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Química II
Vitor Hugo Migues
Prelúdio para Equilíbrio
Químico
• A tendência natural dos sistemas
químicos é buscar um estado de função
de Gibbs mínima. Uma vez que o
mínimo seja alcançado, o movimento
em qualquer direção química não será
espontâneo. É neste ponto que o
sistema atinge um estado de equilíbrio.
A EQUAÇÃO FUNDAMENTAL
• Para uma substância pura ou para uma mistura de composição fixa a equação fundamental da
energia de Gibbs é:
Se o nº de moles n1, n2, ... das substâncias presentes variar, temos G = G (T, p, n1, n2, ...). A
diferencial total: 1 2
𝜕𝐺 𝜕𝐺 𝜕𝐺 𝜕𝐺
𝑑𝐺 = 𝑑𝑇 + 𝑑𝑝 + 𝑑𝑛1 + 𝑑𝑛2 equação 2
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖 𝜕𝑝 𝑇,𝑛 𝜕𝑛1 𝑇𝑝,𝑛 𝜕𝑛2 𝑇,𝑝,𝑛
𝑖 𝑗 𝑗
𝜕𝐺 𝜕𝐺
𝑑𝐺 = 𝑑𝑇 + 𝑑𝑝 equação 3
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖 𝜕𝑝 𝑇,𝑛
𝑖
A EQUAÇÃO FUNDAMENTAL
• Comparando a Eq. (3) com a Eq. (1), vemos que:
𝜕𝐺 𝜕𝐺
𝑑𝑇 = −𝑆 equação 4a 𝑑𝑝 = 𝑉 equação 4b
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖
• Simplificando
𝜕𝐺
𝜇𝑖 = 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 5
𝜕𝑛1 𝑇𝑝,𝑛𝑗
𝑑𝐺 = −𝑆 𝑑𝑇 + 𝑉 𝑑𝑇 + 𝜇𝑖 𝑑𝑛𝑖
𝑖
As Propriedades de μi
• Se uma pequena quantidade de substância i¸dni moles for adicionada a um sistema, com T, p e todos os nj
constantes, o aumento de ENERGIA LIVRE será dado pela eq. 7, que se reduz a:
eq. 7
• O aumento de energia de Gibbs que advém da adição de um mol de água à piscina será o valor de μH2O na
solução
As Propriedades de μi
• i é a derivada de uma variável extensiva em relação a outra variável extensiva
• mantendo T, p e todos os outros números de moles constantes, suponha que transferimos dnt
moles de i da região A para a região B.
• 𝑑𝐺 = 𝑑𝐺 𝐴 + 𝑑𝐺 𝐵
𝑑𝐺 = (1𝐵 − 1𝐴 ) 𝑑𝑛𝑖
A ENERGIA DE GIBBS DE UMA MISTURA
• O fato de i ser uma propriedade intensiva implica que pode
depender apenas de outras propriedades intensivas tais T, p e de
variáveis de composição, como relações entre moles ou frações molares.
• Consideremos a seguinte transformação:
A ENERGIA DE GIBBS DE UMA MISTURA
• Uma mistura a T, p const. e composição uniforme (GRANDE QUANTIDADE) com uma superfície esférica
pequena no seu interior.
• a energia de Gibbs deste sistema por G* e o número de moles da i-ésima espécie por ni*.
A ENERGIA DE GIBBS DE UMA MISTURA
𝑑𝐺 = 𝑖 𝑑𝑛𝑖
• Seja G a energia de Gibbs do sistema obtido depois do aumento e n, o número de moles.
