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Área III
CRISTALIZAÇÃO
ITA02224 - A
Gustavo Pires Costa
pires.costa@ufrgs.br
Cristalização
A operação unitária de cristalização é uma operação de
separação que consiste na formação de partículas sólidas a
partir de uma solução homogênea.
Onde:
V= volume da fase fluída
nA = quantidade do composto A em mol
cA = concentração do composto A [ mol/m³]
NA= é a constante de Avogadro [mol–1].
Equilíbrio e Supersaturação
Quando uma solução contém a quantidade total de soluto
que é capaz de dissolver( ), diz-se que se trata de uma
solução saturada.
A solubilidade aumenta com o aumento da temperatura
sendo pouco influenciada pela pressão.
Se uma fase fluida tem mais unidades que , logo, essa
solução está supersaturada.
Equilíbrio e Supersaturação
Os processos de cristalização ocorrem somente em situações de
supersaturação e a taxa de cristalização é função do grau de
supersaturação.
a≠b ≠c
Rodonita
Geometria dos Cristais
Sistema Cristalino Monoclínico
Ortoclase
Geometria dos Cristais
Sistema Cristalino Ortorrômbico
enxofre
Geometria dos Cristais
Sistema Cristalino Tetragonal
Rutilo
Geometria dos Cristais
Sistema cristalino hexagonal
Quartzo
Geometria dos Cristais
Sistema cristalino Romboédrico
Turmalina
Geometria dos Cristais
Sistema cristalino cúbico
Halita
Geometria dos Cristais
Nos processos industriais de cristalização, o crescimento de cristais
sem o impedimento de outros sólidos é uma rara exceção. Os cristais
se aglomeram e as impurezas são ocluídas nas superfícies de
crescimento.
A nucleação ocorre não só na solução, mas também sobre as
superfícies cristalinas e os cristais são fragmentados pelos rotores
das bombas e pela agitação. O resultado é que todos esses fatores
concorrem para a formação do hábito do cristal. Esse hábito tem
grande importância para os operadores da cristalização, pois afeta a
pureza do produto, a sua aparência, a tendência a formar torrões ou
a pulverizar-se e influencia a aceitação dos consumidores.
Geometria dos Cristais
O hábito dos cristais é fortemente afetado pelo grau de
supersaturação, pela intensidade da agitação, pela densidade
de população e pelas dimensões dos cristais nas vizinhanças
durante o processo e pela pureza da solução. Então, a seleção e
o projeto detalhado do cristalizador são importantes não
apenas pela economia e operabilidade, mas também pela sua
influência sobre o hábito cristalino, sobre a distribuição de
dimensões dos cristais e sobre a aceitação comercial do
produto.
Calor de Cristalização
As substâncias químicas cujas solubilidades aumentam com o
aumento da temperatura absorvem calor quando se dissolvem,
sendo o calor absorvido denominado calor ou entalpia de
solução.
CS CB
sólido
Camada Limite
Taxa de Crescimento dos Cristais
Considerando:
A= área do cristal;
m= massa de um cristal;
KL= coeficiente de transferência de massa da fase líquida;
Obtemos:
(Eq. 1)
Taxa de Crescimento dos Cristais
(Eq. 2)
Onde:
D= diâmetro característico;
= fator de forma;
= densidade do cristal;
Reorganizando:
(Eq. 3)
Taxa de Crescimento dos Cristais
A dimensão característica (diâmetro) dos cristais crescem linearmente com
gradiente de concentração.
(Eq. 4)
Taxa de Crescimento dos Cristais
Onde :
e a variação do diâmetro sendo:
(Eq. 5)
(Eq. 6)
(Eq. 7)
Exercício 2.
CRISTALIZADORES: EQUIPAMENTOS E
ACESSÓRIOS
Os cristalizadores podem ser projetados para operação em
batelada e contínua. Os cristalizadores experimentais mais
simples operam por batelada.
CRISTALIZADORES: EQUIPAMENTOS E
ACESSÓRIOS
CRISTALIZADORES: EQUIPAMENTOS E
ACESSÓRIOS
Outra possibilidade de transferir vibração ao conteúdo do
cristalizador é dispondo o sistema de vibração no fundo do
cristalizador o que facilita a alimentação, retirada de amostras,
operação e a descarga ao final da cristalização.
CRISTALIZADORES: EQUIPAMENTOS E
ACESSÓRIOS
CRISTALIZADORES: EQUIPAMENTOS E
ACESSÓRIOS
CRISTALIZADORES INDUSTRIAIS
Os cristalizadores contínuos mais antigos (tipo Swenson-Walker)
foram desenvolvidos há 80 anos. O cristalizador comum possui
seção vertical em forma de U e é encamisado para realizar o
resfriamento gradativo da solução supersaturada alimentada na
extremidade do cristalizador.
CRISTALIZADORES INDUSTRIAIS
Cana-de-
Limpeza Moenda Aquecedores Purificadores
açúcar
Câmara de
Filtros Evaporadores cozimento a centrifugadores Empacatadores
vácuo
Açúcar
Cristalização da Sacarose:
Cristalização da Sacarose:
Cristalização da Sacarose:
https://www.youtube.com/watch?v=fbG02E-
2gv4
Cristalização de Chocolate:
Para garantir a cristalização da gordura em sua forma cristalina
mais estável, após a conchagem realiza-se a etapa de
temperagem do chocolate. Esse processo consiste,
essencialmente, em uma cristalização controlada em que, por
meio de tratamentos térmicos e mecânicos, se produz uma
porcentagem específica de cristais na forma mais estável da
manteiga de cacau.
Cristalização de Chocolate:
A temperagem do chocolate se inicia com aquecimento até 48
°C, provocando a fusão completa de todos os cristais na massa.
Segue-se um pré-resfriamento lento até a temperatura de 30
°C, sem formação de cristais. Não se formam cristais instáveis,
pois a temperatura é alta para ocorrência da cristalização; a
forma γ, por exemplo, desenvolve-se em temperaturas menores
do que 17 °C.
Cristalização de Chocolate:
O superesfriamento (temperatura em que ocorre a formação
homogênea dos cristais) possibilita o desenvolvimento de
núcleos e o crescimento de cristais estáveis do tipo β. Uma
bomba realiza a circulação do chocolate, misturando a parte
inferior com a superior. Um dispositivo de agitação cria
perturbações suaves para aperfeiçoar a troca de calor com as
paredes do sistema, no aquecimento e resfriamento. Em
seguida, um novo aquecimento até 32,5 °C possibilita o
crescimento e maturação dos cristais, que é a temperatura de
utilização para confecção de produtos a base de chocolate e de
consumo.
Cristalização de Chocolate:
Diagrama de Fases