Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
P.17 – Área de interesse do autor que maias se aproxima do meu projeto “Padrões
de organização social responsáveis pela produção do espaço”
P. 59 – Crítica a teoria dos sistemas de cidades, de acordo com o autor, essa teoria
é uma espécie de fetichismo, ao considerar a cidade dentro do sistema como um “nó
sem espaço”.
P. 127 – Como propriedade, as relações sociais podem ser consideradas parte das
relações sociais de produção (...).
P. 129 – Lefebvre observa que, além de haver um espaço de consumo ou, quanto a
isso, um espaço como área de impacto para o consumo coletivo, há também o
consumo de espaço, ou o próprio espaço como objeto de consumo.
P. 157 – “A importância do espaço comunal para a vida cotidiana não pode, como
afirmam muitos marxistas, ser reduzida a uma categoria da economia política. Nem
o consumo coletivo nem o valor de troca são suficientes (...)”
P. 157 – “(...) em última análise, o estudo da política urbana focaliza a relação entre
a intervenção do Estado e os usuários do espaço – seus habitantes”.
P. 166 – Definição de espaço social – sendo esse mais definido pela cultura e pela
política e menos pela economia.
P. 179 – “(...) somente através de uma análise da interação entre frações de classes
e agrupamentos de raça, gênero, etnia e consumo é que se pode entender as novas
divisões sócio-espaciais”.
Nesse ponto do texto Gottdiener faz uma análise dos posicionamentos de Saunders,
Cox e Dunleavy a cerca da existência ou não de uma fragmentação da estrutura de
classes sociais, haja vista termos dentro da classe trabalhadora de uma lado, donos
de imóveis e de outro inquilinos. Essa problemática pode ser transportada para
Aparecia de Goiânia, haja visa que temos muitos donos de imóveis que lucram
alugando suas propriedades, construindo “barracões”, kit nets, várias unidades em
um mesmo lote para maximizar o lucro, complementar sua renda, haja vista que,
assim como seus inquilinos, grande parte dos mesmos, continua a fazer parte da
classe trabalhadora.
P. 177 – A renda de monopólio é a mais útil para a análise urbana (...) “na cidade o
valor da terra está associado a sua localização e não a seu valor intrínseco”.
P. 178 – “(...) é importante mostrar como a lei do valor do espaço é estruturada e
manipulada pela classe capitalista e suas relações sociais, para produzir renda
absoluta e renda de monopólio dentro da metrópole.”
P. 178 – “O preço da terra e a renda têm um forte efeitos sobre a forma urbana.” Na
sequencia o autor chama a atenção para a necessidade de diferenciar os
capitalistas que desejam investir no setor de comércio e serviços daqueles cujo o
objetivo é tão somente especular e comercializar a terra como uma mercadoria
qualquer – a segunda categoria de capitalistas teve grande atuação na região
metropolitana de Goiânia, haja vista o histórico de inúmeros loteamentos em
Aparecida de Goiânia e as recentes discussões do novo plano diretor de Goiânia,
que, por influência do setor empresarial deseja expandir ainda mais a mancha
urbana da capital como a liberação de novos loteamentos, sendo que, na atualidade
existem muitas áreas que se encontram em situação de ociosidade.
P. 179 – Análise da terra como bem imóvel, conceituado pelo autor como “meio
ambiente espacial – constituído de terra desenvolvida e não desenvolvida”.
P. 184 – “o importante no caso do valor da terra não é como determinar seu preço
por uma análise econômica, mas como avaliar que, sob a natureza contraditória das
relações capitalistas de produção, o valor da terra urbana é desnecessariamente alto
e é produzido socialmente.”
P. 196 – “Não pode haver uma análise econômica que seja marxista a menos que
expliquemos a natureza social do capitalismo. Isso requer o emprego do raciocínio
dialético e uma avaliação da maneira simultânea pela qual as categorias marxistas
são ao mesmo tempo sociais e políticas, e econômicas.”
P. 226 – Para Gottdiener “as formas do espaço são produzidas pela articulação
entre estruturas capitalistas tardias e as ações do setor da propriedade,
especialmente os efeitos de grupos escolhidos pelo Estado na canalização do fluxo
de desenvolvimento social para lugares e modelos específicos.”
P. 235 – Nesse ponto, o autor compara a abordagem marxista com sua proposta de
análise das mudanças sócio-espaciais que para ele é: “um resultado dialético de
fatores políticos, culturais e econômicos que se manifestam através da linha de
frente dos padrões de desenvolvimento imobiliário que congregam a intervenção do
Estado, formas de acumulação de capital e a manipulação dos mercados de terra.”
P. 241 – (...) “a produção de espaço ocorreu, no geral, não por causa apenas dos
processos econômicos, porém, mais especificamente, por causa de uma articulação
conjunta Estado-setor imobiliário, que forma a vanguarda das transformações
espaciais.”
SEGUNDO LEFEBVRE O CIRCUITO SECUNDÁRIO DA ACUMULAÇÃO DE
CAPITAL É O SETOR IMOBILIÁRIO (P. 243)
P. 263 – “A vida insular da cidade de empresa com um mercado seguro para seus
produtos, foi substituída por um mundo inseguro de competição internacional, por
uma reorganização impiedosa do trabalho e uma administração montada em
ambientes voláteis de insumo e rendimento”. – O contexto de mudanças espaciais
das cidades norte americanas durante o século XX, também se aplica ao Brasil. O
processo de desconcentração industrial impactou o cotidiano dos habitantes da RME
de Goiânia, a necessidade de criação de uma rede integrada de transporte coletivo
para atender uma crescente demanda de deslocamentos diários entre as cidades
circunvizinhas e a capital é um exemplo desse impacto, haja vista o aumento da
migração pendular, fruto do esvaziamento populacional do centro de Goiânia por
parte da classe trabalhadora, o surgimento de polos industriais e empresariais
distantes dos lugares de moradia dessa população.
P. 265 – “Lugares e formas não fazem nada e não produzem nada por si mesmos –
somente as pessoas dentro das redes de organização social é que possuem esse
poder.”