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V MILC – ESTABELECENDO HORIZONTES

A “V Mostra Itinerante Livre de Cinema” tem a temática: “Estabelecendo Horizontes”. A mostra de cinema é um projeto do
coletivo Entre Olhos, que acontece no Ceará desde 2015, assumindo em sua programação o diálogo com produções (filmes)
e produtores (agentes individuais ou coletivos) que estejam relacionado aos contextos de criação com baixo orçamento e
periféricos; A MILC acontece de forma itinerante e através de percursos periódicos definidos tematicamente em relação as
urgências coletivas da produção e as pautas que atravessam o cotidiano da juventude das periferias das cidades, das
comunidades rurais, das populações quilombolas e indígenas do estado do Ceará. A mostra acumula uma trajetória de
atuação tendo circulado mais de cem títulos em curta-metragem de todo o território nacional e países da América latina,
tendo sido realizado a primeira mostra em 2015 (percurso de outubro), em parceria com a Vila das Artes e a Secretária de
Cultura de Tabuleiro do Norte a mostra percorreu distritos interioranos e bairros da cidade de Fortaleza. A segunda
(Perspectiva Periférica), a terceira (Por Outras Fortalezas) e a quarta (Refazendo Cidades) aconteceram através de prêmios
públicos da Prefeitura de Fortaleza e do Governo do Estado do Ceará (VI Edital Ação Jovem, I Edital Juventude de Paz; VII
Edital das Artes) e estas edições percorreram os bairros da regional I, II e III de Fortaleza. Deste modo o projeto propõe a
continuidade de uma mostra de cinema que tem em sua programação o visionamento de filmes e em paralelo espaços
formativos em audiovisual com as comunidades de atuação do projeto, preocupando-se, em especial, com o público da
infância e juventude, promovendo assim uma sedimentação/programação de uma base produtiva a longa prazo. Assim a
"MILC: Estabelecendo Horizontes" é um diagnóstico da atuação da mostra nestes cinco anos de existência, que evidencia um
imperativo ético impulsionando as organizações estéticas espalhadas pelas periferias das grandes cidades e nas regiões
interioranas de difícil acesso, que estão reinventando as realidades locais e as narrativas sobre suas localidades. Refazer os
conceitos visuais sobre a cidade, fomentar a popularização da criação audiovisual, através da inventividade da juventude
local articulada a prática artística, e em certa medida com a comunicação popular e de base comunitária, são pilares da
realização. A mostra busca inserir no circuito de mostras e festivais cinematográficos do estado do Ceará novos agentes
(coletivos e individuais) da produção cinematográfica que estão pautando em suas produções as múltiplas facetas e esferas
das cidades contemporâneas, reinventando o centro e desenhando novas periferias no imaginário coletivo; assim a mostra
agrega três eixos de projeção, definidos regionalmente. Sendo um eixo com filmes de todo o território brasileiro, um
exclusivo com filmes de novos realizadores residentes no Ceará e outro eixo com obras exclusivas do Nordeste brasileiro.
Essas divisões regionais são estratégias de projeção do setor do audiovisual no contexto cearense e nordestino, de modo
geral. Mas também funcionam para aferir um panorama da produção contemporânea nas regiões do país e no estado do
Ceará. Assim são 20 filmes selecionados na mostra nacional, 10 filmes para a mostra de novos realizadores do Ceará e 15
filmes selecionados com filmes do Nordeste; sendo a programação composta através de chamamento público para curtas
