com a situação medíocre de homem: Os filósofos gregos usavam-na dotada de
certo elemento moral, e algumas vezes indicavam, por meio dela, que a felicidade resulta da
excelência do caráter. Alguns intérpretes acreditam que o uso que Jesus fez da palavra em
Mato 5:3 reflete as ideias e expressões hebraicas que se encontram, por exemplo, em Sal. 1:1;
32:1 e 112:1, onde a palavra hebraica cashrê, ou «quão feliz», indica a condição de felicidade
em vista. As «bem-aventuranças», portanto, declaram quem são os felizes, aos olhos de Deus.
O uso neotestamentário tem soerguido a ideia inteira de felicidade até às regiões espirituais. A
verdadeira felicidade inclui aquele bem-estar ou estado de bem-aventurança associado à
correta relação do homem para com Deus. Esse mesmo vocábulo é aplicado aos mortos que
morrem no Senhor (Apo, 14:13) e esse uso, por sua vez, é extremamente instrutivo.
Poderíamos dizer com igual verdade, «Bem-aventurados os que vivem no Senhor, e é
essencialmente isso que Jesus dizia, ao pronunciar as «bem-aventuranças».
EBTF,v 1 a-c, p. 489
FELICIDADE. A definição contemporânea de felicidade pode subentender qualquer grau de
bem-estar, desde o simples contentamento ou ausência da tristeza, até a experiência mais
intensa de alegria ou realização. Uma descrição mais completa do conteúdo da felicidade é
achada nas Escrituras e verificada na experiência humana.
Questões Teológicas. De um ponto de vista bíblico, a felicidade é sempre 0 produto secundário
de um valor maior. Qualquer pessoa que faz da sua própria felicidade a prioridade suprema da
sua vida só experimentará frustração. Jesus indicava claramente que aquele que,
egoísticamente, se apega à sua própria vida realmente perde qualquer oportunidade de
experimentar a vida verdadeira (Mt 16.25).
Quais são os valores maiores que trazem consigo o contentamento e a alegria?
(1) A felicidade, segundo o salmista e outros, vem àqueles que deixam que 0 Deus vivo seja
Deus nas suas vidas (S1144.15; Pv 16.20). O homem, sendo finito, deve achar um ponto de
referência infinito para a sua vida; senão, sua vida, em última análise, será absurda. O homem
foi criado à própria imagem de Deus e feito para a comunhão com Ele. A felicidade verdadeira
torna-se uma possibilidade real somente quando o homem tem um relacionamento
apropriado com o seu criador.
(2) A felicidade nunca vem para aqueles que não têm nenhuma base moral (Pv 29.18; SI
128.1). Viver sem uma base moral é viver num nível sub-humano. Deus não abandonou a
humanidade a correr nas trevas à busca de absolutos morais. Deu os Dez Mandamentos como
a base para a saúde mental, moral e espiritual.
(3) A felicidade vem somente para aqueles que aprendem como se relacionar bem com as
outras pessoas (S1133.1; Mt 19.18-19; 1 Co 13). Pode ser dito que uma pessoa é rica ou pobre
de acordo com a qualidade de seus relacionamentos pessoais. A fé judaico-cristã sempre foi
relacional, sendo que Deus Se relaciona conosco pela graça mediante a fé, e nos capacita a nos
relacionarmos uns com os outros, em amor. Sem relacionamentos de solicitude,
permanecemos sozinhos e descontentes.
(4) A felicidade vem àqueles que têm misericórdia dos pobres (Pv 14.21). A generosidade gera
contentamento. Ter o tipo de compaixão que leva a pessoa a corresponder às necessidades
daqueles que estão destituídos de bens e que nada podem dar em troca é experimentar a
qualidade de vida que o próprio Deus possui.
(5) A felicidade vem àqueles que entendem que seu trabalho é uma dádiva de Deus (Gn 2.15;
Pv 12.27; 1 Ts 4.11; 2 Ts 3.6-13). Desde 0 início, a intenção era que a humanidade participasse
de modo produtivo no processo da vida. Deus deu a Adão, o primeiro homem, um lugar e uma
tarefa. Seu lugar precisava de seu trabalho. O trabalho do homem realmente era uma
expressão da sua afinidade com Deus. Com a queda do homem vieram a distorção e o enfado
do trabalho (“No suor do rosto comerás o teu pão”, Gn 3.19); Deus, porém, na Sua atividade
redentora, tem 0 propósito de redimir 0 trabalho do homem bem como o próprio homem.
Pode ser dito corretamente: feliz é a pessoa que gosta profundamente de seu trabalho.
(6) A felicidade vem àqueles que possuem a verdadeira sabedoria (Pv 3.13). A sabedoria é a
capacidade espiritual/intelectual de integrar a verdade como um todo. A sabedoria começa
com o Deus que Se revelou claramente na História (Pv 9.10). A pessoa que possui a sabedoria
refletirá um equilíbrio sadio em sua vida (Fp 4.5-9). Tal equilíbrio inclui uma profunda
aceitação de si mesmo, dos outros e da vida (Fp 4.12). A pessoa sábia não se dedica a questões
periféricas nem é apanhada correndo atrás de coisas superficiais (Mt 23.23). A sua vida é uma
vida de fé, admiração, gratidão e esperança, que produz um entusiasmo pela vida e que abre a
porta para a felicidade.
Questões Psicológicas. Quanto mais sadia uma pessoa for espiritual e psicologicamente, tanto
maior será seu potencial de felicidade. Uma pessoa preocupada com sua segurança, sua
ansiedade, sua depressão, a ponto de não poder colocar suficientemente de lado suas defesas
e formar amizades profundas ou corresponder à vida de modo espontâneo, experimentará
pouca ou nenhuma felicidade.
(1) As pessoas saudáveis não distorcem a realidade para que esta se adapte a seus desejos. A
verdadeira felicidade deve ser uma realidade — não é uma ilusão.
(2) A felicidade não exclui a dor nem a tristeza, mas somente a depressão e a sensação de não
valer nada.
(3) A pessoa que está no processo de concretizar seu próprio potencial sem igual, terá maiores
oportunidades de experimentar a felicidade.
(4) A possibilidade de felicidade cresce muito quando há liberdade para aprender através da
experiência, uma receptividade às mudanças e a flexibilidade de adaptação às circunstâncias
que se alteram. A rigidez bloqueia o processo da vida.
(5) A necessidade psicológica mais importante para todo ser humano é 0 amor. Do nascimento
até morte, 0 fato de sermos amados, mais do que qualquer outra coisa, contribui para encher
a psique de bem-estar. A felicidade sempre está ligada com 0 amor.
EHTIC – p. 157-158
183 ('ashar) ir (reto), andar,

183a (‘esher), (‘ashar) felicidade, bênção

[...]

