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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E

SUDESTE DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS


FACULDADE DE GEOGRAFIA

Aluno: Bruno Cunha da Silva


Matricula: 202140210005
Curso: Bacharel em Geografia

Resenha solicitada pela professora Gleice Kelly


Goncalves Da Costa, como requisito de
avaliação das disciplinas planejamento urbano
e oficina de produção textual e trabalhos
acadêmicos III.

27 DE JANEIRO DE 2023.
MARABA-PA
-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

SOUZA, Marcelo Lopes de; RODRIGUES, Glauco Bruce. Planejamento urbano e


ativismos sociais. São Paulo:, Editora Unesp, 2004.

-PUBLICO ALVO DA OBRA

A obra de Marcelo Lopes de Sousa e Glauco Bruce Rodrigues, tinha como publico alvo
estudantes e professsores de graduação e profissionais da arquitetura e das ciências
humanas.

-INFORMAÇOES SOBRE AUTORES.

Marcelo Lopes de Sousa – professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde


coordena o Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NUPED). Doutorouse
em Geografia na Universidade de Tübingen (Alemanha), onde foi professor visitante. Ganhou o
Prêmio Jabuti em 2001.
Glauco Bruce Rodrigues – professor na Universidade Estácio de Sá (Rio de Janeiro) e pesquisador
do Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NUPED).

-OBJETIVO DA OBRA.

Durante a leitura desta obra podemos observar que ela tem como finalidade propor e
demonstrar a necessidade de desenvolver o planejamento de forma conjunta entre o Estado
(governo federal, estadual e municipal) e a população civil, visto que, esta deve ter participação
nas decisões de como solucionar os problemas de sua cidade, sistematizando assim os ativismos
sociais.

-SÍNTESE DA OBRA.