Obtemos esta variação da energia de Gibbs integrando a Eq. 7 a T e p constante:
𝐺 𝑛𝑖
න 𝑑𝐺 = 𝜇𝑖 න 𝑑𝑛𝑖 𝐺 − 𝐺 ∗ = 𝜇𝑖 𝑛𝑖 − 𝑛𝑖∗
𝐺∗ 𝑖 𝑛𝑖 ∗ 𝑖 Equação 8
Equação 9
𝐺 = 𝜇𝑖 𝑛𝑖
𝑖
A ENERGIA DE GIBBS DE UMA MISTURA
• PROPRIEDADE IMPORTANTE
• A regra de adição expressa pela Eq. 9 é uma propriedade importante dos potenciais químicos.
• Conhecendo-se o μ e o nº de moles de cada constituinte de uma mistura, podemos calcular a energia livre total
G de uma mistura.
𝐺
• Se o sistema tem apenas 1 substância: G = n.μ ou μ= (equação 10)
𝑛
• Pela Eq. 10, o potencial químico i de uma substância pura é simplesmente a energia de Gibbs
molar;
• Em misturas, i é a energia de Gibbs parcial molar da substância i.
O POTENCIAL QUÍMICO de um Gás Ideal Puro
• O potencial químico de um gás ideal puro é dado explicitamente por:
• Esta equação mostra que, a uma dada temperatura, a pressão é uma medida do
potencial químico do gás.
• 𝑝= 𝑝𝐻2+ 𝑝𝑁2;
• No equilíbrio:
• 𝑝𝐻2(𝑒𝑠𝑞)= 𝑝𝐻2(𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎)
• 𝜇𝐻2(𝑝𝑢𝑟𝑜)= 𝜇𝐻2(𝑚𝑖𝑠𝑡.)
POTENCIAL QUÍMICO DE UM GÁS IDEAL EM UMA
MISTURA DE GASES IDEAIS
• O potencial químico do hidrogênio puro sob pressão, pH2, é dada pela equação 11:
Substância Pura
A pressão p
𝜇i = 𝜇i0(𝑇)+ 𝑅𝑇.𝑙𝑛xi + 𝑅𝑇.𝑙𝑛𝑝
• A equação se reduz a:
Continuando
ENERGIA DE GIBBS E ENTROPIA DO
PROCESSO DE MISTURA
• Processo de Mistura → A partir de constituintes puros = Processo Espontâneo ➔ ΔG = −
T, p T, p T, p T, p
n1 n2 n3 N = n 1 + n2 + n3
Inicio Final
P/ Subst. Puras:
G1 = n11 G2 = n22 G3 = n33 energia de Gibbs no estado final é dada pela
regra de adição
A energia de Gibbs do estado inicial é
simplesmente a soma Gfinal = n1μ1 + n2μ2 + n3μ3
Gmistura = 𝜇𝑖 𝑛𝑖 − 𝜇0𝑖 𝑛𝑖
𝑖 𝑖
Gmistura = 𝑛𝑖 𝜇𝑖 − 𝜇𝑖0
𝑖
Gmistura = 𝑛𝑖 𝑙𝑛𝑥𝑖
𝑖
ENERGIA DE GIBBS E ENTROPIA DO
PROCESSO DE MISTURA
• que pode ser colocada numa forma mais conveniente pela substituição ni- = xin onde n é o
número total de moles na mistura e xi, é a fração molar de i:
• que é a expressão final para energia de Gibbs do processo de mistura em termos das frações
molares dos constituintes da mistura.
• Cada termo do segundo membro é negativo, de tal forma que a soma é sempre negativa.
• Da dedução pode-se ver que, formando uma mistura com qualquer número de espécies, a
energia de Gibbs do processo de mistura será
𝜕Δ𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡
= −Δ𝑆𝑚𝑖𝑠𝑡 Eq. 18
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
Derivando ambos os lados e Rearranjando:
• usando-se os valores da energia de Gibbs e da entropia do processo de mistura expressos pelas Eqs.
16 e 19.
• A Eq. 23 mostra que a força responsável pela produção da mistura, (– 𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡) , é um efeito
inteiramente da entropia.