Para ser abençoado (ashrê), o homem tem de Fazer algo. Normalmente se trata de algo
feito de modo positivo. Um homem “abençoado”, por exemplo, é alguém que confia em Deus
inteiramente: Salmos 2.12; 34.8[9]; 40.4[5]; 84,5[6]; 84.12[13]; 146.5; Provérbios 16.20. Um
homem “abençoado” é aquele que se coloca sob a autoridade da revelação de Deus: a sua
Torá (Sl 119.1; 1.2; Pv 29.18); a sua palavra (Pv 16.20); os seus mandamentos (Sl 112.1); o seu
testemunho (Sl 119.2); o seu caminho (Sl 128.1; Pv 8.32). O homem benigno para com o pobre
é abençoado (Sl 41.1[2]; Pv 14.21). Observe a abordagem baseada em negativos do salmo 1,
“bem-aventurado o homem que não”. Ele se isola e evita a companhia de certas pessoas, os
ímpios. O salmo termina com a observação de que serão exatamente os ímpios os que, por
fim, ficarão isolados. Eles não prevalecerão no juízo. Eles são destacados pela sua ausência,
porque perecerão.
DITAT, p. 134-135
BENDITO
’asrê: “bendito, bem-aventurado, feliz”. Todas menos quatro das 44 ocorrências bíblicas
deste substantivo estão em passagens poéticas, com 26 ocorrências nos Salmos e oito em
Provérbios.
Basicamente, esta palavra conota o estado de "prosperidade" ou "felicidade" que vêm
quando um superior concede seu favor (bênção) a alguém. Na maioria das passagens, aquele
que concede o favor é o próprio Deus: "Feliz és tu. ó Israel! Quem é como tu? Povo salvo pelo
SENHOR" (Dt 33.29. ARA). O estado que o bem-aventurado desfruta nem sempre parece ser
“feliz": "Eis que bem-aventurado [“feliz”] é o homem a quem Deus castiga: não desprezes,
pois, o castigo do Todo-Poderoso. Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere, e as
suas mãos curam” (Jó 5.17,18). Elifaz não estava descrevendo a condição de Jó como a de
alguém feliz; porém, tal condição era “bem-aventurada” já que Deus se preocupava com ele.
Pelo fato de que era um estado bendito e o resultado seria bom, esperava-se que Jó risse de
sua adversidade (Jó 5.22).
Nem sempre é Deus que faz a pessoa “bendita”. Pelo menos, a rainha de Sabá disse
lisonjeiramente a Salomão que este era o caso (1 Rs 10.8).
O estado da pessoa diante de Deus (sendo “bendita”) nem sempre é expresso em
termos da situação individual ou social que faz com que, em geral, as pessoas atualmente
considerem ser a “felicidade”. Assim, embora seja adequado traduzir ’asrê por “bendito”, a
tradução de “felicidade” nem sempre transmite sua ênfase aos leitores modernos.

VINE, p. 53
GOZAR
A. Verbo.
tunchanò, usado no transitivo, denota “bater em, acertar com, encontrar-se com", daí,
“alcançar, adquirir, obter"; é traduzido em At 24.2 por “temos" (ou seja, obtivemos para a
nossa satisfação; veja ARA). Veja COMUM. Nota (3). OBTER. OCASIONALMENTE.
B. Substantivo.
apolaiisis, "prazer” (derivado de apolauõ, "segurar, pegar, apoderar-se de, desfrutar
uma coisa” ), sugere a vantagem ou prazer a ser obtido de uma coisa (proveniente de uma raiz
lah-, identificada em lambanõ, "obter” ). Em 1 Tm 6.17, é usado com a preposição eis,
literalmente,
"até o prazer”, sendo traduzido por "gozarmos”; com o verbo echõ, “ter”, ocorre em Hb
11.25, literalmente, "ter o prazer (do pecado)”, sendo traduzido por " ter o gozo do pecado”.
Veja
PRAZER.
VINE, p. 678,679
GOZO
A. Substantivos.
1. chara, "alegria, delícia, deleite” (cognato de chairõ, "regozijar”), é frequentemente
encontrado em Mateus e Lucas, e sobretudo em João, uma vez em Marcos (Mc 4.16, "prazer”);
está ausente de 1 Coríntios (embora o verbo seja usado três vezes), mas é frequente em 2
Coríntios, onde o substantivo aparece cinco vezes (quanto a 2 Co 7.4, veja Nota mais adiante),
e o verbo oito vezes, sugestivo do alívio do apóstolo Paulo em comparação com as
circunstâncias de 1 Coríntios; em Cl 1.11, "gozo”. A palavra é, às vezes, usada, por metonímia
acerca da ocasião ou causa de "alegria” (Lc 2.10. literalmente, "eu vos anuncio uma grande
alegria” ); em 2 Co 1.15. em alguns manuscritos, o termo chara aparece em lugar de charis,
"benefício, graça”; Fp 4.1, onde os leitores são chamados a "alegria” do apóstolo Paulo (o
mesmo se dá em 1 Ts 2.19,20); diz respeito ao objeto da "alegria” de Jesus (Hb 12.2); em Tg
1.2, está relacionado com entrar em provações; talvez também em Mt 2 5 .2 1,23, onde alguns
consideram que significa, concretamente, as circunstâncias que acompanham a cooperação na
autoridade do Senhor. Veja também a Nota que segue o n° 3.
Nota: Em Hb 12.11, "gozo” representa a expressão meta, "com”, seguido de chara,
literalmente, "com alegria”. O mesmo se dá em Hb 10.34, “com gozo”; em 2 Co 7.4, o
substantivo é usado com a voz média de huperperisseo, "abundar mais excessivamente”, e
traduzido por "(estou [...] transbordante) de gozo”.
2. agalliasis, "exultação, alegria exuberante” . Contraste com B, n° 3. mais adiante. Veja
GOZO.
3. euphrosune é traduzido em At 2.28 por "júbilo”; em At 14.17, por "alegria”. Veja
GOZO-1
Nota: A "alegria” está associada com a vida (por exemplo. 1 Ts 3.8,9). As experiências de
tristeza preparam e aumentam a capacidade para a "alegria” (por exemplo, Jo 16.20; Rm 5.3.4;
2 Co 7.4; 8.2; Hb 10.34; Tg 1.2). A perseguição por causa de Cristo aumenta a "alegria” (por
exemplo. Mt 5.11.12; At 5.41). Outras fontes de “alegria” são a fé (Rm 15.13; Fp 1.25); a
esperança (Rm 5.2, kauchaomai. Veja B. n° 2; Rm 12.12, chairõ, veja B, n° 1); a “alegria” dos
outros (Rm 12.15), a qual é distintiva da simpatia cristã (cf. 1 Ts 3.9). No Antigo e no Novo
Testamentos, o próprio Deus é a base e o objeto da "alegria” do crente (por exemplo. SI 35.9;
43.4; Is 61.10; Lc 1.47; Rm 5.11; Fp 3.1; 4.4).
