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Depressão na

Adolescência
Fatores de Risco
• Gênero Feminino
• Ansiedade
• Medo do contato social
• Eventos estressantes
• Doenças crônicas (como diabetes e epilepsia)
• Conflito entre pais e filhos
• Abuso ou negligência
• Uso de álcool e drogas
• Atividade sexual (associado mais ao gênero
feminino)
Fatores de Risco

• Problemas de imagem corporal e transtornos da


alimentação podem agravar sintomas
depressivos.

• Estudos sugerem que existe uma correlação


entre avanço da puberdade e sintomas
depressivos. (alterações biológicas)
Fatores Agravantes
• Desconhecimento sobre a doença.
• Confusão com comportamentos adolescentes.
• Desorganização e conflitos familiares.
Sintomas
Tristeza, irritabilidade, tédio,
incapacidade para
experimentar prazer,
instabilidade, humor deprimido,
desmotivação, desinteresse,
sentimentos de desesperança e/
ou culpa, alterações do sono,
isolamento, baixa autoestima,
ideação e comportamento
suicida, problemas graves do
comportamento, distúrbios do
sono, agressividade, prejuízo no
desempenho escolar e queixas
físicas.
Depressão e os
Vínculos
A depressão segundo o viés psicanalítico
está associada aos vínculos primitivos
A tristeza e a
Adolescência
“As transformações decorrentes desta fase despertam
uma sensação de estranhamento não só no
adolescente, mas também nos outros, por isso
precisam ser assimiladas a um novo sistema de
representações. De acordo com Levy, a perda deste
sistema representacional da infância desperta
ansiedades depressivas, paranoides e de
aniquilamento, além de um sentimento de
despersonalização.”
A tristeza e a
Adolescência
“Todas as perdas características da adolescência
geram sofrimento e angústia, tornando
frequentemente esperadas as manifestações
psicopatológicas.”
Depressão
“Condição emocional prologada que atinge vários
aspectos da personalidade.”
Depressão – DSM 5
• Transtorno Disruptivo da desregu­
lação do humor
• Transtorno Depressivo Maior
• Transtorno Depressivo Persistente
Índices
• Entre os principais motivos de tentativa e/ou suicídio:
• Dificuldade de interação social e histórico de abuso
sexual (10% dos adolescentes no RS são abusados –
segundo o que é registrado – estima­se que os
números sejam bem maiores).
• Brasil – 8º País com maior índice de suicídio.
• No Rio Grande do Sul estima­se que ocorram 3 suicídios
por dia.
• Ocorre consideravelmente entre as mulheres, princi­
palmente adolescentes. (a grande maioria são
abusadas, iniciam a vida sexual precocemente,
engravidam, tentam abortar, não conseguem e após
tentam o suicídio.)
Depressão e os Vínculos
Segundo Biazus e Ramires:

Conclui­se que há uma associação importante entre


o estabelecimento de um padrão de apego
inseguro na infância e o desenvolvimento da
depressão na adolescência.
Relação mãe‑bebê
A “equivalência psíquica”,
corresponde ao momento em que a mãe se
encontra totalmente adaptada ao bebê, não
havendo uma diferenciação entre o mundo interno
e o mundo externo; porém este primeiro momento
deve evoluir para um segundo momento, chamado
de “ilusão”, em que o mundo externo não
corresponde mais ao mundo interno, tornando o
sujeito capaz de diferenciar entre o estado subjetivo
do seu self e de um outro.
Apego Seguro

