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A POLITÉCNICA
O docente:
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(Rufina Chirungo)
Nampula, 15 de Abril de 2020
Índice
Introdução
Não há uma definição exacta/clara de ciência, mas o entendimento que se tem dessa está
muito próximo da definição de conhecimento científico. Assim, a ciência é uma forma
de conhecimento que objectiva formular leis que regem os fenómenos. Tais leis
descrevem os fenómenos, são comprováveis por meio de observação/experimentação e
podem prever acontecimentos futuros com base na probabilidade. A partir dos seus
atributos a ciência é caracterizada como uma forma de conhecimento objectivo, racional,
sistemático, geral, verificável e falível. Portanto, diante desses enunciados é possível
distinguir ciência de não ciência (GIL, 2010).
Pesquisa Experimental
Este modelo de pesquisa estuda as relações entre duas ou mais variáveis de um dado
fenómeno sem manipulá-las. A pesquisa experimental cria e produz uma situação em
condições específicas para analisar a relação entre variáveis à medida que essas
variáveis se manifestam espontaneamente em fatos, situações e nas condições que já
existem.
A decisão de se utilizar à pesquisa experimental ou não experimental na investigação de
um problema vai depender de vários factores: natureza do problema e de suas variáveis,
fontes de informação, recursos humanos, instrumentais e financeiros disponíveis,
capacidade do investigador, consequências éticas e outros.
Pesquisa Exploratória
Outro tipo de pesquisa que tem grande utilização, principalmente nas áreas sociais. Nela
não se trabalha com a relação entre as variáveis, mas com o levantamento da presença
das variáveis e de sua caracterização quantitativa ou qualitativa. Seu objectivo
fundamental é o de descrever ou caracterizar a natureza das variáveis que se quer
conhecer.
Escolher o tema é indicar a área e a questão que se quer investigar. No entanto, apenas a
escolha do tema não diz ainda o que o pesquisador quer investigar. A sua meta, nesta
etapa, é a de delimitar a dúvida que irá responder com a pesquisa. A delimitação do
problema esclarece os limites precisos da dúvida que tem o investigador dentro do tema
escolhido. A simples escolha de um tema deixa o campo da investigação muito amplo e
muito vago. Há necessidade de se estabelecer os limites de abrangência do estudo a ser
efectuado. Isso só é possível quando se delimita com precisão o problema, o que é
conseguido com perguntas pertinentes especificando com clareza as dúvidas. Deve ser
expresso em forma de enunciado interrogativo que contenha no mínimo a relação entre
duas variáveis. Se não manifestar esta relação é sinal que ele ainda não está
suficientemente claro para a investigação.
b. As unidades de observação. Dever estar claro quem ou o quê deverá ser objecto
de observação.
Para que ocorra essa clareza na delimitação do problema é necessário que o investigador
tenha conhecimento. Ninguém investiga o que não conhece. E a forma mais fecunda
para se obter conhecimento é através da revisão da literatura pertinente ao tema
investigado. O objectivo desta revisão é de aumentar o acervo de informações e do
conhecimento do investigador com as contribuições teóricas já existentes. Lançar-se em
uma pesquisa desconhecendo as contribuições já existentes é arriscar-se a perder tempo
em busca de soluções que talvez outros já tenham encontrado, ou percorrer caminhos já
trilhados com insucesso.
b. Objectivos;
e. Metodologia;
g. Orçamento e cronograma;
h. Referências bibliográficas;
i. Anexos.
Para tanto há necessidade de que todos os itens do projecto atendam aos requisitos e
exigências requeridas pela comunidade científica observando os seguintes aspectos:
Enunciar com clareza o problema, explicitando e definindo as variáveis que
estão presentes no estudo.
A pertinência das hipóteses deve ser demonstrada pela sua adequação com o
quadro de referência teórica apresentada.
A revisão bibliográfica deve ser actualizada e englobar a análise das obras
básicas relacionadas ao problema investigado.
A viabilidade e a pertinência da metodologia proposta para a testagem das
hipóteses devem ser apresentadas.
