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CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS

Os triângulos são polígonos que possuem três lados, assim também apresentam três ângulos
internos, três ângulos externos e três vértices. No entanto, não são quaisquer três segmentos de
reta que determinam um triângulo, ou seja, o tamanho dos lados tem influência em sua
existência.
Podemos classificar os triângulos de acordo com o tamanho de seus lados, podendo ser
escalenos, isósceles ou equiláteros. E, em relação a seus ângulos internos, podem ser
chamados de triângulos retângulos, acutângulos ou obtusângulos.    

Elementos de um triângulo
Antes de classificarmos um triângulo, vamos entender os elementos que o formam. Em todo
triângulo teremos três lados, estes são formados por segmentos de reta. Teremos também três
vértices, em que os segmentos de reta encontram-se em ângulos internos e externos. Veja na
figura:

Os lados, como dito, serão determinados por segmentos de reta, e vamos representá-los da
seguinte maneira:

Os vértices do triângulo são pontos em que os lados se encontram, bem como usados para dar
nome ao triângulo. Vamos representá-los assim:

Os ângulos internos são as medidas entre os lados do triângulo, logo, teremos três ângulos
internos. Estes são representados desta forma:

Devemos colocar um acento circunflexo (ou um “chapéu”) no vértice em que se encontra o


ângulo.        
Os ângulos externos são ângulos adjacentes suplementares aos ângulos internos, e
aqui são representados pelas letras gregas α (alfa) β (beta) e γ (gama). Veja
melhor na imagem:

ÂNGULOS COMPLEMENTARES E SUPLEMENTARES

Ângulos são a abertura existente entre duas semirretas que possuem a mesma origem. A
palavra ângulo também se refere à medida, dada em graus, que representa essa abertura.
A ferramenta usada para medir ângulos chama-se transferidor. Um ângulo pode medir
de 0° a 360°. Dizer que dois ângulos são complementares ou que são suplementares
significa dizer que a soma de suas medidas tem um valor fixo como resultado. Esses
valores fixos são, respetivamente, o ângulo reto e o ângulo raso.
Ângulos complementares

Dois ângulos são chamados de complementares quando a soma entre eles é igual a 90°
graus (ângulo reto).

Além disso, quando esses dois ângulos compartilham um vértice e um lado, eles são
chamados de ângulos complementares adjacentes.
Quando dois ângulos são complementares, um é dito complemento do outro.
Ângulos suplementares

Dois ângulos são chamados de suplementares quando a soma entre eles é igual a 180°
(ângulo raso).

Dois ângulos complementares que compartilham vértice e


um lado

Quando esses dois ângulos compartilham um vértice e um lado, eles são


chamados de ângulos suplementares adjacentes. Além disso, quando dois
ângulos são suplementares, um é dito suplemento do outro.

Dois ângulos suplementares que compartilham vértice e lado

Condição de existência dos triângulos


Imagine 3 segmentos de reta medindo respetivamente 10 cm, 7 cm
e 6 cm. Será possível construir um triângulo com essas
medidas? Observe:

Nós temos um exemplo que mostra que não são quaisquer 3 segmentos que formam um
triângulo. Existe uma condição que tem de ser satisfeita.
A medida de cada lado do triângulo deve ser menor que a soma da medida dos outros
dois lados e, ao mesmo tempo, maior que o módulo da diferença entre elas.  

As medidas l1, l2 e l3 são os tamanhos dos lados do triângulo. Essa relação também é
conhecida como desigualdade triangular.
- Exemplo.
É possível construir um triângulo com os lados medindo 12 cm, 9 cm e 4 cm?
Solução:
Tomando:

Perceba que esses valores satisfazem a fórmula da condição de existência. Substituindo


os valores, temos:

Como 8 < 9 < 16, então é possível construir um triângulo com essas medidas de lado.

Classificação quanto aos lados


Em relação ao tamanho dos lados de um triângulo, podemos classificá-los em três:
triângulo escaleno, triângulo isósceles e triângulo equilátero.

