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12.
ÍNDICE
FICHAS
Fernando Pessoa –
6 Mensagem 98
Conceitos essenciais
As temáticas de Mensagem 98 2 para o exame 137
Vê como se faz 100
O essencial de Fernando Pessoa 137
Ficha 1 – “O dos Castelos” 100
O essencial da poesia do ortónimo 138
Ficha 2 – “D. Dinis” 102
O essencial de Bernardo Soares, Livro do Desassossego 138
Ficha 3 – “O Infante” 104
O essencial da poesia de Alberto Caeiro 138
Ficha 4 – “O Mostrengo” 106
O essencial da poesia de Ricardo Reis 139
Ficha 5 – “D. Sebastião” 108
O essencial da poesia de Álvaro de Campos 139
Ficha 6 – “O Quinto Império” 110
O essencial de Fernando Pessoa, Mensagem 139
Ficha 7 – “’Screvo meu livro à beira-mágoa.” 112
Ficha 8 – “Nevoeiro” 114
Agora faz tu 116
Ficha 9 – “D. Afonso Henriques” 116 Propostas de resolução
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APRESENTAÇÃO
4
Como funciona este livro?
As autoras
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1 Fernando Pessoa – Poesia do ortónimo
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Fernando Pessoa – Poesia do ortónimo
1
As temáticas em esquema
Outra «leitura» sobre a poesia do ortónimo
As tensões
O fingimento, a Pensar é um tormento e pensar/sentir,
intelectualização das impede que Pessoa viva a consciência/inconsciência,
emoções e a extrema vida em plenitude, por isso pensamento/vontade
lucidez são causas da dor constrói «muros», o que provocam
de pensar. evidencia o isolamento. infelicidade, tédio e
angústia existencial.
Por esse
motivo, Pessoa
inveja o canto
inconsciente da «ceifeira» ou
a irracionalidade do «gato»
e idealiza ser
O desejo impossível de conscientemente
conciliar o sentir e o inconsciente.
pensar coloca Pessoa num
dilema intransponível.
INFÂNCIA SONHO
A ânsia de felicidade está
O mundo fantástico, símbolo sempre do «outro lado», no
da felicidade, pureza, mundo onírico, refúgio
inocência, inconsciência. para a realidade.
O poeta é um ser
amargurado, só, fechado no
seu mundo interior, cheio de
dúvidas, incapaz de ser feliz.
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1 Fernando Pessoa – Poesia do ortónimo
(vv. 11-12) Isto não é nem mal nem bem, O sujeito poético sabe que o
Conclusão da autoanálise sonho é impossível de realizar.
• Expressão da indefinição;
Não é pensar nem é sentir.
• Incapacidade de conciliar
Causa de insónia.
o pensar e o sentir. [15-9-1934]
• Lamento;
• Tom disfórico;
• Tédio existencial.
Fernando Pessoa, Poesia 1931-1935 e não datada,
ed. Manuela Parreira da Silva, Ana Maria Freitas, Madalena Dine,
Assírio & Alvim, 2006.
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Fernando Pessoa – Poesia do ortónimo
1
Etapa 2 Interpretar e responder aos itens, tendo em conta os verbos de comando (formas verbais que introdu-
zem as questões e orientam para um determinado objetivo).
1. Explicita o estado de espírito do sujeito poético, tendo em conta o conteúdo da primeira quadra e a
conjunção «Mas» (v. 3).
Tópicos de resposta
O que deves fazer? • estado febril, perturbação e inquietação, fruto da permanente intelectualização;
• Esclarecer, explanar os sentimentos do • tentativa, através do sonho, de aniquilação do pensamento / fuga à dor de pensar;
sujeito poético, o seu estado de alma, • a «febre» faz sonhar, desperta estados oníricos;
recorrendo a expressões textuais para • a conjunção «Mas» acentua a ideia de que o sonho provoca o delírio, a perturba-
melhor fundamentação. ção interior – quanto mais perturbado, mais sonha.
2. Clarifica o sentido contraditório do verso «Durmo desperto sem razão» (v. 6), tendo em conta o contexto.
Tópicos de resposta
O que deves fazer? • divisão entre consciência e inconsciência;
• Tornar claro ou expor claramente o sen- • o pensamento – causa de angústia;
tido do verso, não esquecendo que se • o sonho – tentativa de fugir à inquietação;
insere num determinado momento textual. • o vazio interior.
3. Mostra a expressividade da repetição das palavras «não» e «nem» usadas na última estrofe.
Tópicos de resposta
O que deves fazer? A repetição das palavras «não» e «nem» acentua
• Comprovar, fundamentar a importância e • a impossibilidade de o «eu» encontrar o que procura: uma saída para a realidade
o sentido que as palavras de cariz nega- de ser pensante / ser consciente;
tivo adquirem. • a perturbação, a angústia interior;
• a indefinição e a não conciliação entre o sentir e o pensar.
Nota. Se estiveres com atenção na leitura
e sequência das ideias expressas pelo Exemplo de resposta
sujeito poético, ao longo do texto, conse- O sujeito poético conclui que todo o esforço para se afastar da rea-
gues perceber que a última quadra apre- lidade, da dor de pensar, «não» lhe trouxe nada de mal, mas tam-
senta uma conclusão de caráter disfórico. bém nada de bom, portanto, o esforço foi de certo modo em vão,
conduzindo a uma apatia que o impede de se definir.
Assim, aquilo que o eu lírico procura e quer é algo que sabe ser
impossível, daí a referência a «não dormir», à contínua inquietação.
Vive dividido entre o «não» pensar e o «não» sentir, ideia reforçada
pela repetição das palavras «não» e «nem».
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Compara poemas e consolida conhecimentos: Ficha 3 – Sonho. Não sei quem sou neste momento., pág. 14.
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