metragens entre os meses de Dezembro, Janeiro e Feveiro (2020), busca-se uma ampla divulgação local e regional, sendo
um incentivo para realizadores da região submeterem seus materiais a curadoria que acontecerá em Fevereiro de 2020 com
a presença de realizadores cinematográficos locais, membros representante de movimento culturais periféricos e
pesquisadores de cinema da Universidade Federal do Ceará. Promovendo um compartilhamento na curadoria artística,
valorizando assim o diálogo entre a perspectiva dos moradores e representantes locais sobre os materiais “que querem”
exibido e o crivo estético dos olhares “especializados”. Tendo em vista que a mostra impulsiona uma base de novos possíveis
consumidores do audiovisual local esta estratégia visa arregimentar esta relação de modo dialógico, inclusivo, tendo a
participação ativa da comunidade receptora. No período de Fevereiro (2020) o projeto oferta três oficinas de “produção de
vídeo”, a caráter de contrapartida, nos municípios Limoeiro do Norte, Russas, Pacatuba e Maracanaú. As oficinas irão
apresentar para jovens as ferramentas iniciais de produção audiovisual e se proporem a construção de um curta-metragem
– as formações irão se valer de grupos já solidados na região que lidam com o público infantil, juventude e as práticas
artísticas. Estas ações como contrapartida promovem nas localidades, a possibilidade de pensar novas narrativas visuais e
imagéticas sobre as geografias são estigmatizadas pelo imaginário do interior como “local do retrocesso”, além de promover
laços de pertencimento aos espaços de atuação do projeto – está parte do projeto conta em dar continuidade nos processos
de formação de jovens e grupos das localidades, assim como promove uma pedagogia visual sobre as estéticas
contemporâneas e as novas formas de produzir cinema com baixo recurso, de forma coletiva e alinhado aos contextos locais.
A segunda etapa de realização do projeto diz respeito as sessões abertas dos curtas metragens selecionados na curadoria
colaborativa. As sessões estão divididas na primeira semana de Março/2020 passando pelos municípios Russas, Limoeiro do
Norte, Pacatuba e Maracanaú, serão sessões abertas com conteúdo para todos os públicos e acontecerão em praças, ruas e
espaços culturais (bibliotecas comunitárias, sedes de projetos sociais, ong's e associações) dos municípios; sendo oito dias
de exibição distribuídas em horários e espaços diferentes, mas assumindo a constância de exibições de blocos de cinco
curtas-metragens por sessão. Entre a programação de exibições será realizado duas rodas de conversas sobre a “produção
audiovisual e a cidade: descolonizando o olhar” que busca agregar os realizadores locais com produções em circulação na
mostra para refletirem colaborativamente sobre os caminhos e possibilidades do cinema periférico, de baixo orçamento e
comunitário, pensando quais as implicações destes processos para os modus operantes da lógica de produção e circulação
cinematográfica ? A sessão final acontece na praça central de Russas e apresentará os materiais produzido nas oficinas,
juntamente com o bloco final de filmes. Por fim, a mostra acontece através de uma programação intensa de trinta e cinco
35 curtas metragens de todo o Brasil exibidos em espaços públicos nas cidades de atuação e a oferta de um percurso de três
oficinas formativas em audiovisual com jovens, tendo como proposta o diálogo com produções que estabelecem relações
de representação e reflexividade prospectando novos significados sobre / para a produção audiovisual.

