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Tecnologias de
Produção
C O M U N ID A D E E U R O P E IA INSTITUTO DO EMPREGO
F un d o S o cia l E u rop e u E FORMAÇÃO PROFISSIONAL
IEFP · ISQ
ISBN 972-732-465-7
Copyright, 1998
Todos os direitos reservados
IEFP
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo
sem o consentimento prévio, por escrito, do IEFP
Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, co-financiado pelo
Estado Português, e pela União Europeia, através do FSE
M.S.03
Actividades / Avaliação
Bibliografia
Caso de estudo
ou exemplo
Destaque
Índice
Objectivos
Recurso a diapositivos
ou transparências
Recurso a software
Recurso a videograma
Resumo
M.T.08
Tecnologias de Produção
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
ÍNDICE GERAL
I - FUNDIÇÃO
• Introdução I.2
• Fenómenos que ocorrem durante a solidificação I.3
• Processos de fundição I.8
• Modelo ou molde I.10
• Confecção do molde ou moldação I.12
• Moldação em areia I.13
• Moldação com resinas I.18
• Moldação por cera perdida I.23
• Moldação em molde metálico I.28
• Fundição por centrifugação I.37
• Resumo I.47
• Actividades / Avaliação I.48
• Introdução II.2
• Deformação Plástica dos Materiais Metálicos II.4
• Resumo II.14
• Actividades / Avaliação II.15
• Forjamento III.2
• Extrusão III.21
• Laminagem III.27
• Estampagem III.33
• Corte por Arrombamento III.41
• Trefilagem III.57
• Quinagem III.61
M.T.08
Tecnologias de Produção IG . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
• Calandragem III.68
• Resumo III.71
• Actividades / Avaliação III.72
IV - MAQUINAÇÃO
• Introdução IV.2
• Variáveis actuantes nas operações de maquinação IV.4
• Torneamento, torno mecânico IV.7
• Aplainamento IV.17
• Fresagem IV.19
• Brochamento IV.23
• Outras operações de maquinação IV.24
• Resumo IV.41
• Actividades / Avaliação IV.42
• Introdução V.2
• Materiais V.3
• Mecanismo V.3
• Modos de operação V.4
• Fontes de calor V.4
• Acabamento superficial V.6
• Resumo V.8
• Actividades / Avaliação V.9
VI - PULVEROMETALURGIA
• Pulverometalurgia VI.2
• Matérias-primas VI.4
• O processo VI.7
• Operações pós-sinterização VI.12
• Aspectos económicos VI.15
• Aplicações VI.15
M.T.08
IG . 2 Tecnologias de Produção
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
• Resumo VI.19
• Actividades / Avaliação VI.20
VII - CORTE
• Serragem VII.2
• Corte térmico VII.3
• Corte com eléctrodo de carvão (arc-aír) VII.14
• Jacto de água VII.19
• Resumo VII.23
• Actividades / Avaliação VII.24
BIBLIOGRAFIA B.1
M.T.08
Tecnologias de Produção
Guia do Formando
M.T.08 Ut.01 IEFP · ISQ Fundição
Tecnologias de Produção
Guia do Formando
IEFP · ISQ Fundição
OBJECTIVOS
TEMAS
• Introdução
• Fenómenos que ocorrem durante a solidificação
• Processos de fundição
• Modelo ou molde
• Confecção do molde ou moldação
• Moldação em areia
• Moldação com resinas
• Moldação por cera perdida
• Moldação em molde metálico
• Fundição por centrifugação
• Resumo
• Actividades / Avaliação
Ut.01
M.T.08
Tecnologias de Produção I . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Fundição
INTRODUÇÃO
A experiência mostra que o desempenho de uma peça fundida é tanto maior Inoculantes
quanto menor for o tamanho médio dos grãos cristalinos que a constituem,
particularmente no que se refere às suas propriedades mecânicas. Daí, a
existência de um esforço tecnológico no sentido de que a fundição resulte de
um processo de solidificação no qual a frequência de nucleação seja a mais
alta possível, a fim de minimizar o tamanho dos cristais sólidos. Esse
procedimento é denominado refinamento de grão.
Desta forma, cada uma das partículas inoculantes actuará como um núcleo de
germinação localizado para nucleação heterogénea da fase sólida.
a) b)
Macroestruturas de fundição
Fig. I.2 - Influência do modo de solidificação no fluxo de metal líquido nos canais
de uma moldação: a) crescimento com interface planar;
b) crescimento com dendrites no líquido.
Ut.01
M.T.08
O termo fluidez (ou vazabilidade) é usado para descrever o comportamento Fluidez ou vazabilidade
macroscópico do metal líquido durante o vazamento no interior da moldação,
ou durante o escoamento pelas passagens internas da cavidade do molde.
Normalmente, a fluidez é determinada experimentalmente e é expressa em
unidades de comprimento.
a) b)
c)
a) b) c)
Zona coquilhada
Zona colunar
7
6 Zona Coquilhada
5
Grãos / mm2
Zona Colunar
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4
Distância à parede do Molde (cm)
Fig. I.5 - Variação da quantidade relativa de grãos a partir da periferia (zona coquilhada)
de uma peça fundida em liga de Al, em molde metálico (ou coquilha metálica)
PROCESSOS DE FUNDIÇÃO
• Desenho da peça;
• Projecto do modelo;
• Fabrico do modelo;
• Fabrico do molde ou moldação;
• Fusão da liga;
• Vazamento no molde;
• Extracção, limpeza e rebarbagem;
• Controlo da qualidade.
MODELO OU MOLDE
Placa modelo
Fig. I.6 - Máquina de moldar para obtenção de meias moldações com placa-molde
Machos
Caixa de moldação
Macho destrutível
Os machos fixos (Fig. I.8) podem ainda ser amovíveis, quer dizer, estão Machos fixos
normalmente ligados à moldação, mas não constituem com ela uma só peça.
Podem desligar-se e ser substituídos por outros, o que é vantajoso sob o ponto
de vista das tolerâncias, pois desgastam-se bastante e se não pudessem
substituir-se teria de ser inutilizada toda a moldação. Outra vantagem dos
machos fixos amovíveis é o facto de geralmente ser mais fácil fazer a moldação
sem machos e depois ligá-los, do que fazer tudo numa peça única.
Moldação
Macho fixo
Por vezes, mesmo quando os machos fixos têm saída, fazem-se móveis em
vez de fixos, principalmente nos seguintes casos:
Ut.01
M.T.08
Os machos móveis, além de facilitarem o fabrico da peça, não ficam sujeitos Machos móveis
à condição de terem de sair na direcção de encosto das moldações; são mesmo
indispensáveis quando isso se não pode verificar. O movimento de extracção
destes machos pode ser de translação simples, de rotação simples ou composto
de translação e rotação (Fig. I.9).
3
2
1
• Em areia:
• Verde - tal como é moldada;
• Seca - antes do vazamento vai a uma estufa e é seca com secadores
de ar quente.
• Em gesso:
• Com resinas sintéticas;
• Com outros materiais.
MOLDAÇÃO EM AREIA
Tal como foi referido anteriormente, a moldação tem de respeitar uma série de
propriedades sem as quais a fundição não se pode realizar nas melhores
condições. Para se obter o molde da peça (forma negativa do volume da peça),
tem de existir uma caixa de moldação, que é constituída por uma estrutura
geralmente metálica e com rigidez suficiente para suportar a compactação da
areia durante o fabrico do molde, tal como a pressão do metal líquido durante
toda a formação da peça de fundição.
Caixa superior
Pinos ou de cima
Placa
do modelo
Caixa inferior
Orelhas ou de baixo
de moldar (na Fig. I.11 podem ver-se os diversos tipos de compactação não
manual), uma mistura refractária com um aglomerante, chamada areia de
fundição e composta essencialmente por areia siliciosa, argila e água, sobre
um modelo colocado numa caixa de moldação.
Compressão b)
Compressão
Projecção
c) d)
No caso da compactação manual, esta é feita por compressão tal como indica
a Fig. I.11a), só que neste caso o prato de compactação é feito manualmente.
• Plasticidade e consistência;
• Moldabilidade;
• Dureza;
• Resistência;
• Refractariedade.
• Dureza;
• Forma dos grãos;
• Refractariedade;
• Permeabilidade;
• Argila, que é utilizada como aglomerante;
• Aditivos, para melhorar a qualidade das peças a obter (por exemplo, o
pó de carvão melhora a qualidade superficial das peças fundidas).
Os machos são utilizados para a fundição de peças com cavidades. Devem ter
alta resistência, para o que devem ser secos em estufas aquecidas após a sua
moldação, além de se utilizarem aglomerantes mais “fortes” do que a argila,
tais como: os óleos, as resinas e os silicatos.
Metade inferior
do modelo
Macho
Metade inferior
da caixa de
Metade superior moldação
Molde
Acréscimo para
Linha fixação do macho
de secção
Metade inferior Mesa
de moldagem
Modelo de gito
Topo
Base
Canal vertical
Canal de entrada Conjunto do macho
Bacia de vazamento
Gitos
Pernos
Areias utilizadas
Este processo de fundição utiliza moldações construídas com areia muito fina,
de sílica, com um grau de pureza superior a 98%, sem argila, óxidos metálicos
ou materiais orgânicos, ou por vezes à base de zircónio ou de olivina.
A areia bem seca com um teor de argila inferior a 15%, apresenta normalmente
um grão de configuração redonda com um índice de finura compreendido
entre 100 a 150 AFS.
Aglomerantes utilizados
Agente humidificador
Acelerador ou endurecedor
Sequência de operações
Suporte
Suporte
Areia
Caixa
Modelo
Modelo
Material
a) b)
Carga
Modelo
Areia
Suporte
Fig. I.18 - Modelo e caixa invertida, o excesso de areia cai, o suporte é trazido
para a posição inicial
Caixa Areia
basculante em excesso
Suporte
Casca
Modelo
De entre as inúmeras peças que se produzem por este processo, são de referir:
os cilindros, as cabeças, os cárteres, os blocos de motor de explosão pequenos
e os arrefecidos a ar, as árvores de cames e as válvulas, as rodas dentadas e
os rotores de bombas, assim como os seus invólucros, os corpos de contadores
de água, os carburadores para automóveis e outras que justifiquem o custo do
processo (Fig. I.20).
Ut.01
M.T.08
Fig. I.20 - Exemplos de peças obtidas pelo processo de fundição - Shell Molding
Este processo é também conhecido pelos nomes de Investment Casting ou Investment casting
Lost Wax. Em português, a denominação correcta seria “moldação em moldes
destrutíveis” ou “perdidos”. A razão de se chamar “de cera perdida” é que, em
geral, o modelo perdido é de cera.
a) b)
• Mergulhando o modelo dentro desta lama refractária até que fique recoberto
com uma camada da espessura considerada suficiente;
De entre as inúmeras peças que se produzem por este processo, são de referir:
as pás dos motores a jacto fabricadas em ligas de titânio pela indústria
aeronáutica e aeroespacial, as rodas dentadas e os rotores de bombas em
ligas de aço, os invólucros estanques em ligas de alumínio para a indústria
electrónica, e outras que justifiquem o custo do processo.
Fundição por gravidade - enchimento com a pressão que deriva Fundição por gravidade
exclusivamente do peso do metal vazado e da coluna líquida.
Podem, portanto, por este processo, obter-se peças de formas mais complicadas
e com a vantagem adicional de não precisarem de acabamento, ou, se dele
precisarem, o material a cortar é mínimo (resulta do grande rigor dimensional e
da pequena rugosidade).
• As ligas que se podem vazar por este processo estão restringidas, pois
impõe-se para o material vazado:
• Boa fluidez;
Na realidade, esta limitação não é tão grande como se poderia supor porque
pode recorrer-se ao uso de elementos da peça constituídos por outros materiais
e que fiquem enxertados no próprio material em fusão. São os enxertos, que
referiremos de seguida.
