Motores 1 - Detonação no Motor Diesel

Início da formação
do spray

As partículas vão
ficando menores
O aquecimento faz as
partículas evaporarem e
criarem a mistura que
vai sofrer combustão

Durante uma combustão normal o ar na câmara (sob elevada pressão e Combustão em

temperatura) faz com que o Diesel entre em autoignição segundo uma torno do leque
frente de chama em torno do leque.
Agora, imagine uma certa massa de combustível que possui alguma
contaminação (por exemplo água, ou algum solvente). Ele atravessa o
leque que está em chamas sem entrar em combustão (o contaminante
impede a autoignição). No entanto, ao atravessar o leque, essa massa
fica exposto ao ar da câmara (que está sob alta temperatura) e rapida-
mente tem sua contaminação (em verde no desenho) vaporizada.
Quando a contaminação é vaporizada, uma grande quantidade de Die-
sel fica exposta às altas temperaturas do ar da câmara e causa uma de-
tonação (combustão descontrolada, pois uma grande massa queima
rapidamente e fora da frente de chama normal do leque)

Quando opera ocorrendo detonação, o diagrama P x α de um motor de ignição por compressão possui alguns pon-
tos de oscilação de pressão no INÍCIO da combustão - vide diagrama acima. Esse fenômeno não poderia ser obser-
vado no início da combustão em um diagrama do ciclo Otto, pois a compressão no motor do Ciclo Otto não causa
temperaturas e pressões tão elevadas ao ponto de causar a autoignição do combustível. No ciclo Otto, pode acon-
tecer a pré-ignição, que é a incandescência de resíduos na câmara causando uma pequena frente de chama em
torno do resíduo incandescente (fenômeno de início de combustão no Ciclo Otto). A Detonação no Ciclo Otto só
pode acontecer depois da frente chama normal ocorrer e causar um aumento de temperatura e de pressão no in-
terior do cilindro que seja suficiente para causar a detonação (fenômeno de fim de combustão no Ciclo Otto).