Observando a obra percebe-se o que os autores estavam querendo transmitir aos seus
leitores, os autores abordam assuntos de escala nacional quando trazem para dentro do texto a
realidade vivida por muitos brasileiros, pois a obra em questão traz uma abordagem sobre as
temáticas dos problemas urbanos nas cidades efetivamente nas de grande porte. Uma delas e o
planejamento urbano e como ele pode ser trabalhado e debatido na sociedade, uma vez que a falta
do mesmo pode ocasionar em cidades com ordenamento populacional e social ineficaz.
No primeiro capítulo os autores se preocuparam e enfatizar a diferença entre
planejamento urbano e gestão urbana, uma vez que os dois são atividades completamente
diferentes.
O planejamento urbano e uma atividade que remete o futuro, desta forma o seres humanos tentam
planejar e se precaver a respeito da evolução de fenômenos ou de processos. E a parti e desde
processo buscam as melhores alternativas para solucionar possíveis problemas e dificuldade e de
certa forma também consegue prever os benefícios, por sua vez gestão urbana está ligada a que
será feito no momento quais demandas podem ser atendidas de forma mais rápida, desta forma
gestão urbana refere-se ao que pode ser feito para atender determinado grupo social ou cidade em
um curto espaço de tempo.
Pode-se ressaltar que isto não vale de nada se o planejamento urbano e gestão urbana sempre ficar
nas mãos das classes dominantes, essa e uma das críticas feitas por intelectuais e lideranças de
esquerda acerca do planejamento urbana, uma vez que o mesmo e associado a um modelo de
estado que atende apenas classes com o poder de monopólio maior, fazendo com que o estado seja
uma marionete. Desta forma deixando de dar assistência as áreas que mais necessitam de
assistência do poder publico.
Já no segundo capítulo se discute um pouco do planejamento conservador no Brasil que
se deu no período militar, e como observamos no texto, uma das grandes marcas para
alavancamento deste conceito no Brasil foi a reforma de passos, que tinha como modelo o
conceito urbanístico de Paris, que consistia no alargamento das ruas, embelezamentos das áreas
centrais das cidades, tornado-as pontos turísticos e comerciais, dai observamos o primeiro
exemplo de um plano diretor e sua forma de funcionamento. A ideal de instalação do plano diretor
era exclusivamente para adequar as cidades ao modelo moderno tirando a ideal de cidade colonias
da época, porém como qualquer planejamento os problemas sociais se manifestaram, com o novo
modelo urbanístico nas cidades houve-se a necessidade de retirar as pessoas de suas casas,
ocorrendo a migração desta para áreas periféricas assim instalando novos modelos de moradias.
Em áreas excluídas pelo novo modelo de planejamento social. Uma vez que, os novos planos
diretores estavam voltados a atender a classes mais nobres da sociedade.
No terceiro capítulo e destaco aqui ser um dos mais importantes nesta leitura, vemos que
muito não seu mudou no modo de planejamento, uma vez que se aborda neste capitulo o
planejamento conservador que tinha como objetivo não de diminuir as desigualdades e muitos
menos resolver as melhorias nas moradias em situações de abandono social, mais sim tinha como
objetivo remodelar as cidades para atender a necessidades comercias e turísticos, os autores ainda
colocam que não é sobre criticar as reformas urbanísticas, mais, sim, o modelo no qual estar
reformas estão atendendo. Tanto que novamente e citado a reforma de passos. Reforma urbana
tem por conceito maior a democratização da estrutura das cidades, tornando as mais acessíveis
através das políticas públicas, para as camadas economicamente inferiores, desta formar
reordenando a lógica das cidades e destacamos e percebemos ao longo da leitura do texto três
pilares centrais da reforma urbana que são regulação pública do solo, direito à moradia digna e
gestão democrática. Por outro lado, a reforma urbanísticas tinham como conceito torna as cidades
mais bonitas aos olhos dos países europeus, tanto que a reforma urbanística ocorrida no estado do
Rio de Janeiro teve como inspiração as reformas urbanísticas ocorridas nas cidades de Paris e
Londres.
Desta forma, digamos que as reformas urbanísticas se tratam não só de deixar uma cidade mais
bonita, se trata de torna as condições de vida de seus habitantes melhor. Porém, não vale de nada
quando essas melhorias atendem apenas uma pequena partes da população, deixando outras mais
sem assistência. Como dito no início este e um dos capítulos mais importantes desde livro, pois
além de tudo que foi mencionado acima, o capítulo três deste livro nos mostra como é importante
colocar dentro das discutições, a população através do orçamento que participativo, pois através
dele, a população discute e decide sobre o orçamento público e as políticas públicas, e faz o
levantamento das necessidades de seu setor para discutir as prioridades conforme o orçamento do
município.
No quarto e quinto capitulo os autores colocam em destaque a participação dos
movimentos sociais, sendo no quarto capítulo eles discutem a acensão dos movimentos de bairros
e a sua própria declinação dos mesmos. Uma vez que, qualquer mobilização popular na época era
considerado ativismo que tem por conceito principal a uma ação direta de um determinado grupo
ou pessoa em apoio, ou oposição a uma política social, ou política de maneira ampla, porém na
obra os autores fazem uma explicação sobre o que foi ativismos de bairros que teve seu auge de
asserção entre os anos de 1970 a 1980 no qual se houve a declinação desde movimentos de
bairros, se observamos nas obras de Marcelo Lopes e Glauco Bruce nos mostram alguns fatores
que levaram a quase extinção desde movimentos ativistas de bairros, que vai desde a demagogia e
autoritarismo até a influência do tráfico de drogas, que se caracterizou mais nas favelas do estado
do Rio de janeiro. Por fim acho que devemos também ressaltar a importância nica desde para a
construção da sociedade, pois através destes a começou a surgir cidadães que sabiam a
importância de brigar por seus direitos em uma sociedade que sempre priorizou e priorizará as
classes mais privilegiadas. Dentro desta mesma perspectiva temos o quinto capítulo desta obra
que vem com o enfoque principal o surgimento de novos modelos de ativismo social, dentre eles
são citados na obra o movimento dos trabalhadores sem teto (MTST), que tinha uma ligação com
o movimento sem terra (MST), desta forma surge os movimentos sociais que traz como seu
conceito principal a defesa, demandas e/ou lutam por uma causa social e política. Com uma forma
mais organizada da população, expressar os seus desejos e exigir os seus direitos. E também o
surgimento de grupos de hip-hop como os Racionais que tinha como objetivo através da música
criticar o sistema e as desigualdades sociais das comunidades. Quando citei acima a ligação entres
o MTST e o MST, trata-se da ligação entre ambos que aborda o problema enfrentados e
combatidos por ambos, dentre eles a falta de moradia, pois se analisarmos há uma ligação uma vez
que a expulsão dos pequenos agricultores de suas terras, fazendo como que os mesmos migrem
para as cidades em busca de melhores condições, aí vemos que o planejamento urbano não se
preparou para esta fase migratória do campo para a cidade. Os autores apontam a importância
politica e social destes dois movimentos, uma vez que eles mostram a realidade vivida por muitos
no país, e a parti disso estimulam as pessoas a reivindicarem seus direitos de forma organizada. E
não menos importantes temos o hip-hop que por sua expressa o anseio da sociedade através da
música, grafite e dança. Desta forma eles utilizam de letras de músicas, expressões corporais e
desenho feitos através do grafite, para reivindicar seus direitos e denunciar o abandono imposto
pelo poder publico as comunidades que mais necessitam.