• Se for usado o valor de 5,76 J/K para a entropia do processo de mistura, então, a T =300 K,
𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡 = - (300 K)(5,76 J/K mol) = - 1730 J/mol. Assim, a energia de Gibbs, pro
ENERGIA DE GIBBS E ENTROPIA DO
PROCESSO DE MISTURA
• volume do processo de mistura é obtido derivando-se a energia de Gibbs do processo de mistura
relativamente à pressão, mantendo-se a temperatura e composição constantes
𝜕Δ𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡
Δ𝑉𝑚𝑖𝑠𝑡 =
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖
Δ𝑉𝑚𝑖𝑠𝑡 = 0 Eq. 24
• 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑦 = 0, 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠
1 1 3 3 1 3
∆𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎= 𝑛𝑅𝑇 ln + ln + 0 ∆𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎= 𝑛𝑅𝑇 (ln 1 − 𝑙𝑛4) + (ln 3 − 𝑙𝑛4)
4 4 4 4 4 4
𝑐𝑎𝑙 1 3
∆𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎= 4 1,987 (298,15𝐾) −1,3 + (−0,2)
𝑚𝑜𝑙𝐾 4 4
𝑐𝑎𝑙 1 3
∆𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎= 4 1,987 (298,15𝐾) −1,38 + (−0,287)
𝑚𝑜𝑙𝐾 4 4
∆𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎= 2369,69 −0,56 ∆𝐺𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎= − 1327,62
Continuando
EQUILÍBRIO QUÍMICO NUMA MISTURA
𝛼𝐴 + 𝛽𝐵 ⇌ 𝛾𝐶 + 𝛿𝐷
• Para sistema fechado, T = constante; p = constante.
0 = 𝑣𝑖 𝐴𝑖 Eq. 25
𝑖
onde cada Ai representa a fórmula química de cada substância, enquanto que cada v,
representa o coeficiente estequiométrico.
• onde 𝑛𝑖° são os números de moles das substâncias presentes antes da reação avançar
de 𝜉 moles. Como 𝑛𝑖° é constante, diferenciando a Eq. 27 obtemos:
d𝑛𝑖° = 𝜈𝑖 d𝜉 Eq. 28
EQUILÍBRIO QUÍMICO NUMA MISTURA
Usando a Eq. 28 na Eq. 26, encontramos:
𝜕𝐺
𝑑𝐺 = 𝑣𝑖 𝜇𝑖 𝑑𝜉 = 𝑣𝑖 𝜇𝑖 Eq. 29
𝜕𝜉 𝑇,𝑝
𝑖 𝑖
𝜕𝐺 𝑣𝑖 𝜇𝑖 = 0 Eq. 31
=0 Eq. 30 e
𝜕𝜉 𝑇,𝑝 𝑖
EQUILÍBRIO QUÍMICO NUMA MISTURA
• A derivada na Eq. 29 tem a forma de uma variação da energia de Gibbs, G
𝜕𝐺
• Substituindo por G e chamando G de energia de Gibbs da reação:
𝜕𝜉
𝑇,𝑝
G = 𝑣𝑖 𝜇𝑖 Eq. 32 G = 𝑣𝑝 𝜇𝑝 − 𝑣𝑟 𝜇𝑟
𝑖 𝑖 𝑖