B. Verbos.
1. chairõ. "regozijar-se, alegrar-se”, é traduzido em Lc 19.6 por "com júbilo”,
literalmente, “regozijando-se” (2 Co 7.13; Fp 2.17; 2.18; Cl 2.5; 1 Ts 3.9). É posto em contraste
com chorar e entristecer-se (por exemplo, Jo 16.20,22; Rm 12.15; 1 Co 7.30; cf. SI 30.5). Veja
ALEGREMENTE.
PASSAR BEM. SALDAR. REGOZIJAR-SE.
2. kauchaomai, "jactar-se, gloriarse, exultar”, é usado em Rm 5.11.
3. agalliaõ, "exultar, regozijar-se grandemente”, é traduzido em 1 Pe 4.13 por
"regozijeis”
(voz média), literalmente, "(vos regozijeis [chairõ]), exultando”. Contraste com A, n° 2.
Veja ALEGREMENTE, REGOZIJAR-SE.
4. oninemi, "beneficiar, ganhar”, na voz média, "ter lucro, sacar proveito”, é traduzido
em Fm 20 por "eu me regozijarei”; o apóstolo Paulo está, sem dúvida, dando prosseguimento
às suas metáforas de crédito e débito e usando o verbo no sentido de "lucro”.
VINE, p. 679
ALEGRAR-SE
A. Verbo.
samah: “alegrar-se, regozijar-se”. Este verbo também ocorre no ugarítico (onde seus
radicais são sh-m-h) e talvez no aramaico-siríaco. Aparece em todos os períodos do hebraico e
por volta de 155 vezes na Bíblia.
O termo samah diz respeito a uma emoção espontânea ou felicidade extrema que é
expressa de maneira visível e/ou externa. Não representa um estado permanente de bem-
estar ou sentimento. Esta emoção surge em banquetes, festas de circuncisão, de casamento,
de colheita, a derrota dos inimigos e em outros eventos semelhantes. Os homens de Jabes-
Gileade irromperam com alegria quando souberam que seriam libertos dos filisteus (1 Sm
11.9).
A emoção manifesta no verbo samah encontra expressão visível. Em Jr 50.11, os
babilônicos são denunciados por “se alegrarem” e saltarem de prazer com a pilhagem de
Israel. Sua emoção é revelada externamente por terem inchado como bezerra gorda e
relinchado como garanhões. A emoção representada no verbo (e concretizada no substantivo
simhah) é acompanhada às vezes por dança, canto e instrumentos musicais. Este era o sentido
quando Davi foi aclamado pelas mulheres de Jerusalém quando ele voltava vitorioso das
batalhas contra os filisteus (1 Sm 18.6). Esta emoção é descrita como produto de uma situação,
circunstância ou experiência exterior, como a encontrada na primeira ocorrência bíblica de
samah. Deus disse a Moisés que Arão estava vindo para encontrá-lo e, “vendo-te, se alegrará
em seu coração” (Êx 4.14). Esta passagem fala do sentimento interno que é expresso
visivelmente. Quando Arão viu Moisés, ele foi vencido pela alegria e o beijou (Êx 4.27).
O verbo samah sugere três elementos: 1) Um sentimento espontâneo e descontinuado
de júbilo, 2 ) um sentimento tão forte que encontra expressão em um ato exterior e 3) um
sentimento provocado por um incentivo exterior e não sistemático.
Este verbo é usado no modo intransitivo com o significado de que a ação é enfocada no
sujeito (cf. 1 Sm 11.9). Deus é, às vezes, o sujeito, aquele que “se alegra e se regozija”: “A
glória do SENHOR seja para sempre! Alegre-se o Senhor em suas obras!" (SI 104.31). Quanto
aos justos: “Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos; [...] e cantai alegremente" (SI 32.11). No
lugar que o Senhor escolher, Israel deve “alegrar-se” em tudo o que o Senhor o abençoar (Dt
12.7). Usado neste modo, o verbo samah descreve um estado no qual a pessoa se coloca sob
determinadas circunstâncias. Tem o sentido adicional e técnico de descrever tudo o que se faz
ao preparar uma festa perante Deus: “E. ao primeiro dia, tomareis para vós ramos de formosas
árvores, ramos de palmas, ramos de árvores espessas e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis
perante o SENHOR, vosso Deus, por sete dias” (Lv 23.40).
Em alguns casos, o verbo descreve um estado contínuo. Em 1 Rs 4.20, o reinado de
Salomão é resumido assim: “Eram, pois, os de Judá e Israel muitos, como a areia que está ao
pé do mar em multidão, comendo, e bebendo, e alegrando-se".
B. Substantivo.
simehah: “alegria, regozijo”. Este substantivo, que também aparece no ugarítico, é
encontrado 94 vezes no hebraico bíblico. O substantivo sim ehah é termo técnico para designar
a expressão exterior de “alegria” (Gn 31.27, primeira ocorrência bíblica; cf. 1 Sm 18.6; Jr 50.11)
e é uma representação do sentimento ou conceito abstrato de “alegria” (Dt 28.47). Em outro
uso técnico, este substantivo significa toda a atividade de fazer uma festa perante Deus:
"Então, todo o povo se foi a comer, e a beber, e a enviar porções, e a fazer grandes festas
[literalmente. “fazer grande alegria”]” (Ne 8.12).
O substantivo apanha a nuança concreta do verbo, como em Is 55.12: "Porque, com
alegria, saireis; [...] os montes e os outeiros exclamarão de prazer perante a vossa face, e todas
as árvores do campo baterão palmas”.
C. Adjetivo.
sameah: “alegre, contente". Este adjetivo ocorre 21 vezes no Antigo Testamento. A
primeira ocorrência bíblica está em Dt 16.15: “Sete dias celebrarás a festa ao SENHOR, teu
Deus, no lugar que o SENHOR escolher, porque o SENHOR, teu Deus, te há de abençoar; [...]
pelo que te alegrarás certamente”.

VINE, p. 33,34
BEM-AVENTURANÇA
makarismos denota “declaração de bem-aventurança, felicitação"; é encontrado em Gl
4.15; os convertidos gálatas tinham se considerado felizes quando ouviram e receberam o
Evangelho de Paulo; ele lhes pergunta retoricamente o que tinha acontecido com o espírito
que os tinha animado. A palavra também ocorre em Rm 4.6,9.
VINE, p. 433
FELIZ
A. Adjetivo.
makarios. “bendito, bem-aventurado, santificado, feliz”, ocorre em Jo 13.17; At 26.2; Rm
14.22; 1 Pe 3.14:4.14. Também encontramos o comparativo em 1 Co 7.40 (“mais bem-
aventurada”).
B. Verbo.
makarizo. “chamar bem-aventurado” (Lc 1.48), é traduzido cm Tg 5.11 por “temos por
bem-aventurados".
VINE, p. 650.