Por fim chegamos ao sexto capítulo onde os autores da obra colocam como pauta a
participação da população na construção do planejamento das cidades, criando assim ativistas
modeladores do espaço, uma vez que os mesmos conhecem a realidade de perto. O planejamento
urbano das cidades não pode esta, ligado somente para o desenvolvimento econômico da mesma,
mas também tem que atender a condições sociais de toda sua população.

-CONCLUSOES DOS AUTORES.

Marcelo de Lopes e Glauco Bruce, concluem esta obra apontando alguns percalços a
serem debatidos e solucionados, uma vez que eles mostram dentro da obra e na sua conclusão que
as prefeituras não conseguem resolver os problemas relacionados ao planejamento urbano, pois
muitas das vezes este problemas não estão interligados especificamente as prefeituras, pois muitas
vezes depende do seu alcance econômico e político no presente momento, pois por sua vez estes
problemas urbanos não podem ser tratados apenas como problemas locais, devido os mesmos às
vezes terem ligações em escalas regionais, estaduais, nacionais e até escala global.
Os autores mostram também a importância de tentar resolver estas situações no âmbito local, procurando
sempre pensar e agir de forma abrangente conforme a situação permite.

-AVALIAÇÃO DA OBRA

Por fim chegamos a parte final desta resenha sobre o livro planejamento urbano e
ativismos sociais, a obra nos traz uma ideia bem esclarecedora sobre a importância do
planejamento urbano nas cidades e muitos mais a importância de se incluir dentro deste
planejamento, integrantes de movimentos sociais. Os temas abordados ao longo dos capítulos são
de fácil interpretação, uma vez que eles trazem uma realidade não muito distintas, dando um
enfoque maior e específicos a casos no estado do rio de janeiro. Esta obra se faz de importância e
relevância muito grande para professores das universidades e para docentes que ingressam nos
curso como geografia. Desta forma concluo de forma bem simples a necessidade de termos planos
de planejamento urbano mais organizados a parti de uma reformulação dos planos diretores, onde
se possa inserir cada vez grupos sociais e realmente dar voz ao mesmos, buscando sempre a
implementação de planos e diretrizes que atendam toda a população de forma geral do mais
necessitado ao que tem mais recursos, promover debates acerca de melhorias nos bairros, trazer o
poder público para mais próximo à realidade vivenciada nas comunidades, fomentar e debater com
as associações de bairros e grupos de ativismo, ações sociais e estruturarias dentro de cada bairro.
Buscando sempre atender a todos por um planejamento urbano que funcione igualmente para
todos.

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