Integração dos dois momentos anteriormente citados


Apego Inseguro
• Não ocorre a passagem do momento “equivalência
psíquica” para o de “ilusão”.
• o sujeito fica preso às representações dos estados
mentais do objeto, internalizando­as como partes de si
mesmo. Neste caso, o self permanece incompleto e a
realidade interna continua a ser vivida de acordo com
o modelo de “equivalência psíquica”, não havendo
distinção entre a realidade interna e a realidade
externa, entre o eu e o outro, o que compromete a
capacidade de dar significado aos sentimentos e de
diferenciá­los daqueles oriundos da realidade externa.
Dessa forma, o mundo interno é sentido como
ameaçador e acaba conduzindo o sujeito a uma
identificação projetiva excessiva, a fim de livrar­se
desses conteúdos angustiantes, já que não é possível
modificá­los de forma que eles possam ser
efetivamente pensados.
• As funções reflexivas parentais estão intimamente
ligadas a capacidade de o adolescente construir
representações mentais internas ou mentalizações.
• Dessa forma, quando a capacidade de menta­
lização funciona ativa e adequadamente, o
indivíduo interpreta a informação interpessoal
suficientemente bem para se sentir seguro quando
está próximo dos outros e consegue diferenciar
entre o estado subjetivo do seu self e de um outro.
Por outro lado, quando a
capacidade de mentalização
na adolescência se encontra
diminuída ou simplesmente
nula, o sujeito pode ter
dificuldades para elaborar as
perdas e transformações desta
fase, e então recorre ao
sintoma como forma de
proteger o seu funcionamento
mental e físico, como pode
ocorrer no caso da depressão.
Apego Inseguro
e
Depressão na adolescência
• A patologização da adolescência ocorre
justamente quando o adolescente não tem
recursos para representar essa nova experiência
subjetiva que vivencia.
• Essa exploração permite identificar uma
associação importante entre o estabelecimento
de um padrão de apego inseguro na infância e o
desenvolvimento da depressão na adolescência.
Propostas Psicoterápicas
• TCC: Terapia Cognitivo Comportamental

• TIP: Terapia Interpessoal

• Top: Terapias de orientação psicodinâmica

• Psicoterapias de grupo
TCC e TIP
• TCC: Amplamente utilizada com resultados
efetivos.

• TIP (Terapia Interpessoal): É uma forma de terapia


que foca sua intervenção em situações de
conflitos e problemas atuais do paciente. Procura
ajudar os pacientes a entender seus problemas
presentes dentro do contexto de suas relações
interpessoais, ensinando o monitoramento dos
sintomas depres­sivos, questionamento
exploratório, habilidades de comunicação e
identificação da relação entre afetos e
acontecimentos
Top: Terapias de
orientação psicodinâmica

No processo terapêutico, o paciente é orientado a


expressar seus pensamentos e sentimentos
abertamente e de maneira não dirigida, com a
finalidade de reexperimentar traumas precoces na
relação analítica.
Psicoterapias de Grupo
• Grupo de terapia podem facilitar a expressão,
oferecendo oportunidades de avaliar suas auto
percepções com a observação dos seus pares sobre
eles.
• Dentro de um ambiente protegido, favorecido pelo
grupo terapêutico, podem desenvolver uma
consciência crescente de seu comportamento e do
impacto causado nos outros.
• A Psicoterapia de Grupo costuma ser útil em
adolescentes, pois estes podem aceitar melhor
confrontações e intervenções vindas de colegas do
que do Terapeuta em atendimento individual.
TERAPIA FAMILIAR E
PSICOEDUCAÇÃO
• Além das informações oferecidas, a psicoedu­
cação pretende transformar os familiares e amigos
em colaboradores ativos do tratamento com a
compreensão da depressão como uma doença.
• A família deve ser estimulada a participar na
elaboração do plano de tratamento, ajudando a
definir áreas e comportamentos­alvo de mu­
danças.
Referências Bibliográficas
• BIAZUS,C.B;RAMIRES, V.R. Depressão na
adolescência: uma problemática dos vínculos.
Psicologia em Estudo. V.17,n.1, p.83­91.
• PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento
Humano. Porto Alegre: Artmed, 2013.
• DSM 5
• BAHLS, Saint Clair  and  BAHLS, Flávia Rocha
Campos. Psicoterapias da depressão na infância e
na adolescência. Estud. psicol. (Campinas) [online].
2003, vol.20, n.2, pp.25­34. ISSN 19820275. 
• <http://dx.doi.org/10.1590/
S0103­166X200300020000>
Referências Bibliográficas
• REPPOLD, C. T.; HUTZ C. S. Prevalência de
indicadores de depressão entre adolescentes no
Rio Grande do Sul. Avaliação Psicológica, 2003.
(2)2. pp, 175­184.

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