• condição de equilíbrio para qualquer que seja a reação química é
G = 𝑣𝑖 𝜇𝑖 𝑒𝑞 =0 Eq. 33 0 = 𝑣𝑝 𝜇𝑝 − 𝑣𝑟 𝜇𝑟
𝑖 𝑖 𝑖
Exercício 2
• A) Calcule a entropia da mistura de 3 mols de hidrogênio com um mol
de nitrogênio
Smistura = −𝑛𝑅 𝑥𝑖 𝑙𝑛𝑥𝑖
𝑖
Substituindo na equação:
𝑐𝑎𝑙
Smistura = −4 𝑥 1,987 𝑥 (0,75 𝑙𝑛0,75 + 0,25 𝑙𝑛0,25)
𝑚𝑜𝑙𝐾
𝑐𝑎𝑙
Smistura = 4,4694
𝑚𝑜𝑙𝐾
Exercício 2
• B) Calcule a energia livre da mistura a 25 0C
Gmistura = −𝑇Smistura
𝑐𝑎𝑙
Gmistura = −298,15𝐾 (4,4694 )
𝑚𝑜𝑙𝐾
Gmistura = n i i
1
ni
Equilíbrio químico numa mistura de gases
ideais 0
𝜇i = 𝜇i (𝑇)+ 𝑅𝑇.𝑙𝑛𝑝i
Equilíbrio químico numa mistura de gases
ideais
G° = -RT ln Kp
Exemplo
• Para a reação:
a constante de equilíbrio é 6,59 x 10-3, a 450°C. Calcule a energia de Gibbs padrão
da reação
G° = -RT ln Kp
Kp =
EQUILÍBRIO QUÍMICO NUMA MISTURA DE
GASES REAIS
𝛾 𝛿
𝑓𝐶 𝑒 𝑓𝐷 𝑒
𝐾𝑓 = 𝛽
𝑓𝐴 𝛼𝑒 𝑓𝐵 𝑒
G° = -RT ln Kf
𝑝𝑖 𝑐𝑖 𝑅𝑇
0 = 0
𝑝 𝑝
multiplicando e dividindo pela concentração padrão, 𝐶෩𝑖
𝑝𝑖 𝐶 ෪𝑖 𝑐𝑖 𝑅𝑇 ෪𝑖 𝐶𝑖
𝐶
0 =( ෪ ) 0 ෪ = 0
𝑝 𝐶0 𝑝 𝐶 0 𝐶
𝐶෪0 𝑅𝑇
𝑝𝑖 =𝐶𝑖
𝑝0
em que pi, e ci, são entendidos como números puros
Substituindo:
∆𝑉
𝑐𝑖 𝑅𝑇
𝐾𝑝 = 𝐾𝑐
𝑝0
onde Kc é o coeficiente das concentrações de equilíbrio, sendo uma função apenas da temperatura
Exemplo
• Sendo a concentração molar, c0, igual a 1 mol L-1 e o valor
෪0 igual a 10 mol L-3, qual a relação entre K e K ?
correspondente de 𝐶 p c
∆𝑉 𝑚𝑜𝑙 𝐽
𝑐𝑖 𝑅𝑇 𝑐𝑖 𝑅𝑇 10 𝑚3 8,31441𝐾 𝑇
𝐾𝑝 = 𝐾𝑐 =
𝑝0 𝑝0 101325 𝑃𝑎
𝑐𝑖 𝑅𝑇
= 0,08020568 𝑇/𝐾
𝑝0
𝐾𝑝 = 𝐾𝑐 0,08020568 𝑇/𝐾 ∆𝑉
ENERGIA DE GIBBS PADRÃO DE FORMAÇÃO
• Como no caso das entalpias padrões das substâncias, temos liberdade de atribuir o valor zero à
energia de Gibbs dos elementos em seu estado de agregação mais estável, a 25°C e 1 atm de
pressão.
°(H2,g ) = 0 ° (Br2, l) = 0 ° (S, rômbico) = 0
Gof = ° (CO, g)
Exemplo
• Seja n0 o número inicial de moles do N2O4, ξe o avanço no equilíbrio e αe a fração dissociada no
equilíbrio αe = ξe / n0
Exemplo
• Usando os valores das
pressões parciais, temos:
Exemplo
• Usando os valores das
pressões parciais, temos:
Dependência de α
com a pressão
Observação
pV = (1 + αe) w RT/M
Exemplo 2
• A síntese do amoníaco.
