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Batalha Espiritual

Nossa luta está travada. É uma batalha espiritual:


“10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu
poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes
contra as ciladas do diabo; 12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a
carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste
mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões
celestes. 13Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no
dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.
 14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da
justiça. 15 Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; 16embraçando
sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do
Maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é
a palavra de Deus; 18 com toda oração e súplica, orando em todo tempo no
Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os
santos 19 e também por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a
palavra, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, 20 pelo
qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar,
como me cumpre fazê-lo.”(Efésios 6:10-20).
Paulo, falando aos coríntios (1Co 15:46), diz: “Mas não é primeiro o
espiritual, e sim o natural; depois, o espiritual”. Baseados nesta palavra,
podemos dizer que o natural pode ser uma amostra do que é o espiritual;
ou, dizendo de outra maneira, aquilo que acontece no “natural” pode ser
um sinal do que acontece no “espiritual”. Há quem diga que, por isso,
podemos e devemos fazer um paralelo entre o que acontece com Israel e a
Igreja, pois aquilo que Israel viveu e vive no natural tem acontecido
espiritualmente com a Igreja!
Fundamentado nesse pensamento, li esta palavra aos efésios, analisando-a
a partir das muitas guerras – passadas e presentes, na história de Israel.

Paulo fala aos efésios e a nós também que há uma luta em curso neste exato
momento, nas regiões celestiais, entre forças espirituais do mal e a Igreja
do Senhor. E o próprio Maligno (Satanás) se ocupa em comandá-la e,
pessoalmente, trata das estratégias de cada batalha! Essa guerra não é de
agora – não é um evento atual, nem tampouco começou com a tentação de
Jesus no deserto (Lc 4:1-13). Não! Essa batalha é bem mais antiga:

“14 Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte


santo de Deus, no brilho das pedras andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos,
desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti.16 Na
multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste;
pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó
querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. 17 Elevou-se o teu coração
por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu
resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te
contemplem.” (Ez 28:14-17).
“12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado
por terra, tu que debilitavas as nações! 13 Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao
céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação
me assentarei, nas extremidades do Norte; 14 subirei acima das mais altas nuvens
e serei semelhante ao Altíssimo.  15 Contudo, serás precipitado para o reino dos
mortos, no mais profundo do abismo.” (Is 14.12-15).
Estes dois textos falam de Lúcifer e sua rebelião contra o governo do
Senhor. E revelam que a origem dessa luta é mais antiga que a própria
existência humana; ao menos é o que se supõe pelo fato e a Serpente já
estar no Éden fomentado a rebelião nos corações de Eva e, posteriormente,
de Adão!

Não tem sido uma história de guerras e intermináveis batalhas a história de


Israel: desde sua saída do Egito; sua chegada e estadia em Canaã; suas
diásporas – em 586 a.C. causada pelos babilônios e, em 70 d.C., pelos
romanos; o holocausto durante a Segunda Guerra Mundial; as guerras
desde a fundação do Estado judeu em 1948; os atuais conflitos e constantes
ataques terroristas sofridos regularmente pelos seus vizinhos árabes?

E não tem sido uma história de perseguição física e guerra espiritual a


história da Igreja desde o seu surgimento até os dias atuais? Por isso a
exortação a que não baixemos guarda, nos revistamos da armadura de
Deus e nos posicionemos para a guerra! Pois a batalha espiritual é real e
constante; ou seja, não há trégua nem mesmo após uma vitória: “Portanto,
tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de
terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Ef 6:13). Mesmo tendo vencido
tudo, a recomendação é continuar vestidos da armadura para permanecer
inabaláveis. A ideia é que se houver a menor distração, pode-se ser atacado
novamente, ferindo-se mortalmente! Eis a nossa luta…

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