• 2 - Justificativa.:

O projeto “Mostra Itinerante Livre de Cinema: Estabelecendo Horizontes” se insere num contexto geral de proposta de
democratização do acesso e a produção audiovisual, dando visibilidade para os processos que envolvam (ou sejam
protagonizados) por sujeitos, geografias e situações que muitas vezes foram estigmatizados com imagens estereotipadas e
de cunho degenerativo durante a “grande história do cinema” e a produção dos “conceitos visuais das cidades” como levanta
o teórico alemão Rudolf Arnheim (1999). A relação entre o cinema e a cidade; entre a produção de imagens em movimento
e a produção da cidade está intimamente relacionado as disposições imagéticas (as imagens que temos sobre) dos contextos
sociais e culturais estão numa retroalimentação constante, a cidade, ou como a conhecemos, as imagens dela alimenta o
imaginário cinematográfico que por sua vez impulsiona, reafirmando ou repensando, as imagens sobre as geografias, sujeitos
ou grupos disposto na cidade, então, em certa medida como aponta o históriador do cinema pernambucano, Paulo Antonio
Rezende, o cinema funciona como um espelho e um martelo para a sociedade, cabendo ao artista a responsabilidade da
mediação. Neste sentido, fica evidente a importância da representatividade múltipla de realizadores (artistias) de diferentes
esferas sociais e identidades culturais, assumindo o importante questionamento de decolonização da imagem
cinematográfica “quem esta atrás da câmera ?”. Assim o projeto busca contribuir nos processos (que já existem) de
reconfiguração visual sobre as cidades interioranas brasileiras, levando a experimentação em audiovisual para diferentes
lugares, muitas vezes não inseridos nos hegemônicos circuitos de mostras e formações em cinema. Assim como fomentando
a produção em audiovisual local através da criação de público para o visionamento destas produções locais. As produções
locais são um imperativo das políticas públicas sobre a cultura, tendo em vista a crescente globalização dos padrões estéticos
e de produção de narrativas cinematográfica, cabe ao estado fortalecer a diversidade cultural e os referencias identitários
locais. Reforçando-se ainda, pelo Decreto Legislativo 485/2006 que institui nacionalmente os parâmetro da “Convenção a
Proteção e promoção da diversidade das expressões culturais” da “Organização das Nações Unidas para Educação, ciência e
Cultura” (2007) . Neste viés o projeto tem sua pertinência, também, acentuada pelo diálogo com a proposta das Leis de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional de número 13.0006/2014, especificamente o inciso oitavo (8ª) do artigo 1ª, que
prevê a “exibição de filmes de produção nacional” como componente curricular “integrado à proposta pedagógica das
escolas”. Assim parte da programação de exibições acontece envolvendo diretamente o público das escolas de ensino
fundamental e médio das regiões de atuação da mostra. Envolvendo crianças e jovens na atividade lúdica de visionamento
de filmes que refletem contextos sociais, políticos, de moradia, ambientais que, em certa medida, contempla a “estética”
das localidades de atuação, pela justa proposta de agregar obras audiovisuais que estejam interseccionadas na produção
periférica, de baixo orçamento, coletiva e comunitária. Deste modo, o projeto é ressaltado pela capacidade sutil de
agenciamento da descentralização e democratização da “representação fílmica”, ou de forma geral da “representação
estética” de sujeitos, geografias e situações trabalhado nos contextos cinematográficas que estão intrínsecas no cotidiano
dos jovens e crianças. Como nos lembra o pesquisador Gustavo Souza (2012) existe uma popularização do audiovisual nas
periferias das cidades que reconfigura (e é resultado) das “[...] novas propostas políticas da representação[...]” (p-110), que
nos apresenta um novo cenário da produção audiovisual que pauta-se na “[...] tentativa de abordar espaços e experiências
periféricos para além das questões já bastante visíveis, tais como violência, pobreza, tráfico de drogas e marginalidade [...]”
(p-124). E é neste sentido de dar visibilidade a outras experiências existentes nas periferias que o projeto intui,
demonstrando através da diversa produção audiovisual periférica as potencialidades locais. A Mostra apresenta, uma
preocupação eminente com as regiões de atuação. Assim ressaltamos a urgência de lida com as área de atuação que estão
descentralizados . Então, vale lembrar, que o projeto tem como intuito a disseminação de uma “cultura pela paz”, dialogando
as potencialidades dos sujeitos das localidades com as possibilidades audiovisuais de produção e disseminação da cultura
compartilhamento, da reciprocidade e do protagonismo. Neste sentido, o aspecto formativo da mostra (com a oficina de
produção audiovisual e o “bate papo”) tem como intuito favorecer ao protagonismo atuado por parte dos sujeitos das
minorias sociais e moradores da região. Por fim, é importante ressaltar que pleita-se a continuidade do projeto, que chega
a sua quarta realização, identificamos que está alinhado a promoção da reconfiguração de perspectivas cristalizadas no
imaginário social sobre as localidades de atuação da mostra, através da prática cultural da produção artistica e exibição
critica de produtos audiovisuais que dialogam, num sentido representativo imagético, com os sujeitos, geografias e contextos
de atuação. Por fim, a última característica para acentuar do projeto é sua pertinência de dialogo e preferência de veiculação
para as obras de coletivos e realizadores independentes que articulam suas atividades nas cidades de atuação da msotra.
Assim o perucurso tece novos caminhos da produção audiovisual abrindo possibilidades, constituindo novos conceitos ed
modo a popularizar a prática e consumo do audiovisual no Ceará. Deste modo a V MILC: Estabelecendo Horizontes, versa
através de um cenário cultural que prioriza a periferização (incorporação da perspectiva periférica como ação) no acesso a
produção, circulação e confecção de bens e materiais cinematográfico dentro dos diferentes contextos das Cidades
contemporâneas.
PLANO DE TRABALHO
]O projeto tem sua realização contemplada a partir de três metas realizadas,