• Suponha que misturemos um mol de N2 com 3 moles de H2 (na razão estequiométrica) e
considere o seguinte equilíbrio
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni 0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni 0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni 0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Coeficientes estequiométricos
Número de mols inicial, ni0
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
Número de mols no equilíbrio, ni
Número de mols total, n = 4 – 2
Fração molar, xi
Pressão parcial, pi = xi p
A DEPENDÊNCIA DA CONSTANTE DE EQUILÍBRIO
COM A TEMPERATURA
• A constante de equilíbrio pode ser escrita como
Como:
Logo:
ou
Observações
• Se a reação for exotérmica, H° será negativo e a constante de
equilíbrio diminuirá com o aumento da temperatura.
• Se a reação for endotérmica, H° será positivo e Kp aumentará com o
aumento da temperatura.
• Como um aumento na constante de equilíbrio implica um aumento do
rendimento dos produtos, é uma expressão matemática do princípio de
LeChatelier.
EQUILÍBRIO ENTRE GASES IDEAIS E
FASES CONDENSADAS PURAS
Se as substâncias participando
do equilíbrio químico estiverem
EQUILÍBRIO em mais de uma fase, o
ENTRE GASES equilíbrio é heterogêneo.
IDEAIS E
FASES
CONDENSADAS Se todas as substâncias
PURAS presentes estiverem numa
única fase, o equilíbrio é
homogêneo
A Decomposição da Pedra Calcária
• Considerando a reação
CaCO3(s) ⇌ CaO(s) + CO2(g)
• A condição de equilíbrio é
G0 + RT ln (pCO2)e = 0
3(s) ⇌
Assim, para a reação. CaCO CaO(s) + CO2(g) A pressão no equilíbrio:
G0 + RT ln (pCO2)e = 0
G0= 𝐺𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 − 𝐺𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
G0 + RT ln (pO2)e = 0
• Consideremos a reação
HgO(s) ⇌ Hg(l) + ½ O2(g). G0
(𝑙𝑛𝑝𝑂2 )𝑒 =
• A constante de equilíbrio é: RT
𝐾𝑝 = (pCO2)e1/2 58560 J mol−1
(𝑙𝑛𝑝𝑂2 )𝑒 =
(8,314 JK−1 mol−1) (298,15 𝐾)
G° = 0(Hg,l) + ½ 0(O2,g) - 0(HgO,s )
G° = 58,56 kJ mol-1 (𝑙𝑛𝑝𝑂2 )𝑒 = − 23,62
• Assim, (𝑝𝑂2 )𝑒 = 5,50 𝑥 10−11 𝑎𝑡𝑚
Equilíbrio Líquido-Vapor
• Um exemplo importante de equilíbrio entre gases ideais e fases
condensadas puras é o equilíbrio entre um líquido puro e seu vapor:
A(l) ⇌ A(g)
• Seja p a pressão de vapor de equilíbrio. Então
Kp = p e AG0 = °(g) - °(l)
• Usando a equação de Gibbs-Helmholtz
0
𝑑 ln 𝑝 ∆𝐻𝑣𝑎𝑝
=
𝑑𝑇 𝑅𝑇 2
Equilíbrio sólido-Vapor
• Uma expressão semelhante vale para a sublimação de um
sólido.