Enxertos
Os enxertos têm como objectivo obter localmente propriedades diferentes das Enxertos
do material injectado. Podem integrar-se na peça, no interior da moldação,
materiais (metálicos, em fibras, em couro ou mesmo em madeira) que ficam
no interior do metal fundido, constituindo os enxertos, que podem ser metálicos
ou não. Estes enxertos, como devem ficar solidários com a peça, devem ter
formas que permitam o bom encastramento nela. A contracção do metal em
fusão facilita esse encastramento, quando o enxerto ficar envolvido pelo metal.
O uso de enxertos permite não só obter na peça as qualidades específicas
para o ponto em que estão, como também torna possível a obtenção económica
de peças que de outro modo ficariam muito dispendiosas.
• Maior dureza;
• Maior ductilidade;
• Maior elasticidade;
• Maior rigidez;
Respiração da moldação
Canais
respiradores
Caixa inferior
de moldação
Tmax
Tmin
tempo - t
Outra razão que, por si só, justificava o controlo de temperaturas está relacionada
com as tensões térmicas. A própria vida da moldação é tanto maior quanto
menores forem as tensões e, também, tanto maior quanto menores forem as
suas variações.
Por outro lado, quanto mais regular for a temperatura da moldação, maior rigor
se pode atingir nas dimensões das peças e, também, como da temperatura da
moldação depende a velocidade de arrefecimento e desta a qualidade das peças,
menores serão as rejeições nas peças fabricadas (se a temperatura da moldação
for a mais adequada, pode ser mais regular a qualidade da produção).
A colocação dos gitos deve fazer-se onde interesse que a peça não arrefeça Gitos
tão rapidamente. Quanto à secção dos canais e da coluna, ela deve ser suficiente
para que o enchimento se faça com a rapidez necessária, mas esta secção
não deve ser excessiva pois irá retardar muito a solidificação; é por isso que as
secções dos canais são rectangulares. É necessário estabelecer um equilíbrio
entre encher depressa, para o que a secção circular seria mais conveniente
(menor perda de carga), e solidificar depressa, para o que convém a secção
rectangular pois apresenta maior perímetro para a mesma área.
Ut.01
M.T.08
Aparelhagem de injecção
Finalmente, não deve ser atacada pela liga, não só porque se danificaria, mas
também porque iria contaminar a liga com elementos eventualmente indesejáveis.
Matriz de ejecção
Colher
Matriz fixa
Tubo
Pistão
Posição 1 (vazamento) a)
Peça
Posição 2 Posição 3 b)
(enchimento do molde) (ejecção da peça)
Nas máquinas de câmara quente, o dispositivo de injecção pode ser com êmbolo
ou sem ele. Quanto ao modo de accionamento, podem ser manuais ou
mecânicas, podendo apresentar vários graus de mecanização e mesmo de
automatização, chegando até ao accionamento inteiramente automático. Assim,
por exemplo, a manobra pode ser manual e a injecção mecânica, comandada
ou automatizada. As máquinas de câmara quente distinguem-se essencialmente
Ut.01
M.T.08
com gás sob pressão que vai acumulando o líquido bombeado continuamente
pelas bombas. O gás que se usa é normalmente o azoto para não haver riscos
de explosão ou de inflamação (de gás misturado com vapores de óleo quente
do sistema hidráulico). Não se pode usar o ar comprimido pois poderia formar
misturas explosivas com os vapores de óleo.
A espessura mínima que é possível fundir depende, por um lado, do tipo de liga
que se utiliza e, por outro, do tamanho da peça. Depende do tamanho pois, por
exemplo, se a peça for muito grande e as espessuras pequenas, a liga pode
arrefecer demais e impedir o enchimento. Por outro lado, no caso da fundição
injectada, a força total que tende a separar e a abrir a moldação é directamente
proporcional à superfície delimitada pelo contorno de saída (no caso de ser
plano), pelo que isto também limita as possibilidades de fundição. A qualidade
da liga tem influência através da temperatura de fusão, da fluidez e da capacidade
calorífica. Para peças não muito grandes, indicam-se como espessuras mínimas
(só como ordem de grandeza):
Molde
Camisa d'água
DETALHE A Panela
Canal
Bocal Calha
Bico de cobertura
DETALHE A
Macho DETALHE B
de areia
Tubo
fundido
DIRECÇÃO DO MOVIMENTO
EQUIPAMENTO EM OPERAÇÃO
Bloco
de puxamento
DIRECÇÃO
• Fundição sob pressão devida à centrifugação; distingue-se dos Fundição sob pressão devida
outros dois tipos por o eixo de rotação ser exterior à peça (Fig. I.37). à centrifugação
Fig. I.37 - Peça obtida por fundição sob pressão devida à centrifugação
Outro ponto a considerar é a escolha das ligas, pois nem todas são adequadas
ao vazamento por centrifugação. Não o são, por exemplo, quando algum ou
alguns elementos têm densidades muito diferentes e tendem a separar-se,
ficando os mais densos na zona de maiores diâmetros. É o caso da maior
parte dos metais brancos, com excepção de alguns próprios para centrifugação.
No caso dos metais brancos não adequados para centrifugação, o resultado
obtido, se eles forem usados, é ficar macio o interior das peças (quando, por
exemplo, no caso de uma chumaceira, é justamente na superfície interior que
se pretende maior dureza).
Ut.01
M.T.08
A extracção das peças pode ser feita utilizando, por exemplo, um desmoldador
de grelha (Fig. I.38). O corte dos gitos é efectuado usando serras de fita, discos
de corte ou mesmo serras manuais quando as peças são pequenas, ou oxicorte
para peças grandes em aço. Segue-se o acabamento (limpeza da superfície
com jacto de areia ou água, seguida da remoção de rebarbas e/ou material em
excesso através de esmerilagem ou mesmo corte por arranque de apara quando
há muito material a remover).
Caixa de moldação
Grelha
Mola
hélicoidal
Excêntrico
Controlo da qualidade
A inspecção de peças obtidas por fundição, tal como a de peças obtidas por
qualquer outro processo metalúrgico, tem dois objectivos principais:
Como defeitos típicos das peças obtidas por fundição podem salientar-se os
apresentados na página seguinte (Quadro I.1)
Ut.01
M.T.08
Bolhas e Vazios Inclusão de gases a) Aumento dos canais Evitar sistemas de alimentação
b) Eliminação de materiais que que tenham altas velocidades de
p o s s a m re a g i r o ri g i na nd o enchimento
gases
c) Desgaseificação
Gotas frias F l u x o s d e m e t a l a) Aumentar a velocidade de Fazer alterações nos canais da
l í q u i d o m a l vazamento moldação e evitar mudanças de
direccionados b) Pré-aquecimento do molde secção pouco graduais
Fendas quentes M e t a l s o b te ns ã o a) C o ntro la r o s g ra d i e nte s Nenhuma em particular
t é r m i c a c o nt r a i e térmicos
rompe b) Usar enregeladores
Fendas frias M e t a l a p ó s a) C o ntr o la r o s g r a d i e nt e s Nenhuma em particular
s o li d i fi c a ç ã o nã o térmicos
p o d e c o n t r a i r e b) Usar moldes que não impeçam
rompe a contracção
Rebarbas F l u x o d e m e t a l a) D i mi nui r a te rp e ra tura d e Nenhuma em particular
líquido estravaza na vazamento
junção da moldação b) Aumentar a fixação das caixas
de moldação
Inclusões de óxidos Materiais estranhos a) Ma i o r c ui d a d o e li m p e za Melhorar a eficiência dos gitos de
ficam no interior do durante o vazamento enchimento
material solidificado b) U t i l i z a r s o l i d i f i c a ç ã o
direccionada
Cavidades, Falta de alimentação a) U s a r s o l i d i f i c a ç ã o Alterar o sistema de alimentação
rechupes e e/ou baixa fluidez do direccionada e/ou usar aquecimento localizado
contrações metal b) Aumentar a temperatura do
vazamento
Quadro I.1 - Resumo dos defeitos de fundição, suas causas e forma de os eliminar
Ao projectar-se uma peça para ser fundida, deve-se ter em conta, em primeiro
lugar, os fenómenos que ocorrem na solidificação do metal líquido no interior
da moldação, de modo a evitar que os defeitos originados a partir desses
fenómenos apareçam nas peças solidificadas. Assim, em princípio, os factores
a considerar são:
Chumaceira Chumaceira
mal projectada bem projectada
Zona
a trabalhar à flexão
Note-se porém que, também por razões metalúrgicas, por vezes é preciso ir
para secções maiores para evitar o enregelamento, isto é, para diminuir a
velocidade de arrefecimento.
Sentido de moldação
2
Plano de junta
Machos
Fig. I.43 - Substituição de um contorno de saída quebrado por um contorno de saída plano
Ângulos de saída
Incorrecto Correcto
A - Traçado melhorado
CORTE ab b
Superfície com ressaltos
A - Traçado melhorado
Superfície contínua a
CORTE ab b
Incorrecto Incorrecto
Correcto Correcto
a) b) c) d)
Fig. I.49 - Colocação de ressaltos no interior das peças para não serem visíveis os defeitos
de posicionamento (concentricidade do furo e do ressalto)
Pela mesma razão, deve ter-se em atenção as ligações dos vários fluxos parciais
(quando existem vários gitos de enchimento).
a) b)
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
1 2
1-
2-
Ut.01
M.T.08
1-
2-
3-
A B
Plano de junta
Machos
Ut.01
M.T.08
4
Ângulos de saída
Incorrecto Correcto
A - Traçado melhorado
CORTE ab b
Superfície com ressaltos
A - Traçado melhorado
Superfície contínua a
CORTE ab b
Ut.01
M.T.08
Para cada caso, indique as razões que levam a que a solução B seja
melhor que a A.
3
2
1
• Moldações em areia;
• Moldações em gesso;
• Moldações com resinas sintéticas;
• Moldações com outros materiais.
Ut.01
M.T.08
OBJECTIVOS
TEMAS
• Introdução
• Resumo
• Actividades / Avaliação
Ut.02
M. T. 08
Tecnologias de Produção II . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Introdução aos Processos de Fabrico de Enformação Plástica e de Corte
INTRODUÇÃO
Laminagem Extrusão
Qu an t id ad e
Pr o d u t o
(Milh ar es d e To n elad as )
Perfis 3 500
Placas 4 200
Chapa Laminada a Quente 9 600
Chapa Laminada a Frio 13 500
Chapa de Aço Galvanizada 4 900
Barra Laminada a Quente 4 800
Barra Laminada a Frio 1 000
Arame 1 000
Tubo 4 500
Componentes Forjados 600
90º
1 2 3 t 1 2 3 t
A A
t t
É sabido que os metais puros possuem maior capacidade de deformarem Teor em impurezas
plasticamente que as ligas. A presença de impurezas e de elementos de liga e elementos de liga
dificulta o movimento das deslocações, porque consiste na introdução de
partículas ou átomos de tamanhos diferentes na estrutura cristalina.
Consequentemente, nas ligas metálicas, a ductilidade diminui e a resistência
mecânica aumenta.
Ut.02
M. T. 08
• Temperatura
PROCESSO T / Tfusão
Os processos de enformação plástica a frio são acompanhados de encruamento Enformação plástica a frio
devido à acumulação e multiplicação de deslocações.
A enformação plástica a quente com temperaturas superiores à de recristalização Enformação plástica a quente
(habitualmente designada por trabalho a quente) efectua-se a temperaturas
elevadas, mas não tão elevadas que promovam fenómenos de fusão localizada.
Extensão
Armazém Biletes
Extremidade actuada
hidraulicamente
Saída de Biletes
Direcção de avanço
Isolamento refractário
Fig. II.6 - Forno de indução para biletes cilíndricos de aço em função do diâmetro
No caso dos aços carbono e aços ligados, a temperatura deve diminuir com o
teor em carbono. Apresentam-se, no Quadro II.4, exemplos de tempos de
aquecimento típicos para biletes cilíndricos de aço.