a 1) Produção das Sessões, essa meta diz respeito a produção/articulação das sessões da mostra. Iniciando no começo do
projeto a etapa, conta com a construção da programação de sessões e oficinas. A programação de filmes é construída via
chamamento público e curadoria coletiva para os curtas-metragens. E a produção realiza convites à realizadores para
executarem as atividades de curadoria e debates; Assim, segue com a confirmação dos espaço das escolas para recebimento
das atividades da mostra (sessões ou oficinas); a articulação para a indicação das localidades das cidades que receberão à
mostra (sessões ou oficinas), os locais serão elencados de forma que privilegie os espaços públicos como praças, ruas e
outros espaço de encontro da juventude nas localidades; A programação acontecerá itinerante alterando entre ruas, praças
e as escolas e instituições parceiras na execução. Essa meta possibilitará a divulgação da realização, indicando um
visionamento cultural para os espaços das cidades, assim como possibilitara contribuir com um panorama do cinema
cearense, mapeando agentes, produtores e coletivos que trabalham as linguagens culturais e artisticas nos bairros;

A etapa seguinte é

2) Produção das Oficinas e espaços de formação. Essa meta diz respeito à estreita relação com as Escolas envolvidas e os
estudantes, fechamento de turmas para as oficinas e apresentação da programação das oficinas: Busca-se nesse momento
apresentar uma programação diversificada e multissensorial para os estudantes das escolas. Almeja-se poder ter no mínimo
20 interessados em comporem a turma de formação em video – será priozirado escolas que tenha uma trajetoria local de
relação com atividades ludicas e artisticas, assim inicia-se um intenso processo de apresentação da forma de expressãovisual,
suas possibilidades e limitações de uso nos contextos dos jovens. Espera-se com essa meta, o início das atividades do projeto.
Que conta com as oficinas em dividas entre as semanas de Fevereiro de 2019; as oficinas terão carga horária de 16h e
apresentarão as ferramentas iniciais da produção audiovisual, buscando inserir todos no processo prático de realização
audiovisual. Durante as oficinas os facilitadores buscarão construir uma linha narrativa em curta-metragem documental
juntamente com os jovens – o curta será exibido na sessão final que acontece no dia 08 de março 2020.

A terceira diz respeito a 3) Realização das Sessões, essa meta faz menção as sessões da mostra que acontecerão nos dias 01
a 08 de março/ 2020. Dentro das comunidades/localidades apontado pelos estudantes das escolas, projetos e organizações
que participam diretamente do projeto. Em algumas sessões será promovido após a sessão rodas de conversas para discutir
as tematicas trabalhadas nos filmes e os contextos de produção audiovisual local – essa meta é o momento de diálogo direto
com a comunidade, esperando assim espaços de sensibilização sobre a perspectiva de criação audiovisual, como ela é
possível representar os espaços da cidade, os contextos de vida, através da sutil representação com as narrativas
apresentados nos filmes – além de na sessão final ser promovido a apresentação do material produzido durante as oficinas
do projeto; Possibilitando a desconstrução de verdades violentas sobre certas geografias da regional I e III.