ABENÇOAR
A. Verbos.
1. eulogeo, literalmente, “falar bem de” (formado de eu, “bem”, e logos, “palavra”),
significa: (a) “louvar, celebrar com louvores”, os quais são endereçados a Deus em
reconhecimento da Sua bondade, com o anelo por Sua glória (Lc 1.64; 2.28: 24.51,53; Tg 3.9):
(b) “invocar bênçãos em uma pessoa” (por exemplo, Lc 6.28; Rm 12.14). O particípio presente
passivo, “abençoado, louvado", é usado especificamente acerca de Cristo em Mt 21.9; 23.39. e
passagens paralelas; também ocorre em Jo 12.13; (c) “consagrar uma coisa com orações
solenes, pedir a bênção de Deus sobre algo” (por exemplo, Lc 9.16; 1 Co 10.16); (d) “fazer
prosperar, fazer feliz, conceder bênçãos em”, é dito acerca de Deus (por exemplo, em At 3.26:
G13.9; E f 1.3). Contraste com o sinônimo aineo, “louvar”.
2. eneulogeomai, “abençoar”, é usado na voz passiva (At 3.25 e Gl 3.8). O prefixo indica
a pessoa sobre quem a bênção é conferida.
3. makarizõ, derivado de uma raiz mak-, que significa “grande, longo, comprido”,
encontrada também nas palavras makros, “longo”, e mekos, “duração, comprimento”, denota
“pronunciar feliz, abençoado” (Lc 1.48 e Tg 5.11).
B. Adjetivos.
1. eulogetos, cognato de A, n° 1, quer dizer “abençoado, louvado”, é aplicado somente a
Deus (Mc 14.61; Lc 1.68; Rm 1.25; 9.5; 2 Co 1.3; 11.31; Ef 1.3; 1 Pe 1.3). Na Septuaginta
também é aplicado a homens (por exemplo, Gn 24.31; 26.29; Dt 7.14; Jz 17.2; Rt 2.20: 1 Sm
15.13).
2. makarios, cognato de A, n° 3, é usado nas bem-aventuranças em Mt 5 e Lc 6, sendo
sobretudo frequente no Evangelho de Lucas e encontrado sete vezes em Apocalipse (Ap 1.3;
14.13; 16.15: 19.9; 20.6: 22.7,14). É dito duas vezes a respeito de Deus (1 Tm 1.11; 6.15). Nas
bem-aventuranças, o Senhor indica não só as características dos que são “bem-aventurados”,
mas também a natureza do que é o bem mais sublime.
C. Substantivos.
1. eulogia, cognato de A, n° 1, literalmente, “linguagem boa, louvor”, é usado acerca de:
(a) Deus e Cristo (Ap 5.12,13; 7.12); (b) a invocação de bênçãos, ação de graças (Hb 12.17; Tg
3.10); (c) o dar graças (1 Co 10.16); (d) uma bênção, um benefício concedido (Rm 15.29;
G13.14; Ef 1.3; Hb 6.7); uma dádiva em dinheiro enviada a crentes em necessidade (2 Co
9.5,6); (e) no mal sentido, a linguagem capciosa (Rm 16.18, “lisonjas ”, onde vem junto com
chrestologia, “linguagem aduladora” , termo que se relaciona com a essência, ao passo que
eulogia alude à expressão).
2. makarismos, cognato de A, n° 3, “bem-aventurança” , indica uma atribuição de
bênção em vez de um estado (Rm 4.6,9). Os crentes gálatas se contavam felizes por terem
ouvido e recebido o Evangelho. Será que eles tinham se esquecido dessa opinião? (Gl 4.1 5).
Nota: Em At 13.34, o termo hosia, literalmente, “coisas santas”, foi traduzido por
“santas (e fiéis) bênçãos”.
VINE, p. 361
GLÓRIA
A. Substantivo.
tip'eret: “glória, beleza, ornamento, distinção, orgulho”. Esta palavra aparece em torno
de 51 vezes e em todos os períodos do hebraico bíblico.
A palavra descreve “beleza" no sentido de realçar a aparência característica da pessoa:
“E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento [beleza]” (Êx 28.2, primeira
ocorrência). Em Is 4.2, a palavra identifica que o fruto da terra é a "beleza” ou “adorno” dos
sobreviventes de Israel.
O termo tip’eret (ou tip'arah) significa “glória” em várias ocasiões. A palavra é usada
para aludir à dignidade da pessoa. Uma coroa de “glória” é uma coroa que, por sua riqueza,
indica dignidade elevada. A sabedoria vai presentear você com “um diadema de graça e uma
coroa de glória” (Pv 4.9). “Coroa de honra são as cãs” (Pv 16.31), uma recompensa pela vida
íntegra. Em Is 62.3, a expressão “coroa de glória” é comparada com o “diadema real”. Esta
palavra também modifica a grandeza de um rei (Et 1.4) e a grandeza dos habitantes de
Jerusalém (Zc 12.7). Em cada uma destas ocorrências, esta palavra enfatiza a dignidade das
pessoas ou as coisas assim modificadas. A palavra é usada para aludir ao renome da pessoa:
"Para assim te exaltar sobre todas as nações que fez, para louvor, e para fama, e para glória
[distinção]” (Dt 26.19).
Em outra acepção relacionada, tip'eret (ou tip ’arah) é usado para se referir a Deus, para
enfatizar Sua dignidade, renome e “beleza” inerente: “Tua é, SENHOR, a magnificência, e o
poder, e a honra, e a vitória, e a majestade” (1 Cr 29.11).
Esta palavra representa a “honra” de uma nação no sentido, de sua posição diante de
Deus: “Derribou do céu à terra a glória [honra ou orgulho] de Israel” (Lm 2.1). Esta acepção
está sobretudo clara em passagens como Jz 4.9: “Certamente irei contigo, porém não será tua
a honra [ou seja, a distinção] pelo caminho que levas; pois à mão de uma mulher o SENHOR
venderá a Sísera”.
Em Is 10.12, tip’eret (ou tip’arah) descreve a subida de alguém a elevada dignidade aos
seus próprios olhos: “Visitarei o fruto do arrogante coração do rei da Assíria e a pompa da
altivez dos seus olhos”.
B. Verbo.
pa'ar: “glorificar”. Este verbo aparece 13 vezes no hebraico bíblico. Uma ocorrência
deste verbo está em Is 60.9: “E do Santo de Israel, porquanto te glorificou”.
VINE, p. 138.
HONRAR
A. Verbos.
kãbed: “honrar”. Este verbo aparece por volta de 114 vezes e em todos os períodos do
hebraico bíblico. Seus cognatos ocorrem nos mesmos idiomas do substantivo kãbôd. Uma
ocorrência de kãbed está em Dt 5.16: “Honra a teu pai e a tua mãe. como o SENHOR, teu Deus,
te ordenou”.
hãdar: “honrar, preferir, exaltar a si mesmo, comportar-se com arrogância”. Este verbo,
que aparece oito vezes no hebraico bíblico, só tem cognatos no aramaico, embora alguns
estudiosos sugiram cognatos no egípcio e siríaco.