• Considere a equação:
A(s) ⇌ A(g)
• Seja p a pressão de vapor de equilíbrio do sólido. Então
Kp = p e AG0 = °(g) - °(s)
• Usando a equação de Gibbs-Helmholtz
0
𝑑 ln 𝑝 ∆𝐻𝑠𝑢𝑏
=
𝑑𝑇 𝑅𝑇 2
O PRINCÍPIO DE LECHATELIER
• É bastante fácil mostrar como uma mudança de temperatura ou pressão afeta o valor de
equilíbrio do avanço ξe de uma reação
𝜕ξ𝑒 𝜕ξ𝑒
• Precisamos apenas determinar o sinal das derivadas e . Começamos escrevendo a
𝜕𝑇 𝑝 𝜕𝑝 𝑇
identidade
𝜕𝐺
𝑇, 𝑝 = ∆𝐺
𝜕ξ
𝜕𝐺 𝜕 𝜕𝐺 𝜕 𝜕𝐺 𝜕 𝜕𝐺
𝑑 = 𝑑𝑇 + 𝑑𝑝 + 𝑑ξ G”
𝜕ξ 𝜕𝑇 𝜕ξ 𝜕𝑝 𝜕ξ 𝜕ξ 𝜕ξ
- ∆𝑆 ∆𝑉
𝜕𝐺 𝜕∆𝐺 𝜕∆𝐺
𝑑 = 𝑑𝑇 + 𝑑𝑝 + 𝐺"𝑑ξ
𝜕ξ 𝜕𝑇 𝜕𝑝
𝜕𝐺
𝑑 = − ∆𝑆 𝑑𝑇 + ∆𝑉𝑑𝑝 + 𝐺"𝑑ξ
𝜕ξ
O PRINCÍPIO DE LECHATELIER
• Se insistirmos que essas variações em temperatura, pressão e avanço ocorram, mantendo-se o
𝜕𝐺 𝜕𝐺
equilíbrio, = 0 e, portanto, temos também que d ( )= 0. No equilíbrio, S = H/T e, dessa
𝜕ξ 𝜕ξ
forma, a equação torna-se:
𝜕𝐻
0=− 𝜕𝑇 𝑒𝑞 + ∆𝑉 𝜕𝑝 𝑒𝑞 + 𝐺𝑒"𝑑ξ𝑒
𝑇
A temperatura constante, dT = 0
𝜕ξ𝑒 ∆𝑉
𝑇 = − ′′
𝜕𝑝 𝐺 𝑒
O PRINCÍPIO DE LECHATELIER
• São expressões quantitativas do princípio de LeChatelier;
𝜕ξ𝑒
• Como G"e é positivo, o sinal de ( ) depende do sinal de ∆H. Se ∆H
𝜕𝑇 p 𝜕ξ𝑒 ∆𝐻
𝜕ξ
for + , isto é, se a reação for endotérmica, então ( 𝑒 )p
será + e um 𝑝 =
𝜕𝑇 𝜕𝑇 𝑇𝐺 ′′ 𝑒
aumento na temperatura aumentará o avanço no equilíbrio.
𝜕ξ
• Para uma reação exotérmica, AH será - , de tal forma que ( 𝑒)p será
𝜕𝑇
– e um aumento na temperatura diminuirá o avanço no equilíbrio
O PRINCÍPIO DE LECHATELIER
𝜕ξ𝑒
• O sinal de 𝑇 depende de ∆V. Se ∆V for negativo , isto é, se o
𝜕𝑝
𝜕ξ
volume dos produtos for menor do que dos reagentes, 𝑒
será
𝜕𝑝 𝑇
positivo e um aumento de pressão aumentará o avanço no equilíbrio.
𝜕ξ𝑒
• Correspondentemente, se ∆𝑉 for + , então 𝑇 será negativo e um
𝜕𝑝
aumento de pressão diminuirá o avanço no equilíbrio.
𝜕ξ𝑒 ∆𝑉
𝑇 = − ′′
𝜕𝑝 𝐺 𝑒
O PRINCÍPIO DE LECHATELIER
𝑇
∆𝐻 0
ln 𝐾𝑝 = ln 𝐾𝑝 0 + න 2
𝑑𝑇
𝑇0 𝑅𝑇
H° de qualquer reação e sua dependência com a temperatura podem ser determinados por
medidas puramente térmicas (isto é, calorimétricas)
CONSTANTES DE EQUILÍBRIO A PARTIR DE MEDIDAS
CALORIMETRICAS. O TERCEIRO PRINCIPIO E O SEU CONTEXTO
HISTÓRICO
É possível calcular a constante
de equilíbrio exclusivamente a
partir de quantidades que
tenham sido determinadas
calorimetricamente.