Buscasse nesse momento final da mostra ter sedimentado um diálogo forte com os grupos trabalhado e que estes tenham
capacidade de articulação possível para encaminharem, fortalecerem ou mesmo criarem projetos dentro de seus espaços
diários.

Seguem as datas das ATIVIDADES:

* JANEIRO/2020 (LANÇAMENTO DO PROJETO)

- ABERTURA DE CHAMADA PARA FILMES

- CRIAÇÃO IDENTIDADE VISUAL

- ALINHAMENTO COM PARCEIROS SOCIAIS (GRUPOS, ONGS, COLETIVOS...)

- DIVULGAÇÃO DAS OFICINAS (INSCRIÇÕES)

* FEVEREIRO/2020 (PRIMEIRAS AÇÕES)

- FOMENTO A DIVULGAÇÃO DA CHAMADA DE FILMES

- OFICINAS:

1 SEMANA FEV - RUSSAS

2 SEMANA FEV - PACATUBA


3 SEMANA FEV - REDENÇÃO

- FINALIZAÇÃO DA CHAMADA DE FILMES

* MARÇO/2019

- REALIZAÇÃO DAS SESSÕES

01 a 08 de Março/2020

01 - 02 (Redenção)

03 - 04 (Pacatuba)

05 - 06 (Russas)

07 - 08 (Limoeiro do Norte)

- MONTAGEM DO CURTA DA MOSTRA

• * 7 - Metodologia.:

1. A MILC: Estabelecendo Horizontes, tem dois segementos de execução: o 1) exibições e apresentações e os 2) espaços de
formação. O segmento de Exibições se da através da realização de sessões de cinema itinerante pelas cidades envolvidas no
projeto; a formação acontece com a ofertar de um fluxo de três oficinas de formação em “produção audiovisual”, em caráter
de contrapartida, juntamente com rodas de conversas e debates pos-sessões;. As atividades das oficinas serão facilitadas
diariamente por membros do Coletivo Entre Olhos e serão sediadas em espaços culturais comunitários e escolas públicas da
região. O Outro eixo da formação é levado pelo debate pós-sessão e as rodas de conversas com realizadores. Na formação
será, também, gravado um curta- metragem a partir dos encontros na oficina, que terão carga horária de 16hs em três
espaços diferentes. Num sentido dialógico de produção, as localidades escolhidas dos bairros para as sessões serão
negociadas com a comunidade dos bairros citados, assim como a programação será debatida nas oficinas . Posto isso, o
projeto inicia suas atividades com as reuniões de articulação e confirmação dos espaços de realização com as comunidades,
ainda em Janeiro de 2020. Para isso será articulado o apoio de escolas do Ensino Fundamental e Médio, assim como o apoio
dos Centros de Referencia e Assistência Social das Regiões (CRAS), além de contato direto com coletivo e organizações
culturais dos bairros, onde será realizada uma consulta para as localidades de exibição dos filmes da programação da mostra
e atuação da formação do projeto. Após o levantamento nos espaços, será construído a programação envolvendo ao menos
uma localidade de cada bairro para exibição dos filmes e recebimento das atividades de formação. A programação de filmes
é construída com chamada pública que abre para realizadores de toda América Latina submeterem suas obras em curta-
metragem e a produção convida um realizador de longa-metragem cearense para exibição. São bem vindo, produções sobre
as periferias, sobre os conflitos, ajustes e resistências que estão articuladas nos espaços das cidades, entre os sujeitos e as
práticas, os valores, os desejos e pulsões de criação e inovação que se proliferam nos espaços periféricos das cidades
contemporâneas. Serão selecionados até 35 filmes para a exibição na mostra (todos curtas-metragens) que serão dividos
entre os seguintes blocos: Bloco exclusivo com filmes cearense, “Meu Primeiro Filme”, bloco exclusivo com filmes oriundo
do Nordeste e um bloco com Filme Nacionais. Esta divisão é a novidade da mostra deste ano, tendo em vista o extenso
volume de filmes recebidos nas ediçõe anteriores que exibiam apenas 20 filmes. Entre 12 a 20 de Janeiro – 2020 confirmasse
os espaços para exibição das sessões que acontecem nas localidades das cidades de Limoreiro do Norte, Russas, Pacatuba e
Maracanaú. As sessões acontecerão com a exibição de dois blocos de filmes com até 5 filmes por noite, assim como as
sessões acontecem nas localidades escolhidas nos dias 01 a 08 de Março, 2020; O percurso de oficinas acontecerá em Russas
entre 05 e 07; no Limoeiro do Norte entre 12 e 14; e Na Pacatuba entre 14 a 16 no Mês de Fevereiro de 2020 e será sediada
em um espaço de projeto social ou cultural da região (Escolas, CRAS...), será realizada roda de conversa com realizadores
locais, que participarão do processo de formação com os jovens das oficinas. Esta atividade servirá como conteúdo também
para os estudantes da oficina que produzirão um curta-metragem dentro do período da mostra e serão exibidos na sessão
final, as gravações e edição deste acontecerão no período da oficina e todo esse percurso compreende a contrapartida do
projeto; A Sessão de encerramento (08 de Março de 2020) será uma noite de maratona com exibição do longa metragem
convidado e socialização dos materiais (fotos, cartazes, zines e outros meios de comunicação produzido durante a mostra),
assim como serão exibido o curta feito com os jovens que participaram do projeto – na ocasião haverá coffebrack e entrega
de certificados para os realizadores e estudantes da mostra.
Quais os ganhos comerciais, para a economia solidário e para os negócios sociais do ceará?