A palavra significa “honrar” ou “preferir” em Ex 23.3: “Nem ao pobre favorecerás na sua
demanda”. Em Pv 25.6, hãdar quer dizer “exaltar a si mesmo” ou “comportar-se com
arrogância”.
B. Substantivos.
kãbôd: “honra, glória, grande quantidade, multidão, riqueza, reputação [majestade],
esplendor”. Os cognatos desta palavra aparecem no ugarítico, fenício, árabe, etiópico e
acadiano. Ocorre cerca de 200 vezes no hebraico bíblico e em todos os períodos.
O substantivo kãbôd se refere ao grande peso ou “quantidade” de uma coisa. Em Na 2.9,
deve-se ler: “Porque não tem termo o provimento, abastança há de todo gênero de móveis
apetecíveis”. Isaías 22.24 compara Eliaquim a um prego firmemente fixado na parede, no qual
é pendurado “toda a glória [“as coisas pesadas”] da casa de seu pai”. Este significado é
requerido em Os 9.11, onde kãbôd representa grande “multidão” de pessoas: “Quanto a
Efraim, a sua glória [multidão], como ave, voará”. A palavra não significa simplesmente
"pesado", mas uma quantidade pesada ou imponente de coisas.
O termo kãbôd diz respeito à “riqueza” e “reputação” significativa e positiva (em sentido
concreto). Os filhos de Labão reclamaram que “Jacó tem tomado tudo o que era de nosso pai e
do que era de nosso pai fez ele toda esta glória [riqueza]” (Gn 31.1, primeira ocorrência
bíblica). A segunda ênfase aparece em Gn 45.13, onde José disse aos irmãos que informassem
o “pai [de] toda a minha glória [majestade] no Egito”. Aqui esta palavra inclui um relatório de
sua posição e a garantia de que se a família fosse para o Egito. José a sustentaria. Árvores,
florestas e colinas arborizadas têm uma qualidade imponente, uma riqueza ou "esplendor”.
Deus castigará o rei da Assíria destruindo a maioria das árvores de suas florestas: “Também
consumirá a glória da sua floresta. [...] E o resto das árvores da sua floresta será tão pouco, que
um menino as poderá contar" (Is 10.18.19). No SI 85.9. a ideia de riqueza ou abundância
predomina: “Certamente que a salvação está peno daqueles que o temem, para que a glória
[ou abundância] habite em nossa terra”. Esta ideia é repetida em SI 85.12: “Também o
SENHOR dará o bem. e a nossa terra dará o seu fruto”.
A palavra kãbôd também tem a ênfase abstrata de "glória", presença ou posição
grandiosas. A esposa de Fineias chamou seu filho de Icabô, “dizendo: Foi-se a glória de Israel,
porquanto a arca de Deus foi levada presa e por causa de seu sogro e de seu marido" (eles, os
sumos sacerdotes, tinham morrido. 1 Sm 4.21). Em Is 17.3, kãbôd representa a ideia mais
concreta de abundância de coisas que incluem cidades fortalecidas, soberania (autonomia) e
pessoas. Entre tais qualidades está “honra”, ou respeito e posição. Em Is 5.13, esta ideia de
“honra" é representada por kãbôd: “E os seus nobres [do Meu povo] terão fome, e a sua
multidão se secará de sede”. Assim a palavra kãbôd e seu paralelo (a multidão) representam
todas as pessoas de Israel: as classes altas e o povo comum. Em muitas passagens, a palavra
descreve o futuro em vez da realidade presente: “Naquele dia, o Renovo do SENHOR será
cheio de beleza c de glória" (Is 4.2).
Quando usado no sentido de “honra” ou “importância” (cf. Gn 45.13) há duas acepções
da palavra. Primeiro, kãbôd enfatiza a posição de um indivíduo dentro da esfera na qual ele
vive (Pv 11.16). Esta “honra” pode ser perdida por ações ou atitudes erradas (Pv 26.1,8) e
evidenciada em ações apropriadas (Pv 20.3; 25.2). Esta ênfase está numa relação entre
personalidades. Segundo, há a sugestão de nobreza em muitos usos da palavra, como "honra"
que pertence a uma família real (1 Rs 3.13). Assim, kãbòd é usado para se referir à distinção
social e à posição de respeito desfrutada pela nobreza.
Quando aplicada a Deus, a palavra representa a qualidade correspondente a Ele e pela
qual Ele é reconhecido. Josué ordenou que Acã desse glória a Deus, para que este
reconhecesse Sua importância, valor e significado (Js 7.19). Nesta e em ocasiões semelhantes
“dar honra” diz respeito a fazer algo; o que Acã devia fazer era falar a verdade. Em outras
passagens, dar honra a Deus é reconhecimento e confissão cultuais de Deus como Deus (SI
29.1).
Alguns propõem que tais passagens celebram a soberania de Deus sobre a natureza na
qual o celebrante vê a “glória” dEle e a confessa em adoração. Em outros lugares, está escrito
que a palavra indica a soberania de Deus sobre a história e, especificamente, a manifestação
futura dessa “glória” (Is 40.5). Ainda outras passagens relacionam a manifestação da “glória"
divina com as demonstrações passadas de Sua soberania sobre a história e povos (Êx 16.7;
24.16).
hãdãr: “honra, esplendor”. Os cognatos desta palavra só aparecem no aramaico. Suas 31
ocorrências na Bíblia encontram-se exclusivamente nas passagens poéticas e em todos os
períodos.
Primeiro, hãdãr se refere ao “esplendor” na natureza: “E, ao primeiro dia, tomareis para
vós ramos de formosas árvores [literalmente, “árvores de esplendor ou beleza”]” (Lv 23.40,
primeira ocorrência).
Segundo, esta palavra é uma contraparte de palavras hebraicas que significam “glória” e
“dignidade”. Assim, hãdãr não significa tanto beleza irresistível quanto uma combinação de
atratividade física e posição social. Está escrito que o Messias "não tinha parecer nem
formosura [majestade]; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o
desejássemos” (Is 53.2). O gênero humano é coroado de “glória e honra” no sentido de desejo
superior (a Deus) e posição social (SI 8.5). Em Pv 20.29, hãdãr enfoca a mesma ideia — a marca
de um ancião de posição e privilégio são seus cabelos brancos. Isto reflete o tema presente ao
longo da Bíblia que vida longa é marca de bênção divina e é o (frequente) resultado quando a
pessoa é fiel a Deus, ao passo que a morte prematura é resultado de julgamento divino. As
ideias de brilho glorioso, proeminência e senhorio estão incluídas cm hãdãr quando são
aplicadas a Deus: "Majestade e esplendor há diante dele, força e alegria, no seu lugar” (1 Cr
16.27). Estas não apenas são características do Seu santuário (SI 96.6), mas Ele está vestido
com elas (SI 104.1). Este uso de hãdãr está arraigado no conceito antigo de um rei ou de uma
cidade régia. Deus deu a Davi todas as coisas boas: uma coroa de ouro na cabeça, vida longa e
glória ou “esplendor” e majestade (SI 21.3-5). No caso dos reis terrenos, sua beleza ou brilho
surge do seu ambiente. Assim Deus fala sobre a cidade de Tiro: “Os persas, e os lídios, e os de
Pute eram, no teu exército, os teus soldados; escudos e capacetes penduraram em ti; eles
fizeram a tua beleza [honra]. Os filhos de Arvade e o teu exército estavam sobre os teus muros
em redor, e os gamaditas, sobre as tuas torres; penduravam os seus escudos nos teus muros
em redor; eles aperfeiçoavam a tua formosura” (Ez 27.10,11). Deus, porém, manifesta as
características de “honra” ou “esplendor” em Si mesmo.