Quadro II.4 - Tempo de aquecimento para biletes cilíndricos de aço em função do diâmetro
Velocidade de deformação
Estado de tensão
Atrito e lubrificação
O atrito desempenha um papel muito importante nos processos de enformação Atrito e lubrificação
plástica, sendo geralmente considerado indesejável, causador de efeitos
negativos no processo tecnológico, nas propriedades dos produtos obtidos e
na vida das ferramentas.
µ = τ
σN (II.1)
Plástico
Elástico
τ
m = (II.2)
k
FACTOR DE ATRITO
OPERAÇÃO DE ENFORMAÇÃO PLÁSTICA
(m)
• Possuir um bom poder de molhagem para que a sua acção seja uniforme
em toda a superfície e, deste modo, impedir um escoamento desigual
do material;
• Não ser abrasivo nem corrosivo, a fim de evitar desgastes nas ferramentas;
Os lubrificantes sólidos contêm substâncias inertes com pontos de fusão Lubrificantes sólidos
superiores ao do metal enformado. Funcionam principalmente como barreira
física ao contacto, embora a grafite e outros aditivos possam fornecer alguma
acção lubrificante.
Os pigmentos fundíveis actuam no processo fornecendo uma excelente acção Pigmentos fundíveis
lubrificante. O princípio de funcionamento deste tipo de lubrificantes consiste
na utilização de materiais com um ponto de fusão compatível com as
temperaturas utilizadas no processo de enformação plástica. Nestas condições,
o lubrificante, quando aquecido, liquefaz-se, fornecendo um filme hidrodinâmico
à interface material/ferramenta.
IEFP · ISQ
PEÇA TRABALHO LUBRIFICANTE
Guia do Formando
DE EXTRUSÃO
Lubrificante µ Lubrificante µ Lubrificante µ Lubrificante µ
Ligas de FA - MO 0,05
- FO - MO 0,05 FO ou sabão FO 0,05 FO - MO 0,05
Sn, Pb, Zn ou MO - EM 0,1
GR em MO
Ligas de Mg Quente GR e/ou MoS2 0,1 - 0,2 Nenhum - - MO - FA - EM 0,2 0,1 - 0,2
ou sabão seco
Quadro II.7 - Lubrificantes típicos utilizados em operações de enformação plástica e respectivos coeficientes de atrito
CL - Parafina cloratada EM - Emulsão: os ingredientes lubrificantes aqui listados deverão estar finamente distribuídos em água
EP - Compostos para pressão elevada "extrema pressão" (contendo S, Cl e P) FA - Ácidos gordos e alcoóis
FO - Óleos gordos, ex: óleo de palma GL - Vidro (viscosidade à temperatura de trabalho em poise)
GR - Grafite: usualmente em suspensão na água MO - Óleo mineral (viscosidade entre parentesís nas seguintes unidades: centipoise a 40 ºC)
PH - Fosfato
* Os coeficientes de fricção não têm significado na extrusão pelo que não são aqui referidos
** O símbolo ST indica fricção com colagem (stricking friction)
FONTE: Dados retirados de J.A. Schey, Thibology in Metalworking Friction, Lubrication and Wear. American Society for Metal. Metal Park. Ohio. 1993
II . 13
IEFP · ISQ Introdução aos Processos de Fabrico de Enformação Plástica e de Corte
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
TEMPERATURA / TEMPERATURA
PROCESSO
DE FUSÃO
< 0,3
0,3 a 0,5
> 0,6
Alumínio
Aço inoxidável
AISI 304
Ut.02
M. T. 08
OBJECTIVOS
• Forjamento;
• Extrusão;
• Laminagem;
• Estampagem;
• Corte por arrombamento;
• Trefilagem;
• Quinagem;
• Calandragem.
TEMAS
• Forjamento
• Extrusão
• Laminagem
• Estampagem
• Corte por arrombamento
• Trefilagem
• Quinagem
• Calandragem
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M. T. 08 Ut 03
FORJAMENTO
Matriz aberta
1)
2)
3)
4)
5)
6)
Matriz fechada
No forjamento em matriz aberta as forças de compressão são aplicadas pelas Forjamento em matriz aberta
matrizes em zonas localizadas, sem - ou com pequeno - constrangimento
lateral do material. A forma desejada é atingida por manipulação da peça entre
golpes da prensa ou martelo pilão (Fig. III.4).
a) c) b) d)
Fig. III.4 - Sequência utilizada no fabrico de peças por forjamento em matriz aberta
• Baixo custo;
• Aplicação a pequenas séries de fabrico;
• Aplicação a uma gama variada de dimensões das peças a fabricar,
constituindo uma alternativa de fabrico para componentes de dimensões
muito grandes, cujo fabrico por forjamento em matriz fechada é difícil ou
mesmo impossível;
• Boas propriedades mecânicas apresentadas pelas peças forjadas.
Efeito de barril
O fenómeno conhecido por "efeito de barril", ilustrado na Fig. III.5, tem como Efeito de barril
principais origens as forças de atrito existentes na interface material/ferramenta.
Estas forças impedem que o material, na vizinhança das matrizes, deforme
segundo a direcção horizontal com a mesma velocidade que o material da
zona central. A utilização de lubrificantes adequados minimiza este problema.
Prato
Peça h0
h1 h2
Prato
Prato
h0 h1 h2
Prato
Efeito de barril
Fig. III.5 - Em cima, deformação ideal de um provete cilíndrico comprimido entre pratos
planos, sem atrito na interface material/ferramenta (matriz) . Em baixo, deformação com
atrito na interface material/ferramenta (matriz). A curvatura desenvolvida na superfície
cilíndrica designa-se por "efeito de barril"
No caso do trabalho a quente, o efeito de barril pode também ser devido aos
gradientes térmicos, que se estabelecem sempre que o material a temperaturas
elevadas for deformado em matrizes frias. O arrefecimento do material junto à
interface de contacto com a matriz faz com que a resistência à deformação
seja superior à do material situado na zona central, que permanece mais quente.
Deste modo, o material da zona central sofrerá maiores extensões que o
material das zonas extremas, originando a curvatura típica do efeito de barril.
Um procedimento muito utilizado para minimizar este problema consiste no
pré-aquecimento das matrizes. Também se conseguem bons resultados
utilizando lubrificantes sólidos que actuem como barreiras térmicas nas
interfaces.
M. T. 08 Ut 03
Molde £
Molde fechado
Enchimento
Energia de forjamento
Movimento
Início de formação
do molde
Fim de rebarba
O material para fabrico da peça (geralmente varão ou barra quadrada) deve ser
cortado com uma dimensão tal que o seu volume, por um lado, assegure o
enchimento das cavidades das matrizes e, por outro, garanta um excesso para
a formação de rebarba. Na verdade, a rebarba apresenta uma importância vital
no forjamento em matriz fechada, já que, devido à elevada relação entre o
comprimento e a espessura, as pressões aí desenvolvidas são muito elevadas.
Na fase final de aproximação das matrizes, a espessura da rebarba é
gradualmente reduzida, aumentando a relação entre a superfície e a espessura
(fig. III.6).
M. T. 08 Ut 03
Complexidade de forma
O principal objectivo a ser atingido numa operação de forjamento em matriz Complexidade de forma
fechada é o correcto enchimento de todas as cavidades das matrizes, de modo
a evitar defeitos por deficiência de escoamento. Embora as condições de fluxo
do material no interior das matrizes sejam muito complexas e não perfeitamente
conhecidas, sabe-se que ele é extremamente influenciado pela geometria
da peça. Classificação das peças
forjadas
Os quadros seguintes apresentam o sistema de classificação de complexidade
de forma introduzido por Spies.
h w
l
l=w=h
Esférico e cúbico
O segundo grupo (quadro III.2) inclui as peças em forma de disco, tendo duas
dimensões aproximadamente iguais, enquanto a terceira é significativamente
menor. Este grupo inclui a maioria das peças redondas.
Componentes
Forma de disco
com contornos
com elemento
circulares,
saliente de um
quadrados
único lado
e similares.
Cortes da peça
com braços Forma de disco
curtos e formas com elementos
longitudinais de ambos
(flanges, os lados
válvulas, etc)
O terceiro grupo é aquele que engloba a maioria das peças obtidas por
forjamento, sendo as respectivas formas geométricas caracterizadas pela
irregularidade e por apresentarem uma dimensão significativamente maior que
as outras duas (quadro III.3).
M. T. 08 Ut 03
Gr u p o 3 S em E l em en t o Co m Co m Co m 2
Su b g r u p o
Fo r m a el em en t o s ad i c i o n al el em en t o el em en t o s o u m ai s
o b lo n g a ad i c i o n ai s p ar al el o em f o r m a ad i c i o n ai s el em en t o s
ao ei x o d e fo r q u ilh a as s im Øt r ic o s ad i c i o n ai s
d a fo rma ab er t o r el at i v am en t e d e d i m en s ª o
p r i n c i p al o u f ec h ad o ao ei x o s em el h an t e
d a fo rma
Gr u p o f o r m a
p r i n c i p al
Componentes Forma
com forma principal
longitudinal com eixo
pronunciada rectil neo
Grupos de
componentes:
Eixo da forma
1- Pequeno
principal
l < 3w
curvado
2- MØdio
segundo
l = 3 a 8w
um plano
3- Comprido
l = 8 a 16w
4- Muito comprido
l > 16w
O projecto e a selecção dos materiais para as matrizes de forjamento em Matrizes para forjamento
matriz fechada requerem uma experiência considerável. Entre os vários aspectos em matriz fechada
M. T. 08 Ut 03
Os materiais mais utilizados são aços que contêm como elementos de liga
principais o crómio, o níquel, o molibdénio e o vanádio.
30 770
40 1 000
50 1 350
60 1 900
Quadro III.4 - Valores estimados da tensão limite de elasticidade dos aços utilizados
no fabrico de matrizes, em função da dureza apresentada após tratamento térmico
6
1
11
8
2
3
4 9
10
5
11 - Banzo (Rib)
o
n r
m
45
º h
h n
m
o
h1 l
n
m
o
m1
Tipo de canal l m n o h h1 r m1
Médio 2,5 5 20 25 5 8 4 3
Grande 3 6 29 35 6,5 10 5 4
Redistribuição do material
1ª Fase
Redistribuição do material
2ª Fase
Dobragem
Pré-formação
Acabamento
Fig. III.9 - Ferramenta para forjamento em matriz fechada constituída por várias estações
Forma inicial
Acabamento
Redistribuição da matéria
Acabamento final
Formação da peça
Claridade
É a máxima distância entre a parte inferior do carro móvel principal e a parte
superior da mesa da prensa.
M. T. 08 Ut 03
Capacidade da prensa
É a força que o carro principal pode exercer em segurança.
Cadência da prensa
É o número de ciclos por minuto que a prensa executa quando trabalha em
contínuo (automático).
