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Lewis Mumford. A cultura das cidades. Belo Horizonte: Editora Itatiaia,


1961

a obra é publicada inicialmente em Nova York, sua primeira edição é de


1938 e segundo o autor constitui-se de material coligido a partir de
1915.

Introdução

“A cidade, tal como é encontrada na História, é o ponto de


máxima concentração do vigor e da cultura de uma comunidade. É onde
vão concentrar-se os raios emitidos por muitos focos de vida, com
proveitos tanto em eficiência como em significação social.” p.13
Esse primeiro trecho aproxima-se muito com a crítica de
Pedrosa.
“Hoje, começamos a sentir que a melhoria das cidades não é
matéria para pequenas reformas unilaterais: a tarefa de traçar uma
cidade implica a tarefa maior de reconstruir uma nova civilização.
Precisamos alterar os métodos de vida parasitários e predatórios que
ora desempenham papel tão relevante, e precisamos criar, região por
região, continente por continente, uma simbiose efetiva ou uma vida
cooperativa comum.” p.19
Mumford também sempre utiliza o termo civilização.
“Que é a cidade? Como funcionou o Mundo Ocidental a partir
do décimo século, quando começou a renovação das cidades, e em
particular, que alterações se verificaram na sua composição física e
social durante o último século? Que fatores condicionaram o tamanho
das cidades, os limites do seu desenvolvimento, o tipo de ordem
evidenciada no planejamento das ruas e nas construções, a maneira
pela qual se constituiram os seus núcleos, a composição das suas
classes econômicas e sociais, a sua modalidade de existência física e o
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seu estilo cultural? Por força de quais processos políticos de federação


ou amálgama, união cooperativa ou centralização, existiram as cidades?
e que novas unidades administrativas sugere a época presente?
Teremos já encontrado uma forma urbana apropriada para refrear todas
as complexas forças técnicas e sociais de nossa civilização? e se é
discernível uma nova ordem, quais são as suas linhas básicas? Quais
são as relações entre a cidade e a região? E que passos se fazem
necessários para redefinir e reconstruir a própria região, como habitação
humana coletiva? Quais são, em suma, as possibilidades de criação de
forma, ordem e desígnio em nossa atual civilização?
Tais são algumas das perguntas que irei propor no estudo
que se segue.” p.20-21
Menciona o fascismo e o nazismo. “Quando, mais uma vez
em nossa civilização, a vida rebelar-se para vencer a confiança
inexorável da barbárie, a cultura das cidades será, a um só tempo,
instrumento e meta.” p.22

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