O substantivo hadãrãh significa “majestade, esplendor, exaltação, adorno”. Este
substantivo aparece cinco vezes na Bíblia. A palavra implica “majestade” ou “exaltação” em Pv
14.28: “Na multidão do povo está a magnificência do rei, mas, na falta de povo, a perturbação
do príncipe”. O termo hadãrãh se refere a “adorno” em SI 29.2.
C. Adjetivo.
kãbed: “pesado, numeroso, severo, rico”. O adjetivo kãbed ocorre por volta de 40 vezes.
Basicamente, este adjetivo conota “pesado”. Em Êx 17.12 a palavra é usada para aludir a peso
físico: “Porém as mãos de Moisés eram pesadas; por isso, tomaram uma pedra e a puseram
debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um
lado, e o outro, do outro”.
Este adjetivo traz a conotação de peso como uma qualidade permanente e resistente,
uma coisa que dura. Usado em sentido negativo, mas ampliado, a palavra descreve o pecado
como jugo que sempre pressiona alguém: “Pois já as minhas iniquidades ultrapassam a minha
cabeça; como carga pesada são demais para as minhas forças” (SI 38.4). Uma tarefa pode ser
descrita como “pesada” (Êx 18.18, ARA). Moisés discutiu sua inabilidade em tirar o povo de
Deus do Egito, porque ele era “pesado de boca e pesado de língua”; sua fala ou língua não era
fluente, não era isenta de dificuldades, mas deficiente (Êx 4.10). Este uso de kãbed aparece
com explicação em Ez 3.6, onde Deus descreve as pessoas a quem Ezequiel deve ministrar:
“Nem a muitos povos de estranha fala e de língua difícil, cujas palavras não possas entender”.
Outra acepção desta palavra aparece em Êx 7.14, onde é aplicada ao coração de Faraó: “O
coração de Faraó está obstinado; recusa deixar ir o povo”. Em todos esses contextos, kãbed
descreve um fardo que pesa sobre o corpo da pessoa (ou em parte dela), de forma que a
pessoa fica inválida ou impossibilitada de agir com bom êxito.
Uma segunda série de passagens usa esta palavra para se referir a algo que cai sobre
alguém ou o subjuga. Deus enviou sobre o Egito um granizo “mui grave" (Êx 9.18), um
“grande” enxame de insetos (Êx 8.24), gafanhotos “mui gravosos” (Êx 10.14) e uma pestilência
“gravíssima” (Êx 9.3). A primeira ocorrência da palavra pertence a esta categoria: "A fome era
grande [severa] na terra” (Gn 12.10).
Usado com conotação positiva, kãbed descreve a quantidade de “riquezas” que a pessoa
tem: "E ia Abrão muito rico em gado, em prata e em ouro" (Gn 13.2). Em Gn 50.9, a palavra é
empregada para modificar um grupo de pessoas: “O cortejo foi grandíssimo” (ARA). O próximo
versículo usa kãbed no sentido de “imponente” ou “grave": "Fizeram um grande e gravíssimo
pranto".
Este adjetivo nunca é usado em referência a Deus.
VINE, p. 145-147
GLÓRIA
A. Substantivos.
1. doxa, ' glória" (derivado de dokeò. "parecer"), significa primariamente opinião,
avaliação, e, por conseguinte, a honra que é o resultado de uma boa opinião. É usado: (I)
acerca de: (a) a natureza e atos de Deus em automanifestação, ou seja, o que Ele
essencialmente é e faz, conforme é manifesto em todas as maneiras que Ele se revela nestes
aspectos, e particularmente na pessoa de Cristo, em quem essencialmente a Sua "glória"
sempre brilhou e sempre brilhará (Jo 17.5,24; Hb 1.3): foi exibida no caráter e atos de Cristo
nos dias da Sua carne (Jo 1.14: Jo 2.11): em Caná, tanto a Sua graça quanto o Seu poder foram
manifestados, e estes constituem a Sua “glória": o mesmo se dá na ressurreição de Lázaro (Jo
11.4.40): a "glória" de Deus foi revelada na ressurreição de Cristo (Rm 6.4), e em Sua ascensão
e exaltação (1 Pe 1.21), da mesma maneira no monte da Transfiguração (2 Pe 1.17). Em Rm
1.20.23, o Seu "eterno poder" e a Sua "divindade" são falados como da Sua “glória”, ou seja, os
Seus atributos e poder são revelados pela criação: em Rm 3.23, a palavra denota a perfeição
manifesta do Seu caráter, sobretudo Sua justiça, da qual todos os homens ficam aquém: em Cl
1.11, “a força da Sua glória” significa o poder que é característico da Sua “glória"; em Ef
1.6.12.14, o “louvor e glória da sua graça" e o "louvor da sua glória" significam o devido
reconhecimento da manifestação dos Seus atributos e caminhos; em Ef 1.17. “o Pai da glória"
o descreve como a fonte de quem todo o esplendor e perfeição divinos originam-se na sua
manifestação, e a quem eles pertencem: (b) o caráter e caminhos de Deus segundo foram
manifestos por Cristo para os crentes e por meio deles (2 Co 3.18 e 4.6): (c) o estado de bem-
aventurança no qual os crentes entrarão mediante a conformação à semelhança de Cristo (por
exemplo, Rm 8.18,21; Fp 3.21, “o seu corpo glorioso"; 1 Pe 5.1,10: Ap 21.11); (d) brilho ou
esplendor: (1) sobrenatural, emanando de Deus — como no shequiná, "glória", na coluna de
nuvem e no Santo dos Santos (por exemplo, Êx 16.10; 25.22) — (Lc 2.9; At 22.11; Rm 9.4: 2 Co
3.7; Tg 2.1): em Tt 2.13, é usado acerca da volta de Jesus, “o aparecimento da glória do grande
Deus e nosso Senhor Jesus Cristo" (cf. Fp 3.21, acima); (2) natural, como o dos corpos celestes
(1 Co 15.40,41); (II) acerca de boa reputação, louvor, honra (Lc 14.10; Jo 5.41; 7.18; 8.50;
12.43; 2 Co 6.8; Fp 3.19; Hb 3.3); em 1 Co 11.7, fala do homem que está a representar a
autoridade de Deus, e da mulher que toma distinta a autoridade do homem; em 1 Ts 2.6,
“glória” provavelmente representa, por metonímia, os bens materiais, honorários, visto que na
estimativa humana, a “glória" é expressa em geral por coisas materiais.