CONSTANTES DE EQUILÍBRIO A PARTIR DE MEDIDAS
CALORIMETRICAS. O TERCEIRO PRINCIPIO E O SEU CONTEXTO
HISTÓRICO
• Em vista da relação G° = - RT ln Kp, a constante de equilíbrio poderá ser calculada se AG° for
conhecido.
• Em qualquer temperatura T, por definição:
G0 = H° - T S°
• Logo,
∆𝑆0𝑜 ∆𝑆0→𝑇
𝑜
∆𝐻 𝑜
ln 𝐾 = + −
𝑅 𝑅 𝑅𝑇
CONSTANTES DE EQUILÍBRIO A PARTIR DE
MEDIDAS CALORIMETRICAS. O TERCEIRO • Em 1906, Nernst sugeriu
PRINCIPIO E O SEU CONTEXTO HISTÓRICO que, para todas as reações
químicas envolvendo
sólidos cristalinos puros,
∆𝑆0𝑜 fosse zero no zero
absoluto, que é o teorema
do calor de Nernst.
Nernst baseou o teorema do calor na observação de várias reações químicas. Os dados mostraram
que, pelo menos para essas reações, ∆ G° aproxima-se de ∆ H° à medida que a temperatura diminui
𝜕𝑈 𝜕𝑆 𝜕𝑉
𝑈𝑖 = 𝑆ഥ𝑖 = 𝑉ഥ𝑖 =
𝜕𝑛𝑖 𝑇,𝑝,𝑛𝑗
𝜕𝑛𝑖 𝑇,𝑝,𝑛𝑗
𝜕𝑛𝑖 𝑇,𝑝,𝑛𝑗
𝜕𝐻 𝜕𝐴 𝜕𝐺
𝐻𝑖 = 𝐴𝑖 = 𝐺ഥ𝑖 = 𝜇𝑖 =
𝜕𝑛𝑖 𝜕𝑛𝑖 𝑇,𝑝,𝑛𝑗
𝜕𝑛𝑖
𝑇,𝑝,𝑛𝑗 𝑇,𝑝,𝑛𝑗
AS QUANTIDADES PARCIAIS MOLARES E AS
REGRAS DE ADIÇÃO
• Se derivarmos as equações de definição de H, A e G relativamente a ni, mantendo T, p e nj
contantes:
ഥ𝑖 = 𝑈
𝐻 ഥ𝑖 + 𝑝𝑉ഥ𝑖
𝐴ҧ𝑖 = 𝑈
ഥ𝑖 − 𝑇𝑆ഥ𝑖
ഥ𝑖 − 𝑇𝑆ഥ𝑖
𝜇𝑖 = 𝐻
as quantidades parciais molares são relacionadas umas com as outras do mesmo modo que as
quantidades totais
AS QUANTIDADES PARCIAIS MOLARES E AS
REGRAS DE ADIÇÃO
• Escolhendo S, V e H como exemplo:
𝜕𝑆 𝜕𝑆
𝑑𝑆 = 𝑑𝑇 + 𝑑𝑝 + 𝑆𝑖ҧ 𝑑𝑛𝑖
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖 𝑖
𝜕𝑉 𝜕𝑉
𝑑𝑉 = 𝑑𝑇 + 𝑑𝑝 + 𝑉ത𝑖 𝑑𝑛𝑖 𝑉 = 𝑛𝑖 𝑉ത𝑖
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖 𝑖 𝑖
𝜕𝐻 𝜕𝐻 ഥ𝑖
𝐻 = 𝑛𝑖 𝐻
𝑑𝐻 = 𝑑𝑇 + ഥ𝑖 𝑑𝑛𝑖
𝑑𝑝 + 𝐻
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖 𝑖
𝑖
AS QUANTIDADES PARCIAIS MOLARES E AS