Os tipos de análise ou de testes estatísticos também devem ser previstos.
Devem-se explicar os tipos de instrumentos que serão utilizados.
O detalhamento do orçamento, prevendo as despesas com recursos humanos e
materiais e o cronograma que especifica os prazos para cada fase da
investigação.
Após estar pronto o plano executa-se o estudo piloto com uma amostra que possua
características semelhantes ao elemento estudado. Este estudo poderá fornecer valiosos
subsídios para o aperfeiçoamento dos instrumentos de pesquisa ou para os
procedimentos de colecta de dados.
Esta etapa é dedicada à construção do relatório de pesquisa que serve para relatar a
comunidade científica, ou ao destinatário de sua pesquisa, o resultado, procedimentos
utilizados, dificuldades e limitações de sua pesquisa.
O que há de comum nestes tipos de trabalho, excepto o resumo e resenha, é que todos
são monográficos, devem versar sobre o problema que foi investigado e desenvolvido
com atitude científica. Investiga-se um problema (mono), e não dois ou vários. Nesse
sentido são todos os relatórios de pesquisa, necessariamente monográficos e científicos,
com uma estrutura básica comum e algumas diferenças ao nível de profundidade da
investigação, da exigência académica em que são desenvolvidos, aos seus objectivos e
aspectos formais tendo em vista a finalidade de sua apresentação.
Elementos pré-textuais:
Capa;
Folha de Rosto: contém elementos essenciais à identificação do trabalho;
Dedicatória: opcional, serve para indicar pessoas a que se oferece o trabalho;
Agradecimentos: serve para nomear pessoas as quais se deve gratidão, em
função a algum tipo de colaboração no trabalho;
Abstract: resumo da investigação, destacando as partes mais importantes
Sumário: fornece a enumeração das principais divisões, sessões e outras partes
do trabalho;
Lista de Tabelas, Gráficos e Quadros: quando houver deve-se lista-los.
Elementos Textuais:
Elementos Pós-textuais:
Estrutura e apresentação
Definições e Localização
1. Autor da publicação;
2. Título do trabalho;
3. Indicações de responsabilidade;
4. Número de edição;
5. Imprenta (Local da edição, editor e ano da publicação);
6. Descrição física, ilustração e dimensão;
7. Série ou colecção;
8. Notas especiais;
9. ISBN.
Deve-se usar uma forma consistente de pontuação para todas as referências incluídas
numa lista de publicação. Os vários elementos da referência bibliográfica devem ser
separados entre si por uma pontuação uniforme.
Ligam-se por hífen as páginas iniciais e final da parte referenciada, bem como as datas
limites de determinado período da publicação.
Tipos e Corpos
Deve-se usar uma forma consistente de destaque tipográfico para todas as referências
incluídas numa lista ou publicação.
Autor
Indicam-se ou autor físico geralmente com a entrada pelo último sobrenome e seguido
do prenome. Em caso de excepção, consultar as fontes adequadas.
Quando a obra tem até três autores, mencionam-se todos na entrada, na ordem em que
aparecem na publicação. Se há mais de três, após os três primeiros segue-se a expressão
et alii.
Título
Edição
Imprenta
Descrição Física
Notas Especiais
Pesquisas Exploratórias
Tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo
mais explícito ou a construir hipóteses. Na maioria dos casos essas pesquisas envolvem:
levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas relacionadas a pesquisa e análise de
exemplos.
Pesquisas Descritivas
Pesquisas Explicativas
Procedimentos básicos
Selecção: Exame minucioso dos dados. Verificação crítica que tem por
finalidade detectar falhas ou erros, evitando informações confusas, distorcidas,
incompletas, que podem prejudicar o resultado da pesquisa, como a grande
quantidade de dados desordenados e as instruções mal compreendidas;
Codificação: Operação utilizada para classificar os dados que se relacionam.
Com a codificação, os dados são transformados em símbolos, podendo depois
ser tabelados e contados (atribuição de códigos, números e letras);
Tabulação: Disposição dos dados em tabelas, quadros e gráficos para facilitar a
verificação das interpelações entre eles.