A palavra é usada em atribuições de louvor a Deus (por exemplo, Lc 17.18: Jo 9.24; At
12.23); como nas doxologias — literalmente, "palavras de glória" (por exemplo. Lc 2.14: Rm
11.36: 16.27; Gl 1.5; Ap 1.6).
2. kleos, “boa noticia, fama, renome", é usado em 1 Pe 2.20. A palavra é derivada de
uma raiz que significa "audição”, por conseguinte, o significado “reputação”.
Nota: Em 2 Co 3.11, a expressão dia doxes, "pela [ou seja, através da] glória", é
traduzido por “para glória"; no mesmo versículo, vemos en doxe, "em glória", ou seja,
"acompanhado por glória". A primeira expressão refere-se ao ministério da lei, a segunda, ao
Evangelho.
B. Adjetivo.
endoxos significa: (a ) “mantido em honra“ (formado de en, “em”, e doxa, “honra"), “de
alta reputação" (1 Co 4.10, "ilustres"); (b) “esplêndido, glorioso”, dito acerca das vestes (Lc
7.25, "preciosas”), das obras de Cristo (Lc 13.17); da Igreja (E f 5.27).
VINE, p. 675
GLORIFICAR
1. doxazõ denota primariamente “supor” (derivado de doxa, “opinião”). No Novo
Testamento, tem o significado de: (a ) “magnificar, engrandecer louvando, exaltar, louvar”
(veja doxa. No verbete GLÓRIA), especialmente de “glorificar”; Deus, ou seja, atribuindo-lhe
honra, reconhecendo-o no que tange ao Seu Ser, atributos e atos, isto é, a Sua glória (veja
GLÓRIA), ocorre, por exemplo, em Mt 5.16; 9.8; 15.31: Rm 15.6.9; Gl 1.24; 1 Pe 4.16; a Palavra
do Senhor (At 13.48); o Nome do Senhor (Ap 15.4); também de “glorificar-se” a si mesmo (Jo
8.54; Ap 18.7); (6) “dar honra a, fazer glorioso” (por exemplo, Rm 8.30; 2 Co 3.10: I Pe 1.8,
“glorioso”, na voz passiva, literalmente “glorificado”); dito de Cristo (por exemplo, Jo 7.39;
8.54); do Pai (por exemplo, Jo 13.31,32; 21.19; 1Pe 4.11): de “glorificar” o ministério de alguém
(Rm 11.13); de um membro do corpo (1 Co 12.26, “honrado” ).
“Visto que a glória de Deus é a revelação e a manifestação de tudo o que Ele tem e é,
[...] é dito de uma autorrevelação na qual Deus manifesta toda a bondade que é dEle (Jo
12.28). Na medida que é Jesus por meio de quem isto é manifesto, está escrito que Ele glorifica
o Pai (Jo 17.1,4); ou o Pai é glorificado nEle (Jo 13.31; 14.13); e o significado de Cristo é análogo
quando Ele diz aos discípulos: ‘Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis
meus discípulos' (Jo 15.8). Quando o termo doxazõ é predicativo de Cristo, [...] significa
simplesmente que a Sua glória inata é trazida à luz, é tomada manifesta (cf. Jo 11.4: o mesmo
se dá em Jo 7.39; 12.16.23; 13.31; 17.1.5). É um ato de Deus Pai nEle. [...] Considerando que a
revelação do Espírito Santo está ligada com a glorificação de Jesus, Jesus diz concernente a Ele:
‘Ele me glorificará' (Jo 16.14)” (Cremer).
2. endoxazõ, formado de en, “para dentro, em”, e o n° 1 significa, na voz passiva, “ser
glorificado”, ou seja, exibir a glória de alguém: é dito acerca de Deus, concernente aos Seus
santos no futuro (2 Ts 1.10), e do nome do Senhor Jesus como “glorificado” neles no presente
(2 Ts 1.12).
3. sundoxazõ, “glorificar junto” (formado de sun, “com”, e o n° 1), é usado em Rm 8 .17.
VINE, p. 676
BEM-AVENTURADO
ACF Deut. 33:29 Bem-aventurado tu, ó Israel! Quem é como tu? Um povo salvo pelo
SENHOR, o escudo do teu socorro, e a espada da tua majestade; por isso os teus inimigos te
serão sujeitos, e tu pisarás sobre as suas alturas.
ACF Job 5:17 Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não
desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso.
ACF Job 29:11 Ouvindo-me algum ouvido, me tinha por bem-aventurado; vendo-me
algum olho, dava testemunho de mim;
ACF Ps. 1:1 BEM-AVENTURADO o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
ACF Ps. 32:1 BEM-AVENTURADO aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é
coberto.
ACF Ps. 32:2 Bem-aventurado o homem a quem o SENHOR não imputa maldade, e em
cujo espírito não há engano.
ACF Ps. 34:8 Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele
confia.
ACF Ps. 40:4 Bem-aventurado o homem que põe no SENHOR a sua confiança, e que não
respeita os soberbos nem os que se desviam para a mentira.
ACF Ps. 41:1 BEM-AVENTURADO é aquele que atende ao pobre; o SENHOR o livrará no
dia do mal.
ACF Ps. 65:4 Bem-aventurado aquele a quem tu escolhes, e fazes chegar a ti, para que
habite em teus átrios; nós seremos fartos da bondade da tua casa e do teu santo templo.
ACF Ps. 72:17 O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de
pais a filhos enquanto o sol durar, e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe
chamarão bem-aventurado.
ACF Ps. 84:5 Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os
caminhos aplanados.
ACF Ps. 84:12 SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua
confiança.
ACF Ps. 89:15 Bem-aventurado o povo que conhece o som alegre; andará, ó SENHOR,
na luz da tua face.
ACF Ps. 94:12 Bem-aventurado é o homem a quem tu castigas, ó SENHOR, e a quem
ensinas a tua lei;
ACF Ps. 112:1 LOUVAI ao SENHOR. Bem-aventurado o homem que teme ao SENHOR,
que em seus mandamentos tem grande prazer.
ACF Ps. 127:5 Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão
confundidos, mas falarão com os seus inimigos à porta.
ACF Ps. 128:1 BEM-AVENTURADO aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus
caminhos.
ACF Ps. 144:15 Bem-aventurado o povo ao qual assim acontece; bem-aventurado é o
povo cujo Deus é o SENHOR.
ACF Ps. 146:5 Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, e cuja
esperança está posta no SENHOR seu Deus.
ACF Prov. 3:13 Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire
conhecimento;
ACF Prov. 8:34 Bem-aventurado o homem que me dá ouvidos, velando às minhas portas
cada dia, esperando às ombreiras da minha entrada.