CAME Excêntrico
Voltante de energia
Para baixo
Para cima
Prensas hidráulicas
Nas prensas hidráulicas, a força é produzida pela actuação de um fluido Prensas hidráulicas
pressurizado no interior de um cilindro (Figura III.18). Estes equipamentos são
máquinas de força limitada, pois a sua capacidade para accionarem determinada
ferramenta depende da força nominal da prensa. As principais vantagens das
prensas hidráulicas relativamente às mecânicas são as seguintes:
• A força pode ser ajustada desde zero até ao seu valor nominal;
• A força máxima está disponível em qualquer ponto do curso e durante o
curso que se pretender;
Martelos de queda
O martelo de queda é o equipamento mais versátil e barato capaz de fornecer Martelos de queda
a força e a energia necessárias a uma operação de enformação plástica. Os
martelos de queda são dispositivos de impacto, nos quais uma massa é
acelerada por gravidade e/ou por ar comprimido, gás, vapor ou por meio de um
fluido hidráulico. Para um martelo com uma massa M e uma velocidade de
impacto na peça igual a v, a energia (Ec) do martelo no instante do impacto é
dada através de:
1 2
Ec = Mv (III.1)
2
E p = Mgh (III.2)
g = aceleração da gravidade
Exemplo III.1
Resolução
= 4,43 m s-1
Para cima
Para baixo
Para cima
Para baixo
Neste caso, o carro está rigidamente ligado a uma prancha, uma correia, uma
cadeia ou a um cilindro pneumático ou hidráulico. O carro é içado até uma
M. T. 08 Ut 03
Suporte
a) b) c) d)
Prensa mecânica - 10 - 80 000 0,05 - 1,5 0,1 - 1,0 150 - 10 0,2 - 0,7
Prensa de fuso - 100 - 80 000 0,5 - 1,2 0,2 - 0,8 35 - 6 0,2 - 0,7
Prensa hidráulica
- 100 - 80 000 0,05 - 0,5 0,3 - 1,0 30 - 5 0,1 - 0,6
para forjamento
Prensa hidráulica
- 1 000 - 50 000 0,5 - 0,5 0,8 - 5,0 <2 0,5 - 0,7
para extrusão
Prensa hidráulica
- 10 - 40 000 0,05 - 0,5 0,1 - 1,0 130 - 20 0,5 - 0,7
para estanpagem
Martelo de queda
30 - 5 000 - 4-5 0,1 - 1,6 350 - 35 0,2 - 0,5
por gravidade
EXTRUSÃO
1
6 7
2 3
8
4
5
O processo de extrusão foi aplicado pela primeira vez nos finais do século
dezoito, no fabrico de tubos em chumbo. Actualmente, está presente em
variadíssimas aplicações industriais, utilizando-se os mais diversos materiais
(cobre, latão, alumínio, zinco e magnésio), com particular destaque para as
ligas leves. A aplicação mais comum consiste no fabrico de varão e tubo cilíndrico
de secção constante, porém podem ser produzidas outras formas geométricas
com secção transversal mais irregular.
M. T. 08 Ut 03
Na extrusão directa, o bilete é colocado no contentor e forçado a passar através Extrusão directa
do orifício da matriz por acção de um êmbolo compressor. No decurso da
operação, o material do bilete escorrega sobre a camisa do contentor e faz
aumentar consideravelmente a carga de extrusão (cerca de 30% mais elevada).
M. T. 08 Ut 03
A extrusão inversa caracteriza-se por o contentor ser fechado e o material Extrusão inversa
sair em sentido contrário ao do avanço do êmbolo compressor. Alguns autores
consideram extrusão inversa apenas o processo em que o material sai através
do êmbolo compressor (à esquerda), designado por perfuração o processo
representado à direita. O atrito, neste caso, é menor do que na extrusão directa,
devido a não existir praticamente movimento relativo entre o bilete e as paredes
do contentor. Para além desta vantagem, o processo apresenta benefícios no
que diz respeito ao aproveitamento da matéria-prima. Apenas 5 % do bilete
inicial é desperdiçado. A principal desvantagem consiste na maior complexidade
e no custo acrescido das ferramentas.
Êmbolo oco
1
B
2
D
C
A
0
Deslocamento Deslocamento
do êmbolo do êmbolo
E xtr e mi d a d e s a rre d o nd a d a s tê m ma i o r
resistência
Crítica
dimensional
A s ne rvura s a jud a m a o p e ra ç ã o d e
endireitamento da peça
Molde
Suporte
Anel exterior
Anel
Suporte
Molde
Anel do molde
Suporte do molde
Extrusão
Êmbolo
Bloco móvel
Revestimento do contentor
Anel de pressão
Suporte do molde Contentor
LAMINAGEM
W0 a
Vo Cilindro
h0
Peça
Vr V0 Vf
Peça
L Wf
R Vf
Vr Vr
Cilindro hf Vo
para a zona em deformação. Por outro lado, interessa manter o nível de atrito o
mais baixo possível, para não aumentar desnecessariamente a força e o
momento de laminagem.
Esta relação (III.3) permite concluir que, quanto maior for o coeficiente de atrito
µ, maior é a redução de espessura admissível, e que na ausência de atrito não
é possível efectuar qualquer redução de espessura.
A força Fs aplicada nos rolos tende a deformá-los (Figura III.27). A chapa "Roll flatenning"
resultante deixa de possuir espessura constante, apresentando um defeito de
forma caracterizado por uma maior espessura no centro e uma menor espessura
nas extremidades. Este fenómeno é designado na literatura inglesa por "roll
flattening", "achatamento de rolos".
M. T. 08 Ut 03
t t
min max
Fig. III.24 - Flexão dos rolos de laminagem devida à força de separação (em cima)
Representação esquemática de uma secção de chapa plana produzida num laminador em
que não tenha sido corrigido o fenómeno da flexão dos rolos (em baixo)
Laminador de 2 rolos
Laminador de 3 rolos
Laminador de 4 rolos
É constituído por quatro rolos, montados uns sobre os outros. Dois desses
rolos (os de menor diâmetro) são denominados de trabalho, e os outros dois
denominados de suporte ou apoio. Estes equipamentos são empregues, quer
na laminagem de chapa, quer na uniformização de espessura da secção
transversal de chapas previamente laminadas (correcção do fenómeno da flexão
atrás descrito).
Laminador universal
Trens de perfilagem
Rotação da secção
de 90º Algumas passagens para dar forma
Algumas Passagens
para dar a forma
Passagem final
(b) Perfil
Fig III.26 - Sequência de passes utilizada num trem de laminagem para produzir um carril
de comboio (em cima) e um perfil I (em baixo)
ESTAMPAGEM
No que se segue, apenas iremos abordar a estampagem cilíndrica, pois é o Estampagem cilíndrica
tipo de estampagem mais fácil de analisar e, simultaneamente, aquele a que
corresponde o maior número de peças produzidas industrialmente.
Função
d
p
rcc
Encostador
F E D E F
e rcm
j
reo = re'
dm
Matriz
re'
FE
D
C
z
h
FASE DE ESTAMPAGEM
após começo da estampagem da aba FASE DE ESTAMPAGEM
fim da operação de estampagem
O fabrico de uma peça por estampagem pode, em alguns casos, não ser
efectuado numa única operação. Este facto deriva, como se viu anteriormente,
de as tensões radiais no canto do cunho poderem originar rotura. Como os
valores destas tensões dependem da dimensão inicial da estampa plana, então
compreende-se que, para cada operação, exista um coeficiente de estampagem,
m, limite admissível (Quadro III.8).
Nos casos em que o projecto da peça estampada imponha reduções superiores Coeficiente de estampagem
às estabelecidas pelo coeficiente de estampagem m, definido como sendo a
relação entre o diâmetro do cunho (dp) e o diâmetro da estampa plana d0 (m = dp /
d0), então procede-se a operações adicionais que podem ser de estampagem
directa ou inversa (Figura III.30).
m1 m2
Mat er ial
(p r im eir a o p er aç ão ) (o p er aç õ es s eg u in t es )
Função
Encostador Função
Taça Encostador
Molde Taça estampada
Molde
Na escolha de uma prensa deve ainda ser tido em consideração que o curso
necessário é aproximadamente igual ao dobro da altura da peça acabada.
M. T. 08 Ut 03
Coroa
Coluna
Cilindro
de Guiamento Êmbolo
Suporte de
guiamento Prato principal
Função
Suporte
(Molde)
Peça
Prato de molde
Cilindro
pressão
Cama
Linha do chão
Cilindro do prato
do molde
O corte por arrombamento processa-se, essencialmente, através de tensões O Corte por arrombamento
de corte em toda a espessura da peça e segundo o perímetro do contorno
desejado. É utilizado no corte de chapas, barras ou perfis de modo a obter
peças ou furos.
Nos casos reais, à medida que a progressão se processa, verifica-se a formação Repuchamento
de um "repuchamento" das superfícies livres adjacentes ao punção e à matriz,
no sentido de os acompanhar (ver Fig. III.32) e, para um certo valor de progressão
do punção (a penetração) e em correspondência com a distorção que o material
pode suportar sem fissuração, aparecem fissuras junto das arestas do punção
e da matriz (ver Fig. III.33).
M. T. 08 Ut 03
Zona de repuchamento
Zona de penetração
Início de fissura Zona de corte ainda
activa (secção ainda
resistente)
Zona de penetração
Zona de repuchamento
Rombo
Podemos pois dizer que o corte dá-se por um processo de deformação plástica,
originando redução crescente da área AB até à separação por anulação desta
(ver Fig. III.35) - estricção total - ou, como se disse, até ao aparecimento de
fissuras e a sua propagação. No caso de materiais dúcteis, a rotura poderá
dar-se por estricção total, isto é, a penetração vai aumentando com a
consequente redução da secção AB até que esta se reduz a 0 e o material
separa-se.
M. T. 08 Ut 03
A´
B´
M
P
P
F F
F F
M
B
A
P P
M M M
(a) (b)
M
D
(c)
Rebarba
Rebarba
Note-se que, assim, o "furo" feito na chapa tem um diâmetro d (se for circular)
inferior ao diâmetro D do "rombo" produzido. A diferença é, obviamente, igual ao
dobro da folga j (ver Fig. III.37c)).
Propagação
da fissura Limite da zona solicitada
Propagação da fissura
M M
Rombo
(a)
(b)
Rebarba excessiva
Cone de rotura
Tipo I
Zona de penetração
Rebarba normal
Rebarba normal
Tipo II
Grande repuchamento
Pequena rebarba
Tipo III
Repuchamento médio
Pequena rebarba
Repuchamento mínimo
Pequena rebarba
2ª Zona de penetração
Tipo V
Repuchamento mínimo
Folgas a adoptar
Mat er ial Fo lg a - p er c en t ag em d a es p es s u r a d a c h ap a (m m )
Cobre:
Macio 26 8 6 3 0,75
Latão:
Duro 24 10 7 4 0,80
Macio 21 9 6 2,5 1
Alumínio:
Duro 20 15 10 6 1
Macio 17 9 7 3 1
Magnésio 16 6 4 2 0,75
Chumbo 22 9 7 5 2,5
E s p es s u r a J u n t a d e aç o C h ap a d ín am o C h ap a d ín am o C h ap a d e aç o C h ap a d e l at ão
d a c h ap a (m m ) p ar a c o m p eq u en a c o m g r an d e m ac i o m ac i o
es t am p ag em q u an t i d ad e d e S i q u an t i d ad e d e S i
E s p es s u r a C h ap a d e l at ão C o b r e m ac i o Co b r e d u r o Alu m ín io Du r alu m ín io
d a c h ap a (m m ) d u ro
Aparamento ou "Shaving"
Quando é necessário que a superfície de corte seja completamente lisa, não Aparamento ou "shaving"
apresentando rebarbas nem zona de repuchamento, faz-se primeiro um corte
por arrombamento deixando um excesso de material e, seguidamente,
executa-se uma segunda passagem utilizando um conjunto punção-matriz com
as dimensões finais requeridas e em que a folga é praticamente nula (existe
apenas uma tolerância adequada para um ajustamento deslizante). O excesso
de material que se deve deixar para as 2.ª e 3ª passagens (aparamento de 3
passagens) ou para a 2ª passagem (aparamento de 2 passagens)está indicado
nos quadros III.12 e III.11, respectivamente.
E s p es s u r a S eg u n d a p as s ag em Ter c eir a p as s ag em
d a c h ap a (m m ) A ç o m ac i o Sem i-d u r o Aç o d u r o Mac io Sem i-d u r o Du r o
E s p es s u r a Fo l h a
A ç o m ac i o Aç o s em i-d u r o Aç o d u r o L at ão
d a c h ap a (m m ) d e f l an d r es
No corte fino ou de precisão são usadas folgas quase nulas (da ordem de 0,5% Corte de precisão
de espessura do material), e prensas e ferramentas extremamente rígidas.
Punção
Punção
(a) (b)
Este dispositivo, conjuntamente com uma folga muito reduzida, permite eliminar
o abaulamento e, ainda, como a Fig. III.43 mostra, permite introduzir tensões
de compressão que, como se sabe, contrariam a formação de fendas e, portanto,
dos defeitos a elas associados.