O projeto contribui diretamente em dois eixos na economia setorial do audiovisual. O primeiro diz
respeito a projeção de novos autores dentro da circulação comercial do cinema local, enxertando,
através dos contrastes estéticos apresentados na própria programação da mostra, nixos de
"competitividade criativa". Esta contribuição é aferida através do plano de trabalho, nas
metas/ações relacionadas a execução das oficinas que acontece com grupos que convivem com
diferentes experiências estéticas e elaboram trabalhos no audiovisual, de modo
autônomo/periférico. Assim as oficinas funcionarão como um dispositivo social de
projeção/aproximação de sujeitos potentes na criação/circulação, através da (com a ) estética do
audiovisual. Outra face desta contribuição é evidente pelo bloco de filmes intitulado "projeção", que
será construído através de "novos autores" no cinema cearense. O bloco é composto de filmes
produzido por realizadores que lançaram até 01 curta no circuito comercial de festivais. Intuímos
que isto proporcionará um efeito de ventilação e democratização da economia do audiovisual local,
projetando novos autores. Ainda sobre as contribuições relacionadas ao eixo da "competitividade
criativa", podemos indicar que isto (a democratização e fomenta a prática artística) está alinhada aos
indicativos dos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da UNESCO. Outro ponto de
contribuição é por meio da projeção de diferentes obras (do circuito estadual, regional e nacional)
para o público consumidor final. Assim é possível aproximar e/ou atualizar uma base de
consumidores destas obras audiovisuais. Contribuindo para os negócios sociais do estado, através da
massificação/popularização da linguagem do curta-metragem entre a sociedade popular cearense.
Tendo em vista a viabilidade econômica o formato em curta-metragem tem se popularizado para
diferentes fins. É visto em outros estados e até a nível nacional a articulação de plataformas
monetizadas de curta-metragem, estes experimentos embrionários de monetização de formatos
audiovisuais só é possível com o fomento a criação massificada destas obras, provocando um efeito
em cadeia, diversificando (através do fomento a base produtiva) a oferta - isto já é uma realidade no
estado do Ceará. Diferentes autores, produtoras e realizadores fazem curtas periodicamente, sobre
diferentes temáticas, cabe agora (e é o que a mostra procura construir nos anos de existência) é
uma base de consumidores que acontece através da apresentação/projeção/familiarização da
sociedade como um todo com o formato audiovisual. Deste modo, Através do fomento a criação
(primeiro eixo) e a projeção ao consumidor final do produto (segundo eixo) a mostra que já traça
cinco anos de existência, possibilita o impulsionamento da criação e circulação dos produtos
audiovisuais locais, e ainda, é possível indicar a constituição de um item distintivo para o positivo
funcionamento dos negócios sociais, através da solidificação de um estado autônomo na produção
audiovisual/cinematográfica.