Análise: Actividade intelectual que busca dar um significado amplo às respostas,
vinculando-se a outros conhecimentos e teorias. Em outras palavras, trata-se da
exposição e interpretação do significado do material apresentado.
É preciso ressaltar que a validação dos dados de pesquisa ocorre em cada um desses
procedimentos básicos. São eles que vão proporcionar a precisão e a credibilidade dos
resultados de análise.
Antes de adestrarmos em cada uma das técnicas que apresentaremos abaixo, é preciso
mencionar que há adequações procedimentais quanto ao tipo de dado, podendo ser
qualitativo/quantitativo ou documental/não-documental. Essas diferenças implicam
processos distintos em uma investigação científica.
Técnicas Não-Documentais
Observação
Entrevista
Nessa última característica incide o fato de a entrevista poder ser atrelada a um método
quantitativo ou qualitativo:
Questionário
Testes
Esta técnica de recolha de dados está relacionada com a investigação quantitativa, uma
vez que os objectivos deste tipo de investigação se concentram principalmente com a
“testagem” de hipóteses e de correlações estatísticas e causais entre fatos. É considerada
uma técnica poderosa, visto que existem inúmeros testes validados, de domínio público,
que permitem a recolha de dados numéricos. O recurso a esta técnica incluem testes,
cujas características apresentam pontos em comum, nomeadamente as medidas
padronizadas, como nos testes de aptidão e de personalidade.
Estudo de Caso
5-Técnicas Documentais
Segundo L. Aires, podemos levantar dois tipos de documentos a serem pesquisados para
a recolha de dados: os documentos oficiais e os documentos pessoais. Os documentos
oficiais proporcionam “informação sobre as organizações, a aplicação da autoridade, o
poder das instituições educativas, estilos de liderança, forma de comunicação com os
diferentes actores da comunidade educativa, etc. Já os documentos pessoais integram as
narrações produzidas pelos sujeitos que descrevem as suas próprias acções,
experiências, crenças, etc.” (AIRES, 2015, p. 42).
História de Vida
A história de vida é um tipo de relato que apresenta um carácter geral e é suscitada pelo
investigador para fazer “uma análise da realidade vivida pelos sujeitos, conhecer a
cultura de um grupo humano ou compreender aspectos básicos do comportamento
humano e das instituições.” (AIRES, 2015, p. 41). As fases mais importantes de análise
da informação são: “1) depois de produzidos e registados, os relatos são transcritos e
analisados; 2) através da leitura do documento, o protagonista corrige, completa e
interpreta a sua narrativa sob a orientação do investigador e a seguir, auto-critica-a.”
(AIRES, 2015, p. 41-42).
Material Audiovisual
Análise Documental
A análise documental, segundo L. Aires, nos remete à conexão interactiva de três tipos
de actividades: redução, exposição e extracção de conclusões: “A redução de dados
implica a selecção, focalização, abstracção e transformação da informação bruta para a
formulação de hipóteses de trabalho ou conclusões. A redução de dados realiza-se
constantemente ao longo de toda a investigação. Estes dados podem ser reduzidos e
transformados, quantitativa ou qualitativamente, de forma diferente. Neste último caso,
utilizam-se códigos, resumos, memorandos, metáforas.” (AIRES, 2015, p. 46).
Para além dos documentos escritos, esta técnica é também aplicada sobre imagens
(fotografias, pinturas, mapas), sobre áudio (músicas) e sobre documentos audiovisuais
(vídeos). Com as tecnologias da informação e comunicação cada vez mais difundidas na
sociedade, os conteúdos digitais também são documentos utilizados pelos
investigadores. O processo de validação dos dados provenientes desta variada fonte
documental engloba, no entanto, o controle da credibilidade dos documentos e das
informações que eles contêm, chamando a atenção especialmente para as informações
contidas na Internet, onde a questão da autoria, credibilidade e autenticidade é por
muitas vezes difícil de ser estabelecida.
Conclusão
Bibliografia
Sites Consultados