M. T. 08 Ut 03
É claro que deverá haver um encostador tanto do lado do punção como do lado
da matriz e que o "anel de retenção" deve ser colocado fora da peça a obter,
para que esta não fique marcada por ele (ver Fig. III.43, em que o "encostador"
do lado da matriz funciona também como "desembainhador" da peça após
o corte).
Encostador
Punção
Peça a obter
Encostador Matriz
desembainhador
Obtemos, assim, peças com uma qualidade de superfície elevada, sem rebarbas,
repuchamento e cone de rotura. Conseguimos ainda realizar furos de pequena
dimensão em chapas espessas, sem quebrar o punção.
É um processo de corte cujo princípio a seguir se representa na Figura III.44. Corte com borracha
Borracha
Chapa
Borracha
Encostar
rígido
Chapa a cortar
É evidente que a borracha não deve transbordar para baixo da chapa nos
extremos desta pois iria dar origem a uma redução da força junto dos bordos e
da aresta, além de ela própria se danificar. Deverão, portanto, existir guias
laterais para impedir o extravasamento.
Como a pressão específica que a borracha pode exercer sem ela mesmo se
danificar é limitada, é preciso uma área mínima para se poder obter uma força
necessária ao corte. Assim, no caso de furos em que a força aplicada pelo
punção de borracha é proporcional à área do furo e a força necessária para o
corte é proporcional ao perímetro, compreende-se que o corte seja tanto mais
fácil quanto maior for o diâmetro e que, abaixo de um determinado valor deste,
seja impossível o corte.
Esta força é proporcional à tensão de rotura do material (ao corte - tR), ao Força principal de corte
perímetro de corte (p) ao longo do qual se encontram aplicadas as forças de
corte e à espessura da chapa (e).
A tensão de rotura ao corte tR deverá ser corrigida, não sendo igual a 0,5 sR
mas sim a 0,8 sR . Esta correcção de 0,5 - 0,8 representa um valor prático que
tem a sua justificação no facto de a rotura não se dar nas mesmas condições
do ensaio de tracção a partir do qual se determina sR. De facto, no corte por
arrombamento, é de esperar que a distorção (e, consequentemente, o
encruamento) que o material sofre antes da rotura seja maior que no ensaio de
tracção uniaxial. De facto, neste ensaio, tmáx verifica-se numa secção com
tensões normais de tracção de valor se/2 e, naquele, verifica-se em secções
com s = 0 .
Depois de efectuado o corte, o punção fica "enfiado" na chapa. Para extrair o Força de extracção do
punção, é necessário efectuar uma força que será tanto maior quanto maior for punção
a secção cortada e quanto maior for a quantidade de material em redor do
punção. Estas forças são devidas ao atrito e como valores médios temos:
É a força necessária para retirar o rombo da matriz. O seu valor prático é de: Força de expulsão do rombo
e será tanto maior quanto maior for a parte cilíndrica da matriz e quanto mais
dúctil for o material cortado.
M. T. 08 Ut 03
Quando a expulsão é feita pela parte inferior da matriz, o rombo poderá ficar
"encravado" e, então, quando se for cortar a peça seguinte, esta irá empurrar o
rombo; daí a necessidade de se somar à força de corte no fim do percurso do
punção esta força de expulsão.
Exemplo III.2
Resolução
A força de corte é calculada pela equação (III.6) Fcorte = p.e.0,8 aR em que "p"
é o perímetro e "e" a espessura da chapa a cortar.
1 Punção
2 Punção
Fig. III.46 - Andamento das forças de corte (Fc) no caso de punções desnivelados
R e ta lh o e m p e n a d o
P p e la m a triz
M M
M a triz e m p e rs p e c tiv a
E s ta m p a p la n a
Aços de ferramentas
A escolha de um aço para ferramentas deve tomar em consideração os seguintes Aços de ferramentas
factores:
No entanto, esta dureza não deve ser excessiva, pois nesse caso as
ferramentas poderiam tornar--se frágeis e pouco resistentes ao choque.
TREFILAGEM
de um varão cilíndrico num fio fino tem de recorrer a uma longa série de
operações de trefilagem.
Uma inovação recente consiste em mergulhar o fio e as fieiras num fluido agitado
por ultra-sons. As vibrações mantêm o fio liberto de partículas estranhas, as
quais, de outro modo, adeririam à superfície do fio à medida que ele fosse
passando através das fieiras. É assim possível obter superfícies muito lisas.
Máquinas simples
Estas são constituídas por um monobloco com bobina, motor e caixa de Máquinas simples
velocidades, podendo ter 2, 3 ou 4 velocidades. Produzem arame passagem a
passagem, com redução de secção de 2 a 38%.
Máquinas compostas
São máquinas constituídas por vários blocos com bobinas e motores individuais, Máquinas compostas
podendo desenvolver velocidades finais variáveis. As máquinas compostas
podem ser de corrente contínua ou alternada, e produzem arame por passagem
em simultâneo, com reduções por passe de 20 a 30% .
Este cálculo pode ser efectuado através dos diâmetros a trefilar ou pelas
velocidades a utilizar.
d1 2
R=( ) × 100 (III.7)
d2
R = redução de secção em %
d1 = diâmetro inicial
d2 = diâmetro final
M. T. 08 Ut 03
V1
R = (1 − ) × 100 (III.8)
V2
R = redução de secção em %
V1 = velocidade inicial
V2 = velocidade final
Exemplo III.3
Pretende-se determinar a velocidade final que deve ter a fieira, sabendo-se que
a sua velocidade inicial é de 7m/s e que se pretende uma redução de 10% em
diâmetro de um fio de aço inoxidável numa só passagem.
Resolução
V1
R − V2 = (III.9)
1− R
Pelo que
7
V2 = = 7,7 m
0,9 s
V2 = 7,7 m (III.10)
s
M. T. 08 Ut 03
Fieira
1 6
2
3
4
5
QUINAGEM
A Fig. III.49 apresenta algumas das formas possíveis de obter numa quinadora.
A Fig. III.51 representa uma operação de quinagem onde o parâmetro "p" define Profundidade de quinagem
a profundidade de quinagem .
Geralmente as peças obtidas por "quinagem a fundo" são mais precisas que
as obtidas por "quinagem no ar". Além disso, podem ser enformadas com raios
de quinagem inferiores à espessura da chapa, sem o problema de surgirem
fissuras na superfície exterior.
A Fig. III.52 ilustra o fenómeno da recuperação elástica ou efeito de mola. Efeito de mola
Conforme se pode verificar, após serem retiradas as solicitações exteriores,
tanto o ângulo como o raio de dobragem aumentam, modificando-se, desse
modo, a geometria da peça.
Esbeiçamento
Fig. III.55 - Método para evitar o aparecimento de fissuras junto das zonas dobradas
Fig. III.56 - Método para evitar o aparecimento de fissuras junto das zonas dobradas
h - espessura da chapa
X - distância mínima
Fig. III.58 - Distância mínima entre furos e a linha de dobragem de forma a evitar
alterações de forma dos furos
h - espessura da chapa
X - distância mínima
CALANDRAGEM
Regra geral os dois rolos inferiores são os rolos motrizes enquanto que o rolo
superior roda livremente.
Aparentemente, não se poderá obter numa calandra, uma "virola" com diâmetro
inferior ao diâmetro do rolo superior. Aliás o efeito de mola nem sequer permitiria
atingir esse valor. Na realidade, porém, isso pode ser conseguido com um rolo
auxiliar intercalado (ver a Figura III.65).
M. T. 08 Ut 03
RESUMO
• Quinagem;
• Calandragem.
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
14. Observe as seguintes figuras. Qual delas representa o fenómeno real que
ocorre durante a operação de forjamento? Como se designa o efeito
representado na Figura B e a que é devido?
Prato
A Peça
Prato
Formas de Fricção
Complexidade de Forma
M. T. 08 Ut 03
1
7
6
2 3
8
4
5
Legenda:
1___________________________________________________________
2___________________________________________________________
3___________________________________________________________
4__________________________________________________________
5__________________________________________________________
6__________________________________________________________
7__________________________________________________________
8__________________________________________________________
1-
CAME Excêntrico
Volante de energia
Êmbolo
M. T. 08 Ut 03
2-
a) b) c) d)
Ar (vapor
Prancha Correia Cadeia ou óleo)
Ram
Êmbolo
Peça
Forjada Moldes
Suporte
(d)
A _____________________________________________________________
B _____________________________________________________________
C _____________________________________________________________
D _____________________________________________________________
M. T. 08 Ut 03
Função
d
p
rcc
Encostador
F E D E F
e rcm
j
reo = re'
dm
Matriz
re'
FE
D
C
z
h
FASE DE ESTAMPAGEM
após começo da estampagem da aba FASE DE ESTAMPAGEM
fim da operação de estampagem
Zona AB ______________________________________________________
Zona BC ______________________________________________________
Zona CD ______________________________________________________
Zona DE ______________________________________________________
Zona EF ______________________________________________________
21. Pretende-se obter uma superfície de corte com pequena rebarba e com
repuchamento mínimo de uma peça de aço inoxidável AISI 304. Qual a
folga a adoptar entre o punção e a matriz?
M. T. 08 Ut 03
24. Qual dos modos de quinagem permite obter peças mais precisas?
Tecnologias de Produção
Guia do Formando
IEFP · ISQ Maquinação
OBJECTIVOS
• Torneamento;
• Aplainamento;
• Furação;
• Mandrilamento;
• Fresagem;
• Brochamento;
• Roscamento;
• Rectificação;
• Electroerosão.
• Escatelagem.
TEMAS
• Introdução
• Variáveis actuantes nas operações de maquinação
• Torneamento, torno mecânico
• Torneamento
• Aplainamento
• Furação
• Fresagem
• Brochamento
• Outras operações de maquinação
• Feixe de electrões
• Resumo
• Actividades / Avaliação
Ut 04
M. T. 08
Tecnologias de Produção IV . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Maquinação
INTRODUÇÃO
Por outro lado, os processos citados nem sempre permitem obter certos
pormenores, como determinados tipos de saliências ou reentrâncias, furos
roscados, furos passantes, etc.
Apara
Ferramenta Peça
em maquinação
Apara
Ferramenta Peça
em maquinação
Aresta
Ut 04
f = ângulo de corte
a = ângulo de inclinação
Apara
da ferramenta t2
d = ângulo de atrito
Ferramenta
a
f Plano de corte
Profundidade t1 So Movimento
Fc Fs
de corte da ferramenta
FM
FL Superfície
R Ff
d F
maquinada
n
Peça
a)
Fig. IV.2a) - Representação das forças de corte que actuam numa ferramenta
A ferramenta exerce uma força R sobre a apara, a qual pode ser decomposta
em duas componentes:
• Fn = componente normal;
• Ff = componente de atrito, que representa a resistência de atrito que a
apara encontra ao deslizar sobre a face da ferramenta.
Para se ter equilíbrio, a apara deve ficar sujeita a uma reacção R’, igual e
oposta, da peça no plano de corte com as componentes Fn, normal e Fs de
corte ao longo do plano de corte.
R FL R
Ff
FM
Fn FC
b)
t1 / t2 = sen de f (IV.1)
FL + FC tgα
µ= (IV.2)
FC − FL tgα
W = Fc / So (IV.3)
π. D. N
v= (IV.4)
1000
onde:
d1 − d2
p= (IV.5)
2
A força principal de corte pode também ser expressa pela relação seguinte:
P = ks . S (IV.6)
onde :
ks = K . Sa (IV.7)
• Condições da máquina-ferramenta;
• Condições da ferramenta de corte, em função das suas características
geométricas e da sua qualidade;
• Tipo de corte: contínuo ou interrompido;
• Material em maquinação, nomeadamente o tipo de liga, e as condições
da superfície de trabalho;
• Condições de arrefecimento.
Exemplo IV.1
d1 − d2
p= (IV.8)
2
Cabeçote fixo
Árvore principal
Carro transversal
Contraponta
Cabeçote móvel
Comando da caixa
de velocidades
Carro
Porta ferramenta longitudinal
Placa giratória
Base
Os “tornos copiadores” utilizam uma peça protótipo que impõe um determinado Torno copiador
perfil na peça a ser maquinada, por intermédio de uma ferramenta que se
movimenta automaticamente.