SULTADOS ESPERADOS, RISCOS E ABRAGÊNCIA

A V MILC: Estabelecendo Horizontes tem uma potência de abrangência internacional. Nas últimas
edições a mostra chegou a 400 inscrições de curtas metragem de todo o Brasil e parte da América
Latina. Além do caráter de itinerancia da mostra que possibilita a abrangência interna nas regiões do
estado do Ceará, contribuindo com a disseminação das narrativas audiovisuais produzidas no
próprio estado em no Brasil. Os riscos do projeto são os contornos de negociação de espaços para a
execução das sessões com o poder público e outras chancelas de uso do espaço público que são
averiguadas e sanadas pela própria produção da mostra. Entre os outros elementos do processo de
produção, podemos, também, elencar como possível de risco é a adesão do público a mostra, mas a
própria trajetória mostra o contrário. A mostra Itinerante Livre de Cinema já está no calendário de
realizadores locais e de parte do país. Assim os resultados esperados estão articulados as estas
trajetórias que apresentam anualmente uma diversidade de produções audiovisuais de todas as
regiões do país. Espera-se como resultado a integração e intercâmbio de experiências estéticas,
além da criaçã de público para diferentes curtas metragens, tendo como efeito o fomento a
produção audiovisual local, autônoma e dos circuitos integrativos de solidariedade social.

DESIGNER (CRIAÇÃO IDENTIDADE VISUAL E PEÇAS DIVULGAÇÃO) | UNIT: 800,00 QUANT: 1 TOTAL:
800,00$

TRANSPORTE (MOTORISTA) | UNIT: 800,00 QUANT: 1 TOTAL: 800,00$

CAMISAS | UNIT: 20,00 QUANT: 50 TOTAL: 1 000,00 $

FOLDER DE PROGRAMAÇÃO | UNIT: 1,00 QUANT: 1000 TOTAL: 1000,00 $

BANNER | UNIT: 200,00 QUANT: 1 TOTAL: 200,00 $

ESTRUTURA |(ALUGUEL, CAIXA DE SOM, TELA, PROJEÇÃO): UNIT: 200,00 QUANT: 8 TOTAL: 1
600,00$

CURADORIA DA MOSTRA | UNIT: 900,00 QUANT: 3 TOTAL: 2 700,00 $

DEBATEDORES | UNIT: 300,00 QUANT: 4 TOTAL: 1 200,00 $

VÍDEO MAKER | UNIT: 1 100,00 QUANT: 1 TOTAL: 1 100,00 $

COMUNICAÇÃO E MÍDIAS (SOCIO MEDIA) | UNIT: 1 400,00 QUANT: 1 TOTAL: 1 400,00 $

PRODUÇÃO EXECUTIVA| UNIT: 1 500,00 QUANT: 2 TOTAL: 3 000,00 $

___________

CONTRAPARTIDA

OFICINA DE PRODUÇÃO AUDIOVISUAL | UNIT: 500,00 QUANT: 3 TOTAL: 1 500,00

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