 Triângulo escaleno
Dizemos que um triângulo é escaleno quando todos os lados apresentarem medidas
diferentes.
Assim, podemos dizer que todos ângulos internos também são diferentes entre si.

 Triângulo isósceles
Dizemos que um triângulo é isósceles quando dois de seus lados são
congruentes, ou seja, apresentam a mesma medida, e o terceiro lado é
diferente.

No triângulo isósceles, temos também dois ângulos iguais, que são chamados de
ângulos da base, e o outro ângulo diferente.

 Triângulo equilátero
Dizemos que um triângulo é equilátero quando todos os seus lados são iguais, isto é,
todos os lados têm a mesma medida.

No triângulo equilátero, todos os ângulos são congruentes, ou seja, todos os


ângulos são iguais. Além disso, uma propriedade muito importante do
triângulo equilátero é que todos os seus ângulos medem 60°.

Classificação quanto aos ângulos


Em relação à medida dos ângulos, também podemos classificar os triângulos em três
tipos: triângulo retângulo, triângulo acutângulo e triângulo obtusângulo.

 Triângulo retângulo
Quando um triângulo apresentar um ângulo reto, ele será chamado de triângulo
retângulo. O lado oposto ao ângulo reto recebe o nome de hipotenusa, e os outros dois
lados são chamados de catetos. Além disso, é para esse triângulo que vale o teorema de
Pitágoras.
Do triângulo retângulo anterior, podemos dizer:
m (Â) = 90º → ângulo reto
BC → hipotenusa
AB e AC   → catetos

 Triângulo acutângulo
Um triângulo será dito acutângulo quando todos os seus ângulos internos forem
menores que 90°.

Do triângulo acutângulo, temos que:

 Triângulo obtusângulo
O triângulo é obtusângulo quando apresenta um ângulo interno maior que 90°.

Do triângulo obtusângulo, segue que:

Critérios de igualdade de triângulos LLL, LAL, ALAPara termos dois


triângulos geometricamente iguais, tem que se verificar um dos três casos:

Exercícios resolvidos
Questão 1. Nas figuras seguintes, classifique os triângulos em relação aos lados e ângulos.
a)R: Retângulo e escaleno

b) R: Acutângulo e equilátero

c) R: Obtusângulo e escaleno

d) R: Acutângulo e escaleno

e) R: Acutângulo e isósceles
Poliedros e não-poliedros

1. Definição de poliedro

Poliedro é um sólido geométrico que tem


todas as superfícies planas (prismas,
pirâmides e outros).

2. Elementos de um poliedro

Um poliedro tem vértices, arestas e faces (bases e faces laterais).

Num prisma:

 existem 2 bases
 o nº de faces laterais é igual ao nº de lados da base
 o nº de arestas é o triplo do nº de lados da base
 o nº de vértices é igual ao dobro do nº de lados da base

Numa pirâmide:

 existe apenas 1 base


 o nº de faces laterais é igual ao nº de lados da base
 o nº de arestas é o dobro do nº de lados da base
 o nº de vértices é mais 1 que o nº de lados da base
3. Classificação de prismas e pirâmides

Os prismas e as pirâmides classificam-se pelo polígono da base.


4. Poliedros regulares

Poliedros regulares são sólidos cujas faces são polígonos regulares e geometricamente
iguais.

Platão (sábio grego que viveu por volta dos 400 anos a.C) foi quem estudou os
polígonos regulares e por isso são designados sólidos de Platão e estavam relacionados
na Grécia Antiga às forças da Natureza.
 Tetraedro (4 faces) – o Fogo
 Cubo (6 faces) – a Terra
 Octaedro (8 faces) – o Ar
 Dodecaedro (12 faces) – a Água
 Icosaedro (20 faces) – o Universo
5. Definição de não-poliedros

Não-poliedros são sólidos geométricos que têm pelo menos uma superfície curva (cone,
cilindro, esfera e outros).
6. Elementos de não-poliedros

Um não-poliedro pode ser constituído apenas por uma superfície curva (esfera) ou pode
apresentar também superfícies planas. Depende do não-poliedro poderá ter bases e
vértices.

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