Suporte transversal
ou carro
Coluna
Cabeçote
lateral
Mesa
Coluna
giratória Coluna
Base Base
Coluna
Suporte transversal
ou carro
Cabeçote
lateral
Cabeçote giratório
do revólver
Coluna
Mesa
giratória
Base Base
Esses cabeçotes podem ser do tipo recto ou de placa giratória e podem possuir
um único suporte de ferramenta ou suportes múltiplos de 4, 5 ou 6 lados, para
diversas ferramentas.
Ut 04
M. T. 08
Os “tornos ferramenteiros” são tornos especiais, construídos com maior Torno ferramenteiro
precisão, com um número maior de velocidades periféricas e avanços além de
disporem de uma quantidade maior de acessórios. São utilizados na fabricação
de ferramentas e matrizes ou dispositivos especiais.
Ferramentas de Torno
Fig. IV.7 - Esquema de uma ferramenta de corte com uma única aresta de corte
Ângulo frontal
Ângulo lateral
da aresta de
de aresta de corte
corte
Ângulo de folga
central
Ângulo de saída (d
d)
Ângulo
de folga (aa) Ângulo de folga
Ângulo de cunha (b
b)
da ponta
Ângulo de folga (a
a)
Furação
A furação é a operação de maquinação que tem por objectivo abrir, alargar ou Furação
acabar furos de peças. Os furos podem ser produzidos com dimensões que
variam desde o milímetro até aos vários centímetros de diâmetro.
peça a perfurar, do cabeçote superior geralmente fixo, mas podendo girar num
plano horizontal, o qual é ligado, por intermédio do eixo (árvore) à mesa ajustável
que contém o porta-ferramenta. A mesa ajustável é dotada de movimento vertical
e o porta-ferramenta de movimentos vertical de avanço e giratório.
Comprimento do cabo
Comprimento total
Pescoço
Comprimento das caneluras
Corpo
Ângulo
de ponta
Estria ou guia
Cabeçote fixo
Eixo
(árvore)
Mesa ajustável
Coluna
Mesa
Base
Ajuste
Avanço
Velocidade do eixo
Brocas especiais
Nos engenhos de furar, além da broca comum, mostrada na Fig. IV.11, são
utilizados outros tipos de ferramentas e brocas.
Ângulo Comprimento
Canelagem do chanfro do chanfro
Aresta
Cabo do corte
Recto ou cónico
As “brocas para abrir roscas” são utilizadas não apenas em engenhos de furar,
mas igualmente em tornos mecânicos, tornos automáticos, tornos-revólver e
outros tipos de máquinas-ferramentas.
A Fig. IV.13 mostra um tipo comum de broca para roscar, também chamada
“macho de tarraxa”.
Ut 04
M. T. 08
Comprimento
do chanfro
Ângulo
do chanfro
Reentrâncias
Cabo
Comprimento
da rosca
APLAINAMENTO
Plainas limadoras
A Fig. IV.14 representa uma plaina limadora simples, bem como os seus
respectivos movimentos.
Avanço
ou ajuste
Cabeçote
Coluna
Avanço
Avanço ajuste
ajuste
Base
Trilho transversal
Mesa
Plainas de mesa
Cabeçote
da ferramenta
transversal
Suporte
transversal
Base
Motor
Cabeçote da ferramenta
transversal
Mesa
Guias em V Base
Fig. IV.15 - Esquema das componentes principais e dos movimentos de uma plaina de
armação dupla
A Fig. IV.15 mostra uma plaina de mesa, de armação dupla ou de duas colunas,
indicando os seus principais componentes e movimentos.
FRESAGEM
Consiste numa operação de maquinação em que o metal é removido por uma Fresagem
ferramenta giratória - chamada “fresa” - de múltiplos gumes cortantes. Cada
gume remove uma quantidade de metal em cada revolução do eixo onde a
ferramenta é fixada.
Eixo
para ferramentas
Coluna
Árvore
Peça
Mesa
Carro
Suporte
Base
Fresa
Peça
Peça Peça
Peça Peça
Peça
Ut 04
Fresas
a) b)
a a a
f f
P f
P
d
r d r r d
D h g h D
h
c) d) e)
Exemplo IV.2
BROCHAMENTO
Peça
Apara
Brocha
Mandrilamento
Fig. IV.24 - Mandrilamento de furos com diferentes diâmetros com o mesmo mandril
O ângulo entre o mandril e a superfície da peça deve ser de 90º para permitir
que todos os dentes ataquem o material ao mesmo tempo. O mandrilamento
de um furo com um ângulo diferente torna difícil ou até mesmo impossível a
obtenção de bons resultados (Fig. IV.25).
Fig. IV.25 - Mandrilamento de um furo com um ângulo entre este e a superfície da peça
diferente de 90º
Escatelagem
Uma das principais aplicações desta operação é a abertura do rasgo nos veios
para posterior colocação da chaveta.
A maquinação por abrasão compreende uma série de operações de corte, em Maquinação por abrasão
que a quantidade do material removida é diminuta.
Ut 04
M. T. 08
Rectificação
Esta é a operação mais comum: basicamente, a rectificação tem por objectivo Rectificação
corrigir as irregularidades de carácter geométrico produzidas em operações
precedentes. As máquinas empregues são as rectificadoras, as quais utilizam
como ferramenta os rebolos, constituídos de material abrasivo. Os rebolos são
sólidos de revolução em torno de um eixo, possuindo uma grande variedade de
formas e dimensões, tendo em vista a grande variedade de serviços que podem
ser realizados por intermédio da rectificação. Os vários tipos de rebolos
distinguem-se, também, pela natureza do abrasivo, seu tipo de grão,
dureza, etc.
Peça
Rebolo
Rectificação cilíndrica Rectificação cilíndrica Rectificação
externa interna superficial
Rebolo Peça
Rebolo
Guia
Rectificação sem centros
Protector
Coluna
Placa magnética Rebolo
Peça
Mesa
Base
Rebolo
de rectificação
Movimento
Carro Movimento transversal
longitudinal
Fig. IV.30 - Esquema dos principais componentes e dos movimentos de uma rectificadora
de superfície externa
Ut 04
M. T. 08
Contraposta
Mesa
Deslizável
Afiação
Trata-se de uma operação que se destina, em princípio, a criar pela primeira Afiação
vez e, posteriormente, regenerar as arestas de corte das ferramentas. A
ferramenta utilizada no processo é, como na rectificação, o rebolo,
frequentemente de constituição especial, pois é constituído por partículas de
diamante como elemento abrasivo.
Rebolos
em que:
Esses métodos podem ser classificados de acordo com o tipo de energia utilizada
no processo, isto é:
Trata-se de um processo utilizado na produção de orifícios, ranhuras e outras Maquinação por descarga
cavidades. A remoção controlada de material é feita por intermédio de fusão ou eléctrica também designada
por electro-erosão
vaporização provocada por uma descarga eléctrica de alta-frequência.
Ut 04
M. T. 08
• Por penetração;
• Por fio.
Alimentação auxiliar
Voltímetro controlada
Fornecimento
de corrente contínua Ferramenta
(eléctrodo negativo)
Líquido dieléctrico
Amperímetro
Peça Válvula
(carregada positivamente) de pressão
Filtro
Bomba
Reservatório
Translacção do fio
Agulheta
Movimentos do fio
em relação à mesa
Bobine receptora
A zona da peça cortada por este meio é lavada através de um jacto dieléctrico
dirigido coaxialmente com o fio.
Maquinação electroquímica
Consiste num processo de ataque electroquímico que emprega um electrólito Maquinação electroquímica
e uma corrente eléctrica para ionizar e remover metal da superfície da peça a
ser maquinada.
Realiza praticamente todos os serviços que são realizados pelo processo an-
terior, porém mais rapidamente. É contudo, um processo de custo mais elevado,
já que exige uma maior quantidade de energia eléctrica.
Suprimento
de corrente Ferramenta
contínua
Electrólito
Amperímetro
Reservatório
Bomba
Válvula de pressão
Filtro
Medidor de vazão
Trocador de calor Termostato Bomba
de alta tensão
Reservatório
A maquinação por feixe de electrões pode ser classificada como um processo Maquinação por feixe de
de micromaquinação em que o efeito térmico ou não-térmico do feixe é utilizado electrões
para o processo tecnológico. No processamento térmico, o feixe é utilizado
para remover o material no ponto de interacção com o material, por fusão ou
evaporação ou através de alterações das propriedades do material. No
processamento não-térmico, o feixe é, por seu lado, utilizado para causar efeitos
físicos ou radioquímicos.
Princípio do processo
seu diâmetro.
a) b)
Material
expelido
Feixe
c) d)
As desvantagens apontadas à furação por feixe de electrões são, por seu lado,
as seguintes:
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
A Ajuste
Avanço
J
Avental
(no carro
I longitudinal)
H
A __________________________________________
B __________________________________________
C __________________________________________
D __________________________________________
E __________________________________________
F __________________________________________
G __________________________________________
H __________________________________________
I __________________________________________
J __________________________________________
Ut 04
M. T. 08
C
D
F
Ajuste
Avanço
Velocidade do eixo
A __________________________________________
B __________________________________________
C __________________________________________
D __________________________________________
E __________________________________________
F __________________________________________
Ut 04
M. T. 08
A Avanço de corte
Avanço
ajuste
Avanço
ajuste
D
E
F
A __________________________________________
B __________________________________________
C __________________________________________
D __________________________________________
E __________________________________________
F __________________________________________
Ut 04
M. T. 08
Objectivos
TEMAS
• Introdução
• Materiais
• Mecanismo
• Modos de operação
• Pulverização a frio
• Pulverização a quente
• Fontes de calor
• Combustão
• Eléctrica
• Acabamento superficial
• Maquinagem
• Selagem
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M. T. 08 Ut 05
INTRODUÇÃO
O processo de projecção a quente, conhecido desde o início do século, teve a Revestimento por projecção a
quente
sua grande expansão a partir de 1960, quando se desenvolveu um grande
número de ligas e modos de aplicação.
A fonte de aquecimento pode ser uma chama oxi- combustível, um arco eléctrico
simples ou na forma de plasma, ou mesmo consequência da utilização de
cargas explosivas.
MATERIAIS
Uma série de ligas metálicas, com destaque para as ligas de níquel e as ligas Materiais
cerâmicas, como, por exemplo, óxido de titânio, " cermets", compostos
cerâmicos/metálicos e até mesmo plásticos, podem ser aplicados por este
processo térmico sem degradação estrutural.
Os tipos de materiais em que este processo pode ser aplicado são normalmente
os metais, os óxidos, as cerâmicas, vidros, muitos plásticos e também a
madeira. Porém, deve-se frisar que nem todos os revestimentos podem ser
aplicados a todos os materiais de base.
MECANISMO
MODOS DE OPERAÇÃO
Pulverização a frio
Neste modo, apesar das partículas projectadas se encontrarem em estado de Pulverização a frio
fusão ou semifusão, são arrefecidas rapidamente ao entrarem em contacto
com a base, tornando-se desnecessário o aquecimento superior aos 300ºC da
peça, durante as aplicações.
Pulverização a quente
Durante a aplicação de uma camada, ou no final da aplicação total, faz-se a Pulverização a quente
fusão do revestimento pela acção de fontes de calor. Este tratamento faz com
que se obtenha uma maior adesão entre o revestimento e a superfície, dada a
ocorrência de difusão ou de reacções químicas entre os materiais de base e de
revestimento.
Neste modo, além da maior adesão das camadas, verifica-se também uma
acentuada queda do grau de porosidade do revestimento, factor este muito
importante quando se verifica a acção do meio de trabalho sobre a base do
revestimento.
O aquecimento para fusão do revestimento pode ser feito por maçaricos, por
indução ou mesmo pelo tratamento da peça em forno de aquecimento.