ACF Prov. 14:21 O que despreza ao seu próximo peca, mas o que se compadece dos
humildes é bem-aventurado.
ACF Prov. 16:20 O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que
confia no SENHOR será bem-aventurado.
ACF Prov. 28:14 Bem-aventurado o homem que continuamente teme; mas o que
endurece o seu coração cairá no mal.
ACF Prov. 29:18 Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é
bem-aventurado.
ACF Isa. 56:2 Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar
mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal.
ACF Dan. 12:12 Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco
dias.
ACF Matt. 11:6 E bem-aventurado é aquele que não se escandalizar em mim.
ACF Matt. 16:17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão
Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus.
ACF Matt. 24:46 Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar
servindo assim.
ACF Lk. 7:23 E bem-aventurado é aquele que em mim se não escandalizar.
ACF Lk. 11:27 E aconteceu que, dizendo ele estas coisas, uma mulher dentre a multidão,
levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado o ventre que te trouxe e os peitos em que
mamaste.
ACF Lk. 12:43 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar
fazendo assim.
ACF Lk. 14:14 E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar;
mas recompensado te será na ressurreição dos justos.
ACF Lk. 14:15 E, ouvindo isto, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-
aventurado o que comer pão no reino de Deus.
ACF Rom. 4:6 Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus
imputa a justiça sem as obras, dizendo:
ACF Rom. 4:8 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.
ACF Rom. 14:22 Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado
aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova.
ACF 1 Tim. 1:11 Conforme o evangelho da glória de Deus bem-aventurado, que me foi
confiado.
ACF 1 Tim. 6:15 A qual a seu tempo mostrará o bem-aventurado, e único poderoso
SENHOR, Rei dos reis e Senhor dos senhores;
ACF Jas. 1:12 Bem-aventurado o homem que suporta a tentação; porque, quando for
provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
ACF Jas. 1:25 Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso
persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado
no seu feito.
ACF Rev. 1:3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia,
e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
ACF Rev. 16:15 Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda
as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas.
ACF Rev. 20:6 Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição;
sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele mil anos.
ACF Rev. 22:7 Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da
profecia deste livro.
BEM-AVENTURADA
ACF Gen. 30:13 Então disse Lia: Para minha ventura; porque as filhas me terão por bem-
aventurada; e chamou-lhe Aser.
ACF Ps. 33:12 Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual
escolheu para sua herança.
ACF Prov. 31:28 Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido
também, e ele a louva.
ACF Eccl. 10:17 Bem-aventurada tu, ó terra, quando seu rei é filho dos nobres, e seus
príncipes comem a tempo, para se fortalecerem, e não para bebedice.
ACF Cant. 6:9 Porém uma é a minha pomba, a minha imaculada, a única de sua mãe, e a
mais querida daquela que a deu à luz; viram-na as filhas e chamaram-na bem-aventurada, as
rainhas e as concubinas louvaram-na.
ACF Lk. 1:45 Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte
do Senhor lhe foram ditas.
ACF Lk. 1:48 Porque atentou na baixeza de sua serva; Pois eis que desde agora todas as
gerações me chamarão bem-aventurada,
ACF Acts 20:35 Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário
auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada
coisa é dar do que receber.
ACF 1 Cor. 7:40 Será, porém, mais bem-aventurada se ficar assim, segundo o meu
parecer, e também eu cuido que tenho o Espírito de Deus.
ACF Tit. 2:13 Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do
grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo;
BEM-AVENTURADOS
ACF 1 Ki. 10:8 Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos,
que estão sempre diante de ti, que ouvem a tua sabedoria!
ACF 2 Chr. 9:7 Bem-aventurados os teus homens, e bem-aventurados estes teus servos,
que estão sempre diante de ti, e ouvem a tua sabedoria!
ACF Ps. 2:12 Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em
breve se acender a sua ira; bem-aventurados todos aqueles que nele confiam.
ACF Ps. 84:4 Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão
continuamente. (Selá.)
ACF Ps. 106:3 Bem-aventurados os que guardam o juízo, o que pratica justiça em todos
os tempos.
ACF Ps. 119:1 BEM-AVENTURADOS os retos em seus caminhos, que andam na lei do
SENHOR.
ACF Ps. 119:2 Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos, e que o buscam
com todo o coração.
ACF Prov. 3:18 É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos
os que a retêm.
ACF Prov. 8:32 Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que
guardarem os meus caminhos.
ACF Prov. 20:7 O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos
depois dele.
ACF Isa. 30:18 Por isso, o SENHOR esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se
levantará, para se compadecer de vós, porque o SENHOR é um Deus de eqüidade; bem-
aventurados todos os que nele esperam.
ACF Isa. 32:20 Bem-aventurados vós os que semeais junto a todas as águas; e deixais
livres os pés do boi e do jumento.
ACF Mal. 3:12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis
uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.
ACF Mal. 3:15 Ora, pois, nós reputamos por bem-aventurados os soberbos; também os
que cometem impiedade são edificados; sim, eles tentam a Deus, e escapam.
ACF Matt. 5:3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
ACF Matt. 5:4 Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
ACF Matt. 5:5 Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
ACF Matt. 5:6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão
fartos;
ACF Matt. 5:7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão
misericórdia;
ACF Matt. 5:8 Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
ACF Matt. 5:9 Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
Deus;
ACF Matt. 5:10 Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça,
porque deles é o reino dos céus;
ACF Matt. 5:11 Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e,
mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
ACF Matt. 13:16 Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque vêem, e os vossos
ouvidos, porque ouvem.
ACF Lk. 6:20 E, levantando ele os olhos para os seus discípulos, dizia: Bem-aventurados
vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus.
ACF Lk. 6:21 Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis fartos. Bem-
aventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir.
ACF Lk. 6:22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos odiarem e quando vos
separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do
homem.
ACF Lk. 10:23 E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-
aventurados os olhos que vêem o que vós vedes.
ACF Lk. 11:28 Mas ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e
a guardam.
ACF Lk. 12:37 Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar
vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os
servirá.
ACF Lk. 12:38 E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim,
bem-aventurados são os tais servos.
ACF Jn. 13:17 Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.
ACF Jn. 20:29 Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que
não viram e creram.
ACF Rom. 4:7 Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados
são cobertos.
ACF Jas. 5:11 Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a
paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e
piedoso.
ACF 1 Pet. 3:14 Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados.
E não temais com medo deles, nem vos turbeis;
ACF 1 Pet. 4:14 Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque
sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas
quanto a vós, é glorificado.
ACF Rev. 14:13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os
mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus
trabalhos, e as suas obras os seguem.
ACF Rev. 19:9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia
das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus.
ACF Rev. 22:14 Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para
que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.
BEM-AVENTURANÇA
ACF Rom. 4:9 Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente, ou
também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.
ACF Gal. 4:15 Qual é, logo, a vossa bem-aventurança? Porque vos dou testemunho de
que, se possível fora, arrancaríeis os vossos olhos, e mos daríeis.

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