REGRAS DE ADIÇÃO
• A energia de Gibbs de uma mistura é dada por 𝐺 = 𝑛𝑖 𝜇𝑖
𝑖
Derivando relativamente à temperatura, mantendo p e ni, constantes:
𝜕𝐺 𝜕𝜇𝑖
= 𝑛𝑖
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝑖
-S
AS QUANTIDADES PARCIAIS MOLARES E AS
REGRAS DE ADIÇÃO
Derivada no segundo membro relativamente a T:
𝜕𝜇𝑖 𝜕 𝜕𝐺 𝜕 𝜕𝐺 𝜕𝑆
= = = 𝑝, 𝑇 , 𝑛𝑗 = −𝑆𝑖ҧ 𝑆 = 𝑛𝑖 𝑆𝑖ҧ
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖
𝜕𝑇 𝜕𝑛𝑖 𝜕𝑛𝑖 𝜕𝑇 𝜕𝑛𝑖
𝑖
que é a regra da adição para a entropia
AS QUANTIDADES PARCIAIS MOLARES E AS
REGRAS DE ADIÇÃO
Se derivarmos a equação a p (T e ni cte): 𝐺 = 𝜇 𝑖 𝑛𝑖
𝑖
𝜕𝐺 𝜕𝜇𝑖
= 𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖
𝑖
Se derivarmos a equação a p
𝜕𝜇𝑖 𝜕 𝜕𝐺 𝜕 𝜕𝐺 𝜕𝑉
= = = 𝑝, 𝑇, 𝑛𝑗 = −𝑉ത𝑖 𝑉 = 𝑛𝑖 𝑉ത𝑖
𝜕𝑝 𝑇,𝑛𝑖
𝜕𝑝 𝜕𝑛𝑖 𝜕𝑛𝑖 𝜕𝑝 𝜕𝑛𝑖
𝑖
𝑑𝐺 = −𝑆 𝑑𝑇 + 𝑉 𝑑𝑝 + 𝜇𝑖 𝑑𝑛𝑖
𝑖
Subtraindo:
𝜇𝑖 𝑑𝑛𝑖 = −𝑆 𝑑𝑇 + 𝑉 𝑑𝑝
𝑖
equação de Gibbs-Duhem
A EQUAÇÃO DE GIBBS-DUHEM
𝜇𝑖 𝑑𝑛𝑖 = 0 (𝑇, 𝑝 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠)
𝑖
• num sistema de dois componentes
• Rearranjando
𝑛1
𝑑𝜇2 = − 𝑑𝜇1
𝑛2
𝜇𝑖 𝑑𝐽𝑖ҧ = 0 (𝑇, 𝑝 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠)
𝑖
𝜇i = 𝜇i0(puro)+ 𝑅𝑇 𝑙𝑛 xi
Derivando
𝜕𝜇i
𝜕𝜇i 𝜕𝜇i0 = −𝑆𝑖ҧ
= + 𝑅𝑇 𝑙𝑛 p + 𝑅𝑇 𝑙𝑛 xi 𝜕𝑇
𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖 𝜕𝑇 𝑝,𝑛𝑖 𝑝,𝑛𝑖
𝑆𝑖ҧ = 𝑆ഥ0𝑖 − 𝑅𝑇 𝑙𝑛 p - 𝑅𝑇 𝑙𝑛 xi
𝜕𝜇i 𝑅𝑇 𝜕𝜇i 𝑅𝑇
= = 𝑉ത𝑖 𝑉ത𝑖 =
𝜕𝑝 𝑝 𝜕𝑝 𝑝
𝑇,𝑛𝑖 𝑇,𝑛𝑖
Para uma mistura de gases ideais, V = nRT/p, onde néo número total de moles de todos os
gases na mistura.
𝑉
𝑉ത𝑖 = o que mostra que numa mistura de gases ideais o volume parcial
𝑛 molar é simplesmente o volume molar médio e que o volume
parcial molar de todos os gases da mistura tem o mesmo valor.
Exercícios