FONTES DE CALOR
Combustão
Eléctrica
Neste grupo, temos como processos mais comuns o arco eléctrico simples e Eléctrica
o arco plasma.
ACABAMENTO SUPERFICIAL
Maquinagem
Selagem
Met ais C ar b o n et o s Óx id o s C er m et s
CHAMA pó
subsónica arame
hipersónica
ARCO
PLASMA
baixa energia
alta energia
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
Tecnologias de Produção
Guia do Formando
IEFP · ISQ Pulverometalurgia
OBJECTIVOS
TEMAS
• Pulverometalurgia
• Matérias-Primas
• O processo
• Operações pós-sinterização
• Aspectos económicos
• Aplicações
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.08 Ut 06
Tecnologias de Produção VI . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Pulverometalurgia
PULVEROMETALURGIA
Em linhas gerais, o processo envolve a mistura prévia dos pós, para assegurar
um volume com composição homogénea, seguida de uma operação de
compactação numa ferramenta apropriada instalada numa prensa mecânica
ou hidráulica. O produto resultante desta operação, compacto verde, é
seguidamente aquecido num forno sob atmosfera controlada (sinterização),
obtendo-se, por fim, a peça final desejada.
Europa 65-70%
MATÉRIAS-PRIMAS
Ao longo dos tempos têm sido utilizadas diversas técnicas para a produção de
pós metálicos. A selecção de uma técnica é geralmente condicionada por
razões económicas, pureza e propriedades físicas requeridas.
Moagem
Atomização
Fig. VI.2 - Representação esquemática dos processos de atomização por água e por gás
M.T.08 Ut 06
Redução de óxidos
Este método, muito utilizado há alguns anos atrás no fabrico de pós de ferro, Redução de óxidos
serve actualmente quase exclusivamente para o fabrico de pós metálicos de
materiais refractários, nomeadamente tungsténio, molibdénio, níquel e cobalto.
O método assenta nas reacções de redução que ocorrem a temperatura elevada
entre o material metálico e uma atmosfera rica em carbono ou hidrogénio.
No caso da produção de pó de ferro, a matéria-prima consiste em óxidos de
ferro, sendo utilizada uma atmosfera redutora rica em carbono. O produto final
após redução consiste numa estrutura esponjosa de ferro, que é posteriormente
triturada até se obter a dimensão das partículas adequada para as operações
de compactação.
Electrólise
O PROCESSO
Os pós são misturados juntamente com um lubrificante, até ser obtida uma
mistura homogénea. Esta mistura é, seguidamente, introduzida numa matriz/
molde metálico e sujeita a compactação mediante aplicação de pressão.
Seguidamente, efectua-se a operação de sinterização.
MISTURA DE PÓS
20ºC
COMPACTAÇÃO
FERRAMENTA DE COMPACTAÇÃO
SE NECESSÁRIO
FERRAMENTA DE CALIBRAÇÃO
COMPRESSÃO
COMPONENTE ACABADO
Esta é a primeira operação do processo tecnológico, e tem por objectivo principal Mistura dos pós
a obtenção de uma mistura homogénea e a introdução do lubrificante.
Após a mistura dos pós, procede-se ao enchimento das cavidades das matrizes/
moldes metálicos através de um dispositivo adaptado à prensa de compactação.
Uma vez concluída esta operação, efectua-se a compressão da mistura a níveis
de pressão que variam conforme o tipo de pó usado e a densidade final pretendida
para o produto compactado. A operação fica concluída com a ejecção do produto
compactado, compacto verde (Fig. VI.5).
M.T.08 Ut 06
1 Início do ciclo
2 Carregamento do molde
com pó
3 Início da compactação
4 Compactação completada
5 Ejecção decomponente
6 Carregamento do molde
F o r ç a d e C o m p r es s ão
A razão de compressão pode ser definida pela razão entre a densidade final
após compactação e a densidade do compacto verde. Esta grandeza determina
a profundidade da ferramenta de forma a se obter a densidade final requerida. A
relação com a densidade aparente é óbvia, um pó com elevada densidade
aparente necessita de razões de compressão mais baixas e portanto de
ferramentas com cursos menores.
Profundidade
P1 P1
Densidade Pressão
de
Profundidade compactação
P2
P2
Sinterização
Os ciclos de sinterização vão desde os 45-75 minutos para o bronze até às 2-3
horas para os materiais ferrosos. As atmosferas protectoras consistem, além
do vácuo, na utilização de hidrogénio e de amónia dissociada (75% H e 25 %
azoto).
OPERAÇÕES PÓS-SINTERIZAÇÃO
Recompressão
Forjamento
Tratamentos térmicos
São aplicados geralmente em peças sinterizadas de ferro e aço e têm por Tratamentos térmicos
objectivo melhorar as suas propriedades mecânicas. Consistem sobretudo em
operações de têmpera e revenido. Devido à porosidade remanescente nos
componentes sinterizados, estas operações devem ser realizadas na presença
de atmosferas gasosas e não em banho líquido. Estas recomendações não se
aplicam a produtos previamente forjados.
M.T.08 Ut 06
Impregnação
Infiltração
Outras Operações
ASPECTOS ECONÓMICOS
APLICAÇÕES
Incluem-se neste grupo todos os componentes que, embora possam ser Componentes estruturais
fabricados por processos tecnológicos alternativos, são igualmente produzidos diversos
por pulverometalurgia por razões económicas ou devido às melhores propriedades
mecânicas que este processo permite alcançar. Como exemplo podem-se
destacar alguns componentes mecânicos utilizados nos automóveis, caso das
árvores de cames, bielas e engrenagens, bem como diversos componentes
utilizados em máquinas industriais, agrícolas e para fins domésticos (fig. VI.10).
Os pós utilizados são, na sua maioria, constituídos por ferro, com adições de
carbono, cobre, níquel ou outros elementos de liga.
M.T.08 Ut 06
Chumaceiras autolubrificantes
Filtros
Materiais Refractários
São exemplos os materiais utilizados nos discos de embraiagem e nos calços Materiais para
dos travões, que são fabricados por compactação a frio seguida de sinterização. Componentes de Atrito
Os pós utilizados consistem em misturas de materiais metálicos e
não-metálicos, dos quais se destacam o ferro, chumbo, estanho, zinco, grafite
e sílica (fig. VI.13).
Superligas
Ligas de níquel e cobalto que exibem alta resistência mecânica a elevadas Superligas
temperaturas e que se destinam ao fabrico de componentes para motores de
aviões, tais como pás de turbinas.
Materiais Refractários
Pastilhas de Corte
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
B 20ºC
FERRAMENTA DE COMPACTAÇÃO
C
COMPONENTE ACABADO
SE NECESSÁRIO
D
FERRAMENTA DE CALIBRAÇÃO
COMPONENTE ACABADO
Tecnologias de Produção
Guia do Formando
IEFP · ISQ Corte
OBJECTIVOS
TEMAS
• Serragem
• Corte Térmico
• Jacto de Água
• Resumo
• Actividades / Avaliação
Ut.07
M.T.08
SERRAGEM
PEÇA
APARA
SERRA
CORTE TÉRMICO
Para a execução de cordões de soldadura utilizando processos de soldadura Técnicas de corte e preparação
por arco eléctrico, é usual fazer-se a preparação da junta utilizando um de chanfros
processo de corte térmico. A junta pode ser de bordos direitos, se a espessura
do material for pequena, ou com chanfro, se a espessura do material for
elevada. Pode ser preparada utilizando corte mecânico ou corte térmico. O
primeiro é usualmente mais moroso e dispendioso que o segundo, razão pela
qual a maioria das empresas utiliza essencialmente “arc-air”, corte por gás
ou corte por plasma, para a preparação de peças para soldar.
a) Corte mecânico
b) Corte térmico:
• arc-air
• gás
• plasma
Fundamentos
O processo de corte por gás (Oxi-fuel Gas Cutting-OFC) é um processo no Técnicas de corte por oxigás
qual o corte dos metais é obtido pela reacção do oxigénio puro com o metal a
alta temperatura. Esta alta temperatura é conseguida através de uma chama
oxigénio-gás combustível. Para o corte de metais resistentes à oxidação, a
reacção é auxiliada pela adição de fluxos e pós metálicos.
O metal a ser cortado é aquecido por uma chama de pré-aquecimento até à Princípios de funcionamento
temperatura em que ocorre a reacção do metal com o oxigénio, chamada de
Ut.07
M.T.08
Oxigénio
de corte Oxigénio e gás combustível
Bico
Chama de
pré-aquecimento
Jacto de
oxigénio
Metal fundido
e escória
O processo oxicorte é muito versátil, podendo cortar desde peças finas até
peças com 2 m de espessura.
Equipamentos
O equipamento utilizado no corte por gás consiste basicamente em cilindros Constituição de um posto de
de oxigénio e de gás combustível, reguladores de pressão, mangueira e oxicorte
maçarico ou tocha. Os maçaricos são dispositivos que recebem o oxigénio e
o gás, puros, e fazem a sua mistura na proporção, volume e velocidade
adequados à produção da chama desejada. Os maçaricos de corte têm
também uma alimentação de oxigénio de corte dotada de uma válvula de
acção rápida.
Ut.07
M.T.08
D éb i t o d e g ás
E s p es s u r a D i âm et r o d o Velo c id ad e Ox ig én io A c et i l en o Gás P r o p an o
a c o r t ar o r if íc io d o d e c o rte d e c o rte n at u r al
(m m ) b ic o (m m ) (c m /m m )
Obs.: (1) consumo de oxigénio de pré-aquecimento = 1,1 a 1,25 débito de acetileno; = 1,5 a 2,5
débito de gás natural; = 3,5 a 5 débito de propano.
(2) o mais alto débito de gás e a menor velocidade estão associados ao corte manual; o
inverso, ao mecanizado.
30 12 13 16 21 9
10
12 23 10 3 19 4 7 8 20 9
16
30 4 22 12 13 14 24 9
10
10 23 26 3 20 7 8 20 9
16
Legenda: 1- Bico de soldadura, 2 - Tubo de mistura, 3 - Câmara de mistura, 4 - Injector, 5 - Parafuso de fecho,
6 - Válvula de oxigénio, 7 - Válvula de gás combustível, 8 - Pega do maçarico, 9 - Entrada dos gases,
10 - Bico de corte, 11 - Cabeça do maçarico de corte, 12 - Tubo de oxigénio de corte, 13 - Válvula de oxigénio
de corte, 14 - Válvula do oxigénio de aquecimento, 15 - Lança de soldadura, 16 - Lança de corte,
17 - Junta, 18 - Agulha, 19 - Dispositivo de mistura, 20 - Conduta de chegada do gás combustível,
21 - Conduta de chegada do oxigénio, 22 - Conduta de chegada de oxigénio de aquecimento,
23 - Orifício do jacto de corte, 24 - Orifício da chama de aquecimento, 25 - Conduta de chegada do oxigénio
de corte, 26 - Conduta de chegada da mistura combustível, 27 - Bico externo, 28 - Bico interno,
29 - Parafuso de fixação da lança, 30 - Porta-bico
Consumíveis
Os consumíveis do processo oxicorte são o oxigénio, os gases combustíveis e Função da pureza do oxigénio
os fluxos e pós metálicos utilizados para corte de metais. de corte
Além disso, a qualidade do corte é pior e ocorre maior aderência dos resíduos
do corte nas faces da peça. Para purezas inferiores a 95%, a acção de corte
é extinguida.
Podem ser usados vários gases combustíveis para pré-aquecimento, incluindo Gases combustíveis
o acetileno, o propano, o butano e o metano. O acetileno é o mais usado mas,
para algumas aplicações especiais como cortes muito longos, o propano e o
butano podem apresentar vantagens.
Os fluxos e pós metálicos são usados em operações de corte de materiais Função dos fluxos e pós
especiais, como aço inoxidável, ferro fundido, bronze e alumínio. Os pós metálicos
metálicos utilizados são geralmente o de ferro, no corte de aço inoxidável,
ferro fundido e peças muito espessas de aço carbono, e o de alumínio, no
corte de bronze e de alumínio. Os fluxos químicos são usados no corte dos
aços inoxidáveis e têm como função reagir com os óxidos de elementos de
liga como o cromo e o níquel, para formar compostos de ponto de fusão
próximos do óxido de ferro.
Técnica operatória
A operação de corte é relativamente simples, em muitas etapas semelhante Etapas para a execução de
à soldadura oxi-gás. Primeiramente, efectua-se a regulação da chama de um
pré- aquecimento, em geral neutra. A seguir, é feito o pré-aquecimento da corte por oxigás
zona de início do corte até ao rubro, sendo então accionada a válvula de
oxigénio. Este reage com o metal e, quando o jacto atinge a face oposta da
peça, inicia-se um movimento de translação do maçarico.
Fig. VII.4 - Efeito da velocidade de corte no acabamento das faces cortadas por oxicorte
E l em en t o E f ei t o
Carbono Aços com até 0,25% de carbono podem ser cortados sem problemas.
Acima deste valor passa a ser necessário o uso de pré-aquecimento para
previnir a têmpera e fissuração do material. A grafite e cementite são
detrimentais , mas os ferros fundidos com 4% de C podem ser cortados
por técnicas especiais.
Crómio Aços com até 5% de Cr são cortados sem muita dificuldade quando a
superfície está limpa. Teores mais altos (10%), exigem técnicas especiais.
Se o corte oxiacetilénico convencional é usado, a superfície de corte é
áspera.
Níquel Aços com até 7% de Ni podem ser cortados sem problemas. Podem-se
realizar cortes de excelente qualidade em aços inoxidáveis com a
utilizaçãode pós e fluxos.
Tungsténio As ligas usuais com até 14% podem ser cortadas facilmente, mas o corte
é dificultado para teores mais altos.
Alumínio Desde que não esteja presente em grande quantidade, até 10%, seu
efeito não é apreciável
Fósforo Nas quantidades normalmente existentes nos aços, este elemento não
tem qualquer efeito.
Enxofre Pequenas quantidades como as presentes nos aços não tem efeito.
Para teores mais elevados a velocidade de corte é reduzida e o dióxido
de enxofre passa a ser notado.
Aplicações industriais
O corte por gás é um processo que tem diversas aplicações industriais, devido
à sua versatilidade. É usado tanto na fabricação como na montagem e
desmontagem de estruturas e peças metálicas.
Fundamentos
O corte por plasma é um processo no qual se utiliza um arco eléctrico Princípio de funcionamento
estabelecido entre um eléctrodo de tungsténio, não consumível, e a peça a do corte por plasma
soldar. O arco é constrangido por um bocal que limita o seu diâmetro,
provocando um aumento considerável na densidade de potência da fonte de
calor. No corte por plasma são utilizados dois fluxos do mesmo ou de diferentes
gases. O primeiro circunda o eléctrodo e sai por um orifício no bocal constritor
na forma de um jacto de gás fortemente aquecido, chamado gás de plasma.
Este gás deve ser inerte e, frequentemente, é usado o árgon.
O corte pode ser realizado manual ou mecanizadamente, com velocidades Técnicas de execução do
relativamente elevadas, em linha recta ou curva; em geral, pode ser iniciado corte
em qualquer ponto da peça, utilizando-se equipamentos manuais ou
mecanizados.
No processo com duplo fluxo de gás, é geralmente usado o azoto como gás
de plasma, ao passo que o gás de protecção é escolhido em função do material
a cortar, podendo ser, por exemplo, CO2 ou ar atmosférico para aços carbono,
ou mistura árgon-hidrogénio para alumínio.
No corte por plasma com injecção de água, utiliza-se um jacto de água que
passa pelo bocal constritor, aumentado o efeito de constrangimento do plasma
e protegendo de contaminação. A parte inferior do bocal é geralmente
cerâmica. Esta técnica permite maiores velocidades de corte do que a do
corte por plasma convencional.
Ut.07
M.T.08
Por outro lado, o facto de o eléctrodo não ser exterior impede que este possa
tocar na peça e, consequentemente, reduz significativamente a possibilidade
de contaminação da soldadura.
Equipamento
O equipamento usado no corte por plasma consiste numa fonte de energia, Equipamento e acessórios
na tocha de corte, na fonte de gases e de água e na unidade de controlo. No utilizados no corte por plasma
caso de corte mecanizado, são também necessários dispositivos de
deslocamento da tocha. O controlo pode ser realizado por células
fotoeléctricas, controlo numérico ou computadorizado.
As fontes de energia para corte por plasma apresentam uma tensão em vazio
na faixa de 120 a 400 V, dependendo da tocha e da técnica a ser usadas, do
material e da espessura a cortar. As correntes de saída variam de 70 a 1000
A, dependendo da espessura e do material a cortar, e da velocidade de corte.
As tochas de corte apresentam um ou mais orifícios, com diferentes diâmetros, Tochas de corte
dependendo da sua capacidade e da técnica a ser usada. Elas podem ser
adequadas para corte manual ou mecanizado, sendo que as tochas para
corte mecanizado são geralmente as de maior capacidade.
Consumíveis
Para o corte de aços carbono, os melhores resultados são obtidos quando se Consumíveis para corte de
aços
usam misturas de azoto e oxigénio. Pode-se usar também o ar atmosférico. A
presença de oxigénio na atmosfera do plasma reduz a vida do eléctrodo; por
isso, a injecção de oxigénio faz-se, em alguns casos, através de um bocal
especial, após a passagem do gás de plasma pelo eléctrodo de tungsténio. A
qualidade de corte é semelhante quando se usam misturas de gases e quando
se utiliza ar atmosférico.
No corte de não ferrosos e de ácido inoxidável, usa-se, geralmente, misturas Gases para corte de outros
materiais
árgon-hidrogénio ou azoto-ar comprimido.
Técnica operatória
O procedimento usado para o corte consiste no ajuste dos parâmetros Etapas da execução de um
corte
operacionais, abertura do arco e deslocamento da tocha ao longo da linha de
corte, finalizando com a extinção do arco.
a) Azoto e árgon com adição de hidrogénio, com débito de 47 a 100 l/min. Consultar instruções
do fabricante do equipamento.
b) Ar comprimido ou azoto com adições de hidrogénio ou oxigénio, débito entre 94 e 140 l/min.
Consultar instruções do fabricante do equipamento.
Aplicações industriais
O processo de corte por plasma pode ser usado na maioria dos metais Aplicações industriais para o
comerciais. Em muitos casos, há uma vantagem considerável em relação ao corte por plasma
oxicorte de aços carbono, particularmente em cortes longos e de muitas peças.
Em relação ao oxicorte de aço inoxidável com pós, as vantagens são bem
mais significativas.
É um processo para corte de metais, ou mais propriamente de limpeza, que Princípio de funcionamento
consiste na utilização simultânea de arco eléctrico e de um jacto de ar do corte com eléctrodo de
comprimido dirigido permanentemente para o ponto da superfície metálica carvão
onde se estabelece o arco referido.
Equipamentos e acessórios
4 80 150
5 120 200
6,3 200 400
8 250 500
10 400 600
13 600 900
16 800 1 000
A pressão de ar comprimido, que deverá, tanto quanto possível, ser isento de Ar comprimido
óleo e de humidade, é compreendida entre 5 e 7 bar, com um débito de cerca
de 1m3/min.
Alicate porta-eléctrodos
Consumíveis (eléctrodos)
Os eléctrodos de carvão necessários a este processo devem ser Características dos eléctrodos
especialmente estudados para responder às seguintes características:
Fig. VII.7 - Relação entre o peso do material expelido e a intensidade de corrente utilizada
Ι max (A) 180 200 350 450 550 800 1 000 1 600
Aplicação do processo
Aplicações industriais do
Este processo pode ser utilizado para:
processo
Todos os metais podem ser trabalhados com o processo: aço macio, aço
inoxidável, ferro fundido, ligas, etc.
Vantagens do processo
O alicate de arc-aír é de fácil emprego e a técnica operatória necessária para Vantangens do processo
a utilização do processo adquire-se rapidamente.
Defeitos e deformações
Para que não surjam, após o corte, defeitos e deformações excessivas no Cuidados na execução dos
material, deve-se: cortes
JACTO DE ÁGUA
Fundamentos
Os antigos egípcios utilizavam areia combinada com água para limpeza e Princípios de funcionamento
mineração. Já no nosso século os jactos de areia utilizavam um jacto sobre do corte com jacto de água
pressão (500 psi) para limpeza e remoção de tinta. Em 1968, Franze patenteou
um conceito para um sistema de corte por jacto de água de elevada pressão,
no qual a produção de um jacto de corte coerente envolvia a adição de um
polímero líquido de cadeia longa de forma a evitar que o jacto de água se
“partisse” à saída do oríficio da câmara pressurizada.
Em 1970, o corte por jacto de água sob pressão (30 000 a 55 000 psi) foi
desenvolvido para cortar materiais não metálicos. O primeiro equipamento
comercial de corte por jacto de água foi vendido em 1971, para cortar mobiliário
de madeira laminada, material que era dificilmente processado pelas serras
de banda e rotativas. Em 1983, o processo foi modificado através da adição
de abrasivos entre os quais se destacam as partículas de sílica e de granada
para cortar metais, compósitos e outros materiais duros.
Existem duas técnicas possíveis de utilização deste processo que são o corte Corte com e sem abrasivo
puro (sem abrasivo) e o corte com abrasivo. A introdução do abrasivo permite
maiores profundidades de corte, maiores velocidades de corte e corte de
mais materiais.
Desde a sua comercialização no início dos anos 80, o jacto de água com
abrasivo tem vindo a ser progressivamente aceite como ferramenta de corte
por um número cada vez maior de indústrias, incluíndo fundição, automóvel,
pedras ornamentais, aeroespacial, nuclear, de construção e vidreira. O jacto
de água com abrasivo é usado fundamentalmente porque apresenta técnicas
económicas e/ou ambientais em relação a outras tecnologias de corte.
De entre as características que tornam o jacto de água, quer puro quer com Vantagens
abrasivo, uma tecnologia competitiva face a outras tecnologias de corte, para
determinadas aplicações, podem-se referir as seguintes:
Parâmetros do processo
• Pressão
• Velocidade de translação
• Número de passes
• Fluxo de abrasivo
• Tipo de abrasivo
• Dimensão do bocal
Ut.07
M.T.08
E s p es s u r a Velo c id ad e d e c o r t e P r es s ão d a
Mat er ial
(m m ) (m m /m in ) ág u a
Equipamento
• Unidade hidráulica
• Bomba intensificadora
• Acumulador
• Filtros
• Válvula “on/off”
• Bocais
• Tanque de recolha
• Sistema de posicionamento
• Sistema de fixação
Aplicações
O corte plano com jacto de água é uma tecnologia largamente utilizada Aplicações
actualmente por diferentes sectores industriais, com actividades que podem
ser tão diversas como a produção e transformação de materiais cerâmicos
ou a produção de conservas de peixe.
Além dos metais muitos outros materiais podem ser cortados com jacto de
água como sejam plásticos, produtos alimentares, mármores.
Outras aplicações
Outras aplicações
Para além das aplicações de corte de metais realizado pelos jactos de água
com abrasivo esta técnica é também utilizada para limpeza e mais
recentemente para maquinação.
RESUMO
Dentro do corte térmico são estudados os processos de corte por gás, corte
por plasma e arc-aír. Para cada um dos processos são abordados os
fundamentos, os equipamentos, os consumíveis, os parâmetros e as
aplicações.
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
BIBLIOGRAFIA
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Forging Process”, International Journal of Powder Metallurgy, 1976
DOWSON, G. Adam Hilger, Powder Metallurgy, “The Process and its Products”,
1990
HEARLEY, M., Principles of Automatic Control - 3.ª edição - Ed. Hodden and
Stugton, 1975
Tecnologia de Produção B . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Bibliografia
Tecnologia de Produção B . 2
Guia do Formando